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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Cinco Panoramas da Vida

À medida que nós, como Espírito em evolução – o Ego –, atravessamos os vários planos durante a nossa existência, defrontamos com os cinco Panoramas da Vida abaixo relacionados. Max Heindel explica os quatro primeiros no “Conceito Rosacruz do Cosmos” e o quinto, no livro “Cristianismo Rosacruz”.

Os panoramas são os seguintes:

Panorama 1 – Após a morte;

Panorama 2 – No Purgatório;

Panorama 3 – No Primeiro Céu;

Panorama 4 – Na Preparação para o Próximo RenascimentoTerceiro Céu; e

Panorama 5 –No momento da entrada do Espírito na matriz do útero materno.

1 – Considerações sobre o Panorama de Vida “Após a morte”.

Toda nossa existência individual aqui na Terra, do nascimento até a morte, fica gravada no Corpo Vital, que é o repositório das memórias conscientes. Nesse Corpo, mais exatamente no polo negativo do Éter Refletor, que é o assento da memória subconsciente, estão todos os atos e experiências de todas as vidas passadas desde quando recebemos o Átomo-semente no Período de Saturno.

Após a morte, somos direcionados a rever, na ordem inversa, o panorama seguindo da morte até o nascimento. Nesse momento, somos apenas um expectador ante esse panorama da vida passada, pois, não expressamos nenhum sentimento pelo fato de estarmos ainda na Região Etérica do Mundo Físico. Sentimento é um atributo existente no Mundo do Desejo.

Esse Panorama da Vida dura de algumas horas até aproximadamente três dias e meio. Quando a resistência do Corpo Vital atinge seu limite máximo e não conseguimos mais nos manter desperto para rever esse Panorama da Vida, o Corpo Vital entra em colapso encerrando seu trabalho e somos impelidos a entrar no Mundo do Desejo. Assim, os veículos superiores – Corpo Vital (Éter Luminoso e Refletor), de Desejos e a Mente – são vistos abandonando o Corpo Denso em um movimento em espiral, levando consigo as forças do Átomo-semente que se localiza no ponto referencial do ápice do ventrículo esquerdo do coração. Esse é o Átomo-semente permanente do Ego, pois, será o núcleo que servirá para compor o Corpo da próxima encarnação. E os dois Éteres inferiores permanecem com o Corpo Denso inerte para desintegrarem-se.

Por isso, é oportuno que o “morto” não seja perturbado por lamentações e histeria até que termine essa gravação para que ela possa ser impressa no Corpo de Desejos de forma clara e nítida. Quando pudermos compreender que a morte é apenas um fim no Mundo Físico e um nascimento nos Mundos Espirituais, certamente, deixaremos de produzir sofrimento aos nossos entes queridos no leito de morte.

2 – Considerações sobre o Panorama de Vida “No Purgatório”.

Ao despertar do nosso Panorama da Vida depois da morte, no Purgatório, que está localizado nas três Regiões inferiores do Mundo do Desejo, assumimos imediatamente a aparência do Corpo que tínhamos durante a vida recém-terminada. Portanto, seremos reconhecidos por qualquer outro ser humano que porventura conhecemos, enquanto encarnado.

O Panorama da Vida “Após a morte”, como vimos acima, ocorreu na ordem inversa, isto é, da morte até o nascimento, porém, sem expressão de sentimento. Agora vemos a necessidade de purgar toda matéria mais grosseira de desejos, e novamente é revisto todo o Panorama da Vida em sentido inverso. A missão do Purgatório é erradicar os nossos hábitos prejudiciais, corrigindo as debilidades e vícios que retardam o nosso progresso, tornando impossível sua gratificação. Sofremos exatamente e com tripla intensidade o que fizemos os outros sofrerem, com os desejos, sentimentos e emoções inferiores gerados (por exemplo: ódio, intolerância, crueldade, raiva, inveja, etc.) e, também, pelas oportunidades perdidas na vida por nossa própria culpa e que foram traduzidas em desejos inferiores (culpa, medo, preguiça, desleixo, folga, etc.). E é graças a esse sofrimento e dor que aprendemos a gerar os desejos, sentimentos e emoções antônimos daqueles inferiores, dirigindo-os ao nosso próximo, numa vida futura e, também, aprendemos a lição de aproveitar melhor as oportunidades surgidas. Esse período no Purgatório dura aproximadamente um terço dos anos que vivemos em Corpo Denso.

Portanto, se quisermos escapar ou economizar esse tempo no Purgatório após a morte, vale salientar o enorme valor do exercício da Retrospecção para vivermos o nosso Purgatório todas as noites enquanto encarnados, introduzindo no Espírito, como sentimento correto, a essência das experiências diárias.

3 – Considerações sobre o Panorama de Vida “No Primeiro Céu”.

