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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Você poderia me dar uma ideia aproximada de quando podemos esperar que Cristo volte e governe o mundo como sumo sacerdote depois da Ordem de Melquisedeque?

Pergunta: Você poderia me dar uma ideia aproximada de quando podemos esperar que Cristo volte e governe o mundo como sumo sacerdote depois da Ordem de Melquisedeque?

Resposta: A Bíblia declara que “o dia e a hora ninguém conhece”, e aqueles que têm tentado definir uma data certa para a “Segunda Vinda” estão muito mal informados quanto ao objetivo da missão de Cristo na Terra.

Os ensinamentos de Cristo foram dados à humanidade para que a lei do medo possa ser superada pela lei do amor. Sabemos, no entanto, que até hoje a lei é necessária para evitar que uma grande porcentagem de pessoas entre em sérios problemas. É, somente, quando o poder de Cristo – o amor – tomar posse da natureza interior do ser humano que a lei será abolida; e não será até que o poder do amor de Cristo tenha nascido dentro da humanidade, então, ela estará pronta para a “Segunda Vinda” do Cristo, conforme citado na Bíblia.

Portanto, a “Segunda Vinda” depende de quanto tempo um número suficiente de pessoas conseguirá desenvolver esse poder de Cristo. Quando isso ocorrerá é imprevisível. A hora exata do evento não pode ser calculada. No entanto, toda vez que, como indivíduos, tentamos imitar a Cristo e demonstrar Seus ensinamentos, podemos estar certos de que estamos fazendo a nossa parte na aceleração desse grande evento.

(Pergunta de Leitor publicada na Revista Rays from the Rose Cross de nov./1940 – traduzida pela Fraternidade Rosacruz Campinas-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Por que os videntes dão versões e ideias tão discordantes daquilo que veem nos Mundos invisíveis, ao ponto de ser extremamente impossível conciliar suas narrações?

Resposta: Esta pergunta foi perfeitamente explicada no “Conceito Rosacruz do Cosmos”. Depende em grande parte do fato que no Mundo invisível as formas são tão plásticas que podem mudar de aspecto quase que instantaneamente, dando assim ao observador não exercitado, uma ideia falsa. O treinamento é tão necessário à observação lá como aqui, mas está enganado quando diz que todos diferem. Há um número considerável de pessoas que desenvolveram a visão espiritual, ou talvez a tenham adquirido involuntariamente e, não obstante, têm coisas semelhantes corroborando mutuamente suas descrições. Temos, por exemplo, diante de nós as provas de um livro escrito por uma enfermeira que presenciou muitas mortes e observou exatamente as mesmas coisas que escrevemos em nossos livros durante os últimos dez anos. O livro chama-se “O Ministério dos Anjos”, uma expressão que a autora aplica não somente à grande Hierarquia que está logo acima da humanidade, como é citado no “Conceito Rosacruz do Cosmos”, mas a todos os seres humanos que passaram para o além. Contudo, independentemente disso, o livro está repleto de experiências que a autora presenciou em milhares de ocasiões. Extrairemos alguns exemplos do resumo desse livro publicado pela “A Revista Oculta”, a fim de mostrar a semelhança das experiências dessa senhora com nossos Ensinamentos Rosacruzes.

Quando ela tinha dezoito anos, uma sua amiga, chamada Maggie, foi acometida de um mal súbito e expirou em seus braços. Logo que o coração de sua amiga cessou de bater, ela descreve: “Eu vi distintamente subir de seu corpo algo semelhante à fumaça ou vapor que sai de uma chaleira onde há água fervente. A emanação elevou-se a uma altura muito pequena e ali transformou-se numa forma idêntica à de minha amiga que morrera.

Essa forma, muito vaga a princípio, mudou gradualmente até tornar-se bem definida e envolta num manto semelhante a uma nuvem de uma cor branco pérola, no interior do qual era distintamente visível o contorno de Maggie.

“O rosto era de minha amiga, porém, embelezado, sem nenhum traço do espasmo de dor que o contorcera pouco antes de morrer”.

Isso aconteceu como sempre ensinamos: no momento da morte, quando se rompe o cordão prateado no coração, o Corpo Vital eleva-se através das suturas do crâneo e paira poucos pés acima do corpo. Escrevendo a respeito das mortes naturais de pacientes a quem serviu de enfermeira, ela faz notar que, muitas vezes, a despeito do estado físico ou da disposição de ânimo do moribundo precisamente antes de morrer, ele parece reconhecer alguém que não é nenhum dos que estão ao lado do leito e que é invisível para eles.

“Eu vi”, relata ela, “uma mulher em estado de coma há já algumas horas, abrir repentinamente os olhos com um ar de alegre surpresa, erguer os braços como se fosse segurar mãos invisíveis estendidas em sua direção, e com o que nos pareceu um suspiro de alívio, expirou. Assisti também a um homem que estava se debatendo nas dores da agonia; repentinamente tornou-se calmo, dirigiu os olhos com uma expressão de alegria para um certo canto vazio mostrando ter reconhecido alguém, e proferindo um nome com uma expressão agradecida, exalou seu último suspiro.

“Lembro-me da morte de uma mulher que sofria da mais terrível de todas as doenças, câncer maligno. Seus sofrimentos eram cruciantes e ela rogava sinceramente para que a morte não demorasse. Durante sua agonia, as dores pareceram cessar subitamente, e a expressão de seu rosto, que um momento antes estava contorcido pela dor, transformou-se, parecendo alegre e radiante. Soergueu-se no leito com um ar feliz nos olhos, estendeu os braços e exclamou ‘Oh, querida Mãe, vieste para conduzir-me ao lar. Estou tão contente”, e no momento seguinte cessou sua vida física”.

Inicialmente, a autora não podia ver esses seres invisíveis, mas, gradualmente, ela desenvolveu a visão espiritual, e agora vê realmente aqueles que vêm dos reinos da vida espiritual a fim de encontrar-se com os moribundos, acolhendo-os para um outro estágio de experiência.

“A primeira vez que tive uma prova ocular”, escreve ela, “foi na morte de L, uma garota meiga de dezessete anos, de quem eu era amiga íntima. Ela estava tuberculosa. Não sofria dores, mas a extrema fraqueza e debilidade causavam-lhe tal fadiga que ela anelava por repouso”.

“Um pouco antes que ela expirasse, eu percebi que havia dois Espíritos junto ao leito, um de cada lado. Não notei quando entraram no quarto. Eles já estavam ao lado da cama quando se tornaram visíveis para mim, e eu podia vê-los tão bem quanto via os outros ocupantes humanos que ali estavam. Em meu coração sempre chamei de Anjos esses seres brilhantes de um outro Mundo, e daqui por diante é assim que os chamarei sempre que falar deles. Reconheci seus rostos, eram duas moças que tinham sido amigas íntimas da doente. Elas haviam falecido um ano antes, e tinham aproximadamente sua idade”.

“Um pouco antes de sua aparição”, a doente exclamou, “Está ficando escuro de repente, não posso ver nada”, mas ela reconheceu-as imediatamente, um belo sorriso iluminou sua face e ela estendeu as mãos e exclamou num tom alegre, ‘Oh, vocês vieram para me levar; estou contente, pois estou muito cansada’.

