O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior.
Para acessar somente os textos:
A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o Centro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.
De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.
Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Setembro/20:
Trânsito do Sol pelo Signo de Libra, em outubro
Quando o Sol entra em Libra, que anuncia a chegada de outubro, a força dourada do Cristo passa pelos reinos terrestres enquanto esse sublime Ser inicia, novamente, o Seu sacrifício anual.
O Aspirante ao Caminho da Realização é, às vezes, elevado acima do monte da exaltação e sua fortaleza renovada, para poder logo servir nos vales mais abaixo. Quem segue esse ciclo anual de Cristo com fé e ano após ano, aprende a se sintonizar com a elevada glória das três festividades da Santa Trindade, sendo logo conduzido a fazer uma profunda dedicação de si mesmo e, com isso, a adquirir uma força espiritual que permita cumprir seu cometido e assumir suas responsabilidades.
Assuntos abordados durante as Reuniões de Estudos desse mês:
Conceito Rosacruz do Cosmos: A Região Química do Mundo Físico
Seguem algumas perguntas discutidas nessa reunião.
Mente pura, coração nobre, corpo são.
Conforme nossos pensamentos e atos assim são nossos dias. Pensamentos e emoções como receio, medo, ódio, vingança, pesar, luxúria, egoísmo, ressentimento, inveja, são tóxicos ao nosso organismo, contribuindo para a cristalização do nosso Corpo de Desejos. Já os pensamentos e sentimentos de bondade e tolerância, de fé, confiança, serviço, amor, alegria, otimismo e desejos de nos tornarmos úteis e prestativos, nos conduz as regiões mais elevadas do Mundo do Desejo, nos colocando em harmonia com as leis do progresso e da evolução do ser humano.
Portanto, temos que usar bons “alimentos” para a Mente, para os Corpos de Desejos e Vital, senão os problemas agravam-se. Já os pensamentos positivos e o serviço e ajuda desinteressada ao próximo contribuem para o processo de Cura.
Sabemos que o Universo é a grande Escola de Deus, e nós nos encontramos nesse momento, nesta vasta escola, aqui no Mundo Físico. Estamos testemunhando acontecimentos espantosos e mudanças tão radicais que desejamos compreender melhor: a razão de tudo isso, a razão da existência e porque acontece tudo isso.
O primeiro passo a darmos então, quando pretendemos compreender tudo isso e compreender também as relações visíveis no mundo, é estudarmos e conhecermos o Mundo em que vivemos.
Estados da matéria, é uma porção do Universo preenchida com a vida de Deus, com a matéria de uma determinada densidade, determinados graus de vibração.
Mundo Físico: É o mundo dos efeitos. – e as causas já criamos quando estávamos nos preparando para renascer. Enfim, aqui é o lugar da nossa evolução, aqui é, o baluarte da nossa evolução atualmente.
Agora estamos aqui renascidos, Egos, ou seja: Espíritos Virginais da onda de vida humana manifestados, no Mundo Físico, cuja Região Química desse Mundo é visível aos olhos da maioria das pessoas, conhecidos por meio dos sentidos físicos (olfato, tato, visão, audição e paladar).
Aqui é onde nascemos e vivemos para adquirir experiências, pagarmos nossas dívidas contraídas nas vidas passadas, exercer a nossa Epigênese, nos relacionarmos, convivermos, etc.
Para a maioria das pessoas, só existe um Mundo, o Mundo Físico, o visível globo denso em que vivemos, ou só o que se consegue ver com os olhos físicos. Os Mundos suprafísicos não são visíveis para a maioria das pessoas, porque ainda não desenvolveram os sentidos sutis, os indispensáveis meios para se entrar em contato com eles. De fato, não é com os olhos físicos que conseguimos fazer isso.
Mundos suprafísicos: são Mundos acima do Físico. Nesse esquema de evolução é onde estão os objetos de conquistas e domínio da onda de vida humana. Esses Mundos não são visíveis para o indivíduo comum, porque este ainda não desenvolveu os sentidos mais elevados e sutis, necessários para entrar em contato com os mundos ocultos. Mundo das Causas.
Mundos invisíveis: São todos os Mundos que não conseguimos ver. Os mundos invisíveis englobam os mundos suprafísicos. Nem todos os mundos invisíveis são suprafísicos (acima do Físico), porque existem mudos abaixo dos físicos, isso tendo como referência estarmos no mundo físico.
Tudo o que pudermos aprender e fazer dando o nosso melhor aqui no Mundo Físico, será de grande utilidade depois que passarmos para o lado de lá, isso claro, quando morrermos.
Lembremos que tudo de bom que fizermos, maior será nossa chance de aumentarmos nossa existência aqui, mais frutos bons nós colheremos. Para isso é importantíssimo cuidarmos da nossa parte espiritual, pois nos ajuda muito a compreendermos melhor certas leis fundamentais que, se seguidas diligentemente, são determinantes básicos de uma vida mais feliz, com maior êxito e, sem dúvida, de maiores realizações.
Somos um Espírito Virginal, hoje um Ego, feito à Sua Imagem e semelhança, então em nosso íntimo temos todas as possibilidades divinas.
Os Ensinamentos Rosacruzes mostram um caminho que nos permite desenvolver essas qualidades divinas de modo natural, e de tal maneira que passamos a exprimir mais harmonia e equilíbrio em todos os acontecimentos da nossa vida, passamos a estabelecer um autodomínio mais seguro e que passamos a examinar todos os problemas com uma visão muito mais perfeita.
A aplicação diária dos Ensinamentos Rosacruzes nos ajuda a errar menos, nos dá segurança na ação, fé, coragem, paz e a termos mais confiança.
Então sabemos que temos que arregaçar as mangas, estudarmos, meditarmos, praticarmos os Ensinamentos Rosacruzes e seguir em frente, sem medo. O primeiro passo a darmos então, quando pretendemos nos compreender e compreender as relações visíveis no mundo, é estudarmos e conhecermos bem esse Mundo em que vivemos.
Todo ego é um espírito virginal, mas nem todo espírito virginal é um Ego. Somos Ego a partir do momento que nos manifestamos. Manifestar é nascer? Não. Deus criou a gente como espírito virginal e depois nos mandou nos manifestarmos, foi despertado em nós o nosso tríplice espírito e tríplice corpo. Ego é um espírito virginal manifestado.
Aprendemos nos Ensinamentos Rosacruzes que o Universo se divide em sete Mundos:
A matéria de cada mundo se subdivide em sete regiões. Esta divisão não é arbitraria, senão necessária, porque a matéria de cada um destes mundos está sujeita às leis que praticamente são inoperantes/inexistentes nos outros.
É uma lei do Universo que qualquer ser, para funcionar em um dado mundo ou região, necessita de um veículo construído a partir de matéria ou substância desse mundo ou região. O Diagrama 2 do Conceito Rosacruz do Cosmos mostra os veículos do ser humano, formados a partir da matéria do mundo ou região correspondente:
Pensamento Abstrato: as três divisões superiores são a base para o pensamento abstrato. É de onde criamos as nossas ideias e conclusões. Atualmente, é onde nós, o Ego, funcionamos e a partir daqui trabalhamos nas Regiões e Mundos abaixo. É também o Mundo em que o Anjo Jeová, o mais elevado Iniciado dos Anjos, vive. O ser que atingiu tamanho desenvolvimento ao ponto de exercer o aspecto Espírito Santo, Movimento, o terceiro aspecto de Deus.
Nós como Egos, espíritos virginais das ondas de vida humana, animal, vegetal e mineral, funcionamos a partir do Mundo do Pensamento abstrato e a partir daqui é que colocamos nossos corpos a trabalharmos no mundo físico. Com a Mente só funcionamos na Região Concreta do mundo físico.
Pensamento Concreto: as quatro subdivisões mais densas suprem a matéria mental com a qual incorporamos e concretizamos nossas ideias. É onde formamos os nossos pensamentos-forma.
Sim, existem outros Mundos, porque Deus é infinito e infinita são suas possibilidades de criar seres em evolução.
A Região Química do Mundo Físico é a base de todas as formas densas. Esses três estados de matéria (sólidos, líquidos e gases) são matérias químicas, já que derivam de componentes químicos da Terra.
Dessa matéria química constituíram-se o Corpo Denso das 4 ondas de vida: mineral, vegetal, animal e humana.
