Arquivo de categoria Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Por que é necessária a nossa passagem por esta existência física? Não poderíamos aprender as mesmas lições sem estarmos aprisionados e limitados pelas densas condições do mundo material?

Pergunta: Por que é necessária a nossa passagem por esta existência física? Não poderíamos aprender as mesmas lições sem estarmos aprisionados e limitados pelas densas condições do mundo material?

Resposta: O Novo Testamento foi escrito originalmente em grego, e a palavra Logos significa tanto o verbo quanto o pensamento que precede o verbo, de maneira que quando São João nos diz, no primeiro capítulo do seu Evangelho: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, podemos também traduzir aquele versículo como: No princípio era o pensamento, e o verbo estava com Deus, e Deus era o verbo. Tudo existe em virtude daquele fato (o verbo). Naquilo está a “vida”.

Tudo que existe no universo foi primeiro um pensamento. Então, aquele pensamento manifestou-se através de uma palavra, um som, que construiu todas as formas, sendo ele próprio a manifestação da vida dentro daquelas formas. Esse é o processo da criação, e o ser humano, que foi feito à imagem de Deus, cria, até certo ponto, da mesma forma. Ele tem a capacidade de pensar; ele pode exprimir seus pensamentos e, assim, quando não for capaz de executar sozinho suas ideias, pode conseguir o auxílio de outros para realizá-las. Mas, aproxima-se o tempo em que criará diretamente através da palavra emitida pela sua própria boca. Atualmente, ele está aprendendo a criar por outros meios, mas quando estiver capacitado a usar sua palavra para criar diretamente, ele saberá como fazê-lo. Esse treino é absolutamente necessário. No momento presente ele cometeria muitos erros. Além disso, ainda não é suficientemente bom – poderia dar forma às criações demoníacas.

Nos primórdios, quando o ser humano esboçava os seus primeiros esforços, ele usou os sólidos; a força muscular era o único meio do qual dispunha para executar seu trabalho. Com ossos e pedras colhidos no solo, produziu os primeiros instrumentos grosseiros com os quais manipulou objetos. Em seguida, numa rude canoa feita de um tronco de árvore, aventurou-se às águas, um líquido, e a roda d’água foi o seu primeiro maquinário. O líquido é bem mais poderoso que o sólido. Uma onda destruirá completamente o convés de um navio, arrancará os mastros e torcerá as mais sólidas barras de ferro como se fossem um fino arame; mas a potência da água é uma força estacionária, portanto, restrita a trabalhar em sua adjacência imediata. Quando o ser humano aprendeu a usar a força ainda mais sutil que chamamos ar, conseguiu erigir moinhos de vento para trabalhar por ele em qualquer lugar, e embarcações à vela estabeleceram a comunicação pelo mundo afora. Portanto, o passo seguinte do ser humano em seu desenvolvimento foi realizado pelo uso de uma força ainda mais sutil que a água e mais universalmente aplicável do que aquele elemento. O vento era inconstante e não se podia depender unicamente dele. Em consequência, o avanço realizado, até então, pela civilização humana tornou-se insignificante quando o ser humano descobriu como utilizar um gás ainda mais sutil chamado vapor; o qual pode ser produzido em qualquer e em todos os lugares, e o progresso do mundo tem sido considerável desde esse advento. O seu emprego, no entanto, requer um maquinário de transmissão de força, o que representa uma desvantagem. Mas essa foi praticamente eliminada pelo uso de uma força ainda mais sutil, mais facilmente transmissível, a eletricidade, que é, ao mesmo tempo, invisível e intangível.

Vemos que o progresso do ser humano no passado dependeu da utilização de forças de sutileza crescente, cada força conseguindo maior capacidade de transmissão que as outras antes disponíveis. Assim, podemos perceber facilmente que um progresso futuro dependerá da descoberta de forças ainda mais refinadas e mais facilmente transmissíveis. Sabemos que a telegrafia sem fio é realizada até sem o uso de fios. Mas, mesmo esse sistema não é o ideal, pois depende da energia gerada numa usina central, que é estacionária. Envolve o emprego de um maquinário de custo elevado e está, portanto, fora do alcance da maioria. A força ideal seria uma força gerada vinda do próprio ser humano no momento que desejasse e sem maquinário.

Algumas décadas atrás, Júlio Verne fez-nos vibrar ao fazer aparecer magicamente o submarino, a viagem ao redor da Terra em oitenta dias etc., estimulando, assim, a nossa imaginação. Hoje, todas as ideias concebidas por ele concretizaram-se, superando até a sua imaginação. Chegará o dia em que teremos à nossa disposição uma fonte de força igual àquela sobre a qual falamos acima. Bulwer Lytton, no seu “Raça do Futuro” (Coming Race), descreveu-nos uma força chamada “Vril”, que certos seres imaginários possuem e podem usar para locomover-se sobre a terra, através do ar e de outras várias maneiras. Tal força está latente em cada um de nós e, por vezes, referimo-nos a ela como emoção. Sentimos seu poder de longo alcance como temperamento quando desencadeado, e dizemos: “aquele ser humano perdeu o autocontrole”. Nenhum trabalho, por mais cansativo que seja, pode esgotar o corpo físico e prejudicá-lo tão seriamente quanto a enorme energia do Corpo de Desejos quando está solta num acesso de raiva. Atualmente, essa força enorme está, em geral, adormecida, e é bom que continue assim até que tenhamos aprendido a usá-la por meio do pensamento, que é uma força ainda mais sutil. Este mundo é uma escola que nos ensina a pensar e sentir corretamente, e assim tornar-nos aptos a usar estas duas forças sutis – o poder do pensamento e o poder da emoção.

