Um Alerta sobre quando estudamos a Bíblia
Quando se fala dos Mistérios Cristãos deve-se compreender que os quatro Evangelhos não são exclusivamente relatos da vida de um único indivíduo, escritos por quatro pessoas diferentes e sim que são símbolos de Iniciações distintas. Cada um de nós atravessará, algum dia, os quatro períodos descritos nos quatro Evangelhos, porque cada um está desenvolvendo o espírito de Cristo no seu interior. E ao dizer isso dos quatro Evangelhos, podemos aplicá-lo também a uma grande parte do Antigo Testamento, que é também um maravilhoso livro de ocultismo.
Quando colhemos batatas não esperamos encontrar somente batatas e nenhuma terra; tampouco, devemos esperar, ao nos aprofundarmos no livro chamado Bíblia, que cada palavra seja uma verdade oculta, porque como deve haver terra entre as batatas, assim também deve haver escória entre as verdades ocultas da Bíblia. Os quatro Evangelhos foram escritos de tal maneira que somente aqueles que têm o direito de saber podem descobrir o verdadeiro significado e compreender os fatos subjacentes. Do mesmo modo, no Antigo Testamento encontramos grandes verdades ocultas que se tornam lúcidas no dia em que podemos olhar por detrás do véu.
Deve-se notar que as pessoas que originalmente escreveram a Bíblia não intentaram dar a verdade de uma maneira que todo aquele que quisesse, pudesse lê-la. Nada estava mais afastado de suas mentes que escrever “um livro aberto sobre Deus”. Os grandes ocultistas que escreveram o Thorah são muito categóricos a esse respeito. Os segredos do Thorah não podiam ser compreendidos por todos. Cada palavra do Thorah tem um significado elevado e um mistério sublime. Muitas passagens estão veladas; outras devem ser entendidas literalmente; e ninguém que não possua a chave oculta pode decifrar as profundas verdades veladas naquilo que amiúde apresenta um feio revestimento.
(Publicado na Revista O Encontro Rosacruz – Fraternidade Rosacruz em Santo André-SP – dezembro/1982)
Jesus pertence à Nossa Humanidade
Quando se estuda o homem Jesus na Memória da Natureza, pode-se seguir de trás para diante, vida após vida, todas as que viveu, sob vários nomes, em diferentes encarnações, o mesmo que acontece com qualquer outro ser humano. Não se pode fazer o mesmo com o ser chamado Cristo. Em seu caso só se pode encontrar uma única encarnação. Não se deve, contudo, supor que Jesus tenha sido um indivíduo comum. Era um tipo singularmente puro de Mente, muito superior à maioria de nossa presente humanidade. Durante muitas vidas esteve percorrendo o Caminho da Santidade, preparando-se, assim, para a maior honra que possa ter tido um ser humano. Sua mãe, a “Virgem Maria”, era também um tipo da mais elevada pureza humana, e devido a isso foi eleita para ser a mãe de Jesus. Seu pai era um elevado Iniciado, virgem, capaz de realizar o ato da fecundação como um sacramento, sem nenhuma classe de desejo ou paixão pessoal. Dessa maneira o formoso, puro e amante espírito que conhecemos sob o nome de Jesus de Nazaré nasceu num corpo puro e sem paixões. Esse corpo era o melhor que se podia produzir na Terra, e a tarefa de Jesus nessa encarnação, era a de cuidá-lo e desenvolvê-lo até o máximo grau de eficiência possível do seu corpo, preparando-o para o grande propósito a que devia servir.
Jesus de Nazaré nasceu mais ou menos no tempo indicado pela História, e não no ano 105 antes de Cristo, segundo indicam algumas obras ocultistas. O nome de Jesus era muito comum no Oriente, e um Iniciado chamando Jesus viveu no ano 105 A.C., mas obteve a Iniciação egípcia e não foi Jesus de Nazaré, com o qual estamos nos relacionando.
A missão de Jesus não foi simplesmente a de um legislado moralista sem mais autoridade que sua palavra; veio a cumprir as profecias que anunciaram sua vinda. Recebia sua autoridade da natureza excepcional do seu Espírito e de sua missão divina. Veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não está sobre a Terra, mas no Reino dos Céus; ensinar-lhes o caminho que conduz a ele, os meios para reconciliar-se com Deus, a fazer pressentir a marcha das coisas futuras para o cumprimento dos destinos humanos. Sem embargo, não disse tudo, e sobre muitos pontos limitou-se a deixar o gérmen de verdades que não poderiam ser compreendidas. Falou de tudo, mas em termos mais ou menos explícitos, porque para entender o sentido oculto daquelas palavras era preciso que ideias e conhecimentos novos viessem dar a chave, e essas ideias não podiam vir antes de certo grau de maturidade do espírito humano. A ciência reluta, poderosamente, em aceitar o nascimento e o desenvolvimento dessas ideias; logo é preciso dar à ciência o tempo necessário para progredir.
(Publicado na Revista O Encontro Rosacruz – Fraternidade Rosacruz em Santo André-SP – dezembro/1982)
O Círculo de Fadas
Peça de um ato, em verso, para crianças.
Helen M. Mann
(Ao levantar da cortina, vê-se doze fadas de mãos dadas, dançando ao redor de um círculo. Todas estão cantando. O Sol se põe e, ao fundo, pode ser visto o tronco de uma grande árvore como se estivesse na clareira de uma floresta).
A CANÇÃO DAS FADAS
Em grande júbilo, nós dançamos e cantamos,
Por toda a beleza que vemos.
Para vocês, queridos amigos, nós sorrimos e vivemos,
O nosso amor é puro e verdadeiro e nós nele acreditamos.
Vocês disseram que nós vivemos e assim fazemos.
Acreditem numa coisa e é verdade, ela vai acontecer.
Tenham pensamentos amorosos e o amor vai estar
Em todos os lugares em que vocês o possam ver.
(As fadas desfazem o círculo e saem do palco. Enquanto desaparecem, vão cantando novamente):
Tenham pensamentos amorosos e o amor vai estar
Em todos os lugares em que vocês o possam ver.
(Assim que as fadas deixam o palco, um menino e uma menina aparecem vindos do outro lado. A menina vê o círculo que as fadas fizeram para poderem dançar e vai em direção dele).
MENINA
Oh! irmão, olhe e venha me dizer,
O que é isto que meus olhos estão a ver?
MENINO
Um círculo de fadas, um círculo de fadas vemos!
Agora tudo temos.
(Ele se aproxima)
MENINA
Mas, querido irmão, por favor não se aproxime,
O círculo pode algum mal lhe fazer.
Agora, que coisa engraçada é essa que eu ouço?
Aquela forma tão estranha que eu estou a ver?
(A menina olha para o tronco da árvore enquanto fala).
MENINO
Não vejo nada além deste círculo.
Nenhum barulho estou a escutar.
Mas venha e cante dentro desta roda,
Onde o mal não ousa se aproximar.
(Ambos entram no círculo, juntam as mãos e cantam).
CANÇÃO
Oh queridas fadas, tanto as de perto como as de longe,
Por favor, nosso pedido procure ouvir,
Venham brincar conosco e não tenham medo,
Pois o anoitecer já se faz sentir.
