INTRODUÇÃO
Vamos conceituar, primeiro, o que é um Audiobook ou Audiolivro: nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.
Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.
Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).
Para que serve audiolivro?
O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:
O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.
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FIM
Resposta: Como todos os outros símbolos, também vários são os significados da cruz. Platão revelou um desses significados quando afirmou: “A Alma do Mundo está crucificada”, isto é: há quatro Reinos no mundo – Mineral, Vegetal (ou a planta), Animal e Humano.
O Reino mineral anima toda substância química de qualquer natureza, de modo que a cruz, mesmo sendo constituída de qualquer material, é primeiramente um símbolo desse Reino.
O braço vertical inferior da cruz é um símbolo do Reino Vegetal, porque as correntes dos Espíritos-Grupo que vivificam às plantas vêm do centro da Terra, onde esses Espíritos-Grupo se localizam, elevando-se em direção à periferia do nosso Planeta e ao espaço.
O braço superior da cruz é o símbolo do ser humano, porque as correntes vitais do reino humano chegam do Sol através da espinha vertical. Assim, o ser humano é a planta invertida, pois, da mesma forma que a planta absorve seu alimento pela raiz, fazendo-o fluir para cima, o ser humano ingere sua alimentação pela cabeça, dirigindo-a para baixo. A planta é casta, pura e desprovida de paixão, e dirige seu órgão criador, a flor, castamente em direção ao Sol, algo de beleza e encanto. O ser humano dirige seu órgão gerador cheio de paixão em direção à terra. O ser humano inala o oxigênio, dador da vida, e exala o venenoso dióxido de carbono. A planta absorve o veneno exalado pelo ser humano, construindo seu corpo a partir dele, e devolvendo o elixir da vida, o oxigênio purificado.
Entre os Reinos Vegetal e Humano se encontra o Reino Animal com a espinha horizontal, e nessa coluna horizontal as correntes de vida do Espírito-Grupo animal movimentam-se, enquanto circulam ao redor do nosso globo. Portanto, o braço horizontal da cruz é o símbolo do Reino Animal.
No esoterismo, a cruz nunca foi considerada como um instrumento de tortura, e somente a partir do século VI é que se representou o Cristo crucificado nas pinturas e obras. Antes dessa época o símbolo do Cristo era uma cruz e um cordeiro repousando aos seus pés, para transmitir a ideia de que, no momento em que o Cristo nasceu, o Sol no Equinócio de Março cruzava o Equador no Signo de Áries, o Cordeiro. Os símbolos das diferentes Religiões sempre foram criados dessa forma. Na época em que o Sol, por Precessão dos Equinócios, cruzava o Equinócio de Março no Signo de Touro, o Touro, uma Religião surgiu no Egito em que se cultuava o touro Ápis, de modo semelhante que cultuamos o Cordeiro de Deus. Numa data muito remota, ouvimos falar do deus nórdico Thor conduzindo suas cabras gêmeas através do céu. Isso ocorreu na época em que o Equinócio de Março se encontrava no Signo de Gêmeos, os Gêmeos. Na época do nascimento de Cristo, o Equinócio de Março estava, aproximadamente, a sete graus de Áries, o Cordeiro e, por isso, nosso Salvador foi chamado de Cordeiro de Deus. Houve uma contestação no passado contra a ideia de ser o cordeiro o símbolo de nosso Salvador. Alguns afirmavam que o Equinócio de Março, no momento do Seu nascimento, estava realmente no Signo de Peixes, os peixes, e que o símbolo do nosso Salvador deveria ter sido um peixe. É em memória dessa contestação que a mitra do bispo ainda assume o formato da cabeça de um peixe.
