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Introdução à Astrologia Espiritual Rosacruz – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz

Ciência antiquíssima que se refere a influência dos corpos celestes sobre o Mundo e o ser humano e o prognóstico dos acontecimentos futuros

Max Heindel revelou a Astrologia espiritual, por meio da qual, as pessoas suficientemente qualificadas podem descobrir na Memória da Natureza.

Todos podem adquirir o conhecimento básico, rapidamente da Astrologia.

No entanto, para interpretar corretamente o destino do ser humano é necessário ter alcançado um certo grau de desenvolvimento espiritual.

Podem estudar-se os sucessos levantando um horóscopo desde diversos pontos de vista, como: horário, que corresponde a solução de dúvidas sobre alguma matéria; natal, em sua aplicação ao destino dos indivíduos.

Esta ciência é completamente certa, se bem o melhor astrólogo pode equivocar-se na interpretação, devido a que, como os demais seres humanos, é vulnerável.

Os Astros marcam exatamente o tempo da vida de um ser humano que os Anjos ou Senhores do Destino tenham elegido para que aquele pagasse alguma dívida ou receba um benefício, e escapar disso está fora do poder do ser humano.

Os Astros podem ser chamados, portanto, “O Relógio do Destino”.

Os doze Signos do Zodíaco correspondem à esfera; o Sol e os Planetas as marcas das horas, que indicam o ano; e a Lua ao minuto, que marca os meses do ano em que as diferentes partes de Destino Maduro de cada vida devem cumprir-se.

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Introdução à Astrologia Espiritual Rosacruz – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz

2. Para estudar no próprio site:

Introdução à Astrologia Espiritual Rosacruz

Por um Estudante

Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82

Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil

Traduzido, Compilado e Revisado de acordo com:

The Introduction to Rosicrucian Spiritual Astrology

1ª Edição em Inglês, 1995, The Rosicrucian Fellowship

pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

www.fraternidaderosacruz.com

contato@fraternidaderosacruz.com

fraternidade@fraternidaderosacruz.com

Sumário

INTRODUÇÃO.. 4

A Astrologia é uma Ciência Espiritual.. 7

Nascidos quando o Sol está em Áries, Touro ou Gêmeos: características originais e básicas. 11

Nascidos quando o Sol está em Câncer, Leão ou Virgem: características originais e básicas. 17

Nascidos quando o Sol está em Capricórnio, Aquário ou Peixes: características originais e básicas. 24

INTRODUÇÃO

Nos dias de hoje a ciência da Astrologia vem sendo desacreditada e considerada uma falácia. Do mesmo modo que o Clarividente, o astrólogo é visto como um charlatão, e não sem motivo. Anúncios como os que se veem em quase todos os jornais, oferecendo horóscopos que dizem o destino do berço ao túmulo pela magnífica soma de dez centavos, ou mesmo só por um selo postal, bastam para justificar de certo modo a designação de “fraude”. Essa conferência tem por finalidade mostrar a outra face pouco conhecida desta antiga e mal interpretada ciência. Mostra a sua utilidade e suas limitações.

Existem duas classes de Astrologia e duas de astrólogos: aquele que nem mesmo faz um horóscopo para seus clientes, mas simplesmente pede o mês de nascimento, que já diz em que Signo se encontrava o Sol por ocasião do nascimento da pessoa. Então eles copiam de um livro – ou de uma das doze fórmulas mimeografadas – o “destino” dessa pessoa.

Para quem raciocina é evidente que existem mais que doze classes de pessoas no mundo, e de acordo com o método acima cada décima segunda pessoa teria vida semelhante, quando é sabido que nem duas pessoas têm a mesma experiência e que cada vida é diferente de quaisquer outras. Por isto, qualquer método que não faça tal distinção deve ser falso.

O astrólogo de dez centavos é um bom negociante. Suas “interpretações” mimeografadas e despesas de correio somadas não vão além de dois centavos, de modo que em cada “horóscopo” ele sempre lucra oito centavos. Comercialmente tal lucro é enorme, mas torna-se insignificante comparado ao fato de que, em cada caso, o “astrólogo” apodera-se do endereço de um ingênuo, o que lhe permite, pelo seu regular sistema de “lembretes”, notifica-lo tempos em tempos de fatos muito importantes prestes a acontecer em sua vida. Tais fatos, acrescenta ele, poderá revelar por 1 dólar. E assim trabalha suas vítimas sistematicamente, até que por fim a experiência mostra a estas a falácia de tais prognósticos. São estas as pessoas que se levantam contra a Astrologia, classificando-a de fraude ou tolice.

O método científico exige primeiramente o dia e o ano do pretendente, pois tendo em conta todos os nove corpos celestes do Sistema Solar considera as posições de cada um deles em relação aos outros naquele momento. Tal configuração não se repetirá antes de transcorrido todo um ano sideral, isto é, só voltará a acontecer novamente após decorridos 25.868 anos comuns. Assim sendo, com o mesmo horóscopo de uma criança nascida hoje, outra criança só poderá nascer daqui a 25.868 anos. Contudo não é o bastante, porque calcula-se que a cada segundo nasce uma criança, perfazendo em 24 horas um total de nascituros, que haveriam de ter as mesmas experiências, se tivesse sido considerado apenas o dia do nascimento. Por conseguinte, o astrólogo científico, além do dia, mês e ano, pede ainda a hora e o lugar do nascimento pois é raro nascerem duas pessoas no mesmo lugar, à mesma hora e minuto. Até os gêmeos nascem com vinte minutos e até várias horas de diferença, o que também ocasiona bastante diferença. Quando nascem da mesma placenta (gêmeos verdadeiros ou univitelinos) e se parecem, o Signo zodiacal Ascendente no horizonte oriental é um fator importante na formação do Corpo Denso. Contudo, quando nascem de bolsas separadas e não se parecem (gêmeos fraternos) então um cálculo astrológico poderá mostrar que o primeiro nasceu nos últimos graus de um Signo Ascendente e o segundo nos primeiros graus do Signo Ascendente seguinte. Ou nasceram com várias horas do intervalo, pode até haver mais de um Signo entre os dois nascimentos, porque no movimento continuo de rotação da Terra um novo Signo desponta no horizonte equatorial a cada duas horas próximos dos polos, no entanto, alguns Signos passam rapidamente devido à inclinação do eixo terrestre, motivo pelo qual pode acontecer de existirem vários Signos entre os nascimentos de gêmeos. E isto fará com que suas vidas sejam muito diferentes.

Trecho da Conferência nº 10 do Livro Cristianismo Rosacruz – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

A ASTROLOGIA É UMA CIÊNCIA ESPIRITUAL

Seja bem-vindo a esta Introdução à Astrologia Espiritual Rosacruz. Você está iniciando a jornada em direção à autocompreensão e adquirindo a capacidade de compreender como seu vizinho opera. Astrologia é uma ciência espiritual. Envolve a relação entre o universo maior que está fora de nós e o universo pessoal, dentro de nós.

Astrologia é a ciência mais antiga que se conhece. A aceitação universal da Astrologia entre os antigos parece nunca ter tido um começo. As nações a têm reverenciado; é a alma ou espírito da astronomia, que ensina mais a constituição do que a mecânica dos corpos celestes.

Muitos dos grandes estudiosos do passado, incluindo Pitágoras, Galileu, Kepler, Sir Isaac Newton e outros de menor renome, usaram a Astrologia. A fábula, entretanto, foi com o tempo substituída pelo fato; o espírito do ensino oculto tornou-se materialista; as observações práticas das influências planetárias foram degradadas e tornadas visionárias, fantásticas previsões de sorte.

Nas últimas décadas, alguns, incluindo Max Heindel que fundou a Fraternidade Rosacruz, se esforçaram para ressuscitar a Astrologia e restaurar sua beleza e dignidade imaculadas, para ensinar e usar seus preceitos buscando guiar e ajudar os seres humanos que se esforçam para chegar a Deus.

Existe um ensinamento externo e um ensinamento interno — verdade exotérica e verdade esotérica, respectivamente. O mundo, em análise geral, está lentamente começando a tomar consciência das belas concepções esotéricas da Astrologia. Resumidamente, seu ensino básico é que o ser humano seja um Espírito imortal que foi colocado na vida terrena, uma escola de treinamento; que ele tem obrigações a cumprir, deveres a cumprir e, ao cumpri-los, prepara-se para trabalhos mais avançados e maiores.

A Astrologia demonstra que a vida é governada por Leis imutáveis que, se transgredidas, causam miséria e perda; no entanto, garante-nos que haja bênçãos na dor e que a tristeza e o sofrimento são os nossos professores mais eficazes. Ela ensina que, se falharmos em nosso dever durante esta vida terrena, devemos retornar repetidamente em outros corpos para desfazer o mal que cometemos e aprender sobre nossos erros, crescendo cada vez mais puros e divinos, subindo cada vez mais alto, para mais perto do Divino interior.