Portanto: O ar que respiramos, a água que bebemos, as montanhas, as nuvens, a seiva da planta, o sangue do animal, a teia de aranha, a asa da borboleta e os ossos do elefante, como nos diz a lição, tudo é composto da mesma substância química.
Essa é a Região mais densa que nós, seres humanos, desceremos nesse Esquema de Evolução.
Reparem que, atualmente, todos os Planetas, além das Luas e do Sol têm uma Região Química do Mundo Físico. Portanto, todos têm seres vivos que precisam de material dessa Região para construir corpos e evoluírem!
Para a maior parte da humanidade atual é a Região onde há muitas lições a aprender ainda e por meio de renascimentos sucessivos, é onde alcançaremos a perfeição do Corpo Denso (atualmente em seu 4º estágio de evolução) e dentre os Corpos o mais próximo em atingir a perfeição. Enquanto não atingir, continuaremos renascendo aqui. Essa Região também é o campo de evolução das outras 3 ondas de vida: animal, vegetal e mineral. Atualmente é a onda de vida mineral que compõe a atmosfera, a crosta e várias camadas do nosso campo de evolução que chamamos de Planeta Terra, pois a onda de vida mineral só tem um Corpo, o Corpo Denso manifestado.
E assim terminamos a explanação sucinta da Região Química do Mundo Físico. Ainda há muito que explanar, mas indicamos os livros da Literatura Rosacruz para estudos mais profundos.
Conceito Rosacruz do Cosmos: A Região Etérica do Mundo Físico
Região Etérica é uma parte do Mundo Físico praticamente inexplorável pela ciência material, por ser Mundo invisível e intangível, onde os nossos sentidos comuns são inoperantes. É uma região em que temos que desenvolver uma visão apropriada para funcionarmos conscientemente nela.
No Mundo Físico não conseguimos enxergar com os olhos físicos o material dessa região: os Éteres.
Quais os tipos de éteres existentes nessa região:
Os Éteres têm as mesmas funções em todos os seres vivos?
Não, pois nem todos os seres vivos têm as mesmas partes ou funções. Como, por exemplo, as plantas, que não possuem olhos, nem sangue, nem memória.
Todavia, como veículo de consciência a serviço do Ego, o corpo deve ser purificado de modo a permitir a natural divisão entre os dois Éteres superiores: o Refletor e o Luminoso, e os dois inferiores: o Vital e o Químico. Só a partir de
então os dois Éteres superiores, formando o Corpo-Alma, o dourado manto nupcial das bodas do eu inferior com o
eu superior, o “soma-psuchicon” citado por São Paulo, poderão ser retirados do corpo juntamente ao Corpo de
Desejos e à Mente para formar o veículo de percepção e memória do Espírito.
No entanto, isso não é obtido de forma rápida, mas pela espiritualização dos Éteres e pelo domínio de suas funções.
Neste trabalho de preparação há quatro palavras-chave que mostram as qualidades a serem cultivadas,
simultaneamente:
“A persistência consiste na repetição de hábitos sadios como o alimentar e o higiênico; e a devoção, no exercício de uma vida pura e idealista. É por isso que se aconselha os Aspirantes (aconselhamos, não obrigamos) a adotar a alimentação vegetariana e racional, com todos os elementos necessários (vitaminas, sais minerais, proteínas), facilitando-lhes receitas e promovendo de tempos em tempos cursos práticos;”
“falamos sobre as razões científicas e ocultas dos benefícios da castidade progressiva, começando pelo “orar e vigiar”; abordamos o abandono de tóxicos e outros estímulos sensoriais e muito mais, até que o Aspirante desfrute de um equilíbrio interno que lhe permita a divisão etérica mencionada. Quando a pureza de vida eleva a força criadora sexual que não é usada, gerada pelo Éter de Vida, até o coração, tal força passa a manter, durante o sono, a limitada e necessária circulação sanguínea, para assegurar a normalidade das funções vitais, enquanto trabalhamos fora do corpo.”
Ele é formado pelo Éteres Luminoso e Refletor, os dois éteres superiores. Enquanto que os dois Éteres inferiores são corporais, os dois superiores são espirituais.
Conceito Rosacruz do Cosmos – O Mundo do Desejo
7ª Região: Poder Anímico
6ª Região: Luz Anímica
5ª Região: Vida Anímica
4ª Região: Região do Sentimento. Sentimentos gêmeos: Interesse ou Indiferença
3ª Região: Dos Desejos
2ª Região: Da Impressionabilidade = Atração e Repulsão
1ª Região: Das Paixões e Desejos = Repulsão
Vamos começar detalhando as Regiões inferiores:
A 1ª região é a dos desejos sensuais: criações demoníacas e desejos brutais dos animais e da humanidade. Nessa região prevalece a força da Repulsão.
A 2ª Região é a da Impressionabilidade = Atração e Repulsão – Por exemplo quando eu fico impressionado por uma notícia ruim.
Quando morremos, ficamos um tempo perambulando pelas 3 regiões inferiores do mundo de desejos.
Materiais das Regiões Inferiores: egoísmo, vingança, ignorância, raiva, não perdão, ingratidão, inimizade, ciúmes, ódio, astúcia, medo, intriga e gula. Sentimento de cobiça (desejo ter o que você tem e vou fazer de tudo para que você não tenha isso) e orgulho.
Esses desejos inferiores causam cristalizações (daí vêm as doenças), por exemplo: o Orgulho atrasa o desenvolvimento espiritual.
Cores que refletem estes Sentimentos:
As 3 regiões inferiores do Mundo do Desejo proporcionam as substâncias necessárias à experiencia e a evolução purificando-as e retendo materiais para o progresso.
Vamos detalhar agora a 4ª Região – Região Neutra
Detalhando agora as Regiões superiores:
É a região da arte, altruísmo, filantropia, atividade superiores da Vida Anímica.
Quando o Corpo de Desejos é formado por materiais das Regiões Superiores, expressa:
Orações profundas fazem o Corpo de Desejos matizar // Repetição faz o hábito.
Nas Regiões Superiores prevalecem as Forças de Atração // daí fica mais fácil ter desejos superiores.
Tudo trabalha para o bem.
Poder anímico: sentimento, desejo e emoção de Vontade que implica em deixar o material e estudar o espiritual. O poder anímico pode ser usado para o Mal durante certo tempo, mas a força da Repulsão irá destruí-lo para que a força da Atração edifique o Bem. Na verdade, ambas trabalham para o Bem.
Luz anímica: sentimentos, desejos e emoção de Altruísmo fazem com que aumente a nossa luz interna. É tudo que me ilumina, me esclarecer, me leva a ver coisas boas naquilo que eu observo.
Vida anímica: sentimento, desejo e emoção de Maternidade que implica em cuidar de uma vida – florescer, multiplicar, cuidar está em vida anímica.
Nas Regiões Superiores prevalecem as cores:
Sim, a Força de Atração e atua em todas as regiões do Mundo do Desejo.
A Força de Repulsão não atua na 4ª região do Mundo do Desejo. Nessa região o que prevalece sãos os sentimentos de interesse e indiferença.
A Lei de Atração. Mas como nós insistimos em usar os sentimentos e emoções inferiores e aí não atraímos material das regiões superiores do Mundo do Desejo.
Conceito Rosacruz do Cosmos – O Mundo do Pensamento – Parte 1
O Mundo do Pensamento é:
O Mundo do Pensamento também se compõe de sete Regiões de diversas qualidades e densidades.
Da mesma forma que ao Mundo Físico, o Mundo do Pensamento é dividido em duas principais divisões:
Que veículo nós seres humanos utilizamos na região abstrata do Mundo do Pensamento?
Que veículo nós seres humanos utilizamos na Região Concreta do Mundo do Pensamento?
As subdivisões da Região do Pensamento Concreto são:
As subdivisões da Região do Pensamento Abstrato são:
Região Abstrata do Mundo do Pensamento: Fornece material para gerarmos as nossas ideias e conclusões.
Região Concreta do Mundo do Pensamento: Fornece material mental para criarmos pensamentos-formas.
Vejamos como funcionamos na prática:
Nós, Egos, funcionamos diretamente na substância sutil da Região do Pensamento Abstrato, que especializamos dentro da periferia da nossa aura individual. Dali observamos, através dos sentidos, as impressões produzidas pelo mundo exterior sobre o Corpo Vital e os sentimentos e emoções gerados por elas no Corpo de Desejos e refletidos na Mente.