(Pergunta nº 100 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas-Vol. I”-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
A Fraternidade Rosacruz – uma das 7 Escolas – e a Era de Aquário
Pelos noticiários da TV e dos jornais, hoje, qualquer cidadão ou dona-de-casa está a par da situação geral do mundo. Os meios de comunicação aproximaram as nações e os seres humanos, para que se conheçam melhor, pois ninguém pode amar o que não conhece. Tudo está se transformando rapidamente e os meios são proporcionais à resistência: meios violentos — aparentemente um mal — são empregados para romper estruturas sociais milenares, pondo nações inteiras sob tensão e desafios terríveis, para que acordem à realidade da evolução. Sem meios de compreender a razão e a origem de tais transformações, deixamo-nos envolver pelas previsões pessimistas, quanto ao futuro da humanidade: em 8 horas o mundo pode ser destruído por teleguiados das grandes potências. Prenúncios da Era de Aquário!
Aqueles que estão afeitos ao estudo e à meditação das verdades espirituais sorriem confiantes e serenamente apontam um Governo Invisível do Mundo — muito mais poderoso que todos os governos comuns. Lá está a razão das grandes mudanças; lá estão os olhares penetrantes e amplos de Seres que romperam as limitações mundanas e se guindaram a amplitudes de consciência inconcebíveis à compreensão mediana. São os Altos Iniciados das diversas Escolas — Sete Altos Iniciados de cada RAIO CÓSMICO — que se misturam à Humanidade e influenciam-na, nos diversos campos de atividade: ciência, arte, religião, política, economia, etc. São grandes luzes desconhecidas para nós, que somos cegos e surdos. Temos ouvidos e não ouvimos; temos olhos e não vemos; estamos rodeados de imensas realidades espirituais que não percebemos; tal é a triste condição do ser humano comum. Mas os Iniciados menores, de tempos em tempos, cumprindo determinações desses Altos Seres — os vanguardeiros do gênero humano — trazem suas revelações, adequadas à nossa compreensão atual. Segundo essas revelações – e podemos falar convictamente da Ordem Rosacruz — Sete Irmãos Maiores trabalham incognitamente no mundo, exercendo influência incomum aos líderes que enfeixam poderes-chave. Embora respeitem o livre arbítrio humano, estão eles vigilantes para que nossa ignorância não desvie as linhas evolutivas gerais, traçadas para a humanidade.
Há sete escolas de mistérios no mundo. Cada uma delas tem diversas ramificações através da História. São nomes que se dão a movimentos que atendem às necessidades internas, de um grupo humano e de cada indivíduo desse grupo em particular, numa certa época.
A verdade é Universal e transcende as limitações humanas. Os seres humanos não podem alcançá-la em plenitude. Essa verdade está em cada Escola ou Raio.
De tempos em tempos, cada uma dessas escolas, através de um iniciado menor, funda um movimento externo, público, que constitui um MÉTODO adequado ao povo e a cada indivíduo, como regra geral, para levar-nos à própria realização interna. Logo, são os métodos que diferenciam as escolas — em cada época e nível evolutivo do povo a que se destina.
Quem determina tais métodos? São os Altos Iniciados. Eles veem, nos planos internos, com sua ampla visão, as tendências de cada povo e preparam tais métodos de desenvolvimento, para atender a certo período de tempo.
Para dar-lhes uma ideia do que expusemos, tomemos o exemplo da Bíblia: é um livro sagrado como outro qualquer de outros povos. Mal interpretada, defeituosamente compreendida, tem-se pensado que a Bíblia é uma estória do povo hebreu. Depois tivemos o advento do Cristianismo, com a mensagem, ainda mal vislumbrada — do maior Ser que a Humanidade jamais conheceu: Cristo. A mensagem cristã foi ajuntada aos ensinamentos dos judeus, formando o Velho e Novo Testamentos. Inadvertidamente associamos que as duas dispensações foram reunidas porque Jesus e seus apóstolos eram judeus. Nada mais errado. Muito acima disso, a Bíblia, à semelhança dos outros livros sagrados, é “UMA ESTÓRIA DO SER HUMANO” — uma estória minha e de cada um de vocês. Cada um de nós é a própria Bíblia. Cada acontecimento, cada personagem bíblico, é representação de circunstâncias e de pequenos “Eus” psicológicos de nosso íntimo, como na obra hindu — o BHAGAVAD GITA.
