Arquivo de categoria Filosofia

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Se uma pessoa perdeu a memória, ela perdeu a gravação da sua vida?

Pergunta: Se uma pessoa perdeu a memória devido a um choque nervoso ou a uma febre, isso afeta o seu Corpo Vital e impede a gravação da sua vida no período de três dias e meio subsequentes à sua morte?

Resposta: Não. Há três tipos de memória. Uma: é o registro produzido pelos nossos sentidos. Estamos atentos ao que acontece ao nosso redor neste mundo, vendo e ouvindo coisas. Essas impressões são gravadas sobre as células do nosso cérebro e somos capazes de, conscientemente, trazê-las de volta – embora nem sempre, mas em graus variados, pois esta memória é extremamente falível e influenciada pela subjetividade, e se esse fosse o único método de obter um registro das nossas vidas, a Lei de Causa e Efeito seria invalidada – senão nossa vida futura não seria uma sequência daquilo que fizemos ou deixamos de fazer no passado. A segunda: deve haver outra memória, e essa é a que os cientistas chamam de memória subconsciente. Assim como o Éter permite ao fotógrafo um registro da paisagem circundante, imprimindo-a sobre a placa sensível nos mínimos detalhes, independente destes detalhes terem sido observados ou não, assim também, o mesmo Éter que transporta o quadro aos nossos olhos imprime-o sobre a retina e leva para os nossos pulmões um quadro semelhante que é, então, absorvido pelo sangue. À medida que o sangue passa através do coração, este registro fica indelevelmente inscrito sobre o sensitivo átomo-semente que está localizado no ventrículo esquerdo do coração, próximo ao ápice. As forças deste átomo-semente são retiradas pelo Espírito, no momento da morte, e contêm o registro da vida toda em mínimos detalhes, de modo que, independente do fato de termos observado ou não os fatos de certa cena, eles estão registrados aí.

George du Maurier escreveu uma história intitulada “Peter Ibbetson”, na qual essa teoria da memória subconsciente é claramente mostrada. Peter Ibbetson, prisioneiro numa penitenciária inglesa, aprendeu como “sonhar verdadeiramente”, isto é, colocando o seu corpo numa certa posição, aprendeu como travar dentro de si as correntes de Éter, podendo assim, à noite, entrar em contato com qualquer cena da sua vida passada conforme sua vontade. Podia ver-se como um espectador (na qualidade de pessoa adulta), vendo-se entre os seus pais e companheiros de brinquedos, no mesmo ambiente da época dos acontecimentos. Podia ver todas as cenas mais detalhadamente do que seria capaz quando aconteceram neste mundo material. Isso porque, sob essas circunstâncias, conseguia entrar em contato com a sua própria memória subconsciente. Quanto ao futuro, era-lhe absolutamente impossível obter qualquer informação, ao passo que o passado estava inscrito na placa do seu coração e era, portanto, acessível sob condições adequadas. É dessa memória subconsciente que o registro da vida é extraído após a morte. Como isso só depende da respiração, este processo continua independente de todas as outras circunstâncias enquanto a vida habitar o corpo. Embora um ser humano possa perder a sua memória consciente e tornar-se incapaz de lembrar, à sua vontade, acontecimentos passados, a memória subconsciente guarda-os todos e mostrá-los-á na ocasião apropriada.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 54 – Max Heindel)

(N.R.: A terceira é a memória supra consciente. Esta é o repositório de todas as faculdades e conhecimentos adquiridos nas vidas anteriores, ainda que às vezes só latentes na presente vida. Este registro é indelevelmente gravado no Espírito de Vida. Comumente se manifesta, embora não em toda extensão, como consciência e caráter, que anima todos os pensamentos-forma, umas vezes como conselheiro e outras compelindo à ação com força irresistível, mesmo contrariando a razão e o desejo. (Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. III – Max Heindel)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Por que algumas crianças nascem numa família na qual não são bem-vindas?

Pergunta: Por que algumas crianças nascem numa família na qual não são bem-vindas?

Resposta: Quando uma pergunta destas se torna relevante, como infelizmente o é, ela revela a triste situação em que a sociedade se encontra. O propósito fundamental do casamento é a perpetuação da raça, e as pessoas que não estão dispostas a tornarem-se pais não têm o direito de casar. Ser bem-nascido e bem-vindo deveria ser o direito de toda criança.

