Mês de Setembro: Senhor Cristo começa Seu Descenso para os Reinos físicos
A partir do Equinócio de Setembro, a espiritualidade áurica do Sol começa a aproximar-se e a vitalidade física começa a esbater-se. As pessoas sentem, tanto no hemisfério norte como no hemisfério sul, um certo afrouxamento do ponto de vista físico, e, em contrapartida, uma maior propensão para o recolhimento interno, para a introvisão e atração pelo estudo dos mais profundos mistérios da vida. Isso porque, em uma direção que se iniciou no último Solstício de Junho, o foco em que o Sol vai se encontrando cada vez mais próximo da Terra, fazendo, portanto com que a Terra vai se permeando mais fortemente pela aura do Sol Espiritual, com o correlativo aumento do Fogo Sagrado inspirador de crescimento anímico nos seres humanos.
E tudo isso, porque, em setembro, o Senhor Cristo volta da glória dos mais elevados céus e começa Seu descenso para os Reinos físicos (N.T.: reinos do Mundo Físico: Região Química e Região Etérica do Mundo Físico). Por todo esse mês, a ternura, a beleza ansiosa da natureza se manifesta diferente de em qualquer outra estação, pois o Cristo está começando a cobrir a Terra com sua terna tristeza e Ele sente como sentiu quando chorou em Jerusalém, há muito tempo atrás (N.T.: quando da sua primeira vinda). Suas lágrimas foram derramadas porque Ele sabia o longo tempo de dor e sofrimento por meio dos quais a humanidade deveria passar, tendo escolhido a escuridão ao invés da luz. Seu grandioso coração se entristeceu com as nuvens negras que envolveriam Jerusalém, mesmo o coração do Planeta que Ele tinha dedicado em Seu próprio serviço e em que Ele tinha derramado Seu imenso amor.
Setembro é outro mês de preparação para o discípulo. Uma das palavras chaves de Virgem é SACRIFÍCIO. Um discípulo fervoroso, preparando-se por meio do sacrifício e da renúncia de si próprio para tomar parte das festividades dos últimos meses do ano que se avizinha (N.T.: outubro, novembro e dezembro), medita frequentemente sobre a nota chave de Virgem: “Aquele que quiser ser o maior entre vós, seja o servo de todos”.
O Sol entra no Signo de Virgem a 22 de agosto. Assim, é como se a Virgem nascesse do Sol. Isso traz à mente a solução astronômica para aquela passagem da Revelação: “Vi uma mulher vestida do Sol e com a Lua a seus pés.” (Ap 12). Esse fenômeno ocorre em setembro, logo depois da Lua Nova, porque, visto da Terra, o Sol cobre ou veste o Signo de Virgem por todo setembro, e os pés da Virgem.
No caminho do Sol, vemos que em Agosto ele já está nos 17º e depois decresce para 16º, 15º, etc., até que chega novamente aos 0º, ou seja, o momento em que “cruza” o Equador para passar do norte para o sul. Nesta “descida”, os 0º ocorrem por volta de 22 a 23 de Setembro, e neste caso o dia é igual à noite (Equinócio).
(Você pode ter mais material para estudos em: Interpretação Mística da Páscoa – Alegorias Astronômicas da Bíblia – Max Heindel; O Maravilhoso Livro das Épocas – Vol. VI – Vol. VII – Vol. X – Corinne Heline)
Mês de Outubro: Cristo inicia Seu Sacrifício Anual aqui na Terra
Quando o Sol entra em Libra a força dourada do Cristo passa pelos reinos terrestres, enquanto esse sublime Ser inicia, novamente o Seu sacrifício anual, um evento denominado a CRUCIFICAÇÃO CÓSMICA. A isso São Paulo se refere na Epístola aos Romanos 8:22: “Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente“. Essa estação é um tempo para o discípulo renovar sua dedicação para percorrer no caminho do Senhor a despeito de quaisquer vicissitudes e obstáculos que podem afetar seu caminhar.
Em outubro a espiritualidade áurica do Sol está presente na Terra e a vitalidade física começa a esbater-se. As pessoas sentem, tanto no hemisfério norte como no hemisfério sul, um certo afrouxamento do ponto de vista físico, e, em contrapartida, uma maior propensão para o recolhimento interno, para a introvisão e atração pelo estudo dos mais profundos mistérios da vida. Isso é o resultado do foco em que o Sol vai se encontrando cada vez mais próximo da Terra, fazendo, portanto, com que a Terra vai se permeando mais fortemente pela aura do Sol Espiritual, com o correlativo aumento do Fogo Sagrado inspirador de crescimento anímico nos seres humanos.
Nossos corações, nessa época, devem voltar-se para Ele, o Cristo; em gratidão, pelo sacrifício que faz por nós durante os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, penetrando este Planeta com Sua Vida, Seu Amor e Sua Luz.
Uma observância transcendental é celebrada em outubro, a Festa do Coração Iluminado. Então, em outubro, o poder do glorioso Amor toca o corpo físico da Terra. Isso ocorre na época do Equinócio de Setembro.
Cada dia, desde o Equinócio de Setembro ao Solstício de Dezembro, aquelas radiações oferecem ao aspirante uma oportunidade para que ele faça uma preparação especial para o nascimento do Espírito de Cristo dentro de seu coração. Hostes de Anjos em serviço, liderados pela Divina Senhora, derramam vapores de Luz e Amor sobre a Terra.
Como essa poderosa corrente de Cristo penetra a Terra ano após ano, forças evolucionárias acham-se progressivamente em aceleração. Como os impulsos de Cristo imprimem-se sempre com maior força e clareza nos Corações e Mentes dos seres humanos, então bondade, tolerância, amor, simpatia e compaixão irão pouco a pouco substituindo seus opostos. A falta de humanidade do ser humano para com os de sua espécie e contra os irmãos menores do reino animal vai acabar. A fraternidade tornar-se-á uma realidade na Terra.
(Você pode ter mais material para estudos em: Interpretação Mística da Páscoa – Alegorias Astronômicas da Bíblia – Max Heindel; O Maravilhoso Livro das Épocas – Vol. VI – Vol. VII – Vol. X – Corinne Heline)
O Estudante Rosacruz oficia o Ritual do Serviço Devocional de Cura – o Serviço de Cura – em todas as Datas de Cura, que muda todos os meses e todo ano (para saber as desse ano, é só acessar aqui: Datas para realizar o Serviço de Cura.
Perceba que o Ritual é dividido em três partes bem distintas:
1ª – Preparação – composto por músicas e textos que visam preparar o ambiente, separando o ambiente externo (de onde vem o Estudante) do interno (para o interior do Estudante);
2ª – Concentração – é o clímax do Ritual, onde o Estudante se dedica a se concentrar com toda a sua dedicação, foco, disposição e vontade na Cura, como é feita pela Fraternidade Rosacruz: o Poder Curador de Deus Pai – abundante e sempre presente, pois n’Ele vivemos, nos movemos e temos o nosso ser; o Curador – um ser humano, selecionado utilizando as Leis Divinas de Semelhança e da Receptividade Sistemática, que será o ponto focal de transmissão do excesso do seu fluído vital, à noite, para o paciente; e o Paciente (que NÃO tem ser nominado em hipótese alguma, pois a Cura será feita por quem deve ser curado, por quem já aprendeu a lição que a doença e o sofrimento está apontando) colaborativo, participativo, que tenha muita fé e que também está disposto a ajudar aos outros que também estão sofrendo tanto quanto ou até mais que ele.