Uma ilustração tornará claro como este mundo serve àquele propósito. Um inventor tem uma ideia. A ideia não é ainda um pensamento. É quase como um lampejo que ainda não tomou forma. Mas, gradualmente, ele a visualiza dentro da sua mente. Ele concebe em seu pensamento uma máquina, e diante da sua visão mental aparece aquela máquina com as rodas girando, conforme a necessidade requerida para a realização do trabalho. Em seguida, começa a esboçar o projeto da máquina, e mesmo no estágio de concretização surgirá certamente a necessidade de fazer modificações. Desse modo, vemos que as condições físicas mostrarão ao inventor em que ponto o seu pensamento não estava correto. Ao construir a máquina com material apropriado para a realização do trabalho, geralmente mais modificações serão necessárias. Ele poderá ver-se obrigado a inutilizar a primeira máquina, reformular inteiramente seu conceito e construir uma nova máquina. Desse modo, as condições físicas concretas permitirão detectar a falha do seu raciocínio; elas o forçarão a fazer primeiramente as modificações necessárias em seu pensamento original para concluir a máquina requerida. Se existisse apenas o Mundo do Pensamento, ele não chegaria a saber que havia cometido um engano, mas as condições físicas concretas mostram-lhe onde o seu pensamento estava errado.

O Mundo Físico ensina o inventor a pensar corretamente, e suas bem-sucedidas máquinas são a corporificação do pensamento correto. Nos empreendimentos comerciais, sociais ou filantrópicos, confirma-se o mesmo princípio. Se as nossas ideias concernentes aos vários assuntos da vida são errôneas, elas são corrigidas quando aplicadas nas chamadas experiências empíricas. Consequentemente, este mundo é uma necessidade absoluta para ensinar-nos como manipular o poder do pensamento e do desejo, sendo atualmente estas forças controladas, em grande parte, pelas nossas condições materiais. Mas, com o passar do tempo, e à medida que aprendermos a pensar corretamente, iremos adquirindo um tal poder mental que seremos capazes de emitir o pensamento correto imediatamente, em todos os casos, sem ter que passar pela experiência, e seremos também capazes de expressar o nosso pensamento através de uma manifestação real, como uma ação. Houve um tempo, num passado bem longínquo, em que o ser humano era ainda um ser espiritual e as condições da Terra mais moldáveis. Então, ele foi ensinado diretamente pelos Deuses a usar a palavra como meio de criação, e assim trabalhava formativamente sobre os animais e as plantas. A Bíblia diz-nos que Deus trouxe os animais para o ser humano e este os nomeou. Essa designação não se limitava simplesmente a chamar um leão de leão, mas era um processo formativo que conferia ao ser humano um poder sobre aquilo que ele nomeava, e foi só quando o egoísmo, a crueldade e o ódio desenfreado tornaram-no incapaz de exercer o domínio correto, que a palavra do poder, sobre a qual falam os maçons, perdeu-se. Quando a santidade tomar novamente o lugar da profanação, a palavra será reencontrada e tornar-se-á o poder criativo do ser humano divino numa era futura.

(Perg. 3 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Como está relacionado o nascimento de Jesus Cristo com o celibato e a imaculada concepção?

Pergunta: No Capítulo XVII – subtítulo: O Voto do Celibato, do “Conceito Rosacruz do Cosmos”, lê-se o seguinte parágrafo: “O voto de absoluta castidade relaciona-se unicamente com as Grandes Iniciações. Mesmo nestas, um só ato de fecundação pode ser necessário como um sacrifício, conforme aconteceu quando se “preparou o corpo para Cristo”. A religião Cristã ensina que Jesus, o Cristo, nasceu de uma virgem, o que é expresso, de outra maneira, como uma imaculada concepção. Tais ensinamentos, e sua estrita relação com a definição “divino”, indicam que o nascimento de Jesus foi assim, e como esses ensinamentos são considerados pelos Rosacruzes?

Resposta: De acordo com os Ensinamentos Rosacruzes, é necessário fazer uma distinção rigorosa entre o Cristo e Jesus. Quando pesquisamos na Memória da Natureza, verificamos que o Espírito que nasceu no corpo de Jesus era um Ego muito avançado, que tinha atingido uma espiritualidade elevadíssima mediante muitas vidas de santidade e auto sacrifício, e é possível investigar os nascimentos anteriores desse Ego com a mesma facilidade com que pesquisamos as experiências passadas de qualquer outra entidade pertencente à raça humana. No entanto, procuraremos em vão por qualquer encarnação prévia do Cristo porque Ele não pertence absolutamente à nossa evolução. Ele foi o Iniciado mais elevado do Período Solar, e a humanidade comum desse passado longínquo evoluiu agora a um estado de alta espiritualidade. Podemos chamá-los de Arcanjos.

Até há 2.000 anos (excluir ‘atrás’), a Terra era governada com mão de ferro por Jeová e Seus Anjos, que eram o produto evolutivo de um período passado. Sob Seu regime, o temor gerado pela lei antepunha-se aos desejos da carne. Toda transgressão exigia olho por olho, dente por dente. Isto, não obstante, não proporcionava oportunidade para a evolução do amor e do altruísmo. “O perfeito amor expulsa todo medo”, e Cristo veio ao mundo para salvar a humanidade da lei e do egoísmo, por meio do cultivo do amor e do altruísmo.

