A música é a linguagem dos Mundos celestes, nosso verdadeiro lar, e se apresenta à Chispa Divina aprisionada na carne como a mensagem de nossa terra natal.
A música impressiona a todos, sem levar em conta povo, nação, classe econômica ou social, sexo, idade, raça, credo ou qualquer outra distinção mundana.
E quanto mais elevado e espiritual somos, tanto mais claro a música nos fala. Mesmo a pessoa mais rude não fica impassível ao ouvi-la.
Em cada um de nós há um tom que produz uma vibração clara e distinta na parte inferior da cabeça.
Toda vez que se toque a nota, sente-se nesse lugar a mesma vibração.
Essa nota ou som é a nossa “nota-chave”.
Se for tocada lenta e suavemente, descansa e repousa o Corpo, tonifica os nervos e restaura a saúde.
Da mesma forma, cada Signo do Zodíaco (ou Hierarquia Zodiacal ou Hierarquia Criadora ou, ainda, Onda de Vida) possui a sua nota-chave.
Assim, uma música tocada suavemente no tom da nota-chave de um determinado Signo é um tratamento para minimizar os efeitos da doença ou enfermidade na parte do Corpo regida por esse Signo.
Veja na Tabela abaixo, para cada Signo, qual é o tom da música que se deve ouvir quando em tratamento de doenças e enfermidades e alguns exemplos de músicas com melodia, harmonia e ritmo apropriado (você encontra outras na internet ou adquirindo em CD ou em Streaming):
Você também pode acessar os nossos vídeos (no nosso canal do YouTube: https://www.youtube.com/@fraternidaderosacruzcampinasbr/videos) com essas músicas correlacionadas com cada Signo:
Exemplos de músicas que auxiliam no tratamento das doenças nas partes do Corpo regidas por Áries
Exemplos de músicas que auxiliam no tratamento das doenças nas partes do corpo regidas por Touro
Exemplos de músicas que auxiliam no tratamento das doenças nas partes do corpo regidas por Gêmeos
Exemplos de músicas que auxiliam no tratamento das doenças nas partes do corpo regidas por Câncer
Exemplos de músicas que auxiliam no tratamento das doenças nas partes do corpo regidas por Leão
Exemplos de músicas que auxiliam no tratamento das doenças nas partes do corpo regidas por Virgem
Exemplos de músicas que auxiliam no tratamento das doenças nas partes do corpo regidas por Libra
Exemplos de músicas que auxiliam no tratamento das doenças nas partes do corpo regidas por Escorpião
Exemplos de músicas que auxiliam no tratamento das doenças nas partes do corpo regidas por Sagitário
Exemplos de músicas que auxiliam tratamento das doenças nas partes do corpo regidas por Capricórnio
Exemplos de músicas que auxiliam o tratamento das doenças nas partes do corpo regidas por Aquário
Exemplos de músicas que auxiliam no tratamento das doenças nas partes do corpo regidas por Peixes
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Pitágoras ensinava que o Sistema Solar é um poderoso instrumento musical; que os 12 Signos zodiacais podem ser comparados aos semitons da escala cromática; que os Planetas constituem as sete notas da escala diatônica. Cada Signo responde a certo tom. Alguns sons combinam entre si e formam acordes harmoniosos; outros são antagônicos e produzem acordes desarmoniosos. Do mesmo modo como existem acordes harmoniosos e desarmoniosos, intervalos consonantes e dissonantes, assim também, segundo os ângulos que mantem entre si, para o observador na Terra, os Astros nos céus e os Signos do Zodíaco apresentam combinações harmoniosas e desarmoniosas, em seus efeitos sobre nós.
Dissemos que cada Signo responde a certa tonalidade musical. Eis a relação:
Signo de Áries………..: Ré Bemol Maior;
Signo de Touro ………: Mi Bemol Maior;
Signo de Gêmeos……: Fá Sustenido Maior;
Signo de Câncer …….: Sol Sustenido Maior;
Signo de Leão…………: Lá Sustenido Maior;
Signo de Virgem…….: Dó natural Maior;
Signo de Libra………..: Ré Maior;
Signo de Escorpião…: Mi Maior;
Signo de Sagitário…..: Fá Maior;
Signo de Capricórnio.: Sol Maior;
Signo de Aquário……: Lá Maior;
Signo de Peixes………: Si Maior.