3ª – Saída – composto de música e admoestação de saída que visam preparar o Estudante para internalizar tudo o que aqui falou, ouviu, participou e se concentrou, recebendo toda a força espiritual gerada durante a oficiação do Ritual, a fim de aplicá-la no seu dia a dia, se esforçando para o cumprir no tema concentrado: a sua participação no processo de Cura Rosacruz.
a) Se você quiser saber exatamente como oficiar, assista em vídeo do nosso canal no Youtube: Tutorias, Dicas e Detalhes dos Ensinamentos Rosacruzes clicando aqui: Como Oficiar o Exercício Esotérico Ritual do Serviço de Cura da Fraternidade Rosacruz
b) Se você quiser oficiar o Ritual, então acesse o texto aqui: Ritual Devocional do Serviço de Cura
c) Se você quiser “participar” da oficiação como um ouvinte, então é só clicar no áudio abaixo, seguindo as seguintes observações:
1 – Para o mês astrológico de Áries:
2 – Para o mês astrológico de Touro:
3 – Para o mês astrológico de Gêmeos:
4 – Para o mês astrológico de Câncer:
5 – Para o mês astrológico de Leão:
6 – Para o mês astrológico de Virgem
7 – Para o mês astrológico de Libra
8 – Para o mês astrológico de Escorpião
9 – Para o mês astrológico de Sagitário
10 – Para o mês astrológico de Capricórnio
11 – Para o mês astrológico de Aquário
12 – Para o mês astrológico de Peixes
Mês de Novembro: Senhor Cristo passa pelo Mundo do Desejo – o Corpo de Desejo do Planeta Terra
A força Crística dourada, descendo da fonte do Sol, tocando a partir do lado externo da atmosfera terrestre no Equinócio de Setembro, como antes mencionado, passa pelo Mundo do Desejo durante novembro (Escorpião).
Esse é um tempo propício para que o discípulo trabalhe na purificação da sua natureza inferior e, assim, se torna mais habilitado para auxiliar os Seres Superiores em seus trabalhos de purificação da camada astral (N.T.: o Mundo do Desejo) da Terra. Um esforço suplementar é, então, feito para torna-lo um servidor consciente mais eficiente tanto nos planos internos como nos externos da vida.
Em estágios evolutivos anteriores do desenvolvimento humano a Hierarquia de Escorpião, que preside o mês zodiacal de novembro, auxiliou o despertar do Ego (N.T.: o Espírito Virginal manifestado, nós) no ser humano (N.T.: nos seus Corpos: Denso, Vital e de Desejos) e, fazendo isso lançou o ser humano na estrada da individualização. Durante o presente estágio de evolução humana o discípulo, trabalhando sob a orientação dos Senhores da Individualidade (Libra) e dos Senhores da Forma (Escorpião), está aprendendo a substituir a sua capacidade de fazer valer a própria opinião diante de outras pessoas pela humildade e pelo sacrifício pessoal do “eu” pelo impessoal “nós”; em outras palavras, atualmente vive-se o ideal de O MAIOR BEM PARA O MAIOR NÚMERO.
(Você pode ter mais material para estudos em: Interpretação Mística da Páscoa – Alegorias Astronômicas da Bíblia – Max Heindel; O Maravilhoso Livro das Épocas – Vol. VI – Vol. VII – Vol. X – Corinne Heline)
Mês de Dezembro: Senhor Cristo chega ao Coração do Planeta Terra
As radiações do Amor de Cristo penetram gradualmente as várias camadas do Planeta até que na ocasião do Solstício de Dezembro elas alcançam seu poder máximo e esplendor no coração da Terra.
Poucas pessoas percebem o prodigioso poder espiritual que inunda a Terra na época do Santo Natal. Os Sábios usam todas as oportunidades e canais para fazer frutificar o Plano Divino na Terra.
É por isso que no Natal somos banhados por vibrações de paz e boa-vontade. Essa imensa onda que irradia Amor Cósmico tem sua culminância em dezembro. Sem essa presença espiritual não haveria suficiente entusiasmo em nossos corações. Não sentiríamos tanta felicidade nem tanto desejo de proporcionar mais felicidade aos outros. O costume universal de dar presentes no Natal empalideceria. Todos seriam drasticamente afetados.
A Estação do Advento se estende pelo mês de dezembro e é anunciada como uma Festividade de Luz. O impulso espiritual da estação prepara a humanidade para o derramamento das forças celestiais acompanhando o renascimento do Cristo Cósmico em nossa esfera terrestre. Esse período é seguido pela estação do Solstício de Dezembro que se estende de 21 de dezembro à 24 de dezembro e culmina com o dia seguinte, o 25 de dezembro, no Natal, o dia mais profundamente reverenciado em toda a Cristandade. A observância da festividade dessa estação santa nunca cessará para os aspirantes, até que o Cristo tenha nascido dentro de nossas próprias almas. O quanto desse êxtase o discípulo tenha experimentado nesse momento depende do degrau que ele tenha alcançado, e o regozijo pela sua participação cada vez mais crescente da mistura nessa estação entre o terreno e o divino é sentido com uma intensidade nunca alcançada em outro momento do ano.
Durante dezembro, os tons do filantrópico Sagitário, nota chave Fá maior, regido pelo otimista e benevolente Planeta Júpiter, cuja palavra-chave é idealismo e o quieto, metódico Capricórnio, nota chave Sol maior, regido pelo conservador e perseverante Saturno, cuja palavra-chave é obstrução com suas sistemáticas atividades construtivas, preparam a Terra para receber o raio do amor de Cristo e nutri-la até que esteja preparada para a liberação no centro da Terra. Então, começa sua viagem para fora, em direção à periferia da Terra, alcançando a na época do Equinócio de Março. Quando os dias são mais curtos e as noites mais longas, na Noite Santa, o raio do Espírito de Cristo alcança o centro da Terra. Aqui, Ele permanece três dias e três noites, libertando de Si mesmo a germinante força do Espírito Santo que, lentamente, vai permear a Terra e frutificá-la para outro ano.
Ou seja: Ele chega ao centro da nossa Terra à meia-noite de 24 de Dezembro. Aí Ele fica três dias e depois começa a voltar.
Em dezembro, durante as longas noites de inverno, a força física solar está adormecida e as forças espirituais alcançam seu grau máximo de intensidade (no hemisfério norte).
A noite entre 24 e 25 de dezembro é, em todo o ano, a Noite Santa por excelência. O Signo zodiacal da imaculada Virgem Celestial está sobre o horizonte oriental à meia-noite, e o Sol do ano novo nasce e começa sua jornada do ponto mais austral, em direção ao hemisfério norte, para (fisicamente) salvar essa parte da humanidade da obscuridade e da fome inevitáveis, caso permanecesse sempre abaixo do Equador.
À meia-noite de 24 de dezembro, para os povos do hemisfério norte, onde nasceram todas as religiões atuais, o Sol está diretamente abaixo da Terra e as influências espirituais são fortíssimas.
Em tal momento, nessa noite, aos que desejassem, pela primeira vez, dar um passo na Iniciação, seria muitíssimo mais fácil porem-se em contato consciente com o Sol Espiritual.
Por esse motivo, nos antigos templos, os Discípulos preparados para a Iniciação eram levados pelas mãos dos Hierofantes dos Mistérios e, por meio de cerimônias que se realizavam no Templo, eram elevados a um estado de exaltação, no qual transcendiam toda condição física. A Terra tornava-se transparente à sua visão espiritual e eles viam o Sol da meia-noite: a “Estrela”! Não era o Sol físico, seu Salvador físico, o que viam com os seus olhos espirituais, mas o Espírito do Sol, o Cristo, seu Salvador Espiritual.
Essa Estrela que brilhou na Santa Noite ainda brilha para o místico na obscuridade da noite. Quando o ruído cessa e a confusão da atividade física se aquieta, então ele entra em seu interior e procura o caminho que conduz ao Reino da Paz. A brilhante Estrela está sempre ali para guiá-lo e sua alma ouve a canção profética: “Paz na terra e boa vontade entre os homens“.
Paz e boa vontade a todos, sem exceção, não excluindo nem os inimigos. É de admirar que custe muito a educar a humanidade para este tão elevado tipo de moral? Há algum meio melhor para demonstrar a beleza e a necessidade da paz, da boa vontade e do amor do que compará-los com o estado atual de guerras, egoísmos e ódios?