Não obstante, há uma lei inexorável na natureza, segundo a qual ninguém pode criar um corpo com matéria que, através da evolução, não aprendeu a manipular e, no passado longínquo, quando os Arcanjos estavam no estágio humano, o mundo habitado por eles era composto de matéria de desejo. Da mesma forma que o nosso corpo físico denso é feito dos componentes químicos da nossa terra atual, o corpo mais denso de um Arcanjo é feito de matéria de desejo. Por muitos séculos, antes de vir realmente a nós, o Espírito de Cristo trabalhou na Terra externamente, purificando o Corpo de Desejos da Terra, para que pudéssemos obter material para criar desejos e emoções mais elevados e puros. Obviamente, isto seria realizado de maneira mais eficiente por um Espírito interno se houvesse um meio de garantir-lhe a entrada na Terra. Foi missão de José, Maria e Jesus fornecerem esse veículo constituído de um Corpo Denso e um Corpo Vital, aos quais o Corpo de Desejos e os outros veículos superiores do Cristo pudessem unir-se por um breve período, enquanto Ele cumprisse Sua missão.

Quando o ato gerador é realizado de uma forma baixa e brutal, quando é maculado pela luxúria e pela paixão, certamente degrada aqueles que participam desse ato de profanação. Por outro lado, quando os futuros pais se preparam por meio de orações e de aspirações elevadas para realizar o ato como um sacramento, indiferentes para com o gratificar-se, a concepção é imaculada. É evidente que não é a virgindade física que é considerada uma virtude, pois todos nós encontramo-nos nesse estágio durante os primeiros anos de vida. É a pureza e a castidade da alma que fazem o virgem puro, tanto o pai como a mãe.

Segundo os Ensinamentos Rosacruzes, endossados pelas pesquisas na Memória da Natureza, era essa a condição de José e Maria quando foi concebido o corpo que se formou ao redor do átomo-semente de Jesus. O Espírito Solar, Cristo, não poderia construir tal veículo. Além disso, teria sido um desgaste inútil de energia valiosa para esse grande Espírito ter de passar pelo útero e educar um corpo durante os anos de infância até atingir a idade madura, quando só então poderia ser usado. Por conseguinte, essa missão foi outorgada a Jesus que usou o corpo até a época do Batismo, quando sabemos que o Espírito desceu sobre ele na forma de uma pomba. A partir desse momento, Jesus deixou o seu corpo, que passou a ser habitado até o fim pelo Espírito de Cristo, após isso, durante os três anos de ministério, temos a ação de uma entidade composta, Jesus, o Cristo.

Deveríamos entender que as grandes Hierarquias, que nos ajudaram em nossa evolução, trabalham sempre de acordo com as leis que estabeleceram para nossa orientação e não contra elas já tendo desenvolvido o método de construir um corpo pela união do homem e da mulher, não pensariam em suspender essa lei da mesma forma que não pensariam por um único momento em suspender a lei da gravidade. Podemos imaginar facilmente o caos que adviria se as pessoas, casas, veículos e demais coisas não estivessem solidamente fixadas na terra e rolassem no espaço. De maneira semelhante, podemos imaginar o desastre que resultaria para a nossa estrutura social, se a lei da fecundação também fosse abolida. De fato, os relatos inseridos tornam claro que José tinha a intenção de repudiar Maria. Tal seria o procedimento natural de um marido comum que não acreditasse ou desconhecesse um milagre. Temos uma prova adicional da alteração dos tradutores em relação à genealogia de Jesus que é reconstituída até José, e se ele não fosse o pai, isso seria um absurdo; pois não se poderia dizer que Jesus procedera do tronco da linhagem de Davi.

Contudo, há outros meios de proporcionar um corpo ao Adepto, sem que seja necessária sua passagem pelo útero. Antes de descrevermos esse método, queremos deixar claro que o termo “Adepto” não deve ser aplicado aos egotistas ou charlatães, que assim se intitulam nos anúncios de jornais ou entre a turba de incautos. O verdadeiro Adepto é aquele que atingiu um alto grau de espiritualidade, e para melhor entendermos esse estágio, podemos comparar o vidente comum com o Iniciado.

O vidente é uma pessoa que desenvolveu a visão espiritual. Se ele não tem controle sobre tal faculdade, vê as coisas no mundo invisível sempre que elas se apresentem a ele. Não pode escolher o que vê nem quando ver, não tem o poder de afastar uma cena que lhe seja desagradável. O vidente voluntário é aquele que pode, à vontade, evocar paisagens e cenas dos mundos invisíveis e dirigir sua visão espiritual para qualquer objeto ou acontecimento pelo tempo que desejar.

A maioria das pessoas, que não pensa realmente no assunto, acredita que todo aquele que for capaz de ver coisas nos mundos invisíveis é, por assim dizer, onisciente, sabendo tudo a respeito do que ali se passa. Na realidade, a capacidade de ver coisas nos mundos invisíveis não traz consigo a faculdade de conhecer tudo que concerne a ele, assim como a visão de uma máquina no mundo físico não nos confere o conhecimento de como ela funciona.

O Iniciado tem não somente a habilidade de ver as coisas dos mundos invisíveis, mas também a faculdade de abandonar o seu corpo conscientemente e operar ou pesquisar esses elementos. Assim, gradualmente, ele adquire um conhecimento sobre o trabalho que faz internamente e de como unir essas forças, que chamamos de leis da natureza, à carruagem do progresso evolutivo.

O Adepto é aquele que vê e sabe e, além disso, tornou-se hábil no uso das leis da natureza para a produção daquilo que, aos olhos da pessoa comum, parece mágica.

Na realidade, é apenas a aplicação mais elevada das mesmas leis que regem o curso ordinário da vida.

