A Lei de Atração: o semelhante atrai o semelhante
Todos já sabemos que, pela Lei de Atração, o semelhante atrai o semelhante. Entretanto, nem sempre estamos atentos para perceber o quanto essa lei age em cada momento de nossa vida, através dos nossos pensamentos, dos nossos sentimentos e dos nossos atos.
Recordando que somos constituídos pela nossa parte humana e pela parte superior ou divina, vamos perceber que, em geral, vivemos mais influenciados pela nossa parte humana do que pela divina. A maioria das vezes, temos orientado os nossos pensamentos e os nossos atos seguindo os conceitos humanos muito mais do que a lógica divina. Entretanto, devemos lembrar-nos que, quando se pratica um ato ou se alimenta um pensamento apoiado unicamente no lado humano de nosso ser, tão suscetível a erros e a fraquezas, atraímos para nós, pessoas, coisas, pensamentos e acontecimentos coerentes com o nosso modo humano de agir e de pensar. Consequentemente, quando agimos influenciados pelo nosso lado superior, nossas ações excedem a lógica humana e vão repercutir em tudo o que nos cerca também, sejam coisas ou pessoas — formando, com eles, o equilíbrio de valores e de fatos que constituem a nossa vida. É por isso que, quando as coisas em torno de nós, começam a não correr bem, quando o mundo todo parece conspirar contra nós, contra a nossa saúde e à nossa tranquilidade, quando parece que as coisas materiais ou espirituais que desejávamos, nos têm sido negadas, devemos fazer um exame de consciência muito bem feito e procurar em nós mesmos, em nossos pensamentos e atos, a causa de todo aquele efeito negativo.
Sempre que agimos com a nossa parte divina, a trajetória das nossas ações no campo espiritual vai se estender à parte divina daqueles que nos cercam, sintonizando com ela, e nós entramos em contacto com as pessoas através daquele raio de projeção. Mesmo que a maioria das pessoas não esteja muitas vezes em condições de compreender a boa intenção de nossos sentimentos e pensamentos, esses pensamentos e sentimentos levam em si uma força de expansão que será sempre absorvida em alguma extensão, pelo semelhante divino contido no outro ser. E, mesmo que não atinja em cheio o objetivo, a linha de projeção volta à sua origem e as boas intenções retornam à sua fonte, favorecendo então aquele que as emitiu.
Quanto mais positivos nos sentirmos em nossa vida de relação, tanto mais poderemos desenvolver e colher o bem em torno de nós, porque é pelo positivo, pelo nosso lado divino que poderemos ajudar a outrem a se elevar, minorando o sofrimento dos nossos irmãos menos esclarecidos.
Quem já atingiu certo grau de conhecimento dos fatos ocultos que regem a vida de todos os seres, não pode permanecer alheio a esses fatos. Do conhecimento, temos que partir para a ação; caso contrário, nossos próprios valores se cristalizarão, e os Guias Espirituais que dirigem a Evolução não poderão ajudar-nos em nosso progresso. Verdade que todo o ser humano é livre em suas escolhas, porém essa liberdade se limita à escolha do certo dentro da Lei. Se escolher o errado, o ser humano sofrerá as consequências desse erro. Portanto, daí se conclui que o ser humano tem liberdade para escolher o certo. Antes disso, até que deseje ele mesmo essa escolha, as forças auxiliares estarão em expectativa para ajudá-lo a progredir. Por isso se diz que o ser humano se agita e Deus o conduz.
Pode acontecer também que levamos uma vida irrepreensível: agimos sempre com boas intenções dentro do direito e do dever, não magoamos ninguém, e desejamos ardentemente ser amigos de todos, procurando raciocinar o máximo possível, apoiados em nosso espírito divino. E, apesar de tudo, certos fatos se precipitam em nossa vida ou vêm perturbar a ordem de nosso lar e de nossos familiares. Esses acontecimentos, nesse caso, possuem uma causa muito mais remota: procedem de outros erros mais distantes, de coisas que fizemos em outras vidas e que só podem ser saldadas daquela maneira, influindo até, muitas vezes, no destino coletivo de uma família ou de uma organização. Porém, se soubermos manter-nos em atitude de graça, isto é, se perseverarmos no divino em nossos atos, palavras, pensamentos e sentimentos, nossa forma de atravessar aquele período será muito mais conformada e se processará debaixo de maior compreensão e tolerância. Assim, superaremos as configurações negativas de nossos temas-natal, perseverando no bem na virtude. Perseverar no bem, portanto, é raciocinar o mais possível dentro da lógica divina, pondo de lado os conceitos humanos, em nossa vida de relação. É mantendo-nos o mais possível vigilante em nosso espírito, procurando estar conscientes de nossa própria consciência em todas as nossas ações diárias, que chegaremos um dia a agir como agia Jesus Cristo, reconhecendo em nós o Espírito de Cristo que existe já em formação em todo indivíduo de boa vontade.
É para isso que estamos aqui. Para, em cada uma de nossas reuniões, adquirirmos novas forças através do despertar dessa parte divina que existe em nós. E isso, pois, conseguiremos pelo desenvolvimento da mente com o conhecimento da Verdade expressa através da Filosofia que aqui se expõe, e pelo despertar de nosso coração, apoiados no espírito de fraternidade e solidariedade que nos eleva a todos a uma camaradagem superior, estimulando assim os nossos bons sentimentos e a nossa devoção. É para isso que nos reunimos aqui todas as semanas como espíritos de vários matizes que desejam ajudar-se mutuamente, em busca da Luz e em busca do Amor, para aprendermos, através do conhecimento da verdade, amar-nos uns aos outros.
E, para nos mantermos conscientes em nosso positivo durante este mês, vamos recordar aquela exortação de Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”, repetindo-a nos momentos difíceis, nos instantes de insegurança ou de receio, nas horas de lazer, no ônibus, na rua, diante de um desagravo, e sobretudo, repetindo-a em nossas meditações: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de maio/1978)
O Altruísmo: ligada à divina natureza do maior dos Arcanjos
Quando Max Heindel falava acerca de Cristo, usava, habitualmente, o termo ALTRUÍSMO. Essa qualidade nobilíssima, fundamental à evolução humana, encontra-se indissociavelmente ligada à divina natureza do maior dos Arcanjos.
Um estudo, mesmo à ligeira, da Antiguidade Clássica, revela como o “direito da força” regia o relacionamento entre as pessoas e principalmente entre os povos. Predominava a “lei do mais forte”, com a sobrevivência dos mais aptos em detrimento dos mais débeis. Aos últimos, caso lograssem escapar à morte, só restava uma alternativa: submissão incondicional, quando não o cativeiro.
Todas essas distorções do sentimento humano — a crueldade, a opressão a injustiça — têm suas raízes no egoísmo. O sentimento de posse exclusiva, a luta pelo interesse próprio sem levar em consideração os demais, os preconceitos, encontram-se num extremo diametralmente oposto ao altruísmo.
O interesse pessoal, mesmo desenvolvido inconscientemente, desempenhou um importante papel durante a chamada “involução”. De outra forma não teríamos avançado tanto, de um modo geral. Todos os esforços do passado concentraram-se na formação de veículos para que o Espírito pudesse utilizá-los em seu progresso, gigantesca escalada de Chispa Divina, a Chama Criadora.