Quanto mais forte é a luz, tanto mais profunda é a sombra que projeta. Quanto mais altos os ideais, mais claramente podemos ver nossos defeitos.
(Você pode ter mais material para estudos em: Cap. XII – Ensinamentos de um Iniciado; O Cristo Cósmico – Interpretação Mística da Páscoa; Cap. I – Interpretação Mística do Natal; A Estrela de Belém – Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel; A Escala Musical e o Esquema de Evolução – compilado por um Estudante da Fraternidade Rosacruz; A Festa da Natividade – Ao Longo do Ano com Maria; O Maravilhoso Livro das Épocas – Vol. VI – Vol. VII – Vol. X – Corinne Heline)
Os Espíritos Esclarecidos e o Vegetarianismo
O vegetarianismo, tão velho como o mundo, foi sustentado pelos grandes espíritos; não nasceu da imaginação de um cérebro doentio, mas corresponde a uma realidade científica.
Desde os tempos mais remotos, os moralistas, legisladores, chefes de escolas científicas, filosóficas ou religiosas condenaram os excessos alimentares, pregando a seus concidadãos, discípulos ou adeptos a abstinência de toda carne (mamífero, aves, peixes, répteis, anfíbios, “frutos do mar” e qualquer outro do reino animal). Sem remontar à época dos magos, dos sábios da Índia, da China primitiva e do Egito, momento em que o vegetarianismo desfrutava grande prestígio, lembremos que entre os hebreus, os nazarenos praticavam a completa abstinência de carne.
Os pelasgos viviam de frutas; os pitagoristas alimentavam-se de frutas, queijo, legumes variados, pão e mel. Pitágoras, ele próprio, que morreu centenário, dizia, falando da carne: “Temei, ó, mortais, poluir vosso corpo com uma alimentação abominável”.
Platão não tolerava o uso da carne, senão para os soldados. Ele a proibia aos cidadãos de sua República ideal: “Sua alimentação”, preconizava ele, “será de farinha de trigo e de cevada, sob a forma de pão e pastéis. Usarão também sal, azeitonas, queijo, cebola, hortaliças cruas, figo, ervilha e fava. Assim, tranquilos e cheios de saúde, chegarão até à velhice e deixarão a seus filhos a herança de uma vida feliz”. Muito frugal, Platão nutria-se, sobretudo, de figos.
Os neoplatônicos da Escola de Alexandria, Longin, Jamblique e Porfírio, mantiveram a doutrina do mestre e condenaram a carne.
Tais ideias foram professadas por outros sábios. Crísipo, Socion e Sextus sugeriram-nas a Sêneca, que foi partidário do regime vegetariano.
Plutarco afirmava o seguinte.
Ovídio fez uma profissão de fé vegetariana que pôs na boca de Pitágoras. Depois de ter condenado a morte dos animais, ele diz: “Não era assim naquele tempo que denominamos a idade de ouro, em que o homem se contentava com as hortaliças e as frutas que abundavam na Terra, não maculando a boca com o sangue dos animais”.
Ninguém ignora com que força os Pais da Igreja se têm levantado contra o uso da carne. “Seguimos o exemplo dos lobos e dos tigres!”, exclamava São João Crisóstomo. “Ou, antes, somos piores do que eles, pois Deus nos honrou com o senso da equidade”.
Recomendava Clemente de Alexandria: “Guardai-vos desses alimentos. Não vos basta uma tão grande variedade de frutas, leite e toda sorte de alimentos secos? Aqueles que se reúnem em torno de mesas intemperantes cevam suas doenças e desenvolvem uma que considero vergonhosa, a que denominaria de demônio do ventre”.
Sem dúvida poderão objetar que tais ensinamentos, oriundos da antiguidade, não se poderiam aplicar aos nossos climas nem à nossa existência, devido à agitação dos tempos modernos. Dirijamo-nos, então, aos modernos.
Voltaire, nas Cartas de um indiano, comprazia-se em desvendar as baixezas da cozinha europeia, insistindo prazerosamente nos sabores nauseabundos da carne e da gordura dos animais.
Diderot e J. J. Rousseau defenderam resolutamente o vegetarianismo. O autor de Emile observava que os camponeses comiam menos carne e mais verduras do que as mulheres das cidades. Esse regime parecia mais favorável a elas e a seus filhos. Aos “necrófagos” eu aconselharia meditar sobre a seguinte página do poeta inglês Schelley.
“A anatomia comparada nos mostra que o homem se assemelha aos animais frugívoros e nada tem dos carnívoros; nem as garras para se apoderar da presa nem os dentes cortantes para a despedaçar viva. Somente pelo preparo, à custa de inteligentes manobras da arte culinária, é que se consegue tornar a carne mastigável e digestível.”
“Concito aqueles que aspiram a uma vida saudável e feliz que façam uma experiência imparcial do vegetarianismo. Não obstante a excelência desse regime, é somente entre os seres humanos esclarecidos que se pode esperar que sacrifiquem seu apetite e seus preconceitos… pois as pessoas de vistas curtas, vítimas de doenças, preferem acalmar seus tormentos com drogas a preveni-los com um regime atóxico, equilibrado e saudável.”
Schelley insiste, em seguida, nas enormes vantagens econômicas e sociais de uma reforma alimentar.
Lamartine, o mavioso poeta francês, criado por sua mãe nos princípios do vegetarianismo, conta que aos doze anos viveu só de pão, laticínios, verduras e frutas. “Minha saúde”, disse ele, “não foi menos perfeita por isso nem meu desenvolvimento menos rápido e é provavelmente a esse regime que eu devo esta pureza de estilo, esta sensibilidade requintada de impressões, esta doçura serena de humor e de caráter que conservei até esta época”.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de dezembro/1965)
O Estribilho e a última estrofe do Hino Rosacruz de Encerramento é para ser lido (ou cantado, ou ainda, ouvido) no Ritual do Serviço Devocional de Cura, como parte dos Exercícios para o Treinamento Esotérico.
Na tradução, como a de qualquer música, para o português foi procurado, ao máximo, conciliar a fidelidade do original inglês com a métrica dos versos e o acento musical necessários para o canto.
O Hino Rosacruz de Encerramento tem a letra escrita por Max Heindel e a música baseada na melodia Till We Meet Again.
A letra de Max Heindel foca no momento em que nos despedimos do Símbolo Rosacruz, no final dos Rituais, onde estamos voltando para o Mundo material, quando, então, seremos novamente colocados à prova na prática do Ideal Rosacruz.
Esse Hino é composto no tom de Ré bemol Maior (Db M) que é a nota-chave ou tom fundamental da Hierarquia Divina de Áries, a mais avançada das doze Ondas de Vida. E essa tonalidade eleva ao Trono de Deus.
Por isso, não é de se admirar que Max Heindel, que conhecia bem essas verdades ocultas, pedisse que todos deixassem o local, onde se oficiava os Rituais e depois de cantar o Hino Rosacruz de Encerramento, sem conversar – em silêncio total – para não quebrar a vibração.
Aqui está a letra do Estribilho e da última estrofe:
(Estribilho)
Até outro dia, até outro dia,
para a cruz de rosas saudar.
Até outro dia, até outro dia,
Deus te guarde até retornar.
Deus te guarde até retornar,
faze a vida virtuosa,
no ideal da cruz de rosas,
até quando a voltes a saudar.
(Estribilho)
Clique abaixo para ter acesso ao Hino Rosacruz de Encerramento cantado:
Os Sapatos Dourados
Era uma vez, uma Princesa com pés doloridos, que morava num castelo rodeado por altas muralhas de pedra e um fosso guardado por um dragão.
Seus pés estavam sempre doloridos. Doíam quando ela usava chinelos. Doíam quando usava sapatos de baile ou sapatos para caminhar, sapatos de escola ou sapatos de domingo. Doíam quando usava sapatos novos, doíam quando usava sapatos velhos. Doíam quando usava botas na neve, galochas na chuva, sandálias ao sol ou tênis nos intervalos.