Estamos todos familiarizados com o fato que o alimento proporcionado ao nosso sistema é largamente desperdiçado devido à nossa ignorância a respeito das reais exigências desse veículo, associado ao fato de que a maioria de nós come mais o que agrada ao paladar do que aquilo que alimenta o sistema. Isto interfere no metabolismo e o alimento é muito mais desperdiçado do que assimilado.

Mesmo a parte do alimento que assimilamos nem sempre se transforma em tecido sadio, mas em carne flácida, que representa um peso morto em nosso organismo, e o Corpo Vital está em luta constante para expulsar os resíduos supérfluos indesejáveis. Após uma lauta refeição, o vidente pode observar ao redor da região abdominal do glutão, uma faixa preta, de consistência elástica e gelatinosa, formada de éter. Este é o veneno gerado pela fermentação do alimento prejudicial ingerido em excesso, que é expelido pelo Corpo Denso através das correntes radiantes do Corpo Vital, no esforço que faz este último veículo para limpar o sistema obstruído.

Também desgastamos tecido orgânico ao entregarmo-nos aos prazeres por meio de movimentos e emoções desnecessárias, levando o Corpo Denso a um envelhecimento e a morte antes do tempo.

O Adepto é diferente. Ele sabe como controlar suas ações e emoções, poupando-se a toda tensão física desnecessária. Ele sabe também quais os elementos requeridos para a conservação do seu corpo e a quantidade exata a ingerir. Assim, ele assegura a máxima nutrição e o mínimo de desgaste.

Por essa razão, ele pode manter o seu corpo com uma aparência jovem e saúde plena por centenas de anos.
Dizem os Irmãos Leigos dos Rosacruzes, que Christian Rosenkreuz está usando hoje um corpo que vem sendo preservado por vários séculos. Isso pode ou não ser assim, o autor não tem meios de o saber, pois o nosso augusto líder nunca é visto pelos Irmãos Leigos que se reúnem no Templo para o Serviço da meia noite. Sua presença é apenas sentida, e é o sinal para o início do trabalho.

No entanto, em conversa com alguns Irmãos Leigos que estiveram a serviço no templo por vinte, trinta e quarenta anos de suas vidas, ficamos sabendo que os Irmãos Maiores, aos quais nos referimos como sendo os nossos Mestres, têm hoje exatamente a mesma aparência que tinham há trinta ou quarenta anos. A julgar pelos padrões humanos ordinários, diríamos que os Irmãos Maiores atualmente aparentam ter mais ou menos quarenta anos, e isto é uma prova dos ensinamentos dados anteriormente.

Sabemos que os Adeptos podem preservar seus corpos por séculos, talvez milênios, mas eles também têm o poder de criar novos veículos se, por qualquer razão, isso se tornar conveniente, e este é um dos métodos descritos pelos Irmãos Maiores.

Segundo uma lei da natureza, a vida celular inerente a cada partícula de alimento deve ser sobrepujada pelo Ego antes de ser assimilada. (Vide o capítulo sobre assimilação no “Conceito Rosacruz do Cosmos”). Portanto, é impossível a um Adepto formar um extrato dos elementos com os quais deve construir um corpo, plasmá-los em um veículo e depois abandonar o antigo corpo pelo novo. Primeiramente, ele deve absorver esses elementos em seu próprio corpo para que se harmonizem com o átomo-semente e sejam adequadamente assimilados. Então, depois de terem sido incorporados por ele da forma prescrita pelas leis da natureza, ele pode extraí-los novamente e usá-los para criar um novo corpo. Consequentemente, o Adepto inicia essa tarefa intensificando a sua dieta e extraindo dela o excesso de alimento. Possuindo um absoluto autocontrole, ele também tem o poder de controlar e subjugar os elementos vivos do alimento que ele usará, gradualmente, para criar um corpo. Este veículo é geralmente colocado em um aposento no qual ninguém tem acesso. Quando está concluído, e o Adepto deseja realizar a mudança, ele simplesmente sai do seu corpo antigo e penetra no novo.

O uso desse método fornece a solução para os mistérios que cercam os primeiros anos de vida e as vidas anteriores de homens como o Conde St. Germain, Cagliostro etc. Eles eram Adeptos que deixavam um meio onde não eram mais úteis e passavam para outra esfera de ação. Os corpos que deixavam abandonados não tinham identificação, e ninguém suspeitaria que o Espírito que neles habitava, não havia passado pelo processo “post-mortem” normal.

É também uma lei da natureza que ninguém pode criar um veículo a menos que tenha aprendido a fazê-lo através da evolução. Apesar de grande e poderoso, Cristo, o Espírito Solar Cósmico, não podia criar um Corpo Denso, seja através de um útero ou pelo método mágico acima descrito, pois nunca tivera essa experiência na vida celeste onde são criados os arquétipos de corpos, e nem Ele havia passado pelas experiências reais pelas quais a humanidade passou durante o decorrer das eras. Portanto, era necessário que alguém fosse escolhido para criar-Lhe um corpo. Esta honra e privilegio coube a José, Maria e Jesus, que forneceram o Corpo Denso e zelaram por ele durante os primeiros anos até a maturidade, juntamente com o Corpo Vital necessário para manter vivo o instrumento denso e assim completar a união com o Corpo de Desejos de Cristo.

Quando corretamente entendido, percebe-se o quanto é verdadeira a afirmação de que Jesus nasceu de uma virgem e que a concepção foi imaculada. O erro está em confundir Jesus com Cristo. Lembremo-nos que o Anjo Gabriel ordenou que Ele devia ser chamado Jesus. Christos significa “ungido”, e refere-se a um cargo, uma função e não a uma pessoa. Por essa razão, é só depois do Batismo, ao ser ungido pelo Espírito, que ele é chamado Jesus Cristo, ou em inglês (the anointed Jesus), o ungido Jesus. Também é um erro considerar o nascimento de Jesus como único. Temos a palavra de Cristo que as coisas que Ele fez, nós também as faremos e até maiores. A Imaculada Concepção, o Batismo (o batismo ou unção), o período de serviço e ministério, a Cruz e Coroa, tornar-se-ão, por sua vez, experiências pessoais para cada um de nós, pois todos somos Cristos em formação e devemos crescer um dia até a plena estatura da Divindade.