O egoísmo, tal como o conhecemos, não se manifestara, até o nosso surgimento da nevoenta atmosfera atlante. Começamos, daí em diante, a perceber-nos como seres separados. Tal não ocorria anteriormente, quando nossa consciência estava enfocada nos planos internos.
Procuramos, então, fazer valer nossos desejos estritamente pessoais. Tornamo-nos avaros. Era espantosa nossa avidez em possuir bens materiais, porque, sob o regime de Jeová, essas “posses” convertiam-se em sinais externos de que estávamos vivendo consoante Suas Leis.
Essa situação, contudo, chegou a extremos perigosos, capazes de comprometer nossos passos evolutivos. Afinal, se em “Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”, se constituímos células divinas de Seu Grande Corpo Macrocósmico, não poderíamos viver tanto tempo apartados e inconscientes dessa grande realidade. Uma providência seria tomada pelas Hierarquias Divinas, ao assegurar-nos uma ajuda efetiva por intermédio do Cristo, o Senhor do Amor.
As grandes transformações, porém, ocorrem lentamente. O altruísmo encontrava-se em estado latente na humanidade, até o momento em que o Cristo obteve acesso ao coração da Terra, quando Seu sangue fluiu no Gólgota. A partir desse magnífico evento, a semente do princípio altruísta começou a germinar no interior do ser humano. Gradativamente passamos a ampliar nossa área de interesse, para incluir mais alguém, mantendo-nos alertas quanto às necessidades de outrem.
Do sentimento tribal ou de clã, tão comum nos tempos antigos, avançou-se para um espírito nacional. As tribos, superando diferenças decorrentes de suas peculiaridades, serenaram suas querelas, conseguindo organizar-se em nações. O interesse coletivo passou a sobrepujar, dessa maneira, o sentimento individualista ou de grupos minoritários. Todos os esforços deveriam convergir para o bem-estar comum. Mais recentemente, as nações estreitaram mais ainda essa união, aglutinando-se em uma organização internacional, visando a preservar a paz e debater problemas os mais diversos.
Mas, todo esse processo desenvolveu-se, e se desenvolve, a passos de tartaruga. Portanto, não nos surpreende tanta demonstração de violência e egoísmo nos dias que correm. A maioria dos fumantes queixa-se das dificuldades encontradas em abandonar o vício do fumo, cultivado ao longo de alguns anos. Que dizer então de um vício moral, arraigado há milênios?
Os modernos meios de comunicação realizaram o milagre de estreitar o relacionamento entre os povos, tornando conhecidos os problemas e anseios de muitas nações. Contudo, ao mesmo tempo chocam pela veiculação de tanta crueldade e frieza.
Desiludidos, muitos relutam em acreditar num futuro melhor para a humanidade, onde as guerras e o egoísmo sejam substituídos pela paz, cooperação e altruísmo. A visão da atualidade não lhes permite conceber uma sociedade cujos componentes deixem de lado seus interesses pessoais, para cuidar das carências alheias ou dos problemas comunitários. Descreem da bondade humana.
Esse ceticismo, todavia, existe há muito tempo. Conta-se que certa vez, Thomas Jefferson, o grande estadista norte-americano, viajava por uma estrada na Nova Inglaterra, acompanhado de um amigo, quando a carruagem parou diante de uma cancela, aguardando sua abertura. Enquanto os cocheiros esperavam, apesar da chuva pesada e da lama lá fora, Jefferson interrompeu a conversa, saltando na estrada para libertar um leitãozinho que guinchava desesperadamente, preso entre os varais de uma cerca. Voltando à carruagem, molhado e enlameado, seu amigo admirou-se: “Mas, então, logo você que vive dizendo que as ações humanas têm sua origem no egoísmo e no interesse próprio, sai nesta chuva para soltar um porquinho preso numa cerca?” Jefferson redarguiu: “Eu só fui lá porque os guinchos do animal incomodavam-me. Não veja nenhum altruísmo num gesto que, na verdade, foi egoísta e destinou-se essencialmente a fazer com que eu mesmo me sinta bem e, quem sabe, durma melhor hoje à noite”.
Ora, Thomas Jefferson, isso nós sabemos, era um homem de sentimentos nobres. E, paradoxalmente, não estava seguro de suas próprias qualidades.
Mas há outro exemplo digno de menção. Adam Smith, grande pensador e escritor, contemporâneo de Jefferson, mostrou-se contraditório na abordagem desse mesmo assunto. Em uma de suas obras afirmou que a felicidade e a virtude humanas fundavam-se no sentimento de companheirismo que o ser humano nutre em relação aos seus semelhantes e, portanto, em natural impulso para o mútuo amparo e socorro. Já em outra obra assevera: “Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que há de vir o nosso jantar, mas, sim, da preocupação deles com seu próprio interesse. Dirigimo-nos não à sua humanidade, mas ao seu amor-próprio e não lhes falamos das nossas necessidades e sim das vantagens que podem obter”.
São enfoques pessimistas, sombrios, carregados de tonalidade cinzenta. Mas não resistem à análise profunda dos ensinamentos rosacruzes, pérolas de sabedoria, primando por nos mostrar uma outra realidade, mais alvissareira por sinal.
A despeito de tudo, a humanidade pouco a pouco desperta para o clarão de novos horizontes. À medida que o tempo passa, o Cristo, por meio de Seu benéfico trabalho, atrai uma quantidade cada vez maior de éter interplanetário para a Terra, tornando seu Corpo Vital mais luminoso. Esse contacto com as poderosas vibrações crísticas também nos tornará luminosos. Cabe-nos o relevante papel de colaboradores conscientes nesse processo regenerador.
Se as manifestações de egoísmo chegam a assustar, lembremo-nos que no passado eram bem mais acentuadas. Temos de admitir, portanto, que houve um considerável progresso. O quotidiano pode oferecer-nos ou revelar fatos que, pela sua natureza inferior, abalem o melhor dos nossos sentimentos. Mas é inegável que as expressões de solidariedade, mesmo observadas em raros e até fugidios momentos, nos animam de esperanças.
O altruísmo, tal como uma planta, germina, desponta e cresce lentamente. Mas é certo que produzirá frutos. Por seu intermédio o Cristo nascerá dentro de cada um de nós, fazendo irradiar Sua Luz. Então, andaremos na Luz, como Ele na Luz está.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1978)
A Fotossíntese da Vida: cuide do jardim da sua vida
Esta é a ocasião anual em que toda a natureza leva a efeito o prodigioso e inspirador ciclo do crescimento. Como por um passe de mágica, o arbusto torto, a parreira e a árvore erguem-se em majestosa vida sob o comando silencioso do Mestre Construtor. O drama interior dos elementos manifesta-se agora diante de nós em incontáveis multiplicações de cor, de tonalidade, de botões e de flores. A alma sente que aquilo que os olhos veem — ainda que em toda sua resplendente glória, é apenas uma parte infinitesimal de uma alquimia de vida maior, mais profunda.