Se você escolher músicas elevadas, nessas tonalidades, poderá amenizar e até curar enfermidades relativas a cada Signo. Tocando-as suavemente, com o paciente relaxado, a musicoterapia tem efeito indiscutível. Referimo-nos a música elevadas, que abrangem os três elementos musicais: Melodia, Harmonia e Ritmo, em equilíbrio, tais como nas obras eruditas (“músicas clássicas) de Bach, Beethoven, Wagner, Mozart, Chopin, Haydn, Brahms e tantos outros conhecidos. Os três elementos musicais se referem aos três atributos do Espírito, herdados de Deus; e aos três veículos:
• Melodia – Pai – Vontade-Poder: Mente
• Harmonia – Filho – Amor-Sabedoria: Corpo de Desejos
• Ritmo – Espírito Santo – Moção- Atividade: Corpo Denso (o físico).
Os solos de voz humana e de instrumentos de sopro ligam a melodia à Vontade. Os antigos gregos desenvolveram ao máximo essa ligação, chegando à sensibilidade de quartos de tons. Os instrumentos de corda e os corais ligam a harmonia ao Amor-Sabedoria. Os instrumentos de percussão ligam o Corpo físico à Moção-Atividade. A Harmonia é uma conquista da renascença. O mero ritmo é próprio dos povos primitivos e bárbaros. Um bom exemplo da influência do ritmo sobre o Corpo eram as danças guerreiras que incitavam os primitivos ao combate. Outro bom exemplo é o carnaval.
Portanto, a influência da música é global quando completa em seus elementos. Atinge os aspectos espiritual e corporal do ser humano, abrangendo-lhe a complexidade do ser. Essa influência é muito mais positiva e definida do que pode parecer. Ainda há pouco tempo, a parapsicologia fez experiências nesse sentido, com as plantas. Numa estufa submeteu algumas orquídeas ao efeito da música moderna, com predominância rítmica e muitos acordes dissonantes. Noutra estufa, mais ou menos distante, submeteu orquídeas da mesma classe a música elevada.
Resultado: as primeiras orquídeas murcharam sobre si mesmas, arrasadas pelo efeito da música moderna. As segundas ficaram mais fortes e formosas sob o efeito da música elevada.
Relação dos Signos com exemplos de doenças e enfermidades:
ÁRIES – Ré bemol Maior
Nevralgias, insônia, congestões cerebrais, febres do cérebro, calvície, dores-de-cabeça, vertigens, afecções dos olhos, dores de dentes e flegmão ou fleimão.
TOURO – Mi bemol Maior
Bócio (papo), difteria, laringite, tonsilite ou amigdalite, crupe ou garrotilho, pólipos, anginas, inflamação das glândulas da garganta e apoplexia.
GÊMEOS – Fá sustenido Maior
Bronquite, asma, pneumonia, consunção, pleurisia, sangue corrompido, afecções nervosas, anemias.
CÂNCER – Sol sustenido Maior
Indigestões, dipsomania, catarros gástricos, flatulências, hidropisia, escleroses.
LEÃO – Lá sustenido Maior
Afecções cardíacas, angina do peito, ataxia locomotora, hiperemia, afecções da coluna, meningite medular e febres.
VIRGEM – Dó natural Maior
Peritonite, desnutrição, disenterias, cólicas, prisão de ventre, diarreias, cólera, tifo, apendicite e solitária (tênia)
LIBRA – Ré Maior
Enfermidade de Bright, lumbago da urina, nefrite, cálculos renais e uremia.
ESCORPIÃO – Mi Maior
Sífilis, hérnias, fraturas, cálculos e areias, escorbuto, fístulas, hemorroidas, enfermidades uterinas, estreitamento da uretra e da próstata, catarro nasal, enfermidades na mucosa e na cartilagem do nariz.
SAGITÁRIO – Fá Maior
Ataxia locomotora, ciática, lumbago, reumatismo, enfermidades dos quadris e acidentes musculares.
CAPRICÓRNIO – Sol Maior
Eczema, erisipela, lepra, deslocamentos de ossos e joelhos fracos.