“Cada um dos Anjos estendeu uma das mãos, um deles segurou a mão direita e o outro a mão esquerda da doente. Suas faces iluminaram-se com um sorriso ainda mais belo e radiante que o do caso anterior, pois sabia que iria encontrar o descanso que tanto desejava. Ela não tornou a falar, mas permaneceu cerca de um minuto com as mãos erguidas, seguras pelos Anjos, e continuava a fitá-los com uma luz nos olhos e um sorriso no rosto. Os Anjos pareceram afrouxar seu aperto de mão e os braços da moça recaíram sobre o leito. Dos seus lábios saiu um som semelhante ao emitido por uma pessoa que se entrega a um sono ansiosamente desejado. O doce sorriso como o qual ela recebeu os Anjos continuava estampado em suas feições”.

Todos notarão, nesse último exemplo, que a moça se refere ao quarto que estava ficando escuro. Esse e muitos outros fatos são explicados no “Conceito Rosacruz do Cosmos” e em outros trechos de nossas publicações e, pelo que sabemos, em nenhum outro lugar é possível encontrar-se uma explicação cabal referente à passagem do Espírito da terra dos vivos para a terra dos mortos-vivos.

A autora comenta a atitude materialista dos parentes e amigos ao encararem a morte, e ela frequentemente sente-se desesperada para convencê-los da realidade que ela própria testemunha. No exemplo acima, o pai da moça era um perfeito cético e estava convencido da inexistência de uma vida futura. Ele tomou como prova de uma imaginação perturbada as últimas palavras de sua filha e o sorriso que iluminou sua face ao reconhecer as amigas que tinham vindo para conduzir seu Espírito. Contudo, nem sempre existe esse ceticismo. No caso de um paciente que estava morrendo de pneumonia, sua mulher estava sentada a seu lado e ele chamou-a querendo mostrar-lhe seu filhinho que havia morrido com a idade de cinco ou seis anos e que estava esperando por ele. “Veja como ele ri e segura minha mão”, ele exclamou, “você não pode vê-lo? ”. Embora ela não pudesse realmente vê-lo, depois declarou: “Estou contente porque ele viu B. antes de morrer. Poderei agora pensar neles sempre juntos e felizes, e quando chegar minha vez sei que eles virão a mim”.

Em certa ocasião, nossa enfermeira deixou o hospital disposta a praticar enfermagem particular. Certa vez, ela acompanhou uma amiga à casa de uma senhora que era inválida há muitos anos e precisava de uma enfermeira. Sua amiga foi contratada. “Quando vi aquela senhora, imediatamente senti que meu coração lhe pertencia”, diz a autora, “pois no momento revelou-se a mim a profundidade e a ternura de sua santa alma. Como, não sei. Não sou capaz de explicar. Esta mulher, pensei, é a amiga por quem tenho procurado tanto, e senti uma grande vontade de conquistar sua amizade”.

Contudo, essa aspiração não se realizou neste Mundo, mas estava destinada a ser satisfeita mediante uma dessas estranhas amizades nas quais uma das pessoas está neste Mundo e a outra no além. “No decorrer do tempo”, escreveu ela, “pouco depois de sua morte, ela tornou-se a amiga mais íntima que qualquer outra que pertença a esta vida. Quando ela me apareceu não foi para se desvanecer quase que imediatamente, mas sim para ficar e conversar comigo, tão simples e naturalmente quanto outro ser humano. Enquanto ela esteve comigo, eu pude vê-la tão claramente quanto os objetos da vida diária, e ela mostrou ser uma individualidade tão marcante quanto a de uma pessoa de fortes características que ainda permanecesse neste Mundo”.

Por intermédio dessa senhora, que se tornou seu “Anjo da guarda”, ela foi levada, em estado de transe, a visitar muitos lugares e pessoas no outro Mundo e, amiúde, ela descreve suas visitas ao que ela denomina jardim celestial e câmara de descanso de sua amiga, onde ela ia para descansar e meditar. Evidentemente essas descrições são simbólicas, mas a experiência não deixa de ser experiência, e a sensação não deixa de ser sensação, embora as descrevamos simbolicamente. O simbolismo, em muitos casos, é o único meio pelo qual nossa consciência pode interpretar certas emoções que, de outro modo, seriam difíceis de ser expressas.

“Meu ‘Anjo da guarda’”, escreve a autora, “conduziu-me por uma das entradas e me encontrei numa sala espaçosa iluminada suavemente, e as várias tonalidades de cor fundiam-se numa harmonia tão perfeita que davam a impressão de uma música visível muito bela e calmante. As paredes estavam revestidas de tapeçarias semelhantes às nuvens, nas quais o verde, o rosado, o vermelho e o dourado combinavam-se tão artisticamente, que não havia um único tom discordante no colorido; as tapeçarias não tinham nada de semelhante com os tecidos terrenos. Elas me pareciam perfeitamente visíveis, mas não ofereciam resistência ao toque. Era como se eu enfiasse a mão numa nuvem. Havia vários sofás e divãs na sala, todos ostentando o mesmo colorido calmante e harmonioso. Muitas plantas e belas flores engalanavam o lugar. “Esta”, disse meu “Anjo da guarda”, “é minha sala de repouso onde eu venho repousar e meditar; você também poderá vir quando quiser”.

Essa região, a Terra de Veraneio dos Espiritualistas, com suas casas, suas flores e seu jardim de repouso, também foi descrita no “Conceito Rosacruz do Cosmos” e em outros livros. Vemos que há um perfeito acordo tanto entre nós e a escritora citada, quanto aos fatos e observações referentes à morte e aos Mundos invisíveis.

Lemos, então, que ela foi levada por sua amiga a visitar os milhões de trabalhadores em alguma cidade da Terra, cujos sofrimentos os habitantes do jardim celestial deviam minorar. Aqui, ela visitou uma fábrica e observou que ela e sua companheira passavam através de paredes e divisões à medida que iam de um departamento a outro do enorme edifício, sem que paredes de tijolos ou vigas de aço oferecessem a menor resistência a seus corpos. “Às vezes, eu costumava admirar”, ela observa, “como poderiam os Espíritos entrar em casas e salas onde não há portas abertas, e como poderiam sair quando todas as saídas estivessem fechadas”. Ela verificou que o que para nós, terrenos, são paredes sólidas, parecem ao corpo Espiritual como se fossem de neblina quando nos aproximamos delas, e são um empecilho tão pequeno à passagem do corpo Espiritual quanto o é a neblina para o corpo físico. Ela observa que muitas coisas que são mistérios insolúveis para a compreensão humana, apresentam-se como mistérios de pouca importância para as faculdades do Espírito, tal como para nós se apresentam as coisas comuns e as experiências da vida diária. Não é surpresa encontrarmos paredes que impeçam nossa marcha, do mesmo modo que não constitui surpresa para o Espírito verificar que uma parede não é empecilho. Esse é um problema da quarta dimensão que embaraça muitas pessoas deste Mundo, e sobre o qual a descrição acima lança alguma luz, embora pareça uma fantasia da terra das fadas. Isto também já foi explanado várias vezes na literatura Rosacruz.