Regozijamo-nos com a visão e o odor das flores, das árvores e dos arbustos, embora saibamos que isto é apenas uma pequena parte do invisível processo de vida que tem lugar na flora e com o qual ficamos maravilhados.
De onde veio esse súbito e irresistível impulso de vida na planta? Como pode essa força construir um produto infinitamente perfeito e soberbamente desenhado que excita a humilde admiração e a grosseira imitação dos maiores artesões e arquitetos?
Como em todas as coisas no universo, devemos contentar-nos em ver somente os efeitos de um vasto oceano de sabedoria cósmica e de vida-força. Isto é, enquanto virmos e sentirmos apenas com os olhos e as mãos físicas. Por meio dos nossos sentidos físicos podemos observar e examinar, friamente, praticamente tudo o que existe sobre esta terra; mas é necessário possuir um coração, uma alma e uma visão espiritual para sentir profundamente e misticamente e gozar a verdadeira essência das coisas que vemos. Por trás da manifestação física há uma fonte maior, mais exuberante.
A natureza visível é ainda o nosso melhor instrutor. Sabemos que para termos farta colheita no fim do ano devemos ser cuidadosos com nossa plantação. Vemos os ciclos de vida e de morte nas flores e nas sementes — o maior, mais simples e sublime exemplo da imortalidade da vida para todos, adultos e crianças. Vemos a Lei de Causa e Efeito ensinar-nos quando observamos a reação que existe entre os cuidados que nossas plantas recebem e os resultados obtidos em crescimento e em beleza.
Quando Cristo Jesus eloquentemente nos aconselhava a “observarmos os lírios, como eles crescem”, Ele fazia um apelo ao coração casto que mora dentro de nós.
Dentre todos os mistérios relativos à vida das plantas, o processo da fotossíntese é sem dúvida, o maior. A fotossíntese, mesmo à luz da ciência moderna, é um processo alquímico pouco conhecido, por meio do qual a clorofila — principalmente nas folhas das plantas — utiliza o gás carbônico, a umidade e os raios solares vermelho e violeta para crescer e renovar-se, no mesmo sentido em que nós lançamos alimento no interior do nosso próprio sistema para suster e ajudar o corpo físico a desenvolver-se.
De coisas tão etéricas como a luz, o gás e a umidade, esta humilde vida vegetal compõe carboidratos e outros elementos em estado intermediário — e como se isso não fosse bastante, lança à atmosfera o oxigênio, gás tão necessário à vida. Bastante surpreendentemente, somente cerca de 10% do crescimento da árvore vem, realmente, do solo. Isto significa que 90% do seu crescimento provém da atmosfera.
Às vezes o ser humano sente que recebe toda a sua vida do alimento que consome. No afã de ter uma vida confortável, com televisão esportes e muitas outras atividades, ele se perde no mundo dos efeitos. Hoje, mais do que em qualquer outra ocasião, o ser humano precisa arranjar, diariamente, tempo para criar, para compreender que sua verdadeira vida vem de uma fonte de vida invisível e que aquilo que ele faz por meio da alimentação é, apenas, simples fração daquilo que sustenta seus atributos físicos. Nem mesmo o seu alimento é tão físico quanto ele supõe, pois, também está sobrecarregado com vida etérica e esta é quem verdadeiramente constrói o templo que é o seu corpo. No sentido literal, dentro de cada pessoa tem lugar uma grande fotossíntese de vida. A Luz do Pai, o alimento da Terra, os pensamentos da mente, até mesmo cada elemento que entra em sua vida diária à transmutado naquilo que você é fisicamente, mentalmente, moralmente e espiritualmente.
A mensagem de saúde que nós lhe enviamos este mês é que você deverá cuidar do jardim de sua vida com o mesmo cuidado e amor que você tem por suas flores; regue o ser humano “interior” com a água da fonte perene da oração e do serviço; converta a Luz do Pai em alegria; cultive uma mente serena, cheia de pensamentos de devoção, sabedoria e de estudos e; dê graças, sempre, porque sua única fonte de vida é Deus e sempre que você se ponha em harmonia com ela e com Suas Leis, sua saúde e sua alegria estarão asseguradas.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1978)
A Ação e o Amor: total isenção de interesses. Consegue?
Tagore, o grande poeta e filósofo, afirmou certa vez “que a ação e o amor são os únicos meios pelos quais se pode chegar ao conhecimento perfeito”. Em outra ocasião, acrescentou que “a ação só pode ser harmoniosa quando inspirada no amor”.
Esses pensamentos de Tagore vieram à nossa mente, bem a propósito de um fato atual: a grande procura de obras tratando de ocultismo, parapsicologia, controle mental, fenômenos paranormais, etc. nas livrarias. Alguns desses livros transformaram-se em autênticos “best-sellers”, com índices de vendagem superando a expectativa dos editores.
Analisado sob ângulos convencionais, o fato, em si mesmo, não tem porque surpreender. Afinal, a comercialização de livros, assim como a de qualquer outro produto, depende de uma série de fatores conjugados para alcançar êxito: competente trabalho de “marketing”, inteligente e criativa veiculação publicitária, entre outros.
Mas, em se tratando de obras versando sobre assuntos transcendentais, a questão demanda uma análise mais profunda. Um tratado de ocultismo, como o CONCEITO ROSACRUZ DO COSMOS, por exemplo, não é um bem de consumo na acepção clássica da palavra. Poucos sentem inclinação para o estudo dos mistérios da natureza. Há, isso, sim, uma preferência por amenidades ou leituras “sem compromisso”, tipo “readers digest”.
Contudo, dia a dia cresce o número de pessoas interessadas em pesquisar o campo do esoterismo. Daí aumentar, também, o interesse das editoras em lançar obras desse gênero no mercado livreiro.
Nota-se — e isso é motivo de regozijo — por detrás de toda essa busca, uma ânsia admirável de penetrar no desconhecido, rompendo as fronteiras do oculto. O homem quer desvendar mistérios. A ciência materialista, a despeito de seu notável progresso, não logrou adentrar outras dimensões. Os instrumentais de que dispõe para pesquisa são limitados, ainda limitados. Quando muito abordam os efeitos. Isso não basta. Não satisfaz a natureza do homem mais amadurecido para as verdades do espirito.
Por meticulosos que sejamos no estudo de um fato, vão será nosso esforço, se não acharmos e perscrutarmos suas causas, pois a verdade primordial que o caracteriza, encontra-se subjacente em sua origem.
Dessa maneira, só nos domínios espirituais podemos defrontar-nos, com as raízes de todos os fenômenos, causadores de tanta perplexidade nos conturbados dias em que vivemos.
Essa busca do conhecimento esotérico, todavia, deve encontrar pausas periódicas em seu desenrolar. Interregnos para meditação e avaliação de motivos. Afinal, o que nos move a estudar matérias tão profundas, de reconhecida aridez para o homem vulgar? Diletantismo? Mera curiosidade? Desejo de satisfazer interesses imediatistas? Ou propósitos elevados?
O que vai determinar nosso êxito é a finalidade com a qual nos propusemos a pesquisar. Se somos diletantes, curiosos ou utilitaristas, quando muito adquiriremos um conhecimento intelectual, livresco, superficial. Distante estaremos da verdadeira sabedoria. Só se pode garimpar o “campo do espírito” com total isenção de interesses.
