E subiu ao monte, e chamou para Si os que Ele quis, e os nomeou doze para que estivessem com Ele… e para que tivessem o poder de curar as doenças e enfermidades e expulsar os demônios. A Simão a quem acrescentou o nome de Pedro, e a Tiago, filho de Zebedeu, e a João, irmão de Tiago, aos quais deu o nome de Boanerges, que significa Filhos do Trovão… (Mc 8:13-17).
A jornada dos Discípulos principia quando foram ordenados por Cristo após suas Iniciações. Podemos segui-los durante os anos de ministério de seu Mestre e Salvador, prosseguindo depois o seu trabalho na Terra.
Durante esses anos todos, foram beneficiados pela presença e profundo amor do Galileu. As chacotas dos populares pouco os atingiam, em comparação com a felicidade que sentiam no trabalho do “Caminho”, na vinha do Senhor. E qual dos Discípulos era o mais próximo do Cristo, o que mais afinidade conseguiu com o Mestre, quem melhor O compreendeu?
De todos os Discípulos, João foi chamado de “amado” pelo Mestre. Em sua juventude era impulsivo, ambicioso e até vingativo. Só quando cresceu em espírito vislumbramos a sua maravilhosa essência, pelo Cristo reconhecida desde o início.
Apesar de ter sido o mais jovem de todos os Discípulos, ele, segundo a história, viveu mais do que todos. Narra a tradição que ao redor de seus noventa anos era levado à Igreja de Éfeso, onde permanecia testemunhando radiantemente a sua fé. Não dizia outra coisa que: “Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros”. Para um mais profundo estudo da vivência Cristã desse Discípulo, observemo-lo jovem, porque houve uma marcante diferença entre as duas fases de sua vida, juventude e velhice.
A Bíblia nos diz que esse era o Discípulo amado. Porém, curiosamente Cristo Jesus chamou aos irmãos Tiago e João de “Filhos do Trovão”, literalmente significando aqueles que fazem muito barulho e são a fonte constante de perturbações.
Aparentemente os dois irmãos eram bem conhecidos do Mestre. Os dois “Boanerges” … Filhos do Trovão… (Mc 3:13-17).
Certa vez no caminho de Jerusalém, no meio de Seu pequeno grupo, o Senhor predisse as coisas terríveis que lhe aconteceriam e toda a glória que o Pai lhe reservara. Os dois irmãos, menos interessados nos pormenores da trágica profecia, e visando algo mais grandioso e atraente, qual seja a alta direção de um reinado, de imediato rogaram ao Mestre: “Concede-nos que na tua glória nos assentemos, um à tua direita e outro à tua esquerda” (Mc 10). Mas Cristo Jesus lhes respondeu: “Não sabeis o que pedis, podeis vós beber o cálice que eu bebo, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado?” E eles disseram: “Podemos”. Com essa resposta causaram discórdia naquele grupo ora tão harmonioso. “E os dez, tendo ouvido isso começaram a indignar-se contra Tiago e João” (Mc 10:41). E repreendeu-os Cristo Jesus: “Sabeis que os que julgam ser príncipes das gentes, delas se assenhoreiam e os seus grandes usam da autoridade sobre elas. Mas entre vós não será assim… aquele dentre vós que quiser ser o maior seja o servo de todos”.
Não é, pois, de se admirar que Cristo Jesus lhes apelidasse de “Filhos do Trovão”. Naquele dia os Discípulos aprenderam uma lição valiosa: os Filhos de Deus não exercem autoridade sobre o seu semelhante.
Quando a presença do Senhor pareceu indesejável aos moradores de uma aldeia samaritana, prontamente os dois irmãos reagiram. Movidos pelo amor para com o Mestre, mas ainda carentes de sabedoria, disseram: “Senhor, é de Tua vontade que ordenemos que chamas ardentes desçam dos céus e os consumam, como já aconteceu com Elias?”. A essa demonstração muito humana de solidariedade, que não passava, realmente, de um simples desejo de vingança, revestido de uma aparência de virtude, O Mestre respondeu: “O Filho do Homem não veio para destruir os homens, e sim para salvá-los.”. Essa atitude deve ter parecido muito curiosa aos Discípulos, porém o Caminho Superior exige o conhecimento de certas leis: a disciplina interna no relacionamento com outros seres humanos e o respeito à sua divina essência, apesar de suas manifestações inferiores, ou justamente por causa delas. Os Filhos de Deus devem representar um padrão de humanidade a ser seguido pelos semelhantes.
Escreve Max Heindel: “O Discípulo deve passar por um período de treinamento, através do qual alcança tal ponto de maturidade espiritual em que fica capacitado a viver as verdades assimiladas. Então, no tempo certo, torna-se mais fácil, para o Mestre ou Iniciador, mostrar-lhe pela primeira vez, como aplicar a verdade assimilada, como utilizar o poder acumulado, seguindo-se, realmente, a Iniciação”. Esse é, na verdade, o caminho trilhado pelos Discípulos do Cristo. Através do demorado processo da transmutação, eis que os Filhos do Trovão passaram a ser Iniciados de alto grau. O Evangelho Segundo São João, Cap. 14-17, contém informações a respeito da nova forma de Religião a substituir o Cristianismo, conhecida como Religião do Pai. Ela deverá elevar os Discípulos ao Mundo do Espírito Divino. São João diz a esse respeito: “Quem nega o Filho, não tem o Pai, porém, aquele que confessa o Filho, também tem o Pai”.
