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Carta de Max Heindel: Os Espíritos de Raça e a Nova Raça

Os Espíritos de Raça e a Nova Raça

Outubro de 1915

Como há grande número de Estudantes que não assinam a Revista[1], e como há um artigo muito importante sendo publicado tratando sobre o lado oculto da guerra[2], creio que seja oportuno dedicar a carta mensal a um resumo dos fatos, e confio que isso também beneficiará a todos aqueles que possuem a Revista; por isso não pretendo fazer uma cópia da matéria, mas abordarei o assunto de improviso e, com certeza, novos pontos serão ressaltados.

Você se lembra de como cada um dos países envolvido nesse triste episódio se esforçou para se isentar de qualquer tipo de responsabilidade desde o princípio. Em certo sentido estão corretos, pois embora todos tenham culpa em decorrência do arrogância do coração, – e como Davi[3], quando contou a quantidade de pessoas que havia com ele em Israel, tendo pondo a sua confiança na enorme quantidade de seus homens, navios e armamentos – nenhuma guerra poderia ser declarada sem que fosse permitida pelos Espíritos de Raças. O Espírito de Raça guia os que estão sob a sua responsabilidade pelo caminho da evolução e, como Jeová, luta por eles ou permite que outras nações os conquistem, quando for necessário para que aprendam as lições necessárias para seu progresso.

Quando examinado pela visão espiritual, o Espírito de Raça aparece como uma nuvem cobrindo uma nação, e é insuflada no pulmão dessas pessoas a cada inspiração de ar que fazem. Nele, elas vivem, se movem e têm seu ser como um fato real. Por meio desse processo ficam imbuídos do sentimento nacionalista a que chamamos “patriotismo” o qual, em tempos de guerra, é tão poderosamente intenso e produtor de poderosas emoções que todos se sentem compromissados com tal questão e estão dispostos a sacrificar tudo por seu país.

A América não tem Espírito de Raça, até agora. É o cadinho onde diferentes nações estão sendo amalgamadas para extrair a semente para uma nova raça, portanto, é impossível despertar um sentimento universal que fará com que todos se movam como um só em qualquer assunto. No entanto, essa nova raça está começando a aparecer. Você pode reconhecê-la nas pessoas com seus braços longos e pernas longas, seu corpo jovial, saudável, atraente e capaz de se mover e se curva com extrema agilidade, sua cabeça longa e um tanto estreita, a parte superior do seu crânio ou da sua cabeça alta e sua testa quase retangular. Dentro de poucas gerações, imagino que sejam entregues a responsabilidade de um Arcanjo, que começará a unificá-los. Isso por si só levará algumas gerações, pois, embora as imagens originalmente estampadas nos corpos da velha raça tenham desaparecido atualmente, devido o advento dos casamentos entre nações, povos e raças, elas ainda influenciam a ponto de produzirem resultados, e as conexões familiares da América com a Europa podem ser rastreadas na Memória da Natureza, cujo reflexo temos no Éter Refletor. Até que esse registro não seja apagado, o vínculo com o país ancestral não está totalmente rompido, e as colônias de italianos, escoceses, alemães, ingleses etc., existentes em diversas partes desse país, retardam a evolução da nova raça. É provável que a Era de Aquário chegue antes que essa condição seja totalmente superada e a raça americana totalmente estabelecida.

Se você olhar para os acontecimentos durante os últimos 60 ou 70 anos, ficará evidente que essa foi uma época de ceticismo, dúvida e crítica aos assuntos religiosos.

As igrejas têm ficado cada vez mais vazias e as pessoas, muitas vezes, abandonam a adoração a Deus e se voltam para a busca do prazer. Essa tendência estava aumentando na Europa até o início dessa guerra, e ainda continua sendo uma vergonha para muitas cidades e centros do pensamento científico da América. Como um resultado dessa atitude mental mundial, promovida pelos Irmãos da Sombra com a permissão dos Espíritos de Raça, assim, como Jó[4] foi tentado por Satanás na lenda, uma catarata espiritual vedou os olhos do mundo ocidental e deve ser removida antes que a evolução possa prosseguir. Como isso está sendo feito será o assunto da próxima carta.