(Do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Pergunta Nº 76 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Por que a nossa existência terrena é tão curta em comparação à vida nos Mundos Internos?

Pergunta: Se a vida na Terra é tão importante e realmente a base de todo o crescimento da nossa alma, sendo este o resultado das experiências por nós adquiridas aqui, por que a nossa existência terrena é tão curta em comparação à vida nos Mundos Internos, que corresponde, aproximadamente, a mil anos entre duas vidas neste plano?

Resposta: Tudo que existe no mundo, feito pela mão do ser humano, é pensamento cristalizado; as cadeiras nas quais sentamos, as casas nas quais moramos, os vários confortos materiais como o telefone, o navio, a locomotiva, etc. foram antes um pensamento em sua Mente. Se ele não tivesse emitido aquele pensamento, a criação nunca teria aparecido. De forma similar, as árvores, as flores, as montanhas e os mares são formas de pensamento cristalizado das forças da natureza. O ser humano, quando deixa este corpo após a morte e entra no Segundo Céu, torna-se um com as forças da natureza. Ele trabalha sob a direção das Hierarquias Criadoras, criando para si mesmo o meio necessário para o próximo passo do seu desenvolvimento. Aí ele gera, na “substância mental”, os arquétipos da terra e do mar. Maneja a flora e a fauna, tudo que há em seu meio é criado por ele como pensamento-forma. Na medida em que muda as condições, assim elas lhe aparecerão quando renascer.

Mas, dar forma às coisas na matéria mental é bem diferente do que trabalhá-las concretamente. Na atualidade, somos pensadores medíocres e, por isso, levamos tão grande período de tempo para modelar os pensamentos-forma no Segundo Céu. Além disso, temos que aguardar um período considerável antes que esses pensamentos-forma se tenham cristalizado no atual e denso meio físico, ao qual temos que voltar. Portanto, é necessário que fiquemos no Mundo Celestial por um período bem mais longo daquele que permanecemos na Terra. Quando tivermos aprendido a pensar corretamente, seremos capazes de criar coisas aqui no Mundo Físico num tempo bem mais curto do que aquele que levamos para produzi-las penosamente. Nem será necessário permanecer à margem desta vida terrena por tanto tempo como ficamos hoje.

 

(Perg. 4 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Se “Deus fez o homem um pouco inferior aos Anjos”, como é possível que ele se torne, no final, superior a eles no Mundo Espiritual?

Pergunta: Se “Deus fez o homem um pouco inferior aos Anjos”, como é possível que ele se torne, no final, superior a eles no Mundo Espiritual?

Resposta: Essa pergunta revela um equívoco. Isso nunca foi declarado nos Ensinamentos Rosacruzes, mas foi dito algo que pode ter gerado uma interpretação errada. A evolução move-se numa espiral e nunca se repete na mesma condição. Os Anjos representam uma corrente evolutiva mais antiga; eram humanos num período anterior da Terra, chamado de Período Lunar entre os Rosacruzes. Os Arcanjos eram a humanidade do Período Solar, e os Senhores da Mente, chamados por Paulo os “Poderes das Trevas”, eram a humanidade do sombrio Período de Saturno. Nós somos a humanidade do quarto período do presente esquema de manifestação, o Período Terrestre. Como todos os seres do universo estão evoluindo, a humanidade dos períodos anteriores também evoluiu, de forma que hoje encontram-se num estágio mais elevado daquele em que estavam quando eram humanos – eles são sobre-humanos. Portanto, é verídico que Deus fez o homem um pouco inferior aos Anjos. Mas, como tudo está num estado de progressão espiralar, também é verdade que a nossa atual humanidade é superior e mais evoluída do que os Anjos o foram; e que os Anjos foram uma categoria mais elevada da humanidade do que os Arcanjos quando eram humanos. Na próxima etapa atingiremos algo semelhante ao atual estágio dos Anjos, mas seremos superiores ao que eles são agora.

(Perg. 2 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Por que as igrejas solicitam dinheiro e adquirem bens, e por que a Fraternidade Rosacruz está começando a fazer o mesmo?

Pergunta: A Bíblia diz: “Bem-aventurados os pobres porque deles é o Reino do Céu”. Diz também que é mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino do Céu. Muitas outras passagens parecem mostrar que a pobreza é uma benção e a riqueza uma maldição. Então, por que as igrejas solicitam dinheiro e adquirem bens, e por que a Fraternidade Rosacruz está começando a fazer o mesmo?

Resposta: Estamos bem cientes de que uma leitura superficial da Bíblia pode proporcionar justificativas para ideias semelhantes as que foram apresentadas na pergunta acima, mas se aplicarmos o bom senso, mesmo não considerando a Bíblia, é evidente que a pobreza não pode ser considerada uma virtude em si. E nem a riqueza pode ser classificada como um defeito. A passagem citada de Lucas: “Bem-aventurados os pobres porque deles é o Reino do Céu”, requer uma ressalva que é fornecida por Mateus ao escrever: “Bem-aventurados os pobres de espírito (humildes): porque deles é o Reino do Céu”.

