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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Sacramentos Cristãos

Os Sacramentos Cristãos

A presente fase de nossa evolução, aqui no plano físico, vivemos na condição de obscuridade espiritual.

Mas, as Hierarquias Criadoras nos têm prestado uma maravilhosa ajuda por meio das Sagradas Escrituras.

Sabemos que através da Bíblia o ser humano tem recebido mais luz espiritual.

A Bíblia foi dada à humanidade pelos Anjos do Destino, que estão acima de todo erro, e que permanecem sempre dispostos para auxiliar aqueles que buscam compreensão, conforto e sabedoria.

E mesmo assim levará muitos anos (e, talvez vidas) para que possamos compreendê-la inteiramente.

Pois, ela é na verdade um elo dos Anjos com a humanidade. E dentro desse livro sagrado e que serve para nos dar mais impulso espiritual encontramos os Sacramentos Cristãos, que são verdadeiras dádivas de crescimento espiritual.

Os Sacramentos estão relacionados com a transmissão dos Átomos-sementes que formam os núcleos dos nossos diferentes corpos e veículos para cada nascimento aqui, na Região Química do Mundo Físico. Em que “Sacr” significa o “portador do germe”. Seria o germe do nosso corpo colocado em terreno fértil, que no caso do Corpo Denso nada mais é do que o útero da mãe.

E quais são os sete Sacramentos dados por Cristo aos seus Apóstolos? São: Batismo, Confirmação, Sagrada Comunhão (Eucaristia); Matrimônio; Penitência; Ordem Sacerdotal e Extrema-Unção.

Eles são simbolizados por rituais de curta duração, porém seu propósito é de nos prover de uma contínua ajuda para o nosso crescimento espiritual.

Não consideremos os Sacramentos como meras cerimônias, mas sim como exercícios espirituais de grande poder para o ser humano.

E toda vez que lemos a Bíblia e invocamos a ajuda dos Anjos do Destino, assim também quando vivemos o verdadeiro significado dos Sacramentos, estamos atraindo o Raio de Cristo para nosso preparo evolutivo.

Vamos falar agora do Sacramento do Batismo. Quando nos referimos ao Batismo, logo vem a nossa mente a criança que, após o nascimento no Mundo Físico, é levada pelos pais à Igreja para o ritual do Batismo, quando o ser humano se torna um herdeiro do céu. No Evangelho Segundo São Mateus em 3:11, lemos: “Eu vos batizo com água, em sinal de penitência…”. Mas devemos buscar uma outra explicação para o verdadeiro sentido do Ritual do Batismo. Vamos retroceder na nossa história evolutiva e buscar lá na verdadeira Memória da Natureza (que está no Mundo do Espírito de Vida) as imagens daquele tempo antes de formar o Planeta Terra, tal como conhecemos hoje. Era um lugar escuro e sem forma, como mostra no Livro do Gênesis em 1:2: “A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas”. Era uma massa ígnea que gerava calor e sua volta era rodeada por água fervente e então o vapor foi jogado para a atmosfera. E, assim, Deus disse: “Faça-se um firmamento entre as águas e separa ele uma das outras”. E quando se completou o processo de evaporação, houve a formação de uma crosta em volta deste centro ígneo. E a terra foi se solidificando.

E nós habitávamos essa terra nos lugares mais duros e resfriados. Mas nossa forma era muito diferente do que somos hoje. Éramos enormes e pesados. Tínhamos apenas percepção interna. O nosso desenvolvimento era voltado para dentro. Só conseguíamos perceber as qualidades espirituais e não os materiais, pois ainda não tínhamos aberto os olhos. Não existia nenhuma nação ou raça. Constituíamos uma vasta fraternidade, uma grande família, em que não havia o egoísmo, a astúcia, a maldade. Mas, vivíamos numa condição de inocência infantil. E todos estávamos em contato com o Espírito Universal que nos guiava em tudo. Ainda no final desse momento nesse Esquema de Evolução, quando ganhamos o germe da Mente e começamos a trabalhar com esse veículo, o utilizamos na forma de justificar os nossos desejos mais inferiores, desenvolvendo a astúcia e todos os meios para conseguir o que queríamos, fosse para o bem ou para mal dos outros (e de nós mesmos). Tornamo-nos egoístas e até egocêntricos. E, depois, quando deixamos a atmosfera desse lugar, a Atlântida, abrimos nossos olhos e percebemos a Região Química do Mundo Físico, ocasião em que tomamos consciência do nosso “Eu” individual; por uso e abuso da força sexual criadora nos tornamos mais egoístas e mais astutos, o que provocou nosso distanciamento dos demais. Sob a Lei de Consequência fomos nos tornando cientes do motivo dos sofrimentos gerados por nós mesmos e aos poucos fomos nos reparando e evoluindo. Essa compreensão da vida, de seus males e da morte só poderia ser assimilada pelo coração, já que a razão estava envolta em conquistar, adquirir, acumular egoisticamente. As experiências adquiridas em vidas anteriores e nesta vida têm nos ensinado que o “caminho largo” é dotado de dores, tristezas e desenganos; porém, quando se trilha o “caminho estreito” e reto podemos até sublimar a morte e entrar para a vida eterna. Mas, hoje quando conseguimos progredir no caminho evolutivo e passamos a apreciar as bênçãos da fraternidade vencemos o egoísmo, e cultivando o altruísmo poderemos então submeter-nos ao Ritual do Batismo. E quando sentimos o nascimento de Cristo dentro de nós, estamos em contato direto com essa inspiração divina, e esse é o primeiro passo para o Batismo. O Batismo Místico pode ocorrer em qualquer lugar e qualquer hora. O Batismo Espiritual do Cristo místico produz o sentimento Fraterno Universal. O verdadeiro significado do Sacramento do Batismo é o anseio germinal do Espírito por uma vida superior, o plantio de uma semente espiritual. E devemos fazer parte dessa grande Fraternidade, deixando de lado o proveito próprio, egoísta e buscar o principal incentivo para ação que é o serviço amoroso e desinteressado para com os outros, sempre focando esse serviço na divina essência oculta em cada irmão e em cada irmã. Cristo define esse tipo de serviço na seguinte frase: “Aquele que quiser ser o maior entre nós, seja o servo de todos”.