Outro incidente de natureza um tanto semelhante encontra-se no fim dessa narração e lança alguma luz sobre este estranho mistério da interpenetração dos planos. Em uma de suas visitas às regiões celestes, nossa autora travou conhecimento com um homem que ela denomina “o mentor”. O mentor deu-lhe um buquê que ela desejou trazer consigo para a Terra. “Quando eu voltei para casa no corpo Espiritual”, diz ela, “coloquei as flores num vaso, mas quando na manhã seguinte, em meu corpo físico, fui olhá-las, descobri que, embora pudesse vê-las tão nitidamente como quando as recebi do mentor e pudesse ainda sentir seu aroma agradável, elas não eram palpáveis ao meu tato. Minhas mãos passavam através delas como através de um raio luminoso, contudo, elas permaneciam perfeitas sem uma única pétala desfolhada. Nenhum outro membro de minha casa pôde vê-las ou senti-las, a não ser eu. “Os Anjos”, ela acrescenta, e aqui temos um ponto muito curioso, “que me visitam em minha casa podem empunhá-las tal como fazemos com as flores aqui da terra, mas estas últimas, das quais tenho sempre algumas em casa, eles não podem pegar. Eles veem-nas tal como eu as vejo, mas elas não oferecem resistência a seu toque”. Ela pergunta então desnorteada: “Qual é o Mundo da realidade sólida e qual o das aparências intangíveis, o nosso Mundo ou o espiritual? ”.

Esses pontos também já foram explicados na literatura Rosacruz e queremos lembrar aos leitores a história chamada “Enfrentando o Pelotão de Fuzilamento”, que apareceu no número de novembro de 1917 da revista “Rays from the Rose Cross”, onde há a descrição das últimas horas de vida de um espião, como ele enfrenta a morte e como depois da transição visita a irmã. Durante a jornada que empreendeu à casa da irmã, milhares de milhas do lugar onde fora morto, ele intrigou-se com o fato de que o ar parecia povoado com formas espirituais que flutuavam do mesmo modo que ele e o Rosacruz que o acompanhava. Inicialmente, ele tentou evitá-las, mas verificou ser impossível. Então, preparou-se para uma colisão quando percebeu, com surpresa, que essas pessoas flutuavam através de si e de seu companheiro como se não existissem. Isto consternou-o e desnorteou-o até que o Rosacruz, percebendo seu dilema, riu-se tranquilizando-o, dizendo para não se importar pois aquilo era habitual na terra dos mortos-vivos, onde todas as formas eram tão plásticas que interpenetravam tudo facilmente, não havendo o menor perigo de alguém perder a própria identidade.

Uma vez chegados à casa de sua irmã, eles encontraram-na sentada numa confortável sala de estar e o espião lançou-se impulsivamente para ela e abraçou-a, percebendo com assombro que ela ignorava completamente sua presença, e que suas mãos em lugar de segurarem as delas, atravessavam-nas. Ele voltou ao Rosacruz e perguntou o que deveria fazer a fim de ser notado pois essa impalpabilidade de um corpo sólido o embaraçava. Recebeu então as instruções e o método que um morto-vivo deve seguir a fim de atrair a atenção dos que estão no Mundo Físico.

Há mil e um pontos de acordo entre as pessoas que são capazes de operar tanto no Mundo visível quanto no invisível. Além disso, a guerra atual está aumentando muito o número das pessoas capazes desse feito e, futuramente todos nós seremos capazes de fazê-lo, desde os menores até aos maiores. Será então uma faculdade normal como a visão e a audição. Gradualmente, estamos ficando mais relacionados com os Mundos invisíveis, e os pontos coincidentes são em número muito mais elevado que os pontos divergentes. Por esse motivo, não haverá dificuldade em aceitar as histórias do além.

(Perg. 59 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Nós somos o que pensamos de nós mesmos e não o que os outros pensam de nós!

Nós somos o que pensamos de nós mesmos e não o que os outros pensam de nós!

Um dos grandes mistérios da vida em nossa Terra é a separação entre o Mundo físico e o espiritual. Vivemos em um mundo material, de que nos apercebemos através de nossos sentidos, os quais, não obstante, possuem consciência limitada desse Mundo físico. Por essa razão, a maioria da humanidade não se apercebe dos reinos invisíveis e não parece particularmente interessada em aprender coisas que a eles digam respeito. Isso deve-se em parte, indubitavelmente, ao fato de que os cientistas se têm negado sistematicamente a considerar a existência de qualquer coisa que não possa ser registrada pelos sentidos ou por dispositivos mecânicos inventados para tal fim.

Não obstante, existem atualmente muitos cientistas, psicólogos e pessoas letradas de gabarito, em qualquer campo de atividade, que demonstraram, por meio de seus escritos, terem aceito a premissa de um Espírito imortal no ser humano, que não perece com o corpo. Encontram-se alusões a verdades esotéricas na prosa e na poesia tanto do passado como do presente. O ser humano, atualmente, está se tornando maduro, espiritualmente, e, nas poucas décadas vindouras deste século, essas verdades tornar-se-ão as mais vastamente conhecidas e disseminadas. No crescente interesse quanto à astrologia e à filosofia esotérica em todo o mundo, evidencia-se ter chegado o tempo em que a ciência deverá iniciar sérias investigações nesse domínio.

Quando deixamos nosso corpo físico, por ocasião da morte, nascemos no Mundo do Desejo, a região mais próxima da Terra. O Mundo do Desejo compreende sete Regiões, das quais, as três mais inferiores constituem a área onde está o Purgatório, onde somos purgados de nossos pecados e quedas, quando morremos nessa vida. Há alguns que não deverão despender tempo algum nessa região: dessa maneira, é justo do mesmo modo considerarmos de quando em vez o que lá nos poderia acontecer. A matéria de desejos envolve todas as sete regiões do Mundo do Desejo e serve de material para a encarnação do desejo. O desejo é o grande incentivo da ação e, à medida que o ser humano se esforça em preencher os seus desejos, ganha experiência e conhecimento e, esperançosamente, alguma sabedoria. O desejo não pode ser realizado sem o pensamento e os pensamentos assim engendrados tomam forma e perduram conforme a intensidade do desejo. O Mundo dos Desejo é uma região de luz e cor eternamente mutáveis, na qual as forças dos animais e do ser humano misturam-se com as forças de muitas Hierarquias de seres espirituais.

Do mesmo modo que os nossos corpos físicos se derivam do mundo material em que vivemos, assim também a nossa existência mental e espiritual depende da presença mental e espiritual de outros seres além de nós. Embora não possamos vê-los, nossas proximidades estão repletas de presenças espirituais, boas e más, de acordo com o tipo que atrairmos, em virtude de nossas atitudes perante a vida e nossos semelhantes.

Toda nossa atividade mental é devida aos estímulos que atraímos, tanto do reino espiritual como do físico. E mesmo o que poderíamos considerar como sendo um pensamento único e original, passou a existir em decorrência de sugestão vinda dos mundos invisíveis ou do nosso próprio mundo material. O campo de consciência do ser humano é, em grande parte, uma zona elétrica passiva em torno dele, até que as vibrações nele penetrem graças a algum estímulo externo.

Cada vibração engendrará uma resposta nessa zona e se incorporará às vibrações congêneres, formando, desta maneira, combinações que fazem nascer um pensamento. Desse modo, cada pensamento está sujeito a crescer, como uma planta, à medida que procura afinidades, interna e externamente. Se o ardor e a intensidade do interesse desvanecem, o pensamento debilita-se e morre, por falta de nutrição. Poderá, contudo, deixar nódulos na memória, que poderão tornar a despertar, se alguma ocasião assim o exigir. Muitos pensamentos estão pairando e não são lembrados; mas, quando os nossos pensamentos forem atiçados pelo interesse e pela concentração, tornam-se parte viva da consciência, existindo mesmo após terem sido expelidos da Mente originadora e podem se manifestar novamente, quando invocados, ou afetar algumas outras Mentes receptivas.

