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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Importância da Astrologia Rosacruz

Apesar de ter sido considerada como ciência maldita, na antiguidade, com o decorrer dos séculos, a Astrologia acabou tomando seu lugar no tempo e no espaço, não se podendo mesmo negar o grande interesse que vem despertando, atualmente, no mundo inteiro. Embora, para a maioria das pessoas, esse interesse se apoie mais no conhecimento antecipado dos fatos futuros calcados, na maioria das vezes, nesses horóscopos de almanaque, a compreensão da finalidade real e grandiosa desta maravilhosa ciência dos Astros, já começa a manifestar-se entre pessoas de mentalidade mais aberta.

Para o Estudante Rosacruz, por exemplo, a Astrologia Rosacruz é basicamente uma ciência espiritual, uma ciência divina, que, além de revelar o ser humano a si mesmo, vem estabelecer sua relação com Deus. O Estudante Rosacruz sabe que debaixo da ordem de Deus nada acontece arbitrariamente, que cada criatura tem o destino que merece, que nasceu no ambiente exato em que deveria nascer, entre familiares com quem deverá realmente conviver, e que enfrentará aqueles acontecimentos que lhe cabem por herança de seu próprio mérito, quer sejam afortunados, quer sejam adversos.

Só mesmo a Astrologia Rosacruz pode explicar a razão das aparentes disparidades entre pessoas que nascem com um destino privilegiado, daquelas que parecem ter vindo ao mundo só para sofrer. Se existe mesmo uma lei da natureza que esteja além de qualquer dúvida, essa será, seguramente, a Lei de Causa e Efeito. Ela nos esclarece que tudo o que nos acontece são causas que nós próprios devemos ter produzido numa existência anterior, causas essas que foram as responsáveis por nosso nascimento ter ocorrido ou não, sob uma “boa estrela”.

A Astrologia Rosacruz nos conscientiza de que o propósito da vida não é conquistar a felicidade, mas adquirir experiência e formar caráter. Daí aquela expressão ocultista de que “caráter é destino”. E de onde se depreende, também, que destino é resultado do merecimento de cada um, sendo, o merecimento, por sua vez, a decorrência de um bom caráter.

Assim sendo, está claro que se quisermos melhorar as nossas condições futuras para uma vida mais sadia e equilibrada, nessa mesma vida ou nas próximas, nosso primeiro passo deverá ser o aprimoramento de nosso caráter. Podemos dizer então que, por indução, convicção na Astrologia Rosacruz requer a crença numa existência prévia, bem assim como em vidas futuras, mostrando-nos que, ao mesmo tempo em que colhemos, através do nosso horóscopo, os frutos de uma vida passada, vamos produzindo, por nossos atos atuais, as bases para um novo horóscopo, que irão, por sua vez, manifestar-se numa nova vida.

A utilidade da Astrologia Rosacruz está, realmente, no fato de nos indicar, através das posições astrais (Sol, Lua e Planetas) de nosso tema natal, os pontos vulneráveis do nosso caráter e, também, aqueles em que podemos nos apoiar para a regeneração de nossos negativismos. Isso para que, regenerados no bem, possamos elevar-nos acima de nossos sofrimentos, compreendendo também que, quando as coisas não podem ser de maneira diferente do que gostaríamos que fossem, quando não se pode tirar do caminho um pesadelo, sempre haverá um jeito de apreendermos a conviver até com a própria dor, se soubermos sobrepujar-nos a ela, por meio de uma atitude paciente abnegada. Estaremos, assim, atingindo uma nova concepção de vida, um maior equilíbrio, baseados em valores mais novos e reais, podendo também chegar à nossa própria realização espiritual que nada mais será do que o esforço consciente no sentido do certo, do bem e da verdade. Qualquer gesto, então, de real utilidade para o contexto, especialmente em favor de outrem, sem esperarmos retribuição, estará nos aproximando de nosso destino espiritual, purificando nossas vidas e, conseguintemente, dando uma força viva às configurações positivas de nossos horóscopos, em detrimento dos negativismos.

Ficará então, bem claro para nós, porque “os Astros predispõem, mas não impõem” ou porque “os Astros impelem, mas não compelem”. Saberemos, também, que na medida crescente em que a pessoa avança na evolução, menos ensejará ser dominado por seus Astros, que é marca de alma evoluída, o fato de permanecer equilibrada ante as vibrações astrais de seus temas natais, que “mesmo o barco da vida nos arrojando, muitas vezes, contra o rochedo da dor e do sofrimento” será sempre na intenção de ensinar-nos a desenvolver dentro de nós mesmos, a força da vontade, capaz de libertar-nos do domínio dos nossos Astros regentes, conduzindo-nos ao porto seguro de nosso próprio autodomínio, como já disse Goethe, o grande místico: “De todos os poderes que encadeiam o mundo, a pessoa se liberta quando adquire o domínio de si mesmo”.