(Do Livro: Carta nº 59 do Livro Cartas aos Estudantes)


[1] N.T.: Na época se refere à Revista Rays from the Rose Cross.

[2] N.T.: refere-se à Primeira Guerra Mundial

[3] N.T.: Cr 21:1-17

[4] N.T.: Veja o Livro de Jó na Bíblia para ter um panorama completo.

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O Conde de Saint Germain

O Conde de Saint Germain

A vida inteira desta extraordinária e misteriosa figura, conhecida como Conde de Saint Germain, está intimamente ligada à mudança político-social do mundo que foi operada pela Revolução Francesa. Tratando-se de um Ego excepcional que previu o que iria acontecer à França, empenhou-se titanicamente e durante algumas décadas, entre a nobreza, procurando convencê-la da necessidade de modificar as diretrizes de Governo a fim de se realizar a imprescindível alteração do ambiente político e social sem, contudo, que o país fosse ensanguentado. Por intermédio da condessa d’Adheniar, pessoa de amizade da rainha, o Conde se pôs em contato com ela que, tendo gostado muito de ouvi-lo, encaminhou-o para falar com Luís XVI. Expôs ele ao rei, minuciosamente, todos os problemas do seu reinado, inclusive os mais delicados, acrescido de sábia orientação para resolvê-los. No entanto, apesar de Sua Alteza ter percebido que Saint Germain havia dito importantes verdades, chamou os guardas e mandou prendê-lo. Contudo, quando eles entraram, o Conde desapareceu, como por encanto, no meio deles. Se quiséssemos usar linguagem popular, diríamos que eles “ficaram falando sozinhos”. Determina Sua Majestade que seja procurado, destacando para tantos detetives especializados que se entregaram a intenso trabalho de investigação, no transcurso de dois anos consecutivos, sem que conseguissem colher a mínima notícia, não só na França e na Europa, mas em qualquer parte da Terra. Desanimaram.

Decorridos oito anos, Maria Antonieta se lamentava, certo dia, pelo desaparecimento do Conde, dizendo estar acontecendo tudo o que ele dissera e que precisava muito, por isso mesmo, falar com ele. No dia seguinte, às oito horas da manhã, alguém bateu à porta da sua residência e a governante foi atender; era Saint Germain, a quem fez entrar. A rainha ficou sobremaneira satisfeita. Depois dos cumprimentos, fez todas as perguntas que desejava, tendo obtido, com precisão, as respostas do ilustre personagem que, despedindo-se, partiu. Sua Majestade transmite ao primeiro Ministro, Sr. Maurepas, tudo aquilo que ouvira do Conde; ele não gostou, alegando que ela tinha escutado coisas sem sentido, porque quem disse, ele afirmou, não passava de um charlatão. Mal acabou de falar, a porta abriu automaticamente, entrou Saint Germain e se dirigiu ao desconcertado Maurepas por meio das seguintes palavras: “Sim, fui eu quem disse à Rainha tudo que me era permitido dizer… E as revelações ao Rei teriam sido muito mais completas. É lamentável que vos tenhais interposto entre S. A. e mim. Nada me recriminarei quando a terrível anarquia devastar a França inteira! Quanto a tais calamidades, vós não as vereis, mas o fato de as terdes inconscientemente preparado será suficiente para a vossa memória… Não espereis homenagem alguma da posteridade, ministro frívolo e incapaz! Sereis incluído entre aqueles que fazem a ruína dos Impérios!”. Dito isso, o Conde encaminhou-se para a porta, fechou-a e desapareceu para sempre. Desnecessário é, sem dúvida, esclarecer que todos os esforços tendo em vista encontrá-lo foram totalmente inúteis.

Todos os documentos que se achavam no arquivo do Estado, escritos por Saint Germain, principalmente os que diziam respeito à França, foram, por determinação do Imperador, recolhidos e levados à Chefia de Polícia com a finalidade de fazer-se um trabalho em conjunto, mas desapareceram no incêndio do Edifício, durante a Comuna, em 1871.