Dessas imagens mentais formamos as nossas conclusões na substância da Região do Pensamento Abstrato relativas aos assuntos a que se referem. Tais conclusões são ideias. Pelo poder da vontade projetamo-las através da Mente quando então, revestindo-se de matéria mental da Região do Pensamento Concreto, concretizam-se como pensamento-forma. Daqui podemos dar o seguinte destino a esse pensamento-forma:
Que veículo um adepto (irmão ou irmã que alcançou as 9 Iniciações Menores e pelo menos a 1ª Maior) utiliza na Região Concreta do Mundo do Pensamento?
O Mundo do Pensamento é o Mundo central dos cinco Mundos onde o ser humano obtém seus veículos. Aqui se unem Espírito e Corpo. Esse Mundo é também o mais elevado dos três onde presentemente tem lugar a evolução humana.
Os outros dois Mundos superiores, no que diz respeito ao ser humano em geral, são ainda praticamente uma esperança.
Os três Mundos em que o ser humano presentemente evolui se completam, formam um todo, o que demonstra a Suprema Sabedoria do Grande Arquiteto do sistema a que pertencemos e a Quem reverenciamos pelo santo nome de Deus.
A primeira subdivisão do Mundo do Pensamento está na Região do Pensamento Concreto, e é chamada de “Região Continental”, a Região mais inferior, encontram-se os arquétipos das formas físicas – não importam a qual Reino elas pertençam. Nessa Região Continental estão também os arquétipos dos continentes e das ilhas do mundo, os quais são moldados de acordo com esses arquétipos. As modificações da crosta terrestre devem produzir-se primeiramente na Região Continental.
A segunda subdivisão do Mundo do Pensamento está na Região do Pensamento Concreto, e é chamada de “Região Oceânica”, encontram-se os arquétipos das Forças que atuam pelos quatro Éteres que constituem a Região Etérica. É uma corrente de vida que flui através de todas as formas, assim como o sangue circula pelo Corpo – a mesma vida em todas as formas. Nessa Região o clarividente treinado pode comprovar quanto é verdade que “toda vida é una”.
A terceira subdivisão do Mundo do Pensamento está na Região do Pensamento Concreto, e é chamada de a “Região Aérea”, encontramos os arquétipos dos desejos, das paixões, dos sentimentos e das emoções, tais como os que experimentamos no Mundo do Desejo. Aqui todas as atividades do Mundo do Desejo parecem condições atmosféricas. Os sentimentos de prazer e de alegria chegam aos sentidos do clarividente como o beijo das brisas estivais. As aspirações da alma assemelham-se à canção do vento na ramaria do arvoredo, e as paixões das nações em guerra aos lampejos dos relâmpagos. Nessa atmosfera da Região do Pensamento Concreto encontram-se também as imagens das emoções do ser humano e dos animais.
A quarta subdivisão do Mundo do Pensamento está na Região do Pensamento Concreto, e é chamada de a “Região das Forças Arquetípicas”, é a Região Central e a mais importante dos cinco Mundos onde se efetua a evolução total do ser humano. É o lar das Forças Arquetípicas que dirigem a atividade dos Arquétipos de todas as formas criadas nas 3 Regiões do Pensamento Concreto.
O que é um arquétipo?
Assim: Cada coisa que se tem nos Mundos do Desejo e Físico é cópia de um arquétipo.
A quinta subdivisão do Mundo do Pensamento está na Região do Pensamento Abstrato, e contém a ideia germinal do desejo, do sentimento e da emoção dos animais e do ser humano.
Porque os vegetais e animais não tem corpo de desejo.
A sexta subdivisão do Mundo do Pensamento está na Região do Pensamento Abstrato, e contém a ideia germinal da vida dos vegetais, animais e do ser humano.
Porque os minerais não têm corpo vital.
A sétima subdivisão do Mundo do Pensamento está na Região do Pensamento Abstrato, e contém a ideia germinal da forma dos minerais, vegetais, animais e do ser humano.
Porque todos os reinos têm uma forma densa, composta de material da região química do mundo físico.
Aqui temos a constatação de que a vida existia antes das formas mortas. Ela construiu seus corpos de substância vaporosa e sutil, muito antes de se condensar na forma.
Só quando a Vida abandona as formas, essas se cristalizam, se tornando duras e mortas. A vida abandona as formas e as formas morrem. A vida nunca penetra numa forma para despertá-la à vida. A vida sai das formas e as formas morrem. Foi assim que surgiram as “coisas mortas”.
Resumindo: nessa Região do Pensamento Abstrato existe a ideia germinal das coisas que criamos, da qual brotou o impulso que construiu todas as formas.
Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes.
Resposta: Não ficam em coma – da forma como conhecemos esse conceito do meio médico – até o instante em que sua vida devesse acabar naturalmente, conforme programado no Terceiro Céu. Podem ficar em um estado de letargia ou morrem e seguem o seu caminho naturalmente. Se tiver que passar pelo Purgatório, passará e depois pelo Primeiro Céu e assim por diante. O motivo? É porque no horóscopo do assassino e do assassinado estava a tendência de tal ocorrência. Se o assassino comete, caiu na tentação (não aprendendo a lição, o ensino não será suspenso e em uma próxima vida será lhe apresentada novamente a lição, com um grau a mais de dificuldade e não necessariamente tendo o outro lado esse mesmo irmão (ã) assassinado (a)); agora se o assassinado perdoar o assassino (durante o tempo em que rompe o seu Cordão Prateado e a sua entrada no Purgatório/Primeiro Céu) ao invés de ficar “apegado à Terra” promovendo a vingança no assassinado, então ele aprendeu a lição e não passará por ela novamente. Se não perdoar, então, o ensino não será suspenso e em uma próxima vida será lhe apresentada novamente a lição, com um grau a mais de dificuldade e não necessariamente tendo o outro lado esse mesmo irmão (ã) assassino (a) que será lhe apresentado como potencial assassinado (a).
A pena de morte deve ser evitada, porque o espírito do homicida seria privilegiado ao sair do corpo denso e causaria mais mal, livre da prisão carnal.
Resposta: Quem disse que o objetivo de uma vida está em se casar? Se o irmão ou irmã tem plenas condições financeiras, emocionais, sociais, espirituais e de saúde deve fazer o sacrifício de ajudar a disponibilizar um Corpo para o irmão e a irmã que está na fila para renascer (e a fila é enorme!). No entanto, não há necessidade de se casar! Basta um relacionamento fraterno, de bem-querer, responsável e com amor ágape para a situação estar bem encaminhada! A amizade cultivada com as pessoas que estão a sua volta deve ser sempre fundamentada no mesmo amor entre um casal. Afinal somos todos irmãos e como tal é que devemos nos relacionar, e não se limitar em padrões externos: marido e esposa, pai e filho, mãe e filha, vizinho e vizinha, etc. Valorize a amizade e verá que maravilha!
Muitas vezes a solidão existe porque insistimos em querer nos relacionar com as pessoas que queremos e não as que estão a nossa volta! E pasme: fomos nós mesmos que escolhemos TODAS as pessoas a nossa volta!! Então, por que a rejeição agora? Semelhante sempre atrai semelhante!
Resposta: No século XIII um elevado instrutor espiritual, usando o simbólico nome Christian Rosenkreuz – Cristão Rosacruz – apareceu na Europa para iniciar o trabalho de espiritualizar a Ciência e tornar científica a Religião. Fundou a misteriosa Ordem dos Rosacruzes objetivando lançar uma luz oculta sobre a mal-entendida Religião Cristã, e para explicar o mistério da Vida e do Ser do ponto de vista científico, em harmonia com a Religião.
O Conde de Saint Germain (uma das últimas encarnações de Christian Rosenkreuz, o fundador da nossa sagrada Ordem Rosacruz) que falava os idiomas. Todos aqueles a quem dirigia a palavra acreditavam que ele fosse de sua própria nacionalidade. Ele também realizou a união com o Espírito Santo.
Assim, seu nascimento como Christian Rosenkreuz marcou o princípio de uma nova era na vida espiritual do mundo ocidental.
Esse Ego excepcional tem estado, desde então, em contínuas existências físicas, num ou noutro dos países europeus.
Toda vez que seus sucessivos veículos perdem sua utilidade, ou as circunstâncias tornam necessária uma mudança de campo em suas atividades, toma um novo corpo.
Ainda mais, hoje em dia está encarnado. É um Iniciado de grau superior, ativo e potente fator em todos os assuntos do Ocidente, se bem que desconhecido para o mundo.