Vamos agora, tratar do Sacramento Cristão da Confirmação: esse Sacramento está relacionado com a imersão do nosso Espírito na matéria. Quando desejamos ardentemente obter novas experiências ingressamos para um novo nascimento. Assim, atraímos por meio do Átomo-semente de cada Corpo e do veículo Mente o material a ser utilizado como base para a construção deles para a próxima vida aqui. E então fazemos a escolha para o renascimento e, com a ajuda dos Anjos do Destino, somos auxiliados a escolher o panorama da próxima vida e construir a teia do destino para que nenhum ato nosso se frustre no cumprimento do destino escolhido. Depois de tudo pronto confirmamos o nascimento para uma nova vida aqui, onde aprendemos mais e colocamos em ação os ensinamentos obtidos em vidas passadas.

Agora, vamos ao Sacramento da Sagrada Comunhão (a Eucaristia): a Comunhão está relacionada aos Corpos Vital, Desejos e à Mente. Nós como Egos, Espíritos Virginais manifestados da onda de vida humana, começamos nossa peregrinação através da matéria e chegamos a uma Época aqui no Período Terrestre conhecida como a Época Lemúrica. Quando em formação, recebemos ajuda das grandes Hierarquias Criadoras que guiavam todos nossos passos. Até o alimento que comíamos era escolhido para que pudéssemos obter o melhor material apropriado para construir os vários veículos de consciência para o nosso processo de crescimento anímico. Lembrando que naquela Época a nossa consciência era voltada para dentro de nós mesmos (para construirmos os nossos órgãos, sistemas, tecidos, etc…). E assim nos evoluindo até que em meados da Época Atlante (a próxima depois da Época Lemúrica), o Sol físico “brilhou pela primeira vez sobre nós”, ou seja, desenvolvemos o que precisávamos para perceber a existência do Sol enquanto renascidos aqui. Então pudemos deslumbrar das maravilhosas formas e belezas da natureza da Região Química do Mundo Físico. Vimos a nós mesmos como um ser separado e independente de todos os outros. Mas já havíamos adquirido a faculdade para iniciar na escola da experiência, que é o mundo dos fenômenos, dos efeitos. Éramos livres para desempenhar nosso papel no mundo e aprendermos as lições, coordenadas pelas leis da natureza. Hoje, em função de uma vida atropelada de afazeres desenfreados e na busca de riqueza material e poder também material acabamos por esquecer as necessidades do amor, de se doar e de agradecer o ganho do pão diário. Na Primeira Epístola de São Paulo aos Coríntios, capítulo 10, versículo 31, lemos: “Quer comais, quer bebais ou façais qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.”.

Da Terra se extrai o alimento para nossas refeições e esse sustento é o Corpo do Espírito de Cristo que mantém o Planeta Terra para que possamos evoluir. E esse Corpo nos é doado amorosamente todos os dias quando nos servimos da substância extraída da terra e que muitas vezes esquecemos de agradecer o alimento que é colocado à mesa. E saber que muitos nem lembram de agradecer todo esse trabalho de amor do Cristo para manter o planeta rejuvenescido e cheio de vida. A Santa Comunhão está relacionada ao “pão feito da semente (grão) da planta casta e pura” e ao “cálice preenchido com o suco da videira, também da planta casta e pura desprovida de paixão”; isso tudo simbolizado pela Última Ceia. E na Primeira Epístola de São Paulo aos Coríntios, capítulo 11, versículos de 23-30, lemos: “O Senhor Jesus, na mesma noite em que foi traído tomou o pão, e depois de dar graças partiu-o e disse: ‘Tomai e comei; este é Meu Corpo, que se parte para vós. Fazei isto em memória de mim’. E depois de ceado tomou a taça e disse ‘Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; fazei isto todas as vezes que o beberes, em memória de mim… Porque qualquer um que come deste pão e beba deste cálice, indignamente, será réu do corpo e sangue do Senhor… pois come e bebe sua própria condenação. Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes, e não poucos que dormem’”. Quando partilharmos do pão e do vinho estaremos construindo a Época futura, a Nova Galileia. Uma Época, em que não necessitaremos mais usar o Corpo Denso para transmitir “a semente da vida”, através do útero materno. Mas será uma Época, em que poderemos nos alimentar diretamente da Vida Cósmica e, assim, não precisaremos mais morrer aqui para assimilar as experiências da vida.

A perfeita execução do Sacramento da Comunhão podemos ler aqui na Primeira Epístola de São Paulo aos Coríntios, Capítulo 11, versículos de 23 a 30: “… na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: ‘Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim’. Do mesmo modo, após a ceia, também tomou o cálice, dizendo: ‘Este cálice é a nova Aliança em meu sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de mim’. Todas as vezes, pois, que comeis desse pão e bebeis desse cálice, anunciais a morte do Senhor até que ele venha. Eis porque todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Por conseguinte, que cada um examine a si mesmo antes de comer desse pão e beber desse cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação. Eis porque há entre vós tantos débeis e enfermos e muitos morreram.”.