(As sombras aumentam, mas um raio de luz bate no tronco da árvore que se abre e revela um duende vermelho e verde dentro dela. Ele sorri e vem para a frente).
DUENDE
Oh crianças, venham, brinquem comigo;
Eu sou agradável de se ver.
Eu chamo os patos ou cisnes;
(Eles aparecem por detrás do palco)
Em vocês, rabos ou chifres eu farei nascer.
(As crianças ficam assustadas ao ouvir isso e olham para ver se neles já tinham crescido, mas ficam aliviados ao perceber que não).
Em qualquer lugar, eu posso fazê-los crescer,
Menos dentro do círculo que estamos a ver.
(As crianças aconchegam-se e permanecem bem dentro do círculo).
Eu peço, não tenham medo, por certo,
Mas venham um pouco mais para perto.
(Agora o pato e o cisne ficam em evidência. O cisne vem direto para o círculo, mas não entra nele. Anda orgulhosamente ao redor do círculo e o pato se bamboleia atrás).
CISNE
É um mau duende aquele, vocês podem ver.
Tomem cuidado!
Ele chamará vocês, mas não o vão atender.
Tomem cuidado!
As fadas novamente voltarão.
Que bom!
E como aquele duende vai fugir, então.
Que bom!
PATO
É melhor ficarem onde estão agora.
Eu faço esta declaração.
Pois apesar de estarem próximo, estão bem longe e fora.
Eu faço esta declaração.
E o duende não os alcançará mais, não.
Quack!
De qualquer forma, eu não me importo, não.
Quack!
(O cisne sai do palco quando diz isso e o pato vai se rebolando atrás dele. O duende que os estivera observando o tempo todo, corre de volta à sua árvore quando ouve uma música suave no palco. Parecia haver vozes à distância, mas elas tornavam-se cada vez mais altas, até que as fadas apareceram).
FADAS
Flores do pôr do Sol e flores do orvalho,
Oh! quanto nós vos amamos.
Tristeza da sombra e tristeza da noite,
Tomem vossa direção.
Viemos com nosso sorriso e nossa música
Efetuar a perseguição.
Estivemos no mundo onde os humanos vivem
E a eles demos satisfação.
(Quando as fadas aparecem, o duende fecha-se na árvore, desaparecendo de vista. A menina está de costas quando as fadas se aproximam e, de início, não as vê).
MENINA
Eu ouço vozes, ó querido irmão,
Distantes a princípio, mas mais claras estão se tornando.
Precisamos ir embora, as fadas estão chegando.
Se elas nos encontrarem aqui, o que dirão?
FADAS
Não temam, queridas crianças e, por favor, não se vão.
MENINA
Eu estou tremendo, irmão, ó irmão.
FADAS
Sobre toda a terra, as sombras estão se insinuando.
Ah! O príncipe do grupo das fadas está chegando.
(As fadas estão agora próximas do círculo, mas olham ao redor quando o príncipe, todo elegante, vestido em púrpura e branco, entra. Ele está cantarolando uma melodia, mas para de cantar assim que vê as crianças e parece surpreso, mas feliz. O menino dá um passo para trás, em evidente surpresa e adoração).
MENINO
Por que meu coração bate tão rapidamente?
O príncipe, o príncipe das fadas, finalmente.
(O príncipe sorri e vai em direção ao menino).
PRÍNCIPE
Venha, meu querido amigo, eu lhe dou as boas vindas,
E você verá que é sincera a minha saudação.
Para sua irmã, meus súditos dançarão,
Um presente eu lhes enviarei e com cuidado vocês o guardarão.
(A luz vai lentamente se apagando. As crianças ainda estão no círculo e o príncipe faz a elas uma grande reverência e depois vira-se para as fadas).
PRÍNCIPE
Minhas fadas, dancem, dancem,
Enquanto eu trago riquezas
Minhas fadas, dancem, dancem
Enquanto cantam belezas.
(Está completamente escuro agora, menos para a Lua que se eleva e que envia sua luz sobre as duas crianças, que estão dentro do círculo. As fadas dançam em torno delas, vivamente a princípio, depois cada vez mais vagarosamente, cantando uma cantiga de ninar).
AS FADAS CANTAM SUAVEMENTE
No mais lindo esplendor, a Lua se levantou,
Enquanto na brisa da noite dançamos.
E suas tranças de longos cabelos prateados lançou
Sobre o topo das árvores que enxergamos.
(A menina olha por cima do ombro).
MENINA
A Lua se levantou, irmão!
(A voz do duende se ouve atrás).
Vocês estão numa prisão.
(As crianças ficam perplexas, mas como as fadas recomeçam suas canções, elas sentam-se e ouvem quietamente).
CANÇÃO DAS FADAS
O sono virá com as estrelas no céu, suavemente.
As lembranças do prazer e da dor fugirão.
Durmam, durmam, gentil e docemente,
E os desejos do mundo dos sonhos acontecerão.
(Vagarosamente as fadas saem, cantarolando. As crianças estão dormindo profundamente, um nos braços do outro. O príncipe retorna e vendo-os dormindo, inclina-se sobre eles).
PRÍNCIPE
Crianças, crianças, saibam que nós somos reais,
Não importa o que OS adultos digam.
Ó, queridas crianças, vocês podem perceber
Que dançamos enquanto vocês brincam?
Doces sonhos, sonhos de paz para ver!
Voltem outro dia, novamente,
E por que não viver alegremente?
(O príncipe se retira e quando parte, um raio de luar atinge o tronco da árvore. Esta se abre imediatamente e surge o duende. Ele se dirige às crianças, mas fica parado bem fora do círculo).
DUENDE
Ugh! Ugh! Ugh! Eu não os pude ter,
Mas esperem — Ugh! Ugh! — até a próxima ocasião.
Esperem para ver o que vou fazer
Com aqueles poderes mágicos na mão!
(Ouve-se uma doce voz de mulher, que se aproxima. O duende a ouve e parece apreensivo e assustado. Ele lança um olhar carrancudo para as crianças adormecidas e corre de volta ao tronco da árvore, que se fecha, tirando-o da vista. Uma linda jovem aparece. Quando vê as crianças adormecidas, vai até elas, toma-as em seus braços e segura-as bem próximo a ela).
MULHER
Eu segui um caminho ao longo de um muro,
Onde crescem lindas flores.
Esse pequeno caminho disse-me tudo realmente
E dirigiu-me para vocês diretamente.
(Quando a mãe disse isso, o tronco da árvore caiu ao chão fazendo um grande barulho, mas como é um mal desconhecido para a mãe, ela não ouve o barulho e inclina-se amorosamente sobre as crianças).
(CORTINA)
Cristo Interno: o entendimento dessa verdade nos torna imperturbáveis aos embates do Mundo
Geralmente temos certas dificuldades, o que é natural, de entendermos as coisas exteriores em todos os seus detalhes. E, quando nos dirigimos para o interior delas, as dificuldades crescem em virtude da subtileza, pois caminhamos em busca da essência delas.