A Astrologia ensina que toda a vida é regulada por leis imutáveis de justiça eterna, que nossas fraquezas e pecados devem ser conquistados por nossa própria vontade, e que se isso não for feito voluntariamente, as leis da natureza eventualmente nos obrigarão a fazê-lo. Por meio do conhecimento da Astrologia, podemos compreender melhor as leis gêmeas do renascimento e das consequências, pois, ao interpretar o horóscopo, vemos a causa do evento.

A Astrologia, em seu sentido mais elevado, é um verdadeiro guia para a vida. Para ser prático, deve sempre combinar o lado espiritual com o material, procurando resolver os problemas e condições do dia a dia. Deve apontar o caminho para viver e pensar melhor. Deve provar, sem que haja dúvida, que a virtude seja a sua própria recompensa inestimável e que a felicidade e o sucesso sejam nossos por direito na proporção exata em que os adquirimos por meio do serviço altruísta. Podemos ter oportunidades afortunadas, mas apenas na medida em que nos esforçarmos para aproveitá-las é que o que está previsto acontecerá.

Em nosso momento de nascimento, com nossa primeira respiração, as vibrações manifestas naquele dia e hora, em um local específico da Terra, deram a cada um de nós um mapa de nascimento. Cada um de nós nasceu no período em que as posições dos Astros do sistema solar nos deram as condições necessárias para nossa evolução e avanço na escola de experiência que chamamos de vida. Esse padrão básico está conosco por toda a vida.

O mapa natal mostra nossos potenciais e tendências. Tudo o que qualquer pessoa pode ver em um mapa natal são tendências que podem se tornar fatos, se não fizermos algo para alterá-las. As estrelas induzem, mas não obrigam. O horóscopo mostra o material com o qual começamos a construir nosso caráter e destino. Mas não mostra a força da nossa vontade. Podemos nos elevar acima do nosso horóscopo e governar nossas estrelas.

Quanto mais altamente desenvolvidos nos tornamos espiritualmente, menos permitiremos que os Astros nos dominem. A pessoa menos desenvolvida é impelida sem resistência ao longo da maré da vida, em qualquer direção que as vibrações planetárias a dirijam.

O horóscopo natal é o “projeto de vida”, pois revela as sementes que nós, como indivíduos, devemos replantar em vida e os métodos pelos quais podemos ou não cultivar nossos campos. Também mostra a extensão potencial das nossas colheitas subsequentes. O horóscopo é a representação de um Ego individual, uma centelha da Chama Divina evoluindo em direção a um glorioso estado de ser sob a influência de tremendas forças cósmicas, impelida, mas não compelida, por elas, a tomar certos cursos de ação. Os traços mais íntimos de caráter e as qualidades espirituais do ser humano real são indicados pelo horóscopo que nos dá evidências de que a Astrologia é essencialmente uma Ciência espiritual, tratando o ser humano como um Espírito.

Nas gerações futuras, quando a Astrologia tiver sido amplamente aceita e praticada, o ser humano será mais bem esclarecido sobre suas condições, suas tendências e a orientação de suas faculdades para adquirir conhecimento da sua evolução. Ele desfrutará do glorioso privilégio de governar a si mesmo, ganhando nobreza de caráter e grandeza moral, ao dirigir inteligentemente suas energias.

Para o Estudante da Fraternidade Rosacruz, a Astrologia é uma fase da Religião, basicamente uma Ciência espiritual. Mais do que qualquer outro estudo, ela revela o ser humano a si mesmo. Nenhuma outra ciência é tão sublime, tão profunda e tão abrangente. A ciência divina da Astrologia revela as causas ocultas agindo em nossas vidas. Aconselha o adulto quanto à vocação, o pai na orientação dos filhos, o professor no manejo dos Estudantes e o médico no diagnóstico de doenças.

Nenhum outro assunto ao alcance do conhecimento humano parece conter as possibilidades abertas aos astrólogos, de ajudar as pessoas a alcançar sua própria dignidade como deuses em formação. Astrologia é uma disciplina que liga a mente intuitiva à mente racional, o coração à cabeça.

Como sabemos, uma jornada de mil milhas deve começar com uma única etapa. E essa etapa é aprender os fundamentos da Astrologia. Os doze Signos do Zodíaco representam os princípios fundamentais e inerentes a todas as formas; nos Signos, todos os mistérios da vida podem ser encontrados. A divina Ciência da Astrologia é a chave para todo conhecimento.

Vamos abordar os Signos solares na Parte II. O Sol é o Astro sob o qual cada um de nós nasceu. O Signo Solar é o fator mais importante na interpretação do horóscopo. Ele indica a forma como uma pessoa expressa seu potencial básico de energia e seu impulso criativo para crescer e se desenvolver como indivíduo.

Nascidos quando o Sol está em Áries, Touro ou Gêmeos: características originais e básicas

Áries é o primeiro Signo do Zodíaco. O Sol fica em Áries, aproximadamente, de 20 de março a 21 de abril. Visto que ele entra em cada um dos Signos em várias datas, dependendo do ano, as efemérides é a ferramenta a ser usada para mostrar a hora e a data exatas do ano que ele entra.

Nesta época, todo o Reino vegetal está grávido da força vital que permaneceu adormecida, armazenando a energia vital necessária para o desabrochar dos vegetais.

Áries representa aquela porção do ciclo anual que contém toda a força latente do ano anterior e, tendo ela como base, dá à luz tudo na Natureza. Áries é a ressurreição da vida.

O glifo que representa Áries pode ser interpretado de várias maneiras. Do ponto de vista puramente físico, ele simboliza as sobrancelhas e o nariz, duas partes do Corpo Denso que estão sob o governo de Áries.

Áries é o Signo de novos começos. A pessoa que tem o Sol em Áries está em processo de construção de uma personalidade. Os arianos são agressivos e diretos, ao se expressar. A frase-chave para Áries é “Eu sou”.

Quais são as qualidades do Carneiro que é o símbolo do Signo de Áries? Liderança, força que investem contra qualquer obstáculo em seu caminho; impaciente, sem a vontade de esperar que os eventos amadureçam, a pessoa de Áries tende a correr para lugares onde os Anjos têm medo de pisar. Os arianos são os pioneiros do Zodíaco. Eles são bons executivos e ótimos para iniciar projetos. São as pessoas com ideias originais. Eles têm iniciativa e nunca lhes falta coragem.

Não tente dirigir a vida de alguém nascido sob Áries. Eles fazem o que querem, quando querem. Qualquer interferência traz ira contra o ofensor. Os arianos são os iniciantes do Zodíaco, mas podem perder o interesse, se o ritmo diminuir ou as coisas se complicarem.

Áries está, de fato, resolvendo desafios de coordenação, conservação de energia e completude. Anda a tal velocidade e é tão exigente que cansa as outras pessoas muito antes de estarem prontas para desistir.

Do ponto de vista universal, Áries é o primeiro impulso da força vital à atividade, é a descida da Centelha Divina à Manifestação. Onde quer que Áries seja colocado em seu horóscopo, a Casa que ele governa é onde você, como Espírito, começa a operar.

Áries governa a cabeça e todos os órgãos importantes associados a ela, principalmente os olhos. Também representa o cérebro e encontramos muitos pensadores inovadores nascidos sob este Signo. Em assuntos de saúde, Áries é especialmente propenso a lesões na cabeça e no rosto, já que muitas vezes “pula antes de olhar”. Seu temperamento é facilmente agitado, mas rapidamente se extingue.

O objetivo final de Áries é semear: dar pensamentos, vida, energia e amor.

Agora, vamos ao Signo de Touro: o período de influência de Touro começa por volta de 21 de abril e termina em 22 de maio, aproximadamente. Touro traz para nós o período de plenitude. Este é um período de cultivo, pois o solo é rico e está aberto às sementes, que agora podem ser plantadas.

Touro representa aquela parte do ciclo anual que retirou a força vital e potencial de Áries e lhe deu forma nas manifestações físicas da Natureza. Touro origina a plenitude da vida ressuscitada.

Ele é o sinal de força e determinação. Os taurinos nasceram para dominar a matéria física.

Eles se esforçam pela verdade espiritual, trabalhando com os aspectos práticos da vida. Gostam das coisas boas e muitas vezes concentram sua atenção em aquisições materiais. A frase-chave para Touro é “Eu tenho”. O amor ao conforto, satisfação e prazer também é uma característica das pessoas nascidas sob este Signo. Touro é, no Zodíaco, o Signo do dinheiro. Mas o dinheiro é o símbolo do valor e não o valor em si.

