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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Perigo da Ausência da Dor

“Desde a infância essa menina havia sofrido numerosos acidentes, tais como, corte, queimaduras, lacerações, e até fratura das duas pernas, sem nunca haver-se queixado de dor alguma”.

“Ela podia pegar um prato fervendo ou tirar uma panela do fogo,comentando simplesmente: ‘Está morna’. Não era leprosa. Feria-se nas mãos ou nos joelhos, mas não se queixava nem sentia. Ela pode ser incluída naquele grupo de raros indivíduos que atravessam a vida sem dor. É congenitalmente insensível. Acaso podemos considerá-la felizarda? Ao contrário.  Será muito feliz se escapar à morte prematura. Jamais terá a bênção de uma dor ao lado, no ventre, para prevenir-lhe inflamação do apêndice.  Tampouco poderá contar com uma dor no braço, para avisá-la de um ataque de coração, ou uma enxaqueca, como sinal de hipertensão”.

“A dor é considerada como nossa persistente inimiga. No entanto, seu valor como prevenção compensa o seu aparente mal. Sem o aviso da dor iríamos ao encontro das piores enfermidade, sem percebê-la. Assim, ela se constitui, em verdade, em nossa mais preciosa premonitora. O grau de sensibilidade à dor varia de pessoa para pessoa. Depende do temperamento,  cultura, experiências passadas, a expectativa e pavor do perigo. A maioria dos seres humanos tem identica sensibilidade à dor. Mas a reação psicologica é que varia grandemente”.

“A dor tende a parecer maior durante a noite, quando temos mais tempo para nela pensar. Contráriamente, tende a diminuir quando outro incômodo desvia nossa atenção. Nesse raciocínio e observação, o barulho, que é uma forma de dor, foi usado para reduzir a dor. Movimentos enérgicos de braços, como mãos crispadas ou segurando fortemente uma barra metálica, ajudam a diminuir sensívelmente a dor”.

“A recreação aos soldados feridos durante a guerra, bem demostra o valor psicológio de desviar a atenção para  diminuir  a dor. Um pugilista continua a lutar, mesmo depois de haver fraturado o pulso, embora, no dia seguinte, se ressinta grandemente do abuso.”

(Publicado na Revista Science Digest, 8 de setembro de 1967)

No livro o “Conceito Rosacruz do Cosmos”, de Max Heindel, é nos ensinado que a dor não deve ser subestimada, porque nos serve como meio de proteção e alerta contra todos os males. O relato precedente é de conhecimento geral, mas de explicação incompleta. Os anais históricos registram que a sensibilidade à dor difere de indivíduo para indivíduo. Mas é provável que uma pessoa cruel seja menos sensível à dor física do que uma pessoa bem formada. Acredita-se que as civilizações mais altamente evoluídas são mais  sensíveis. Mas não temos evidência real para comprová-lo.  Parece-nos indispensável a existência da dor, como  alerta,  enquanto vivemos nestes Corpos Densos. Essa forma de aviso poderia ser indolor se o organismo fôsse mais altamente evoluído e a inteligência mais altamente alerta. De qualquer modo, pessoas há que podem controlar a dor em larga escala por meio de exercícios mentais e espirituais, podendo até neutralizá-1a inteiramente, em ocasiões de inescapáveis sofrimentos. Esses conhecimentos especializados de poucos constituirão uma promessa, para mais feliz alvorecer da humanidade, quando forem generalizados e praticados convenientemente.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP de outubro/1969)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual é a relação entre hanseníase (antiga lepra) e o câncer?

Resposta: São duas doenças temíveis e, portanto, são de importância para essa discussão. A hanseníase (antigamente conhecida pelo nome de lepra) dita o flagelo dos tempos antigos, e o câncer, dito o flagelo dos tempos modernos.

Tanto uma como a outra o foco não se situa no Corpo Denso, mas sim no Corpo de Desejos, e ambas indicam que em algum lugar ou momento em vidas passadas ocorreu um mau uso e/ou abuso da força criadora sexual. A lepra, nos tempos antigos, era considerada uma visitação celestial direta num individuo por causa de seus abusos. Os primeiros Cristãos diziam que um leproso era um sermão descritivo ao vivo dos pecados de um ser humano.

Tanto a hanseníase quanto o câncer são manifestações destrutivas da força do Fogo. Conquanto elas destruam, elas também reabilitam. A morte decorrente de qualquer uma dessas condições temíveis trará regeneração numa vida futura. A pessoa que morre de câncer terá uma natureza de desejos grandemente purificada num Corpo Denso mais refinado e ambos serão mais receptivos à orientação e iluminação espirituais.

(do Livro: Questions and Answers on the Bible – Corinne Heline)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Sob o ponto de vista da Fraternidade Rosacruz, qual é a diferença entre Curar definitivamente e remediar?