Na parte externa de uma semente, por exemplo, encontramos, apenas, uma casca mais ou menos espessa, que pode ser mole ou dura. É, porém, em sua parte interna que está a vida. Ali, portanto, é que está condensado no germe o potencial que gera, como todos sabemos, uma planta, desde as menores até as frondosas árvores. Localizam-se, estas, como acabamos de verificar, no interior da semente. A superfície da semente é como se fosse um véu, encobrindo ou tornando misteriosa a própria vida existente na semente.
Melhormente, entretanto, ocorre com o ser humano que, dentro da condição terrena, em escala ascendente, pertence, evolutivamente, ao quarto reino da Natureza. Olhando-o, o que vemos é seu veículo físico. Mesmo esse veículo, nossa visão o apanha externamente, de maneira superficial. Há órgãos no Corpo Denso ou físico que, para serem vistos, só por meio da cirurgia ou qualquer outro meio que os tornam visíveis. Mas, esse veículo é sólido, consistente, materialmente tocável, portanto. Por essa razão, pode a ciência oficial examiná-lo, diagnosticando algo. Porém, passando ao segundo veículo do ser humano, o Corpo Vital, que interpenetra o veículo físico, vitalizando-o, a referida ciência oficial pouco sabe. Desconhece, por exemplo, que o Éter é heterogêneo. A seguir, defrontamo-nos com o terceiro veículo do ser humano, o chamado Corpo de Desejos, que está muito além do campo de estudo da ciência oficial. Uma das disciplinas da filosofia, a psicologia, é que está ensaiando os primeiros passos. Por fim, temos a capacidade pensante do ser humano, a Mente, que nos dá a possibilidade de expressar o pensamento, analisar, deduzir, comparar, tirar conclusões. Embora tenhamos falado, até aqui, apenas nos veículos do ser humano, dá para perceber-se com nitidez, como é cheia de subtilezas a vida, misteriosa mesmo.
Esses veículos são, portanto, semelhantemente ao músico, os instrumentos que o Ego utiliza para executar a sinfonia da vida. Mas, o que vem a ser o Ego? É o Espírito Virginal com todos os atributos divinos, que, por entrosamento com as Hierarquias Criadoras, recebeu o despertar dos Espíritos Divino, de Vida e Humano, o tríplice aspecto de Deus, em si. E, assim, pode realizar a sua peregrinação através dos Mundos. Entretanto, atingindo o Mundo Físico chegou um ponto em que a humanidade tinha imprescindível necessidade de uma ajuda extra. Basta dizer que o número dos que conseguiam alcançar a Iniciação era reduzidíssimo. E, lembremos bem ter dito Cristo-Jesus que veio para salvar os perdidos. Disse ainda: “Estarei convosco até a consumação dos séculos“. Iniciou, então, no ano 33 da nossa era, o impulso evolutivo do interior para o exterior.
Cristo se tornou, desde então, o Regente da Terra, trabalhando dentro dela e espargindo para sua periferia, em todas as direções, Seu poderoso impulso de vida, altruísmo e amor a contagiar a flora, a fauna e, principalmente, os seres humanos. Antes de Seu advento, estávamos sob a influência de Jeová, que refletia, de forma indireta, de nossa Lua, o impulso espiritual que nos vinha do Sol. Cristo veio substituí-lo, dando-nos diretamente a Sua influência Solar
Trabalhando dentro do ser humano, em sua estada anual na Terra, durante todos os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, Ele vai estabelecendo o Reino do Amor e desenvolvendo, pelo altruísmo, no interior de cada ser humano, o segundo princípio de Ego dele, o Espírito de Vida, semelhante em natureza a Ele, Cristo. Desse modo, o Cristo Interno da Terra é uma Chispa do Cristo Cósmico, nosso Salvador. E o Cristo Interno do ser humano é o que se está formando com auxílio d’Ele.
Feliz de quem isso entende, pois, além de revelar ter compreendido a transformação evolutiva operada por Cristo em nosso Planeta, sente, dentro de si, o impulso de Sua Luz e Vida. E, como disse o evangelista São João, “A vida é a luz dos homens“.
O entendimento dessa verdade nos torna imperturbáveis aos embates do Mundo e já não nos deixamos afetar com as exterioridades.
(de Hélio de Paula Coimbra; publicado pela Revista Serviço Rosacruz de fevereiro de 1966)
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior.
Para acessar somente os textos:
A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o entro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.
De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.
Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Dezembro/20:
Trânsito do Sol pelo Signo de Capricórnio, em Janeiro
Como já foi dito, a força dourada de Cristo toca a periferia da Terra no Equinócio de Setembro, passa através do Mundo do Desejo em novembro (Escorpião) e através da Região Etérica do Mundo Físico em dezembro (Sagitário), para alcançar o coração do Planeta no momento do Solstício de Dezembro (Capricórnio).
Essa penetração final da força de Cristo até o centro da Terra marca a Noite Santa do ano, quando uma calma e um silêncio profundos impregnam a Terra inteira. Logo segue uma poderosa onda de todas as forças vitais do Planeta. É essa nova infusão de vida na natureza a que foi maravilhosamente descrita em várias lendas da Noite Santa, nas quais se assegura que, incluindo os membros dos reinos vegetal e animal, todos rendemos humilde obediência à mística hora da meia-noite.
Quando essa poderosa força de Cristo entra na Terra, é liberado um impulso que acelera a vida e espiritualiza as condições de toda a esfera terráquea. Como esse trabalho, sanador e redentor, vem se repetindo ano após ano, a Terra passará de um estado discordante para um estado de harmonia universal. O ódio, a inimizade e o conflito, finalmente desaparecerão. Então, aquela imagem gloriosa, descrita por Isaías a tanto tempo atrás, se converterá em uma realidade: “Ele julgará as nações, ele corrigirá a muitos povos. Estes quebrarão as suas espadas, transformando-as em relhas, e as suas lanças, a fim de fazerem podadeiras. Uma nação não levantará a espada contra a outra, e nem se aprenderá mais a fazer guerra”.
Assuntos abordados durante as Reuniões de Estudos desse mês:
Conceito Rosacruz do Cosmos: O Segundo Céu
O que as religiões chamam de Céu ou Paraíso Celestes?
Entende-se por Céu um estado feliz de consciência ou condição de ativa bem-aventurança, aonde vamos ao morrer, depois de passar pelo Purgatório. É formado por três níveis: Primeiro Céu, Segundo Céu e Terceiro Céu.
Como definimos o Segundo céu?
O Segundo Céu se encontra na Região do Pensamento Concreto. É o nosso lar. Lá o Ego permanece por séculos inteiros, assimilando o fruto de sua última vida terrestre e preparando as condições terrestres mais apropriadas para seu próximo passo no progresso.
O que significa “preparando as condições terrenas”?
Todos os habitantes do Mundo celeste trabalham sobre os modelos da Terra – a totalidade dos quais se encontra na Região do Pensamento Concreto – lhe alterando as formas físicas e produzindo-lhe mudanças graduais no aspecto. Assim, em cada retorno à vida física eles encontram um ambiente diferente onde podem adquirir novas experiências.
O nosso trabalho no Céu está limitado somente as alterações na superfície da Terra?