Resposta: Depende do “tipo de oração” que fazemos. Se fazemos para “pedir saúde”, “pedir sucesso”, “pedir dinheiro”, “pedir juízo”, “pedir que consiga algo”, “pedir luz”, “pedir que se case”, “pedir um carro novo”, “pedir uma casa própria”, “pedir que entre na faculdade”, “pedir que passe na prova da escola” e coisas desse tipo e parando a oração por aí não estamos fortalecendo o Corpo Vital da pessoa e sim fazendo coro com o seu Corpo de Desejos que nem sempre é algo que realmente será bom para a pessoa (afinal como ficam as provas que ela tem que passar; como fica a Lei de Consequência ou Lei de Causa e Efeito aqui, se não sabemos qual a Causa que pode levar a pessoa a não ter “o sucesso na empreitada” que ela deseja ter, devido a erros em vidas passadas; como fica se ela se esforçou de fato e sinceramente para tal objetivo, gerando Efeitos suficientes para que o mérito a faça alcançar o objetivo?). Assim, como nada disso sabemos, de fato e completamente – não utilizando somente os nossos 5 sentidos – então, o melhor a fazer é: depois de pedirmos a Deus tudo aquilo (e, sim, podemos pedir, pois nosso Criador é infinitamente bom e misericordioso) terminemos a nossa oração com: “seja feita a Vossa vontade e não a minha” sempre. E se o irmão ou irmã não alcançar o objetivo pedido por nós, tenhamos certeza de que foi “feita a vontade de Deus” e era a melhor coisa que podia acontecer com o irmão ou irmã para quem oramos. Contudo e acima de tudo, se o irmão ou irmã se dedicar sinceramente ao desenvolvimento da sua parte espiritual, com toda certeza, tudo que ele precisar para viver em plenitude aqui, ele terá, com ou sem a nossa “oração pessoal”. Afinal o “buscar o Reino de Deus e Sua justiça e o resto vos será dado por acréscimo” nunca é somente uma frase bonita, de retórica. É um mandamento, um axioma hermético para colocarmos em prática.
Resposta: Se você utilizá-la para: “pedir o que você entende que precisa”, “para protegê-la de todos os males”, “para adorar a aparência física linda, ‘de cabelos encaracolados’, ‘talvez aquelas com olhos azuis’, ‘sempre barba bem feita’, ‘coração cheio de raios ou trespassado por uma espada’“, em “medalhinha ou corrente para lhe proteger”, seja na cruz ou fora da cruz, sim é idolatria! Agora se a imagem lhe servir somente para “lembrar” da Sua primeira vinda, que Ele é o nosso Salvador, Redentor e Regente do Planeta Terra e que virá em uma segunda vez, não nesse Corpo Denso, o físico, que Ele veio na primeira vez e essa imagem lhe servir para inculcar isso no seu dia a dia, como um “alerta”, um “lembrete” e um estímulo para você seguir os ensinamentos que Ele nos deixou e tudo isso lhe fazer uma melhor Cristã, aí não é idolatria.
Artigos Publicados nas redes sociais no mês de Setembro:
Por que tantas pessoas nos dias de hoje vem sofrendo com depressão e ansiedade?
Embora a Era de Aquário esteja estimada para iniciar por volta do ano 2.600, já começamos a sentir as suas influências.
Ou seja, o processo de preparação para a Era de Aquário já começou, e como Aquário é um Signo aéreo, científico e intelectual, é uma conclusão previsível que a nova fé deverá alicerçar-se na razão, sendo capaz de resolver o enigma da vida e da morte de uma forma a satisfazer tanto o intelecto como o instinto religioso. Isso já está disponível para aprendermos e utilizarmos na nossa vida!
E é justamente por Aquário ser um Signo de Ar que ele governa especialmente a Região Etérica do Mundo Físico.
Eis a razão pelas quais as nossas conexões passarem a ser cada vez mais digitais, com dados armazenados em nuvens e aumento de interação com a inteligência artificial, se aproximando muito mais do Éter do que dos componentes físicos. A eletricidade já é um exemplo há tempos.
A tecnologia vem para facilitar nossa vida no Mundo Físico e proporcionar tempo para investirmos no nosso desenvolvimento espiritual. A informação e as oportunidades educativas começam igualmente a estar disponíveis para todos. Uma enorme quantidade de pessoas já tem acesso a bibliotecas, rádio, televisão, internet, bancos de dados digitais e outros meios para obter conhecimento.
Contudo, até que aprendemos a lidar com isso, sofremos as consequências de tanta exposição à estímulos como excesso informações, notificações, mensagens, criando no nosso interior uma urgência em responder e uma sensação de estar sempre devendo. Esses sentimentos são os geradores de ansiedade e depressão.
Todavia, a influência aquariana também nos ensinará a lidar com esse novo cenário, pois ela estimulará a termos consciência de nós mesmos, “posso pensar por mim mesmo e tomar decisões”.
Nosso foco deve ser o exercício do autocontrole, da força de vontade para não nos deixarmos levar pelo outro. Somos donos de nós mesmos e podemos controlar os nossos sentimentos. Nós aprenderemos a controlar mentalmente nossos sentimentos e a dissolver as tensões internas. Os exercícios: noturno da Retrospecção e o matutino de Concentração muito ajudam nessa conquista, desde que feitos todos os dias.
“De todas as amarras que mantém o mundo acorrentado, o ser humano se liberta quando consegue o controle sobre si mesmo.”
do Iniciado Johann Wolfgang von Goethe
Você já parou para pensar que se cumpríssemos o primeiro dos 10 mandamentos todos os demais seriam cumpridos automaticamente?
Se amassemos verdadeiramente a Deus, amaríamos, respeitaríamos e não mataríamos nenhuma de suas criações; honraríamos nossos familiares de sangue e espirituais; não cobiçaríamos ou desejaríamos o que é do outro e ficaríamos felizes por suas conquistas.
Isso porque quem ama a Deus, ama também ao próximo e a todos os seres em evolução nesse mundo.
Somos criação de Deus, portanto temos oculto em nosso interior a centelha de luz e amor do Pai, que precisa ser despertada em nossos corações.
Contudo, o que é amor?
Amor é paciência, cuidado, responsabilidade e respeito.
Enfim, a melhor e mais completa definição do conceito de amor você tem na primeira Epístola de João e também nas Cartas de São Paulo aos Coríntios e Filipenses:
“Deus é luz. Se andarmos na luz, como Ele na Luz está, seremos fraternais uns com os outros. Aquele que ama a seu Irmão está na luz, mas aquele que odeia a seu irmão está nas trevas, e não sabe por onde caminha porque as trevas lhe cegaram os olhos.
Não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade, pois, ainda que eu fale as línguas dos homens e dos Anjos, se não tiver amor, serei como o metal que soa, ou como o sino que tine. Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de remover montanhas, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. O amor é paciente, é benigno, o amor não é invejoso, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não busca os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a Verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha, mas se houver profecias, falharão; se houver ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos e em parte profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado. Porque agora vemos como por espelho, obscuramente, então veremos face a face; agora conhecemos em parte, então conheceremos como também somos conhecidos. Agora pois, permanecem, a Fé, a Esperança e o Amor, porém a maior destas virtudes é o Amor.
Se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu Amor. DEUS É AMOR; e quem vive em Amor está em Deus e Deus nele; mas se alguém diz: ‘Eu Amo a Deus’, e odeia a seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama a seu irmão a quem vê, como pode amar a Deus, a quem não vê? Nós temos d’Ele este mandamento: QUEM AMA A DEUS, AME TAMBÉM A SEU IRMÃO.”
SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.
Datas de Cura:
Outubro: 01, 09, 15, 22, 29
“Só ele cura os de coração quebrantado
e cuida das suas feridas.”
Salmos 147:3
O Trabalho do Cristo na Terra: de Dezembro à Março de cada ano
O Trabalho do Cristo no Mundo do Espírito Divino: de Março à Junho de cada ano
É o período em que Cristo chega até o Mundo do Espírito Divino, ou seja, Cristo chega ao Trono do Pai.
O Trabalho do Cristo no Mundo do Espírito de Vida: de Junho à Setembro de cada ano
A Árvore Gananciosa
— Sr. Pica-pau, disse a macieira, será que você pode fazer à gentileza de bicar uma abertura no meu tronco, o suficiente para caber uma moeda?
— O que?