Findo todo o processo do Purgatório, os resultados dos sofrimentos são incorporados ao Átomo-semente do Corpo de Desejos, o que nos comunica a qualidade de reto sentimento que atuará, no futuro, como impulso para o bem e repulsão ao mal. Então, nós, o Espírito, elevamo-nos ao Primeiro Céu, que está situado nas três Regiões mais elevadas do Mundo do Desejo: Vida Anímica, Luz Anímica e Poder Anímico. Aqui, o Panorama da Vida da vida desenrola-se outra vez, mas então as boas obras da vida são a base dos nossos sentimentos. Sentimos toda a felicidade que causamos aos outros, na vida anterior, e a gratidão que eles sentiram. Também sentimos alegria pelos aspectos espirituais dos atos construtivos realizados. Aprendemos a lição de que o bem e a verdade trazem uma recompensa suprema. No Primeiro Céu, nós, também, concretizamos os nossos desejos construtivos que alimentamos durante a vida terrestre e que não foram realizados. Aqui o que prevalece é o caráter.

Quando terminam todas as lições aprendidas no Primeiro Céu e depois de serem impressas no Átomo-semente do Corpo de Desejos, junto com a “essência” recolhida no Purgatório produzimos uma profunda convicção do que realmente é valioso para ser utilizado nos renascimentos futuros.

Assim, estamos prontos para realizar a transição para o Mundo do Pensamento.

4 – Considerações sobre o Panorama de Vida “Na Preparação para o Próximo RenascimentoTerceiro Céu.

Para nos situarmos, o Mundo Físico é o mundo da forma. O Mundo do Desejo, em que se acham o Purgatório e o Primeiro Céu, é especialmente o mundo da Cor. Mas, o Mundo do Pensamento, em que estão localizados o Segundo Céu e o Terceiro Céu, é o mundo do Som.

Depois de ter esgotado todas as experiências da vida passada, relacionadas aos desejos, sentimentos e emoções, nós, o Ego, abandonamos o Corpo de Desejos e entramos no Segundo Céu, situado na Região do Pensamento Concreto, o mundo dos sons. Música de caráter sublime constitui uma das delícias especiais dessa região. O Segundo Céu é o nosso verdadeiro lar. Ali permanecemos, geralmente, durante vários séculos, levando uma existência muito ativa e preparando o ambiente da próxima vida.

O quarto Panorama da Vida não acontece até que cheguemos ao Terceiro Céu. Que correspondente à Região do Pensamento Abstrato. Nós, o Tríplice Espírito – o Ego, o Espírito em evolução – estamos desnudos, pois, deixamos para traz os quatro veículos inferiores, porém, retivemos os Átomos-semente de cada um, para que sirvam, no futuro, à formação de novos veículos. Para a maioria de nós, no estado de evolução atual, o Terceiro Céu não é um lugar de atividade, porque suas vibrações são demasiadas superiores para a maioria de nós. A maioria de nós descansa; flutua na divina harmonia que enche essa Região e obtém as forças necessárias para renascer. Quando assimilamos suficiente força espiritual, desejamos novas experiências na Escola da Vida para nos aperfeiçoarmos.

Contemplamos então, um novo nascimento e aí surge uma série de quadros ante a nossa visão – um Panorama da Vida da nova vida que nos espera. Lembrando que esse Panorama da Vida irá conter somente os acontecimentos principais. Quanto aos detalhes é nos dada a própria liberdade de escolha. E essa visão do Panorama da Vida é do berço ao túmulo (ou seja: não é inversa) e o objetivo visto dessa maneira é mostrar como certas causas ou atos produzem certos efeitos.

Com a escolha feita prepara-se o nosso retorno ao nascimento, atraindo a quantidade de material necessário que deverão compor nossos Corpos e veículo para vivenciar naquele Panorama da Vida escolhido anteriormente.

Depois da escolha feita no Terceiro Céu, ficamos atrelados ao ajuste de contas e não podemos mais modificá-lo.

5 – Considerações sobre o Panorama de Vida “No Momento da Entrada do Espírito na Matriz do Útero Materno”.

Depois de atraído todo o material para composição de nossos Corpos e veículo que deveremos utilizar no novo nascimento ficamos com a nova roupagem flutuando constantemente próximo a nossa futura mãe que, sozinha, trabalha sobre o novo Corpo Denso nos primeiros dezoito ou vinte e um dias após a fertilização, antes que o feto possa entrar no corpo.

O momento de entrada na matriz vital do útero é de grande importância na nossa vida, como afirma Max Heindel, “pois quando se põe em contato pela primeira vez com a já mencionada matriz do Corpo Vital, novamente comtempla o Panorama da vida que tem pela frente, e o que foi impresso naquela matriz pelos Anjos do Destino com o objetivo de dar-lhe as necessárias inclinações para liquidar as causas maduras na vida futura”.

Porém, se nos rebelamos contra o que está reservado para nossa vida futura, podemos tentar escapar a essa nossa prisão do futuro Corpo Denso. Mas, não podemos mais romper essa conexão e ficarmos forçando essa saída, o que muitas vezes pode provocar o deslocamento da cabeça do Corpo Vital com a cabeça do Corpo Denso que está se formando na matriz. De modo que o Corpo Vital ao nascer não estará concêntrico com o Corpo Denso, isto é, a cabeça do Corpo Vital estará acima do Denso. Essa nossa ação poderá se manifestar em termos que nascer e viver mentalmente como um idiota congênito.

Mesmo em condições favoráveis, passar pelo útero sempre trará uma tensão grande e penosa. Daí a importância dos pais em viver o mais harmoniosamente possível durante a gestação de seus filhos; com esse ambiente será possível ajudá-los no próximo nascimento.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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