Verdade que esse autodomínio não se consegue apenas num piscar de olhos. O crescimento anímico dele resultante, é, sem dúvida, um processo interno, lento, exigindo paciente persistência no bem, na ação reta. Um ou dois atos, mesmo, de serviço, de abnegação, de autossacrifício terão relativamente pouco efeito se o Ego – que é o que realmente somos – continuar dedicando a maior parte de sua vida ao serviço dos próprios interesses egoístas.

É mister nos conscientizarmos de que até o modo como agimos em nossas atividades diárias tem mais importância para a alma do que se procedermos de forma correta apenas uma ou outra vez, em tempo de maiores dificuldades. A nossa atitude sincera e desprendida enquanto fazemos nossos trabalhos de rotina, o modo como dirigimos nosso lar e nos relacionamos com nossos familiares e com nossos amigos é tão ou mais importante do que o motivo que poderá levar-nos a um ou outro gesto abnegado, feito só por obrigação.

O crescimento anímico não se consegue da noite para o dia. É uma constante no bem-proceder. Mesmo que não conheçamos a Astrologia Rosacruz e a importância que possa ter em nossas vidas, se cada um de nós criar hábitos corretos no sentido permanente do bem e da bondade, estará, mesmo sem saber, regenerando seus Astros e aproximando-se cada vez mais de sua herança divina.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de dezembro de 1977-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Destino e a Décima Segunda Casa

“É o destino” — frase do fraco coração humano; desculpa sombria para cada erro. O forte e o virtuoso não admitem destino. Na terra, orienta a consciência; no céu, Deus observa. E o destino é apenas o fantasma que invocamos para silenciar um ou para destronar o outro.

— Bulwer-Lytton

Os Astros, quando colocados em uma Casa, ativam fortemente o departamento da vida indicado por essa Casa. Os assuntos denotados por aquela Casa e Astro aparecem como importantes na vida da pessoa.

O Sol, na décima segunda Casa, é limitado e não tão proeminente como seria em outras Casas. Aspectos benéficos proporcionam o amor ao isolamento, a disposição e até mesmo o desejo de trabalhar sozinho ou ser excluído do contato com as outras pessoas e o mundo. Essa reclusão é observada na vida das pessoas que trabalham em hospitais ou laboratórios. Na vida carcerária não só os reclusos sentem isso, mas também os oficiais e os guardas; também todos os que trabalham em uma instituição desse tipo. Pessoas que investem longas horas em pesquisa e invenção, trabalhando sozinhas e noite adentro, estão sob a influência da décima segunda Casa. No entanto, geralmente não se reconhece que seja uma posição favorável para as qualidades positivas, ativas e expansivas do Sol. Quando o Sol, na décima segunda Casa, encontra Aspectos adversos, ele proporciona grande tristeza e sofrimento para o nativo, nesse departamento da vida.

Vênus nunca pode atingir sua expressão plena na décima segunda Casa, podendo aí indicar uma repressão da natureza afetiva. Pessoas com o Planeta do amor nessa posição devem aprender a expressar o lado mais amável de Vênus. Casos de amores secretos são denotados ou, talvez, o sacrifício do amor pessoal por meio da devoção a um ideal ou serviço a outra pessoa. Os Aspectos adversos são indicativos de tristeza e sofrimento por meio de apegos emocionais.

Mercúrio na décima segunda Casa é outra indicação de quem adora estudar sozinho e por muitas horas. Com Aspectos benéficos é propício para mergulhar nos segredos da natureza ou pesquisar. Existe um amor pelo misterioso, pelo oculto. Com Aspectos adversos, o nativo é alvo de fofocas e conversas que tendem a minar seu bom nome. Muitos pequenos aborrecimentos podem perturbar a paz de espírito. Os Aspectos benéficos a Mercúrio levam ao desvendamento de mistérios ou tornam provável que a informação procurada chegue ou seja alcançada.

A Lua governa a personalidade, a parte externa da nossa natureza. Quando na décima segunda Casa, sua tendência enclausura a personalidade e as emoções. Às mulheres, sendo governadas pela Lua feminina, pode causar tristeza secreta ou trazer alguns problemas desse tipo. Há uma volta da consciência para dentro que ajuda a trazer uma compreensão das questões mais profundas da vida e o que elas significam para o indivíduo, pessoalmente. Mulheres com a Lua aqui acharão o Signo que ela ocupa e seus Aspectos extremamente importantes em sua vida pessoal.