Destarte, podemos ver rapidamente como a atenção concentrada de muitas pessoas fortalece as vibrações de uma forma de pensamento, e isso é a base dos desvarios coletivos e da psicologia que influencia a Mente das massas. Uma forma de pensamento viva, embora possa não estar mais ligada ao seu criador, persistirá durante tempo em que ache um campo de atenção. Torna-se uma realidade no Mundo do Desejo, através da atenção concentrada de uma ou mais Mentes. Assim, é impossível ao ser humano impingir no Éter formações de pensamento que possam existir mais ou menos independentemente dele. Essas formações poderão ser poderosas, tanto para o bem como para o mal, na conformidade de seus conteúdos.

Uma vez que os pensamentos similares criados se unem e crescem, e podem tornar-se contínuos e até mesmo permanentes, no Mundo do Desejo, certas ideias implantadas na Mente do ser humano poderão afetar sua evolução e retardar o seu desenvolvimento espiritual, durante algum tempo. Exemplo disso são as crenças religiosas incutidas nas Mentes humanas durante séculos, por parte de um sacerdócio dominador. Uma Religião que não propicia modificações ou aceitações de novas ideias manterá os seus membros unidos doutrinariamente, bem como ligados à Terra. Felizmente, mesmo sob uma crença desorientada, a verdadeira adoração e aspiração espiritual são reconhecidas e obterão uma justa recompensa.

Se a atividade mental de alguém, na Terra, tiver sido prejudicial ou ignóbil, a própria pessoa se encontrará em uma condição dolorosa quando tiver de deixar o corpo físico. As formas ruins de pensamentos vêm em detrimento, não apenas dos viventes, mas também dos nossos mortos, que devem permanecer durante certo tempo na região contígua à nossa Terra, no Purgatório. Muitos, embora fora do corpo, são tão involuídos, que procuram agir lá do mesmo modo que fizeram no Corpo Denso. Podem avaliar os nossos pensamentos e vibrações etéricas, que se misturarão com as suas, caso se harmonizem. No Mundo do Desejo somos como pensamos, e criamos o nosso próprio céu ou inferno lá, conforme o modo em que pensarmos aqui. Tanto o bem como o mal vivem após a morte, ocorrendo que nosso sofrimento no Purgatório é autoinfligido, porque é resultado de nossa própria criação.

A Atração e a Repulsão são as forças ativas no Mundo do Desejo. A afinidade de pensamento é a única coisa que governa a condição do Espírito quando ele adentra essa região. Ali nenhum pensamento poderá ser ocultado. Uma ideia torna-se visível a todos no momento de seu início. Poderá atrair apenas formas de pensamentos com as quais esteja de acordo; o bem atrairá a sua própria espécie, misturar-se-ão e fortalecerão um ao outro. Os pensamentos maus tentarão unir-se com outros maus pensamentos, mas, sendo auto-afirmativos, têm um efeito oposto e tornam-se mutuamente destrutivos. Desse modo o mal é reprimido. No Purgatório, a força repulsiva é dominante, porém a força de Atração ganhará à medida que o Espírito se limpar. Até mesmo na região mais inferior dos desejos sexuais encontra-se algum bem e os Anjos procuram desenvolvê-la.

Não há modificação na natureza de uma pessoa, após a morte. O mentiroso poderá tentar enganar ainda, mas como nada pode ser ocultado, o seu verdadeiro caráter será revelado. O louco ainda é um louco, o autoindulgente ainda procura gratificar os seus desejos. Um sacerdote cerimoniosamente piedoso procurará criar uma atmosfera de pavor reverente para si próprio, tal como gozou na terra e, desse modo, estultificar realmente o seu próprio progresso, bem como o de seus seguidores. Muitos sacerdotes e pregadores religiosos pertencem a essa categoria. Conforme procurem desempenhar o mesmo papel no Mundo do Desejo, por eles desempenhados na Terra, convocam um seguidor e ensinam a letra da lei entre os perversos, que suportam o seu ministério antes com paciência, do que com agrado. Alguns Espíritos, cujas posições na Terra permitiram-lhes fazer algum bem inadvertidamente, dali colherão pouco benefício, mas sofrerão severamente devido a não terem aproveitado muitas oportunidades de praticar o bem, por eles desprezadas. Os que apregoaram as suas caridades perante o público ou visaram adquirir a boa vontade dos seres humanos, procurarão desesperadamente atingir o final dos seus castigos, fazendo promessas extravagantes a fim de conseguir os seus intentos. Uma vez que suas verdadeiras atitudes não podem ser escondidas, recebem pouca atenção. Todas as emoções negativas que uma pessoa possa abrigar são aqui exibidas.

Todas as invejas e ciúmes, ódios e animosidades serão exibidos e o Espírito sofrerá, em consequência. A pessoa insincera achar-se-á em uma prisão de fadiga e frustração. Destarte, devemos compreender que o nosso modo de pensar e as nossas atitudes secretas em relação a nossos semelhantes devem ter mais influência em nossa situação após a morte do que o fariam nossos bons atos.

Inclinamo-nos a pensar que todos os seres espirituais sejam de uma ordem elevada: existem, porém, muitos seres de variados estágios evolutivos cuja missão é a de servir a seu Deus, ajudando no processo purgativo. As suas tarefas parecem repreensíveis e cruéis, mas tudo é governado por leis divinas. Podem eles fatigar suas vítimas e delas zombar até que elas, em desespero, apelam a uma força mais alta, pedindo auxílio. Os seus trabalhos fazem parte necessária da purga. Os próprios elementais permanecem inocentes e não contaminados por essas atividades. Muitas vezes o alcoólatra, quando sofre o “deliruim tremens”, ou o toxicômano, quando estiver fortemente afetado, veem esses elementais sob estranhas formas; também são vistos por aqueles que procuram os reinos elevados, através da meditação ou de certos exercícios, sem o necessário respaldo de uma vida construtiva.

Somos esclarecidos de que no Mundo do Desejo não há tempo e nem espaço, da forma que conhecemos aqui.  Considerou alguma vez o que isso significa realmente? Lemos essas palavras e talvez as aceitemos como verdades, mas pensamos realmente no que elas desejam exprimir? Ausência de TEMPO significa que nada do passado, presente e do futuro poderá ser trazido, agora, e ausência de ESPAÇO denota que nada poderá se manifestar, de modo algum. Então há de existir alguma força que governa o que deve manifestar-se em um dado lugar, em um certo momento: é o PENSAMENTO. Essa força do pensamento, que é uma atividade constante e contínua do Ego humano, através da Mente, permanece ainda indisciplinada e é utilizada de modo mais descuidado. Cada vez mais ouvimos afirmações como “Os pensamentos são coisas”, “um ser humano é aquilo que pensa em seu coração”. Somente o pensamento poderá controlar a nossa situação no outro lado e, realmente, também no mundo material. Os hábitos de pensamentos que tivermos cultivado durante o nosso período de vida na Terra controlarão a nossa condição após a morte.

Por isso é muitíssimo importante adquirirmos um controle sobre nossos pensamentos negativos. A pessoa amedrontada encontrará, com a maior certeza, elementais que a manterão em servilismo e em sofrimento até que, em desespero, sobrepuje seu temor e descubra que ele desaparece fazendo isso. Se uma pessoa acolhe, continuamente, pensamentos desagradáveis e grosseiros, em relação a seus semelhantes, atrairá outra entidade desagradável para atormentá-lo, até que percebe o que deverá vencer em si própria a fim de livrar-se deles.