O Pica-pau parou no meio de uma bicada, deixando escapar o inseto que estava pegando. Ficou olhando para os galhos da macieira.
— Para que você quer uma fenda no seu tronco? Normalmente eu não posso picar buraquinhos tão pequenos que agradem vocês, árvores.
— Eu sei, eu sei, disse a árvore impacientemente, mas isto é diferente. Neste ano eu vou cobrar uma moeda por cada uma de minhas maçãs. Elas estão quase maduras e eu preciso dessa fenda depressa.
— O que? — disse novamente o Pica-pau. Você perdeu o juízo?
— Ao contrário, disse a árvore. Agora é que eu achei meu juízo. Toda minha vida, os seres humanos têm encontrado escadas bem na minha cara e subido em cima de mim por todos os lados, arrancando minhas maçãs sem pedir licença. E o que é que eu ganhei com isso? Nada!
A árvore fez uma cara tão feia que um sabiá que ia pousar em seus galhos, fugiu depressa.
— Nada? – duvidou o Pica-pau. Você não se sente bem, por dentro, por saber que as pessoas gostam de comer seus frutos, os quais lhes dão saúde? O pessegueiro se sente bem.
— O pessegueiro é um sentimental exagerado, respondeu a macieira. O que você pode fazer com “sentir—se bem por dentro?” Você não pode usar isso. Você não pode comprar nada com isso. Se eu cobrar uma moeda por cada maçã, eu vou poder comprar muitas coisas.
Mais uma vez, o Pica-pau olhou duro e longamente para os galhos da macieira.
— Eu acho que você está louca, ele afirmou.
— Faça—me um favor, disse a árvore. Poupe—me a análise psicológica e comece a fazer a fenda.
O Pica-pau continuou a olhar fixo para a árvore e por tanto tempo, que finalmente a árvore disse, impaciente:
— Você sabe o que é uma fenda, não sabe? Você conhece essas máquinas automáticas nos postos de gasolina nas estradas. Elas têm…
— Sim, eu sei o que são fendas e já vi as máquinas automáticas nos postos de gasolina. Coisas horríveis. Todas de metal e vidro, sem raízes na terra e sem folhas por cima.
— É claro que elas não têm raízes nem folhas. A árvore parecia desgostosa. Elas são produtos da civilização. E eu também vou ser um produto da civilização. Eu vou ser rica. Por favor, você quer começar agora a fazer a fenda?
— Oh! Muito bem. O Pica-pau suspirou e sacudiu a cabeça. Acho que não adianta pedir para você desistir dessa bobagem. Você vai ter que aprender por um caminho mais duro. Onde é que você quer a fenda?
— Bem embaixo, disse a árvore, onde os humanos possam alcançá-la. Principalmente as crianças. São elas que pegam mais as minhas maçãs.
— E isso não faz você feliz? Você não fica feliz sabendo que todas essas crianças vão ter mais saúde comendo as suas maçãs?
— Não, isso não me faz feliz, rosnou a árvore. Mas eu vou ficar feliz se pagarem as minhas maças. É agora você quer trabalhar?
— Muito bem, disse o Pica-pau, mas lembre-se, foi você que pediu. Isto vai doer.
— Não tem importância, disse a árvore. Eu aguento. Nada mais vai doer quando eu ficar rica.
— Há! zombou o Pica-pau e começou a trabalhar vingativamente.
Ele não estava se sentindo delicado, e não tentou ser delicado. Ele picou com força, ele picou fundo e ele picou rápido. “Ratat, ratatat”, fazia seu bico afiado, e a árvore sentiu como se tivesse uma dúzia de abelhas picando o seu braço ao mesmo tempo.
— Ai, gemeu a árvore. Você precisa ser assim tão cruel?
— Eu disse que ia doer, disse o Pica-pau indiferentemente. Você quer que eu pare?
— Não! exclamou a árvore. Eu posso aguentar. Continue, continue!
Então, o Pica-pau continuou, “Ratat, ratatat”, cada vez mais depressa, cada vez mais forte. A árvore se encolheu, estremeceu, gemeu e sofreu, mas não gritou, nem chorou ou se queixou. Em vez disso, dizia:
— Nada mais vai doer quando eu ficar rica.
— Puah! disse por fim o Pica-pau, cuspindo um pedaço amargo da casca da árvore. Já está pronto. Espero que você esteja satisfeita.
— Oh! sim, disse a árvore. Muito obrigada. Está perfeito. Agora você pode também esculpir ’10 centavos’ embaixo da fenda? Os humanos não saberiam para que é a fenda se não lhes for explicado.
— Devo admitir que você me espanta, admirou—se o Pica-pau. Você pensa realmente que só porque está escrito ‘10 centavos’ embaixo de uma fenda no seu tronco, as pessoas vão colocar uma moeda dentro, toda vez que quiserem uma maçã?
— Claro, disse a árvore. Eles estão condicionados a colocar dinheiro nas fendas para qualquer coisa. Não tem problema!
— Há! bufou o Pica-pau outra vez. Acho que você está a caminho de um triste despertar. Além disso, você vai ficar desfigurada se começar a ter preços gravados no seu tronco.
— Eu não me importo, disse a árvore. Vale a pena, quando eu ficar rica não vai fazer diferença.
Então, o Pica-pau começou de novo a trabalhar. “Ratat, ratatat”. De novo a árvore se encolheu, estremeceu, gemeu e sofreu, mas de novo não gritou, nem chorou ou se queixou. Em vez disso, ficou dizendo de novo:
— Nada mais vai doer quando eu ficar rica.
Finalmente, o Pica-pau acabou.
— Puah! disse cuspindo outro pedaço da casca da árvore. Aí está. Uma fenda e escrito ‘10 centavos’, E eu não vou fazer mais nada. Estou cansado desse negócio. Adeus!
— É tudo que eu preciso, gritou a árvore quando o Pica-pau foi embora voando. Obrigada!
— Hum! disse o Pica-pau. Árvore idiota! Ela vai se arrepender. Mas a árvore não ouviu.
Uma semana depois, duas crianças vinham alegremente pela estrada, carregando uma cesta.
— É aquela a árvore, disse a maior. E as maçãs estão maduras. Eu vou subir e jogo as maçãs pra você.
— Ah! pensou a árvore, meus primeiros fregueses. Vejam como o dinheiro vai correr agora.
A árvore tinha um sorriso tão desagradável na sua cara, que um azulão, que ia pousar nos seus galhos, voou rápido para longe.
— Hei, veja! chamou a criança menor. O que é isto?
Ela apontava para a fenda no tronco da árvore.
— Ahn! disse a maior, observando com atenção. É – é uma fenda e embaixo está escrito 10 centavos. Acho que é para a gente colocar uma moeda por cada maçã.
— Mas nós não temos uma moeda por cada maçã, protestou a menor. Nós não temos nem mesmo uma moeda.
— Eu sei, disse a maior. Bem, vamos. Lá está outra macieira que não tem fendas. Podemos tirar nossas maças dela.
Então, as duas crianças foram pela estrada balançando a cesta entre elas.
— Pequenos miseráveis, rosnou a árvore. Tinha uma expressão tão sem caridade em sua cara, que um sabiá, que ia pousar nos seus galhos, voou rápido para longe.
Um homem velho vinha pela estrada, apoiado numa bengala e carregando um saco de estopa nas costas. Ficou em frente da árvore, pousou o saco e a bengala com um suspiro.
— Ah! Pensou a árvore. Outro freguês. Agora o dinheiro vai correr.
— Oh! Meu Deus, disse o velho, que caminho comprido. Mas, se eu puder encher o saco com maçãs, valeu a pena. O que é isto?
O velho tirou seus óculos do bolso e colocou-os no nariz. Pôs a cara bem perto do tronco da árvore e leu ‘10 centavos’.
— 10 centavos? exclamou. 10 centavos por cada maçã? Bem, eu não posso pagar isso. Já tenho bastantes problemas para o dinheiro chegar. Acho que vou ter que ir até aquela outra árvore do caminho. Lá não tem fendas.
Lentamente, o velho se curvou, recolheu o saco e a bengala. Depois, foi pela estrada apoiado na bengala e carregando o saco nas costas.
— Pão duro! rosnou a árvore. Tinha um sorriso tão desagradável na sua cara, que um melro, que ia pousar nos seus galhos, voou rápido para longe.
Nesse momento, um carro preto grande parou na beira da estrada. Um homem careca com um terno caro desceu do carro, e uma senhora de cabelos brancos penteados para cima e usando um vestido caro desceu pela outra porta.