Saturno na décima segunda Casa é, geralmente, a assinatura da tristeza. Se prevalecem os Aspectos adversos, Saturno, dentre todos os Astros, denota verdadeiramente as dívidas do destino. Ele representa grande cristalização construída durante vidas passadas. A autoridade foi mal utilizada ou outras pessoas foram limitadas de alguma maneira pelo nativo. No passado, pensamentos e ações errados eram condescendidos, exercendo seu efeito sobre o corpo no momento atual. Na saúde, Saturno tende à cristalização e à deterioração, muitas vezes levando a pessoa a ser hospitalizada. É uma indicação da liquidação, nessa vida, de muitas dívidas pesadas do destino, trazidas de vidas passadas. Sob o domínio severo de Saturno, aprendemos a “abençoar a vara que nos fere”. Somos o diamante no torno do lapidário divino e, embora gritemos de dor na moagem e no polimento, quando o processo termina, refletimos Deus em cada faceta brilhante.

Júpiter na décima segunda Casa está em uma posição excelente para esse que é o Planeta da benevolência e expansão. Com Aspectos benéficos, ele indica que o nativo expressou os raios de Júpiter ao máximo no passado e agora eles vêm para abençoar. Boas obras trazem uma colheita abundante. Com a décima segunda Casa como pano de fundo, Júpiter é o Anjo da Guarda, pronto para proteger silenciosamente todos os que estão sob seu governo. Os benefícios vêm por meio de canais secretos, a caridade é feita de maneira silenciosa. Excelente posição para trabalhos hospitalares e institucionais onde se exprime a alegria, o otimismo de Júpiter. Também é favorável para o trabalho religioso de natureza isolada e permite a adesão a sociedades ocultistas. Quando com Aspectos adversos, sua palavra-chave é indulgência, o que resulta em problemas de saúde.

A palavra-chave de Marte é ação, mas sua capacidade também é limitada quando na décima segunda Casa. Por causa do seu amor pela ação e liberdade, ele não está em Casa, aqui. Os resultados de suas ações não são facilmente vistos e apreciados pelo mundo. Haverá certa liberdade de ação em relação ao destino passado, se seus Aspectos adversos não forem muito. No entanto, é preciso ter cuidado com a precipitação e impulsividade marciana para não gerar novas dívidas do destino que terão de ser saldadas no futuro. Tendência a ocorrerem acidentes que geralmente exigem hospitalização e pode haver ação dissimulada e secreta contra o nativo. Quando com Aspectos adversos, Marte colhe rapidamente o que a pessoa semeou e o pagamento das dívidas pode ser doloroso para o corpo e o Espírito. Como Escorpião, seu verdadeiro trabalho é regenerar, elevar.

Urano na décima segunda Casa indica que as causas de uma natureza intemperante e frequentemente excêntrica foram geradas e seus efeitos devem ser experimentados. Às vezes, há uma verdadeira avalanche de destino na vida, precipitada pelo raio de Urano, que é semelhante a um relâmpago. Os sonhos e planos acalentados em segredo perdem o valor sob seu raio destruidor. A liberação das dívidas do destino é repentina e muitas vezes pega o nativo desprevenido. Seu raio de humanitarismo é muito poderoso sob Aspectos benéficos e muitos serviços aos outros podem ser prestados de maneira silenciosa e despretensiosa. A conexão com as ordens ocultas é indicada e o benefício pode ser esperado, caso os Aspectos benéficos prevaleçam.

Netuno, na décima segunda Casa, está repleto de mistérios. É o governante lógico do décimo segundo Signo do Zodíaco natural dessa Casa, Peixes. Netuno é como uma ressaca do oceano — forte, implacável, invisível. Com Aspectos adversos pode envolver a pessoa em um labirinto de dissimulação e intriga. Se no passado o indivíduo era enganador, agora é sua vez de ser enganado. As correntes e contracorrentes desse Planeta são difíceis de entender. Netuno é sutil e pode criar tanto caos e confusão em torno de uma pessoa que ela fica totalmente perplexa.

Netuno é um dos Astros misteriosos e suas maiores influências promovem um grande avanço espiritual. Posto na décima segunda Casa, pode trazer ajuda e orientação das forças divinas — seja no pagamento de dívidas pessoais do destino ou ajudando outros a liquidar as suas. Essa é uma bela posição para trabalhar como Auxiliar Invisível nos planos internos, onde o serviço de natureza espiritual é prestado. Mesmo os Aspectos adversos podem ser degraus no esforço espiritual, pois qualquer Aspecto dos Astros misteriosos indica que estamos nos elevando e que estamos trabalhando o nosso lado espiritual. Enquanto Netuno rege a ilusão, ele também rege a iluminação, pois quando as escamas da ilusão caem de nossos olhos, então vemos verdadeiramente. Assim, a clara luz da verdade nos ilumina.