Resposta: Como a grande maioria das pessoas não faz distinção entre curar definitivamente e remediar, não será demasiado explicar a diferença que consiste principalmente em haver ou não haver cooperação do paciente. Uma pessoa pode “remediar” outra com massagens ou drogas. Nesses casos, o paciente se mantém passivo, como o barro nas mãos do oleiro. Não há dúvida de que com tais tratamentos podem desaparecer as afecções e o doente se restabelecer, mas em geral seu restabelecimento é apenas temporário porque não foram levadas em conta as causas reais da enfermidade; o doente não compreendeu que a doença é a consequência da violação das Leis da Natureza, sendo provável, portanto que continue fazendo as mesmas coisas que fazia e como resultado a doença poderá retornar. Remediar é um processo físico. Curar definitivamente é radicalmente diferente porque nesse caso se exige que o paciente coopere espiritual e fisicamente com quem.

Para esclarecer esse assunto, nada melhor do que estudar a vida e as obras do nosso Mestre, o Cristo. Quando as pessoas iam a Ele para serem curadas definitivamente, não esperavam ser submetidas a nenhum tratamento físico porque sabiam que iriam ser curadas pelo poder do Espírito. Elas tinham confiança ilimitada n’Ele, o que era absolutamente essencial, como podemos observar nos incidentes registrados no Capitulo XIII do Evangelho segundo São Mateus, onde se diz que o Cristo foi para o meio das pessoas entre as quais Jesus, o possuidor original do Corpo, havia morado em sua juventude. Tais pessoas não viam mais do que o ser humano exterior e diziam: “Não é este Jesus o filho de José? Não estão conosco seus irmãos?”. Elas acreditavam que nada de grandioso poderia sair de Nazaré e as coisas foram feitas de acordo com a sua fé, pois lemos que “ali não fez grandes obras devido à falta de fé”.

Contudo, a fé sem obras é morta e em todos os casos em que Cristo curou alguém, essa pessoa tinha que fazer alguma coisa: tinha que cooperar com o Grande Médico, antes que a sua cura se efetuasse. Dizia Ele: “Estende a tua mão”, e quando a pessoa assim fazia, sua mão ficava curada. Dizia a outro: “Toma o teu leito e anda”, e quando isso era feito, desaparecia a enfermidade. Ao cego mandou: “Vai e banha-te no lago de Siloé”, ao leproso: “Vai ao sacerdote e oferece o teu donativo”, etc. Em todos os casos havia necessidade da cooperação ativa da parte daquele que desejava ser curado. Eram simples pedidos, mas tais como eram, tinham que ser atendidos e a obediência auxiliava o trabalho do curador.

Quando Naamã foi a Eliseu, acreditando que o profeta iria fazer um grande passe de mágica e cerimônias para livrá-lo das suas manchas de lepra, ficou decepcionado. E quando o profeta lhe disse: “Vai e banha-te sete vezes no Rio Jordão”, ficou irritado até o ponto de gritar: “Não temos grandes rios na Assíria? Por que tenho que me lavar no Jordão? Que tolice!”. Faltava-lhe o espírito de submissão, absolutamente necessário para que o serviço pudesse ser feito e podemos afirmar que se persistisse, jamais teria ficado curado, pelo Cristo, da sua enfermidade. Tampouco seriam curados pelo Cristo os enfermos, se não obedecessem e fizessem o que lhes ordenava. Essa é uma Lei da Natureza absolutamente certa. A desobediência produz a enfermidade. A obediência, envolva ela o lavar-se no Jordão ou o estender a mão, mostrará a mudança de ânimo e a pessoa ficará em situação de receber o bálsamo que pode vir por intermédio do Cristo ou por intermédio de outra pessoa, conforme o caso. Em primeiro lugar, em todos os casos, as forças curadoras provêm do Pai que está nos Céus, que é o Grande Médico.

Existem três fatores no processo de curar definitivamente: primeiro, o poder de nosso Pai Celestial; a seguir, o curador; e por fim o ânimo obediente do paciente sobre o qual possa agir o poder do Pai por intermédio da pessoa que cura, de tal forma que dissipe todas as enfermidades corporais.

Compreendamos em seguida que todo o Universo está impregnado pelo Poder do Pai, sempre à nossa disposição para curar todas as enfermidades, de qualquer natureza que sejam: isto é absolutamente certo.

O curador é o foco, o veículo por cujo intermédio se infunde a energia no Corpo do paciente. Se for um instrumento adequado, consagrado, harmonioso, real e bem harmonizado com o Infinito, não há limites para as obras maravilhosas que o Pai realizará por seu intermédio, quando a oportunidade se apresentar a um paciente suficientemente receptivo e de Mente obediente.

(Extraído do Livro: “Princípios Ocultos de Saúde e Cura” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

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