A Rosacruz — representando a parte esotérica do Cristianismo e havendo partido das raízes essênias – revela-nos a Bíblia com uma nova face, bem adequada ao desenvolvimento de nosso povo. Cada derrota e cada vitória; cada miséria e cada glória na Bíblia, se reportam à derrota e à vitória, à miséria e à glória de cada um de nós, na luta da existência.
A escravidão no Egito, as limitações e sofrimento do povo hebreu sob o jugo do Faraó — nada mais são do que nossas próprias limitações materialistas; os condicionamentos escravizantes que nos impõe a falsa personalidade — em sua ilusão de separatividade — buscando apoiar-se em coisas externas — este faraó que usurpou o trono do divino em nós.
Há muitos indivíduos mergulhados nas trevas dessa escravidão, sonhando com uma Terra prometida de leite e mel — com uma vida mais livre e plena — pois sentem interiormente que o Criador não os fez para sofrer.
Quando já estão enfarados de sua escravidão; humilhados com sua condição, algo dentro deles se levanta, disposto a tudo. É algo que lhes nasce do íntimo, de uma origem celestial — porque somos todos, sem distinção — feitos à Imagem e Semelhança de Deus. E, como o Filho pródigo revoltado de comer a comida dos porcos do materialismo — se levantam e resolvem tornar à Casa Paterna — ou voltar ao centro de seu Ser — mediante o autoconhecimento.
Neste ponto nasce, no íntimo o Moisés — que não concorda com o Faraó da falsa personalidade e que transforma a vara de Arão — o poder acumulado na coluna, numa serpente de sabedoria que devora todas as serpentes dos conhecimentos inferiores dos magos do Egito. É um método novo, mais adequado, que mostra as tábuas de uma Lei Divina, que devem ser inscritas na tábua de carne de nosso coração, para que nos tornemos uma lei em nós mesmos, consonantes com a Lei Universal que mantém a harmonia do Universo.
Para que esta lei se inscreva em nosso íntimo leva tempo. Tempo variável para cada indivíduo. Toma vidas inteiras de experiências. É o que representa o cabalístico número 40 — que significa muitos. 40 anos de peregrinação no deserto — 40 anos na aridez de uma vida de dúvidas — em que somos tentados a fundir, com o ouro de nossas realizações internas, o bezerro das condições antigas — num esforço de voltarmos e nos apoiarmos ao que já conhecemos.
Mas o Moisés interno protesta e nos desperta. É preciso adorar o cordeiro. O cordeiro é uma condição humana mais doce e elevada. Não devemos desanimar na travessia. Cuidando não cair nas miragens do deserto, podemos arrancar a água viva dos ensinamentos da pedra de nossas realizações internas. E assim vamos evoluindo, armando e desarmando as tendas de nossos corpos, como peregrinos e nômades dos planos evolutivos. Até que cheguemos e nos instalemos na Terra prometida — naquela condição interna em que devemos esperar pela chegada do Messias. Ele há de nascer de uma virgem. A profecia de Isaías usa um adjetivo hebraico mui expressivo para designar o caráter dessa pureza: A PUREZA INTERNA.
O adjetivo é ALMAH — virgindade interna — bem diferente da BETULAH: a virgindade externa, muitas vezes comprometida pelas impurezas internas dos pensamentos e emoções viciosos, dos fariseus modernos.
Essa virgem é uma imaginação pura — que havemos de conquistar. E unir-se-á a JOSÉ — um viúvo que se desligou da esposa do mundo — e que representa uma VONTADE pura. A imaginação é o lado feminino do Ser — a devoção, o coração. É Maria que deixou de ser Maya. José é o lado masculino do Ser — a vontade, a inteligência iluminada — que se libertou das limitações. Dos dois nascerá o MESSIAS — o HIMMANU-EL — que significa: DEUS CONOSCO!
Deixemos, por enquanto, a sublime manjedoura com os animaizinhos dos instintos domesticados e voltemos à História Humana, para explorar outra fonte: a ASTROLOGIA ESOTÉRICA – os Astros são o relógio do destino e determinam, em linhas gerais, a marcha evolutiva.