A influência de Plutão é poderosa tanto para o bem quanto para o mal. Através da sua influência, o nativo pode estar conectado com as forças mais sombrias do submundo ou do Mundo do Desejo. Sua ação é drástica, não há meio-termo. Dívidas extremamente pesadas do destino são manifestadas sob seu governo. Ação criminal pode ser tomada contra o indivíduo que tem Plutão sob tensão na décima segunda Casa. Como oitava superior de Marte, ele é considerado o grande destruidor, uma vez que, após certo grau de cristalização, Plutão entra em cena e destrói aquela forma particular ou molde de coisas. Então, o renascimento e a transformação podem ocorrer em um nível superior. Plutão também governa grupos que se unem por um propósito definido: criminosos, sob sua influência negativa, e movimentos religiosos ou ocultistas, sob a influência positiva. De todos os Astros, Plutão detém a faixa mais ampla. Ele pode manifestar as forças mais sombrias e perversas do universo. Mas, também pode emitir enormes potências de natureza exaltada para a realização do bem.

Não precisamos temer nosso destino, por mais difícil que pareça. Seja o que for, devemos reivindicá-lo e abençoá-lo para nós. Cada dívida paga hoje, nessa vida, torna nosso débito menor. E quando passamos pelos episódios mais dolorosos da vida, certamente ganhamos alguma medida de sabedoria. Esse é o benefício da dor e da tristeza — elas nos ensinam a viver em harmonia com as Leis de Deus e a avançar no caminho da evolução.

O salmista diz: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos”. Sim, e os céus, junto a seus Corpos Celestes de luz brilhantes, mostram o caminho divino de cada Ego, revelando as armadilhas e obstáculos nesse caminho, se pudermos ler a mensagem mística. Então, devemos aprender a viver de acordo com o bem maior que está indicado em nosso horóscopo.

Shakespeare escreveu verdadeiramente:

“Às vezes, os homens são donos de seus destinos.

A culpa, querido Brutus, não está em nossas estrelas,

Mas em nós mesmos, que somos subordinados”.

(Publicado na revista Rays from the Rose Cross de novembro-dezembro/1995 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Astrologia e o Nosso Destino

Muitos Estudantes, após um pequeno estudo de astrologia, têm a impressão de que tudo esteja predestinado. Eles começam a acreditar que a vida, com seus muitos eventos e experiências, seja traçada do berço ao túmulo e que sejamos irresistivelmente levados por ela, seja uma vida boa ou má. Essa é uma ideia errada. É verdade que a maioria de nós tem um certo Destino Maduro do qual não podemos escapar, mas não podemos dizer que toda a nossa vida esteja predeterminada. Os principais acontecimentos, conforme chegam até nós do Mundo Físico, são arranjados antes de nascermos, porém isso é feito por nós mesmos, auxiliados pelos grandes Senhores do Destino (ou Anjos do Destino). Existem muitas lacunas que preenchemos à medida que avançamos.

A maneira como enfrentamos essas experiências, como as assimilamos e construímos suas lições em nós mesmos em forma de caráter não está predefinida. Não está predestinado, por exemplo, que um ser humano acabe na sarjeta como resultado de uma prova para superar sua tendência a beber álcool. Certamente ele nasceu com essa tendência de uma vida passada porque não a superou nela; no entanto, isso não o condenou a terminar seus dias no caminho descendente. Ele poderia ter acabado no caminho ascendente, caso tivesse usado a força de vontade dele e lutado para superar a fraqueza. Dependia dele o fracasso ou a conquista.

Certos traços e características acompanhados por várias experiências são definitivamente mostrados no horóscopo: contudo, o resultado final é determinado pelo eu interior e não pode ser conhecido exatamente de antemão. Podemos julgar se o progresso de uma vida será trabalhado ao longo de linhas espirituais ou materiais, observando qual destes se move mais rápido: o Meio do Céu ou o Ascendente. Se o Meio do Céu se mover mais rápido, o progresso da pessoa será realizado por meio de esforços espirituais; se o Ascendente se mover mais rápido, o trabalho da vida tenderá a ser realizado por meio de esforços materiais. O progresso quase igual dos dois significa desenvolvimento uniforme. A vida física de um indivíduo pode terminar na prisão ou na pobreza e, ainda assim, essa pessoa pode ganhar uma riqueza de experiência que a beneficiará espiritualmente e desenvolverá muito seu caráter. O mundo exterior diria: “Que pena, terminar seus dias na cadeia”. Entretanto, o Estudante de ocultismo, sabendo que uma vida seja apenas um curto espaço de tempo no intervalo de muitas vidas, consideraria aquela em particular como uma experiência passageira a ser vivida — mais uma no caminho da evolução.

As triplicidades dos Signos do Zodíaco mostram que tipo de destino está reservado para o indivíduo ou que destino ele reservou para si mesmo ao longo de muitas vidas. A palavra destino aqui é usada de maneira muito geral, abrangendo não apenas as experiências de vida, mas também o caráter. As experiências a serem enfrentadas, que são indicadas por planetas em Signos Cardinais (ou Cardeais) — Áries, Câncer, Libra e Capricórnio — são dívidas do destino que concordamos em pagar nesta vida. Ao Ego, antes de nascer, é mostrado o panorama de sua vida futura com seus vários eventos. No caso dos Signos Cardinais, o Ego concordou de boa vontade em aceitar as experiências delineadas. Mesmo pensando que elas trazem infelicidade e dor, ele sabe que ajudou a selecioná-las no Terceiro Céu, onde tudo estava claro e ele não estava cego pela matéria. Portanto, ele aceita voluntariamente esse destino.