Embora procuremos, cuidadosamente, a melhor raça de animais para fins de criação, normalmente não costumamos pensar na aptidão física, moral e mental daquele ou daquela que escolhemos para ser o pai ou a mãe dos nossos filhos. De fato, o pensar em crianças é considerado indelicado senão impróprio, e quando elas chegam, apesar dos preventivos, os pais, muitas vezes, ficam perturbados e desgostosos. Mas, a Lei de Causa e Efeito não pode ser contrariada. Os moinhos de Deus moem devagar, mas moem extraordinariamente bem.

Embora os séculos possam passar, chegará o tempo em que aquele que foi um pai relutante procurará, novamente, incorporar-se, e poderá renascer numa família onde não seja bem- vindo. Ou, os pais relutantes numa vida, poderão ser estéreis numa outra. O autor tomou conhecimento de vários casos, como o de um casal que tinha sido abençoado com a vinda de numerosos filhos muito desejados, que amaram intensamente, mas que morreram durante a infância, um após o outro, para o grande desespero dos pais.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 28 – Max Heindel)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual a finalidade das Escolas de Mistérios?

As Escolas de Mistérios

Pergunta: Qual a natureza e finalidade das Escolas de Mistérios e onde se encontram no mundo?

Resposta: As Escolas de Mistérios têm como finalidade ensinar as verdades profundas a respeito da vida e do ser. Dentre tais escolas destacamos a Ordem Rosacruz. O templo etérico da Escola de Mistério Rosacruz encontra-se próximo a posição relativa da cidade de Carlsbad, na Checoslováquia. Não temos nenhuma informação definida quanto à localização das demais Escolas.

Todas as comunidades ocultas refratam-se em sete, tal como os Raios de vida, os Espíritos Virginais, etc. Cada Escola ou Ordem pertence a um desses sete Raios.

As Escolas de Mistérios de cada religião proporcionam ensinamentos mais profundos aos membros mais avançados da raça ou da nação. Tais ensinamentos colocados em prática conduzem-nos a uma esfera superior de espiritualidade ainda não alcançada pelos demais.

Há sete Escolas de Mistérios Menores e cinco de Mistérios Maiores, ficando o conjunto sob a égide de um Cabeça Central, chamado “O Libertador”.

Os Mistérios Menores surgiram em várias épocas e em diferentes partes do mundo; na Índia, no Egito, na Grécia, etc. Os Druidas da Irlanda e os Trotes do Noroeste da Rússia foram escolas esotéricas onde o Mestre Jesus trabalhou durante a chamada “Idade das Trevas”.

A Escola de Mistérios em si mesma reveste-se da descendente influência planetária do Fogo do Pai, a Estrela Paterna da qual se originou.

Devemos distinguir entre Escolas de Mistérios e associações tais como a Fraternidade Rosacruz, as quais são escolas preparatórias para ingressar nas ordens ocultas.

(Revista Rosacruz – 09/68)

 

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: No caso de morte de forma violenta, na vida posterior, quando a pessoa morre como criança, viverá num corpo do mesmo sexo como antes ou de sexo oposto?

 

Pergunta: No caso de morte de forma violenta, na vida posterior, quando a pessoa morre como criança, viverá num corpo do mesmo sexo como antes ou de sexo oposto? Isto é, um soldado morto num campo de batalha renascerá como menino ou menina, ou o sexo não desempenha um papel importante quando a vida for muito curta?

 

 

Resposta: Até onde o autor foi capaz de investigar, não parece que este fato tenha qualquer influência sobre uma vida posterior. O Ego aceitará a oportunidade do renascimento seja onde for que este se apresente. No entanto, é necessário que os materiais para os novos veículos sejam reunidos para que a impressão moral possa ser realizada no Corpo de Desejos da criança durante a vida no céu após a morte.

 

O assunto referente ao sexo parece ser, no conjunto, muito flexível, pelo menos nos casos daqueles que viveram o que nós chamamos de “vida superior”. Esta tende a tornar o Corpo Vital mais permanentemente positivo, e o átomo-semente, localizado no plexo solar, atrai automaticamente para si uma quantidade sempre maior de éter positivamente polarizado, de maneira que, seja o corpo físico masculino ou feminino, os constituintes do Corpo Vital permanecem positivos. Em consequência disso, no caso das assim chamadas “pessoas evoluídas”, o sexo torna-se um assunto de menor importância, sendo que, em muitos casos, a escolha é deixada ao critério do Ego quando procura o renascimento.