“São Paulo exprimiu uma verdade esotérica quando disse que aqueles que tomam a Comunhão sem viver a vida, estão em perigo de doença e morte. Assim como, sob uma tutela espiritual, a pureza de vida pode elevar o discípulo de maneira maravilhosa, assim também a incontinência produz um efeito muito maior sobre os corpos mais sensibilizados do que sobre aqueles que estão ainda sob a lei e não se tornaram participantes da graça, pelo cálice da Nova Aliança.”.

Agora, vamos ao Sacramento do Matrimônio: os Sacramentos do Batismo e da Comunhão estão relacionados com o Espírito, mas o Sacramento do Matrimônio está relacionado ao corpo. É a colaboração com a espécie humana. Houve um tempo em que vivíamos sem pecado, isto é, não éramos conscientes nem da dor e nem da morte. Porém, fomos tentados pelos Anjos Lucíferos, os Anjos caídos, que nos sugeriram um caminho de atalho para “conhecer” a Região Química do Mundo Físico, por meio da desobediência ao plano liderado pelos Anjos. Muitos de nós atenderam à sugestão e mais do que isso, abusaram no desperdício da força sexual criadora para gratificar os seus sentidos inferiores. O resultado de atender à sugestão foi a focalização da nossa consciência na Região Química do Mundo Físico, nos centrando no lado material; foi a conscientização da Lei de Causa e Efeito, ou Lei da Consequência e, assim, passamos a responder por nossos atos, conhecendo a Lei do Renascimento e a morte aqui nesta Região. O abuso nos trouxe a dor e o sofrimento que hoje sentimos. A partir daí, como podemos ler no Livro do Gênesis, capítulo 3, versículo 16: “Disse também à mulher: “Multiplicarei os sofrimentos de teu parto, darás à luz com dores”. A morte é o preço que pagamos por abusar da força sexual criadora. Agora, o Sacramento do Matrimônio é necessário para o nascimento de novos veículos, que pensamos inicialmente para os Egos que aguardam uma oportunidade para renascer aqui, mas que depois de uma análise mais profunda, concluímos que é para garantir a nós mesmos a chance de renascer em vidas futuras também aqui e, assim, continuar o nosso desenvolvimento. Na Primeira Epístola de São Paulo aos Coríntios, capítulo 15, versículo 38, lemos: “Deus, porém, lhe dá o corpo como lhe apraz e a cada uma das sementes o corpo da planta que lhe é própria”. Esse “germe” do nosso Corpo Denso ainda precisa ser depositado em solo fértil, para desenvolver um veículo denso adequado e realizar o propósito de sua evolução.

O maior exemplo da execução desse Sacramento vemos em Maria e José: a mãe de Jesus, a Virgem Maria, possuía, também, a mais elevada pureza humana, por isso foi escolhida para ser a mãe de Jesus. O pai de Jesus, José, era um elevado Iniciado, capaz de realizar o ato de fecundação como se deve realizar no Sacramento do Matrimônio, sem nenhum desejo ou paixão pessoal.

E como temos um Corpo de Desejos que nos dá incentivo à ação por meio do Corpo Denso, mas por outro lado o destrói, precisamos também de um Corpo Vital para ir reparando esses danos no Corpo Denso, até um momento em que não mais se consegue. E, ainda, precisamos de dois seres unissexuais para que possa haver a geração de um novo Corpo Denso. Consideremos o matrimônio como união de duas almas ao invés de dois sexos; pois o verdadeiro matrimônio transcende ao sexo. E toda vez que dois seres se unirem para galgarem esse plano de intimidade espiritual, oferecendo seus Corpos para receber “aquele” que vai nascer, certamente proporcionará ao Ego a chance de um Corpo com melhores condições de se desenvolver espiritualmente. Porém, se a criança for concebida levando em consideração a natureza cristalizante do Corpo de Desejos (fruto de um “sexo casual”, de uma orgia sexual, de uma relação regada à bebida alcóolica ou a drogas lícitas ou ilícitas), o Ego poderá até ter uma vida curta e, muitas vezes, sofrida.

Existem pessoas que por motivos egoístas ou por maior comodidade e para poderem se entregar à paixão sexual ilimitada não são favoráveis a ter filhos, apesar de terem todas as condições financeiras, morais, psicológicas e físicas para tal.

“Como os outros sacramentos, a instituição do matrimônio teve seu começo e terá seu fim. Seu início foi descrito por Cristo quando Ele disse: “Não tendes lido que o Criador desde o princípio, os fez homem e mulher?” E disse: “Por isso o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher e os dois serão uma só carne. Por isso não mais são dois, mas uma só carne”, como lemos no Evangelho Segundo São Mateus, capítulo 19 e versículos de 4 a 6.

E o seu fim foi anunciado por Cristo, por meio da Sua missão, em que veio para nos elevar, ajudando-nos a alcançar um estado mais elevado no qual não mais será necessário a roda de nascimento e morte. No Evangelho Segundo São Mateus, no capítulo 22, versículo 30, lemos: “Na ressurreição eles não se casarão nem serão dados em casamento, mas serão como os Anjos de Deus no céu”.

Agora, vamos ao Sacramento da Penitência: esse Sacramento é parecido com o Exercício de Retrospecção que o Estudante Rosacruz faz todas as noites quando se recolhe para dormir. Consiste em uma confissão ao Pai (“Eu Superior”) cada noite, de todos os acontecimentos do dia, arrependendo-se com toda sinceridade por todos os pecados cometidos. E mantendo o firme propósito de se reformar intimamente. Podemos ler no Conceito Rosacruz do Cosmos, em que Max Heindel declara que “A prática vespertina da Retrospecção é o exercício espiritual mais poderoso que tem sido dado ao ser humano”. Quando praticamos esse ato de penitência certamente permaneceremos menos tempo no Purgatório e no Primeiro Céu.