A Princesa não gostava de andar, correr ou saltar, porque sempre que fazia essas coisas seus pés doíam. Não gostava de pular corda, disputar uma corrida, brincar de boca de forno ou de amarelinha, porque quando fazia essas coisas, seus pés doíam. Não gostava de passear no bosque, arrastar os pés nas folhas caídas do outono, andar nas águas dos regatos ou correr na areia, porque quando fazia essas coisas, seus pés doíam.
A Princesa só gostava de sentar-se e ler, sentar-se e comer, deitar-se e dormir, deitar-se e ficar sem fazer nada, porque quando fazia essas coisas, seus pés não doíam. Ela só gostava de ser carregada na sua liteira, passear na sua carruagem ou ser carregada para cima e para baixo nas escadas por um lacaio, porque quando fazia essas coisas, seus pés não doíam.
Mas, como a Princesa passava muito tempo sentada e deitada, sendo sempre carregada e quase nunca andando, correndo ou subindo escadas, ela fazia muito pouco exercício. E, porque fazia muito pouco exercício, engordava.
Embora os cortesãos não lhe dissessem nada, comentavam bastante quando ela virava as costas.
— Você notou como a Princesa está engordando? – perguntavam uns aos outros. A Princesa está ficando muito gorda, contavam para seus parentes em outras partes do país, quando iam visitá-los.
O Rei e a Rainha estavam muito preocupados com a princesa e seus pés doloridos. Estavam muito preocupados porque ela estava engordando tanto. Eles não gostavam de vê-la sentada e deitada em todos os lugares e ser carregada para todos os lugares. Eles queriam que ela andasse, corresse e subisse escadas. Eles queriam que ela emagrecesse. Eles queriam que ela se apoiasse em seus próprios pés.
Até que um dia, o Rei resolveu oferecer uma recompensa a quem pudesse ajudar a Princesa. Mandou mensageiros para os quatro cantos da Terra, proclamando que daria a mão de sua filha em casamento, a quem conseguisse fazer passar a dor de seus pés.
Depois que os mensageiros do Rei espalharam a notícia, sapateiros de terras distantes começaram a chegar ao castelo.
Um sapateiro trouxe o couro mais macio que o Rei e a Rainha já tinham visto, disse que se a Princesa usasse sapatos feitos com aquele couro, poderia subir até a mais alta montanha facilmente, e seus pés nunca mais doeriam.
Então, o sapateiro tomou cuidadosamente a medidas dos pés da Princesa e fez um par de sapatos tão leves, que não pesavam mais que uma folha, e tão macios que podiam ser dobrados de todos os lados e enrolados como uma bola.
Mas, quando a Princesa os calçou, ela gritou:
— Ai! Chorou. Ai! Ai! Eles machucam! Eu não aguento! Tirem!
O sapateiro ficou aflito. O Rei e a Rainha ficaram aflitos. Os cortesãos ficaram aflitos. A Princesa continuava a chorar.
— Tirem! tirem! Eu não os aguento!
Então, um velhinho com longos cabelos brancos e uma longa barba branca se apresentou. Era o mais sábio dos conselheiros do Rei.
— Majestade, disse, é o couro do qual os sapatos foram feitos que está machucando a Princesa. O couro vem de animais que foram mortos para se poder obtê-lo. Por isso, há muita maldade no couro. A Princesa é sensível e não pôde suportar a dor dessa maldade.
O Rei refletiu sobre as palavras de seu conselheiro.
— Sim, eu entendo, disse por fim.
Então, ordenou ao sapateiro:
— Remova os sapatos.
E o sapateiro não pôde fazer outra coisa senão tirar os sapatos dos pés da Princesa e abandonar o castelo, envergonhado.
No dia seguinte, chegou outro sapateiro. Ele trouxe um rolo da mais linda e macia casca de árvore que o Rei e a Rainha já tinham visto. Disse que se à Princesa, usasse sapatos feitos com aquela casca de árvore, poderia subir até a mais alta montanha facilmente e seus pés nunca mais doeriam.
Então, o sapateiro tomou cuidadosamente a medida dos pés da Princesa e fez um par de sapatos tão leves que não pesavam mais do que uma folha, e tão macios que poderiam servir de travesseiro para a cama da Princesa.
Contudo, quando a Princesa os calçou, ela gritou:
— Ai! chorou. Ai! Ai! Eles machucam! Eu não aguento! Tirem!
O sapateiro ficou aflito. O Rei e a Rainha ficaram aflitos. Os cortesãos ficaram aflitos. A Princesa continuava a chorar.
— Tirem! Tirem! Eu não aguento!
Então, o velhinho de longos cabelos brancos e longa barba branca se apresentou de novo.
— Majestade, disse, é a casca da árvore da qual os sapatos foram feitos que está machucando a Princesa. A casca da árvore é realmente muito macia e muito bonita, mas não é muito resistente e os sapatos não iriam durar muito. A Princesa é sensível e não pôde suportar a dor dessa fraqueza.
O Rei refletiu sobre as palavras de seu conselheiro.
— Sim, eu entendo, disse por fim.
Então, ordenou ao sapateiro:
— Remova os sapatos.
E o sapateiro não pôde fazer outra coisa senão tirar os sapatos dos pés da Princesa e abandonar o castelo, envergonhado.
No terceiro dia, chegou outro sapateiro. Ele trouxe um pedaço de vidro tão claro que brilhava ao sol da manhã. Disse que se a Princesa usasse sapatos feitos com aquele vidro, poderia subir até a mais alta montanha facilmente e seus pés nunca mais doeriam.
Então, o sapateiro tomou cuidadosamente a medida dos pés da Princesa e fez um par de sapatos que eram transparentes como cristal e brilhavam ao sol da manhã.
Mas, quando a Princesa os calçou, ela gritou:
— Ai! chorou. Ai! Ai! Eles machucam! Eu não aguento! Tirem!
O sapateiro ficou aflito. O Rei e a Rainha ficaram aflitos. Os cortesãos ficaram aflitos. À Princesa continuava a chorar.
— Tirem! Tirem! Eu não aguento!
Então, o velhinho de longos cabelos brancos e longa barba branca se apresentou mais uma vez.
— Majestade, disse, é o vidro do qual os sapatos foram feitos que está machucando a Princesa. O vidro é realmente transparente como cristal e brilha ao sol da manhã, mas é muito duro. Nada pode passar através dele. Nada de bom, que está do lado de fora pode vir para dentro, e nada de ruim que possa estar por dentro, pode sair. A Princesa é sensível e não pode suportar a dor dessa dureza.
O Rei refletiu sobre as palavras de seu conselheiro.
— Sim, eu entendo, disse por fim.
Então ordenou ao sapateiro:
— Remova os sapatos.
E o sapateiro não pode fazer outra coisa senão tirar os sapatos dos pés da Princesa e abandonar o castelo, envergonhado.
Então, a Princesa ficou tão infeliz que ordenou ao lacaio que a levasse para cima, onde ela se reclinou em sua cama e comeu uma caixa inteira de doces. O Rei e a Rainha estavam tão infelizes que não comeram nada, mas passaram o resto do dia na biblioteca consultando manuscritos antigos, quase desfeitos, esperando encontrar algo que orientasse o que fazer para pés doloridos. Os cortesãos estavam tão infelizes que comeram um farto jantar em silêncio, na sala de banquetes, e depois foram para seus quartos, dormir.
Somente o velhinho de longos cabelos brancos e longa barba branca não estava infeliz. Ele deixou o castelo quando os cortesões estavam jantando e ninguém o viu sair. Ele voltou quando os cortesãos estavam dormindo e ninguém o viu voltar.
Contudo, no dia seguinte, quando a Princesa, o Rei, a Rainha e os cortesãos estavam tomando o café da manhã, um jovem estranho entrou na sala de banquetes. Ele era alto, garboso, belo, seu andar era firme, seu olhar doce. Seu rosto resplandecia como se fosse feito da luz do sol e seu sorriso iluminava toda a sala. Era Jovem, mas havia nele qualquer coisa que fazia com que ele parecesse ter mais sabedoria do que sua idade aparentava.