Estudando com afinco, movidos por um sincero desejo de ajudar a humanidade, vibraremos em uníssono com o “campo do espírito”. Uma afinidade vibratória dessa natureza tornar-nos-á cada vez mais sensíveis e receptivos às verdades cósmicas. Esse amor ao próximo, convertido em ação, abrir-nos-á perspectivas inimagináveis de progresso anímico. Amando e colaborando ativamente no aperfeiçoamento de todas as coisas, gradativamente, nos acercaremos da Divina Fonte, onde nos será oferecido o conhecimento perfeito.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de maio/1978)
Nada há de mais sagrado do que o estudo da Terra e do Universo
É-nos grato observar o grande grau de cooperação entre os vários grupos de cientistas de todas as nações do mundo. Está sendo feita uma poderosa concentração de esforços para estudar e correlacionar fatos que contribuam para o estudo do Universo: a formação da Terra e sua atmosfera, o espaço estelar e até as estrelas são objeto de cuidadosa observação. As expedições ao polo Norte e ao polo Sul bem como as equipes de geofísicos nos diferentes países estão relatando o resultado de suas pesquisas. Todo o fenômeno natural; os vulcões, os tremores de terra, a crosta terrestre e suas regiões mais profundas, os temporais e a ionosfera também estão sendo examinados, num esforço para arrancar da Mãe Natureza todos os seus segredos.
Para os Rosacruzes nada há de mais sagrado do que o estudo da Terra e do Universo, pois aí encontramos as manifestações visíveis do Deus Único, e quanto mais aprendemos sobre Sua obra, mais reverenciamos toda vida. O ser humano também é um universo — em miniatura — criado e mantido pelo mesmo Criador que formou o Universo, e todos os Rosacruzes endossam este grande esforço para maior conhecimento do Universo que redundará em maior conhecimento sobre o próprio ser humano. Esperamos sejam feitas muitas revelações que consubstanciarão muitos dos ensinamentos contidos no “Conceito Rosacruz do Cosmos” especialmente no que se refere à formação do nosso Sistema Solar e ao aparecimento da própria Terra.
Se você, leitor Amigo, estivesse entre os primeiros a fazer um fantástico voo do foguete pelo espaço para pousar na Lua, lá chegando, devido à falta de atmosfera, você veria claramente a esfera terrestre, seus oceanos, seus grandes lagos, suas cadeias de montanhas, os continentes e os vários rios que, como artérias, alimentam a terra rica.
Tudo isso você veria a “olho nu” e se você olhasse atentamente para a fronteira entre a China e a Mongólia, poderia ver o contorno de uma estrutura gigantesca que permanece como testemunho imortal da fragilidade da consciência humana.
O seu conhecimento de História lhe dirá que você está vendo — talvez pela primeira vez — a Grande Muralha da China, a única construção humana visível do seu observatório na Lua. Com renovado interesse você, sem dúvida, se lembraria que esta muralha, agora com 2.000 anos de idade, e que levou séculos para ser construída, tem 1.900 quilômetros de comprimento, 6 a 9 metros de altura e 5 a 8 metros de largura.
Você se lembrará que esta grande muralha foi construída pelos chineses para se protegerem contra os bárbaros Mongóis do norte. Nessa muralha existem vários portões que estavam sempre guarnecidos com soldados chineses, o seu conhecimento de História lhe dirá que os chineses, com essa proteção, sentiam-se seguros dentro dos limites do seu próprio país — pois, que inimigo poderia assaltar essa grande muralha sem se arriscar a fracasso certo? No entanto, essa grande barreira foi impotente para bloquear as hordas invasoras do norte. “
Na verdade, os chineses haviam construído uma muralha externa de defesa inexpugnável, mas foram negligentes na constituição de defesa contra a subversão e a traição interiores. Um dos guardas de um dos portões foi subornado com sucesso pelo inimigo e dessa maneira a muralha pôde ser atravessada e a China tornou-se presa fácil para a pilhagem do invasor.
Afastado dos cuidados do mundo e ainda permanecendo na superfície da Lua, seus pensamentos filosóficos poderão conduzi-lo a pensar que embora isto tenha acontecido séculos atrás, talvez ainda envolva uma lição para o presente. Durante a vida, erigimos em torno de nós uma barreira humana destinada a proteger-nos contra os perigos da vida. Protegemos o corpo com vestimentas, com habitações e com alimento. Lutamos para conseguir um lar, um trabalho, saúde e felicidade. Em poucas palavras, da mesma maneira que os chineses usaram pedras e barro da terra para construir essa grande Muralha, também nós tomamos as substâncias terrestres e, com os nossos pensamentos e esforços, erigimos uma muralha ao nosso redor:
Mas, estaremos nós, ao mesmo tempo, cuidando de fortificar o ser humano interior com as qualidades de alma que nos fortalecerão quando vier a adversidade ou quando chegar a ocasião de lutar, ou estaremos cultivando falhas de caráter para sabotar todo o trabalho de nossas mentes e de nossas mãos? Os compêndios de História estão cheios de casos de grandes personagens que construíram impérios poderosos por meio de grandes sacrifícios e de esforços nobres, porém que, falhas aparentemente insignificantes causaram suas quedas e a subsequente destruição de tudo o que fizeram.
Você poderá ter a filosofia mais inspiradora da alma existente no mundo; poderá subscrever os maiores conceitos sobre a vida; poderá ser intelectualmente versado nos maiores segredos da Natureza, e, apesar disso, ter ainda uma falta, uma deficiência, um desenvolvimento mesquinho do caráter que anulará todos os serviços prestados no seu esforço de ser humano. Quando o céu está limpo, ensolarado, quando tudo vem ao nosso encontro, achamos fácil conduzir o barco da fortuna, mas, permaneceremos de pé quando chegarem a adversidade, o fracasso e as perdas?
É bom e é justo que queiramos melhorar o nosso quinhão na vida, mas quando fizermos isso, estejamos sempre certos de que estamos também construindo as qualidades interiores, da alma, que são as únicas que permanecerão quando todos os bens terrestres e todos os amigos tenham desaparecido.
Apresenta-se então a fórmula: enquanto você estiver atarefado neste mundo, construindo para si uma vida boa e metódica, não se esqueça de fortificar seu “eu interior” com aspirações de crescimentos moral e espiritual. Deixe que desapareçam suas faltas menores, deixando de alimentá-las e pense que você não está apenas crescendo interiormente, mas também está se fortalecendo para prestar maiores serviços no mundo exterior.
Sim, os cientistas atuais estão com seus olhos voltados para o céu e sabem que se quiserem ter sucesso em suas experiências nos longínquos espaços estelares deverão obedecer rigorosamente às leis conhecidas da matemática e da mecânica. A mais ligeira imperfeição neste satélite redundará em fracasso e todos os meses de trabalho e de estudos terão sido inúteis; mas se forem cuidadosos no seu trabalho e construírem a esfera com perfeição, tanto a parte externa como a interna, e se ele for lançado convenientemente, este satélite, por lei natural, circulará o globo terrestre sem esforço posterior, fornecendo à humanidade valiosas informações sobre este inexplorado mundo do espaço.