Agora, vamos ao Sacramento da Ordem Sacerdotal: esse Sacramento é mais uma conduta que todo Aspirante à vida superior terá que buscar no seu caminho. É quando, por meio de meditações e disciplina, se consegue elevar acima de qualquer necessidade para a expressão das energias criadoras. A aspiração espiritual precisa ser amadurecida pelo tempo e só chega quando obtemos as condições particulares sob as quais devemos procurar satisfazê-la. E esse Sacramento não está reservado apenas ao clero de uma Religião. O Aspirante à vida superior produzirá uma purificação em seus corpos que o classifica a gerar veículos puros. E criando oportunidades de renascer em Corpos e veículos mais desenvolvidos e exercer uma maior ajuda à humanidade.

Agora, vamos ao Sacramento da Extrema-unção: esse Sacramento está relacionado com o momento que morremos aqui e nascemos nos Mundo espirituais. É o Sacramento que marca um total rompimento do Cordão Prateado e a extração do gérmen sagrado, até que volte a ser plantado novamente em outra mãe. É o momento em que aspiramos a desenvolver nosso trabalho do outro lado e, então, assimilar tudo o que aprendemos na nossa última existência terrestre.  

Sabemos agora da importância de todos os Sacramentos na nossa vida. Por isso reafirmamos os nossos esforços pelos seus estudos e para que possamos abrir um por um desses selos sagrados que são as dádivas dos Anjos do Destino dadas à humanidade.

Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Observando os Sacramentos Cristãos atraímos o Raio do Cristo

Observando os Sacramentos Cristãos atraímos o Raio do Cristo

Os Sacramentos foram dados aos Apóstolos pelo Cristo e, justamente como invocamos aos Anjos todas as vezes que lemos a Bíblia, assim atraímos o Raio do Cristo quando quer que observemos Seus Sacramentos.

Ao todo são Sete os Sacramentos Cristãos: Batismo, Confirmação, Sagrada Comunhão (ou Eucaristia), Matrimônio, Penitência, Ordem Sacerdotal e Extrema-Unção.

Os Sacramentos são simbolizados por rituais externos de curta duração e o seu propósito é o de nos prover de uma contínua ajuda no exercício para o crescimento espiritual.

Portanto, os Sacramentos não são meras cerimônias, mas exercícios espirituais de grande poder, relacionados com os átomos-sementes dos nossos Corpos: Físico, Vital, de Desejos e da Mente.

Já a origem da palavra Sacramento sugere isso. SACR VA N’ CABAH. SACR quer dizer: portador do gérmen e N’CABAH quer dizer mãe.

Todos eles estão, também, relacionados com algum ponto do nosso Ciclo de Vida aqui no Mundo Físico.
Senão vejamos:

Quando renascemos nesse Mundo Físico, pouco após o nascimento do nosso Corpo Denso, muitos de nós somos admitidos na igreja por meio do Batismo.

Mais tarde, quando já desenvolvemos em parte o nosso Corpo Vital, nosso Corpo de Desejos e a nossa Mente, ratificamos essa admissão através da Comunhão.

Logo após, nos é ensinado o valor da Penitência, que tem efeitos semelhantes aos do exercício de Retrospecção, no sentido de que nos leva a aprender a importância do arrependimento sincero por todos os pecados cometidos e da retirada da quinta essência de toda lição aprendida.

Em seguida, dada a necessidade de continuar a nossa espécie, somos dirigidos ao Matrimônio, onde temos a oportunidade de cooperar com a continuidade da Evolução aqui na Terra, através da procriação.

Uma vez atendida a necessidade de ajudar a continuidade da nossa Evolução terrena, voltamo-nos mais para o desejo de dedicar todas as nossas energias à vida superior. Aqui, o Sacramento da Ordem Sacerdotal, por meio de suas meditações e disciplinas, auxilia o aspirante a elevar-se acima de qualquer necessidade de expressão inferior das energias criadoras.

E, finalmente, quando chega o momento que determina o fim de mais essa jornada aqui no Mundo Físico, passamos para os mundos espirituais levando a benção da Igreja através da Extrema Unção, descartando o nosso Corpo Físico e levando as lições aqui aprendidas para serem assimiladas durante a nossa estada nos mundos Suprafísicos.

Antes de detalhar o significado de cada Sacramento gostaria de resumir o propósito da nossa evolução: quando Deus criou-nos como Espíritos Virginais e criou todos os 7 Mundos que divide o Universo, quais sejam: Mundo Físico, Mundo do Desejo, Mundo do Pensamento, Mundo do Espírito de Vida, Mundo do Espírito Divino, Mundo dos Espíritos Virginais e Mundo de Deus ele nos disse: “Caros Filhos. Criei-os a minha imagem e semelhança para que tornem como a Mim, criadores de novos Sistemas Solares. Para tal, aqui está a nossa casa, composta desses Mundos. Cabe a vocês conhecê-los, dominá-los, aprendendo a criar em cada um deles conscientemente. Vocês têm todos os Poderes da Criação, mas estão latentes, cabendo a esse Esquema de Evolução transformá-los em Poderes dinâmicos. O Mundo mais denso à que descerão será o Mundo Físico, onde alcançarão o Nadir da Materialidade, esquecerão a sua origem divina a fim de dominar tal mundo e tornarem indivíduos criadores conscientes e separados. Após isso retornarão à Casa do Pai, conquistando os demais Mundos, de baixo para cima, novamente unidos numa Fraternidade Universal, mas agora como criadores dinâmicos, conscientes em todos os Mundos da nossa Casa”.