Não. Dirigidos por instrutores das mais elevadas Hierarquias Criadoras o Ego ocupa-se também, ativamente, em aprender como construir um corpo que tenha os melhores meios de expressão, inclusive os dos outros que estão em processo de renascimento.
No Segundo Céu conseguimos interagir com os Egos que estão renascidos aqui na Terra?
Sim. No Purgatório e Primeiro Céu não vemos e não nos relacionamentos com as pessoas que estão renascidos. Já no Segundo Céu, como não temos mais o Corpo de Desejos, podemos fazer esse contato sem desejo nenhum.
Somente em dois momentos depois da morte, conseguimos contatar as pessoas encarnadas:
Conceito Rosacruz do Cosmos: O Terceiro Céu
O que significa a expressão “chegar nu ao céu”
Por que existe a dor na nossa vida?
Qual o papel dos Senhores ou Anjos do Destino?
Alguém renascido, consegue funcionar na Região Abstrata
Por que após um tempo no Terceiro Céu sentimos uma vontade imensa de retornar ao Mundo Físico?
Como podemos desenvolver a nossa Mente abstrata?
Como saber se uma Música é elevada ou não?
Conceito Rosacruz do Cosmos – Preparações para o Renascimento
Em média, de quanto em quanto tempo (considerando a medida a partir daqui, do Mundo Físico) renascemos aqui? E Por que?
De 1000 em 1000 anos.
Porque pelo movimento conhecido como Precessão dos Equinócios, o Sol demora, em média, uns 2500 anos para percorrer um Signo. Renascendo de 1000 em 1000 anos e alternando os sexos aqui (pois a questão sexo está restrita aqui no Mundo Físico), temos a condição evolucionária de aprender as lições expressando as 2 qualidades distintas: a Vontade que é uma força masculina, aliada às forças solares e a Imaginação que é o poder feminino, aliada às forças lunares.
Como são montados os Panoramas da nossa vida Futura?
Quando estamos renascidos, é possível sabermos as causas e efeitos dos principais eventos de nossa vida?
O que é Destino Maduro?
Em outras palavras, é possível modular a intensidade de um destino maduro, desde que a lição que se deve aprender tenha sido aprendida e o reequilíbrio com as forças da natureza, tenha sido reestruturado. Ver mais no Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Vol. II.
Depois de um tempo no Terceiro Céu, sentimos uma vontade de renascer o mais rápido que pudermos. Por que isso acontece?
E é essa certeza, unida a vontade intensa de se reformar intimamente, que nos impulsiona a querer voltar, a adquirir novas experiências, a evoluir para frente e para cima, cumprindo o Plano de Deus. É essa vontade que nos incentiva a começarmos a contemplar um novo nascimento aqui.
A hereditariedade (“coisas que herdei do meu pai e da minha mãe”) tem a haver com quais Corpos ou veículos meus? Por quê?
O Ego pode desistir de “viver essa vida escolhida”? O que acontece se ele tentar?
Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes
Resposta: Sobre: “Tenho malefícios na Casa 12 em Escorpião Oposição a Mercúrio e sempre sinto muito forte as energias negativas dos ambientes, desenvolvi problemas como ansiedade generalizada, depressão por ter sido criada por uma pessoa muito agressiva, negativa e violenta, extremamente crítica que fala muito em ódio, vingança, morte consegue criar uma aura ao redor de muita negatividade.”.
Vamos rever alguns conceitos:
1º Os Astros impelem, não compelem (ou seja: os Astros SUGEREM, não IMPÕE que você aja assim ou assado) – veja aqui as situações onde e quando VOCÊ se “deixa levar pelos Astros” e quando “você controla as sugestões que eles estão lhe propondo”: “Mesmo que a astrologia seja, como é, uma ciência absolutamente verdadeira, devemos levar sempre em consideração que o astrólogo é apenas humano e, portanto, falível. Ainda que um astrólogo honesto, com habilidade para combinar influências estelares, possa geralmente fazer previsões corretas, contudo sempre estará sujeito a encontrar o seu Waterloo quando menos espere.
2º não há o que entendemos como “maléficos” e sim “adversos” (ou seja: que nos coloca dificuldades por não sabermos lidar com o que estão nos “sugerindo”. Se aprendermos a lidar os “adversos” se tornam “benéficos”.). As progressões e trânsitos astrológicos (que você aprende no Curso Superior Suplementar de Astrologia Rosacruz ensina como fazer isso).
3º você não desenvolveu “problemas como ansiedade generalizada, depressão por ter sido criada por uma pessoa muito agressiva, negativa e violenta”. Você as desenvolveu porque você se deixou se envolver. Faltou-lhe utilizar o seu livre arbítrio e via sua força de vontade não deixar isso ocorrer. Ou seja: você “caiu em tentação” e escolheu aprender essas lições pela via da dor e não pela do amor. Sugiro que leia o que Shakespeare (um Iniciado) cunhou como “O Espelho da Vida” que replicamos para você conhecer e aplicar aqui:
Espelho da vida
O mundo ao seu redor é um reflexo, um espelho que mostra quem você é.
O que você acha de bom nos outros, está também em você.
Os defeitos que você encontra nos outros são os seus defeitos também.
Afinal, para reconhecer algo, você tem que conhecê-lo.
As potencialidades que você vê nos outros, são possíveis também para você.
A beleza que você vê ao seu redor, é a sua beleza.
O que você vê nos outros lhe mostra você mesmo.
Veja o melhor nos outros, e você será uma pessoa melhor.
Doe aos outros e doará a si mesmo.
Aprecie a beleza, e você será belo.
Admire a criatividade, e você será criativo.
Ame, e você será amado.
Procure compreender, e será compreendido.
Ouça, e sua voz será ouvida.
Ensine, e você aprenderá.
Mostre ao espelho sua melhor face, e você ficará feliz com o que ele vai lhe mostrar.
Shakespeare
Lembre-se sempre: foi você que escolheu essa vida que você está vivendo quando estava no Terceiro Céu. E você lá escolheu porque você lá tinha a consciência completa de 3 coisas: 1ª que lições você precisava aprender, 2ª com quais as pessoas você queria pagar as dívidas de vidas passadas, quando você as fez sofrer tanto quanto você está sofrendo ou até mais e 3ª que oportunidades você queria ter para aplicar a sua Epigênese, ou seja colocar novas Causas não relacionadas com as Causas das vidas passadas
Artigos Publicados nas redes sociais no mês de Dezembro:
Há uma intenção oculta em todas as coisas
Descubramos qual é, pois toda a manifestação leva em si essa realidade. Tudo o que é feito ou produzido pela criatura humana também leva, no seu íntimo, uma intenção a respeito da qual podemos dizer que é a alma da causa.
Essa alma tem uma intenção inata, porque é produto de uma Fonte que sempre, permanentemente, procura a sua própria expressão.
Essa Fonte é o Espírito, a Luz que se encontra no íntimo de toda a criatura. A ação, a atividade do ser humano, geralmente frustra a intenção, a atividade anímica dessa Fonte, porque ele é livre para fazer o que bem entende (livre arbítrio). Essa liberdade lhe vem por força de sua origem – é um Filho de Deus, temporariamente esquecido da sua filiação.