As experiências a serem encontradas e que são provenientes de Signos Fixos — Touro, Leão, Aquário e Escorpião — são, como seu termo indica, fixas. Isso significa que sejam algo que não possa ser evitado pelo esforço do indivíduo. As aflições de Signos Fixos devem ser e serão enfrentadas em algum momento durante cada vida particular. Características de Signos Fixos são aquelas que foram expressas durante um período de vidas e se tornaram muito fortes. Naturalmente, qualquer característica prejudicial proveniente de um Signo Fixo é muito mais difícil de superar do que uma proveniente de um Signo Cardinal ou Comum. Por exemplo, Netuno rege as drogas: portanto, um viciado em drogas com um Netuno sob tensão no Signo Fixo de Touro certamente vai considerar o hábito mais difícil de superar do que um viciado com Netuno no Signo Cardinal de Áries ou no Signo Comum de Gêmeos. Com o conhecimento do renascimento para nos guiar, podemos ver prontamente que o indivíduo Netuno-Touro evidentemente se entregou ao vício das drogas por um período de várias vidas e será muito difícil abandonar o hábito. Facilmente, muitas coisas poderiam se enquadrar nessa categoria, como bebida, mau humor, dissipação de todos os tipos, comer demais etc. Aflições de Signos Fixos indicam tendências prejudiciais que são muito fortes; mas os Aspectos benéficos dos Signos Fixos dão a estabilidade necessária ao caráter para trazer à tona suas melhores qualidades.

Sob os Signos Comuns — Gêmeos, Virgem, Sagitário e Peixes — qualquer qualidade negativa indicada pode, geralmente, ser facilmente superada. Qualquer característica de Signo Comum está realmente em formação, seja ela boa ou ruim. No entanto, se falharmos em corrigir um hábito ruim de um Signo Comum em uma vida, na próxima vida ele pode ligar-se a um Signo Cardinal e se tornar um pouco mais difícil de corrigir. Contudo, se continuarmos sem fazer esforço para mudar, depois de várias vidas ele virá sob um Signo Fixo e a mais difícil de todas as batalhas acontecerá.

Das triplicidades, os Aspectos dos Signos Comuns são os mais fáceis de tratar. Depende de nós, se colhemos toda a aflição desses Signos ou não. Nos Signos Comuns, temos alguma margem para mitigar muito do destino indicado, se vencermos o mal dentro de nós. É claro que, se seguirmos o caminho mais fácil e sem resistência, certamente colheremos um destino infeliz. Esse é o principal problema com as pessoas de Signos Comuns. Elas podem ser volúveis e carecer de determinação ou desejo de tentar refrear as tendências ou características negativas que vêm de Signos Fixos e Cardinais.

Deve-se perceber que um mapa não seja revestido de ferro: geralmente é flexível. Não importa quantas dívidas do destino um mapa indique ou quão alto seus obstáculos pareçam assomar, sempre há pontos positivos em algum lugar. Ninguém é enviado a este mundo de mãos e pés amarrados, falando figurativamente. Nos horóscopos mais afetados há sempre algum Aspecto ou combinação que seja útil para a pessoa. É aí que entra o dever do astrólogo — apontar tal característica positiva, mostrando ao nativo como ele pode trabalhar com ela ou até mesmo usá-la para dominar suas aflições. O astrólogo deve estudar cuidadosamente o mapa, analisando e pesando cada fator contra os demais. Um indivíduo pode superar todas as aflições ou infortúnios que a experiência da Terra contém, mas deve ser um Espírito forte — aquele que esteja disposto a morrer lutando.

Alguns de nós, seja por fraqueza de caráter ou por hábito, aprendemos lentamente as lições. Pagamos uma penalidade por um erro ou transgressão e, deliberadamente, cometemos de novo. Cada vez que caímos ou cedemos a essas coisas, recebemos uma lição mais difícil; a tarefa é aumentada. Se pudermos reconhecer nossos pontos fracos, tendências adversas e trabalhar para corrigi-los, será muito mais fácil para nós do que esperar que o futuro comece. Entre o agora e o futuro, nossas falhas podem se tornar tão fixas que será necessário muito mais esforço para superá-las. A energia que teríamos de usar para corrigir essas falhas no futuro, nós podemos usar agora para construir um caráter novo e melhor.

A natureza humana é fraca. O ditado “O Espírito está pronto, mas a carne é fraca” é muito verdadeiro. Vamos tentar esquecer a carne e nos concentrar no Espírito, para que ele surja e domine tudo o mais.