Vamos falar sobre o Sacramento do Batismo.

Etimologicamente quer dizer imersão (do grego baptizein, mergulhar na água, banhar).
Era um rito religioso usado por João Batista para excitar a contrição interna de seus discípulos preparando-os para a vinda do Messias e para receber o Sacramento do Batismo, instituído por Cristo, pois como lemos em Marcos 1:8, quando João Batista, pregando dizia: “Eu tenho-vos batizado em água, porém Ele batizar-vos-á no Espírito Santo“.

Para obtermos uma verdadeira ideia do Batismo, temos de retroceder na história da Humanidade.

No início do Período que estamos atualmente vivenciando, o Período Terrestre, estávamos evoluindo na região polar do Sol, daí essa época ser conhecida como Época Polar. Esta é descrita no Gênesis 1:9.

Construímos o primeiro corpo que se tornaria o nosso Corpo Denso.

Inconscientes, mas dirigido de fora por Seres Espirituais, no caso os Senhores da Forma, fomos aprendendo a construir de dentro para fora esse nosso primeiro corpo, órgão a órgão, tecido a tecido.

Toda nossa atenção e consciência estavam voltadas para dentro. Nada sabíamos do nosso exterior, nem do nosso redor.

Após essa Época, a Terra foi arrojada do Sol. No início era obscura e fria. Com o tempo ela saiu do caos, obscura e informe, como diz a Bíblia.

Aos poucos, os Seres Espirituais responsáveis por nós nessa época, geraram calor e a Terra foi se tornando incandescente.

Então, Deus proferiu as palavras: “Faça-se a Luz“, como lemos no Gênesis 1:14-19.

Foi o trabalho da criação no seu quarto dia.

Estávamos na Época Hiperbórea do atual Período Terrestre. Guiados em tudo pelos Seres Espirituais, mais precisamente nessa época, pelos Senhores da Forma e pelos Anjos, fomos envolvidos, cada um, com um incipiente Corpo Vital. Possuíamos corpos enormes.

Assimilávamos alimentos por osmose e propagávamos por cissiparidade: se dividíamos em duas partes desiguais. Ambas cresciam até adquirir o tamanho daquela parte inicial.

Continuávamos com a nossa atenção voltada para o nosso interior, no afã de desenvolver, então nossos dois corpos: Denso e Vital.

Entretanto, ao redor dessa conhecida massa incandescente, estava o frio espaço. O contato entre esses dois ambientes gerou a umidade. A névoa ígnea foi rodeada pela água que fervia e o vapor era projetado na atmosfera. A atmosfera da Terra era densa. Havia uma crosta terrestre que começava a adquirir dureza e solidez. Mas havia muita ebulição, vulcões e cataclismos.

Vivíamos sobre as partes mais duras e relativamente resfriadas, entres bosques gigantescos e animais enormes. Estávamos na Época Lemúrica do atual Período Terrestre.

Deus proferiu as palavras: “Faça-se um firmamento entre as águas e separe ele umas das outras“, como lemos em Gênesis 1:6-7.

Foi o trabalho de criação do quinto dia.

Nessa Época apareceram os Arcanjos e os Senhores da Mente e envolveram nossos Corpos Denso e Vital com um Corpo de Desejos e, nos adiantados, com uma Mente.

Ainda continuávamos inconscientes, voltados para o desenvolvimento dos nossos corpos. Entretanto, nessa Época começamos a perceber nossos semelhantes.

Nessa época, a fim de podermos ter instrumentos de construção nesse Mundo Físico houve a necessidade da divisão da nossa força sexual. Metade dela nós utilizamos para construir o cérebro e a laringe, dois órgãos criadores.

Com isso, teve origem a divisão sexual onde surgiu o homem e a mulher. O homem expressando mais o polo positivo da força sexual – à vontade, e a mulher o polo negativo – a imaginação.

Essa percepção foi se tornando mais clara. Principalmente após a separação dos sexos, embora sua percepção predominante ainda fosse interna.

Também não éramos conscientes da morte. Descartávamos nossos corpos como trocamos de roupa.

Já na próxima Época, denominada Época Atlante, referenciada como o trabalho executado no sexto dia da Criação, explicitado no Gênesis 1:24-27, tínhamos uma atmosfera sempre sobrecarregada de uma neblina espessa e pesada.

A água não era tão densa como agora, continha maior proporção de ar. O Sol aparecia como rodeado de uma aura de luz vaga. Guiávamo-nos mais pela percepção interna do que pela visão externa. Víamos a qualidade da alma de todos que viviam a nossa volta, e os percebíamos mais como seres espirituais do que materiais.

Essa percepção nos dava a possibilidade de saber logo das disposições, amigáveis ou agressivas, do outro ser humano que observávamos, e assim saber, como devíamos tratar os demais e como podíamos escapar aos perigos.

Nesse tempo, ainda não existiam as nações, pois toda a humanidade se constituía numa vasta fraternidade.

Daí para frente, devido à necessidade de aperfeiçoar o pensamento e a razão, fomos nos tornando cada vez mais separatistas – com o desenvolvimento da personalidade – e esquecemos a fraternidade, mergulhando no egoísmo.

Portanto, quando uma pessoa é admitida na Igreja, que é uma instituição espiritual, onde o amor e a fraternidade são os incentivos principais para a ação, é apropriado levar o indivíduo às águas do Batismo como simbolismo da formosa condição da inocência da criança e do amor que prevalecia quando vivíamos sob a névoa, naquela remota Época.