Por causa dessa filiação, o ser humano é o Eterno Criador tal como seu Pai. Possui essa prerrogativa; é a sua herança que o faz um criador inato. Passa a sua vida criando permanentemente coisas boas ou más; consequentes ou inconsequentes; trágicas ou cômicas, ao sabor das circunstâncias, ou melhor, sob a influência dos ciclos alternantes – a nota chave do Plano Físico, no qual, temporariamente, vive. Por isso o fruto de sua atividade (as suas criações) é relativo, perecível, divisível, penetrável e corruptível.
Assim a intenção, que está no âmago das coisas criadas e que deveriam ter o cunho da perenidade, da eternidade, porque provém daquela Fonte – do Espírito – é frustrada. Essa intenção, esse desígnio, se manifesta mesmo naquilo que independe da vontade do ser humano, isto é, nos processos físicos, químicos e fisiológicos; no comportamento da fauna e da flora, dos animais e da humanidade; nos agregados moleculares e atômicos e na aparente inércia da pedra.
Tem valor universal. Atrás de toda aparência e de todos os fenômenos, essa intenção exerce a sua ação. É a alma das coisas, é a razão da existência daquelas aparências e daqueles fenômenos e, por isso, sua ação não pode ser frustrada.
A criatura geralmente frustra essa intenção natural, universal, porque se situa no campo da relatividade. Porém, o destino da criatura é o de se expandir cada vez mais e, nisso, é idêntico ao da Vida. A vida leva-a a um permanente alargamento de consciência através de uma “longuíssima via não reta, mas serpenteante”. É um caminho que deverá conduzi-la a “união dos opostos”.
Evitar a frustração do desígnio, da intenção espiritual é o trabalho do Aspirante à vida superior. Não é um trabalho fácil, pois é idêntico ao trabalho do nosso Salvador. É requerida a coragem da renúncia, do esquecimento da personalidade para que todas aquelas fases da vida do nosso grande amigo, o Cristo, aconteçam também na vida do Aspirante. Haverá para o Aspirante: um Batismo, uma Tentação, uma Transfiguração, uma Última Ceia e um Lavapés; haverá também um Getsemani, haverá Estigmas e a Crucificação.
Mas o Aspirante à vida superior sabe que não há alternativa. Conhece qual a intenção que anima a Vida, o viver. Sabe que Vida é atividade cooperadora e que essa atividade tem um desígnio, uma intenção que tem por alvo a integração da criatura em Deus. É um destino que todas as criaturas partilham em comum e que todos devem aprender.
Há regras para isso, às quais o Aspirante se submete regozijosamente. Essas regras aceitas pelo Aspirante tem a finalidade de ordenar a sua Vida, o que quer dizer a sua Atividade em uma forma contínua, mesmo no sono. Isso é a prática da Ciência ou Doutrina Secreta, cuja regra fundamental é expressa pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz nos seguintes termos: “Em seus fundamentos a Doutrina Secreta, fonte dos mais profundos mistérios do Universo, é tão simples que pode ser compreendida por um menino. Por ter essa simplicidade, dela desdenham os que suspiram pela complexidade e pelas ilusões”. “Ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”, eis a verdade. Com esse fundamento e nele apoiado praticando-o vai o Aspirante vivendo a Vida; dando a sua Vida para que também a seu próximo possa vivê-la, conscientemente, no seu desígnio e na sua intenção. (https://www.facebook.com/fraternidaderosacruz/)
Humildade
Alcançar a verdadeira humildade é uma das coisas mais difíceis de atingir na vida. O ser humano sempre está sujeito a se vangloriar. Sempre sente prazer, considera-se bom, abnegado e serviçal. Com esses sentimentos no seu subconsciente pode transformar o trabalho dele em uma farsa. Trocar o ouro do espírito pelo brilho metálico da verdade.
Como se pode extirpar esse cancro que se aloja no íntimo do ser humano e compromete a obra dele para a perfeição? Orai e vigiai, aconselhou São Paulo, com o coração devoto, porque se uma oração carece de sentimento profundo de devoção, torna-se um exercício automático que não fornece ajuda nem sustentáculo. Devemos lembrar eternamente, que Deus está dentro de nós, e os nossos acertos são obras Dele. Sem essa Divina manifestação, de onde viria nossa glória?
A vaidade humana pode frustrar completamente a finalidade da nossa caminhada para alcançar a sublimação e o aperfeiçoamento da nossa divinificação na transformação do vil metal em ouro do espírito.
Para chegar à perfeição, a caminhada é longa, acidentada. Achar que não contrariando as leis humanas seremos virtuosos é uma ilusão. Quanto mais a luz brilha, mais nítidas são as sombras e cada vez podemos descobrir mais faltas, das quais, antes, nem tínhamos conhecimento. Quando nos conscientizamos desse fato, nossa reação não deve ser de desânimo.
Devemos agradecer ao Senhor pela oportunidade de poder sublimá-las, porque, como tudo é eterno, como nada se perde, como tudo se transforma, a sublimação é o único caminho que podemos tomar para efetuar o trabalho humildemente.
Os acertos não devem dar oportunidade para o orgulho, já que, num piscar de olhos, podemos tropeçar e todo nosso orgulho pode afundar, uma vez que a saúde corporal ou mental pode ser tirada, a lucidez de espírito pode se desvanecer.
O reconhecimento, o elogio dos outros são outras pedras de tropeço no caminho, dificultando mais do que ajudando o progresso. Quando perguntamos: será que reconhecem meu trabalho? Será que observam meu progresso e dedicação? Será que me consideram? São sugestões de vaidade do Eu inferior. Se quisermos realmente alcançar o reto e estreito caminho é bom nos abster dessas sugestões. Se formos sinceros conosco, não adiantam os reconhecimentos, bem sabemos quanto temos de melhorar, lutar, purificar nossas rejeições e antipatias e aprender a amar.
A verdadeira paz e harmonia só podemos alcançar com humilde aceitação e consciência de que tudo que é bom, verdadeiro e belo vem do nosso Divino Pai interior que quer nos salvar, dignificar, iluminar para alcançarmos a nossa meta, a união total. (https://www.facebook.com/fraternidaderosacruz/)
São João Evangelista
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Normalmente, cremos que 25 de dezembro, celebrado como o Natal, termina o festival espiritual da estação do Solstício de Dezembro
Não é bem assim. Isso só marca o começo ou a entrada em um período de profundo significado.
Esse período é o intervalo de doze dias entre o Natal e a Décima Segunda Noite que envolve o coração espiritual do ano que entra.
Esses 12 dias foram denominados, muito adequadamente, “o Santo dos Santos do ano”.
O Estudante Rosacruz aproveita cada dia desse período para visualizar o serviço prestado por cada uma das Hierarquias Zodiacais através dos centros espirituais por onde operam no seu Corpo Denso. É um excelente Exercício para o seu Treinamento Esotérico.
Cada Dia Santo está sob a direta supervisão de:
1) uma das 12 Hierarquias zodiacais, e cada uma das quais projeta sobre o Planeta um protótipo de como será o mundo quando o trabalho, combinado de todas elas, tenha terminado.
