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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Sagrada Família e as Três Classes Sociais que existiam naquele tempo

Ao tempo de José e Maria havia, na Palestina, três classes religiosas: os fariseus, os saduceus e os essênios, cada uma com características próprias.

Os Fariseus seguiam à risca o Torah. Chamavam a atenção pelo seu excessivo formalismo religioso, censurando acerbadamente aos que não observavam rigorosamente a lei. Acreditavam na sobrevivência dos espíritos, no renascimento dos justos e no livre arbítrio limitado pelo destino.

Zelosos em fazer cumprir os princípios, na verdade assumiam uma postura meramente de fachada. Cristo desmascarou-os publicamente ao compará-los a sepulcros caiados: belos por fora, mas interiormente cheios de imundície. O zelo que demonstravam, no fundo, não passava de hipocrisia. O nome fariseu vem de “pherusin” que quer dizer “separados”.

O nome Saduceu, provavelmente, provenha de Sadoc, sumo sacerdote ao tempo de Davi. Constituíam minoria, exercendo influência mais política que religiosa. Eram materialistas, não acreditando na sobrevivência dos espíritos, nem na existência dos Anjos. Essa classe pouco valor atribuía à ritualística e às tradições, preferindo ater-se à lei de Talião. Mesmo assim, em termo de poder seu peso específico era considerável porquanto faziam parte do Sinédrio.

Já a seita dos Essênios era bem diferente. Em primeiro lugar, não se ostentavam publicamente. Eram piedosos, estudiosos e contemplativos.

Enquanto os saduceus se perdiam num materialismo estéril e os fariseus se comprometiam com a interpretação puramente literal da lei, a Ordem Essênica procurava o sentido mais profundo das coisas. Conheciam as leis naturais e primavam por viver consoante esses princípios. Viviam em vários mosteiros espalhados pelo oriente médio, sendo o mais famoso o de Qumram, descoberto em 1947, as margens do Mar Morto. Nele foram encontrados diversos pergaminhos cuja decifração possibilitou o esclarecimento de muitos mistérios dos Evangelhos. Uma vida plena de Oração e devoção afastava os essênios de um convívio maior com o povo. No entanto, sua bondade natural, sua pureza de costumes e outras virtudes, atraiam-lhes os sofredores, os desamparados e os sequiosos de alívio.

Essênios foram João Batista, Zacarias, Maria, José e alguns dos Apóstolos. Jesus de Nazaré cresceu e fortificou-se nesse ambiente elevado. Desde tenra idade irradiava uma espantosa sabedoria e a “benevolência de Deus estava sobre ele”. Esse fato é confirmado nos Evangelhos quando do relato do encontro entre o menino e os doutores do Templo.

José e Maria, elevados Iniciados, iam anualmente a Jerusalém, pela Páscoa. Finda a festividade, ao regressarem, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem. Não o achando regressaram à sua procura. Três dias depois foram encontrá-lo no Templo, ouvindo e interrogando os doutores. Todos se admiravam de sua inteligência e de suas respostas. Afinal, aquilo não era comum em uma criança de sua idade.

Maria repreendeu-o: “Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa. Quando o menino completou doze anos, segundo o costume, subiram para a festa. Terminados os dias, eles voltaram, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. Pensando que ele estivesse na caravana, andaram o caminho de um dia, e puseram-se a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. E não o encontrando, voltaram a Jerusalém à sua procura. Três dias depois, eles o encontraram no Templo, sentado em meio aos doutores, ouvindo-os e interrogando-os; e todos os que o ouviam ficavam extasiados com sua inteligência e com suas respostas. Ao vê-lo, ficaram surpresos, e sua mãe lhe disse: ‘Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu, aflitos, te procurávamos’. Ele respondeu: ‘Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai?’. Eles, porém, não compreenderam a palavra que ele lhes dissera.” (Lc 2:41-49)

Dessa forma, Jesus preparou-se para aquele que seria o mais elevado propósito jamais cumprido por um ser humano: ceder seus veículos inferiores (Corpo Denso e Corpo Vital) ao Cristo, para que fosse cumprida a missão de ajudar a humanidade a elevar-se e a libertar-se dos grilhões da materialidade.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – fevereiro/1981 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Fariseus e os Saduceus

Ao tempo de Cristo, os fariseus constituíam uma seita predominantemente antipatizada pelos demais, dado o seu rigor pela observância exterior da lei e pelo seu desprezo a todos aqueles que não participavam de suas ideias.

Daí a designação fariseu, que quer dizer: separado. Eram formalistas e hipócritas. Acreditavam na sobrevivência dos espíritos, na encarnação dos justos (segundo eles, os maus ficavam a sofrer os tormentos do fogo eterno) e no livre arbítrio limitado pelo destino. Tinham participação no Sinédrio.

Os saduceus eram um grupo pouco numeroso, mais político do que religioso, formado por pessoas importantes que organizavam um senado com autoridade sobre toda a nação (ano 200 A.C); mas tarde transformado no Sinédrio com a participação dos fariseus.

A sua forma religiosa era associada à lei (Torá). Eram severos na aplicação da lei de Talião, eram materialistas e não acreditavam na sobrevivência dos Espíritos, nem nos Anjos e desprezavam os rituais, o que levava os fariseus a detestá-los.

São João Batista apelidou-os de “geração de víboras” (… quem vos recomendou que fugísseis da ira vindoura?…) para referir que eles eram venenosos e astutos como as víboras.

As víboras previam as enchentes do Mar Morto e antecipadamente fugiam para se refugiarem nos galhos das árvores.

Tal fato é comparado com as atuações deles e sua condição, pois tinham muitos pecados e estavam procurando refugiar-se no Batismo de São João, antes que a Lei de Causa e Efeito lhes trouxesse as consequências.

Pelo simples fato de, por tradição, pertencerem ao “povo escolhido”, os judeus julgavam que já estavam automaticamente salvos. São João Batista esclarece que o laço de sangue nada influi; que o Corpo Denso é constituído por elementos químicos e, constantemente, os espíritos que renascem estão formando novos corpos materiais.

Assim acontecia com eles, filhos de Abraão. Ora, o corpo nada tem a ver com a salvação e tão pouco a descendência, porque a responsabilidade do espírito evoluinte é individual; cada um responde pelos seus atos. Daí que lhes dissesse ser necessário darem frutos dignos da reforma íntima, isto é, mostrarem por atos a sua regeneração interna.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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