Voltaire, tido por todos como filósofo cético, via em Saint Germain um homem de sabedoria universal. Tinha ele grande admiração pelo Conde. Era conhecidíssimo pela Maçonaria da época como “O Rosacruz”. E, assim, ainda hoje a referida sociedade secreta o considera. Certa vez defrontou-se o Conde de Cagliostro com Saint Germain, ocasião em que esse lhe dissera — “Cuidado, Cagliostro, senão você porá fogo na França”, ao que ele respondeu: “A Lei quer que a humanidade atinja determinado grau evolutivo e, como ela não quer atingir pelo amor, alcançará pela dor; ateio fogo e a Providência Divina sabe o que deve queimar e o que não deve”. É que, enquanto o Conde de Cagliostro encarnava a face do rigor, o Conde de Saint Germain representava a face do amor. Permanecia em um lugar somente o tempo necessário à realização do seu trabalho. Como Iniciado de grau superior, está sempre em atividade em alguma parte do mundo. No século XIII, na Alemanha, fundou a misteriosa Ordem dos Rosacruzes. Junto a esse Ser, em sua jornada, sentimo-nos em companhia de quem tudo pode. Não há obstáculo que não vença com seu amor e sabedoria. Diríamos tratar-se de um verdadeiro alquimista das forças cósmicas. Todavia, quase nada dissemos ainda a respeito do Conde de Saint Germain, pois esse Ser é um manancial infinito…

(Por Hélio de Paula Coimbra publicado na Revista Serviço Rosacruz de maio/1964)

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Fraternidade Rosacruz ligando o Estudante à Ordem Rosacruz

Fraternidade Rosacruz ligando o Estudante à Ordem Rosacruz

É, como diz “O Conceito Rosacruz do Cosmos”, a Fraternidade Rosacruz que, cuidando de orientar o preparo dos Estudantes, vai ligá-los à Ordem Rosacruz. É nela que todo Estudante encontra o que necessita a fim de que possa chegar oportunamente à Ordem. Felizes, pois, os que assim trilham a senda. Encurtam de maneira extraordinária o caminho a percorrer. Contudo, além de encurtar, tornam o jugo suave e o fardo, leve. Foi, como todos sabem, a Escola Rosacruz fundada pelo mensageiro da Ordem, Max Heindel, nos Estados Unidos da América do Norte, em Oceanside, em 1909. Destina-se ela especificamente ao Mundo Ocidental, em virtude do adiantamento dos habitantes desta parte do globo terrestre. O alto grau de individualização do ser humano ocidental revela seguramente o seu nível de amadurecimento interno. E por causa desse nível ser bom é que o ser humano ocidental tem, indiscutivelmente, dificuldade de se adaptar ao preparo coletivo, para Iniciação Coletiva usada pelos orientais. Por isso, os exercícios dados por esses não servem para os ocidentais. Quem desejar inteirar-se profundamente sobre o que acabamos de falar, que leia a obra básica dos ensinamentos Rosacruzes, à que já nos referimos, intitulada “O Conceito Rosacruz do Cosmos”.

Como é do conhecimento de todos, não há escola que não tenha o seu regulamento ou método. E, nesse particular, a Escola Rosacruz nos apresenta um Método que é diferente, em um ponto capital, dos métodos adotados pelas demais escolas — objetiva ele partir dos primeiros passos do Estudante e emancipá-lo gradativamente de toda e qualquer dependência dos outros até atingir o mais alto grau de confiança em si mesmo, o que lhe possibilita permanecer só, não importando as circunstâncias e más condições para lutar. Nesta altura, é claro, a segurança do Estudante é total; portanto, não mais está sujeito a entusiasmar-se de tal forma que venha a cometer deslize de equilíbrio. Permanece tranquilo e firmemente como se fosse uma rocha. Considera as pessoas e coisas em seus devidos lugares: não comete excessos. Não vê líder ou mestre, a não ser no Cristo Interno. Seu único ideal e guia é, então, Cristo-Jesus. Assim, libertou-se das vozes enganosas, vindas do exterior, partam de onde partir.