— É essa a árvore, meu bem, disse o homem. Parece que está carregada de maçãs.
— Ah! pensou a árvore. Estas pessoas são ricas.
Agora eu vou ganhar um bom dinheiro.
— Mas, olhe aqui, disse a senhora em voz alta, lamuriando—se. Aqui diz 10 centavos. Vamos ter que por 10 centavos na fenda por cada maçã. Nunca vi uma coisa assim.
— Que abuso! exclamou o homem. Eles devem pensar que somos feitos de dinheiro. Venha, meu bem. Há outra macieira sem fendas, mais adiante. Vamos pegar nossas maçãs, lá.
Então, o homem com o terno caro e a senhora com o vestido caro entraram de novo no carro e partiram numa nuvem de poeira.
— Avarentos! rosnou a árvore. Tinha uma expressão tão pouco amigável na sua cara, que um papa—figo, que ia pousar nos seus galhos, voou rápido para longe.
Logo depois, um furgão parou na beira da estrada. Um pai uma mãe e seis crianças pularam para fora.
— É essa a árvore, papai? perguntou a menininha menor.
— É esta mesma, disse o pai. Tirem a escada do furgão, meninos. Vamos ter bastante trabalho.
— Ah! pensou a árvore. Uma família numerosa. Agora sim, vou ganhar dinheiro.
O rapaz mais velho encostou a escada na árvore e, de repente, parou.
— Ei! venham cá, chamou, apontando para o tronco da árvore.
— O que foi, filho? perguntou o pai. Puxa! Não acredito! Uma fenda para moedas! Querem uma moeda para cada maçã!
— 10 centavos por cada maçã. Nós somos oito, se cada um de nós apanhar 50 maçãs, serão 400 moedas, disse a menina maior que era bamba em aritmética. Nós temos 400 moedas?
— Não, nós não temos 400 moedas, disse o pai. E, se tivéssemos, não iríamos gastá-las assim. Todo mundo para o furgão. Há outra macieira sem fendas, mais adiante. É lá que vamos fazer a nossa colheita.
Então, o pai, a mãe e os seis filhos se ajeitaram no furgão e partiram numa nuvem de poeira.
— Unhas de fome! rosnou a macieira. Tinha uma expressão tão mesquinha na sua cara que um corvo, que ia pousar em seus galhos, voou rápido para longe.
E, assim, foi por todo o outono. Nenhum humano apanhou nenhuma maçã daquela árvore. Nenhum quati subiu na árvore para pegar um bom petisco, e nenhum pássaro deu sequer uma bicada em uma maçã. Até os insetos, quando sabiam o que estava acontecendo, rastejavam para longe da árvore e não ligavam para as maçãs. Aos poucos, as maçãs endureceram, murcharam e caíram. No chão estavam as frutas de um ano inteiro, escurecidas e podres — coisas mortas, espalhadas, desprezadas.
Tudo tinha dado errado para a macieira. Ela não ficou rica. Em vez de ter centenas de moedas, não tinha sequer uma. E o que era muito pior, ninguém gostava dela. Os seres humanos a ignoravam e os animais e pássaros ficavam longe dela. Outras árvores e plantas que tinham sido suas amigas, a ignoravam. Pela primeira vez, a macieira sentiu o que era a solidão. Finalmente, parou de rosnar e começou a chorar.
— Por que eu fui tão gananciosa? chorava. Eu queria ser rica de dinheiro, quando eu já era rica de amigos e frutos. Agora, eu não sou rica de nada. Eu sou tão pobre, eu não tenho nada.
Mas, sem que a árvore soubesse, uma das maçãs não tinha caído. Pendurada no galho mais baixo, aninhada junto ao tronco e escondida peias folhas, estava uma maçã grande, brilhante, vermelha, que cada dia ficava mais doce, mais suculenta e mais deliciosa.
Uma manhã, quando o Pica-pau voou por perto, mas sem dirigir-lhe uma palavra, a árvore chamou-o:
— Sr. Pica-pau, eu sei que o senhor está desgostoso comigo e o senhor tem razão. Mas será que o senhor pode dar um jeito de me fazer um favor?
Relutante, o Pica-pau parou o seu voo.
— Um favor? perguntou. Eu lhe fiz um favor antes e veja no que deu! Agora, o que é que você quer?
— Por favor, risque a fenda e o letreiro de 10 centavos do meu tronco, pediu a árvore.
— Você não os quer mais? perguntou sarcástico o Pica-pau.
— Não, eu não os quero mais, disse a árvore, quase chorando. De agora em diante, vou dar as minhas maçãs. Nunca mais vou cobrar por elas. Talvez eu nem tenha maçãs o ano que vem. Eu não mereço. Mas se eu as tiver, eu quero que as pessoas vejam que já não existe mais a fenda.
— Hummmm, disse o Pica-pau, olhando fixamente para a árvore. Acho que você está mudando seus sentimentos. Mas você deve saber que isto vai doer mais do que na última vez, porque eu vou ter que cortar fundo.
— Eu sei, suspirou a árvore, eu sei. Mas acho que eu mereço isso também. Por favor, pode fazer.
— Então, lá vou eu, disse o Pica-pau. Segure-se.
O Pica-pau começou a trabalhar e doeu. Puxa, como doeu! A pobre árvore se encolheu, estremeceu, gemeu e sofreu, mas não gritou, nem chorou ou se queixou.
— Você tem certeza de que já tirou tudo? Não quero que sobre nada da fenda e da inscrição.
— Estou tirando tudo, respondeu o Pica-pau. Mas, você vai ter uma grande ferida exposta na sua casca que vai doer por muitos meses.
— Não tem importância, disse a árvore.
E, quando o Pica-pau acabou, é evidente, ficou uma grande ferida exposta na casca e a árvore sabia que isso ia doer por meses. Mas, ela disse:
— Obrigada Sr. Pica-pau, não posso nem dizer o quanto lhe sou grata por isto. Mesmo que eu não dê maçãs no ano que vem, é maravilhoso estar livre da fenda e do letreiro.
— Não tem de que, respondeu o Pica-pau. Devo dizer que eu me sinto muito melhor tendo que desfazer isso, do que me senti da primeira vez, quando o fiz.
Logo depois, o inverno chegou e, para surpresa de todos, bem antes do tempo. Parecia que quase não tinha havido outono. Numa semana, as árvores ainda tinham folhas, na semana seguinte as folhas já tinham desaparecido, levadas por um vento frio, frio.
Foi aí que os pássaros, os animais, as árvores e os arbustos viram uma maçã grande, brilhante, vermelha, doce, suculenta, ainda pendurada no galho mais baixo da macieira. Os quatis se assombraram, mas não a tocaram. Os pássaros se maravilharam, mas não a picaram.
As árvores e os arbustos ficaram espantados, mas não disseram nada. E a macieira viu, mas teve até medo de acreditar.
Depois caiu uma tempestade de neve por dois dias e duas noites, quando acabou, só o que se podia ver era a neve branca, os galhos marrons e uma maçã grande, brilhante, vermelha, pendurada no galho mais baixo da macieira.
Os quatis tinham que se virar para arranjar comida. Os pássaros que tinham sorte achavam migalhas e sementes jogadas para eles nas fazendas das vizinhanças. Mas, nenhum pássaro ou animal tentou comer aquele misterioso fruto vermelho da macieira.
No dia seguinte da tempestade de neve, viu-se um vultozinho marcando os primeiros sinais na camada funda de neve que ainda cobria a estrada. Lentamente, com dificuldade, o vulto avançava como se cada passo fosse o último que conseguia dar.
À medida que o vulto se arrastava, alguns centímetros de cada vez, a macieira viu que era um garoto que parecia muito pequeno para estar abrindo caminho na neve. O garoto chegou até a macieira, parou e se encostou nela com todo seu peso.
— Puxa, como eu estou cansado! disse. E com fome. Daqui até o armazém, ainda tem 1 Km e meio. Não sei se eu vou conseguir.
Nem as árvores, nem as criaturas selvagens que espiavam por trás das moitas, sabiam que a mãe do garoto estava muito doente. Como ela estava de cama, ela não sabia de que altura estava a neve e o quanto seria difícil andar nela. Por isso, ela tinha pedido a ele que fosse ao armazém comprar comida e remédios, e ele já tinha saído há muitas horas.