 

 (Livro: Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 25 – Max Heindel)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O que acontece com um Alcoólotra no Mundo do Desejo?

Um Alcóolatra no Mundo do Desejo

 Pergunta: Por que um ébrio não pode satisfazer seus desejos nas regiões inferiores do Mundo do Desejo? É mencionado também que os espíritos que estão no Primeiro Céu, localizado nas regiões superiores do Mundo do Desejo, podem plasmar a matéria emocional de acordo com seus desejos e ideias. Por que não podem os alcóolatras fazer o mesmo nas regiões inferiores e criar condições reais de vício, de acordo com seu temperamento?

Resposta: A força de Atração domina soberana as substâncias mais sutis das três regiões superiores do Mundo do Desejo. Mas ela também está presente, até certo ponto, na matéria mais densa das três regiões inferiores, onde age contra a força de Repulsão, ali dominante. A força desintegradora da Repulsão destruiria imediatamente todas as formas que penetrassem nessas regiões inferiores, se não fosse contrabalanceada. Nas regiões mais densas e mais baixas, onde seu poder é enorme, ela dilacera as formas ali construídas de maneira terrível. Ela não é, contudo, uma forçavandálica. Nada na natureza é vandálico.Tudo o que assim parecer está apenas trabalhando para o bem, como acontece com a força de Repulsão em seu trabalho nas regiões inferiores do Mundo do Desejo. As formas ali existentes são criações demoníacas, construídas pelas paixões e desejos mais grosseiros do ser humano.

A tendência de todas as formas existentes no Mundo do Desejo écrescer, e para isso atraem a si tudo oque lhes é de natureza semelhante. Se esta tendência para a atração predominasse nas regiões inferiores, o mal desenvolveria como erva daninha.Haveria, pois, anarquia em lugar de ordem no Cosmos. Isto éobstado pelo poder preponderante da força de Repulsão. Quando uma forma de desejo grosseiro está sendo atraída por outra de mesma natureza, há uma desarmonia em suas vibrações, ocorrendo um efeito mútuo desintegrador. Assim, pois, em lugar de unir e amalgamar mal com mal, elas agem com mútua destrutividade. Dessa maneira o mal no mundo é conservado dentro de limites razoáveis. Quando entendermos a obra dessas forças gêmeas poderemos compreender a máxima oculta: “Uma mentira éassassina e suicida no Mundo do Desejo”. Os alcóolatras que estão no Mundo do Desejo tentam, na realidade, elaborar as bebidas de que necessitam, pois sabem que a possível plasmar a matéria de desejos naquilo que eles queiram. Mas, todos declaram unanimamente, que as bebidas fortes que fabricam dessa maneira, não lhes dão satisfação.

Elas podem imitar perfeitamente o gosto, mas não tem o poder de deixá-los bêbados. O máximo que podem fazer, a fim de terem a sensação de estarem embriagados, é introduzirem-se nos corpos dos bêbados que ainda estão no Mundo Físico. Estão, pois, frequentemente visitando bares e botequins, e esforçando-se por induzir os frequentadores desses lugares a consumir doses excessivas de bebidas alcóolicas.

Eles também dizem sentir grande satisfação ao aspirar os odores dos corpos físicos dos ébrios. E quanto mais pesada e acre for a atmosfera dos botequins, tanto mais satisfação eles obtêm. Se os pobres coitados que visitam tais lugares pudessem ver a tática repugnante dos réprobos invisíveis que os rondam, certamente despertariam, e isso seria um auxílio para todos os que não tivessem ido demasiadamente longe. Mas, graças a Deus (tanto pelos alcóolatras visíveis quanto pelos invisíveis) é impossível criar um antro de vício usando a matéria de desejos, pois a força de Repulsão a destruiria tão logo fosse criada.

 

(Revista Rosacruz – 11/74 – Rays from the Rose Cross)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O que acontece quando morremos repentinamente?