Não culpe os Astros pela infelicidade ou infortúnio que chegam até você, ou pelo mal que pode estar dentro de você. É fácil dizer: “Bem, eu tenho o Sol em Quadratura com Marte; é por isso que tenho um temperamento horrível”. Esqueça suas estrelas, olhe para dentro de si mesmo e perceba que a fraqueza seja algo dentro de você — algo a ser dominado. Pense nos Astros não como portadores de boa ou má fortuna, mas como os corpos de grandes Seres espirituais que o estão voluntariamente ajudando em sua evolução. Pense neles com a reverência que lhes é devida. Então, à luz desse conhecimento mais amplo, você será grato pelo destino que seu horóscopo prenuncia. Saiba que toda experiência, provação ou infortúnio o esteja ajudando a fortalecer seu caráter. Medite nas palavras do grande filósofo Confúcio, que disse: “A gema não pode ser polida sem fricção, nem o homem aperfeiçoado sem provações”.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de janeiro/1984 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Será errado interferir no karma ou devemos susten­tar a nossa divindade?

Pergunta: Será errado interferir no karma ou devemos susten­tar a nossa divindade e nos elevar acima das circuns­tâncias pela afirmação da nossa natureza divina?

Resposta: Uma pergunta semelhante foi formulada ao Sr. Heindel, em uma de suas recentes conferências em Los Angeles. Ele respondeu da forma abaixo.

“Embora todas as grandes religiões tenham sido dadas por Deus, há uma religião ocidental para os povos do ocidente da mesma forma que o hinduísmo existe para o povo da Índia e não vejo razão válida que nos faça copiar a ter­minologia deles e forçar as pessoas daqui a aprender o sânscrito, quando temos nossa própria e excelente lin­guagem com termos apropriados para ser usados em tudo aquilo que desejarmos transmitir. Para deixar a questão mais clara, vamos nos referir a um caso ocor­rido alguns anos atrás. Havia então uma con­trovérsia em determinada sociedade, que cometeu o erro de promover os ensinamentos orientais usando seus próprios termos, mas aqui, no ocidente. A discussão surgiu a respeito da palavra ‘AVYAKTAM’.

“Nem os próprios hindus têm certeza a respeito do significado da sua terminologia. Toneladas de papel e barris de tinta foram consumidos para chegarem a um acordo e parecem ter resolvido a disputa, adotando a se­guinte definição: Avyaktam é Parabramah revestido de Mulaprakiti, do qual são feitos seus UPAHHIS durante a Manvantara e no qual são novamente transformados, quando da chegada do Arolaya”.

O Sr. Heindel disse em seguida que esperava que a plateia tivesse entendido o significado de Avyaktam. Quando a plateia começou a rir e movimentou suas cabeças, o orador expressou seu pesar pela falta de compreensão de uma explicação tão elevada e resolveu tentar a variação comum do inglês para ver se essa explicaria. “Avyaktam é a Deidade reves­tida da Substância Essencial Cósmica da qual são feitos os seus veículos durante o Dia da Manifestação e que se transformam novamente, quando da chegada da Noite Cósmica”.

Quando os ouvintes declararam ter entendido a ex­plicação, o Sr. Heindel disse que o mesmo era válido no que se referia à palavra karma. Todos na América e grande parte das pessoas no mundo sabem o que é “dívida de destino”, sem a necessidade de qualquer explicação, e há várias outras palavras comuns que podem ser usadas com maior eficácia do que a expressão hindu karma, que não tem sentido para a maioria dos ocidentais. O orador afirmou também que palavras como astral e en­carnação ficassem deslocadas por terem sido ideadas para significar algo que não foi justificado. Ele lamentava que a palavra encarnação tivesse sido usada em nossa lite­ratura mais recente, notavelmente no Conceito Rosacruz do Cosmos. Os Irmãos Maiores que lhe ministraram os ensi­namentos na língua alemã sempre usaram a palavra Wiedergeburt, que significa renascimento, e há muita diferença entre os dois termos, diferença que não nota­mos à primeira vista.

É possível para um Espírito encarnar em um corpo adulto, expulsando o dono do seu veículo, possuindo esse corpo. No entanto, quando dizemos renascimento, só há um significado. Por essa razão, ele insiste para que os Estudantes nunca usem o termo encarnação, mas sempre a palavra renascimento. Em seguida, continuou.