Como se vê, o Método Rosacruz de Desenvolvimento conduz o Discípulo, que rigorosamente o observa, à Iniciação real cujo valor é também real em qualquer plano ou mundo do Universo onde se apresentar o portador dela. É tão diferente das chamadas iniciações coletivas ou dependentes de guru como a água o é do vinho. Basta dizer que esse tipo de preparação e Iniciação dão ao ser humano uma realização parcial, apenas. Pelo Método Rosacruz, ao contrário, a realização do ser humano é completa e total, portanto, alcança-se, deste modo, tal sublimidade que é difícil descrever, dado a pobreza de vocabulário. É necessário que se experimente para poder compreender plenamente a amplitude da coisa. Diz Max Heindel, na obra citada, que se fosse possível obter com dinheiro, ninguém veria problema em gastar soma abundante. Entretanto, a impossibilidade é total de se obtê-la assim e por qualquer outro meio que não seja o mérito. Só esse vale. É o único caminho que existe. Percorramo-lo, pois, trabalhando incansavelmente. Só assim iremos galgando os degraus. É uma conquista sublime! Desdobra-se vitória sobre vitória e, por outro lado, descortinam-se horizontes. Sente-se, de perto, não só a grandiosidade de Deus, mas especialmente a Sua presença em tudo que existe na Natureza. Percebe-se agora que o espírito deve buscar exercer, de maneira crescente, o mais completo domínio sobre os seus veículos, conhecidos também como suas ferramentas. Essas são transitórias, enquanto ele é eterno.

Poderá o prezado leitor que pretenda conhecer bem o Método Rosacruz de Desenvolvimento ler o referido “Conceito Rosacruz do Cosmos”. É, portanto, de fácil consulta. É obra importante não apenas para os Estudantes Rosacruzes, mas interessa a todos os estudiosos, sem excetuar os mestres; ou melhor, os que se consideram assim, porque Mestre mesmo é somente Cristo-Jesus. Os outros, quando portadores de bons conhecimentos, não passam de companheiros mais experimentados que, sendo modestos, poderão prestar valiosa ajuda com a sua experiência.

(Por Hélio de Paula Coimbra publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1964)

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Carta de Max Heindel: Aumentando a Vida do Arquétipo

Aumentando a Vida do Arquétipo

Dezembro de 1918

Esta é a última carta aos Estudantes deste ano[1], e o pensamento no final de cada ciclo, naturalmente, se volta para a capacidade do tempo em passar rapidamente e para a evanescência da existência no mundo fenomenal. Também nos recordamos da preciosidade do tempo e da nossa responsabilidade em usá-lo da melhor forma para o crescimento anímico, pois “que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”[2] . Agora é o tempo de semear, e foi nos dito que “a quem muito é dado, muito será exigido”[3]. Portanto, somos responsáveis pelos efeitos das nossas ações e pelo que temos feito ou que deixamos de fazer, numa extensão muito maior do que aqueles que não tiveram o conhecimento interno do propósito de Deus, o qual nos foi oferecido por meio dos Irmãos Maiores.

Nessa conexão, nós devemos perceber que cada ato de cada ser humano tem um efeito direto no arquétipo do seu corpo. Se o ato está em harmonia com a lei da vida e da evolução, fortalece o arquétipo e possibilita um prolongamento da vida, na qual o indivíduo alcançará o máximo de experiência e obterá um crescimento anímico compatível com seu estado evolutivo e com a sua capacidade de aprendizagem. Desse modo, menos renascimentos serão necessários para ele chegar à perfeição, comparado com um outro que, deliberadamente, evita viver vida como se deve e faz de tudo para escapar do seu fardo, ou com outro, ainda, que aplica suas forças destrutivamente. Nesse último caso, o arquétipo se esgota e se rompe cedo. Assim, aqueles, cujos atos são contrários à lei, encurtam as suas vidas e têm que renascer mais vezes do que aqueles que vivem em harmonia com a lei. Esse é outro exemplo de que a Bíblia é correta quando nos exorta a fazer o bem para que possamos ter uma vida mais longa aqui na Terra.