O garoto ficou muito tempo encostado na árvore antes de ver a maçã vermelha pendurada no galho mais baixo.
— Ei! exclamou sem acreditar no que seus olhos estavam vendo. Isto é de verdade?
Estendeu a mão e a maçã estava bem na altura para ele pegar. Quando ele a puxou do galho, parece até que ela pulou para a sua mão. A primeira mordida foi doce e suculenta e, logo que a mordeu, sentiu—se ficar mais forte e menos cansado.
— Puxa, como está gostosa! disse o garoto, dando outra mordida. Encostou—se na árvore, saboreando a maçã, e apreciando—a mais do que se lembrava de alguma vez ter apreciado um sorvete, doce, milk-shake ou seu bolo favorito.
Quando acabou, endireitou o corpo.
— Oba! exclamou, já nem estou cansado! Isso é que é uma maçã especial!
Retomou seu caminho, andando muito mais depressa do que antes. Quando ele desapareceu pela estrada, a macieira não teve dúvida de que ele conseguiria chegar ao armazém sem dificuldade.
— Foi uma beleza de maçã que você produziu, disse o Pica-pau que tinha ficado a observar. Parabéns.
— Oh, não, disse a macieira. Não me felicite. Do jeito que eu me comportei, durante todo o verão, eu não merecia ter essa maçã especial no meu galho. Ela me foi dada de presente, só para me mostrar que eu tenho outra oportunidade de não ser egoísta. E acredite, eu não vou desperdiçar essa chance no próximo verão.
Realmente, no verão seguinte a macieira produziu centenas e centenas de lindas maçãs. E, quando estavam no ponto de serem colhidas, vinha gente de muito longe para apanhar aquelas frutas deliciosas. Eles colhiam, colhiam, e cada uma delas parecia perfeita.
— Havia uma fenda para dinheiro nesta árvore, disse alguém um dia, mas já não está mais aqui. Alguém a cortou fora. Isso deve ter machucado a árvore; mas, à essa altura, já não doía mais. Ela estava tão feliz dando seus frutos a todos que os quisessem, que nunca mais sentiu dor.
Mês de Janeiro: Senhor Cristo Inunda a Terra com o Prodigioso Poder Espiritual
Quando o Sol entra em Capricórnio (Signo regido por Saturno, daí os Saturnalia) em 21 de dezembro, os poderes das trevas, de certo modo, tomam conta do “Dador da Vida”, mas dá-se o renascimento após os três dias de “paragem” (sol-stitium = sol + sistere, suster, parar), ou seja, o dia 25 marca o termo do “ciclo solsticial”. A partir do dia 26 de dezembro inicia-se um segundo ciclo de especial significado Iniciático: entre o dia 26 de dezembro (1.º Dia Sagrado) e o dia 6 de janeiro (12.º Dia Sagrado) ocorria a preparação ritual dos catecúmenos que eram batizados no Dia de Reis (Primeira Iniciação). Estes “Doze Dias Sagrados”, que acompanham a fase inicial do renascimento do “Sol Invencível”, eram como que um resumo do ano zodiacal seguinte, e, tal como já se referiu, estavam sob a proteção das Hierarquias Celestes que tradicionalmente regem os 12 Signos do Zodíaco.
A observância para janeiro começa, justamente, quando o Sol passa pelo Signo de Capricórnio na noite do Solstício de Dezembro. Como já foram observadas, as energias liberadas a cada Cerimonial continuam inundando nossa Terra durante a época em que o Sol transita em cada Signo, em particular no caso de Capricórnio. O Cerimonial acha-se relacionado com esse sagrado acontecimento: a Natividade.
Jesus nasceu numa manjedoura onde os animais se alimentavam. Da mesma maneira, o nascimento do Cristo no ser humano tem que acontecer numa manjedoura – isto é, em sua natureza inferior. Ainda não há lugar na hospedaria para Ele nascer, pois a hospedaria está na cabeça.
O primeiro trabalho de um Aspirante no Caminho é a purificação e espiritualização de sua natureza inferior. Por isso, o próprio Cristo sempre nasce numa manjedoura.
Durante o mês de Capricórnio, hostes de Anjos mandam poderosas correntes de purificação e cura, aproximam-se e cantam sem parar, “Que o Cristo nasça em você!” Isso gera e irradia um imenso poder. Quão pouca percepção nós temos das benéficas emanações que são continuamente irradiadas para nós vindas dos planos internos!
Exatamente oitocentos anos após a Natividade, os orgulhosos romanos que crucificaram Cristo ajoelharam-se perante Ele em homenagem – pois quando o soberano Carlos Magno foi coroado Imperador do Oeste no Dia de Natal em 800 D.C., abriu-se o caminho para o estabelecimento da Cristandade na Europa. Duzentos anos depois, numa Noite de Natal, Guilherme, o Conquistador, foi coroado e as Ilhas Britânicas ficaram sob a influência dos ensinamentos Cristãos. Um ano após, novamente no Natal, foi inaugurado o primeiro parlamento de “homens livres” que o mundo jamais havia visto.
Poucas pessoas percebem o prodigioso poder espiritual que inunda a Terra na época do Santo Natal. Os Sábios usam todas as oportunidades e canais para fazer frutificar o Plano Divino na Terra.
A observância do Solstício de Dezembro vai continuar nos mais profundos planos até que Cristo nasça no coração de cada um.
(Você pode ter mais material para estudos em: Cap. XII – Ensinamentos de um Iniciado; O Cristo Cósmico – Interpretação Mística da Páscoa; Cap. I – Interpretação Mística do Natal; A Estrela de Belém – Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel; A Escala Musical e o Esquema de Evolução – compilado por um Estudante da Fraternidade Rosacruz; A Festa da Natividade – Ao Longo do Ano com Maria; O Maravilhoso Livro das Épocas – Vol. VI – Vol. VII – Vol. X – Corinne Heline; António de Macedo – Os Solstícios e os Equinócios – Fraternidade Rosacruz de Portugal)
Mês de Fevereiro: Cristo torna a Terra mais branda e rica: é a Sua dedicação
Quando em fevereiro o Sol transita pelo Signo de Aquário – o Portador da Água – temos a época das chuvas e tempestades e, do mesmo modo que o batismo consagra misticamente o Salvador à sua obra de Serviço, assim também a abundância de umidade que desce sobre a Terra torna-a de tal maneira branda e rica, que pode produzir frutos para preservar a vida de todos os que nela habitam.
Em fevereiro, acontece o cerimonial da dedicação. Quão magnífica foi a ocasião em que Jesus Menino foi levado ao Templo. Deve ter sido o maior dia na história de Jerusalém. Por centenas de anos, o povo da Palestina falou do Messias prometido, rogou por sua vinda e aguardou ansioso por tão esperado acontecimento. Entretanto, quando Ele chegou, esse mesmo povo entregou-se calmamente às suas rotinas.
Não tivessem eles sido tão insensíveis e insensatos, teriam visto o ofuscante raio de Luz que iluminou toda a estrutura do Templo, quando da entrada desse Santo Ser. Teriam ouvido o elevado coro dos Anjos e Arcanjos que sempre acompanhavam os passos da criança de modo a envolvê-lo em um literal halo de som, que se tornou Seu sustento e Sua proteção.
Os únicos a reconhecê-lo foram os mais altos Iniciados, Simão e Ana. Eles sabiam que a preciosa criança havia chegado à Terra para servir de canal para o Senhor Cristo. Eles também perceberam o papel vital que Sua santa mãe desempenharia no drama de Cristo. Por isso, eles ofereceram palavras de amor e de coragem para fortalecê-la e sustentá-la.
Na vida da humanidade, o Templo representa o mundo. Dedicação e consagração a todas as causas nobres e a todo idealismo elevado são os objetivos das forças que os Grandes Seres derramam no coração da humanidade durante a Festa da Dedicação.
Dedicação e consagração, num Serviço em permanente ampliação para o desenvolvimento do espírito de fraternidade por todo o mundo, fazem soar a nota-chave de Aquário, já que fevereiro é o mês da realização das esperanças e da frutificação dos sonhos.