Todas as formas de pensamento más aguardarão no purgatório para encarar seu criador, e este deverá viver com elas até que possa desintegrá-las por meio de um arrependimento e regeneração sinceros. Max Heindel se refere a essa região como um lugar de criaturas demoníacas, que se dilaceram e despedaçam de modo terrível.

Somente o espírito de abnegação apresenta um modo de se escapar desses reinos obscuros. Embora caído, um vislumbre de amor e de compaixão trará um anelo interior à procura do “caminho da ascensão”.

A alma caída deverá desenvolver determinações benévolas em seu próprio pensamento. “Semelhante atrai semelhante” é a lei gravitacional que cria a condição do Espírito, em conformidade com suas inclinações na Terra. Assim é realizada a divisão dos aptos e dos inaptos, dos puros e dos impuros e dos santos dos não santos. Porém, eles não ficam separados eternamente, porque pode-se encontrar uma presença, um chamado que trará um novo acréscimo de formas de pensamento, tanto para o santo como para o pecador. É essa abundância de oportunidades, ofertadas por meio do amor de Deus, a esperança do pecador e a mortificação do santo. O ser humano pode aceitar a direção de Anjos ou de demônios e a sua escolha cria seu céu ou inferno.

O eterno ajustamento da vontade do ser humano à vontade de Deus é ativo em todas as fases do ser, a física, a emocional, a mental e a espiritual. O sacrifício ou expiação, por meio do Corpo de Desejos através da dor e no qual o ser humano pode sobrepujar o seu sofrimento, está agindo sempre. Não há descanso ou escapatória. Há ministros amorosos no Mundo do Desejo, aguardando poderem ajudar ao ligado às coisas terrenas, àqueles que ainda se encontram na Terra. Tão logo uma pessoa se inteire de seu Eu espiritual e realize o seu “status”, seja na Terra ou no Purgatório, recebe oportunidade de progredir. A interatividade de um Espírito avançado com outro menos avançado melhorará os pensamentos criados pelo último. Foi-nos dito que há um ministério de Anjos para auxiliar esse esforço. Aqui na Terra, atraímos os visitantes angélicos em todos os nossos momentos de esforços espirituais.

No Mundo do Desejo não há uma pessoa segregada de outra: todas são uma só, cada uma dentro da aura da presença da outra e são vistas ou deixam de sê-lo de acordo com a sensitividade de cada um. Somente o nosso desenvolvimento espiritual separa-nos dos seres dessa região. Devemos imaginar o Espírito individual como um sol em torno do qual giram os pensamentos criados por ele próprio. O Espírito é o criador de cada pensamento e está sujeito ao seu comando. O pensamento está separado de seu criador, porém a ele está ligado pela Lei de Atração. Em nosso cosmos de pensamentos desempenhamos o mesmo papel de Deus em relação à Sua criação. Está à nossa escolha se nossa atividade mental nos torna colaboradores ou não do plano de Deus.

Um Deus de Amor não pune por vingança; desse modo, está ao nosso alcance mitigar ou eliminar a experiência purgatorial, mediante o exercício da Retrospecção e do arrependimento e da reforma sinceras. A citação “Ame teu próximo como a ti mesmo” é mais do que uma simples máxima: trata-se de uma lei científica e obedecê-la deve ser o primeiro mandamento nos assuntos relativos a nossas vidas.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de janeiro/1970)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Desenvolvimento Equilibrado: como está o seu?

Desenvolvimento Equilibrado: como está o seu?

No Livro “Ensinamentos de um Iniciado”, Max Heindel afirma que os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz concluíram que o orgulho intelectual, a intolerância e a impaciência ante as restrições seriam os “pecados” mais comuns nos tempos modernos.

Uma visão crítica do mundo atual confirma com exatidão essas palavras proféticas. O intelecto tornou-se uma faca de dois gumes. É, sem dúvida, o instrumento mais útil à disposição do ser humano para conquistar e exercer domínio sobre a matéria. Por outro lado, tem sido a causa de muita miséria individual e social. Frio como é, e não raro impermeável ao calor dos sentimentos, o intelecto induz decisões sem o respaldo do amor.

A intolerância e a impaciência ante as restrições são também filhas do intelecto, desse dominador, pronto a se rebelar quando algum obstáculo parece se interpor em seu caminho.

A Mente é o veículo mais recente adquirido pelo ser humano, encontrando-se ainda no primeiro estágio de seu desenvolvimento. Não estando a cargo de outras Hierarquias, deve ser dominada e desenvolvida pelo próprio indivíduo, sem qualquer ajuda externa.

O intelecto gera o egoísmo e o egocentrismo. Fomenta um espírito de superioridade conducente à intolerância em relação a algo de que discordamos ou consideramos intelectualmente indigno de nós mesmos.

Existindo para si mesmo, o intelecto é frio e calculista, procurando reforçar o conhecimento com adicional conhecimento para promover os interesses pessoais do Ego.

Dessa forma chega a ser tanto um instrumento como fonte de incentivo ao egoísmo. O desenvolvimento equilibrado do Coração e da Mente constitui o único meio para neutralizar esse risco. É mister que o amor inerente ao primeiro dirija por canais universalmente construtivos o conhecimento adquirido pelo último. Nossas capacidades mentais e devocionais devem se unir e esse equilíbrio só atinge a perfeição quando o indivíduo atinge o nível evolutivo de um Adepto, conforme nos ensina o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.

Importante, também, que se faça este esclarecimento: não fazemos nenhuma objeção ao conhecimento em si mesmo. Particularmente nesta época de grande avanço científico é essencial uma diversidade de conhecimentos para que as inovações beneficiem efetivamente a humanidade. O uso que o ser humano faz de seu intelecto é que determina se está seguindo linhas materiais ou espirituais de desenvolvimento.

Dessa maneira, percebe-se quão importante é desenvolver o aspecto devocional da nossa natureza, a caridade e a simpatia, à medida que as faculdades intelectuais são robustecidas.

(Publicada na revista ‘Serviço Rosacruz’ – set/out/87)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático: O Exercício Esotérico da Adoração

Pergunta: Quando o Aspirante alcançou a Contemplação, ele alcançou o degrau mais alto?

Resposta: Quando a altura que se alcança por meio da contemplação tem sido alcançada, o Aspirante percebe que ele está em verdade contemplando a Deus na vida que penetra todas as coisas, mas ainda tem que dar um passo mais elevado: a Adoração, pelo qual se une à Fonte de todas as coisas; alcançando, por esse fato, a mais alta meta possível de conseguir o ser humano até que a união permanente tenha lugar ao final do Grande Dia de Manifestação.

Pergunta: Pode o ser humano alcançar essa altura sem ajuda?

Resposta: É a opinião do autor que nenhuma das alturas da contemplação nem o passo final da adoração pode ser alcançado sem a ajuda de um Mestre.

Pergunta: Como encontraremos o Mestre?

Resposta: O Aspirante não deve temer nunca que por falta do Mestre demore seu progresso, nem precisa se preocupar em procurá-lo. Tudo o que você precisa é começar a melhorar a si mesmo e continuar de forma diligente e persistente nesse caminho. Dessa maneira ele purificará seus veículos.

Pergunta: O purificar os veículos em que o beneficia?