No início, a humanidade foi colocada na Terra para cultivá-la, torná-la fértil e ter domínio sobre todas as coisas lá existentes. Em outras palavras, os seres humanos deviam trabalhar e, naturalmente, os frutos de seu trabalho deveriam advir daí. A medida que o tempo passou, os bens acumularam-se e também o desejo do ser humano pelas posses. Em lugar do ser humano ter domínio sobre o mundo e as coisas ali existentes, aconteceu como disse Emerson: “Coisas estão sobre a sela e cavalgam a humanidade”. Muitos seres humanos pensam possuir uma loja, um negócio ou uma fábrica, mas se meditassem um pouco para analisar real e imparcialmente a verdadeira situação, descobririam que a fábrica e o negócio é que os possuem.

Eles tornaram-se escravos de suas posses, as quais exigem seu tempo e a alegria de viver que teriam se agissem de outra forma. O ser humano vive com medo constante de ser assaltado ou que um mau negócio possa levá-lo à falência. Nunca está em paz e sempre temeroso em função de suas riquezas. Tal situação é bem comum, sendo assim, a riqueza torna-se certamente uma maldição.

Esse ser humano, porém, não é pobre de espírito. Outro ser humano pode possuir legalmente uma fábrica, dando emprego a um grande número de pessoas, e pode sentir-se como um agente de Deus ao assumir uma parcela do trabalho a ser feito no mundo. Como não se considera proprietário pessoal das coisas que o cercam, é realmente pobre de espírito, embora possa ser rico num sentido legal. Além disso, se ele for coerente e conservar essa disposição de espírito até a hora da sua morte, ele terá certamente acumulado muitos tesouros no céu. Portanto, ele é rico nesse lugar e entrará triunfante, não importa quão microscópica seja a porta de entrada.

Similarmente, as igrejas podem adquirir grandes riquezas na Terra e acumular tesouros no céu, se as usarem convenientemente para o alívio dos sofrimentos. Isso não significa que devemos dar a todos indiscriminadamente. Discernimento é certamente um grande fator para o crescimento anímico, e temos todas as indicações e incentivos para usar com critério a faculdade de dar, saber usá-la tão bem como em todos os outros aspectos da vida. Muitas vezes, ao dar indiscriminadamente, tornamos indigentes às pessoas que, de outra forma, poderiam ter sido úteis. A Bíblia não seria tão ilógica para sustentar que a pobreza seja uma virtude em si, porque poderíamos todos ser estimulados a levar uma vida de ociosidade, atitude infelizmente por demais comum entre pessoas que alegam seguir a vida superior. Na realidade, muitas pessoas pobres poderão ter que prestar contas a respeito de sua pobreza. As oportunidades apresentam-se a cada um de nós, e se falhamos em aproveitá-las, se desperdiçamos o tempo e os pequenos recursos materiais evitando conseguir mais recursos que nos permitam fazer o bem, teremos certamente de prestar contas pelos nossos atos. Por outro lado, o ser humano rico que usou convenientemente as suas riquezas, será elogiado pelo modo com que conduziu os negócios do seu Pai.

Quanto à Fraternidade Rosacruz, quase não vale a pena responder, pois, naturalmente, aqueles que usam de discernimento sabem que a Fraternidade Rosacruz não solicitou fundos para a Ecclesia ou para qualquer outra coisa. Alguns membros na Fraternidade iniciaram um movimento para arrecadar fundos, e não há razões para que não prossigam nisso entre si. A parafernália para a realização do nosso trabalho deve ser obtida e se os membros sentem essa necessidade e querem supri-la, isso é certamente privilégio deles. O autor não tem absolutamente o direito de interferir. As cartas que são publicadas e as opiniões nelas expressas seguem a orientação recebida. Só estariam impróprias, só prejudicariam o trabalho da Fraternidade se fossem instigadas pelo autor, mas este, como já foi dito frequentemente, não está autorizado a solicitar contribuições para qualquer coisa que seja.

(do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Perg. Nº 74 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Queira dar sua opinião sobre o movimento Carismático agora popular nos EUA; isto é, ungir com as mãos e produzir desdobramento pelo toque do espírito.

Pergunta: Queira dar sua opinião sobre o movimento Carismático agora popular nos U.S.A.; isto é, ungir com as mãos e produzir desdobramento pelo toque do espírito.

Resposta: Este assunto já foi ventilado em números anteriores da revista Rays from Rose Cross, mas por parecer tratar-se de assunto que continua a chamar bastante atenção em muitas igrejas atualmente, informamos a respeito conforme revelado por um estudo de filosofia oculta.

Carisma” significa uma dádiva especial, que na prática parece se diferenciar muito proeminentemente da Glossalalia . No sentido de investigar totalmente e compreender claramente o que está acontecendo exatamente neste “movimento carismático”, é primeiramente necessário conhecer algo sobre nossos corpos invisíveis e os mundos invisíveis nos quais vivemos.

A filosofia oculta ensina que o ser humano, o Espírito ocupante individualizado e Tríplice correspondendo à trina natureza de Deus: o Pai (ou princípio da Vontade); o Filho (princípio do Amor-Sabedoria); e o Espírito Santo (ou Princípio da Atividade). Esta nossa natureza tríplice, o Espírito, relaciona-se com vários veículos bem como com os Mundos invisíveis ao nosso redor. O Corpo Denso relaciona-se com a vontade e o mundo material; o Corpo Vital com o Amor-Sabedoria e a Região Etérica do Mundo Físico; e o Corpo de Desejos com a Atividade e o Mundo do Desejo.

Durante nossa evolução passada tivemos várias religiões para ajudar-nos em nosso desenvolvimento espiritual, cada raça com a sua religião apropriada. Todas as Religiões de Raça são do Espírito Santo, e os Espíritos de Raça (membros poderosos da onda de vida angelical) governam tudo relativo às raças.