2) um dos 12 Discípulos
3) um dos 12 centros espirituais por meio dos quais operam as 12 forças no Corpo-templo do ser humano.
Veja a sequência:
26/12 – Hierarquia de Áries; São Tiago – maior -, irmão de São João Evangelista; cabeça
27/12 – Hierarquia de Touro; Santo André; garganta
28/12 – Hierarquia de Gêmeos; São Tomé; mãos
29/12 – Hierarquia de Câncer; Natanael ou Bartolomeu; Plexo Celíaco
30/12 – Hierarquia de Leão; Judas; coração
31/12 – Hierarquia de Virgem; São Tiago – menor -, irmão de Judas Tadeu e Simão; trato intestinal
01/01 – Hierarquia de Libra; São Judas Tadeu; glândulas suprarrenais
02/01 – Hierarquia de Escorpião; São João; sistema reprodutor
03/01 – Hierarquia de Sagitário; São Felipe; plexo sacro
04/01 – Hierarquia de Capricórnio; São Simão; joelhos
05/01 – Hierarquia de Aquário; São Mateus; tornozelos
06/01 – Hierarquia de Peixes; São Pedro; pés
Se quiser mais detalhes sobre como tudo isso funciona, é só acessar o CAPÍTULO III – OS DOZE DIAS SANTOS desse livro O MISTÉRIO DOS CRISTOS de Corinne Heline, aqui: https://fraternidaderosacruz.com/wp-content/uploads/2019/09/Corinne-Heline-O-Mistério-dos-Cristos.pdf
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Quem é o Cristo Cósmico?
À medida que nos aproximamos dos vários aspectos do Mistério de Cristo, percebemos que é tão sublime, e de importância tal, que transcende toda definição humana.
Seus significados são tão profundos que não podem ser expressos com meras palavras; tão só podem ser percebidos no silêncio da contemplação espiritual.
Todas as religiões reconhecem a natureza trina da Deidade. No Cristianismo a constituem o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A essa Trindade, os Rosacruzes lhe designam os seguintes atributos: o Poder, ao Pai; o Verbo, ao Filho, o Cristo Cósmico; o Movimento, ao Espírito Santo.
No Conceito, Max Heindel faz uma distinção entre o Cristo Cósmico e o Cristo em Seus aspectos planetário e histórico. “Grande e glorioso como Cristo é, elevando-se muito acima da mera natureza humana, Ele não é esse Exaltado Ser. Certamente o ‘Verbo se fez carne’, não no sentido limitado da carne de um Corpo, mas carne de tudo quanto existe nesse e em milhões de outros Sistemas Solares”.
Assim, o Verbo é o centro divino criador para a disseminação do amor e da luz do Cristo Cósmico.
Como uma lâmpada que emite raios luminosos em todas as direções, refletindo-se ao mesmo tempo a si mesma em todos os pontos diferentes da esfera, o Cristo Cósmico, o mais alto Iniciado do Período Solar, emite da mesma forma Seus Raios. Ele é no Sol espiritual e o Sol é trino.
O Sol externo, o Sol físico, este podemos ver.
Por detrás desse – ou oculto neste – acha-se o Sol espiritual, donde irradia o impulso espiritual do Cristo Cósmico.
Assim, o Cristo Cósmico é o Espírito Solar.
Chegado o momento em que o Espírito de Cristo podia entrar na Terra – quando já nos havíamos adiantado bastante – então, um Raio do Cristo Cósmico desceu e aqui encarnou no corpo de nosso Irmão Maior Jesus.
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O ocultista cientista prefere empregar a concentração à oração porque a primeira realiza-se com o auxílio da Mente, que é fria e insensível, enquanto a oração, geralmente, é ditada pela emoção.
Feita com devoção pura e impessoal, dirigida a elevados ideais, a oração é muito superior à fria concentração.
Aliás, nunca poderá ser fria, porque voa para Divindade sobre as asas do Amor, a exaltação do místico.
Pois a oração é um meio de produzir pensamentos delicados e puros que agem sobre o Corpo Vital.
Por isso lemos na Bíblia a recomendação de “orai sem cessar”.
Entretanto, o Estudante Rosacruz é ensinado a conquistar, sistematicamente, todos os arrebatamentos do Corpo de Desejos e assumir o próprio domínio.
Isto se efetua pela concentração sobre elevados ideais, que vigoriza o Corpo Vital.
Para esse objetivo é um meio muito mais eficaz do que as orações da igreja.
Também, um verdadeiro Cristão, como o é um Estudante Rosacruz, há de se cuidar para não orar de uma forma como, por exemplo: “…e, o Todo-Poderoso Deus protege e fortifica nosso exército e armada”… “Deus Todo-Poderoso me dê um carro novo”…”Deus Todo-Poderoso me dê recursos financeiros para viver uma vida sem preocupações” e muitas outras “parecidas”.
Uma oração semelhante só demonstra claramente que o Deus adorado é o Deus da Tribo ou Nacional, o Espírito de Raça, ou o Espírito de Família, e não o Deus Filho, Cristo.
Assim, podemos perguntar: “qual é a melhor oração?”. E a resposta é óbvia: para o Cristão é a Oração do Pai-Nosso, a Oração do Senhor, desde que feita de maneira ocultista e mística ao mesmo tempo. Isso é ensinado ao Estudante Rosacruz.
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Qual é a simbologia contida na Capa do Conceito Rosacruz do Cosmos?
“Quantas vezes não olhamos para a capa do Conceito Rosacruz do Cosmos e as outras publicações e percebemos que é um bom projeto e bem singular.
E nos perguntamos quem o desenvolveu e se tem algum significado.
Nessa Reunião Dominical de Estudos iniciemos, mais uma vez, o estudo do Livro Conceito Rosacruz do Cosmos começando pela interpretação da sua capa.
(https://www.youtube.com/c/TutoriaisEstudosFraternidadeRosacruzCampinas)
Assuntos veiculados na Mídia visto pelos olhos dos Ensinamentos Rosacruzes
O que é ‘uitwaieen’, o simples remédio holandês para combater o estresse e as preocupações e como explicar isto usando os Ensinamentos Rosacruzes.
A reportagem de José Carlos Cueto do BBC News Mundo do dia 12 de novembro de 2020 vemos que sua pronúncia (“autvaien”), pode parecer complicada, mas seu significado é simples: é uma daquelas palavras que não tem tradução literal em português, mas equivale a “respirar ar fresco”.
É muito comum num dia de inverno ver muitos holandeses caminhando na beira do mar contra o vento e todo encasacados. A Holanda é muito plana e venta muito e como diz na reportagem esse termo surgiu no século 16 e significava “agitar” ou “agitar algo ao vento”, como uma bandeira ou a vela de um navio.
No texto vemos que “De acordo com o Serviço Nacional de Saúde Britânico (NHS, em inglês), o estresse excessivo pode afetar nosso humor, corpo e relacionamentos, “especialmente quando parece fora de controle”.
O estresse também nos deixa ansiosos, irritados e afeta nossa autoestima. Pode até gerar exaustão física, mental e emocional que pode levar a outros sintomas psicossomáticos”.