A Casa que é governada por Touro em qualquer mapa indicará nosso senso de valores, bem como onde podemos ser trancados no mundo da matéria. Quando o Sol está em Touro, as lições básicas da vida se relacionam à aquisição de um verdadeiro senso de valores.

Os taurinos são metódicos, firmes e obstinados. Você pode levar um touro até a água, mas não pode empurrar sua cabeça sem estar em apuros. Ao lidar com um taurino, a ação indireta é melhor. Com Áries você pode ser rápido e ir direto ao ponto. Mas os taurinos se acostumam a novos conceitos gradativamente. Eles são gentis e amigáveis. É muito difícil irritá-los, mas quando ficarem com raiva, não tente discutir. É melhor esperar até que esfriem. Os taurinos têm um forte senso de lealdade e muitas vezes se sobrecarregam com as dores e problemas de seus amigos. Eles são intensamente ciumentos e consideram os afetos de outra pessoa como sua propriedade.

As qualidades que precisam ser superadas em Touro são o excesso de posse, o ciúme e a ganância. Elas estão baseadas no medo da perda. Aquele que não deseja possuir não teme a perda. A qualidade mais necessária para o Signo de Touro adquirir é o desapego.

Touro rege o pescoço, a garganta e as orelhas e tem afinidade com o sistema linfático. A glândula tiroide também está sob seus raios e, como essa glândula está bastante ligada aos processos metabólicos do Corpo Denso, muitos taurinos descobrem que têm dificuldade para converter seu alimento em energia física. Isso não os impede de comer, no entanto; sendo especialmente propensos a ganhar peso.

Todos os taurinos devem investigar seus talentos criativos, retirá-los da terra e trazer à luz do Sol para crescer.

Agora, ao Signo de Gêmeos: O Sol está em Gêmeos aproximadamente de 22 de maio a 22 de junho. As folhas das árvores e as flores estão em plena floração e a natureza pintou seu quadro criativo com todo o seu entusiasmo e brilho. Os animais jovens, embora ainda apegados às mães, estão prontos para dar os primeiros passos, enquanto vagam pelas planícies e florestas, explorando seu novo mundo. No Reino humano, os exames finais forçam os alunos a se envolverem mais com seus estudos; tanto os livros quanto as escolas são governados por Gêmeos.

A interpretação mais óbvia do símbolo de Gêmeos é o numeral romano II. Isso define perfeitamente a natureza dualística desse Signo. Gêmeos representa as forças duais, a oposição do humano e do divino em todos nós.

Gêmeos é um Signo intelectual, de ar, o que lhe confere a frase-chave “Eu penso”. Os geminianos identificam, classificam e lidam com a comunicação. Eles são bons professores, escritores, repórteres e vendedores. Precisam de uma vocação em que possam se mover e misturar com outras pessoas. Não podem se sentar em uma cadeira por oito horas, pois têm uma atitude “não me cerque”.

Áries é o pioneiro da terra, Touro a cultiva e Gêmeos explora regiões vizinhas, encontrando novas estradas. O personagem de Gêmeos é essencialmente o da criança que sempre pergunta “por quê?”.

Ele está muito preocupado com a natureza das relações que existem entre as pessoas, objetos e ideias, constantemente tentando ampliar esses entendimentos. É a borboleta do Zodíaco, porque sua Mente está sempre se empenhando em examinar todos os lados de qualquer situação que ele puder ver.

Gêmeos está sempre em busca de segurança intelectual em meio a suas experiências em constante mudança. Ele gosta de viagens contínuas e mudanças de ambiente. É o mais versátil e adaptável dos Signos, mas não é conhecido por sua concentração e persistência. A variedade é o tempero da vida, como eles a veem, e essa perspectiva os torna temperamentais.

Os geminianos devem trabalhar para adquirir calma tanto mental quanto corporal. Eles podem começar tentando manter as mãos e os pés parados e comer lentamente. Eles são os inconformistas do Zodíaco. Devem manter sua separação e permanecer diferentes daqueles ao seu redor. Eles sentem que para que seu potencial seja totalmente realizado devem estar livres de todo tipo de escravidão.

Os geminianos têm uma grande variedade de conhecimentos, talentos, interesses e ideias. O objetivo final deve ser a tentativa de encontrar um ponto central onde todas essas facetas possam se unificar como um todo. A chave do sucesso para o geminiano está em sua habilidade de permanecer o regente da sinfonia da própria vida, enquanto toca cada um dos instrumentos da sua personalidade. Gêmeos é o mais duplo de todos os Signos e os geminianos têm personalidades divididas, enquanto não entendem a função da Mente e aprendam a controlá-la. Para a maioria de nós, colocar a Mente em controle é uma tarefa muito difícil; no entanto, para os geminianos é uma necessidade.

Gêmeos governa as mãos e os braços, bem como grande parte do sistema nervoso.

Nascidos quando o Sol está em Câncer, Leão ou Virgem: características originais e básicas

O período de influência de Câncer vai de 22 de junho a 23 de julho, aproximadamente. Durante o mês de Câncer, a grande onda de força vital que predomina nos Signos anteriores cessa e começa o processo de crescimento secundário, aumentando o tamanho da planta em maturação. No Reino animal, muitos dos recém-nascidos, embora não sejam ainda completamente independentes das mães, estão fortes o suficiente para se tornar membros estabelecidos da comunidade. Em Câncer, ainda sentimos as sensações energizantes da primavera, mas a força do novo ciclo anual é subjugada e suavizada.

Câncer é o Signo da Mãe do Mundo, a que dá forma à semente implantada em seu ventre pelo Pai. No mundo físico, o símbolo de Câncer representa os seios, dois pequenos círculos, cada um ligado a um semicírculo. Um semicírculo está voltado para cima e o outro, para baixo. Isso significa que Câncer está constantemente ocupado em reunir os recursos necessários para que seus filhos recebam sempre os nutrientes vitais para a vida. Então, podemos ver que há um dualismo inerente ao caráter do Caranguejo. Por um lado, as pessoas são extremamente generosas com seus sentimentos e posses; no entanto, em contrapartida, estão constantemente conspirando para possuir o objeto da sua generosidade.

Os cancerianos nascem sob o Signo da sensibilidade emocional. Câncer é o Signo materno, sustentador e nutridor do zodíaco. É o Signo do útero, da casa, do lar, do interior de todas as coisas. A frase-chave de Câncer é “Eu sinto”. Os cancerianos possuem instintos de proteção e defesa altamente desenvolvidos que visam à segurança material e doméstica. O Caranguejo carrega sua casa nas costas e entra nela, quando é ameaçado por forças externas.

Os Antigos representavam Câncer pela figura de uma mulher com a Lua sob os pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. Esse símbolo também foi usado por São João em Apocalipse para representar a restauração triunfante do feminino caído, a Eva do Gênesis, ao seu estado divino e original. Essa exaltada figura feminina é um símbolo dos grandes Iniciados da Hierarquia de Câncer, os Querubins. Um dos mais elevados Iniciados dessa Hierarquia é a Mãe Cósmica do universo ao qual este planeta, a Terra, pertence.

A Lua como governante de Câncer significa geração; Netuno exaltado em Câncer significa regeneração. A transmutação de geração em regeneração é o novo nascimento — aquele sobre o qual Cristo falou a Nicodemos quando ele veio ao Mestre “à noite”. A nota-chave na Bíblia para Câncer é encontrada nas palavras de Cristo: “Se o homem não nascer de novo, não poderá ver o Reino de Deus. … A menos que um “homem” nasça da água (Lua em Câncer) e do Espírito (Júpiter em Câncer), ele não pode entrar no Reino de Deus (Netuno em Câncer)”.

Esse é um dos ensinamentos mais explícitos sobre a Iniciação dados por Cristo durante Seus três anos de ministério. Todos os seres humanos conhecem o nascimento natural sob a Lua em Câncer; mas poucos são os que aprendem a trilhar o “caminho estreito e apertado” da renúncia à carne e dedicação ao Espírito, a via implícita na exaltação de Júpiter e Netuno em Câncer. No entanto, essa é a verdadeira e única chave para a ascensão da consciência por meio da qual o ser humano é elevado do nascimento natural ou “da água” para a divina unificação no nascimento “do fogo” e Espírito.

Câncer é o mais subconsciente de todos os Signos, nele tudo está latente e escondido. Nenhum problema é claro ou direto. Como o caranguejo, que se esquiva de qualquer objeto que se aproxima dele, os cancerianos não são diretos ou imediatos na ação. Ao contrário de Gêmeos, que responde à vida por meio da Mente, os cancerianos respondem pelos sentimentos. Você não pode argumentar com eles quando estão emocionalmente perturbados, pois têm dificuldade em separar o que sentem do que pensam e podem ficar à mercê de seus humores; bons em um dia, maus no outro. Eles absorvem qualquer atmosfera ao seu redor sem perceber e devem, é certo, cercar-se de pessoas felizes.