Então nossos olhos não tinham sido abertos às “vantagens materiais” deste Mundo Físico.

A criança que é levada à Igreja ainda não está consciente das tentações da vida e são outros os que se obrigam a guiá-la, para que leve uma vida sagrada de acordo com a melhor habilidade, porque a experiência do Dilúvio ensinou-nos que o largo caminho do mundo está semeado de dores, tristezas e desenganos e, só seguindo o caminho reto e estreito podemos escapar da morte e entrar na vida eterna.

Assim existe um profundo e maravilhoso significado no Sacramento do Batismo e isso é para nos recordar as bênçãos que acompanham aqueles que são membros de uma Fraternidade em que o proveito próprio é posto de lado e onde o serviço aos outros é a nota-chave e principal incentivo a ação.

Agora vamos falar do Sacramento da Comunhão.

Para obter um completo conhecimento do profundo alcance desse Sacramento consideremos a evolução do nosso planeta e a composição do ser humano aqui envolvido no nosso Esquema de Evolução.

Continuando na Época Atlante, mencionada anteriormente, recebemos dos Senhores da Mente, o incipiente veículo Mente, que nos possibilita termos domínio sobre as nossas ações.

Então, chegou o momento em que nós devíamos nos guiar por nós mesmo, a fim de prosseguir no desenvolvimento futuro.

Devíamos aprender a ser independente e assumir a responsabilidade dos nossos próprios atos.

Ao invés de adorar os deuses visíveis, devíamos, agora, adorar o Deus invisível, criador do céu e da terra, mas adorá-lo em Espírito e Verdade.

O aperfeiçoamento do pensamento e da razão se deu na próxima Época, conhecida como Época Ária.

Isso foi o resultado do nosso trabalho sobre a Mente, a fim de conduzir o nosso Corpo de Desejos à perfeição espiritual.

Infelizmente, tudo isso conseguimos à custa do domínio das forças vitais, ou seja: à custa do nosso poder sobre a Natureza. Hoje podemos exercitar o nosso poder mental, o pensamento, nos minerais e nas substâncias químicas, mas não sobre a vida animal ou vegetal.

Com a Mente, fomos desenvolvendo a malícia e a astúcia, o egoísmo e a ambição em possuir.

Descobrimos que o cérebro é superior aos músculos. Fomos separados em raças a fim de facilitar o desenvolvimento dessa incipiente individualidade e atender os diversos graus de evolução de cada um.

A fim de não nos deixar se perverter e colocar todo o esquema da evolução a perder, através do excessivo uso do pensamento em egoísmo, paixão, astúcia, malícia, sensualidade e outros fatores que cristalizam os corpos, foram instituídas as Religiões de Raça que tinham como guia o Deus de Raça, Jeová, o mais alto Iniciado entre os Anjos.

Este nos deu a Lei que nos freou em nossos inferiores anseios. Afinal se seguíssemos os seus preceitos ele nos abençoaria abundantemente e nos cumularia de bens. Se nos afastássemos dos seus caminhos, os males viriam sobre nós. Portanto, a escolha era nossa. Éramos livres, mas sofríamos as consequências de nossos próprios atos. E essas consequências por desobediência, são conhecidas como pecado.

Portanto, como todas as Religiões de Raça é baseada em Leis, são originadores do pecado como consequência da desobediência a essas Leis.

Fazíamos sacrifícios oferecendo os nossos melhores bens materiais em adoração ao nosso Deus de raça.

Todo o Velho Testamento descreve a Lei que impera nas Religiões de Raça. Era a lei do: olho por olho, dente por dente.

Mas nós não fomos criados para sermos subjugados a qualquer tipo de autoridade.

Devemos nos transformar num criador, a semelhança de quem nos criou, afinal fomos criados a imagem e semelhança de Deus!

Foi quando apareceu os Espíritos Lucíferos e explicaram como podíamos nos tornar cientes dos nossos Corpos Densos, o que era a morte nesse Mundo Físico e, como, utilizando da nossa força sexual, podíamos construir novos corpos quando quiséssemos.

Explicaram-nos que a morte não podia mais nos dominar porque, como Jeová, teria o poder de criar à vontade.

Então começamos a nos “conhecer” ou a perceber uns aos outros e ao Mundo Físico. Tornamo-nos conscientes da morte e da dor, aprendendo a diferenciar o ser humano interno da roupagem que usava e renovava cada vez que era preciso dar um novo passo na evolução. Deixamos de ser um autômato.

Convertemo-nos em um ser que podia pensar livremente, à custa de nossa imunidade à dor, ao sofrimento, às enfermidades. Como diz na Bíblia: comemos do fruto da Árvore do Conhecimento. O conhecimento do bem e do mau.

Mas Jeová sabia que nós, agora com a atenção fixada em nossa roupagem física, perceberíamos a morte, e que, não tendo ainda sabedoria para refrear as paixões e regular a relação sexual pelas posições dos estelares, o abuso da função produziria o parto com dor. Esse é o momento conhecido como a “Queda do Homem”.

Afinal nós temos dentro de nós o desejo de conhecer, de experimentar. E esses nossos progressivos passos não foram dados facilmente, sem rebeliões ou desobediências. Houve muitos fracassos e retrocessos.

No Velho Testamento temos inúmeros exemplos de como nos esquecemos dos nossos deveres e de como o Espírito de Raça nos encaminhou, persistentemente, uma e outra vez.