No “Conceito Rosacruz do Cosmos” é mencionado que as Religiões de Raça foram dadas para ajudar a humanidade a “sobrepujar o Corpo de Desejos” preparando-o para a união com o Espírito Santo. A operação total desta ajuda foi vista no Dia de Pentecostes. Como o Espírito Santo é o Deus das Raças, todos os idiomas são expressões dele. Isto explica porque os Apóstolos, quando totalmente unidos e cheios do Espírito Santo, falavam diferentes línguas e convenciam seus ouvintes. Seus Corpos de Desejos tinham sido suficientemente purificados para realizar esta desejada união, e, isto é um ideal que um dia o Discípulo atingirá: o poder de falar todas as línguas.

A verdadeira união com o Espírito Santo, ou a habilidade consciente de falar em outras línguas representa um estágio muito avançado evolutivo, que não é alcançado senão após muitas Iniciações. Quem a alcançar terá a habilidade de falar todas as línguas, pois o Espírito Santo (Jeová) é o Senhor dos Espíritos de Raça, os autores das línguas raciais.

Contudo, há outro significado no se falar línguas desconhecidas, e é através da mediunidade. O médium tem Corpos Denso e Etérico ligados fracamente e sujeitos ao controle de Espíritos do além no Mundo do Desejo. Ele (ou ela) corresponde à vítima de um hipnotizador no Mundo Físico. Esta é uma condição negativa na qual as atividades do ser humano não estão sob o controle de sua vontade. Qualquer atividade fora de nosso controle é de natureza duvidosa e comumente totalmente indesejável, pois pode levar a completa obsessão ou controle de nosso Corpo Denso por outras entidades.

O fenômeno de “se desprender pelo toque do espírito” parece ser uma manifestação semelhante, na qual os atos do indivíduo estão fora de seu controle. Seria difícil imaginar os Apóstolos, por exemplo – os quais, como dissemos, alcançaram suas capacidades pelo desenvolvimento positivo – desmaiar em seus momentos de revelação. A pessoa que se desenvolve positivamente manterá consciência total e será capaz de utilizar seus novos poderes beneficamente e em completa consciência do que está fazendo.

As emoções estão intensamente ativas durante as várias manifestações do movimento Carismático. Para o estudante ocultista, isto é bem significativo, pois quando alguém está num estado altamente emocional, é muitíssimo afetado por forças suprafísicas sobre as quais ele não tem controle. Permitir que outra entidade dirigisse nossas ações no plano espiritual e até mais perigoso do que perder tal controle no plano físico.

Com relação ao ungir pelas mãos, também isto pode levar a reações negativas. Não interessa quanto sinceramente que quem unge possa ser motivado para o bem, de certa maneira ele impõe sua vontade sobre quem põe as mãos. Novamente, isto poderia desviar as atividades e desenvolvimento daquele sujeito à oração – uma prática, do ponto de vista oculto, a ser evitada.

Certamente cremos em orar para o próximo, mas tais orações sempre deveriam ser oferecidas no contexto de “seja feita a Tua vontade”, pois quem somos nós para saber que lição ensinar ou que destino aguarda outro ser? Só as forças superiores conhecem isto e sabem lidar com isto. Podemos orar para outrem a distância, tanto quanto perto, pois, na verdade não cremos que o contato pessoal “pondo as mãos” seja desejável se a oração tiver por base “seja feita a Tua vontade”.

Conforme a evolução procede, nossos Corpos tornam-se cada vez mais refinados e sensíveis às forças suprafísicas. Os Corpos Denso e Vital estão, em geral, se soltando. Daí, óbvio que a sensibilidade a estas forças está em aumento. Contudo, não deveríamos permanecer passivos o bastante para sermos dominados por outrem, não interessa quanto honesto, correto, religioso e de boa vontade possa ser. Nossa tarefa é manter nossa vontade ativa, nossos corações puros e nossas vidas dirigidas pelo nosso próprio Ser Superior.

(Traduzido de Rays From the Rose Cross e publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz – 04/83 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O que forma o Espirito é o Tríplice Espírito (Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano); este é o Ego?

Pergunta: O que forma o Espirito é o Tríplice Espírito (Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano); este é o Ego?

Resposta: Na realidade somos todos Espíritos Virginais da onda de vida humana. Quando nos manifestamos, como agora nesse Grande Dia de Manifestação (composto desse Esquema de Evolução, pelo qual estamos caminhando), o fazemos de maneira Tríplice – exatamente como o nosso criador, Deus, o faz (Pai, Filho e Espírito Santo): então somos um Espírito Tríplice (Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano). O objetivo desse Esquema de Evolução, na parte que conhecemos como Involução, é conquistar e aprender a trabalhar nos Mundos: Físico, do Desejo e do Pensamento. Para isso precisamos aprender a aprimorar os Veículos desses três Mundos, a partir de átomos-sementes (nos dados como germe). Três desses Veículos são os que alcançaram o estágio de Corpos: Denso, Vital (para o Mundo Físico) e de Desejos (para o Mundo do Desejo) e um ainda está no seu estado de Veículo (Mente), para o Mundo do Pensamento. Por isso é que dizemos que de cada aspecto do Tríplice Espírito emanamos os três corpos (o Tríplice Corpo). O conjunto do Espírito Virginal manifestado (Tríplice Espírito) é chamado de Ego (da onda de vida humana).

Atualmente, como Espírito Virginal manifestado, funcionamos na Região Abstrata do Mundo do Pensamento.