Ele se inclinou diante do Rei, da Rainha e da Princesa, saudou graciosamente os cortesãos e perguntou se ele podia acompanhá-los no café da manhã, enquanto lhes contava sua história. Deram-lhe um lugar de honra na mesa, entre o Rei e a Princesa, uma taça de ambrosia e uma colher de prata foram colocadas diante dele.
Depois de ter comido, ele disse à Rainha que a ambrosia era a mais deliciosa que já tinha saboreado, e começou a sua história:
— Eu sou um sapateiro da Terra do Sol, e tendo ouvido as palavras de seus mensageiros, eu também gostaria de ter a honra de tentar obter a mão da Princesa em casamento.
— A Terra do Sol! exclamou o Rei, atônito. Mas a Terra do Sol é inacessível para nós. Nenhum habitante da Terra pode cruzar suas fronteiras. Meus mensageiros não poderiam ter entrado nesse reino de luz.
— É verdade, Majestade, concordou o sapateiro. Nenhum mortal pode agora entrar na Terra do Sol, embora algum dia todos os homens viverão lá conosco. Mas nós, da Terra do Sol, sabemos de tudo que acontece na Terra, e há muito tempo que sentimos pena da Princesa por sua aflição. Agora que vocês pediram auxílio, estamos ansiosos por ajudar. Recebi permissão do Rei da Terra do Sol para confeccionar um par de sapatos para a Princesa, com os quais ela poderá subir até a mais alta montanha facilmente. Se ela usar estes sapatos, seus pés nunca mais doerão.
O Rei olhou para o sapateiro longa e pensativamente.
Depois disse:
— A Princesa experimentou muitos sapatos e teve muitas desilusões desde que meus mensageiros saíram. Eu não desejo que ela fique novamente decepcionada. Mas, como você é da Terra do Sol, talvez seus sapatos lhe deem o alívio que ela espera. Vou deixar que ela decida.
Voltou-se para à Princesa e disse:
— Minha filha, você ouviu as palavras deste sapateiro e sabe de que lugar ele veio. Você quer experimentar seus sapatos?
— Quero, Papai, disse a Princesa com um leve sorriso. Se um sapateiro da Terra do Sol não puder fazer os sapatos que eu preciso, ninguém mais poderá. Por favor, deixe-o tentar.
— Muito bem, disse o Rei, pode fazê-lo.
Então, o sapateiro tomou cuidadosamente a medida dos pés da Princesa e disse que tinha que ir à floresta que cercava o castelo, para buscar o material com o qual faria os sapatos. O Rei, a Rainha, a Princesa e os cortesãos, muito intrigados, o seguiram.
No meio da floresta havia um círculo encantado, onde a Princesa frequentemente pedia para ser levada em sua liteira. Aí, o sapateiro parou. Andou lentamente ao redor do círculo, tocando delicadamente cada uma das árvores que o circundavam e, quando já havia feito toda a volta, foi até ao centro do círculo e levantou os braços em direção ao Sol. Ao fazê-lo, um raio de sol o envolveu e ele desapareceu na Terra.
O Rei, a Rainha e os cortesãos abafaram um grito, consternados, mas antes que pudessem fazer alguma coisa, a não ser olhar uns para os outros, o sapateiro reapareceu no centro do círculo. Em suas mãos havia um pedaço de ouro que tinha saído do fundo da Terra.
Ele segurou o ouro à luz do sol e ele brilhou e cintilou. Parecia receber os raios da luz do sol e refleti-los. O sapateiro mergulhou o pedaço de ouro no frio regato da montanha que corria suavemente por ali, e depois deixou-o secar, segurando-o contra a fresca brisa que soprava.
Depois começou a amassar o pedaço de ouro com os dedos e, ante os olhos espantados de todos que estavam observando, o pedaço de ouro transformou-se em um par de sapatos de ouro.
O sapateiro ajoelhou-se na frente da Princesa e delicadamente calçou-lhe os sapatos.
A Princesa deu um passo, cautelosamente, depois outro. Seus olhos se arregalaram e os cantos de sua boca se transformaram num pequeno sorriso, que não sabia de que tamanho iria ficar.
— Eles servem, murmurou.
O Rei e a Rainha olharam-se felizes e alguma coisa parecida com um suspiro veio de todos os cortesãos, que tinham estado segurando a respiração.
— Ande um pouco mais, Alteza, insistiu o sapateiro. Ande em volta do círculo.
Então, a Princesa deu uma volta inteira no círculo encantado, a princípio devagar, mas, gradualmente, foi mais depressa, mais depressa, até que no fim estava quase correndo.
— Eles servem mesmo! exclamou. Meus pés não doem nada!
Depois, ela olhou para o sapateiro e o pequeno sorriso em seu rosto tornou-se radiante. Os cortesãos nunca tinham visto sua Princesa tão bonita.
— Eu vou subir a montanha, ela disse ao sapateiro, que fez um sinal que sim.
— Eu vou com você, ele disse.
— Você tem certeza de que está preparada para isso, meu bem? – perguntou o Rei, avançando para impedi-la.
Contudo, antes que ele pudesse segurar sua mão, a Princesa se virou e correu pelo bosque em direção à mais alta montanha. O sapateiro, correndo também, alcançou-a facilmente, e o Rei e a Rainha, que os seguiam, não estavam longe deles. Atrás do Rei e da Rainha vinha uma longa fila de cortesãos, alguns correndo, alguns andando, e alguns apenas conseguindo avançar um pouco.
A Princesa e o sapateiro logo chegaram à base da montanha e começaram a subir. A encosta era inclinada e rochosa e, em muitos lugares, parecia impossível encontrar um lugar para colocar o pé. Mas, para os que estavam olhando, parecia que a Princesa e o sapateiro tinham asas nos pés, pois eles mal tocavam o chão, pulavam de rocha em rocha até que desapareceram de vista.
O Rei e a Rainha, que podiam tê-los seguido, ficaram na base da montanha. Nenhum dos cortesãos teve coragem de tentar a subida inclinada.
Quando a Princesa e o sapateiro chegaram ao topo, a Princesa olhou ao redor e ficou extasiada. Lá, abaixo deles, até onde a vista podia alcançar, estavam todas as terras, oceanos e rios do mundo. Havia florestas de pinho verde-escuro e bosques verde-claro de álamos e choupos. Havia picos de montanhas cobertos de neve que refletiam a luz do Sol, torres e torreões de castelos distantes. Os oceanos eram azuis escuro e rios serpejavam pelo mundo como fitas de prata. Havia muitas manchas de cores vivas onde flores se abriam. Acima da linha do litoral, muito longe, havia nuvens escuras de onde caia uma chuva prateada e, ainda mais longe, havia um magnífico arco-íris.
Enquanto a Princesa e o sapateiro estavam olhando, uma águia solitária voando abaixo deles, mas muito acima da Terra onde o Rei, a Rainha e os cortesãos estavam esperando, levantou as asas como se estivesse saudando-os e continuou seu voo.
Por muito tempo, a Princesa ficou olhando o mundo sem dizer nada. Depois, deu um grande suspiro e virou-se para o sapateiro.
— É lindo, murmurou. Gostaria que todos pudessem ver o mundo como ele realmente é.
— Algum dia eles o verão, garantiu o sapateiro. Seu pai e sua mãe já o viram e há outros que logo irão subir na montanha mais alta, com sapatos iguais aos seus. Aos poucos, todas as pessoas da Terra o farão.
Depois, de mãos dadas, a Princesa e o sapateiro desceram a montanha e foram calorosamente recebidos pelos que estavam esperando embaixo.
Logo no dia seguinte, a Princesa e o sapateiro da Terra do Sol se casaram. Construíram um castelo no topo da mais alta montanha, onde não havia necessidade de muralhas, nem fosso guardado por um dragão, e moraram nesse castelo por muito mais luas do que o mais brilhante matemático da Terra poderia contar.