Com gentileza, os cancerianos podem ser dirigidos facilmente, porque são naturalmente compreensivos. Se forem forçados, eles se tornarão imóveis. Eles não gostam de receber instruções sobre como fazer as coisas e devem concluir as tarefas por conta própria. Quando envolvidos em alguma posição de responsabilidade, são pontuais e eficientes, dispostos a orientar as coisas para uma conclusão bem-sucedida.

Um dos principais objetivos do canceriano é tentar viver mais no presente. Eles têm o hábito de se preocupar com o fim, antes de começar. Devem aprender que o futuro está no presente. O que é feito ou pensado agora determina o que se manifestará amanhã, como resultado desses pensamentos e ações.

Leão é o Signo do Pai que dá a vida. É através desse Signo que a verdadeira personalidade do ser humano pode ser expressa.

O Sol está em Leão aproximadamente de 23 de julho a 24 de agosto. É o calor do Sol de Leão que amadurece os frutos trazidos da terra pelas vibrações de Câncer. As colheitas do ser humano são, portanto, desenvolvidas até o estado de crescimento mais abundante, antes que a colheita de Virgem adquira as recompensas de seus esforços anteriores. O ser humano é agora chamado para longe do seu trabalho, pois o calor de agosto é opressor. Ele tem a chance de fazer uma pausa e se afastar de suas tarefas habituais para obter a força da qual precisará para fazer a colheita. Leão pode invocar o corajoso e magistral senhor da selva ou o gatinho covarde que, como o leão em O Mágico de Oz, precisa de um coração para animá-lo com a força da vida.

O coração, o pulso central do ser, é a parte do Corpo Denso regida pelo quinto Signo. Se examinarmos o glifo de Leão, veremos que o primeiro círculo aberto é a veia que conduz à câmara coronária e principal (o semicírculo grande). O segundo círculo aberto figura a artéria que retira do coração o sangue recém-bombeado para que seja distribuído, pelo sistema circulatório, ao resto do Corpo Denso.

Vimos que Áries, Touro e Gêmeos abriram caminho para a evolução da unidade tribal simbolizada por Câncer. Leão não é o que foi eleito o chefe da tribo; entretanto, o governante de uma tribo própria. Leão é o Signo da autoconsciência, assim como Câncer é o Signo da consciência instintiva. Há dignidade, respeito próprio, coragem e integridade nos indivíduos evoluídos. Eles são honestos, diretos e totalmente confiáveis quando evoluem; arrogantes e Egoístas, quando estão envolvidos com seu próprio Ego, ao invés do seu “Eu superior”.

A fé e a lealdade de Leão para com aqueles que amam são muito fortes; às vezes, são apegados demais e precisam aprender o verdadeiro desapego. Toda energia e poder vêm do Sol que governa Leão, porém a Luz e o Poder podem aquecer ou queimar, criar ou destruir. A vontade de alguém deste Signo deve se tornar a vontade de Deus; ou ele estará em apuros.

O símbolo deste Signo é o leão, denotando majestade, poder e dignidade. Leão é um Signo real que expressa orgulho em cada movimento e uma imponência que não passa despercebida aos olhos atentos. O poder aumentará a autoconfiança dos leoninos de forma surpreendente, a ponto de parecerem brilhar, realmente. Enquanto eles sentirem que estão em uma posição de autoridade e responsabilidade, farão o que for preciso para justificar a confiança que neles foi depositada. Atuam bem em posições de responsabilidade e gestão, expressando sua criatividade ao estabelecer políticas.

São práticos, filosóficos e espirituais. Eles vêm à vida com uma confiança interior que irradiam para o meio ambiente. É essa qualidade que inspira as pessoas a depositar sua fé e confiança neles, os de Leão. Se a autoconfiança se transformar em vaidade, entretanto, descobrirão que os outros se afastarão com a mesma facilidade.

As virtudes de Leão são grandes; e assim podem ser seus defeitos. Seu destino é alto. Nenhum ser humano pode ser um verdadeiro líder até que esteja disposto a ser o servo de todos.

O Sol fica em Virgem de 24 de agosto a 23 de setembro, aproximadamente. Virgem é o mês da colheita do verão, porque as safras amadureceram com o calor do Sol de Leão. O ser humano descansou durante o mês de agosto para obter forças, voltar aos campos e colher o que a Terra generosa lhe deu. Virgem significa movimento na terra; é o símbolo do trabalho e das recompensas obtidas mediante a diligência no serviço.

Virgem é a colheita totalmente amadurecida, ainda intocada pelas mãos do fazendeiro e cheia de toda a vitalidade potencial das colheitas abundantes. Assim, Virgem é a virgem que, em seu estado casto, é potencialmente dotada com os frutos da feminilidade.

A força de Virgem reside na latência do poder contido na energia que o seu ser não liberou. O símbolo que representa Virgem é uma representação do seu governo sobre os intestinos. As espirais do glifo de Virgem são, portanto, vistas como ilustrações daqueles segmentos do trato digestivo que são regidos pelo sexto Signo.

Para aqueles que nasceram sob o Signo de terra de Virgem, o centro do universo é o trabalho. Eles estão sempre buscando o conhecimento que colocará a matéria sob o controle da Mente. Por meio dessa busca, eles aprendem que a Mente do ser humano seja um bom servo, mas um mau mestre. Os virginianos precisam aprender que, embora o Corpo Denso deva servir à Mente, em última análise é a Mente que deve servir ao Espírito.

Os virginianos são meticulosos em seu trabalho, prestando muita atenção aos detalhes, fazendo com cuidado e eficiência. Eles gostam de pôr ordem na confusão. Na sua melhor forma, contribui com eficiência e um desempenho brilhante do dever. Às vezes, porém, confere estreiteza de visão, quando a única preocupação é o trabalho.

Eles submetem seu mundo a uma análise microscópica. Ocasionalmente, ficam absortos em trivialidades ao ponto de se tornarem cegos ao significado amplo de um problema. Por fim, os virginianos desenvolvidos aprendem a distinguir entre o essencial e o trivial. Depois que esse poder de fazer distinções evolui, os virginianos podem se tornar grandes estudiosos, críticos construtivos, editores excelentes — tudo com uma perfeição que é exigente. A frase-chave de Virgem é “Eu analiso”.

O Signo de Virgem também rege a saúde. Nesta fase da sua evolução, os virginianos devem aprender que os sábios não exaurem as energias do Corpo Denso preocupando-se ou trabalhando demais. Medos e apreensões podem levar à doença, embora os virginianos tenham uma resistência física maravilhosa às doenças, uma vez que a Mente desenvolve a disciplina. Os virginianos devem ter cuidado para não serem críticos demais. Sua Mente analítica pode levá-los a críticas negativas, irritabilidade e o encontro de defeitos.

No esquema universal das coisas, Virgem representa o símbolo do Cristo oculto em cada ser humano, a semente plantada na terra que deve enraizar-se nas trevas e romper seu invólucro para lutar pela luz. Virgem é o último dos Signos pessoais ou envolventes (introvertido) e é o limiar do nascimento do ser humano interior. A personalidade é desenvolvida de Áries a Virgem; a alma é desenvolvida de Virgem a Peixes.

Nascidos quando o Sol está em Capricórnio, Aquário ou Peixes: características originais e básicas

O Sol está em Capricórnio de 21 de dezembro a 21 de janeiro, aproximadamente. O sono do inverno finalmente chegou. As noites do hemisfério norte estão mais longas. A energia do homem agora está completamente voltada para dentro, em sua busca de autoexpressão. Durante a solenidade dessa estação, o homem tem tempo para pensar em seus planos para a próxima primavera, quando ele voltará a germinar. Enquanto o inverno traz uma quietude exterior, a inquietação interior e expressiva do desejo de viver e sobreviver está sempre presente.

Capricórnio é representado por duas variações, a Cabra da Montanha e a Cabra do Mar. Seu glifo é mais representativo da Cabra do Mar. O topo do símbolo representa os chifres e a cabeça do animal, enquanto a curvatura da metade inferior pode ser vista como a cauda curva de um peixe.

O joelho é a parte do Corpo Denso humano que o emblema de Capricórnio representa. Essa importante articulação é que permite ao homem ser ágil em sua ascensão, pois apenas uma locomoção limitada pode ser gerada, quando as pernas estão rígidas e inflexíveis. No tipo superior de Capricórnio, o joelho cede para permitir que o homem se ajoelhe diante da Divindade para que lhe venha, por meio da humildade, a inspiração.

Capricórnio enfrenta riscos calculados em sua escalada às alturas, com persistência paciente. Os capricornianos podem exemplificar as mais altas ou mais baixas qualidades de que a natureza humana é capaz. Eles são capazes de grande força e têm um forte senso de propósito.