Aqueles de nós que estamos interessados na verdadeira realização e desenvolvimento espiritual sabemos que também somos cientistas — cientistas da alma — e que o que é verdade para o cientista material também o é para nós. Quando um cientista resolve fazer o lançamento de um satélite, fixa sua Mente em coisas mais elevadas, que requerem os mais altos conceitos de matemática, de tempo e de espaço. Em última análise, nós não podemos consentir pequenas imperfeições na consciência humana porque elas impedirão a alma de atingir a perfeição que lhe é destinada. E isso, em verdade, não é difícil, porque afinal é preciso tão pouco poder de vontade e tão pouco esforço para corrigirmos as falhas de caráter e os defeitos que nos cercam.
E quando nos sobrepusermos a essas faltas, nossa visão espiritual revelará maiores campos de ação, até que, finalmente, sem esforço aparente, como o satélite da Terra, mover-nos-emos dentro do Corpo de Deus e melhor serviremos à humanidade. Seja essa nossa única meta enquanto subimos a escada estrelada que nos conduz ao Pai.
“O céu não é atingido com um só pulo; Construímos a escada pela qual subimos. Da vil Terra aos céus abobadados. E atingimos o zênite passo a passo.”
(Holland)
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1978)
A Doutrina do Renascimento responde muito das suas Perguntas
Há uma resposta para todo problema que a vida apresenta. Os mais avançados na Escola da Vida forjaram perguntas e encontraram estas respostas; eles não dizem, “Eu penso” ou “eu creio”; eles simplesmente dizem: “Eu Sei”. Como sabem? Porque adquiriram conhecimento direto? Como o obtiveram?
Mediante o serviço amoroso e desinteressado aos demais, a persistência, a devoção, a observação e o discernimento. Antes que qualquer homem ou mulher possa compreender a vida, possa compreender completamente a verdade de algo, eles devem estar dispostos a aceitar, como hipótese de trabalho, que a doutrina do Renascimento é um fato, e que a Lei de Causa e Efeito é responsável por toda manifestação. Quando tiver aceito estes dois grandes fatores, estes terão um ponto de partida para raciocinarem.
Se o Renascimento é um fato, então todos nós já vivemos muitas vidas antes da presente, e já tivemos muitas experiências. Fomos arrogantes, cruéis, opressores, tiranos, injustos e já houve vezes em que fomos bondosos, considerados, simpáticos, úteis, etc. Somos atualmente a soma de todas as nossas experiências passadas, ou melhor, somos a soma de todas as nossas reações às experiências passadas.
Todo ser humano de nossa onda de vida começou na grande Escola da vida de Deus com iguais oportunidades. Durante cada vida nos foram dadas certas lições a aprender. Se as dominamos, crescemos em conhecimento e compreensão; se recusamos fazer nosso trabalho e malbaratamos nosso tempo em uma vida de preguiça, ou pior, tumultuosa, não somente debilitamos nossa fibra moral, deixando de fazer o trabalho que deveria ser feito, no dia seguinte o trabalho será mais duro e mais difícil de se executar, e não estaremos tão bem equipados para fazê-lo como quando a lição nos foi dada pela primeira vez. Porém, algum dia, em alguma vida, este trabalho descuidado deverá ser feito, porque somos deuses em evolução e devemos adquirir nosso próprio desenvolvimento mediante nossos próprios esforços.
O desenvolvimento das potencialidades latentes dentro de cada indivíduo não pode ser comprado, nem roubado, não pode ser encontrado, nem pode ser recebido como dádiva. Depende de nossos próprios esforços; persistentes e determinados, para que este crescimento gradativo aconteça, e somente nós somos capazes de acelerá-lo ou retardá-lo.
O indivíduo que diz: “Eu nunca tive uma oportunidade na vida” está enganando-se a si mesmo. Todo incidente que ocorre, e dezenas deles estão ocorrendo diariamente, nos proporciona, em certa extensão, uma oportunidade de desenvolvimento de algum poder latente dentro de nós, e as experiências com que tropeçamos são oportunidades dadas por Deus, para o crescimento, as quais devemos estudar bem e aproveitá-las ao máximo. Quando compreendermos isto, cada dia da vida se converte em uma grande e gloriosa aventura. Os acontecimentos mais humildes se transformam em grandes e maravilhosas experiências. O canto de um pássaro chega aos nossos ouvidos, aguça nosso sentido do ouvido, e desenvolve nossa apreciação da verdadeira harmonia que se expressa no som. Uma humilde minhoca se arrasta sobre o solo aos nossos pés, põe-se em ação o nosso sentido da visão; a cor da criatura se nos revela, bem como sua forma, sua maneira de mover-se e transladar-se de um lugar a outro. Nosso poder de observação se fortalece, nosso interesse se estimula e a Mente se ativa. Nessa humilde criatura vemos manifestar-se a mesma vida de Deus. Qual é o propósito disto?
Começamos a estudar a vida, e conforme nossa mentalidade se aguça, finalmente aprendemos que tudo o que É, é uma parte de Deus; lenta, porém seguramente, a Divindade dentro de nós mesmos evolui. É uma escola na qual se dá um treinamento alegre e intenso a todo ser criado. É uma vida vibrante que se desenvolve e o faz onde quer que esteja. É a Lei e a ordem trabalhando juntas harmoniosamente. É amor em manifestação; é à vontade em expressão; é a atividade revelando-se a si mesma em miríades de demonstrações.
Por que vemos pessoas em altas posições às quais aparentemente não merecem? Suas lições na escola da vida requereram esse particular ambiente, porém ai daquele que abusa de seu alto privilégio, pois está acumulando sobre si uma tremenda dívida do destino, e que não será fácil pagar. Porque vemos o indivíduo de mérito sofrer opressão? É para que possa aprender valiosas lições para usá-las com vantagem para com seus semelhantes em futuras vidas, nas quais será colocado em posição de poder. Tal indivíduo nunca cometerá o erro que seu irmão menos avançado poderá fazer em uma posição semelhante.
O homem ou a mulher que semeia sementes de discórdia, ódio, desonestidade, engano etc., não pode esperar escapar da penalidade da lei; “Tudo o que o ser humano semeia, isso também colherá”, quer seja durante a presente vida ou em alguma vida futura, a menos que se arrependa de seu mau procedimento, se transforme e, na medida de suas possibilidades, faça as restituições pelo mal que haja cometido. As razões pelas quais não vemos o malfeitor pagar suas dívidas do destino é porque não somos capazes, em nosso presente estado de desenvolvimento, seguir de vida em vida, nem de conhecer quando estas dívidas devem ser pagas. Algumas vezes são pagas durante a vida na qual se acham, outras vezes são reservadas para uma ou mais vidas futuras.