Aos poucos, como o sapateiro tinha predito, outras pessoas também subiram a montanha com seus sapatos dourados. Cada um que chegava lá em cima, era abraçado pela Princesa e pelo sapateiro e levados para morar com eles no castelo, por muito mais luas do que o mais brilhante matemático da Terra poderia contar.
(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. I – Compiladas por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior.
Para acessar somente os textos:
A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o Centro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.
Informação
Em julho retomamos nossas reuniões semanais virtualmente, estando assim de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19). As atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado.
Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Agosto/20:
Trânsito do Sol pelo Signo de Virgem, em setembro
Setembro é outro mês de preparação para o Discípulo. Uma das palavras chaves de Virgem é SACRIFÍCIO. Um Discípulo fervoroso, preparando-se por meio do sacrifício e da renúncia de si próprio para tomar parte das festividades dos últimos meses do ano que se avizinha, medita frequentemente sobre a nota chave de Virgem: “Aquele que quiser ser o maior entre vós, seja o servo de todos”.
A Hierarquia de Touro mantém o padrão cósmico da forma; a Hierarquia de Câncer, da vida, a Hierarquia de Virgem, o poder pelo qual a vida anima a forma. Estas três constelações, o Triângulo Feminino dos céus, administram todos os reinos de vida na Terra.
Assuntos abordados durante as Reuniões de Estudos desse mês:
1-Simbologia da Capa do Conceito Rosacruz do Cosmos – parte 2
Seguem algumas perguntas discutidas nessa reunião.
O correto são as 2 linhas separadas, porque estamos no caminho, mas ainda não conseguimos unir Mente e Coração. A Filosofia Rosacruz busca eliminar o abismo criado entre a Mente e o Coração, harmonizando e equilibrando as forças do lado místico e do lado ocultista. A união somente ocorrerá quando tivermos atingido o equilíbrio Mente e Coração.
2-Conceito Rosacruz do Cosmos: Credo ou Cristo
Seguem os pontos discutidos nessa reunião.
O uso do termo senhor era título de cortesia para superiores sociais e seu significado raiz era governante, os reis em todos os lugares eram denominados ‘Senhores’ e frequentemente considerados divinos de modo que a palavra Senhor adquiria um significado religioso.
3-Conceito Rosacruz do Cosmos: Uma Palavra ao Sábio
Seguem os pontos discutidos nessa reunião.
Em referência ao texto acima, as atitudes mais indicadas para a ação de aprendizado:
Porque o conhecimento dependerá de:
4-Conceito Rosacruz do Cosmos: Introdução
Seguem os pontos discutidos nessa reunião.
5-Conceito Rosacruz do Cosmos: Capítulo I – Os Mundos Visível e Invisíveis
Seguem os pontos discutidos nessa reunião.
A primeira parte do Livro, dá ao estudante a oportunidade de conhecer as noções básicas dos mundos suprafísicos ou ocultos e o método para desenvolver-se estando no Mundo Físico. Assim o estudante poderá despertar o interesse pelo ocultismo de uma maneira bastante didática.
O Mundo Visível ou Região Química do Mundo Físico é o Mundo onde, atualmente, as coisas são realizadas, as experiências são feitas, com o correspondente aprendizado. Esse aprendizado é consolidado durante o processo post-mortem, quando a essência das experiências é transformada em consciência e em virtudes. É válido ser um sonhador e idealizar projetos. Contudo, mais importante é tentar transformá-los em realidade, pois o Mundo Físico é, atualmente, o local criado no Plano Divino para as nossas realizações e onde se aprende a criar de forma correta, a partir de nossos erros e acertos.
Sim. E nós fazemos parte desta vasta escola, tanto que a todo momento estamos presenciando acontecimentos e mudanças de grande proporção que provocam uma crescente necessidade de obtermos melhor conhecimento da razão de ser da existência.
Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais estudantes.
RESPOSTA: Todas as vezes que você pensar em alguém, renascida aqui ou que já está do lado de lá, nunca a imagine com a dificuldade que ela está (seja doença, tristeza, infeliz, moribunda, etc). Sempre foque em vê-la bem, iluminada com a luz interna que todos temos (a divina essência oculta em cada um de nós). E é assim que ela sempre estará. Afinal o Corpo Denso, Vital e de Desejos dela são só vestimentas, roupagem, jamais é ela realmente.
Assim você evita “poluir” o seu Pensamento-forma com material de desejos e emoções da Região da Impressionabilidade. Afinal cada um de nós é uma emanação da grande unidade de Deus, nosso Pai e Criador, sendo assim que somos divinos na essência de Deus.
A pessoa, o Ego, o Eu Superior, o Ser interno e verdadeiro não pode jamais estar enfermo, pois é uma emanação de Deus. Assim, na sua oração para a pessoa foque em ajudá-la a fazer com que o poder dessa grande verdade penetra na alma (a quintessência dos Corpos) dela, dissipando os erros, as ilusões, as opiniões falsas, e as aparências enganosas da sensualidade, causa de todos os infortúnios de uma pessoa.
Foque para que Deus a ilumine de modo a fazê-la compreender e a sentir que ela é feliz, pois na qualidade de Espírito Eterno e Divino (que é o que somos), ainda nesse plano inferior (mesmo desencarnado, muitos pairam por aqui: apegados à Terra) ela possa desfrutar da profunda paz de Cristo e da Harmonia Eterna de Deus.
Que ela perceba que a sua salvação em Espírito e em Cristo é algo que ela deve realizar aqui e agora, no presente, que é a única eternidade. Termine a oração com: “e que seja feita a vontade de Deus, e não minha”.
Se tiver ao seu alcance, interaja com ela em ações, atos e obras, com uma palavra fraterna, um sorriso sincero ou “um ouvido para ela verbalizar o que ela quer”; mas seja firme em propor que ela deve se voltar para a parte espiritual Cristã, seja por meio de uma Religião ou Escola de Preparação.
Se não tiver ao seu alcance, fique na oração, pois a “vontade de Deus prevalecerá sempre”. Repita a oração todos os dias, depois da Oração do Estudante Rosacruz. E nunca espere “melhoras”, pois o “tempo de Deus” é sempre diferente do “nosso tempo”, e sempre é perfeito!
RESPOSTA: Não necessariamente “tudo”. Depende do nível de perturbação. No entanto, sem dúvida, haverá perdas por falta de nitidez na gravação no Átomo-semente do Corpo de Desejos.
No momento atual, sim, está havendo muita perda de muitas pessoas. Agora…tudo isso já estava previsto na vida dessas pessoas como uma “tendência”, uma “possibilidade”, sempre latente, que, ao escolherem determinados caminhos a despeito de outros, foi ativada pela própria pessoa.
Será que houve realmente perdas significativas? Será que a pessoa estava obtendo as experiências que deveria obter, ou será que estava procrastinando? Será que com as possibilidades que temos hoje de nos desviarmos do que escolhemos para aprender (e, assim, adquirir experiências), desviamos tanto e tentamos tanto “deixar para depois” que, de fato, deixamos quando não houve a gravação suficiente nítida para ser parte fundamental da nossa vida post-mortem? Lembrando sempre que estamos sob a Lei de Causa e Efeito…colhemos o que semeamos…e nós é que sempre escolhemos.
RESPOSTA: Sempre teve irmãos e irmãs “perdendo a eficiência da retrospectiva da vida quando o corpo não recebe a paz necessária nos, em média, 3,5 dias… O aprendizado será quase completamente perdido… Uma vida inteira de experiências seria quase que descartada”, pois nas guerras as situações são bem piores do que em uma pandemia e a gente nunca ficou alarmado.
Por que, então, só agora essa comoção? Corpo de Desejos nosso nos dominando e tentando nos envolver no medo, no temor e podendo nos levar à falta de fé? Arrastando-nos para a descrença, o desespero e “a tomar remédios para depressão, ansiedade, pânico, etc.”!