Como eles usam essa força e qual será esse propósito é a questão crítica. “Como posso usar isso?” difere de “Como isso pode ser útil para outras pessoas?”. O materialismo é muito forte no povo de Capricórnio. O dinheiro é extremamente importante para eles; não pelo dinheiro em si, mas pelo poder que exerce no mundo exterior.

Eles temem ser dependentes de outras pessoas quando envelhecem e essa necessidade de segurança pode torná-los frugais, se não generosos. Respeito e recompensa devem ser conquistados no Signo de Capricórnio. As qualidades positivas das pessoas capricornianas são a liderança, a paciência, a persistência, a eficiência e a praticidade. Eles são ambiciosos e dispostos a trabalhar muito arduamente pelo que desejam. Há força e integridade no tipo superior de capricorniano. Eles são confiáveis e são os disciplinadores do Zodíaco. “Faça porque eu digo” é o que eles dizem, porque não entendem fácil ou prontamente os sentimentos do outro.

Eles têm grande fé em seu próprio poder e nunca recuam voluntariamente. Eles sobem alternando segurança e ambição como objetivos. Eles são velhos quando são jovens e jovens, quando envelhecem. Como Saturno rege Capricórnio, os nativos tendem a ser melancólicos e, às vezes, solitários. Mas eles têm personalidades sensíveis e desejam ser muito apreciados.

O Sol fica no Signo de Aquário aproximadamente de 20 de janeiro a 19 de fevereiro. Embora no hemisfério norte haja uma abundância de neve e chuva durante o período de influência do Portador de Água, a chegada do dia torna-se cada vez mais aparente. As pessoas sentem o movimento crescente em direção à primavera e têm a certeza de que um clima mais quente e agradável esteja a caminho. O bebê nascido em Capricórnio se desenvolve e, com seu crescimento, as esperanças, os desejos e planos da Humanidade para uma vida renovada e melhor também se cumprirão.

O símbolo de Aquário representa, no plano físico, o movimento dos tornozelos, a parte do Corpo Denso regida por esse Signo. Em outro nível, o simbólico, as duas linhas são as serpentes da sabedoria. O que está acima é a mente intuitiva que reflete grandes conceitos na serpente racional, abaixo. O símbolo é o Portador de Água que significa a consciência que está sendo derramada da sua urna. Ele derrama na Humanidade a força vital da energia espiritual. Desperta a compreensão de que todos os homens são irmãos, conceito que pode ser entendido intelectualmente, mas apenas “visto” intuitivamente.

Os aquarianos são os pioneiros mentais, os indivíduos com visão de futuro que vivem no porvir e não no passado. Eles são extrovertidos, impessoalmente amigáveis e parecem ter uma grande dose de confiança. Sua natureza rígida não é aparente na superfície, mas os aquarianos são inflexíveis em relação a suas ideias e não podem ser empurrados para algo que não queiram.

Existe um desapego em sua personalidade que pode ser enlouquecedor para aqueles que estão imersos em emoções. Os aquarianos abordam a vida por meio do seu intelecto e é difícil para eles entender quem responde a ela emocionalmente. Eles funcionam excepcionalmente bem nos campos científicos ou em trabalhos de pesquisa de qualquer tipo.

Quando estão evoluindo e suas emoções são suavizadas, nenhum Signo é mais magnânimo ou monumental. Quando eles “sentem” amor em vez de “pensar” amor, são grandes almas. Ninguém pode “pensar” no amor; é preciso “sentir”. Os aquarianos geralmente têm dois tipos de amigos e nunca os dois se encontram. Eles têm o tipo tradicional e conservador (Saturno) e o tipo inconvencional (Urano).

Os aquarianos fazem seu melhor trabalho com outras pessoas ou organizações que tentam concretizar algum ideal. Em tais atividades, sua excelente memória, criatividade, conhecimento, amor pela liberdade e humanitarismo encontram expressão. Eles estão envolvidos com as pessoas; a Humanidade é a “coisa deles”. Para eles, não há fronteiras entre os países: abaixo com passaportes e vistos, é o que dizem.

Para o aquariano, não existe diferenças reais entre as raças ou os chefes. É vital para ele que todas as pessoas sejam tratadas da mesma forma e que trabalhem juntas, porque o objetivo individual deve residir nos esforços do grupo.

O que eles precisam fazer para equilibrar seus desejos e visões com a realidade é entender que, embora todos os seres humanos sejam criados igualmente, eles não nascem iguais nem compartilham as concepções e ideais de Aquário. Há pessoas que não são capazes de realizar as tarefas necessárias à vida humana, nem todas evoluíram ao mesmo nível de consciência.

O Sol está em Peixes aproximadamente de 20 de fevereiro a 20 de março. O final de fevereiro e março são épocas de turbulência atmosférica, quando torrentes de chuva e ventos fortes descem sobre a terra. Há um grande propósito para essas atividades, já que a chuva e as temperaturas mais altas que as acompanham servirão para lavar a neve e o gelo do inverno. A Terra ficará úmida e fértil à medida que absorver a água celestial. Ela se tornará receptiva ao plantio da primavera e permitirá que as sementes e os botões de Áries floresçam com vida. A Humanidade está agora em plena expectativa pela chegada dos meses mais quentes. Está ansiosa para terminar e deixar de lado suas tarefas atuais para ativar novos pensamentos e projetos. Esse é um período de inquietação, pois embora não seja exatamente primavera, definitivamente não é mais inverno.

A parte do Corpo Denso sob a influência de Peixes são os pés. O glifo representa os dois saltos amarrados, significando a limitação de movimento, o pagamento das dívidas, o carma, para a terra. Os pés são a única parte do Corpo Denso que está em constante contato físico com a Terra e, portanto, absorvem as vibrações do nosso planeta mãe. Os pés suportam o peso de todo o Corpo Denso, por isso não é de admirar que os piscianos muitas vezes se sintam totalmente responsáveis pelo bem-estar daqueles que amam ou por todos os aspectos de qualquer projeto em que se envolvam.

Peixes é o último Signo do Zodíaco e aqui o eu interior se prepara para sair do mundo. Está resolvendo aquilo que não foi esclarecido nos outros onze Signos. Em Peixes, um peixe nada rio abaixo, representando a personalidade, e o outro, nadando rio acima, simboliza a alma. Ou a alma captura a personalidade e a torna sua serva ou a alma é amarrada e fica cativa pela personalidade. Isso pode trazer sofrimento para as pessoas nascidas em Peixes. O lema espiritual de Peixes é “servir ou sofrer”. A escolha está aí e é ou uma ou outra. Peixes é o Signo mais sensível do Zodíaco e as emoções são fortes e profundas aqui, podendo se manifestar na forma de mau humor. O mundo não é seu habitat e a necessidade de fugir dele é muito grande. Os piscianos precisam ficar sozinhos e se afastar do contato com o mundo para manter o equilíbrio. Para a renovação, tudo deve retornar à sua fonte.

Quando os piscianos não estão conectados com a fonte interior do seu Ser, eles podem tentar escapar do mundo por meio do álcool ou drogas. Os piscianos amam profundamente a música e são excelentes músicos, quando buscam a música como obra de arte. Eles são médicos maravilhosos e, em qualquer área da medicina, fazem um trabalho excelente. Os piscianos são altruístas, amáveis, devotados e ansiosos para se sacrificar por aqueles que os cercam. Na verdade, eles são cegos para todos os defeitos daqueles que amam, em que confiam. Os piscianos ficam desorientados, caso não reconheçam ou não confrontem todas as complexidades de suas próprias vidas. Depois de fazer isso, seu “eu” fica absorvido no serviço e o mundo inteiro é transformado em uma esfera radiante onde até mesmo as coisas comuns parecem brilhar.                                                                                

F I M

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Espíritos Esclarecidos e o Vegetarianismo

Os Espíritos Esclarecidos e o Vegetarianismo

O vegetarianismo, tão velho como o mundo, foi sustentado pelos grandes espíritos; não nasceu da imaginação de um cérebro doentio, mas corresponde a uma realidade científica.

Desde os tempos mais remotos, os moralistas, legisladores, chefes de escolas científicas, filosóficas ou religiosas condenaram os excessos alimentares, pregando a seus concidadãos, discípulos ou adeptos a abstinência de toda carne (mamífero, aves, peixes, répteis, anfíbios, “frutos do mar” e qualquer outro do reino animal). Sem remontar à época dos magos, dos sábios da Índia, da China primitiva e do Egito, momento em que o vegetarianismo desfrutava grande prestígio, lembremos que entre os hebreus, os nazarenos praticavam a completa abstinência de carne.

Os pelasgos viviam de frutas; os pitagoristas alimentavam-se de frutas, queijo, legumes variados, pão e mel. Pitágoras, ele próprio, que morreu centenário, dizia, falando da carne: “Temei, ó, mortais, poluir vosso corpo com uma alimentação abominável”.