A Lei de Causa e Efeito é ensinada na Bíblia, porém expressada em diferente terminologia; “Tudo o que o homem semear, isso mesmo colherá”. Nem esta lei, nem a do Renascimento, são realmente novas, como pode ser demonstrado facilmente por meio de um estudo cuidadoso e analítico da Bíblia. Sem dúvida, no presente se está pondo uma ênfase particular sobre elas, por parte das escolas mais avançadas de treinamento espiritual, pelo fato de que um número considerável da humanidade já completou as lições ensinadas através da religião pisciana, e está pronto para dar um passo mais avançado no caminho do progresso. Este passo avançado lhes abrirá os Mundos invisíveis, onde reside o Espírito, o Eu real, durante os intervalos entre a morte e o nascimento, e lhes capacitará para seguir as pegadas do Espírito, enquanto faz suas várias viagens da morte ao renascimento e de regresso à terra.
Antes que o indivíduo possa dar este avançado passo, deve construir um veículo no qual poderá funcionar nos Mundos invisíveis. Esse veículo é construído produzindo uma separação entre os Éteres Inferiores, o Químico e o de Vida, e os Éteres Superiores, o Luminoso e o Refletor. Os dois Superiores que são os veículos de percepção sensorial e da memória, podem então serem usados como instrumentos e é chamado Corpo-Alma. Portanto, “o Caminho da Preparação” precede a capacidade de adquirir o conhecimento direto.
O serviço amoroso e desinteressado aos demais e o discernimento são os meios de sua aquisição. O serviço amoroso e desinteressado aos demais, automaticamente, atrai e aumenta os dois Éteres Superiores (o Luminoso e o Refletor) do indivíduo, com os quais se constrói o Corpo-Alma. Os Éteres Químico e de Vida têm o atributo de levar a cabo as funções vitais do Corpo Denso, durante o sono.
Mais tarde ocorre uma divisão entre estes dois Éteres Superiores, o Luminoso e o Refletor.
Quando estes dois últimos, que compõem o Corpo-Alma, estiverem suficientemente espiritualizados por meio da observação, do discernimento e do serviço, uma simples fórmula transmitida pelo Instrutor Espiritual, capacitará o Aspirante a usar o Corpo-Alma à vontade, juntamente com o Corpo de Desejos e a Mente. Assim fica equipado com um veículo de percepção sensorial e de memória.
Toda sabedoria ou conhecimento que possua no Mundo Físico é aproveitável para uso nos reinos espirituais, e quando voltar a entrar em seu Corpo Denso, trará ao cérebro físico, as recordações de suas experiências obtidas fora do corpo, enquanto funcionava nesses sublimes lugares. Quando o indivíduo houver construído tal veículo para funcionar nele, pode visitar os reinos espirituais e é livre para explorá-los à vontade, e ali aprender as causas que produzem todos os efeitos que se manifestam no plano físico.
Ele é, então, capaz de seguir um Ego, da morte ao renascimento, e assim provar que o renascimento é um fato. É capaz de descobrir quando foram contraídas as dívidas do destino, e quando devem ser pagas, provando assim a ação de Causa e Efeito. É capaz de compreender a vida e seu propósito, e de trabalhar inteligentemente com todas as Leis da Natureza. Desta forma, tem em seu poder não só acelerar sua própria evolução, mas também ajudar os outros a fazerem o mesmo.
Todo progresso depende de aprender as lições que se nos apresentam em nossas vidas diárias, sem ter em conta se são duras ou fáceis. Deveríamos estar agradecidos por cada lição, e nos dispormos alegremente a aprendê-las. Deveríamos estar especialmente agradecidos pelas duras e desagradáveis lições. Elas indicam que fizemos considerável progresso no passado e, portanto, nos consideram qualificados para dominá-las. As almas jovens não recebem as tarefas difíceis de executar. Cada dia está repleto de oportunidades que, se captadas e se aproveitadas ao máximo, nos farão avançar rapidamente no caminho do verdadeiro desenvolvimento.
Durante este mês façamos um especial esforço por reconhecer as oportunidades que se nos apresentem por si mesmas, dia após dia, sob a forma de experiências, e de aprender as lições que elas contêm, e ao final do mês, provemo-nos a nós mesmos, atentando sobre o progresso que fizemos. Lembremos que o extrato de toda experiência que nos vem, será usado para fomentar o bem no mundo.
(Publicado na revista Serviço Rosacruz de janeiro/fevereiro de 87)
12 Princípios de Ação para um Estudante de uma Escola Aquariana como é a Fraternidade Rosacruz
POSITIVOS |
NEGATIVOS |
1. Seja assíduo. Considere que a repetição forma o hábito e constitui a chave do Corpo Vital; | 1. Deixe de assistir ao maior número possível de reuniões, palestras, seminários e de participar da oficiação dos Rituais. Também busque não ler, estudar e não faça os cursos; |
2. Não se limite a assistir às reuniões, palestras, seminários e participar da oficiação dos Rituais. Se verificou ter afinidade com a Filosofia Rosacruz, busque ler, estudar e fazer os cursos (esses são todos gratuitos e o ajudarão muito!). Lembre-se sempre: a Fraternidade Rosacruz é uma Escola; | 2. Limite-se a ouvir. É mais cômodo. Assim não terá compromisso e sobrará tempo para outras coisas; |
3. Não se apegue a pessoas. É natural que tenha mais simpatia por este ou aquele. Mas se notar alguma falha em um ou em outro, compreenda que ele é humano e que apenas o IDEAL Rosacruz é que deve lhe servir de líder; | 3. A Fraternidade Rosacruz é seus dirigentes, oradores e Estudantes. Se notar alguma falha neles retire-se de lá e passe a dizer a seus conhecidos que a Fraternidade não é o que se espera; |
4. Seja pontual. A disciplina ser-lhe-á benéfica; | 4. Quando for assistir às reuniões, palestras, seminários e oficiações dos Rituais chegue atrasado. É uma boa maneira de ser notado; |
5. Não permita que o mau tempo, a televisão, a internet, as redes sociais (essas três últimas, sim, ferramentas aquarianas que devemos utilizar como exercício até de Discernimento) ou outra solicitação mundana qualquer o desviem da regular frequência às atividades da Fraternidade Rosacruz ou tomem o tempo que você tem para ler, estudar e fazer os cursos. Quem não vence as pequenas provas, jamais vencerá as maiores; | 5. Se o tempo não estiver bom ou a reunião, palestra, seminário e oficiação dos Rituais coincidir com coisas mais interessantes na televisão ou na internet, ou ainda, em um show, entrevista, espetáculo, exposição, não vá à Fraternidade. A distração é mais importante; |
6. Siga a regra de ouro: buscar o bem em todas as pessoas, seja quem seja; | 6. Preste atenção nas palestras para ver os defeitos que pode descobrir. Quanto aos outros trabalhos, procure notar as falhas; |
7. Não se esquive ao dever de cooperação (hoje, graças à proximidade da Era de Aquário podemos colaborar local ou remotamente, de onde você estiver). Não espere que lha venham pedir. Não podemos receber sem primeiro dar; | 7. Não aceite se comprometer na colaboração para as atividades, tarefas e necessidades. É mais fácil criticar do que fazer as coisas. Que outros trabalhem; |
8. Servir ao ideal Rosacruz, na Fraternidade Rosacruz, não depende de cargos, nem de ser ou não um orador, muito menos de posição social, econômica, financeira ou profissional. E qualquer trabalho é digno. Com ou sem cargo, com ou sem posição especial, seja um exemplo de colaboração, tolerância e entusiasmo; | 8. Aborreça-se quando não for aceito em sua opinião, palpite ou colaboração. Se resolver assumir uma posição de destaque, faça o mínimo possível e falte às reuniões. Afinal posição de destaque ou cargo é direito de distinção; |
9. Seja leal e sincero. Dê sua opinião impessoal, tendo em vista o interesse coletivo. O que não serve para todos não serve para nenhum; | 9. Se alguém da Fraternidade Rosacruz lhe pedir opinião, diga-lhe que não tem nenhuma. Depois diga aos outros o que deveria ser feito; |
10. Respeite a decisão da maioria, ainda que a sua pareça melhor e colabore sem mágoas com os companheiros; | 10. Manifeste seu descontentamento e omita sua colaboração quando sua opinião não for aceita pela maioria; |
11. Faça o que puder pela disseminação do ideal Rosacruz, na Fraternidade Rosacruz. O ideal Rosacruz é digno, edificante e desinteressado. Tenha convicção disso. Fale sobre ele quando houver oportunidade. Sobretudo, exemplifique coerentemente, colocando tais Ensinamentos no seu dia a dia, na sua vida, na sua rotina diária; | 11. Não propague o ideal. Que outros o façam. Isso pode comprometer amizades nos meios mundanos. Ademais, você terá a responsabilidade maior de dar exemplo sobre o que diz; |
12. Colabore como puder financeiramente. Afinal estamos atuando na Região Química do Mundo Físico, lidando com materiais dessa Região. A manutenção e expansão da obra dependem de todos. Siga esse dever de consciência. | 12. Não colabore. É espontâneo, ninguém fiscaliza, ninguém estipula. Que outros o façam. Ou então, dê o mínimo possível. |
Renovação: “Nada é mais certo do que a mudança”
“E não vos conformeis com este mundo; mas transformai-vos pela renovação do vosso atendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:27).