Quando o Sol, pelo movimento da precessão dos equinócios, retrogradava pelo Signo de TOURO, a humanidade era muito embrutecida e, por isso, gerava condições e circunstâncias adversas e terríveis. A evolução exigia muita fibra, perseverança e paciente resistência, qualidades próprias desse Signo. É a escravidão do Egito, já citada. Daí que o símbolo seja o antigo boi ÁPIS, do Egito. A vaca sagrada da Índia é ainda uma reminiscência desse período.
Surgiu então Moisés, tendo um chapéu com chifres de carneiro — para mostrar sua condição de arauto de Áries, quando o Sol, por precessão dos equinócios, retrogradava pelo Signo do Carneiro. Foi a peregrinação pelo Deserto. E assim, como Moisés não pôde entrar na Terra Prometida, mas simplesmente conduziu o povo a ela, assim também a Era de Áries transferiu a consciência humana para um estágio mais alto: a Era de Peixes – quando o Sol começou a retrogradar, por Precessão dos Equinócios, por esse Signo. Então veio Cristo inaugurando a Dispensação Pisciana: notem que o símbolo do Cristianismo são dois peixes cruzados; que os Apóstolos eram chamados “pescadores de homens”; que os Evangelhos usam parábolas de pescas, de redes; e o chapéu dos bispos (mitra) tem a forma de uma cabeça de peixe, cuja boca, aberta, entra na cabeça.
A Era de Peixes constitui o Cristianismo Popular – que esqueceu os antigos mistérios e conhecimentos sobre o RENASCIMENTO, LEI DE CAUSA E EFEITO, COSMOGÊNESE, ANTROPOGÊNESE – se bem que esses conhecimentos estejam nas entrelinhas dos evangelhos, como poderei demonstrar em outra ocasião.
Por que se retirou dessas verdades antigas? Porque, propositadamente, devia mergulhar o povo ocidental na conquista científica, religiosa e artística mais intensa e diversificada – conforme reclamava a evolução.
A CIÊNCIA, A ARTE E A RELIGIÃO eram unidas no passado. Tudo incluía esses três ramos – como nos tempos da Grécia áurea, em que a poesia, a música, a dança, a literatura, a história, a ciência, etc., se reuniam nas atividades humanas, por inspiração das nove musas (número do ser humano). Depois se diversificaram: a religião governou quase sozinha durante a Idade Média, chamada Idade das Trevas, sufocando as demais manifestações, para o desenvolvimento predominantemente religioso. Quando já se tornava prejudicial, a Renascença trouxe a Arte, com a glória de iluminados artistas em todos os seus ramos, até a Idade Moderna. Finalmente rompeu soberana a Ciência, na Idade Contemporânea, amordaçando com mãos de aço as demais manifestações. É a Ciência que dá a última palavra e que merece maior crédito do mundo. Logo descambamos para o materialismo, sob influência de Augusto Comte, de Freud, de Karl Marx e outros que, havendo recebido vislumbres da Verdade Universal, desvirtuaram-na quando criaram seus métodos. Infelizmente acontece isto: a verdade mais alta não pode ser exposta num Cosmos inferior, sob pena de PROFANAÇÃO. Por isso o Cristo usou as parábolas e símbolos: para que cada um extraia delas o que seu grau de consciência pode ver e suportar.
Em meados do século passado, o Sol, em seu movimento de precessão dos equinócios, entrou na órbita de influência do Signo de Aquário. Aquário é governado por Urano, descoberto (não por acaso) em 1781, para ir fermentando a consciência do mundo com suas qualidades de Inovação, de Originalidade (Epigênese), Inconvencionalismo (para romper as tradições cristalizadas), Inventiva, Intuição, etc. Urano preparou a ciência para a conquista de seu elemento – O Éter — que nos levou à conquista do espaço: começando pela máquina a vapor, passou pela eletricidade, telégrafo, telefone, rádio, televisão, aviação, radar, foguetes e plataformas espaciais, aproveitamento da luz solar, etc. Telescópios poderosos foram perscrutando os espaços siderais, ao passo que os microscópios e aparelhos ainda mais delicados foram penetrando nas partículas menores da matéria, deslumbrando os cientistas com a Realidade de uma Inteligência que agora aprende a descobrir por si só e a venerar. Não há físico que não tenha veneração pelo Cosmos. Não importa o nome que dê, o importante é que ele descobriu algo que assume para ele o sabor de uma conquista. É assim mesmo: as coisas velhas se tornam novas quando são redescobertas pelo despertar do Ser.