Essa lei é aplicada a todos sem exceção, mas tem maior significado nas vidas daqueles que estão trabalhando, conscientemente, com a lei da evolução do que daqueles que não estão. O conhecimento desses fatos deveria aumentar dez ou cem vezes o nosso prazer, entusiasmo, disposição, energia e interesse pelo bem. Mesmo se tenhamos começado, como se costuma dizer, “tarde na vida” podemos facilmente acumular um “tesouro” maior nos últimos anos do que o obtivemos em algumas vidas anteriores. E, acima de tudo, nós conquistaremos a possibilidade para um começo mais cedo nas próximas vidas.

Esperemos, portanto, que tenhamos aproveitado da melhor maneira o ano que está terminando e nos preparemos para aumentar nossos esforços durante o próximo ano.

(Do Livro: Carta nº 96 do “Livro Cartas aos Estudantes”)


[1] N.T.: dezembro de 1918

[2] N.T.: Mc 8:36

[3] N.T.: Lc 12:48

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Carta de Max Heindel: A Amizade como um ideal

A Amizade como um Ideal

Dezembro de 1910

Em um movimento religioso é costume se dirigir um ao outro como “Irmã” e “Irmão”, em reconhecimento de que todos, de fato, somos filhos de Deus, que é o nosso Pai comum. Entretanto, irmãos e irmãs nem sempre estão em harmonia. Algumas vezes chegam ao extremo de se odiar, mas, entre amigos não pode haver outro sentimento que não seja o amor.

Foi o reconhecimento desse fato que levou Cristo, nosso grande e glorioso Ideal, a dizer a Seus Discípulos: “De agora em diante já não vos chamarei de servos… mas de amigos” (Jo 15:15). Nada melhor podemos fazer do que seguir o nosso grande Líder, tanto nesse como em todos os outros acontecimentos da Sua vida. Não devemos nos contentar com simples relacionamentos fraternais, mas vamos nos esforçar por sermos amigos no mais santo, puro e amplo sentido da palavra.

Os Irmãos Maiores, cujos belos ensinamentos nos uniram no Caminho da Realização, honram os seus Discípulos do mesmo modo que Cristo honrou os Seus Apóstolos chamando-os de “Amigos”. Se você persistir no caminho que você começou a percorrer, algum dia, estará na presença deles e ouvirá a palavra “Amigo” pronunciada em voz tão suave, carinhosa e dócil que ultrapassa qualquer descrição ou até a própria imaginação. A partir deste dia, não haverá trabalho que você não efetuará para merecer tal amizade. Servi-los será o seu único desejo, sua única aspiração, e nenhuma distinção terrena será comparável a esta amizade.

Sobre os meus indignos ombros caiu o grande privilégio de transmitir os Ensinamentos dos Irmãos Maiores ao público em geral e, em particular, aos Estudantes, Probacionistas e Discípulos da Fraternidade Rosacruz. Você que solicitou que seu o seu nome figurasse na minha lista de correspondentes, saiba que eu, alegremente, lhe estendo a minha mão direita em fraternidade, cumprimentando-o pelo nome de amigo. Aprecio a confiança que depositou em mim, e lhe asseguro que me esforçarei para ajudá-lo em tudo que estiver ao meu alcance e ser merecedor de sua confiança. Espero que também me auxilie no trabalho que me proponho a fazer em benefício de todos, e peço que me desculpe no caso de descobrir alguma falhar em mim ou em meus escritos. Ninguém necessita mais de orações de seus semelhantes do que aquele que tem por missão ser um líder.

Por favor, lembre-se de mim em suas preces e tenha certeza que o terei nas minhas. Incluo a primeira lição com a esperança que o que foi exposto nessa carta estabeleça as nossas relações e firme, entre nós, uma amizade sincera.

(Do Livro: Carta nº 1 dos Estudantes)

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O que é a Fraternidade Rosacruz e como ela trabalha?

A Fraternidade Rosacruz é composta por homens e mulheres que estudam a Filosofia Rosacruz, que também é conhecida como os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, tal como é apresentada no livro “O Conceito Rosacruz do Cosmos”.

É uma Escola, onde quando a pessoa se inscreve e começa a fazer o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, alcança o Grau de Estudante Preliminar. Depois dele pode alcançar os demais graus propostos na Fraternidade Rosacruz que você pode ver aqui: Caminho da Preparação e o Caminho da Iniciação Rosacruz.