Considerando essas desobediências à Lei, mais os abusos cometidos em nome do egoísmo, do separatismo, conducente ao benefício próprio – ou, no máximo, ao benefício exclusivo da Raça, podemos deduzir duas coisas: a quantidade de pecados era enorme, devendo ser expiado, criando corpos cristalizados, voltados exclusivamente para as coisas materiais, com o perigo de que nos perdêssemos nesse Esquema Evolutivo e com a Religião de Raça era impossível voltarmos à unidade, em que todos formaremos uma Fraternidade Universal.

Por esses dois motivos foi necessária a intervenção de Cristo, o mais alto Iniciado entre os Arcanjos. E quando Cristo Jesus foi crucificado, o sangue que fluiu dos seis centros por onde fluem as correntes do Corpo Vital, o grande Espírito Solar Cristo, se libertou do veículo Físico de Jesus.

Nesse momento, encontrando-se na Terra com Seus veículos individuais, compenetrou os veículos do nosso Planeta, já existentes, e em um abrir e fechar de olhos difundiu o Seu próprio Corpo de Desejos pelo Planeta, o que permitiu, daí por diante, trabalhar sobre o Planeta Terra e sobre a Humanidade toda de dentro. Tornou-se o Regente do Planeta Terra.

Com isso purificou o Mundo do Desejo, limpando-o de todo o material cristalizante inferior que lá existia. Por isso se diz que “Cristo lavou os pecados do Mundo”, não do indivíduo.

Com isso ganhamos a possibilidade de atrair para os nossos Corpos de Desejos, matéria emocional mais pura que antes.

Com isso nos deu a Doutrina do Perdão dos Pecados e da possibilidade da lei, agora temperada com o amor, dar-nos a Graça.

Com isso também, Ele inaugurou a Religião Cristã, baseada no Amor e as raças e nações separadas devem unir-se numa Fraternidade Universal. Esse é o trabalho anual do Cristo e de todos nós. Por isso que lemos na Bíblia: “Na mesma noite que Jesus Cristo foi traído tomou o pão e depois de dar graças, partiu-o dizendo: ‘Tomai e comei, este é o Meu corpo que se parte para vós. Fazei isso em Minha memória’. Da mesma maneira depois de haver ceado tomou o cálice, dizendo: ‘Este é o cálice do Novo Testamento em Meu Sangue’. Fazei isto toda vez que beberdes em Minha memória. Pois, todas as vezes que comeis este pão ou bebeis deste cálice, anunciareis a morte do Senhor, até que Ele venha. Por conseguinte, quem quer que coma deste pão e beba desse cálice indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor… O que comer e beber indignamente, come e bebe sua própria condenação… Por essa causa muitos estão débeis e sem força entre vós e muitos dormem.” (ICor 11:23-30).

Ao recordarmos em cada refeição, em ação de graças, a natureza do alimento procedente da substância da Terra sendo o corpo do Espírito do Cristo que habita dentro dela, compreendemos como aquele corpo se divide diariamente para nós.

Pois, nossas plantas, grãos e frutas são cristalizações verdadeiras do Corpo Vital da Terra, o etérico Princípio Crístico que absoluta e literalmente é o corpo de Cristo.

Apreciaremos, assim, a bondade amorosa que o levou a tal sacrifício e, recordaremos também que não há um momento diuturnamente, em que Ele não sofra por estar confinado a essa Terra.

Ainda nesse ponto, Cristo nos deu qual seria o nosso trabalho daqui para frente. O cálice, ou conhecido como Santo Graal, onde continha o suco da videira e onde disse que é o cálice do Novo Testamento em “Meu sangue”, é simplesmente o símbolo do novo Veículo que estamos a construir: o Corpo-Alma, composto dos dois Éteres superiores da Região Etérica do Mundo Físico.

Senão vejamos: No Reino Vegetal, a atividade geradora de novos corpos é feita de maneira pura, casta e imaculada, executada através dos seus órgãos geradores contidos numa parte chamada cálice. Não há a menor paixão nesse Reino.

Nos Reinos Superiores ao nosso, o Humano, também se tem todo o processo de regeneração puro e santo. Somente nos Reinos Humano e Animal é que se tem paixão no processo de geração. Portanto, nós, o ser humano, somos uma planta invertida. A planta é inocente e dirige seus órgãos criadores para o Sol. Não tem paixão, é pura e casta. O ser humano dirige seus órgãos criadores para a Terra; tem paixão.

No devido tempo, nos converteremos em um Deus, e então empregaremos nossa capacidade geradora em benefícios dos outros e não para gratificar nossos sentidos.

Para isso estamos construindo um novo veículo que tem a forma do cálice da planta. Ou seja: o cálice do Graal é o cálice da planta. Estamos aprendendo, como a planta, a absorver a força solar, que é construtora de todas as formas; a empregar o poder criador sem paixão.

Foi por São Paulo conhecer essa necessidade de castidade (salvo quando o objetivo seja a procriação) com respeito aos que tiveram um despertar espiritual, que o levaram a se expressar: “Aqueles que participassem da Comunhão sem viver a vida estariam em perigo de enfermidade e de morte.” (ICor 11:27). Já que conforme os corpos dos dedicados aspirantes a vida espiritual vão se tornando cada vez mais sensitivos, mais danosos são os efeitos produzidos pela incontinência, comparados com os corpos que ainda estão debaixo da Lei e não conseguiram ser participantes da graça pelo Cálice do Novo Testamento.

Agora vamos falar do Sacramento do Matrimônio.

O Espírito é bissexual. Manifestamo-nos como seres masculinos e femininos em cada renascimento com o objetivo de alcançarmos um desenvolvimento completo dos nossos poderes criadores em seus polos positivo e feminino. Os caracteres de ambos os sexos estão em cada Corpo Denso de cada sexo.
No homem, os caracteres masculinos estão ativos e os femininos inativos. Na mulher ocorre o contrário.