Resposta: Esses começam a brilhar nos Mundos Internos, o que não poderá deixar de  atrair a atenção dos instrutores, que estão sempre vigilantes e de muito bom grado ajudam a todos aqueles que, por seus vigorosos esforços em purificar a si mesmos, têm adquirido o direito de serem ajudados.

Pergunta: Então um não necessita jamais um Mestre entre os seres humanos?

Resposta: “Busca e encontrarás”, mas não vamos imaginar que por ir de um instrutor a outro estamos buscando. “Busca” nesse sentido, não significaria nada para esse mundo de trevas. Nós mesmos devemos acender a luz que invariavelmente irradia os veículos dos Aspirantes diligentes. Essa é a estrela que nos levará ao Mestre, ou melhor dizendo, a que conduzirá o Mestre até nós.

Pergunta: Em que tempo se manifestam resultados desses exercícios?

Resposta: O tempo requerido para ter resultados varia com cada pessoa e é dependente da aplicação, nível evolutivo, história no livro da vida, portanto nenhum tempo geral pode estabelecer-se.

Pergunta: Em que diferem os resultados?

Resposta: Alguns que estão preparados, obtém resultados em uns poucos dias, outros, em meses, e alguns, em anos, e outros no fim sem conseguir resultados visíveis. Porém os resultados estão lá e o Aspirante que fielmente persiste os obterá algum dia; nesta ou em uma futura vida, contemplará sua paciência e fidelidade recompensadas e as palavras interiores abertas a seu olhar fixo (contemplação), encontrando-se ele mesmo como cidadão do reino, onde as oportunidades são imensamente maiores que no mundo físico.

A partir desse tempo, desperto ou dormido através do que os homens chamam Vida e morte, sua consciência não será interrompida. Levará uma existência contínua consciente, beneficiando-se de todas as condições que permitem um avanço mais rápido, até posições de maior responsabilidade, para ser em benefício da humanidade.

(Tradução da Revista Rays from the Rose Cross Nov-Dez/1983)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Abraçar pessoas que não conhecemos tem o risco de “sugar” nossa energia? Interligação entre Corpo Denso e Vital vai afrouxando naturalmente?

Pergunta: Já me disseram que não deveria abraçar pessoas que não conheço bem, porque no contato com o baço durante o abraço algumas pessoas “sugam”nossa energia; seria a energia do Corpo Vital?
Resposta: O baço por onde entra as forças vitais é o baço etérico e não o físico. E mesmo aquele não “participa” desse tipo de evento.
Não há nenhum problema em abraçar quem quer que seja, desde que você esteja bem espiritualmente. Semelhante atrai semelhante. Se, por acaso, você “sentir” algo desagradável é porque você não está firme na sua fé e na sua situação espiritual. Ore e trabalhe e verá que esse tipo de coisa que falaram não haverá ponto de contato em você.

Pergunta: Na medida que conseguimos evoluir nosso Corpo Vital vai deixando de ficar tão interligado com Corpo Denso naturalmente?
Resposta: Não. O desprendimento do Corpo Vital do Corpo Denso é feito por meio do treinamento esotérico e só começa depois que você persiste em fazer todas as noites o Exercício da Retrospecção e todas as manhãs o de Concentração, e no período entre eles, à noite, durante o sono e depois da restauração do seu Corpo Denso, você preste o serviço amoroso e desinteressado como Auxiliar Invisível Inconsciente por um bom tempo.
Concomitantemente, durante as horas de vigília – quando acordada – você se esforce para fazer os Rituais Devocionais (Exercícios Esotéricos), praticar no seu dia a dia os Ensinamentos Rosacruzes que você vai aprendendo e, por meio do serviço amoroso e desinteressado, anonimamente, prestado à divina essência dos irmãos e irmãs com quem você se relaciona, ser um Auxiliar Visível Consciente. Persistência, persistência e persistência é a chave para obter isso.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual a origem das figuras grotescas e hediondas vistas pelas pessoas que sofrem de “delirium tremens”?

Resposta: Começaremos pela última parte da pergunta, então veremos o que são essas coisas vistas durante o “delirium-tremens”. Em primeiro lugar, imaginemos que há várias espécies de Espíritos. Há o Ego, uma verdadeira centelha do Fogo Divino oculto sob um certo número de coberturas opacas: Mente, Corpo de Desejos, Corpo Vital e, finalmente, o mais opaco de todos, o Corpo Denso – o véu carnal que isola o Espírito da consciência divina e o confina nos estreitos limites de um cérebro e um corpo.

Através da evolução, esses veículos estão se tornando mais espiritualizados. Suas vibrações ficam mais elevadas, e o Ego, aos poucos, está começando a se descobrir, tal como o filho pródigo achou-se distante do Pai e ansioso por retornar. Então, devido a certos processos definidos, está gradualmente recuperando a consciência cósmica. O poder divino dos órgãos que o serviram num passado distante, como meios espirituais, está sendo despertado para uma nova atividade. É esse particularmente o caso do corpo pituitário e da glândula pineal. Quando ele aprender a vibrar esses pequenos órgãos, ele desenvolverá um novo sentido que podemos chamar de visão espiritual, pois então vê o Mundo Invisível e seus ocupantes. Há outros passos por meio dos quais ele pode tornar-se um cidadão alado desses mundos, nos quais poderá entrar e sair à vontade, embora ainda esteja vivendo num corpo físico. Atualmente ainda não dominamos essas fases do assunto. Deve-se notar que somente um Espírito pode fazer vibrar esses pequenos órgãos ou despertar suas atividades latentes.

Onde há moeda circulante, há também uma imitação em metal inferior. O Espírito também tem sua imitação. O verdadeiro Espírito divino é uma emanação em Deus — não de Deus, mas em Deus. É um Espírito de Vida. Porém, obtêm-se também um espírito espúrio por meio da fermentação e da decomposição. Esse é um espírito de morte. Nós o chamamos de álcool. Sendo um espírito, essa droga também tem o poder de promover as vibrações dos pequenos órgãos citados, mas sendo o produto vil de um processo vil, não pode senão degradar o Espírito individual com o qual entra em contato. Assim, os alcoólatras geram baixos pensamentos que se revestem de formas hediondas. Algumas vezes, várias classes de Espíritos sub-humanos apossam-se dessas formas assim geradas e conservam-nas vivas durante muito tempo, alimentando-se com as exalações de sangue nos matadouros, ou com o odor que se eleva dos tonéis de fermentação da cerveja ou do envelhecimento de aguardente, para não mencionar também as repugnantes emanações dos desejos dos frequentadores de tais lugares.

Portanto, quando uma pessoa está saturada do espúrio espírito do álcool, a velocidade vibratória dos pequenos órgãos da visão espiritual é acelerada a tal grau, que essa pessoa pode ver o mundo dos Espíritos, e vê naturalmente o que é semelhante a si. Quando um diapasão é tocado, outros diapasões do mesmo tom entram também em vibração. Da mesma maneira, todos nós somos atraídos por outros de natureza semelhante a nós. Essas figuras grotescas e hediondas são efetivamente etéricas ou interetéricas entre o Mundo do Desejo e o Éter, penetrando ambos. Elas não são um produto da imaginação, mas realidades de natureza mais ou menos duradoura, criadas por pessoas sensuais e alcoólatras dos dois mundos.