Essa Filosofia Cristã Mística revela os conhecimentos profundos a respeito dos Mistérios Cristãos e estabelece a união entre a Arte, a Religião e a Ciência. Max Heindel foi escolhido pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz para revelar publicamente os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, de modo a contribuir na preparação da humanidade para a vindoura era da Fraternidade Universal, a Era de Aquário. O trabalho da Fraternidade Rosacruz consiste em disseminar o Evangelho e a curar (não remediar!) os enfermos. Tais tarefas são realizadas de três modos principais:

1º) a disponibilização dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental a todos aqueles que desejam recebê-lo;

2º) por um Departamento de Cura que enfatiza a cura espiritual baseada nos princípios do reto viver pelo Método Rosacruz de Cura;

3º) e disponibilizando os livros da Fraternidade Rosacruz, bem como seus cursos, que ajudam no desenvolvimento pessoal, para todos aqueles que os solicitem.

Os cursos podem ser realizados por correspondências ou endereço eletrônico (e-mail) e incluem: estudos na Filosofia Esotérica Cristã, tendo como base o livro “O Conceito Rosacruz do Cosmos”; o curso de Estudos Bíblicos que contribui para uma melhor compreensão das verdades satisfatórias contidas na Bíblia; e estudos da Astrologia Espiritual que foi concebido para auxiliar no foco da vida em sua parte espiritual (por meio do desenvolvimento espiritual e autoconhecimento), como uma chave para o Espírito, como um forte correlacionador para ajudar na cura dos doentes e enfermos, cujas causas estão justamente nas falhas que se comete por não focar a vida na parte espiritual. Assim, se utiliza da Astro-diagnose e Astro-terapia. Uma das condições básicas para que os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental fossem fornecidos a Max Heindel para serem revelados publicamente é que nenhum preço deve ser cobrado por eles.

Esta condição foi fielmente observada por Max Heindel e é respeitada e seguida atualmente e com a mesma ênfase. Embora os Livros em papel da Fraternidade Rosacruz sejam vendidos – a fim de cobrir os custos de confecção – o serviço de nosso Departamento de Cura, os Cursos por Correspondências e as várias atividades desenvolvidas sempre serão oferecidos gratuita e amorosamente e baseadas no livre-arbítrio.

A Fraternidade Rosacruz não possui conexão com qualquer outra organização, inclusive as que também utilizam o nome Rosacruz.

Não há qualquer obrigação para os membros da Fraternidade Rosacruz, nem qualquer tarifa a ser cobrada.

Essa é a Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil.

Sua fundação data de 3 de agosto de 1980 no Centro de Campinas – SP – Brasil. Desde então desenvolve um trabalho focado na disseminação dos Ensinamentos Rosacruzes, fiel à literatura Rosacruz, conforme preconizada por Max Heindel e seguindo os três modos destalhados acima. Somos ligados à The Rosicrucian Fellowship (www.rosicrucianfellowship.org), fundada por Max Heindel, como um Centro autorizado.

Nosso endereço físico é:

Avenida Francisco Glicério, 1326 – Conjunto 82 – Centro – Campinas – SP – 13012-905 – Brasil Para receber mais informações ou tirar dúvidas sobre cursos, palestras e participações, envie um e-mail para: contato@fraternidaderosacruz.com

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BEM-VINDO e BEM-VINDA e desejos de que

AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ!

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Carta de Max Heindel: A Pureza Geradora: o Ideal para você que nasceu no Ocidente

A Pureza Geradora, o Ideal para você que nasceu no Ocidente

Dezembro de 1911

Vocês compreenderam o ponto principal da lição do mês passado sobre o simbolismo da Rosacruz, o ponto crucial dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental? É a Pureza Geradora.

Os grandes Líderes da humanidade sempre prescrevem as condições mais condutivas ao desenvolvimento de cada raça, as religiões diferentes para as massas e os métodos diversos de realização para uns poucos. A populosa condição do extremo Oriente prova uma indulgência universal e irrestrita das paixões por parte dos nossos irmãos e irmãs chineses e indianos mais jovens. Portanto, os Mestres da Sabedoria Oriental prescrevem o celibato aos seus discípulos como meio para controlar essas paixões.