Resultado de uma morte repentina

Pergunta: Na edição de novembro de 1917, da Revista Rays From the Rose Cross” havia uma história intitulada: “Enfrentando o Pelotão de Fuzilamento”, narrando como um espião foi encostado a uma parede e fuzilado. Logo depois, ele, completamente consciente, conversa com um Rosacruz, e em sua companhia viaja milhares de quilômetros a fim de visitar sua irmã. Não éisso contrário ao que é ensinado pela Filosofia Rosacruz? Ela ensina que depois de o Átomo-semente ter sido removido do coração e oCordão Prateado rompido, vem um período de inconsciência que dura cerca de três dias e meio, e durante esse período o Espírito repassa o panorama de sua vida findada.

 Resposta: Sim, isso éensinado no Livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”, e continua a ser verdadeiro em todas as circunstâncias ordinárias. Contudo, quando se fala da lei da mortalidade infantil, explica-se que quando uma pessoa passa ao outro mundo em virtude de circunstâncias fatídicas, tais como incêndio ou desastre, ou subitamente pela queda de um edifício ou de uma montanha, ou numa batalha, ou quando as lamentações dos parentes ao redor de um morto recente tornam-se impossível concentrar-se no panorama da vida, então sua fixação nos dois Éteres Superiores, o Luminoso e o Refletor, e sua amálgama com o Corpo de Desejos não se efetua.Nesses casos o ser humano não perde a consciência. E desde que não há fixação nos veículos mais sutis como acontece normalmente, ele não passa pelo Purgatório; isto é, não colhe o que semeou, não há sofrimento em consequência de seus erros, e não há sentimentos de alegria e amor em vista do bem que praticou, no Primeiro Céu. A colheita da vida perdeu-se.

Para contrabalançar este grande desastre, oEspírito, ao entrar em sua próxima vida terrena, é forçado a morrer na infância, noque se refere ao Corpo Físico (o Corpo Denso). Porém, o Corpo Vital, o Corpo de Desejos e a Mente (que ordinariamente não nascem senão quando o Corpo Denso tem sete, quatorze e vinte e um anos, respectivamente) permanecem com oEspírito em transição, pois, o que não foi vivificado não pode morrer; o Espírito permanece então no Primeiro Segundo Céu de um a vinte anos, recebendo instruções e lições objetivas tais como lhes seriam ensinadas pelo panorama de sua vida passada, se não tivesse sido interrompido pelo acidente. Desse modo renasce pronto a tomar seu lugar correto na senda da evolução.

Há nessas considerações grandes soma de alimento espiritual. A grande percentagem de mortalidade infantil de nossos dias tem suas raízes nas guerras de épocas anteriores. As perdas de vida foram relativamente pequenas, embora as mortes decorrentes de guerras patrióticas tivessem seu número bastante aumentado por duelos, rixas e querelas comuns, onde armas mortais foramusadas naqueles tempos. Não obstante a soma total dessas ocorrências parece insignificante quando comparada à espantosa carnificina de nossos dias. E se isso tiver de ser corrigido da mesma maneira, as futuras gerações terão uma colheita de lágrimas. Mas, como já deixamos bem claro em outras ocasiões, cada lágrima derramada por alguém a quem amamos, está dissolvendo a crosta que recobre nossos olhos, até odia em que possamos ver com bastante clareza a fim de penetrar o véu que agora nos separa daqueles a quem chamamos erradamente de mortos. Virá então a vitória sobre a morte, e estaremos aptos a exclamar: “Ó, Morte, onde está teu aguilhão? Ó Túmulo, onde está tua vitória?”.

 

(Revista Serviço Rosacruz – 05/74 – traduzido da Revista “Rays from the Rose Cross”)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Para onde foi o Espírito de Jesus, quando o Espírito de Cristo tomou posse de Seu Corpo Denso?

O Caminho de Jesus depois do Batismo

 Pergunta: Para onde foi o Espírito de Jesus, quando o Espírito do Cristo entrou em seu Corpo Físico no momento do Batismo? Esse Espírito renasce novamente ou já atingiu o máximo de perfeição pela evolução no planeta Terra?