Quando nascemos neste Mundo Físico, todos e cada um estamos dotados de grandes forças e poderes potenciais. É nosso dever, assim como também nossa oportunidade, desenvolvê-los durante nossa vida aqui na Terra, e utilizá-los em nosso caminho para cima na perfeição; nossa jornada de retorno para Deus.
Quando vemos o diminuto, terno e quase desemparado corpo de uma criancinha é difícil imaginar a esse ser humano totalmente crescido e apto para usar livre e poderosamente seu ágil organismo. No início de nossa existência terrena há pouco evidência dos poderes latentes espirituais e morais nesse pequeno ser, porém, embora invisíveis, estas forças estão prontas para manifestar-se a seu devido tempo.
O corpo físico se renova a cada sete anos, e analogamente podemos concluir que nossos outros veículos mais sutis, internos, terão que ser renovados. É a presença destes poderes latentes que torna possível a evolução. Conforme renovamos nossos Corpos de Desejos, e os redirigimos, podemos mudar e enriquecer totalmente nossa existência e fazer com que o exemplo de nossa vida se reflita nos Mundos superiores. Quando nossa Mente muda para melhor, mais primorosos e amplos horizontes se descortinam ante nós.
Quando estas forças ocultas dentro de nós são liberadas, podem ter um efeito tremendo, como poderemos compreender se testemunharmos as grandes forças que hoje os cientistas liberam do minúsculo e invisível átomo.
Para a maioria da humanidade, em nosso estado evolutivo atual, o caminho da evolução não vai para cima em linha reta; há muitos altos e baixos neste caminho, porém tudo faz parte de uma evolução em espiral. Sabemos que na natureza nada permanece estacionado e nós mesmos temos que subir ou descer; não há nada em estado permanente.
“Nada é mais certo do que a mudança”. Temos que escolher, e é por um esforço determinado da vontade que devemos determinar, cuidadosamente, o caminho que devemos percorrer. “Depois que a escolha houver sido feita, o investigador da verdade se esforça, conscientemente em trabalhar com as forças ocultas. Ele faz com que cada um de seus propósitos sejam para progredir pela sistemática e individual concentração e meditação, e por uma cada vez mais minuciosa observação de si mesmo, de seu meio ambiente, se adquire o discernimento pela contemplação consegue-se a paz e o equilíbrio, e, finalmente, aquele que chega ao ponto em que sente verdadeiramente adoração, a qual pode dar-lhe uma compreensão da fonte de toda a criação.
O aspecto mais valioso de todas as coisas é a possibilidade de sua mudança para melhor; a potencialidade para compreender e a realizar a verdade. Existe em toda a criação um movimento contínuo para a perfeição. Na Filosofia Rosacruz nos é ensinado que a humanidade pode obter o acesso para a perfeição com a ajuda daqueles que, antes de nós, tomaram este caminho: nossos Irmãos Maiores, os Anjos e os Arcanjos que estão todos empenhados no progresso humano.
A habilidade criadora é inerente ao ser humano, e este foi feito à imagem e semelhança de seu Criador, e vive, se move e tem o seu ser no Pai. Com o auxílio da oração e da meditação, ele tem o poder de abrir-se às benéficas influências do universo. Nosso sistema planetário com tudo o que está acima e dentro dele provém do Sol, e o ser humano recebe seu impulso espiritual e ética por meio dos raios espirituais que emanam do Espírito que vive atrás da órbita física solar. Depende muito da habilidade do ser humano para reacionar estas emanações. Tem que saber como receber esse bem que está em todo nosso redor e deve desejá-lo intensamente antes que lhe seja possível utilizar essas forças superiores conforme lhe chegam. Em resposta à sua própria busca, assim como pede, o receberá.
Os raios que vêm do Sol transmitem iluminação espiritual; aqueles que nos são enviados pelos Planetas promovem inteligência moral e crescimento anímico, e os raios refletidos por nosso satélite, a Lua, são responsáveis pelo crescimento físico.
Com todo o auxílio voluntário daqueles que partiram antes de nós, e com todas as forças e emanações que constantemente circundam nossa Terra, os seres humanos não se convertem em Anjos apenas por terem vivido uma vez em nosso Planeta e depois entrar no céu pela porta da morte. Em nossa evolução cíclica temos que retornar muitas vezes à Terra. A humanidade avança continuamente, todavia são necessários muitos renascimentos, e temos que viver, atuar e aprender neste nosso plano de ação.
Progredimos constantemente, de vida em vida. Conforme mudam os costumes sociais e ambientes físicos, de idade em idade, voltamos a estar em contato com a vida em cada novo meio-ambiente e, com o auxílio e guia de Grandes Inteligências, encontramos condições e circunstâncias que são úteis a nós na obtenção de experiências necessárias. Deste modo temos uma oportunidade para desemaranhar “o novelo embaraçado” que nós nos enrolamos em vidas anteriores. Ao mesmo tempo, podemos por novas causas em ação. Lemos nas Cartas de São Paulo aos Coríntios: “O homem interno é renovado dia a dia”.