AQUÁRIO – Lá Maior
Veias varicosas, inflamação dos tornozelos, dores nas pernas, enfermidades nervosas, sensibilidade na pele.
PEIXES – Si Maior
Calos, gota, deformidade dos pés e dos dedos, tumores e hidropisia.
(Publicada na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – julho/1979 – Fraternidade Rosacruz – SP)
A importância do Estudante Rosacruz conhecer, apreciar e estudar a boa música para desenvolver a sua Mente Abstrata
A música desempenhou um papel, desde o início, no desenvolvimento do grande esquema cósmico, e que continuará a desempenhar até que o som final seja emitido e a perfeição realizada.
Max Heindel afirmou que Pitágoras não estava romanceando quando falava da música das esferas, pois cada uma das órbitas celestes tem seu tom definido e, juntas entoam uma sinfonia celestial. Ele confirma as declarações de Pitágoras, isto é, que cada Astro tem sua própria nota chave e viaja ao redor do Sol em tão variados índices de velocidade, que sua posição não pode ser repetida a não ser depois de aproximadamente vinte e sete mil anos. A harmonia celeste muda a cada momento, e, à medida que ela muda também as pessoas no mundo alteram suas ideias e ideais. O movimento circular dos Planetas ao redor do Sol no tom da sinfonia celestial, criada por eles, marca o progresso do ser humano ao longo do caminho da evolução.
Os ecos dessa música celestial chegam até nós no Mundo Físico. São nossas propriedades mais preciosas, muito embora sejam tão fugazes quanto uma quimera e não possam ser permanentemente criados. No Primeiro Céu esses ecos são, naturalmente, muito mais belos e permanentes. No Mundo do Pensamento, onde o Segundo e Terceiro Céus estão localizados, encontra-se a esfera do som.
Em nossa vida terrena, estamos tão imersos nos pequenos ruídos e sons de nosso limitado meio ambiente, que somos incapazes de ouvir a música produzida pelas esferas em marcha. O verdadeiro músico, seja consciente ou inconscientemente, sintoniza se com a Região do Pensamento Concreto, onde ele pode ouvir uma sonata ou uma sinfonia inteira como um único acorde resplandecente que, mais tarde, transpõe para uma composição musical de sublime harmonia, graça e beleza. O ser humano tem sido comparado a um monocórdio instrumento musical de uma única corda – que se estende da Terra aos confins longínquos do Zodíaco.
A vontade do ser humano teve sua origem na vontade de Deus. O músico, por meio de sua própria força de vontade, ouve esse poder da vontade de Deus expressa em sons e tons permeando o sistema solar. E, através de sua própria habilidade criadora nascida da vontade e da imaginação, ele é capaz de reproduzir em sons e tons, tanto os tons do poder vontade de Deus que criou o sistema solar, quanto Suas ideias tonais por meio das quais Ele materializou o Sistema Solar.
A música produz expressões de tom que procedem do poder mais elevado de Deus e do ser humano, isto é, da vontade. Portanto, podemos ver que terrível consequência o ser humano está construindo para si, ao profanar a música, ao introduzir nela todos os tipos de dissonâncias, ruídos estridentes e penetrantes, gemidos e desarmonias que afetam os nervos. Um conhecido filósofo expressou bem uma grande verdade cósmica quando disse: “Deixem me escrever música para uma nação e não me preocuparei com quem faça suas leis”. O termo músico aqui usado não se aplica ao cantor ou ao executante musical comum, mas a mestres criadores de música, tais como Beethoven, Mozart, Wagner, Liszt, Chopin, Bach e outros da mesma classe. A arquitetura pode ser comparada à música congelada; a escultura à música aprisionada; a pintura à música lutando para se libertar; a música à livre e flutuante manifestação do som.