“Responderemos agora à primeira parte da pergunta; isso é, será errado interferir no destino? Para chegarmos a uma conclusão, verifiquemos primeiramente quem criou o destino! Nós mesmos o criamos. Nós movimentamos a força que se transformou agora em destino e, por isso, temos indubitavelmente o direito de transformá-lo, na medida da nossa capacidade. Na realidade, essa é a marca autêntica da Divindade: governar-nos a nós mesmos. A maior parte da humanidade é regida pelos Astros, que podem ser chamados de ‘Relógio do Desti­no’. Os doze Signos do Zodíaco marcam as doze horas do dia e da noite, sendo que os Astros podem ser compa­rados aos ponteiros do relógio, indicando o ano em que certa dívida do destino amadureceu para poder expressar-se em nossas vidas. A Lua indica o mês e atrai determinadas influências que sentimos sem ter a consciên­cia de que estejam sendo exercidas ou sem notarmos sua finalidade.

“Contudo, essas influências permitirão alinhar nos­sas ações ao destino que criamos nos anos ou vidas anteriores e, invariavelmente, o acontecimento pressagia­do ocorre.

“Isso está marcado, a menos que nos esforcemos para mudar. Graças a Deus, há um a menos que, porque se não houvesse a possibilidade de alterar o destino, a única coisa a fazer seria sentar-se e dizer: ‘Vamos comer, beber e gozar a vida, já que amanhã morreremos’. Estaríamos, então, nas mãos de um destino inexorável e seríamos incapazes de nos aju­dar. Pela bondade de Deus há um fator que não está indicado pelo horóscopo. É a VONTADE humana, que tem condições de afirmar-se e frustrar o Destino. Recor­demos aquele lindo poema transcrito no Conceito Rosacruz do Cosmos.

“Um barco sai para Leste e para Oeste outro sai,

Com o mesmo vento que sopra em uma única direção;

É a posição certa das velas e não o sopro do vento

Que determina por certo o caminho em que eles vão.

É da máxima importância que estabeleçamos o rumo do barco das nossas vidas, conforme o desejarmos. Nunca tenhamos escrúpulos em interferir no destino.

Esse proceder também refuta a ideia de “afirma­ções” como sendo um fator na vida, pois isso, em si mesmo, é uma tolice. É de trabalho e ação que preci­samos na vida, como tentarei explicar por meio de uma ilustração. Suponhamos que uma pequena semente de lindos cravos pudesse falar e viesse a nós, dizendo: “Sou um cravo”. Por certo, nós responderíamos: “Não, você não é um cravo. Você tem a potencialidade interna para ser um cravo, mas terá que ir ao jardim e ficar enterrada durante algum tempo para crescer. Somente assim po­derá tornar-se um cravo, nunca pela afirmação”. Da mesma forma sucede conosco. Todas as “afirmações” da Divindade serão em vão, a menos que sejam acompanhadas por ações de caráter divino. Os atos provarão a nossa Divindade de uma forma que nunca as palavras possam fazê-lo.

(Pergunta nº 31 – “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. 2)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Porque a Reforma do Caráter

Caráter é destino. Nunca será demais repetir essa verdade. Afinal, ela diz respeito aos nossos interesses mais íntimos.

Todo ser humano alimenta o desejo de construir para si um destino harmonioso e equilibrado. Não vamos falar em “destino feliz”, porque o conceito de felicidade é muito relativo, variando até, sem exagero nenhum, de pessoa para pessoa. Cremos, portanto, na harmonia e no equilíbrio como o binômio ideal na constituição de um destino.

Esse binômio é atingível? Afirmamos que sim, embora poucos o tenham conseguido.

Todo ser humano anseia por um porvir agradável, sem, contudo, imaginar que ele se condiciona a um caráter bem formado. Ora, somente pelo manejamento adequado das causas, pode-se alterar os efeitos. Todo destino é, em última análise, uma gama de efeitos. Daí ser fácil concluir-se: se almejamos um futuro equilibrado, cuidemos, antes de mais nada, do nosso caráter.

Mas como fazê-lo? Em primeiro lugar, analisando-o.

E como analisá-lo? Max Heindel indica-nos um meio seguro de fazê-lo: o exercício noturno de Retrospecção. É uma forma prática de autoconhecimento.

Conhecidos nossos traços de caráter, em suas profundezas, é bom ressaltar, cabe-nos o segundo e mais importante passo: a reforma.

Não se julgue, todavia, que a correção requer luta tenaz contra o mal. Nada disso.

Resistindo-se-lhe só lograremos, para nosso desespero, reforçá-lo ainda mais. É um erro lamentável julgar que todo malefício provém do exterior. Se não há mal em nosso interior, não atrairemos males de fora.

Tudo, portanto, encontra-se em nosso mundo interno: o bem ou o mal. E o que se pode fazer no sentido de vencer o mal interno, sem luta?

A Filosofia Rosacruz enseja-nos a resposta: através do Corpo Vital, o veículo dos hábitos. Estes se formam pela repetição. O hábito reclama, insistentemente, a repetição.

Ela é o seu alimento, a chave para a gestação de um destino harmonioso ou perturbador.

Eis porque a reforma interna é de suma importância.

Muitos podem objetar essa argumentação alegando ser essa tarefa muito difícil, quase impossível.