No Livro “A Teia do Destino” lemos que “desde a puberdade e durante toda a vida uma força espiritual é gerada internamente em nosso organismo”. Esta força pode ser usada para três fins: GERAÇÃO, DEGENERAÇÃO E REGENERAÇÃO. Depende de nós qual dos três métodos escolheremos; terá uma orientação importante em nossa vida, pois o uso dessa força não está confinado em seu efeito ao tempo ou ocasião em que se dispõe dela. Reflete em cada um dos momentos de nossa existência, e determina nossa atitude em cada uma das fases particulares da vida.
Algumas vezes podemos perder nossa meta aqui na Terra e os valores reais e eternos são esquecidos na presença de tantas coisas evanescentes e transitórias. É quando nos damos conta desta condição que devemos parar, fazer um balanço de nossa existência, e buscar melhores meios de vida; buscar valores superiores e a maneira para renovar nossa força, voltando ao nosso Criador.
Essa possibilidade é tratada de modo bem claro nas Sagradas Escrituras, na parábola do Filho Pródigo. Ele, por si mesmo, deveria reconhecer que seu estado era indigno e seu método de vida era insatisfatório, e teria que procurar internamente para encontrar a força para dar a volta e retornar ao Pai. Na verdade, o Pai contava com o seu retorno e o esperava com os braços abertos de boas-vindas.
É evidente que o cultivo de forças invisíveis e poderes requer que também sejam adquiridos sabedoria e compreensão, pois os poderes espirituais em si mesmos não são nem bons e nem maus, pois são o motivo e o caráter de quem os possui que os fazem merecer este ou aquele qualificativo. Sabemos que “as distinções entre o uso legítimo ou ilegítimo dos poderes espirituais são superiores e sutis”. Devemos recordar sempre que “poder” é força para realizar, e o que com ela fazemos depende de nós; a direção que lhe dermos é de nossa própria e pessoal responsabilidade.
Foi poder sobre todas as coisas o que Satanás, o tentador, prometeu ao Senhor quando estiveram juntos no deserto. Sabemos que Jesus Cristo triunfou em todas as tentações e respondeu: “Afasta-te de Mim, Satanás”. Neste e como em todos os demais caminhos Ele é nosso Guia e Caminho. Se perdermos a nossa meta, isto é apenas temporariamente. As asas cortadas podem crescer de novo, e quando houvermos reencontrado o caminho, teremos aprendido também que somente o Bem, a Verdade e a Beleza sobrevivem até o fim. A sabedoria da advertência que frequentemente é dada em nossa Filosofia de nunca deixar de tentar é evidente.
“E o que estava sentado no trono disse: Eis aqui, eu faço novas todas as coisas” (Apo 21:5).
(Publicado na revista Serviço Rosacruz de 01-02/87)
“Estar no Mundo sem ser do Mundo” e as horas livres de compromisso
“Vivemos numa época que exulta nos tempos livres da evasão que impede, quase sempre, os tempos livres do compromisso”. Essas palavras, pronunciadas recentemente, num contexto acadêmico, pela Presidente do colégio universitário de Mt. Holyoke, Elizabeth Topham Kennan, são de grande oportunidade para o aspirante espiritual.
A ideia de que o sentido do compromisso, ou da promessa, tem a ver com as horas livres, não deixa de causar certo espanto, dado que a maior parte das pessoas vê um abismo entre estes dois conceitos. Os tempos livres estão quase sempre ligados a um período de liberdade e repouso, em que nos deixamos levar por interesses meramente pessoais. Um compromisso, ou uma promessa, por outro lado, sugere uma certa sujeição a uma tarefa necessária, imposta pelo exterior, ou às necessidades de outra pessoa. Ociosidade implica indulgência conosco mesmos; compromisso implica sacrifício.
Outra maneira de exprimir a ideia de “horas livres do compromisso” seria, portanto, “ceder ao sacrifício”. Quando é que temos tempo para “cedermos” ao sacrifício de nos entregarmos e de nos sacrificarmos às necessidades das outras pessoas? Estamos tão ocupados com assuntos pessoais, desde o ganhar para viver, ao fazer compras, nos distrairmos, descansarmos — para não falar das atividades e agitação desnecessárias a que tantas vezes cedemos! “Para a semana já tenho mais tempo; conversamos nessa altura…” é uma maneira com que, vulgarmente, se despede alguém cujas necessidades imediatas são um fardo que não desejamos carregar. À pressão da falta de tempo em que vivemos constantemente, pode tornar-nos completamente avaros, se nos deixarmos levar por este fenômeno que tem a sua origem e existência, puramente, no plano físico. É necessário que haja um impulso generoso para irmos contra o relógio e nos entregarmos, sem egoísmo, a projetos de vida comunitária, às atividades de caridade, ou às necessidades que transcendem o nível meramente social das nossas amizades. De certa maneira, tem de haver coragem e muita fé para não dar ouvidos às nossas preocupações pessoais, de falta de tempo, e para nos entregarmos, altruisticamente, a atender assuntos que sabemos, de antemão, que não terão compensações óbvias.
Também é necessário sinceridade para reconhecer que muito daquilo a que chamamos pressão do tempo é ilusório e que se organizarmos o nosso horário com mais eficiência, deixando para trás desejos egoístas que consomem tantos momentos e eliminando os “prazeres” pouco práticos de sonhar acordados, da tagarelice, da leitura escapista ou dos programas de televisão que nos embrutecem e de tantas outras atividades que assumem proporções tão importantes na nossa vida, teremos mais tempo para nos dedicarmos aos outros.
O mundo material parece, realmente, não querer aceitar os “tempos livres” da entrega. No entanto, o aspirante espiritual sincero não conhece este impedimento! Enquanto for avançando, lutando por purificar os seus veículos e por se preocupar, exclusivamente, com a realização da obra de Deus no mundo, o sacrifício de si torna-se cada vez mais automático. O desejo de se dar aos outros passa a ser a sua única preocupação; pode-se dizer que ele “cede”, muito legitimamente, ao sacrifício de se entregar a um compromisso de serviço.
Quando aprendermos a exortação de São Paulo de “estar no mundo sem ser do mundo” deixaremos de sentir que esse impede que haja “horas livres” de entrega. Presentemente, há certas pessoas que vivem na Terra e que já atingiram essas alturas. Mas todos nós, um dia, teremos de lá chegar também!
(Publicado na revista Serviço Rosacruz de 01-02/87)
Pergunta: Os Anjos têm asas como vemos nas pinturas?
Resposta: Não, nenhum deles tem as asas de pássaros que se veem nos quadros, mas há alguns seres no Mundo espiritual que têm apêndices semelhantes às asas. Tais apêndices não têm o objetivo de prover a capacidade de voar ou de se mover no espaço, mas são correntes de força que se exteriorizam e que podem se dirigir em uma ou outra direção da mesma forma que nós, seres humanos, usamos nossos membros. Desse modo, um Arcanjo que está impulsionando os exércitos de duas nações à batalha pode enviar uma corrente de força espiritual em uma direção, enchendo de medo os soldados de um exército, e enviar outra força para aumentar a coragem do exército inimigo, influenciando, assim, a batalha de uma maneira não suspeita pelos contendentes.
(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 77 – Max Heindel)