Utilizando o veículo Mente, trabalhamos na Região Concreta do Mundo do Pensamento. E assim consequentemente com os Corpos: Físico, Vital e de Desejos nos Mundos: Físico e do Desejo, respectivamente. A Mente é a ponte que liga o Ego aos seus veículos (os Corpos e a Mente, citados acima).

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Pergunta: A minha dúvida basicamente é como acontece estas evoluções no tempo e no espaço?

Pergunta: A minha dúvida basicamente é como acontece estas evoluções no tempo e no espaço? Como era bem no comecinho ser possível a pessoa decidir “evoluir ou se atrasar” se não era imperativo o elemento vontade?

Resposta: Fomos criados com o livre arbítrio desde o início. Ou seja: desde o início temos a prerrogativa de querer ou não querer. E isso é respeitado por todos os seres (e deveria ser também por nós!). É esse mesmo direito que resulta em querer ou não evoluir. O fato de, no comecinho – Período de Saturno –, estarmos em um estado de consciência conhecida como transe profundo, não nos impede de termos o livre arbítrio, pois, como Espíritos Virginais, estamos sempre conscientes! Todos nós, como Espíritos Virginais, desde o Período de Saturno quando éramos guiados pelos Senhores da Mente, já havia seres mais evoluídos que a Humanidade comum hoje que são os Irmãos Maiores e os seres de outros Períodos como: Júpiter, Vênus e Vulcano.

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Pergunta: Foi-nos mandado nos preparar para as futuras condições de nossas vidas, mas como tornar-nos privilegiados em saber como são estas condições? Poderei eu como Estudante Rosacruz qualificar-me a aprender tais coisas?

Pergunta: Foi-nos mandado nos preparar para as futuras condições de nossas vidas, mas como tornar-nos privilegiados em saber como são estas condições? Poderei eu como Estudante Rosacruz qualificar-me a aprender tais coisas?

Resposta: Todos nós temos, ou deveríamos ter alguma orientação sobre tendências e situações do futuro de nossas vidas – pelo menos se formos compenetrados e nos dermos ao trabalho de séria autoanálise da retrospecção. Isto nada tem a ver com profecia ou tirar sorte. Intuição, introspecção e o uso apropriado da Astrologia espiritual são úteis sob este aspecto. A intuição e a introspecção podem ser desenvolvidas com a prática. Um conhecimento substancial de Astrologia ajuda-nos a determinar as possibilidades de desenvolvimento do caráter e a força e as fraquezas reveladas em nossos horóscopos. “Conheça a si mesmo” é um dos conselhos mais antigos e importantes dados aos aspirantes espirituais, e quanto mais nos chegamos a conhecer, tanto mais podemos discernir a direção geral que os eventos em nossas vidas são inclinados a tomar.

Isto não significa localizar os mínimos detalhes. Pouco nos beneficia ponderarmos se este ou aquele particular indivíduo irá fazer-nos tal ou qual coisa, ou se, indo nós a tal lugar num certo dia, possamos ter um acidente de carro. Podemos, contudo, beneficiar-nos conhecendo nossas inclinações emocionais ou temperamentais de forma a, se alguém nos hostilizar estarmos preparados a não perder o controle reagindo, isto sim, de maneira construtiva e bondosa. Ajuda-nos saber que certos aspectos, em efeito num determinado dia, tornam imperativo que observemos particularmente nossos hábitos em guiar, naquele dia, para que o que quer que possa acontecer na estrada nos encontre como motoristas seguros.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 03/83 – Fraternidade Rosacruz –SP)

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Pergunta: Quanto tempo levará até podermos dispensar estes Corpos físicos, e atuar total e novamente nos Mundos Espirituais?

Pergunta: Quanto tempo levará até podermos dispensar estes Corpos físicos, e atuar total e novamente nos Mundos Espirituais?

Resposta: Esta pergunta revela um estado mental por demais comum entre pessoas que se inteiraram do fato de que possuímos Corpos espirituais que nos permitem locomovermos com a velocidade do relâmpago no espaço, Corpos que não necessitam do revestimento material e, consequentemente, não requerem cuidados por parte de seus possuidores. Estas pessoas aspiram pelo momento em que poderão deixar crescer tais asas figurativas e se ver completamente livres deste “baixo e vil instrumento mortal”.

Tal estado mental é extremamente deplorável. Deveríamos ser gratos pelo instrumento material que temos, pois é o mais valioso de todos os nossos veículos. Embora saibamos perfeitamente que o nosso Corpo Denso é o mais inferior de todos os nossos veículos, também realizamos que é o nosso instrumento mais aperfeiçoado, sem o qual os outros veículos seriam hoje de pouca utilidade. Enquanto este instrumento, tão magnificamente organizado, capacita-nos enfrentar todos os tipos de situações aqui, nossos veículos superiores estão praticamente desorganizados. O Corpo Vital é formado, órgão por órgão, como o nosso Corpo Físico Denso, mas até ser treinado por exercícios esotéricos, não é um instrumento adequado para atuar sozinho. O Corpo de Desejos só tem alguns centros sensíveis, que não estão ainda ativos na maioria das pessoas. Quanto à Mente, apresenta-se como uma nuvem informe em quase todos nós. Devemos esforçar-nos hoje para espiritualizar o instrumento físico, e conscientizar-nos que precisamos treinar nossos veículos superiores antes de podermos usá-los. Para a maioria das pessoas, isso levará ainda muito, muito tempo. Portanto, é preferível cumprir a tarefa que nos é acessível, apressando assim o dia em que estaremos capacitados para usar os veículos superiores: esse dia só dependerá de nós próprios.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 05 – Max Heindel)

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