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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Ilha de Patmos

O último livro da Bíblia nos fala que o Apóstolo S. João escreveu o Apocalipse (O Livro da Revelação) na Ilha de Patmos.

Ao dizer, S. João que “se encontrava na Ilha de Patmos”, há uma grande significação. A palavra “Patmos” significa iluminação, e nos tempos anteriores a Cristo, a expressão “Ilha de Patmos” era usada para se referir à Iniciação. Por meio de seu progresso no caminho iniciático, “o Discípulo – Amado” foi capaz de estar em Espírito, em estado de consciência necessária para ver nos reinos superiores e funcionar ali em seus veículos invisíveis.

Quando estudamos a Revelação, encontramos como uma de suas características mais notáveis, que está baseada no místico número sete. S. João teve sete visões nas quais recebeu mensagens para as sete igrejas; há sete Anjos ante o trono, há sete lâmpadas de fogo e sete trombetas; há sete candelabros, os sete selos do “livro”.

O significado do uso do número sete é explicado pelos Ensinamentos Rosacruzes, a qual ensina que nós temos uma constituição sétupla, sendo um Tríplice Espírito que possui um Tríplice Corpo e a Mente.

No Corpo Denso há sete centros espirituais, os quais quando são despertados e desenvolvidos, expressam os nossos (o do Ego, o do Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui) poderes espirituais. Posto que nós temos uma constituição sétupla, e dado que somos a unidade deste particular Campo de Evolução, a quem S. João se refere em sua mensagem, logicamente, é de supor-se que a mensagem que foi escrita por S. João e enviada às “sete igrejas”, encerra informação referente a nós mesmos.

Em outras palavras, as sete igrejas são usadas em um sentido simbólico para referir-se aos nossos sete centros espirituais, os quais têm que ser desenvolvidos no processo evolutivo espiritual. Cada um de nós é um Deus em formação e eventualmente logrará seu divino destino!

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – setembro/1988 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Alquimia Espiritual: o que é isso na sua vida

Alquimia Espiritual: o que é isso na sua vida

As linhas irradiantes de força, invisíveis aos olhos físicos, permeiam o Corpo Denso e formam a nossa Aura. A coloração dessa Aura é distinta em cada indivíduo em um matiz fundamental e demonstra o grau de evolução de cada um.

Nas raças inferiores, esse matiz fundamental é vermelho, semelhante ao de um fogo lento; é um sinal da índole emotiva e passional.

A Aura dos indivíduos em elevados graus na escala da evolução apresenta um matiz fundamental de cor alaranjada, o vermelho das emoções, mesclado com o amarelo do intelecto. Entretanto, como resultado da consciente ou inconsciente alquimia espiritual que realizam ao longo do caminho do progresso e das experiências da vida, experiências que ensinam a sujeitar as emoções ao domínio da Mente, acabam por se emancipar dos marcianos Espíritos Lucíferos do belicoso Jeová, cujas cores são escarlates e vermelhas. E, assim, esmaece o matiz fundamental da Aura, na medida em que, consciente ou inconsciente, vão se identificando com o espírito unificador e altruísta de Cristo que vibra em áurea cor.

O nimbo de luz amarelada com que os artistas dotados de visão espiritual aureolavam a cabeça dos santos é a representação física de uma promessa espiritual que se cumprirá em todos os seres humanos, embora só aqueles a quem chamamos Santos o tenham conseguido. Depois de lutar durante muitas vidas contra as próprias paixões, perseverar pacientemente em boas obras, constância em propósitos elevados, os santos atuais conseguiram ultrapassar o raio vermelho e se encontram imersos nas vibrações douradas do raio de Cristo.

Os pintores medievais dotados de visão espiritual, ao representarem a citada transmutação, rodearam as cabeças dos Santos de uma auréola dourada, como sinal de libertação do poder lucífero de Marte, assim como do poder de Jeová e seus Arcanjos, pertencentes a uma etapa de evolução de raça e de nacionalismo.

Os Espíritos Lucíferos encontram sua expressão no ferro do sangue. O ferro é um metal marciano, tão difícil de colocar em alta vibração que é necessário o penoso esforço de muitas vidas para que o produto da sua combustão tome a cor dourada da Aura pura dos Santos. Quando tal se consegue, se consuma o magno processo da alquimia ou transmutação do metal inferior em ouro, ao mesmo tempo que os resíduos da Terra se convertem na maravilhosa liga do Mar de Bronze. Então, só faltará abrir as comportas para que o jorro flua.

A cor natural do ouro é o raio de Cristo, que encontra sua expressão química no elemento Solar chamado oxigênio. No caminho da evolução para a Fraternidade Universal, todos os seres humanos, mesmo que não professem uma religião determinada, terão em suas Auras o matiz dourado, sob impulsos de altruísmo partidos do ocidente. São Paulo dá a entender isso, ao dizer: “Cristo há de formar-se em vós”.

Quando soubermos formar a “liga” por meio de vidas espiritualizadas e vibrarmos em completa harmonia com Cristo, seremos semelhantes a Ele e estaremos aptos a abrir os crisóis do Mar de Bronze.

Cristo, na Cruz, Se libertou por meio dos centros espirituais situados, segundo se diz, nos lugares onde lhe pregaram os cravos e de outros centros ainda. Aquele que prepare o Mar de Bronze receberá instrução do seu Mestre quanto ao modo de romper os laços e se elevar as esferas superiores, ou como refere a expressão maçônica “viajar por países estrangeiros”. Essa frase está de acordo com a admonição de Cristo, quando disse que, para chegar a ser seu Discípulo é preciso deixar pai e mãe. Essa é uma das mais simbólicas frases do Evangelho e geralmente mal interpretada, porque a reportam aos pais vida após vida física, quando, na verdade, significa algo muito diferente no ponto de vista esotérico.

Para bem compreender, recordemos que os Espíritos Lucíferos introduziam o ferro no organismo humano e, com isso, tomaram possível a encarnação do Ego. Porém, a contínua oxidação do sangue acaba por inutilizar o Corpo como morada do espírito e dá lugar a morte.

Assim, os Espíritos de Lúcifer, ajudando o nosso Corpo físico, são também os Anjos da morte a que estão sujeitos os descendentes de Eva e Samuel e os de Eva e Adão, porque todos são de carne.

O Sol, o centro da vida, governa o gás vivificante chamado oxigênio que se combina com o ferro, metal marciano. Cristo, o senhor do Sol, é também o Senhor da vida. Quando pela alquimia espiritual, chegarmos a ser como Ele, alcançaremos a imortalidade, nos libertando de nosso pai Samuel e de nossa mãe Eva. A morte não terá mais domínio sobre nós. Isso não significa que os Corpos de quem alcança a imortalidade não tenham que morrer. O espírito dominará completamente o Corpo, usando-o durante séculos, até que lhe convenha tomar outro.

Outrossim, pelo mesmo processo de alquimia espiritual, o espírito terá capacidade de formar um novo Corpo adulto, se desprendendo do já velho e gasto.

A passagem do Adepto dos domínios da morte para o reino da imortalidade está simbolizada no arrojado salto de Hiram Abiff, o Grão-Mestre dos obreiros do Templo de Salomão, ao se precipitar no mar ardente de metais fundidos e na passagem pelas nove arcadas da camada terrestre que foram o Caminho da Iniciação. Também está simbolizado no batismo de Jesus, e depois do Gólgota, na descida à região subterrânea onde o seu Corpo Vital está esperando o dia do segundo e definitivo advento do espírito de Cristo.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ de maio/1979 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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