Resposta:No momento do Batismo, Jesus cedeu tanto os Corpos Denso e Vital, como os respectivos átomos-sementes ao Arcanjo Cristo. Durante a Crucificação, porém, os dois átomossementes lhe foram devolvidos. No período entre o Batismo e a Crucificação, o ser humano Jesus formou um veículo etérico do mesmo modo que um Auxiliar Invisível Iniciado forma e, obviamente um Corpo Físico total, ou parcial, quando e se hánecessidade de materialização; porém, um material que difere do átomo-semente não pode ser permanentemente apropriado.Desintegra cedo quando o poder da Vontade que o formou é retirado. Assim sendo, esse Corpo não era permanente. Quando os átomos-sementes de seus Corpos Físico e Vital lhe foram devolvidos, Jesus formou um novo Corpo Vital, no qual esteve e ainda está funcionando, trabalhando com as igrejas nos planos internos. Nunca retomou um Corpo Físico, apesar de estar perfeitamente capacitado a fazê-lo. Provavelmente, a razão pela qual nunca mais usou um Corpo Físico se deve ao fato de que seu trabalho não tem ligação alguma com coisas materiais. Por outro lado, Jesus chegou a um estado evolutivo em que poderia escolher livremente se continuava ajudando as populações da Terra, ou se ingressava numa outra evolução como auxiliar.

(Revista Serviço Rosacruz – 12/74- traduzido da Revista “Rays from the Rose Cross”)

 

 

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Haverá Unificação entre as Igrejas no Futuro?

A UNIÃO DAS IGREJAS

Pergunta: Li um artigo publicado em dezembro de 1947 no “Saturday Evening Post” sobre o trabalho do Sr. Stanley Jones em unir todas as Igrejas Protestantes. O que pensa a Fraternidade Rosacruz a respeito desse movimento?

Resposta: A missão do Cristo é unificadora, promovendo o sentimento de fraternidade entre os seres humanos, portanto, todos os esforços dispendidos para dissolver barreiras de raça, religião, etc., realizando uma justa união de toda a humanidade serão profundamente elogiáveis.

Analisando-se racionalmente o problema das querelas existentes entre os credos cristãos, observa-se certa incoerência ou um contraste aos ensinamentos básicos do Cristianismo. Cristianismo em essência é amor e não conflitos.

Hoje, quando a unificante força de Cristo manifesta-se em cada fase da realização humana, não nos é estranho que homens como o Stanley Jones, guiados pelos Seres Superiores, promovam movimentos de unificação. Há premência de trabalhos dessa natureza num período crítico de transição, como este pelo qual passamos.

Com referência ao tema de unificação das igrejas Protestantes é mister recordarmos certas afirmações de Max Heindel num artigo que escreveu, aludindo-se à importância do ritual: “cada uma das seitas protestantes luta atualmente para resolver o problema da vida segundo suas próprias concepções. Em cada uma delas soa uma nota diferente. Falham, portanto, ao passo que a Igreja Católica, ainda mantém forte ascendência sobre seus seguidores, em virtude do ajustado poder do ritual”.

Sem dúvida alguma há certa união no seio do Catolicismo, porquanto não se cogita de empreender disputas inúteis em relação a detalhes. Os fatores “livre arbítrio e predestinação” não constituem motivos de dissidência entre os católicos. As palavras de Abraham Lincoln: “Na essencial unidade e não na essencial liberdade.., devem ser observadas antes de qualquer iniciativa visando à união das igrejas”.

“O emprego do ritual nas igrejas Protestantes poderia ser observado sob dois ou talvez três aspectos. Poderia consistir na leitura de certos trechos bíblicos, dispostos de maneira a tornarem-se um serviço conectado e consecutivo. Alguns rituais poderiam ser elaborados de modo a adaptarem-se a determinadas festividades, ao passo que outro poderia ser utilizado nas práticas mais corriqueiras. As cerimonias da Igreja Episcopal poderiam ser adaptadas em sua forma atual ou em outra modificada. Poder-se-ia utilizar um ritual elaborado especialmente por um ocultista com possibilidades de manter-se em contato com as fontes cósmicas de conhecimento. Esse talvez seja o mais eficiente para a realização do fim colimado, porém, antevemos uma série de dificuldades quanto a sua aplicação. Antes de qualquer ritual produzir o efeito sobre um grupo de pessoas, estas deverão sintonizar-se com ele. Esta ação diz respeito ao trabalho sobre seus Corpos Vitais”.