Concordamos em que não seja fácil levá-la adiante. Mas não a reputamos impossível, não a configuramos como utópica. É uma questão de esforço e de vontade.

Ocorre que nosso caráter constitui na mescla de tendências antigas e influências novas desta existência. E como o ser humano não se dispõe com facilidade a mudanças radicais em sua vida, qualquer reforma interna encontra muitos obstáculos à sua frente.

A transmutação do “homem velho em homem novo” requer muita dedicação e coragem. Não se deve objetivar outra meta a não ser a realização do BEM. A única recompensa digna é a paz nascida do dever cumprido. O desinteresse deve revelar-se como uma norma fundamental. Fazer concessões ao interesse próprio é compactuar com as antigas e retardatárias mazelas.

Em Atenas, prometiam-se belas estátuas de mármore branco de Paros. Em Roma, belas coroas de oliveira. Maomé oferecia doces carícias de fadas amorosas. Odin, os encantos das louras Valquírias.

Em toda parte e em todos os tempos, se ofereceram recompensas a quem praticasse ou vivesse no Bem. Entretanto, uma cidade nada oferecia aos seus heróis. Era Esparta. Os defensores das Termópilas receberam apenas uma simples inscrição:

“Cumpriram o seu dever”.

O espiritualista sincero conscientiza-se de que promovendo a reforma de seu caráter está apenas cumprindo um dever. Nada reivindica para si mesmo.

Certamente terá de enfrentar momentos difíceis. Em algumas circunstâncias poderá até amargar a tentação de desistir. Fará, no entanto, da coragem a sua bandeira, não se deixando envolver pelos reclamos da personalidade. Esses heróis da alma serão as pilastras da Casa do Pai.

 (Publicado na revista ‘Serviço Rosacruz’ – 11/1978)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

“Por Seus Frutos os Conhecereis”

“Por Seus Frutos os Conhecereis”

Nem sempre a criatura humana é realmente aquilo que pensa ser ou que deseja ser.

Há muito de engano ou de ingenuidade entre a verdade e as supostas verdades, com as quais nos revestimos.

Muitas vezes não é por maldade que uma pessoa procura aparentar o que não é, mas pelo desejo de parecer melhor aos olhos dos outros, porém isso não deixa já de ser um princípio de virtude, pelo menos uma tentativa de virtude, consciente ou não. Porque até o falso, aquele que finge e engana os incautos, ele está tangendo o bem ao procurar parecer um ser humano bom. Verdade que se o fizer em prejuízo alheio, a dívida que fará diante da verdade será bem grande e em encarnações futuras terá que resgatá-la, respondendo dolorosamente pelo seu procedimento de agora.

Entretanto, o fato de fingir-se melhor, se o indivíduo não é um degenerado, este fato vai estabelecer um contato da criatura de má-fé com a verdade, dando-lhe alguma possibilidade para o bem. Acontece, porém, que se aquela alma começa a perceber a luz, sua obrigação muda para com a vida. Uma vez compreendendo ou sentindo já seus erros, sua obrigação é deixar de errar. O destino do reincidente é muito doloroso quando erra conscientemente.

Quem persiste no erro, já tendo vislumbrado a verdade, quem se acomoda às circunstâncias porque já está acostumado a elas, quem não se «esforça para progredir quando já compreende um pouco o progresso, essa pessoa tira de si a oportunidade de progredir, cristalizando suas próprias possibilidades. Para quem já viu um pouco da Luz, é dever voltar-se para ela e esforçar-se para disciplinar seus negativismos, tornando-os em virtude.

E isso não é difícil. Muitas vezes mesmo, forçando um sorriso num momento amargo, o gesto de flexionar os lábios para disfarçar a mágoa, pode acabar exercendo influência na própria mágoa, desfazendo-a. Obrigue-se a sorrir que você acabará esquecendo seus dissabores e todos lhe sorrirão. No fim, acabamos sendo sinceros em nossa alegria e as tristezas se dissiparão.

O essencial em tudo é a sinceridade. Sinceridade de propósitos e de ações. Pode-se cair muitas vezes, mas se formos sinceros em nosso desejo de melhorar, levantaremos cada vez na certeza de que poderemos acertar sempre mais e mais. Principalmente se formos perseverantes. De nada nos adiantará nos enganarmos, porque cedo ou tarde cairemos em contradição e nossos atos falarão por si. Cristo Jesus disse: “Por seus frutos os conhecereis”. Se formos sinceros conosco mesmos, se nos dedicarmos a uma vida Superior, apesar de o nosso corpo de desejos muitas vezes tentar trair-nos, com o tempo aprenderemos a andar no mundo e a não ser mais do mundo. Assim, seremos conhecidos pelos nossos frutos, podendo ajudar aos nossos irmãos com mais eficiência e sabedoria. Pois só nos elevando poderemos ajudar a elevar os outros.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – 5/72 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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