Sem dúvida é importante fazermos as perguntas sobre as possíveis causas (como explicamos acima), mas tenhamos a certeza de que Deus sabe o que faz com a sua criação, pois Ele é Amor e Luz! E devemos sempre agradecer por estarmos aqui, muitos de nós meros expectadores e, se assim for, responsáveis por manter um ambiente de oração, de serviço, de amor e de muita fé.
Tenhamos compaixões dos irmãos e irmãs que estão passando para o outro lado e perdendo boa parte das experiências que obtiveram enquanto aqui. E oremos para que aprendam no Purgatório que o “caminho do transgressor é duro” e não vale a pena continuar seguindo por ali.
Artigos Publicados nas redes sociais no mês de Agosto:
1- Que uso faço dos meus conhecimentos de Astrologia?
Eu a uso como uma ciência sagrada, que nos revela o segredo dos Equinócios e do sacrifício anual do Cristo para podermos sobreviver? Ou a emprego vendendo predições (ainda que não por dinheiro, mas por fama e poder ilusórios), com informações de quando os Signos são propícios?
Nessa última hipótese, eu me comparo aos vendilhões do templo no tempo de Cristo e estou prostituindo a divina prerrogativa de obtenção de ganho para mim mesmo.
Quando eu sou provado por uma série de incidentes de “azar”, eu vou olhar o meu tema (meu horóscopo) para ver se Marte e Saturno estão em conflito e me conformo com isso? Ou eu enfrento a situação sabendo que isto é mais uma prova oferecida para o meu crescimento espiritual?
Eu aceito um outro pedaço de sobremesa sabendo que está sobrecarregando o maravilhoso instrumento que venho construindo laboriosamente desde o princípio da criação, com a desculpa de ter Júpiter em Câncer? O meu Corpo Denso e o meu Corpo Vital devem ser o meu instrumento (eu, o Ego) e não um brinquedo dos desejos.
O conhecimento da Lei do Renascimento foi ocultado ao ser humano deliberadamente, para que ele possa aproveitar ao máximo seu tempo de vida durante sua curta vida terrestre em se concentrar sobre as coisas materiais. Os detalhes da verdadeira astrologia celestial ainda estão velados, pois, o ser humano deve desenvolver discriminação e prudência em sua Mente concreta.
Se, como escravos, tentamos adaptar nossas ações às poucas máximas astrológicas que conhecemos, estamos contribuindo para a destruição do grande plano evolucionário de Deus!
As doze grandes Hierarquias que têm conduzido o desenvolvimento deste universo solar têm uma concepção da existência muito acima da concepção que o ser humano dela tem. Podemos dizer que a concepção humana está para a concepção das Hierarquias como a concepção de uma estátua (se pudesse conceber algo) estaria para a concepção do artista que a criou.
O trabalho atual das Hierarquias neste Planeta é desenvolver o SERVIÇO (Peixes) e a PUREZA (Virgem) em toda a humanidade, para que possamos compreender nossas próximas lições que serão: AMIZADE (Aquário) e CONTROLE PRÓPRIO (Leão).
Aprendemos a lição do SERVIÇO sobrepondo aos nossos desejos egoístas o cuidado para com nossa família, nossa comunidade e nossa pátria. Se tivermos bastante fé para agirmos assim, estaremos nos preparando adequadamente, pois Cristo aconselhou-nos a não nos preocuparmos com o amanhã.
Nosso Pai Celeste sabe o que precisamos. Será preciso irmos mais além?
Max Heindel nunca nos teria ensinado Astrologia se tivesse pensado que ela seria pedra de tropeço a qualquer um dos Estudantes Rosacruzes da Fraternidade Rosacruz.
2-Mente é diferente de Cérebro
O pensamento existiu antes do cérebro, construiu-o e continua construindo-o para sua expressão.
A Mente é o instrumento mais importante que o espírito possui, um instrumento especial na obra da criação. O cérebro é apenas o teclado do magnífico instrumento em que o espírito humano executa a sinfonia de sua vida, da mesma forma que um músico se expressa em seu violino.
A Mente aperfeiçoada decidirá quanto à forma particular e volume de vibração. Por meio dela as ideias produzidas pela Imaginação do Espírito projetam-se no mundo material. Primeiramente são pensamentos-forma, mas quando o desejo de realizar as possibilidades imaginadas põe o ser humano em ação no Mundo Físico, convertem-se no que chamamos “realidades” concretas.
A Imaginação será a faculdade espiritualizada que dirigirá a criação. Atualmente, existe forte tendência para considerar a faculdade da imaginação de modo superficial, quando, em realidade, é um dos fatores mais importantes da nossa civilização. Sem a Imaginação seríamos ainda selvagens. Pela imaginação desenhamos as casas, modelamos as roupas e meios de transporte.
Se os inventores desses melhoramentos não tivessem possuído Mente nem imaginação capaz de formar imagens mentais, ditos melhoramentos nunca se teriam convertido em realidades concretas. No atual tempo de materialismo quase não se faz esforço algum para apreciar a Imaginação, e ninguém sente mais os efeitos desta atitude do que os inventores.
Geralmente, são considerados “malucos”, eles que têm sido os agentes fundamentais da subjugação do Mundo Físico e da transformação do meio social no que ele é hoje em dia. Qualquer aperfeiçoamento, tanto no físico como o espiritual, deve ser, primeiramente, imaginado como uma possibilidade de converter-se em coisa real.
3-Oração
A oração, como um exemplo, é um meio de produzir pensamentos delicados e puros que agem sobre o Corpo Vital.
Pois o princípio fundamental para construir o Corpo Vital é a repetição.
As experiências repetidas agindo nele criam a memória. Sabedores disso e desejando nos prestar uma ajuda, nosso único Mestre, Cristo, e nossos irmãos e irmãs mais avançados espiritualmente nos indicaram certos exercícios que atuam inconscientemente.
A oração é um deles!
Por isso recomendam que “oremos sem cessar”.
Os críticos têm perguntado ironicamente e com frequência porque será necessário estar sempre a orar.
Se Deus é Onisciente, dizem, deve conhecer todas as nossas necessidades e, se não é, as orações provavelmente, não chegarão até Ele.
Aliás, se não for Onipotente também não poderá, sequer, responder às orações.
Pensando de modo análogo, até muitos Cristãos (ou que se dizem Cristãos) têm acreditado que será mal-estar importunando a Deus continuamente com orações.
Tais ideias estão baseadas numa má compreensão.
Deus, verdadeiramente é Onisciente, não necessita que ninguém lhe recorde nossas necessidades.
Contudo se, como devemos, Lhe dirigimos orações, somos nós mesmos que nos elevamos para Ele ao prepararmos e purificarmos os nossos Corpos Vitais.
Se orarmos como devemos, aí está a grande questão! Geralmente, interessam-nos muito mais as coisas temporais do que elevarmo-nos espiritualmente.
Então, que oração serve? Baseie-se na Oração do Senhor (o Pai-nosso) para entender como se deve orar.
Cristo deu à humanidade essa oração que, tal como Ele mesmo, é a única e universal.
Há nela sete orações distintas e separadas, uma para cada um dos sete princípios do ser humano.
4-O Novo Mundo
Um mundo novo está surgindo, como consequência do impulso originado de uma melhor compreensão da vida.
O ser humano já se apercebe de que com a decadência do já ultrapassado pensamento filosófico e religioso, a Divindade está preparando para si e para a humanidade, mudanças substanciais, capazes de ensejar uma concepção mais ampla sobre o significado da vida.
A velha ordem de coisas está no fim e, simultaneamente, assistimos ao alvorecer de algo novo. Uma consciência que permaneceu adormecida durante Eras está despertando. Deus, que sempre trabalhou na essência mesma das coisas está desenvolvendo uma nova expressão da vida eterna que lhe é inerente.
A guerra e seus terríveis sofrimentos constituem as dores do parto. No seu devido tempo, o recém-nascido aportará a toda a humanidade, concedendo-lhe uma liberdade mais ampla, uma mentalidade mais forte e amor em maior profusão. A dor provocada por tão horrível carnificina trouxe triste pesar à nossa mãe-terra, mas sua convalescença já começou. No mundo inteiro está surgindo um ideal mais elevado que por séculos esperou o momento oportuno para manifestar-se.