“Segundo a Ciência Oculta, o renascimento constitui-se num quádruplo evento. A formação do Corpo Denso é apenas um grau no processo. O Corpo Vital também se encontra sujeito a um desenvolvimento análogo ao crescimento intrauterino do Corpo Denso, mais ou menos aos sete anos de idade. Durante os sete anos seguintes processa-se o amadurecimento do Corpo de Desejos, culminando aos quatorze anos, isto é, quando no inicio do período da adolescência. A Mente completa-se aos vinte e um anos”.

“O Corpo Vital é o veículo da memória. O ritual católico afeta diretamente o Corpo Vital de seus seguidores. As orações repetidas, o tempo e a tonalidade dos vários cantos e o incenso exercem uma influencia toda especial no veiculo etérico, gravador por excelência. Eis porque os sacerdotes católicos concentram seus esforços de uma maneira bem acentuada sobre as crianças. “Dai-nos uma criança até aos sete anos e ela será nossa para sempre”. Através da repetição imprimem suas ideias nos Corpo Vitais dos infantes, extraordinariamente maleáveis. Não importa que seja o ritual oficiado em língua desconhecida para os assistentes, pois essa mensagem vibratória é um canto divino e colorido, intangível por todos os Espíritos”.

“Os ministros protestantes operam com a natureza emocional, demonstrando não compreenderem a inutilidade de seus esforços, pois estão lidando com um veículo que impulsiona o ser humano, despertando emoções e sentimentos dos mais variados, induzindo os membros das igrejas a buscar algo novo e sensacional. Eis a razão do número inconstante de fieis nas seitas protestantes”.

“Alguns católicos postam-se contra sua igreja de origem. Alguns chegam mesmo a combatê-las, porém, subconscientemente permanecem católicos até o derradeiro dia de suas existências. O Corpo Vital é difícil de ser mudado. As linhas de força nele produzidas durante o seu período gestatório são mais fortes do que qualquer esforço individual”.

“Se desejamos mudar as tendências do mundo, impelindo os seres humanos à busca de ideias superiores devemos antes de qualquer coisa iniciar o trabalho pelas crianças. Se as reunirmos diante de um altar, ensinando-lhes a amar a Casa de Deus e imprimirmos em seus Corpos Vitais as vibrações de determinadas preces, formaremos belos caráteres, estreitamente ligados ao ideal. Construiremos gradativamente ao redor da estrutura de pedra, um templo invisível de luz e da vida, tal como descreve Manson no “The Servant in The House”.

 

(Revista Serviço Rosacruz – 10/68)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Como é vista o uso de adereços pela Fraternidade Rosacruz?

O USO DE HÁBITOS E SINAIS

Pergunta: Por que a Fraternidade Rosacruz considera desnecessário o uso de hábitos (N.R.: vestimentas especiais, adereços ou qualquer tipo de aparato que distingue uma pessoa de outra) e o emprego de sinais ou títulos para distinguir seus membros dos integrantes de outras Ordens?

Resposta: A Fraternidade Rosacruz é uma escola filosófico-cristã por excelência. Cristo veio para dissolver toda a influência separatista. Seu ideal é unificador, não se coadunando com qualquer movimento oposto ao sentimento de unidade. A Fraternidade Rosacruz mantém-se coerente a esses princípios, não dotando quaisquer aparatos exteriores que possam distingui-la das outras entidades congêneres.

A cerimônia, as vestes, as insígnias constituíam parte essencial da antiga dispensação grandemente influenciada pelos Espíritos de Raça.

Esta influência alimentou sobremaneira o sentimento separatista, criando um antagonismo entre raças, nações, credos, etc..

Dentro do Cristianismo popular, os credos e os dogmas também engendraram essa separação, muito embora se fundamentassem nos mesmos princípios básicos cristãos.

O verdadeiro cristão esoterista não se preocupa com distinções exteriores. Usa uma “insígnia” dentro de si mesmo por ter desenvolvido o Poder Crístico. Pelos seus frutos o conheceremos e sua vida dedicada ao próximo através do amor e do serviço, faculta-lhe tecer um “hábito”, não uma vestimenta sombria e austera, mas um manto luminoso chamado Corpo Alma, composto dos dois Éteres Superiores.