A música é composta de três elementos primários: melodia, harmonia e ritmo. A melodia é composta de uma sucessão de sons harmoniosos sentidos pelos nervos auditivos que estão conectados ao cérebro – um órgão físico que contata a Mente. Portanto, é através do corpo mental que o Espírito é capaz de sentir a melodia produzida no plano físico. Um idiota ou uma pessoa insana não respondem à melodia. A harmonia consiste em uma agradável mistura de sons e está relacionada aos sentimentos ou emoções. Sentimentos ou emoções são expressões do Corpo de Desejos, em consequência, a harmonia pode ter um efeito tanto sobre o ser humano como sobre os animais, uma vez que ambos possuem corpos de desejos. Ritmo é um movimento medido e equilibrado, e é expresso pela força de vida que aciona gestos e outros movimentos físicos. O Corpo Vital absorve uma superabundância de força vital (energia solar) que passa para o Corpo Denso para mantê-lo vivo e em funcionamento. Daí o ritmo estar correlacionado ao Corpo Vital. As plantas têm um Corpo Vital e são sensíveis ao ritmo.
O ser humano tem dentro de seu cérebro sete cavidades que durante a vida são comumente consideradas vazias. Na realidade, estas cavidades estão cheias de uma essência do espírito, sendo que cada cavidade tem seu próprio tom e cor. Os tons produzidos por estas cavidades estão correlacionados àqueles dos Sete Espíritos diante do Trono:
As cavidades ou ventrículos, começando pela frente do cérebro, são:
(1) ventrículo olfativo,
(2) ventrículo lateral,
(3) terceiro ventrículo,
(4) quarto ventrículo,
(5) corpo pituitário,
(6) glândula pineal.
A sétima cavidade é o crânio, que reúne todos os elementos em um grande todo.
O Sistema Solar é um vasto instrumento musical. Assim como existem doze semitons na escala cromática, temos no céu doze Signos do Zodíaco. Assim como temos as sete teclas brancas ou tons no teclado do piano, temos os sete Planetas. Os Signos do Zodíaco podem ser considerados como a caixa de ressonância da harpa cósmica, e os sete Planetas são as cordas influenciando a humanidade de diversas maneiras, Na Bíblia notamos como a lira de sete cordas de Davi representa, astrologicamente, as notas chaves da corrente planetária sétupla. A nota chave de cada Planeta é composta da quintessência de seus sons reunidos. Uma amalgamação das tristezas e alegrias de nossa Terra, os sons de seus ventos e mares, o ritmo de todas as suas forças viventes combinadas, formam seu tom ou nota-chave. Da mesma maneira, e em escala sempre ascendente, soam as notas de toda a corrente planetária, sendo que sua união constitui a sublime Música das Esferas “… Não existe a menor orbe que observes que, em seu movimento, não cante como um Anjo”. Assim escreveu o grande poeta iniciado, Shakespeare. Esta música celestial é o produto daquele Verbo ao qual São João se referia quando escreveu: “No início era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus… e nada do que foi feito, foi feito sem Ele.” (Jo 1:1-3).
(Trecho do Livro “A Escala Musical e o Esquema de Evolução” – Fraternidade Rosacruz)
Vamos ver, resumidamente, a maneira DIFERENTE pela qual captava cada um dos chamados gênios da música a mensagem musical de suas épocas. As diferenças existentes entre as composições de Bach, Verdi, Chopin, Beethoven, Purcell, Bartock, Mussorsky e Lizst são óbvias ao ouvinte menos sofisticado de música erudita e as grandes diferenças são evidentes ao ouvido treinado do estudante de música. Evoluções divergentes e soluções epigenéticas existem também no compor e interpretar a música, assim como em todas as fases da atividade humana, sejam artísticas ou práticas.
A música é um veículo de comunicação ao qual o ser humano reage de acordo com sua própria evolução. Muitos dos compositores ficaram famosos somente após a sua morte e isso é devido ao fato de que a sua expressão musical estava além da compreensão popular do seu tempo. Charles Ives, um dos compositores americanos de música considerada inovadora foi criticado ou, simplesmente, ignorado até meados de nosso século, época em que foi “descoberto”, afirmou: “As impossibilidades de hoje são as possibilidades de amanhã”. A música concebida em termos antagônicos aos princípios já estabelecidos pela tradição é sempre alvo de chacota nos meios acadêmicos, até que, com o passar dos anos, encontra seu lugar no repertório convencional. Com o tempo, essa mesma música também se torna “tradicional” e uma forma ainda mais nova toma o seu lugar, na arena das discussões musicais.