As causas do estresse podem ser internas ou externas. As causas internas são ligadas às características pessoais do indivíduo. Reconhecimento no trabalho ou ser aceito em algum grupo, por exemplo, pode ser estressante. Mudanças drásticas na vida podem ser causas externas de estresse, como uma separação ou morte de um ente querido.
Nos Ensinamentos Rosacruzes vemos que em Deus “vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”, então não devemos temer mal algum.
Outro fato importante é que quando estamos no Terceiro Céu, no momento em que vem o desejo de termos uma nova experiência nesta vida, escolhemos o panorama da próxima vida que teremos. Portanto, nós, Egos, sabemos os pontos principais que iremos passar na próxima vida. Sabemos também que o baluarte da Evolução acontece enquanto estamos encarnados e que não nascemos para termos uma vida feliz e sim para termos crescimento anímico.
Quem se estressa por causas internas ou externas são as pessoas que estão muito ligadas ao materialismo ou que até cultivam uma parte espiritual, mas a parte material ainda está no primeiro lugar das coisas importantes na sua vida (mesmo que “jurem de pés juntos” que não). Se “pré-ocupar” com o que os outros vão pensar ou se vai bater as “metas” do trabalho normalmente acontece com pessoas que são materialistas ou que ainda estão colocando como maior prioridade da sua vida aqui a sua parte material e o materialismo é, conforme os Ensinamentos Rosacruzes, o maior perigo para perder o contato com o espírito pois assim se perderá no Caminho da Evolução.
A maioria das Histórias Infantis dos Ensinamentos Rosacruzes falam de fadas, duendes, ondinas, sílfides, todos seres da Natureza que nos ensinam maravilhosas lições. Passar tempo na Natureza, perto de nossos irmãos menores, sentindo a brisa e o vento nos ajuda a aceitar as vicissitudes da vida e entender os desígnios de Deus, pois estaremos em um ambiente saturado de Éter, o próximo elemento que será nosso nutriente de “sustentação da forma”, como hoje o é o gás oxigênio.
Visão da Fraternidade Rosacruz em relação à Acidentes Coletivos
Este mês nos deparamos com um lindo texto nas mídias sociais que contava as razões pelas quais várias pessoas tinham sobrevivido ao atentado do 11 de setembro. Razões muito simples são alguns dos fatos citados que fizeram com que eles não estivessem no World Trade Center no momento exato do atentado. Segue o texto:
“Depois do atentado do 11 de setembro, uma empresa que tinha o seu escritório em um dos andares do World Trade Center, convidou os seus sócios e empregados que por alguma razão haviam sobrevivido ao ataque, para compartilhar as suas experiências.
Aquelas pessoas estavam vivas pelas razões mais simples da vida, eram pequenos detalhes como esses:
Agora, quando eu fico preso no trânsito, quando perco um ônibus, quando preciso me atrasar porque tive que atender alguém e muitas outras coisas que me desesperariam, penso primeiro
“Este é o lugar exato no que devo estar, nesse exato e precioso momento”.
Na próxima vez que a tua manhã̃ for uma loucura, que teus filhos demorem em se arrumar, ou que você não esteja conseguindo achar as chaves do carro, não fique chateado ou frustrado.
VOCÊ ESTÁ EXATAMENTE NO LUGAR QUE DEVERIA ESTAR, nesse grande quebra cabeça da vida. Aplique a gratidão agora e seja grato por como você está́ agora e pelas coisas que tem.
Isso suscita a seguinte pergunta: Por que morreram tantas pessoas e outras se salvaram por um triz?
Acidentes coletivos são, na realidade, resgastes coletivos, ou seja, segundo a Lei de Consequência somos responsáveis por nossos atos nesse mundo e colhemos o justo resultado de nossas obras, boas ou más. Temos responsabilidades por nossas ações individuais e também pelas coletivas, grupal ou nacional.
Por sermos membros de uma comunidade ou nação, algumas vezes, atuamos como um grupo gerando causas boas ou más e quando tais atos são maus, a dívida assim contraída é geralmente liquidada no curso dos chamados acidentes de grandes proporções, ou seja, os Egos participantes dessas ações são atraídos para colherem, em conjunto, o que em conjunto efetuaram. Importante enfatizar que por estarmos em uma teia de destino, não necessariamente as causas que colocamos em ação nessa vida gerarão efeitos nessa vida. O que acontece, muitas vezes e que nos dá essa sensação é que o efeito de uma causa já está latente no nosso horóscopo (e isso é até fácil de descobrir, difícil é a pessoa aceitar) e uma vez que ativamos a causa, o efeito acontece. Agora, para tais efeitos que nos levam a sermos retirados dessa vida terrena são causas que colocamos em ação em vidas passadas.
Os Anjos do Destino tomam todas as providências para que nada seja alterado por interferência humana, que impeça que alguém experimente os efeitos da causa gerada, ou seja, nesse caso, o destino será cumprido, pois é a melhor maneira que existe para aprendermos a lição que nos é apresentada.
Há um caso citado no “Conceito Rosacruz do Cosmos” de um senhor que foi alertado sobre um acidente que ele sofreria. Ele então se programou para não sair de casa naquele dia. Só que ele se enganou com a data e acabou sendo ferido numa colisão de trens. Entendemos que o sofrimento decorrente desse acidente lhe era destinado como uma expiação de determinados erros.
Contudo, o inverso também é verdadeiro, pois se está previsto a queda de um avião, onde várias pessoas resgatarão uma dívida, e nesse avião tem passageiros que não fizeram parte dessa geração de dívidas, tenha a certeza de que essas pessoas, por qualquer razão, não embarcarão nesse voo.
Resumindo, todas as Leis da Natureza, incluindo a Lei de Consequência estão sob a administração de grandes Seres de sublime espiritualidade e sabedoria. Essas Leis são feitas para que possamos evoluir, nunca para nos prejudicar ou como vingança. Tudo está sob a orientação de Deus – em Quem vivemos, nos movemos e temos o nosso ser. Estamos sob Sua proteção amorosa em tudo, portanto, nada nos pode acontecer que não esteja em harmonia com o Seu grande plano divino.
SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.
Datas de Cura 2021:
Janeiro: 05, 12, 19, 26
“Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios.
Vocês receberam de graça; deem também de graça.” (Mt 10:8)
Max Heindel
Hoje, 6 de janeiro, completa mais um ano da passagem aqui na Terra, vindo do Mundo celeste, o particular Ego, cujo nome encima o presente trabalho. Prendia-se, a sua vinda, à árdua e fecunda missão que teria de desempenhar no correr dos anos. Mas foi duramente preparado. Teve, durante a infância, penosa vida. Sofrera, também, grave acidente, perdendo, em consequência, algumas veias e artérias que quase puseram fim à sua existência. Espírito amoroso e trabalhador, à medida que os dias passavam ia galgando, honrosamente, todos os degraus. Seu amor por todos os seres e coisas, aliado ao seu espírito de trabalho e à sua perseverança, conduziram-no aos páramos da espiritualidade. Tornou-se, realmente, um Espírito Puro e Sábio. Com a simplicidade que caracteriza os seres elevados, jamais disse ser um Iniciado e, quando não podia esquivar de dizer algo, em algumas ocasiões, afirmara, humildemente, ser um Irmão Leigo. Para efetivar a Obra que realizara, é indiscutível que só um Iniciado de grande fibra poderia chegar a tanto.