 

(Revista Serviço Rosacruz – 11/68)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Esotérico “Pequeno Príncipe” de Antoine de Saint-Exupéry

O “Pequeno Príncipe” de Antoine de Saint-Exupéry é uma das joias da literatura esotérica destinadas a crianças (grandes).

Vamos o simbolismo por parte de algumas partes, personagens e coisas.

1. Para fazer download ou imprimir (ter acesso às figuras que muito ajudam na compreensão):

O Esotérico “Pequeno Príncipe” de Antoine de Saint-Exupéry

2. Para estudar no próprio site:

O esotérico “Pequeno Príncipe”

O “Pequeno Príncipe” de Antoine de Saint-Exupéry é uma das joias da literatura esotérica destinadas a crianças (grandes).

Como não temos espaço para explanar longamente a estória, vamos sintetizá-la em seus pontos essenciais:

  1. Um menino se impressionou com a ilustração de uma cobra “boa” engolindo um animal. Faz o desenho de uma cobra estufada pela forma de um elefante que engolira. Mostra-os aos “adultos” e eles o interpretam como um chapéu.

Ele se entristece e faz outro desenho em “raio x”, mostrando o elefante de pé, dentro da cobra.

Aí os adultos o dissuadem de desenhar e aconselham-no a estudar as coisas humanas para ser “pessoa sensata”.

  • O menino se torna moço e aviador. Um dia, como piloto de prova, seu avião sofre uma “pane” e é obrigado a fazer um pouso de emergência no deserto de Saara.
  • Está tentando reparar o defeito do motor quando lhe aparece, em meio à solidão do deserto, um menino trajado de príncipe, com uma espada na mão,

a pedir que lhe faça um desenho de ovelha.

Ele faz um e o menino rejeita porque lhe parece uma ovelha triste;

faz outro e também recusa porque parece velha;

faz outra, mas ele alega que é muito grande para seu pequeno país; então desenha uma caixa furada e diz que a ovelha está lá dentro. O menino fica satisfeito.

  • O menino se preocupa com a possibilidade da ovelha comer a única flor que ele tem em seu asteroide. O aviador, impaciente, retrucava-lhe que isto não tem importância. O menino fica triste e desaparece. Ele fica desesperado e se põe a procurá-lo. Quando está outra vez a consertar o avião, o menino reaparece e ele se desculpa e busca soluções para o asteroide.
  • Conversavam à noite. O menino começa a relatar sua vida no asteroide, onde ele vivia só, com seus três vulcões (um extinto e dois que ele limpava sempre); seus baobás (plantas que podiam crescer e ele tinha de cortar, para que não tomassem conta do asteroide) e a rosa que florescera.

Com a rosa aprendera como era ignorante. Saiu, pois, de seu asteroide para aprender alguma coisa do Universo que o tornasse capaz de melhor dirigir seu asteroide.

  • Levado pelas aves pousa em sete planetas:
  • Planeta do Rei que estava triste porque não tinha sobre quem reinar
  • Planeta do vaidoso megalomaníaco
  • Planeta do bebedor que fugia de si mesmo
  • Planeta do negociante preocupado com seus lucros
  • Planeta do homem que acendia os lampiões
  • Planeta do geógrafo
  • Na Terra conheceu em primeiro lugar a serpente, cuja picada tinha o condão de levar a alma aos céus.

Depois conheceu um jardim cheio de rosas

e finalmente uma raposa arisca, a quem domesticou e do qual se tornou amigo.

  • Neste ponto da narrativa acaba a água do aviador e ele fica transtornado. O menino disse que há um poço. O aviador receia perder-se no deserto e o menino vai à frente, guiando-o com segurança até as águas.

Bebem muita água, a ponto de ela ficar chocalhando na barriga. Voltam ao avião e, finalmente, o aviador consegue por o avião em funcionamento.

  • O menino se afasta e ao procurá-lo, o aviador o encontra dependurado em um muro, onde havia uma serpente, que tinha lhe picado.

Chora de tristeza e o leva ao avião. Conversam um pouco, o menino se despede, dizendo que ele não fique triste, porque continuará ouvindo seu riso, não apenas de seu asteroide, mas de todas as estrelas do céu.  Vão dormir. O menino desaparece. O aviador o procura em vão, pelo deserto. É noite. Das estrelas chegam o riso do pequeno príncipe.