Platão não tolerava o uso da carne, senão para os soldados. Ele a proibia aos cidadãos de sua República ideal: “Sua alimentação”, preconizava ele, “será de farinha de trigo e de cevada, sob a forma de pão e pastéis. Usarão também sal, azeitonas, queijo, cebola, hortaliças cruas, figo, ervilha e fava. Assim, tranquilos e cheios de saúde, chegarão até à velhice e deixarão a seus filhos a herança de uma vida feliz”. Muito frugal, Platão nutria-se, sobretudo, de figos.

Os neoplatônicos da Escola de Alexandria, Longin, Jamblique e Porfírio, mantiveram a doutrina do mestre e condenaram a carne.

Tais ideias foram professadas por outros sábios. Crísipo, Socion e Sextus sugeriram-nas a Sêneca, que foi partidário do regime vegetariano.

Plutarco afirmava o seguinte.

  1. Nada há de mais natural que a repugnância que se experimenta ao comermos a carne dos animais.
  2. Só os homens primitivos a puderam suportar, por uma cruel necessidade.
  3. O uso de carne induz à ingratidão, barbárie e sensualidade desordenada.
  4. O homem não tem a constituição dos animais onívoros. Ele então acrescenta: Falais de dragões selvagens, panteras e leões, mas vós mesmos nada deveis a esses animais em crueldade, pois o morticínio é para eles uma necessidade, visando à nutrição, ao passo que para vós é um regalo, além do que tendes de usar os artifícios dos temperos para dissimular a repugnância.

Ovídio fez uma profissão de fé vegetariana que pôs na boca de Pitágoras. Depois de ter condenado a morte dos animais, ele diz: “Não era assim naquele tempo que denominamos a idade de ouro, em que o homem se contentava com as hortaliças e as frutas que abundavam na Terra, não maculando a boca com o sangue dos animais”.

Ninguém ignora com que força os Pais da Igreja se têm levantado contra o uso da carne. “Seguimos o exemplo dos lobos e dos tigres!”, exclamava São João Crisóstomo. “Ou, antes, somos piores do que eles, pois Deus nos honrou com o senso da equidade”.

Recomendava Clemente de Alexandria: “Guardai-vos desses alimentos. Não vos basta uma tão grande variedade de frutas, leite e toda sorte de alimentos secos? Aqueles que se reúnem em torno de mesas intemperantes cevam suas doenças e desenvolvem uma que considero vergonhosa, a que denominaria de demônio do ventre”.

Sem dúvida poderão objetar que tais ensinamentos, oriundos da antiguidade, não se poderiam aplicar aos nossos climas nem à nossa existência, devido à agitação dos tempos modernos. Dirijamo-nos, então, aos modernos.

Voltaire, nas Cartas de um indiano, comprazia-se em desvendar as baixezas da cozinha europeia, insistindo prazerosamente nos sabores nauseabundos da carne e da gordura dos animais.

Diderot e J. J. Rousseau defenderam resolutamente o vegetarianismo. O autor de Emile observava que os camponeses comiam menos carne e mais verduras do que as mulheres das cidades. Esse regime parecia mais favorável a elas e a seus filhos. Aos “necrófagos” eu aconselharia meditar sobre a seguinte página do poeta inglês Schelley.

“A anatomia comparada nos mostra que o homem se assemelha aos animais frugívoros e nada tem dos carnívoros; nem as garras para se apoderar da presa nem os dentes cortantes para a despedaçar viva. Somente pelo preparo, à custa de inteligentes manobras da arte culinária, é que se consegue tornar a carne mastigável e digestível.”

“Concito aqueles que aspiram a uma vida saudável e feliz que façam uma experiência imparcial do vegetarianismo. Não obstante a excelência desse regime, é somente entre os seres humanos esclarecidos que se pode esperar que sacrifiquem seu apetite e seus preconceitos… pois as pessoas de vistas curtas, vítimas de doenças, preferem acalmar seus tormentos com drogas a preveni-los com um regime atóxico, equilibrado e saudável.”

Schelley insiste, em seguida, nas enormes vantagens econômicas e sociais de uma reforma alimentar.

Lamartine, o mavioso poeta francês, criado por sua mãe nos princípios do vegetarianismo, conta que aos doze anos viveu só de pão, laticínios, verduras e frutas. “Minha saúde”, disse ele, “não foi menos perfeita por isso nem meu desenvolvimento menos rápido e é provavelmente a esse regime que eu devo esta pureza de estilo, esta sensibilidade requintada de impressões, esta doçura serena de humor e de caráter que conservei até esta época”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de dezembro/1965)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Sentido Metafísico da Arte

O Sentido Metafísico da Arte

A Arte é uma forma de expressão do ser humano. Por intermédio dela revela-se seu nível de consciência.

Em seu estágio primitivo o ser humano procurou conhecer as coisas que o rodeavam e reproduzi-las dentro de suas limitadas possibilidades. O ser humano das cavernas deixou difusas marcas de sua existência, incapazes, porém, de permitir aos modernos pesquisadores um estudo mais acurado de sua consciência. Com o passar do tempo a capacidade de percepção daquele ser primitivo foi se aprimorando e formas mais detalhadas foram gravadas nas rochas, embora revelando uma Arte ainda bem rudimentar.

Como a evolução interna do ser humano faz evoluir também todos os campos onde ele atua, essa manifestação artística tornou-se mais clara e compreensível. O gradativo refinamento da mente e dos sentimentos conduziu a uma dinamização das faculdades criativas. Ele passou a criar não só com perfeição, mas também com beleza. O artista, sempre voltado para o belo, liga-se aos planos superiores da natureza, a verdadeira fonte de todas as suas aspirações.

A verdadeira Arte é indissociável da sensibilidade. Somente uma alma sensível pode captar sons e cores em sua verdadeira pátria, nas regiões denominadas de Primeiro e Segundo Céus nos ensinamentos da Sabedoria Ocidental.

Assim como o Mundo Físico é a região das formas, o Mundo do Desejo e o Mundo do Pensamento são, respectivamente, o plano da cor e do som. Diz Max Heindel no Conceito Rosacruz do Cosmos que a música celeste é um fato e não mera figura de retórica. Pitágoras fala na “Harmonia das Esferas” e Goethe, no prólogo de Fausto, faz menção a essa sinfonia celestial.

Na realidade, a diferença vibratória entre o Mundo do Pensamento e o Mundo Físico é tão acentuada que daquele chegam apenas ecos a esse plano. O som original não resiste à queda de vibração, não podendo ser percebido em sua inteireza por ouvidos físicos. As belas sinfonias de Beethoven, por exemplo, são pálidas reproduções do que o grande mestre conseguiu captar nas dimensões superiores da natureza. Eis porque é válido dizer-se que a “música é a linguagem dos Anjos”.

É importante destacar que o primeiro órgão de sensibilidade desenvolvido pelo ser humano foi o ouvido.

No longínquo Período de Saturno — o primeiro estágio da nossa manifestação — uma Hierarquia Divina, os Senhores da Chama, deu-nos o germe daquele que seria nosso atual Corpo Denso e também a capacidade de desenvolvimento da audição. São João, no primeiro capítulo do seu Evangelho, diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”. Sendo o som um poderoso fator desde o princípio da criação, é inegável a importância do desenvolvimento da audição.

As experiências do poeta assemelham-se às do músico. A poesia é expressão dos mais íntimos sentimentos da alma. As palavras ordenam-se conforme as leis da harmonia e ritmo que regem a expressão do espírito da música.

O artista tendo a faculdade de ver, ouvir e sentir a natureza de maneira diferente, mais ampla e aperfeiçoada do que o comum das pessoas, poderá expressá-la nas Artes plásticas, na música, poesia, transmitindo até vislumbres de sua origem divina aos apreciadores de suas obras. Ele o faz também porque sente a necessidade de eternizar seus pensamentos e sentimentos.

O indivíduo, qualquer que seja seu grau de evolução, não quer se submeter ao temporal, mas sim transcendê-lo. Isso é válido tanto para o primitivo ser humano das cavernas como para o da Renascença ou do Modernismo.

O indivíduo procura perpetuar-se na literatura, na música, na dança, nas Artes plásticas. O dançarino, naquele breve momento, projeta-se no tempo. O mesmo ocorre com o músico, porque aqueles momentos de execução de um número musical ficam gravados nos registros da natureza. Aquele instante é uma eternidade. Aliás, quem entende de eternidade é o próprio espírito. Na arquitetura o ser humano quer tornar a necessidade do “habitat” numa obra de Arte que perdure além do tempo.

A Arte é uma forma de educação permanente. Um povo cercado de beleza sob a forma de jardins, florestas, edifícios, esculturas e música torna-se refinado em seus sentimentos e unido em suas aspirações.