No Ocidente, as condições são mais complicadas e perigosas. Aqui as comportas da paixão estão, em grande parte, represadas; não pela percepção da santidade do ato gerador, mas por causa do egoísmo e da prioridade dada à necessidade econômica. Muitas vezes, esse método conduz à perversão insidiosa e a práticas dissolutas. Se a paixão não fosse tão forte, esse método poderia, de fato, resultar em suicídio da raça. Exigir que um Aspirante nascido nessas condições viva uma vida celibatária, apenas daria a ele mais incentivo ao egoísmo e à autossuficiência; portanto, é considerado meritório quando um aluno da Escola de Mistério Ocidental se casa e continua a viver uma vida de castidade.

Tem sido um detrimento para o Mundo Ocidental as várias sociedades que promulgam aqui doutrinas Orientais – celibato, entre outras – e foi um grande impacto para mim quando um dos diretores de uma dessas sociedades lamentou o casamento de um de seus conferencistas e disse o quanto isso os embaraçava, pelo fato de sua esposa estar prestes a entrar em trabalho de parto. À medida que a família foi aumentando com o passar dos anos, a sociedade o relegou à vida privada.

Exatamente o contrário aconteceria com os Estudantes da Escola Ocidental. Eles são altamente respeitados se estão aptos e dispostos a prover um corpo e um lar para um ou mais espíritos aguardando por renascer, desde que, naturalmente, vivam uma vida de casto amor conjugal durante os intervalos de um nascimento e outro.

Enquanto a alma mais jovem e mais vulnerável do Oriente é dirigida pelos Instrutores Compassivos, que trata os mais fracos com uma maior bondade do que aos que são mais capazes de cuidar de si, para ser celibatário e fugir da tentação o mais rápido possível, para escapar do perigo de cair nela, ao mais velho espírito do Ocidente é permitido avaliar sua força vivendo em relações conjugais , de modo que um dia  alcance uma concepção imaculada, como é simbolizado pela casta e bela rosa que espalha a sua semente sem paixão e sem se envergonhar.

Uma Nova Raça de seres humanos está surgindo agora. Homens e mulheres cristãos de Mente pura estão despertando cada vez mais para as reivindicações dos que estão por nascer. Celebremos o aniversário do nascimento de Nosso Salvador orando para que, em breve, as condições mais puras se tornem globais e que todas as crianças sejam bem-nascidas. Por fim, mas não menos importante, que cada um de nós ensine, pregue e viva essa doutrina.

(Cartas aos Estudantes – nº 13 – do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel)

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Carta de Max Heindel: Métodos Orientais e Ocidentais de Desenvolvimento

Novembro de 1913

Frequentemente, recebemos solicitações de auxílio de pessoas que, infelizmente, pertenciam a sociedades onde elas se submetiam ao domínio dos espíritos de controle que, no momento, os assombram e os perseguem chegando ao ponto de se tornarem um fardo na vida delas. Também recebemos solicitações de auxílio de pessoas que frequentaram sociedades onde ensinavam exercícios de respiração hindus. A impaciência de ingressar nos Mundos invisíveis leva muitas pessoas a praticar estes exercícios, cuja natureza perigosa desconhecem, quando percebem é tarde demais e aí experimentam problemas tano na saúde física como na espiritual. Então, vem até nós a procura de alívio que, felizmente, conseguimos fornecer a todos que se aplicaram, até mesmo aqueles que estavam à beira da insanidade.

E é por isso que a literatura da Fraternidade Rosacruz está repleta de advertências sobre o evitar todos os exercícios respiratórios tais como preconizados pelas escolas orientais, os quais são impróprios às pessoas que vivem no lado ocidental do Planeta. É com muita e profunda tristeza que ouvimos falar de um Estudante que está, agora, doente como consequência desses tipos de exercícios respiratórios. Portanto, cremos que será conveniente afirmarmos, mais uma vez, a diferença entre os métodos oriental e ocidental, para que fique bem claro o por que é sensato evitar tais exercícios.