Poucos dos mestres compositores receberam o que poderíamos denominar “admiração universal” ou até mesmo certo respeito, em seus tempos. Geralmente, gozavam da apreciação de um pequeno grupo de seguidores, sendo ao mesmo tempo alvos de críticas consideráveis. Mesmo Verdi, sem dúvida um dos mais populares, suportou severas críticas de certos grupos incomodados com os novos rasgos de sua música, bem como pelo fato de que as suas óperas lidavam somente com problemas “humanos” e não grandiosas situações lendárias ou históricas.
Porém a música não pode ser uniforme ou mesmo similar. O terreno para a expressão é amplo demais, havendo infinitas possibilidades de som, conotações musicais e interpretação que somente agora estão começando a ser exploradas. Sublime como certamente é a música de Beethoven, causaria enfado ao mais fervoroso discípulo do grande mestre, se a única música existente no mundo fosse a dele. O tesouro da música é tão amplo e suas pérolas, tão diversificadas, que a humanidade deve um preito de gratidão aos grandes egos que, mediante suas páginas, cada um à sua maneira, alargaram esse canal de expressão.
Conforme os egos individuais e a humanidade em geral se tornam mais sensíveis e profícuos na arte de pensar e chegar às suas próprias conclusões, é bem possível processar-se uma enorme ampliação não somente nos meios usados pela arte musical para expressar-se, mas também em todos os outros setores de manifestação. Gostaríamos de fazer nossas, mais uma vez, as palavras de Charles Ives: “Dia virá, quando cada homem respirará os seus próprios poemas, sinfonias e, quando sentado à tardezinha na sua varanda, poderá contemplar seus filhos brincando no quintal, usando sua própria criatividade para elaborar suas próprias composições, que farão parte de suas próprias vidas. Então esse homem olha por sobre as montanhas, notando que suas visões se tornam uma realidade completa”. Isso até parece estar acontecendo entre os nossos jovens. Indiferentemente se estamos preparados ou não a considerar a música jovem e moderna como “séria”, no sentido clássico, não há meio de discordar de que esteja altamente individualizada, havendo grande ênfase na participação ativa, oposta ao passivo ato de “assistir”.
Se a música oferece tão grande diversificação de interpretações, é até incompreensível a intolerância de um grande mestre para com a criação do outro. O grupo “anti-Wagner” de compositores criticava esse gênio com a mesma veemência dos grupos leigos. Brahms criticava a música de compositores cujo talento ganhou do tempo prestígio igual ao seu. Por outro lado, Hugo Wolf disse: “A arte de compor sem imaginação alguma definitivamente tem o seu mais digno representante em Brahms”. Há muitos exemplos desse tipo e pela sua preferência à própria música não poucos compositores poderiam ser considerados decididamente egocêntricos. Esses gênios deveriam ter sido capazes, mais do que o a humanidade comum, de reconhecer a música como arte de grande diversificação e TOLERAR, quando não admirar, músicas de interpretações divergentes.
Poucos dos compositores tiveram o que chamaríamos de “vidas felizes”, no sentido convencional da palavra. O preço do gênio é, na maioria das ocasiões, muito elevado. Essa qualidade é desenvolvida por meio de uma singular dedicação ao trabalho em vidas passadas, dando pouca atenção aos outros aspectos da personalidade e do caráter. Por esse motivo, o gênio brilha no peculiar ramo de atividade por ele elegido, havendo carência nos outros aspectos.
O papel do nacionalismo na música, ou, para usarmos os termos do ocultismo, a resposta dos músicos à influência dos Espíritos de Raça, é uma a considerar. Chopin, o primeiro dos grandes nacionalistas, desenvolveu um estilo que o acompanhou durante toda a vida, na sua Polônia natal, apesar de ter vivido em Paris a maior parte de sua vida. Debussy trabalhou e se identificou com o papel de “músico francês”, imprimindo em sua obra os ideais que lhe eram mais caros. Verdi brilhou em transmitir as explosões de paixão características do povo italiano. A música é, sem dúvida alguma, uma expressão do estado interno do ser humano e do estado externo da cultura do lugar ao qual ele pertence.
(publicado na Revista Serviço Rosacruz de julho/1975)