(Perg. 58 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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O Ressentimento e o Perdão Terapêutico

O Ressentimento e o Perdão Terapêutico

A personalidade “tipo fracasso”, quando procura uma desculpa ou bode expiatório para seu malogro, quase sempre culpa a sociedade, o “regime”, a vida, a sorte. Ela se ressente com o êxito e a felicidade dos outros porque constituem para ela uma prova de que a vida a está defraudando, que ela está sendo tratada injustamente. O ressentimento é uma tentativa de suportar seu próprio fracasso explicando-o em termos de tratamento injusto, parcial. Mas, como bálsamo para o malogro, o ressentimento é uma cura pior do que a doença. É um veneno mortal para o espírito, torna a felicidade impossível, consome tremenda dose de energia que poderia ser utilizada em realizações. E um círculo vicioso quase sempre se estabelece: o homem ou a mulher que traz consigo uma mágoa não é um companheiro ideal nem um agradável colega de serviço. Quando seus companheiros a evitam ou o chefe tenta apontar suas deficiências, ela vê aí motivos adicionais para ressentir-se.

O ressentimento é também um “meio” de fazer-se vítima importante. Ela sente uma perversa satisfação em sentir-se “injustiçada” e, considerando-se tratada iniquamente, sente-se moralmente superior aos causadores da injustiça.

O ressentimento é ainda um “meio”, ou tentativa, de atestar ou erradicar uma injustiça real ou imaginária que já tenha sido praticada. A pessoa ressentida está, por assim dizer, tentando defender a sua causa no tribunal da vida. Se ela puder sentir-se suficientemente ressentida e, por esse meio, “provar” a injustiça, algum processo mágico a recompensará, fazendo com que “se anule” o acontecimento ou circunstância geradoras do ressentimento. Nesse sentido, o ressentimento significa voltar a lutar, emocionalmente, contra alguma coisa do passado. Ora, a vítima jamais poderá vencer, porque está tentado o impossível — alterar o passado. E quando o ressentimento é muito forte e o caráter defeituoso, a vítima, percebendo essa impossibilidade, parte para a vingança, em que ela própria se imola nas consequências.

Cristo via e ensinava a ver o lado bom e belo de todas as coisas, porque sabia dos benéficos efeitos que isso produziria em nosso interior.

De fato, o ressentimento, mesmo quando baseado em injustiças reais, não é a maneira de vencer. Ele em pouco tempo se transforma em hábito emocional. E quando habitual, conduz invariavelmente à autocomiseração, que é o pior hábito emocional que alguém possa adquirir. Se esses hábitos chegaram a criar raízes, o indivíduo já não se sente mais natural ou “certo” quando eles (os hábitos) estão ausentes! A pessoa começa então a, literalmente, procurar por “injustiças”. Disse alguém que tais pessoas só estão bem quando se sentem desgraçadas.

Lembre-se o leitor que, em verdade, seu ressentimento não é causado por outras pessoas, acontecimentos ou circunstâncias, mas é resultado de suas próprias reações emocionais.

Você, só você, tem poder sobre isso. Só você pode dominar tais reações, convencendo-se de que o ressentimento e a autocompaixão não constituem caminho para a felicidade e o êxito, e sim para o fracasso e a infelicidade. A pessoa ressentida, sem o saber muitas vezes, confia aos outros as rédeas de sua vida. São os outros que ditam como ela se deve comportar ou sentir; tal qual um mendigo, ela depende totalmente dos demais. Faz, aos que a cercam, pedidos e exigências descabidas — principalmente aos que a feriram — e se todos se dedicarem à tarefa de a tornar feliz, ela se ressentirá quando isso não acontecer. Quando sentimos que as outras pessoas nos devem eterna gratidão, imorredoura apreciação ou contínuo reconhecimento pelo nosso imenso valor, experimentamos ressentimento quando esse “débito” não é pago.

O ressentimento é, portanto, incompatível com a busca de objetivos criadores. Na busca desses, você é o autor, não o recipiente passivo. Você é que deve estabelecer seus alvos. Ninguém lhe deve coisa nenhuma. Você persegue seus próprios objetivos. Você se torna responsável pelo seu próprio êxito e felicidade. O ressentimento não se enquadra nessa imagem e é, por isso, um “mecanismo de fracasso”. E como consequência vem o vazio interior. A vítima pode, apesar da frustração, da agressividade mal dirigida, do ressentimento, alcançar êxito aparente, conquistar símbolos externos de sucesso, mas quando vai abrir o longamente sonhado baú de tesouros, seja num outro amor, na fortuna, na fama, no poder, encontra o vazio, porque, ao longo do caminho percorrido, perde a capacidade de apreciar a vida e as pessoas.

Posso perdoar mas não posso esquecer — dizem alguns. O perdão, quando é completo, verdadeiro e esquecido — constitui o bisturi que remove o pus de velhas feridas emocionais, cura-as e elimina o tecido cicatricial. O perdão parcial ou tíbio não dá resultados. Também o perdão concedido como “dever” não é eficaz. Devemos perdoar e depois esquecer o fato e o ato de perdoar, porque o perdão que é lembrado, mantido no “pensamento, infecciona de novo a ferida que se pretende cauterizar. Se você se sente orgulhoso de seu perdão ou o relembra constantemente, isso é porque, com certeza, acha que a outra pessoa lhe deve alguma coisa por você a ter perdoado. Você perdoa-lhe a dívida, mas ao fazê-lo ela incorre em outra com você, mais ou menos como acontece com as reformas de promissórias. Há muitas ideias erradas sobre o perdão e um dos motivos por que seu valor terapêutico não tem sido devidamente reconhecido é que o verdadeiro perdão raras vezes é posto em prática. De nada vale orarmos diariamente, “perdoa as nossas ofensas assim como perdoamos a nossos ofensores” se achamos que devemos perdoar para ser bons ou porque nossa posição de espiritualistas o exige como dever. Em verdade, os moralistas que têm ensinado esses conceitos deveriam haver dito: “devemos perdoar para ser felizes”. O perdão terapêutico extirpa, cancela, erradica a ofensa como se esta jamais houvesse existido, não porque decidimos ser generosos ou fazer um favor à pessoa que nos ofendeu nem porque lhe sejamos moralmente superiores. Cancelamos o “débito”, demos “quitação” dele, não porque ela nos quisesse pagar mas porque chegamos à conclusão de que a dívida não tinha razão de ser. O verdadeiro perdão ocorre somente quando conseguimos ver e emocionalmente aceitar, o fato de que não há, nem nunca houve, nada que perdoar. Que não devíamos ter condenado ou odiado a outra pessoa. Se perdoamos é porque condenamos, porque chegamos a odiar.

Não se diz nos evangelhos que o Cristo perdoou a mulher adúltera, porque também a não condenou. Apenas lhe disse: Vai e não peques mais. Erramos quando odiamos alguém por causa de seus erros, confundindo o espírito com seu comportamento transitório; erramos quando mentalmente estipulamos uma dívida que a outra pessoa deve pagar para voltar a gozar de nossas boas graças ou voltar a ser emocionalmente aceita por nós. Será feliz, terá mais saúde e paz interior quem praticar o perdão terapêutico ensinado por Cristo naquela frase do “Pai nosso”. Essa é a única forma de perdão que realmente “dá certo”.