Vimos anteriormente que houve um tempo em que se deu a separação dos sexos a fim de que metade da força sexual fosse dirigida para a criação do cérebro e da laringe, órgãos criadores do pensamento e da fala, necessários para expressar o poder de criação nesse Mundo Físico.

Assim surgiram o homem e a mulher e a necessidade de se unirem para procriar e manter a espécie humana provida de Corpos Físicos. Naqueles tempos de inconsciência e automaticidade, nós, encarnados em seres de ambos os sexos, éramos reunidos em determinadas épocas do ano para a procriação.

Como cada ser humano de cada sexo possui metade da força sexual criadora, também possui as características positivas e negativas dessa força.

Ou seja: a mulher possui mais proeminentemente a Imaginação (polo negativo) e o homem, a vontade (polo positivo).

Vimos anteriormente que houve um tempo em que ganhamos o germe do Corpo Denso e começamos a desenvolvê-los. Depois ganhamos o germe do Corpo Vital, incorporamos ao Corpo Denso e trabalhamos no desenvolvimento dos dois. Mais tarde, ganhamos o germe do Corpo de Desejos, incorporamos aos outros dois e trabalhamos nos três. E por fim, ganhamos o germe da Mente, incorporamos nos outros três Corpos e trabalhamos nos quatro.

Entretanto, o incentivo a ação, o desejo e a consciência resultaram numa guerra sem fim entre o Corpo Vital que constrói e o Corpo de Desejos que destrói o Corpo Denso.

Assim, a cristalização, dissolução e decrepitude do Corpo Denso apareceram como efeito dessas ações nos corpos o que levou a necessidade de tempos em tempos, de trocarmos o nosso Corpo Denso. Para isso foi instituído o Matrimônio e o Nascimento repetidos nesse Mundo Físico.

O princípio do Sacramento do Matrimônio pode ser encontrado em Mateus 19:4-6: “Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: ‘Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne? Assim, portanto, já não são dois, mas uma só carne’.“.

Entretanto, além da união necessária para a procriação, o matrimônio tem outro propósito que só se descobre quando percebemos o maravilhoso mistério do amor – não da paixão. Somente aí olhamos o Matrimônio sob outro ponto de vista. Somente aí entendemos que o Matrimônio verdadeiro é a união de duas almas antes que a união de dois sexos. É a união de duas almas que conseguem anular o sexo.

Afinal, estamos destinados a evoluir os elementos negativos e positivos de nossa natureza. Esta mescla dos aspectos masculinos e femininos é facilitada grandemente por meio da íntima relação do estado do Matrimônio.

Cristo também indicou o fim do Matrimônio quando disse: “Na ressurreição, os homens não terão mulheres, nem as mulheres maridos; mas serão como os anjos de Deus no céu.“, em Mt 22:30.

E isso ocorrerá quando, desenvolvendo nosso Corpo-Alma, de que fala São Paulo, viveremos na Região Etérica do Mundo Físico e não mais teremos esse Corpo Denso tal como agora. Nesse tempo não existirá mais a divisão entre sexos, nem a necessidade de trocar de Corpo Denso de tempos em tempos. Portanto, o Matrimônio, como meio de procriação, não será mais necessário.

Vamos, agora, falar sobre o Sacramento da Penitência ou, como mais conhecemos o Exercício de Retrospecção.

Como diz Max Heindel no Conceito: “É, talvez, o ensinamento mais importante dessa obra”. Esse Exercício tem uma descrição muito simples: à noite ao se deitar, feche os olhos e contemple todos os acontecimentos do dia em ordem inversa, ou seja: primeiros aqueles que ocorreram imediatamente antes de se deitar, depois o anterior e assim por diante até o primeiro acontecimento do dia, quando você se levantou. Mas não fixe no acontecimento em si, mas especialmente no seu aspecto moral.

Considerando se agiu corretamente ou não, em pensamento, palavra e ação.

Censure a si mesmo quando agiu mal, arrependendo-se e procurando sinceramente se corrigir da próxima vez.

E se enalteça aprovando toda vez que praticou o bem, procurando a satisfação por assim ter feito e repetir tal ação toda vez que houver oportunidade.

Com isso, fortalecemos o bem pela aprovação e enfraquecemos o mal pela reprovação.

Assim, compreendendo o mal que fizemos e reafirmando o propósito de desfazer o mal cometido, apagamos as imagens da memória do subconsciente.

Após a morte elas já não estarão mais lá para nos julgarmos no Purgatório.

Portanto, gastaremos menos tempo no Purgatório, onde devemos sofrer todo mal que fizemos os nossos irmãos sofrer, com o objetivo de aprendermos, pela dor e sofrimento o que nos negamos a aprender pelo amor.

Afinal: lição aprendida, ensino suspenso.

Do mesmo modo, enaltecendo e reforçando o bem em tudo que fazemos e, principalmente, quando revivemos os acontecimentos nesse exercício, estamos extraindo a quinta essência da lição aprendida.

Com isso gastaremos menos tempo no Primeiro Céu onde devemos extrair a quinta essência de todo bem praticado.

A soma dessas duas economias de tempo poderá ser utilizada, no Segundo Céu, para trabalhar mais na reconstrução das condições futuras de nossa Terra para futuros renascimentos e, também, para trabalharmos com mais tempo na reconstrução dos próximos Corpos a serem utilizados nos próximos renascimentos.

Além disso, muitas lições que lhe estavam reservadas para vidas futuras poderão ser antecipadas e aprendidas nessa vida, já que se mostra receptivo em assimilar as lições que você mesmo se propôs a aprender.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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