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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Sugestão para o seu Exercício Esotérico de Meditação nesse período: Renúncia

A Quaresma, estação na qual o Discípulo se submete a disciplinas restritivas em benefício da vida superior, chega sob o Signo de Peixes. O objetivo supremo que é dado ao ser humano aspirar se alcança somente por meio de uma série progressivas de renúncias. Na etapa do Discipulado a natureza dos pioneiros faz muita falta, tal como indicou Cristo quando disse: “Aquele que ama a seu pai e a sua mãe mais que a Mim, não é digno de Mim; e o que ama a seu filho ou a sua filha mais que a Mim, não é digno de Mim; e o que não toma a sua cruz e Me segue, não é digno de Mim.” (Lc 14:26).

Os laços baseados somente no sangue não podem substituir nunca uma irmandade espiritual, tal e como Cristo veio a estabelecê-la. Recorde quando Ele perguntou: “Quem é minha mãe?” e “Que são meus irmãos”, e quando respondeu à pergunta dos seus: ‘Porque aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão e minha mãe‘.” (Mt 12:46-50).

O que é pedido a nós é que abandonemos o inferior pelo superior, alargar o parentesco até que inclua toda a humanidade. Isso só pode ser conseguido quando a personalidade separatista e egocêntrica se torne submetida ao controle do espírito, o qual reconhece sua unidade essencial com todos os espíritos, porque está indissoluvelmente aparentado, por meio da paternidade de Deus.

A humildade é a verdadeira marca da iluminação. Quanto mais sábia é uma pessoa, mais é sensível e modesta. Quanto mais aprende, menos sabe que sabe. Um verdadeiro astrônomo permanece reverente ante as vastas extensões de céus estrelados, sabendo que existem infinitos mundos mais além da sua visão. Um verdadeiro ocultista se inclina, em reverente submissão, ante uma infinitude de sabedoria que excede sua capacidade de compreensão; sente-se como uma criança brincando na areia, à margem de um mar ilimitado e misterioso.

Um magnífico exemplo de humildade pode ser encontrado em São Pedro, o pisciano dos Discípulos. São Pedro considerava sua maior honra em seguir a Cristo e a servir Sua causa. Quando chegou a hora em que São Pedro devia segui-Lo na crucifixão, manifestou sua própria indignidade para ser colocado na cruz de pé, como foi Cristo e pediu para ser crucificado de cabeça para baixo. E isso para um homem cujas emanações espirituais se dizia que eram tão potentes que quando a sua sombra passava pelos enfermos, esses eram curados instantaneamente.

Peixes é um Signo de Água e água está correlacionada com a natureza emocional. Quando alguém obtém o domínio sobre as suas emoções, é porque obteve o controle do elemento Água. Essa é a lição que Cristo ensinava a São Pedro quando lhe ordenou que caminhasse sobre as águas. Naquele momento, no entanto, São Pedro ainda não tinha dominado suas emoções. Se Cristo não o salvasse, ele afundaria. Mais tarde, quando já era regente de suas paixões, São Pedro caminhou sem medo para se reunir com Cristo. Isso é conhecido no esoterismo como Iniciação pela Água. Depois dessa experiência, São Pedro experimentou a mais transcendente beatitude de sua vida.

Pitágoras acostumava levar seus Discípulos mais avançados às margens de um lago e ali, por meio do poder combinado e concentrado de todos, agitar a superfície do lago e, logo, acalmá-la, até que na água se refletisse a formosura do céu. Aconselhava-os a acalmar suas Mentes até que nenhum menor pensamento as alterasse. Quando o Aspirante consegue isso, se revela toda a glória de seu verdadeiro “eu”.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Sol transitando pelo Signo de Peixes (fevereiro-março)

Quando o Sol está transitando por Peixes, durante o mês de março, a força dourada de Cristo volta a surgir, desde o centro da Terra, e alcança a superfície do Planeta em uma antecipação da Ressurreição pascal. Como é o Signo da dor e da renúncia, Peixes tipifica também a Crucifixão. Assim como o Cristo Cósmico experimenta a dor da renúncia e da crucifixão ao penetrar na Terra, na época do Equinócio de Setembro, do mesmo modo experimenta o espírito da Terra certo vazio, quando o espírito de Cristo abandona o corpo planetário na época do Equinócio de Março.

Peixes é o último Signo antes do nascimento do novo ano, um período de recapitulação e de autoexame. Marca o pôr do sol de uma vida anterior e o amanhecer de uma nova vida.

A Quaresma culmina com o Sol em Peixes, quando os raios desse Signo da Água se derramam sobre a Terra.

Peixes, trabalhando por meio do elemento Água, está ensinando a humanidade a Lei do Equilíbrio. Essa lei expressa o segredo do perfeito equilíbrio e, em sua integridade, só é conhecida na Terra pelos Mestres. Por não ter alcançado ainda o equilíbrio, os seres humanos, em geral, ainda que possam observar sua atuação na natureza, não são capazes de apreciar seus efeitos dentro de si mesmos. O melhor exemplo de equilíbrio pode se observar, perfeitamente, quem sabe, no fluxo e refluxo do mar. Quando o ser humano for capaz de manifestar em si mesmo uma polaridade completa, terá vencido a enfermidade, o tempo de vida aqui e a morte.

A constelação de Peixes será a morada da Onda de Vida humana, nós, quando todos nós hajamos alcançado a perfeição.

Os que aprenderam a caminhar na Trilha da Santidade e seguirem a Cristo até esse último e elevado objetivo concluíram seus ciclos terrestres de renascimentos. Suas dívidas de destino maduro foram saldadas e todos os laços terrenos, cortados, pois todas as lições que tinha que aprender nesse atual Esquema de Evolução aprendeu!

Tais seres são conhecidos como “os Compassivos”, os “Irmãos Maiores”, que já não necessitam das lições terrenas. São livres para passar a uma existência gloriosa na constelação de Peixes. No entanto, esses grandes seres podem voltar, por vontade própria, na obediência ao preceito espiritual de que “aquele que mais ame é aquele que melhor serve”.

Frequentemente renunciam aos privilégios e às oportunidades daquele plano, com o objetivo de servir aos seus irmãos e suas irmãs menos adiantados da Onda de Vida humana.

Humildade, obediência e serviço são as notas-chaves das vidas dos Irmãos Maiores.

O Discípulo que alcança o domínio do seu “eu pessoal” e que caminha na Trilha da Santidade, por meio de Peixes, até o fim, se dará conta de que trocou sua cruz na glória dourada de seu “vestido de bodas” no qual ele funciona, livre e triunfante, com o Cristo que sai.

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