Finalizando, queremos considerar que não somente recebemos ferimentos emocionais de outros, como também de nós próprios. E então, se somos negativos, nos flagelamos pela autocondenação, o remorso e o arrependimento com excessivos sentimentos de culpa. Passados dos limites do reconhecimento racional, o remorso e o arrependimento são uma tentativa de viver no passado, uma tentativa de corrigir o passado, de vez que seus efeitos nos dificultam reagir adequadamente ao nosso ambiente atual. Devemos saber também perdoar-nos, esquecendo o fato passado e dele extraindo apenas a experiência, em forma de consciência, para corrigir no presente e no futuro as mesmas tendências. Nunca diga de si mesmo: “sou um fracasso”, “não valho nada”, ou: “a vida não presta”. Não se confunda com os erros. Como espíritos estamos ensaiando, raciocinando e aprendendo. “O único pecado que existe é a ignorância e o único fracasso é deixar de lutar”. Quando você afirma ser um fracasso é o mesmo que considerar seu espírito um fracasso. Ora, nosso espírito é algo feito à imagem e semelhança do Criador, com todas as virtualidades latentes de Deus para serem desenvolvidas, assim como a semente contém em si as possibilidades de tornar-se numa árvore. Você não é seus erros. Você comete erros porque é humano e imperfeito. Os erros não fazem você. Se a ciência não aceitasse a evidência de novas e mais altas verdades, ainda que modifiquem todas as anteriores, ela estaria destinada ao fracasso. Também nós, assim. Portanto, nossa atitude correta deve ser esta:

1) Façamos a relaxação das tensões negativas, para evitar a formação de cicatrizes daremos exercícios nesse sentido;

2) Realize o perdão terapêutico para remover cicatrizes antigas;

3) Dote a si mesmo de entendimento para formar uma camada protetora à sua hipersensibilidade, à sua facilidade de magoar-se (mas não uma carapaça de indiferença!);

4) Viva criativamente, procurando realizar algo construtivo, de acordo com suas inclinações;

5) Não receie ser ferido e com isso evitar os demais. Disponha-se a ser um pouco vulnerável. A indiferença ou o isolamento não fazem crescer a alma.

6) Tenha aspiração presente e confiança no futuro;

7) Extraia a essência de bem do passado, dele não guardando nenhum ressentimento.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de julho/1967)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Alcoolismo – Uma Doença Mental

Alcoolismo – Uma Doença Mental

É difícil controlar ou superar uma doença cuja causa é desconhecida. O alcoolismo é uma doença pura e simples, mas não uma doença da moral ou do corpo. É uma doença da Mente.

Todas as pregações de moralidade, condenação eterna, e assim por diante, ou proibir a venda de bebidas alcoólicas ou álcool, poderia ter apenas uma influência superficial no desejo de beber ou na causa desse desejo.

Instrua nossos filhos sobre a causa do alcoolismo e eles olharão para a bebida alcoólica como uma expressão distinta de inferioridade e não desejarão usá-la.

Em três gerações, o consumo de álcool poderia ser reduzido àqueles indivíduos adultos irremediavelmente fracos, que buscam no álcool a necessidade se sentir socialmente em igualdade.

Isso, precisamente, explica a causa do alcoolismo. De fato, a ingestão do primeiro gole pode ser atribuída a um sentimento de inferioridade, não querer ser diferente, não querer ser menos do que o outro sujeito ou querer ser ou fazer tanto quanto ele. Nós desprezamos o primeiro gole com: “Ele bebeu para ser sociável, ou para ser inteligente”. Mas isso não é verdade.

A bebida é ingerida quase sempre para alcançar um nível de igualdade, se não, como no caso do bebedor experiente, para alcançar um estado de superioridade temporária, pelo menos em sua própria Mente.

Algumas bebidas alcoólicas são para afogar os problemas, para esquecer, porque não se tem a coragem para enfrentar seu problema, não importa o que seja, analisá-lo e resolvê-lo com o melhor de sua capacidade individual. A bebida parece dar coragem. Na verdade, se revestem ou se afundam no sentimento de inferioridade. Quando o efeito do álcool desgasta o indivíduo, fica pior do que antes, então bebe novamente até que, eventualmente, tenha desenvolvido uma alcoolfilia ou uma obsessão por bebidas alcoólicas.

O alcoolismo repetitivo ou mesmo o consumo moderado regular de cerveja, vinhos, licores e outras bebidas alcoólicas, mais cedo ou mais tarde, trazem consigo distúrbios da garganta e do estômago, nefrite e cirrose ou endurecimento do fígado. As alterações cardíacas são dilatação, degeneração muscular e hipertrofia ou aumento anormal. —Dr. Jesse Mercer Gehman em Nature’s Path, dezembro de 1939.

Aparentemente, nunca antes foi tão predominantemente a tolerância a bebidas alcoólicas como é agora no mundo. Os jornais, as revistas e os outdoors de rodovias são financiados por propagandas de bebidas alcoólicas; os rádios expõem suas virtudes 24 horas por dia, utilizando imagens que glorificam isso, mostrando atores e atrizes famosos em quase todas as ocasiões.

Para o cientista ocultista essa condição é a mais deplorável, pois ele sabe que até a morte não alivia a garra desse monstro quando ele se apodera de sua vítima.

Depois da morte, aqueles que se intoxicam de bebidas alcoólicas desejam obter seus efeitos da mesma maneira que quando estão encarnados em um Corpo Denso; porque não é o veículo físico que anseia pelo álcool. De fato, em muitos casos, ele fica doente por causa disso e em vão protesta de várias maneiras. É o Corpo de Desejos do alcoólatra que anseia por bebida e força o Corpo Denso a participar dela, para que o Corpo de Desejos possa ter a sensação temporária de prazer resultante do aumento da vibração, e esse desejo permanece após a morte do Corpo Denso. Mas o ser humano, depois da morte, não tem mais a boca física para beber, nem o estômago para conter a bebida física e gerar os desejados gases criados pelo aparato digestivo. Consequentemente, ele aprende a inutilidade de desejar aquilo que não pode obter, e seu desejo por bebida finalmente cessa por falta de oportunidade de satisfazê-lo. Enquanto isso, ele sofre uma agonia indescritível, e o processo de desgaste é muito lento.

(Traduzido da Revista Rays From the Rose Cross – jan./1940)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Quais são as provas da Iniciação pelas quais, segundo dizem, o candidato deve passar antes de ser iniciado? 

Pergunta: Quais são as provas da Iniciação pelas quais, segundo dizem, o candidato deve passar antes de ser iniciado?

Resposta: O candidato à Iniciação, frequentemente, não sabe que é um candidato. Geralmente, ele está vivendo a vida espiritual de serviço ao seu semelhante, porque essa é a única vida que o atrai, e ele não cogita de proveitos posteriores por assim proceder. Não obstante, ele é testado e posto à prova o tempo todo, inconscientemente, sem que o saiba, pois isso faz parte do processo. Nenhum candidato jamais foi levado a uma sala de Iniciação a fim de ser julgado ou testado. As provas ocorrem na vida diária e nas pequenas coisas que são, aparentemente, destituídas de importância, mas que têm na realidade um significado fundamental. Se alguém não pode ser fiel nas pequenas coisas, como esperar que seja fiel nas grandes? Além disso, os Irmãos Maiores da humanidade, que têm a seu cargo essa tarefa em relação aos seus irmãos mais jovens, procuram descobrir o seu ponto mais vulnerável, porque se ele for posto à prova, tentado e cair, isso servirá para lhe chamar a atenção para a fraqueza do seu caráter. Desse modo, ele tem uma oportunidade para se corrigir diante dele.  

(Perg. 68 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – SP)

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