O aviador decola e vai ao encontro do céu.

Os simbolismos:

  1. O aviador representa uma pessoa pura e elevada, que busca algo essencial como razão da vida. A serpente é símbolo de sabedoria. A figura do elefante dentro da cobra é a imensidão que existe escondida na sabedoria do mundo e do ser. Mas ninguém enxerga. Todos veem apenas a aparência, a superfície. Assim a sociedade abafa os anseios puros de uma criança elevada.
  2. Essa pessoa cresce insatisfeita com a superficialidade do mundo e vai buscar coisas elevadas (voar). Em uma de suas investigações mais sérias, não encontrando solução externa, entra em crise. Permanece em solidão (deserto) buscando uma solução interna (procura consertar a pane). Mas a solução não está na Mente.
  3. Ele clama e tem a revelação interna que lhe corrige e os conceitos condicionadores de que a criatura deva ser uma pessoa triste ou pensar em idade (porque o espírito é eterno) ou ter ideias de grandeza. Leva-o a compreender as coisas essenciais, além das aparências, que ele mesmo via em criança (a ovelha dentro da caixa).
  4. Mas a tendência de continuar buscando solução humana continua sem dar a devida importância aos lampejos internos (pequeno príncipe), e, por não dar interesse maior a eles, perde contato com o íntimo que deseja preservar as faculdades nascentes (a rosa desabrochada). Depois cai em si e retorna à busca do Ser interno e o reencontra quando está em quietude nos seus esforços de elevação (consertando o avião). Dedica mais interesse, então, aos reclamos divinos,
  5. Conversar à noite com o menino significa a comunhão interna, para conhecimento de si. O asteroide em que o “pequeno príncipe” mora é nosso corpo. Os três vulcões representam três veículos que temos (o Corpo Denso – já eterificado no Corpo Vital, o Corpo de Desejos e a Mente). Um deles já estava purificado (Denso eterificado) e permitiu o voo. Os baobás são os vícios que podem crescer pelo hábito e escravizar-nos, devendo ser cortados pela raiz. A rosa é o florescimento das faculdades divinas latentes. No início de nossa evolução espiritual é que tomamos consciência de nossa ignorância. “Não saber que nada sabemos” é ignorância: “saber que nada sabemos” é o começo da sabedoria. É o ponto inicial da Busca.
  6. Levados pela intuição e pelos pequeninos “Eus” nobres que formamos em nós (os pássaros), vamos tomar consciência de nosso íntimo (sete indica uma série). Aí chegamos à triste constatação do quanto ainda somos sedentos de poder (rei); escravos da vaidade (vaidoso); escapista (bebedor que fugia de sua própria realidade); apegados à segurança e sedução dos bens (negociante); dominados pelos fatores terrenos de tempo e espaço, que nos aumenta cada vez mais o ritmo febricitante das atividades e desenvolve a impaciência (homem do lampião); o quanto estamos condicionados pelos conceitos humanos da realidade do ser (geógrafo) e, finalmente resolvemos conhecer nossa parte humana (Terra) que deve ser transmutada.
  7. Só, então, nos advém a sabedoria (serpente) e a prudência (raposa) que nos ensinam a lidar com a natureza humana e transformá-la. Neste ponto veremos em cada semelhante o mesmo ser espiritual e a humanidade como um imenso jardim de rosas. Oportuno lembrar a carta de despedida da raposa: “O essencial é invisível para os olhos. Não se vê bem, a não ser com o coração”.
  8. Assim preparado, o Ser pode ser guiado pelo íntimo (pequeno príncipe) a fonte de água viva do Cristo interno. Acaba-se a água do conhecimento humano e passamos a nos dessedentar daquela água que Cristo prometeu à Samaritana. Aí restauramos os recursos para voar, agora em melhores condições (o avião consertado).
  9. Elevando-nos internamente (menino que se dependura no muro) chegamos ao despertar espiritual para esferas mais altas. É o picar da serpente, ou seja, o fogo espinhal que se eleva e toca os centros superiores da cabeça. Aí nos elevamos a outros planos e passamos a ver a divina essência em tudo (decolar com o avião e escutar o riso do “pequeno príncipe” em cada estrela).

 (Publicado na Revista Serviço Rosacruz de out/1975)

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