Certo dia, procurado pelo Mestre, que lhe oferecera tudo, apresentando algo de semelhante à tentação por que passara Jesus, durante o jejum, Max Heindel repelira, firmemente, a proposta e, ao mesmo tempo, num rasgo de coragem e altruísmo assumira a defesa da humanidade. E, seguindo fielmente o exemplo de Cristo-Jesus, passou daí em diante, a advogar com profundidade a causa da comunidade humana. Tinha, portanto, saído vitorioso do teste a que foi submetido pelo Mestre. A esse demonstrou, não apenas a sua compreensão, mas também a firmeza no sentido de se tornar o servo de todos. O calor de seu desejo, tendo em vista esse objetivo, era intenso.
Escolhido pelos Irmãos Maiores, aceita a escolha e toma a ombro o espinhoso trabalho, chegando mesmo, durante anos, a repousar apenas duas ou três horas por dia. Com sacrifício e dedicação integral de si mesmo, realizou gigantesco trabalho em benefício da humanidade. Com o “Conceito Rosacruz do Cosmo”, ele trouxe a público, em 1909, os maravilhosos Ensinamentos Rosacruzes, que até então eram totalmente secretos. Em 1911 fundou a Fraternidade Rosacruz nos Estados Unidos da América do Norte, em Oceanside, Estado da Califórnia, cuja difusão pelo mundo inteiro tem sido extraordinária. E, muito maior será, daqui para o futuro, perante a sede que os seres humanos vêm manifestando, principalmente nesses últimos tempos, por ensinamentos lógicos e profundos.
Não podíamos deixar de encarecer a grande colaboração que Max Heindel teve por parte de sua esposa Augusta Foss Heindel.
Quanto a Max Heindel podemos dizer, para finalizar, que foi um Espírito puro, amoroso, trabalhador e sábio. E, como disse Cristo: “Os puros verão a Deus”. Aliás, a pureza é a senha de ingresso no Templo. Melhor dito, a única senha.
(de Hélio de Paula Coimbra, publicado na Revista Serviço Rosacruz de novembro/1965)
Cartas de Max Heindel: A Epigênese e a Lei de Causa e Efeito
Novembro de 1917
Alguns erros são tão frequentemente cometidos pelos Estudantes que se precisa chamar a atenção deles de tempos em tempos. O erro mais frequente é a ideia equivocada de que tudo o que nos acontece é o resultado ou efeito de alguma causa ou ação que nós mesmos fizemos no passado, geralmente, em alguma vida anterior a esta. Teoricamente, os Estudantes sabem que essa atitude é errada. Eles estão conscientes que, além do destino trazido conosco de existências anteriores, para liquidá-lo nesta vida, todos os dias estamos exercendo uma influência causal pelos nossos atos. Uma parte considerável dos atos praticados neste Corpo Denso irá resultar em efeitos antes que a morte termine com nossa permanência no nosso ambiente atual, ao passo que os atos que não forem liquidados serão retidos e formarão a base do destino de uma existência futura, em que poderemos colher o que tenhamos semeados. Esse destino transferido de uma vida para outra é mostrado em nosso horóscopo e nos fornece certas características, tendências ou linhas de menor resistência. No entanto não podemos ignorar que esse destino do passado nos fornece certo viés ou certa tendência para uma determinada linha de ação. Entretanto, há um relativo livre arbítrio em uma grande porcentagem das nossas ações, deixando espaço para o exercício da Epigênese, a atividade divina criadora que é a base da evolução.
Como dissemos, teoricamente todos os Estudantes conhecem isso perfeitamente bem. Mas, ao nos relacionar com os problemas práticos da vida cotidiana parecem que, persistentemente, tomam a atitude de que tudo o que acontece é o desdobramento de algo que já existiu. Isso é particularmente verdadeiro para aqueles que estudaram as Religiões orientais antes de dedicarem-se aos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental. Com essa atitude mental de ignorar a Epigênese, eles retardam o crescimento da alma deles alheios ao elevado grau de prejuízo que estão ocasionando ao seu próprio desenvolvimento anímico. Na verdade, está acontecendo com eles algo muito parecido ao que acontece com o materialista durante sua existência post-mortem, quando ele permanece na Região Limítrofe[1] entre o Purgatório e o Primeiro Céu, numa monotonia terrível de se contemplar. A Região Limítrofe é, por assim dizer, um redemoinho fora do fluxo da vida, onde o progresso está com todas as suas atividades ou movimentos cessados. O materialista está ali por causa de sua negação da existência post-mortem, o que o colocou fora de contato das correntes espirituais que geram movimento e ação durante esta existência.
Da mesma forma, quando enfatizamos, constantemente, a Lei da Causa e Efeito e de forma consistente e persistentemente ignoramos a Lei da Epigênese, nos colocamos fora dessa última linha de ação, e nossas oportunidades para exercer a iniciativa da Epigênese são negligenciadas na maioria das vezes, o que resulta em nos tornamos cada vez mais estéreis, à medida que os anos passam. Contrariamente, se nos esforçarmos, inteligentemente, quando considerarmos os problemas da vida, exemplificados nas ações daqueles que nos rodeiam, assim como nas nossas próprias ações, procurando o princípio da Epigênese e observando funcionamento dela, com certeza encontraremos oportunidades para ações de iniciativas que se abrem ante nós, em uma quantidade que nunca seria possível crer. Observando a maneira como a Epigênese se aplica em outras vidas, podemos aprender o modo de aplicá-la na nossa própria.
Espero que você mantenha sempre esse pensamento bem perto de você e que, com isso, possa colher muitos benefícios por meio da prática persistente desse princípio.
(Carta nº 84 do Livro “Cartas aos Estudantes” – de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
[1] N.T.: Ela está localizada na quarta Região do Mundo do Desejo, entre o Purgatório (localizado nas três Regiões inferiores do Mundo do Desejo) e o Primeiro Céu (localizado nas três Regiões superiores do Mundo do Desejo); uma espécie de fronteira – nem céu nem inferno. Aqui estão as pessoas honestas e corretas, incluindo o materialista; que não causaram danos a ninguém, mas que estiveram tão intensamente imersos nos seus negócios materiais que não tiveram tempo de pensar na vida superior, na vida espiritual. Para essas pessoas, o Mundo do Desejo é um estado indescritível de monotonia. O suicida também permanece nessa região até completar o tempo de vida que tinha programado no seu arquétipo. Nessa Região, as pessoas geralmente estão fora do alcance de qualquer ajuda e sofrem muito mais do que qualquer outra pessoa. Até quando? Até ela chegar à conclusão de que há vida espiritual, se arrepender sinceramente de não ter considerado isso durante o seu último renascimento e desejar intensamente reformar essa sua posição. Ou seja: só depende dela e de mais ninguém. Uma vez isso alcançado, pelo seu próprio esforço e força de vontade, ela parte para o Purgatório e segue no Ciclo de Vidas e Mortes, como qualquer outro ser humano.
NOTA: O Ritual Devocional do Serviço de Cura você encontra clicando aqui