(Você pode ter mais material para estudos em: Cap. XII – Ensinamentos de um Iniciado; O Cristo Cósmico – Interpretação Mística da Páscoa; Cap. I – Interpretação Mística do Natal; A Estrela de Belém – Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel; A Escala Musical e o Esquema de Evolução – compilado por um Estudante da Fraternidade Rosacruz; A Festa da Natividade – Ao Longo do Ano com Maria; O Maravilhoso Livro das Épocas – Vol. VI – Vol. VII – Vol. X – Corinne Heline)
Mês de Março: Espírito de Cristo é libertado da Esfera Terrestre e entra, novamente, nas Esferas Celestiais
Durante o mês de março, com o passar do Sol pelo Signo de Peixes, que é o Signo da dor e do sofrimento, a Igreja Cristã entra nos sacrifícios quaresmais, e na participação do sofrimento de Cristo no Gólgota. Peixes é o Signo da Crucificação, o Signo do Messias. A Crucificação do Cristo Cósmico começa quando o Sol está em Libra, no Equinócio de Setembro, quando a Glória desce para o “Hades” (N.T.: profundezas) do Planeta Terra. As observâncias comemorativas do mundo Cristão na Páscoa, quando o Sol caminha em direção ao Solstício de Junho, não é a Sua Crucificação, mas Sua Ressurreição cósmica. O Planeta Terra fica, então, consciente de certo vazio, um vazio espiritual, enquanto a Glória Cósmica se afasta. Esta é a origem da mistura de tristeza e da alegria no tempo pascal do Equinócio de Março.
Assim, a Ressurreição cósmica ocorre em março, quando o Espírito de Cristo é libertado da esfera terrestre e entra, novamente, nas esferas celestiais. É quando as Hierarquias de Áries e Peixes se juntam aos Anjos e Arcanjos em triunfante jubilação para esse evento. O ritmo dos seus hinos cósmicos encontra uma transcrição aqui na Terra no Coro Aleluia de Handel (N.T.: Georg Friedrich Händel, célebre compositor da Alemanha, naturalizado cidadão britânico; 42ª movimento (o célebre “Aleluia” – HALLELUJAH CHORUS) da obra: o oratório Messias (Messiah)). As cerimônias pré-cristãs celebrando o retorno da Primavera e a vitória da luz sobre as trevas estavam sintonizadas com esses ritmos.
A passagem do Sol por Carneiro (regido por Marte) simboliza o cordeiro Pascal, marcial, morte na cruz, o ferro da lança de Longinus, é o momento do Equinócio de Março (21-22 de Março: declinação de 0º) quando o Sol cruza o Equador celeste de Sul para Norte.
O Equinócio de Março é um dos mais elevados pontos do ano para o discípulo. Suas notas chaves são a liberdade e a emancipação que conduz a uma vida mais ampla. É também o momento em que o Cristo cósmico é libertado dos grilhões terrestres que Ele se aprisionou, durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Por isso, é o momento mais propício para um discípulo avançado romper os laços que o prendem e entrar na liberdade jubilosa do espírito.
A Igreja observa a Festa eclesiástica da Anunciação, em março, quando a natureza comemora a Festa cósmica da Anunciação, pois há uma íntima relação entre o ser humano e a natureza. A natureza é Deus em manifestação.
O ser humano é um deus em construção. Entretanto, um se reflete no outro. A maioria dos rituais sagrados observados pelo ser humano estão em sintonia com as transições das estações do ano. Os poetas cantam em louvor o espírito de regozijo da primavera, enquanto o verde e dourado do esplendor da natureza fornece a evidência de que as forças vitais, que retornam, estão respondendo em um triunfante impulso de ressurreição da própria natureza.
Um avançado seguidor do Caminho entende que chegou o tempo de fundir a tristeza e as lágrimas propostas pela vida pessoal (Peixes) com os fogos transformadores de Áries. Concomitantemente a essa realização, ele se junta ao poderoso coro que é ecoado e re-ecoado pelos Anjos e Arcanjos: “O Cristo ressuscitou, porque Cristo ressuscitou agora dentro de mim”.
O Cerimonial de março é um dos mais bonitos e misteriosos de todos os rituais. É conhecido como a Festa da Anunciação. A Festa tem uma descrição velada da primeira Iniciação da Virgem Maria na Terra.
Então, pela primeira vez, ela compreendeu totalmente seu destino incomparável e de como foi escolhida para dar a luz a esse Ser por meio de quem o Senhor Cristo, o Salvador da humanidade, viria a Terra. O professor e iniciador de Maria foi o belo, gentil e ternamente simpático Gabriel. Gabriel é o Anjo que guarda e guia o Espírito da Maternidade no mundo inteiro. Ele envia Anjos ministros para abençoar toda a mãe em perspectiva. Esses mensageiros angélicos cuidam e dirigem um espírito para a mãe e o lar onde ele vai encontrar corporificação.
As enfermarias para maternidade nos hospitais são frequentemente iluminadas pela luz de faces angélicas e perfumadas pelas preces e bênçãos dos Anjos atendentes. Às vezes, essas enfermarias recebem santificação dobrada pela presença do próprio Grande Anjo Gabriel.
Desde a sua mais tenra infância, Maria foi cercada por esse amor e cuidado, pois estava destinada a tornar-se o perfeito e exemplar modelo de maternidade para todas as mulheres. Muitas e variadas foram as experiências de alma a ela dadas sob a tutela do Anjo Gabriel. Essas experiências atingiram suprema culminância na onda gloriosa da Anunciação.
A particular nota-chave musical em que Gabriel vive e se move e tem sua existência emite uma benção contínua sobre o Espírito da Maternidade. Todas as canções de ninar e de acalanto compostas por inspirados músicos através dos tempos acham-se sintonizadas na nota-chave musical de Gabriel.
Pelo exposto, os Iniciados dos planos mais internos escolhem sempre uma das quatro estações sagradas como a ocasião para darem à humanidade maior iluminação. Por isso Céu e Terra acham-se na mais profunda comunicação. Assim, encontramos a Anunciação ocorrendo na estação do Equinócio de Março.
Após esse elevado evento, o semblante de Maria emitiu uma luz tão magnífica que até mesmo seus companheiros de Templo e seus pais hesitaram em se aproximarem de sua exaltada pessoa. Por todo o tempo em que permaneceu na Terra, sua face nunca perdeu o brilho, pois se achava investida de uma figura angelical.
Humildade, obediência e serviço são as forças irradiadas para o ser humano durante a Festa da Anunciação. Isso também compõe a nota-chave de Peixes, tornando-se assim os temas para meditação e manifestação durante essa santa estação.
(Você pode ter mais material para estudos em: Cap. XII – Ensinamentos de um Iniciado; O Cristo Cósmico – Interpretação Mística da Páscoa; Cap. I – Interpretação Mística do Natal; A Estrela de Belém – Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel; A Escala Musical e o Esquema de Evolução – compilado por um Estudante da Fraternidade Rosacruz; A Festa da Natividade – Ao Longo do Ano com Maria; O Maravilhoso Livro das Épocas – Vol. VI – Vol. VII – Vol. X – Corinne Heline)
Mês de Abril: Espírito de Cristo derrama Seu Amor para nutrir todos os Seres Vivos do Planeta Terra
Os antigos persas denominavam o mês de abril como o mês do paraíso, e os primeiros pais Cristãos declaravam que era durante essa estação de encantamento quando o Sol entrava em Áries que Deus moldou o Planeta Terra, e tudo que nele habita. Abril é, geralmente, considerado um mês de ressurreição.
Quando o Senhor Cristo faz Sua ascensão os reinos internos assumem a aparência de uma massa fundida de ouro brilhante.
Na lenda do Santo Graal, os Cavaleiros diziam que na Sexta-feira Santa uma pomba descia do céu para repor a água da vida no Cálice Sagrado, e que eles eram capazes de retirar a nutrição espiritual dele ao longo do ano que se seguia.
Por isso, é que o Senhor ressuscitado derrama o Seu amor e espírito para nutrir todos os seres vivos sobre o Planeta Terra.
Se não fosse por esta reposição anual, os campos seriam estéreis e as árvores e videiras não produziriam frutos. À luz desse fato, pode-se observar que o Senhor Cristo proferiu uma profunda e literal verdade quando disse aos Seus discípulos na Última Ceia: “Isto (pão) é o meu corpo que é dado por vós: … Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado por vós” (N.T.: Lc 22:19-20).
(Você pode ter mais material para estudos em: Cap. XII – Ensinamentos de um Iniciado; O Cristo Cósmico – Interpretação Mística da Páscoa; Cap. I – Interpretação Mística do Natal; A Estrela de Belém – Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel; A Escala Musical e o Esquema de Evolução – compilado por um Estudante da Fraternidade Rosacruz)