A manifestação artística é uma linguagem universal. É o mais abrangente canal de comunicação de sentimentos. Goethe denominou-a de “a magia da alma”. Schiller afirmou: “A Arte restitui ao indivíduo a sua dignidade”. E Carlyle: “Em toda a obra de Arte discernirás a Eternidade, contemplando através dos tempos a Divina Manifestação visível”.

Na Grécia antiga floresceu uma magnífica civilização e sua maior característica era tudo expressar com requintada beleza. Orfeu adormecia os animais fazendo soar docemente a sua lira. Nas grandes obras de escultura resplandeciam a beleza e harmonia como na representação de Eros e Psiché — a Alma e o Amor. Aquela magnífica civilização produziu artistas, filósofos, poetas, até hoje considerados verdadeiros mestres da Sabedoria.

Max Heindel afirma no Conceito: “A Religião, a Arte e a Ciência são os três meios mais importantes da educação humana. São uma trindade numa unidade. Não podemos separá-las sem torcer o ponto de vista de qualquer coisa que investiguemos. A verdadeira Religião compreende a Ciência e a Arte, porque ensina a viver belamente em harmonia com as leis da natureza. A verdadeira Ciência, no mais elevado sentido, é artística e religiosa porque nos ensina a reverenciar e a nos conformar com as leis que governam nosso bem-estar e explica porque a vida religiosa conduz à saúde e beleza. À verdadeira Arte é tão educativa como a Ciência e de influência tão aperfeiçoadora como a Religião”.

“Na arquitetura encontramos a mais sublime representação das linhas de força cósmica do universo. Enche o observador espiritual de uma poderosa devoção e adoração, nascida da concepção da grandeza e da majestade de Deus. A escultura e a pintura, a música e a literatura, imbuem-nos de um transcendental amor de Deus, o manancial e a meta de todo este formoso mundo”.

“Nenhuma outra coisa, a não ser esse ensinamento integral poderá corresponder permanentemente às necessidades humanas. Noutro tempo, entre os gregos de Religião, a Arte e a Ciência eram ensinados conjuntamente nos Templos de Mistérios. Tornou-se necessário, para melhor desenvolvimento de cada uma delas, separá-las durante algum tempo”.

“A Religião reinou suprema na Idade Média. Durante esse tempo escravizou a Ciência e a Arte, atando-as de pés e mãos. Logo veio o período da Renascença e a Arte floresceu em todos os seus domínios. A Religião era muito forte ainda, e a Arte bem depois degenerou, à serviço da primeira. Por último, chegou a vez da moderna Ciência que, com mão de ferro, subjugou a Religião. Tal estado de coisas não pode continuar. Deve produzir-se a reação. Se assim não fosse a anarquia dominaria o Cosmos. Para evitar tal calamidade a Religião, a Ciência e a Arte devem reunir-se numa expressão do Bom e do Verdadeiro, mais elevado do que antes da separação”.

Os gregos, porque recebiam uma formação integral, conheciam o sentido metafísico das Artes. Era costume entre as mulheres da Grécia antiga, quando grávidas, ficarem retiradas, permanecendo tranquilamente em seus lares. Rodeavam-se do Belo, ocupavam-se de forma útil e agradável lendo ou estudando filosofia e Arte. Tinham plena certeza de que criando essa atmosfera espiritual a criança por nascer seria dotada de formas belas e caráter elevado.

A dança, ocupava em lugar de destaque no sistema educacional grego, a ponto de Platão crer que através dela seria possível surgir uma nova ordem social. Na expressão corporal encontramos a primeira forma de comunicação do ser humano. E, como as primeiras sociedades humanas eram teocráticas encontramos a dança inserida nos rituais religiosos como meio de comunicação com a divindade. Com o passar do tempo perdeu o sentido místico. Acabou sendo considerada uma prática pagã e mundana e daí foi abolida da ritualística nos templos.

A Arte não escapa ao momento ideológico e espiritual que a sociedade está vivendo. Assim, com o advento da Idade Média, as Artes em geral passaram a servir a Religião.

A estrutura social predominante na Idade Média era rígida, condenando cada indivíduo a um destino hereditário. Como havia total insegurança do povo quanto ao futuro, somente a vida religiosa oferecia algum conforto.

A cultura era accessível a apenas uma minoria, representada pelo clero. O ser humano medieval era letrado, supersticioso e extremamente místico. E todo ideário artístico-filosófico greco-romano foi abandonado por ser considerado resquício de paganismo. Entretanto, o pensamento de Aristóteles acabou sendo redescoberto na Idade Média por São Tomaz de Aquino. A filosofia aristotélica abrange a natureza de Deus (metafísica), do ser humano (ética) e do estado (política).

Como já dissemos, o indivíduo medieval era extremamente místico. Esse misticismo, levado a tais níveis, dotava as pessoas de Clarividência negativa a ponto de poderem observar os espíritos da natureza. Eram comuns as narrativas de duendes, fadas, etc.

No Hemisfério Norte, o verão é o tempo em que aparecem os duendes e demais entidades semelhantes, a quem cabe trabalhar pelo desenvolvimento material do nosso planeta. E, na noite de São João, no Festival das Fadas, esse processo chega ao seu ponto culminante como demonstrou Shakespeare em “Sonhos de Uma Noite de Verão”.

Algumas lendas que inspiraram os contos infantis, como por exemplo o da Branca de Neve e os Sete Anões, têm sua origem na Idade Média.

A Arte medieval era simples e refletia sempre o sentimento religioso. Só temas sacros eram representados, com algumas exceções. Os templos eram ornamentados com afrescos contando a História Sagrada e figuras de santos. Na música destacava-se o Canto Gregoriano e as peças teatrais eram encenadas nas igrejas abordando sempre temas religiosos.

Por falar em igrejas, é necessário lembrar a importância da Arte gótica no período medieval. O gótico nasceu na França, no século XII. As catedrais de Canterbury (Inglaterra) Notre-Dame (Paris) e a de Milão são um exemplo notável dessa Arte. Há quem afirme haver uma correlação entre à forma das catedrais góticas (com arcos ogivais formando o interior), as pirâmides e a junção das palmas das mãos quando se ora. Seriam uma maneira de catalisar energias cósmicas?

Lenta, quase imperceptivelmente, algumas mudanças começaram a surgir. Os “Mistérios” foram gradativamente restaurados, graças a ação dos Alquimistas e trovadores. Através da poesia trovadoresca ou Provençal algumas verdades profundas eram transmitidas às pessoas, como se fossem parábolas, em jogos realizados nos castelos. Na lenda de Tannhauser encontramos menção a esses jogos.

As ciências, vez por outra, encontravam uma fresta por onde pudessem manifestar-se. Assim é que Roger Bacon, filósofo inglês, versado também em matemática e ciências naturais, realizou experiências no campo da ótica e da propagação das forças. Bacon faleceu em 1292.

Mas o grande acontecimento dessa época deu-se no século XIII, quando Christian Rosenkreutz fundou a Ordem dos Rosacruzes com o “objetivo de lançar uma luz oculta sobre a mal-entendida Religião Cristã e para explicar o mistério da vida e do ser humano desde um ponto de vista científico, em harmonia com a religião”.

Diz Max Heindel no Conceito: “Vários séculos se passaram desde o nascimento de Christian Rosenkreutz e muitos consideraram um mito a existência do fundador da Escola de Mistérios dos Rosacruzes. Todavia, seu aparecimento marcou o princípio de uma nova era na vida espiritual do Ocidente”.

“Esse excepcional Ego tem surgido em contínuas existências físicas num ou noutro dos países europeus”. Trabalhou com os alquimistas durante séculos antes do advento da moderna ciência. Foi ele que por um intermediário inspirou as agora mutiladas obras de Bacon. Jacob Boehme e outros, dele receberam a inspiração que tão espiritualmente iluminou seus livros. Nas obras do imortal Goethe e de Wagner encontramos a mesma influência. Todos os espíritos inquietos que se recusam a subordinar-se à ciência e à ortodoxia da religião, que fogem das escravidões e procuram penetrar nos domínios espirituais sem pretensões de glória ou vaidade, inspiraram-se na mesma fonte, como fez e faz o grande espírito que animou Christian Rosenkreutz”.

O que ocorreu na Europa por volta do século XIII foi algo muito mais importante do que se possa imaginar. Alguns artistas e pensadores tornaram-se pioneiros da Renascença ao reverenciarem os ideais artísticos da Antiguidade. A Renascença não foi um fenômeno súbito do século XIV, uma ressurreição do interesse pela cultura clássica da Grécia e Roma. O Renascimento pode ser considerado uma fase de reação às doutrinas aristotélicas. As ideias de Platão foram difundidas e adotadas pela nova visão humanista e racional do mundo e da ciência.