No mundo trava-se uma luta da qual somos partícipes. Ela é parte da evolução que sempre se evidenciou através da submissão do inferior ao superior, do imperfeito ao perfeito. Esse conflito eterno e universal acompanha o ser humano desde as remotas épocas em que Deus o projetou como um pensamento no reino do Espírito. Passo a passo essa luta contínua e cruenta vai aperfeiçoando o espírito, até o estado atual.
Uma nova luz está projetando seus raios sobre a humanidade, luz de um conhecimento mais profundo. Os ensinamentos rosacruzes pretendem que o desenvolvimento da Mente se encontre em seu primeiro estágio, o mineral de sua evolução. O ser humano recebeu a Mente na Época Atlante para um propósito determinado. Mas como nessa época o Ego era excessivamente débil a seus desejos muito fortes, o nascente intelecto fracassou, unindo-se ao Corpo de Desejos. Daí originou-se a astúcia.
“Na Época Ária iniciou-se o desenvolvimento da Mente e da razão por intermédio do trabalho do Ego no sentido de dominar o Corpo de Desejos e conduzi-lo à realização da perfeição espiritual, que é o objetivo da evolução” (Conceito Rosacruz do Cosmos).
Na agonia da transição, muitas almas devotas assistem à derrota da religião, à eclipse da fé e ao desaparecimento das mais caras expectativas da humanidade. Porém, como a verdade é eterna não pode desaparecer. O conflito do ser humano com a realidade é parte essencial do progresso. Não estando preparado para receber a nova luz, a verdade a cega, o perturba e a dúvida atormenta.
Neste momento da vida é quando o ser humano mais necessita do auxílio de um mentor espiritual que o oriente, até que seja capaz de, por si mesmo, compreender a nova verdade que floresce. Chegou o momento em que ao estudante Rosacruz se oferecem mil oportunidades de servir. “A seara é imensa, mas poucos são os trabalhadores”.
O século XX caracteriza-se por um grande despertar espiritual e filosófico. Desde o advento de Cristo-Jesus nunca se viu tantas igrejas, tantos novos cultos, nem tanto interesse renovado pela religião. Quando faltavam uns 500 anos para o nascimento de Jesus, surgiram por todos os rincões da Terra novos instrutores e novas religiões. As mudanças que influenciaram o globo terrestre, por precessão dos equinócios, trouxeram muitas inquietudes à humanidade, pois essa se preparava para responder aos novos tempos. Foi assim que a Era de Áries, regida pelo belicoso Marte foi substituída pela influência jupteriana de Peixes.
Todas as decadentes filosofias devem ser substituídas por sistemas mais avançados. Novas religiões surgiram e se disseminaram pela Terra. Naqueles tempos o profeta e instrutor mais avançado, Isaias, assentava as bases daquilo que seria a religião cristã. A vida intelectual chegava ao seu ponto culminante.
Essas mudanças excitaram ao mesmo tempo os elementos inferiores, dando margem a guerras e crimes de toda espécie. É um fato bem conhecido dos esoteristas que quando um novo impulso ativo a religião, o mal e os elementos mais baixos são também postos em ação. A humanidade daquele tempo se dividiu, tal como predisse Cristo ao afirmar que “as ovelhas estão separadas das cabras”.
A Era de Aquário, que se aproxima, é a Era do AR. Uma fase de características marcadamente intelectuais onde se produzirá o despertar intelectual da humanidade. Aquário é um Signo mental, cientifico e elétrico, capaz de despertar as multidões como nunca o fez Signo algum do zodíaco. Esse Signo representa o FILHO DO HOMEM.
Existem duas classes de pessoas capazes de responder às vibrações aquarianas: em primeiro lugar está o tipo saturnino, inflexível, duro, que se manifesta por atitudes cruéis; em segundo lugar encontra-se o tipo mais evoluído da humanidade, aquele que alcança as regiões do infinito, representado pelos seres de ciência, pelos pensadores avançados e os religiosos sensíveis às mais elevadas influências espirituais.
Como afirmou o casal Heindel no Livro A Mensagem das Estrelas: “Podemos dizer que o FILHO DO HOMEM é o “super-homem”; por tal motivo, quando o Sol transitar pelo Signo celeste de Aquário, entraremos (esotericamente) em uma nova fase da religião do Cordeiro, e o ideal para o qual haveremos tender é indicado por Leão, o Signo oposto”.
Todo exército tem sua vanguarda. A evolução também tem a sua. Existe sempre uma classe evoluída, destinada a preparar a humanidade para futuras transformações. De acordo com os ensinamentos rosacruzes, esses períodos evolucionários se estreitam à medida que nos elevamos no caminho. Conforme a Mente se organiza, alcança-se um estado de consciência mais elevado e com o tempo tomará uma forma semelhante à dos demais veículos superiores.
A Mente do ser humano também se espiritualiza. Na Era de Aquário o veículo mental alcançará um grande desenvolvimento como consequência dos esforços científicos e espirituais do ser humano. Há um grande número de pessoas já conscientes da existência dos poderes internos, ansiosas por obter e aplicar os conhecimentos avançados.
SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.
Datas de Cura:
Setembro: 4, 12, 18, 24
“Senhor meu Deus, a ti clamei por socorro, e tu me curaste.” (Sl 30:2).
O Estudante Rosacruz oficia o Ritual do Serviço Devocional todos os dias do ano, excetuando os dias das Datas de Cura, Vésperas de Equinócios e Solstícios e de Noite Santa, pois essas datas possuem Rituais específicos.
Perceba que o Ritual é dividido em três partes bem distintas:
1ª – Preparação – composto por músicas e textos que visam preparar o ambiente, separando o ambiente externo (de onde vem o Estudante) do interno (para o interior do Estudante);
2ª – Concentração – é o clímax do Ritual, onde o Estudante se dedica a se concentrar com toda a sua dedicação, foco, disposição e vontade no Serviço amoroso e desinteressado voltado exclusivamente para a divina essência do irmão e da irmã “que sofre, que chora, que ri” utilizando todos os meios disponíveis: pensamentos, sentimentos, desejos, emoções, palavras, atos, obras e ações.
3ª – Saída – composto por uma oração, admoestação de saída e música que visam preparar o Estudante para internalizar tudo o que aqui falou, ouviu, participou e se concentrou, recebendo toda a força espiritual gerada durante a oficiação do Ritual, a fim de aplicá-la no seu dia a dia, se esforçando para o cumprir no tema concentrado: servir amorosa e desinteressadamente exclusivamente a divina essência do irmão e da irmã “que sofre, que chora, que ri” utilizando todos os meios disponíveis: pensamentos, sentimentos, desejos, emoções, palavras, atos, obras e ações.
a) Se você quiser saber exatamente como oficiar, assista em vídeo do nosso canal no Youtube: Tutorias, Dicas e Detalhes dos Ensinamentos Rosacruzes clicando aqui: Como Oficiar o Exercício Esotérico Ritual do Serviço do Templo da Fraternidade Rosacruz
b) Se você quiser oficiar o Ritual, então acesse o texto aqui: Ritual Devocional do Serviço do Templo
c) Se você quiser “participar” da oficiação como um ouvinte, então é só clicar no áudio abaixo, seguindo as seguintes observações:
1 – Para o mês astrológico de Áries:
2 – Para o mês astrológico de Touro:
3 – Para o mês astrológico de Gêmeos:
4 – Para o mês astrológico de Câncer:
5 – Para o mês astrológico de Leão:
6 – Para o mês astrológico de Virgem:
7 – Para o mês astrológico de Libra:
8 – Para o mês astrológico de Escorpião:
9 – Para o mês astrológico de Sagitário:
10 – Para o mês astrológico de Capricórnio:
11 – Para o mês astrológico de Aquário:
12 – Para o mês astrológico de Peixes: