Resposta: Absolutamente, não. Tal ideia estaria correta se fôssemos apenas um ser material. Nesse caso, nossas necessidades estariam limitadas a esse plano. Mas, sabemos que somos um ser complexo e nossas necessidades abrangem os diversos veículos pelos quais nos expressamos: material (Corpo Denso), etérico (Corpo Vital), emocional (Corpo de Desejos) e mental (a Mente) além do que realmente somos: um Ego, um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui. A ajuda deve atender a todos esses aspectos. Ainda mais, sabemos que a vida material, as condições deste mundo, são apenas reflexos e consequências dos outros planos casuais: mental e emocional.
Se não sabemos expressar nosso pensamento corretamente nem sentimos nobremente, nossa vida material será, logicamente, prejudicada. E, desse modo, ajudar alguém a expressar o pensar e sentir segundo os ditames do Ego, acordes com os princípios evangélicos, será a maior ajuda, que não depende de condição econômica, pois, ao homem e mulher de boa vontade há sempre algum tempo para isso. É claro que não vamos impor nossas ideias a ninguém, nem pregar nas praças públicas. O bom exemplo acabará atraindo nossos familiares e amigos a ouvir nossa opinião, e então a daremos despretensiosamente, deixando que o livre-arbítrio escolha livremente a forma de agir.
O dinheiro ou os recursos financeiros, como tudo o mais que Deus, como talentos, pôs a nossa disposição, depende do emprego deles. Dar dinheiro, indiscriminadamente, é muitas vezes um mal, embora nossa intenção seja boa. Somos a favor da ajuda material, feita inteligentemente e como complemento da ajuda primordial, causal, que é a difusão de ideias conducentes a uma vida mais feliz. Cada Estudante Rosacruz pode e deve valer-se da orientação da Fraternidade Rosacruz, para aprender e realizar corretamente essa nobilitante ajuda à Humanidade carente.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz maio/1972 – Fraternidade Rosacruz-SP)