Na Idade Média a vida girava em torno da sacralidade, do divino. Deus era o centro e a razão de todas as coisas. No Renascimento essa visão se modifica. O ser humano passou a ver o mundo em função de si próprio, elegendo-se como o novo centro do Universo. O desenvolvimento desse humanismo se fez com a recuperação do patrimônio filosófico e artístico da civilização greco-romana.

A expansão marítima, ampliando o conhecimento do mundo, deu dimensões universais ao pensamento. Surgiram os estados centralizados em forma de monarquias absolutistas. Com o aparecimento de uma nova classe social — a burguesia — desintegrou-se a velha estrutura feudal. O capitalismo suplantou o feudalismo. Apareceram as cidades. Em busca de novas técnicas de produção diferentes campos começaram a ser pesquisados.

Toda essa evolução não poderia expressar-se através de formas artísticas da época medieval, dominadas pela religiosidade. Uma nova Arte se desenvolveu para exprimir o mundo novo. As formas artísticas adotadas assemelham-se às da Antiguidade Clássica. A cruz latina que durante toda a Idade Média fora o motivo básico das plantas das igrejas cedeu lugar à cruz grega (com os ramos de igual comprimento) para que as construções se tornassem simétricas em relação a um ponto central. Muitos arquitetos, considerando o círculo uma forma geométrica perfeita, viam-no como o mais adequado às obras dedicadas a um Deus perfeito. A basílica de São Pedro e a famosa igreja de Florença são de estilo renascentista.

O Renascimento não se limitou apenas ao campo da ciência, Artes e letras. Passou a influenciar, também, a educação, a política e a própria religião. Passou a vigorar um intenso humanismo. Viver a vida e conhecê-la tanto quanto possível generalizou-se como atitude.

Alguns iluminados renascentistas expressaram em suas vidas aquela formação integral que a Grécia antiga oferecia, quando ciência, Arte e religião se completavam harmoniosamente. Assim é que Michelangelo foi escultor, pintor, arquiteto e poeta. Leonardo da Vinci foi artista, filósofo e cientista. Outros gênios daquela época revelaram em suas obras notáveis conhecimentos ocultos.

Max Heindel em “Iniciação Antiga e Moderna” afirma: “O pintor Raphael empregou seu maravilhoso domínio do pincel para exteriorizar a luz dos mais profundos conhecimentos esotéricos em seus melhores trabalhos: “A Madona Sistina” e o “Matrimônio da Virgem”. Cópias dessas admiráveis pinturas encontram-se em qualquer lugar onde se vende quadros. No original nota-se uma tonalidade particular no halo dourado atrás da Madona e da Criança que, ainda que excessivamente grosseiro para uma pessoa dotada de visão espiritual, é, não obstante, uma imitação tão exata e fiel da cor básica do Primeiro Céu, como é possível obter-se com pigmentos e cores terrenas. Uma observação atenta de seu fundo revelará o fato de que esse halo amarelo é composto de uma infinidade de figuras desses seres que chamamos de Anjos, com cabeças e asas. O papa está representado apontando a Senhora e o Cristo menino.

Examinando-o atentamente vê-se que a mão com que aponta tem seis dedos. Não há indícios históricos afirmando que o papa teria tal deformidade. Os seis dedos da mão foram pintados deliberadamente pelo autor. Qual foi seu propósito nós podemos verificar se examinarmos seu quadro “Matrimônio da Virgem” no qual pode-se notar anomalia semelhante. Maria e José estão representados com o menino Jesus no momento de sua fuga para o Egito e um rabino está nas proximidades. O pé esquerdo de José é o detalhe mais adiantado e evidente do quadro e tem seis artelhos. Nos dois casos os seis membros representam o sexto sentido, faculdade que se obtém por meio da Iniciação. Por esse sutil sentido o pé de José foi guiado em sua fuga para manter a salvo aquele tesouro sagrado. No outro caso, o papa tem um sexto sentido indicando que não era “um cego guiando outros cegos”, mas alguém possuidor de uma visão espiritual”.

Há um trabalho de Michelangelo, na igreja de San Pietro in Vincoli, em Roma, que deixa todo mundo intrigado. Nele Moisés está representado com cornos (chifres). Sabemos pelo estudo dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental que Moisés foi o arauto da Idade de Áries, o cordeiro. Eis porque Michelangelo demonstrando grande sabedoria pintou-o com cornos.

Por ser uma expressão do espírito, a Arte reflete um momento peculiar da sociedade. E a sociedade europeia passava por transformações. Os monarcas absolutistas tornaram-se poderosos e opulentos graças, principalmente, às riquezas das colônias do Novo Mundo.

Essa nova ordem de coisas, política e social, provocou a renovação do estilo renascentistas. Surgiu o barroco, estilo originário da Itália e cujo apogeu alcançou os séculos XVII e XVIII.

Embora inspirado na arquitetura antiga, o barroco era muito exuberante em suas formas. Caracterizava-se pela grandeza excessiva, artificialidade, ornamentação extravagante e ampla utilização: de recursos clássicos como a coluna, a cúpula, esculturas de cenas mitológicas, abundância de detalhes decorativos na superfície. A capela do Santo Sudário (Turim), a abadia de Alcobaça (Leiria, Portugal), várias igrejas da Bahia, Minas Gerais e Pernambuco são construções de estilo barroco.

A música, após a Idade Média, evoluiu admiravelmente. Para termos uma ideia dessa evolução, retrocedamos no tempo. Quando a Terra ainda se encontrava em formação, o ser humano valia-se do ritmo para expressar-se musicalmente. É interessante acrescentar que o ritmo está ligado à formação dos Corpos Denso e Vital.

A expressão musical foi se aprimorando a ponto de ao ritmo agregar-se a melodia. Com o advento do Cristo surgiu um terceiro elemento: a harmonia. Por volta do ano mil da nossa Era ela passou a aparecer com mais frequência, formando a tríade melodia, harmonia e ritmo. Até então a harmonia não era muito usada em composições musicais. As apresentações eram realizadas somente com voz humana ou com instrumentos, porém, tocados isoladamente.

Na Renascença ocorreu a redescoberta de técnica da harmonia, conhecida apenas pelos iniciados da Grécia antiga.

(Publicado na revista Serviço Rosacruz – 10/86)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Que a Teoria de Renascimento Revela: mitiga o temor da Morte

O Que a Teoria de Renascimento Revela: mitiga o temor da Morte

Vejamos o que a crença no renascimento pode fazer por nós em nossa vida neste plano físico. Primeiramente revela o fato de que o ser humano sendo consciente de si e agindo de acordo com seus desejos, torna-se responsável por suas ações. Essas ações, sob a Lei de Consequência, (isto é, o efeito que resulta da causa) ajudam a modelar sua vida. Aprende que colhe bons frutos pela ação reta e dores e sofrimentos pelos maus atos.

Não pode escapar dessas consequências, pois se não aparecerem na vida atual, aparecerão em vida posterior como destino maduro a ser dissolvido, às vezes em situação mais difícil, quando é maléfico. Portanto, o ser humano tem muitos incentivos para se tornar melhor. O renascimento vem ao encontro da doutrina da Ressurreição, pois, por seu intermédio, o aguilhão da morte é removido e perdida a vitória do túmulo, porquanto o que desapareceu tornará a aparecer.

O renascimento revela a eternidade da vida, proporcionando alegria de viver e aspirações na evolução. Os fracassos nesta vida poderão tornar-se vitórias na vida futura por meio de novas oportunidades para vencer o que hoje nos cerceia.

As repetidas vidas no correto viver nos habilitam a conhecer de onde viemos, para onde vamos e porque estamos aqui, bem como o que o futuro nos reserva acerca da liberdade de escolha.

O renascimento revela a sabedoria de Deus e a justiça das Suas Leis, a Santidade da vida e, sobretudo, a grandeza do ser humano feito à imagem Divina.

A crença no renascimento não é coisa recente; existe na Índia desde tempos antigos; é encontrada no Budismo; contida no Corão, o livro sagrado de Islã; é conhecida dos Lamas do Tibete. Foi ensinada por Pitágoras e dos gregos foi transmitida à primitiva Igreja Cristã. É religiosa, filosófica, e também podemos dizer, científica.

Na verdade, a morte não existe. O que assim parece é uma perda temporária de consciência num período de transição, quando passamos de um degrau para outro superior na escada da evolução.

Erradicando o temor da morte de nossas vidas pelo conhecimento do renascimento, a transmutação e a transfiguração guiam o curso das nossas vidas para os portos celestes da paz e do amor.

“E quando tenha terminado meu trabalho na Terra
E meu novo trabalho no céu comece,
Esqueça eu os louros que ganhei
Enquanto trabalho pelos outros”.

Autor Desconhecido

“Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. São João 3:3

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz em 9/1975)

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