A psicologia, que começou desastrosamente (em aparência) pelas falhas interpretações de Freud — que não soube verter puramente certas verdades espirituais que captou — encaminha-se, a passos largos, para o autoconhecimento, sob influência da parapsicologia e de revelações que vão invadindo, irresistivelmente, a Mente dos seres humanos, provindas da Mente Universal.
Neste cenário crepitante e conturbado do mundo, ao início do século XX, os Irmãos Maiores da Rosacruz viram chegado o momento de entregar ao mundo uma nova mensagem. E, através de seu Iniciado Menor, MAX HEINDEL, nos deram o CONCEITO ROSACRUZ DO COSMOS, em 1909. Sob orientação dos Irmãos Maiores da Ordem, Max Heindel fundou a Fraternidade Rosacruz, após dois anos (1911), para atender à necessidade lógica do povo Ocidental. Todos desejamos saber a razão das coisas. Nossa Mente há de ser satisfeita, para que nosso coração comece a vibrar numa fé racional. O materialismo está perigando nossa evolução e todos os meios estão sendo envidados para chegarmos ao meio termo ideal, entre a Mente e o coração — esses dois elementos que se devem aprimorar, para chegarmos ao conhecimento e conquista de nós mesmos e alcançarmos o despertar de nossa verdadeira natureza.
O Ocidente se assemelha, agora, a um avião de asas desiguais: uma, enorme, da técnica, da ciência, do conhecimento, que se presume, de tal modo que o maior pecado atual é o ORGULHO INTELECTUAL. A outra asa é mirrada, subdesenvolvida, raquítica, esfomeada: uma asa pequena da fé, da devoção, de conquista interior, do coração. E nosso avião ameaça despencar e arruinar sua tripulação. É urgente desenvolvermos esta asa pequena e estabelecermos o equilíbrio de nossos voos evolutivos. De nada valem as asas de cera, porque logo se derretem no desafio da subida e nos precipita abaixo. As asas de cera são os superficiais conhecimentos que adquirimos e não chegamos a vivenciar. Diletantismo espiritual. Curiosidade ocultista de fenômenos que não conduzem ao fim mais alto. É preciso dirigir nossos esforços à realização autêntica para formar a asa pequena. Assim, devidamente apoiados na verdade espiritual, podemos conduzir todas as nossas conquistas para os propósitos evolutivos em vez de subordiná-los aos interesses mesquinhos da personalidade falsa.
O ser humano— esse desconhecido — é a Esfinge, que compõe os quatro Signos zodiacais de natureza Fixa, representado por 3 animais: o touro, o leão, a águia (o escorpião) e aquário (simbolizado pelo ser humano que engloba os três animais).
A Esfinge de nossa natureza continua a desafiar-nos: OU ME DECIFRAS, OU TE DEVORO! E os seres humanos se devoram porque não se conhecem; devoram-se pelos infartos, pelos derrames, pela diabete, úlceras, cânceres e neuroses, que são a consequência inequívoca de suas ignorantes transgressões à Lei da Natureza.
Através da Rosacruz — uma das Sete Escolas — os Irmãos Maiores — aqueles que foram na frente, que chegaram ao cume da Realização e depois voltaram para ensinar o caminho e prevenir os alpinistas sobre os perigos da escalada — oferecem suas mãos, a sua inteligência, o seu amor — pelos cursos gratuitos por correspondência, de Filosofia Rosacruz, de Astrologia Esotérica; da Bíblia e Cristianismo Esotérico, a todos os interessados.
Somos os seus canais e estendendo a mão direita: chamamo-los IRMÃOS, pelo reconhecimento de que todos somos filhos de um Pai comum — O Pai Celestial! Mais que irmãos, preferimos chamá-los AMIGOS, pondo-nos à vossa disposição.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de agosto/1978)