Em primeiro lugar, é necessário ter a percepção clara de que a evolução do espírito e a evolução da matéria andam de mãos dadas. O espírito evolui renascido em veículos densos de matéria e trabalhando com o material encontrado no Mundo Físico. Assim, o espírito progride e, também, a matéria está sendo aprimorada porque o espírito trabalha sobre ela. Naturalmente, os espíritos mais avançados atraem para si material mais refinado do que aqueles que estão atrasados no caminho da evolução, e os átomos nos corpos de pessoas mais altamente evoluídas são mais sensíveis do que as daquelas que existentes em povos primitivos.

Entretanto, os átomos das pessoas que vivem no ocidente respondem às ondas vibratórias que ainda não foram contatadas por aquelas pessoas que habitam em corpos orientais. Os exercícios respiratórios são usados para despertar os átomos adormecidos do aspirante oriental, e o trajeto enérgico desse tratamento se faz necessário para aumentar o tom de vibração. O índio americano ou o bosquímano[1] podem executar esses exercícios impunemente durante vários anos, contudo, é uma questão totalmente diferente quando uma pessoa, com um corpo altamente sensibilizado como o ocidental, segue tal tratamento. Os átomos de seu corpo já foram sensibilizados pela evolução natural; e quando esta pessoa recebe um ímpeto adicionado de exercícios respiratórios, os átomos simplesmente se rebelam, e se torna extremamente difícil trazê-los ao devido repouso novamente.

Aqui pode ser útil mencionar que o autor teve uma experiência pessoal nesse assunto. Anos atrás, quando ele começou a trilhar o Caminho espiritual e estava imbuído da impaciência que é a característica comum a todos os buscadores sedentos pelo conhecimento, ele leu sobre os exercícios respiratórios publicados por Swami Vivekananda[2] e começou a seguir as suas instruções, na esperança de que, após dois dias, o Corpo Vital se separaria do Corpo Denso. Isso produziu uma sensação como deslizar no ar, não sendo possível manter os pés em terreno sólido e todo o Corpo parecia vibrar num tom altíssimo. O bom senso o resgatou. Os exercícios foram interrompidos, porém, foram duas semanas para que recuperasse a condição normal de andar firmemente no chão e cessassem as vibrações anormais.

Na parábola, foi dito que alguns foram rejeitados porque não tinham o traje nupcial. A menos que nós desenvolvamos, primeiramente, o Corpo-Alma, qualquer outra tentativa de entrar nos Mundos invisíveis resultará em um desastre; e qualquer instrutor que diz ter a capacidade para conduzir as pessoas aos reinos invisíveis não é confiável. Existe apenas um caminho –  paciente persistência em fazer o bem.

(Cartas aos Estudantes – nº 36 – do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel)


[1] N.T.: Khoisan ou Khoi-San é a designação unificadora de dois grupos étnicos do sudoeste de África que partilham algumas características físicas e linguísticas distintas da maioria Bantu da África. Esses dois grupos são os san, também conhecidos por bosquímanos ou boximanes e que são caçadores-coletores, e os khoikhoi, que são pastores e que foram chamados hotentotes pelos colonizadores europeus. Aparentemente, estes povos têm uma longa história, estimada em vários milhares (talvez dezenas de milhares) de anos, mas agora estão reduzidos a pequenas populações, localizadas principalmente no deserto do Kalahari, na Namíbia, mas também no Botsuana e em Angola.

[2] N.T.: Swami Vivekananda (1863-1902), nascido Narendranath Dutta foi o principal discípulo do místico do século XIX Sri Ramakrishna Paramahamsa e fundador da Ordem Ramakrishna. É considerado uma figura chave na introdução do Vedanta e do Yoga no Ocidente, sobretudo na Europa e América.

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Calendário Anual da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – 2020

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

  1. A fim de sabermos NO QUE meditar sobre o Trabalho Cósmico de Cristo durante o ano, ACESSE aqui para ter mais informações: O Trabalho do nosso Salvador e Redentor Cristo em cada Mês do Ano e em cada Trimestre do Tempo Terrestre
  2. Já para o Mês Solar, é só tomar os conceitos preconizados pelas Palavras-Chaves, Qualidades Positivas e Qualidades Negativas de cada Signo. Aqui você terá um ótimo material para tal exercício: Meditação para o Mês Solar
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