O inspirado Browning[1] escreveu estes versos e de sua atmosfera, por vezes enigmática, emerge um personagem que reconhecemos como João, o velho João, já muito cansado, falando através da pena do poeta:
“Já passou tanto tempo… tanto tempo…
Tiago e Pedro já foram libertados pela morte.
E só fiquei eu, o vosso irmão João, que tudo viu,
Que tudo ouviu e que tudo se lembra. Na Terra,
Já não há ninguém vivo que possa testemunhar
Sobre o que viu com os seus olhos, sobre o que tocou
Com suas mãos! Lembro-me DELE, a própria Palavra da Vida,
Dizendo: “Eu sou”, desde o começo do mundo.
Ah! E como será esse Seu mundo,
Quando o último que possa dizer
“Eu conheci”, vos terá deixado?”.
O velho Filho do Trovão… muito cansado e possivelmente só. A cada domingo é conduzido à igreja, lá em Éfeso. Não tem mais outra mensagem para a humanidade. Só diz: “Filhinhos, amai-vos uns aos outros” …
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1977-Fraternidade Rosacruz-SP)
[1] N.R.: Robert Browning (1812-1889) foi um poeta e dramaturgo inglês.
(*) Pintura: São João e São Tiago maior – El Greco 1610-1614
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior.
Para acessar somente os textos:
A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o Centro Rosacruz de Campinas, edita o informativo: Ecos.
Informação
Em julho retomamos nossas reuniões semanais virtualmente, estando assim de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19). As atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas por tempo indeterminado.
Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Julho:
Trânsito do Sol pelo Signo de Câncer, em agosto
Em agosto Cristo no Mundo do Espírito Divino, denominado o Trono do Pai, o lar do Deus desse Sistema Solar.
Deus é Amor e Deus é Luz. Amor e Luz são as notas-chaves da Hierarquia de Leão, os Senhores da Chama.
Sob a supervisão dos Senhores da Chama e junto aos poderes do Pai, o Primeiro Aspecto da Trindade, Cristo trabalha com o poder supremo do amor, a força estabilizadora da Terra.
Para isso, se converte no canal da força, graças à qual a Terra gira em torno do seu eixo e em torno do Sol.
Esse poder do amor é traspassado pela Hierarquia de Leão ao seu Signo oposto, Aquário: por isso é que esse será o poder que animará a nova Era de Aquário.
Durante essa época, o Discípulo deve se esforçar para converter o amor na força motivadora de sua vida.
Ele deve aspirar a embelezar cada uma das suas palavras, pensamentos e obras com a sua magia.
O décimo terceiro capítulo da Segunda Epístola de São Paulo aos Coríntios, um dos maiores cantos da alma ao amor, é o mantra perfeito, tanto para a meditação como para o esforço, durante o período em que o Sol transita pelo Signo real de Leão.
Assuntos abordados durante os Estudos desse mês:
Simbologia da Capa do Conceito Rosacruz do Cosmos
A capa do Conceito Rosacruz traz um Símbolo.
Símbolo é a representação de uma verdade espiritual, e que precisa ser estudado para que possa ser compreendido com certa profundidade. Eles encontram eco no nosso interior, provocam reações, é como se no íntimo reconhecêssemos algo familiar. Os verdadeiros símbolos têm raiz espiritual e só podem ser transmitidos por um Iniciado.
Vamos agora detalhar o símbolo da capa, começando pela Flor de Lis
O que representam essas duas flores de lis?
Por que temos apenas duas folhas da flor pintadas de vermelho?
O que representam as 2 Linhas Subindo?
Os sábios e os amorosos que lideram a nossa evolução sabem que para continuar esta evolução era necessário alcançar a união cabeça-coração: unir as duas linhas. A tentativa de união se deu através da construção de um Templo, para os crentes, pelos artesãos – Templo do Rei Salomão. Era a obra prima das duas linhagens.
De um lado, tínhamos Salomão representando os Filho de Seth – o mais sábio dos homens, capacitado para conceber e projetar o maravilhoso Templo segundo o plano de seu Criador, Jeová. E de outro lado tínhamos Hiram Abiff, o hábil artífice, possuía a concentrada quintessência do conhecimento material adquirido pelos Filhos de Caim.
Tínhamos então a sublime espiritualidade dos sacerdotes, os Filhos de Seth, com a superlativa habilidade dos artífices, os Filhos de Caim.
As duas linhas deveriam se unir em um místico Mar Fundido, representando o processo de purificação para entrar ao serviço do Senhor. Hiram era o único conhecedor da fórmula da Purificação que seria utilizada na construção do mar Fundido. Porém, houve uma traição nesse processo, onde os artesãos (filhos de Seth – lado direito) conspiraram e colocaram Água no recipiente moldado para receber o Mar Fundido, porque sabiam que o Filho do Fogo (Hiram) não era treinado na manipulação do elemento aquoso e não poderia combiná-lo com sua maravilhosa liga.
A seguir Hiram e Salomão se afastaram um do outro mais do que em qualquer tempo antes. E só se reencontram quando Hiram Abiff renasce como Lázaro e Salomão como Jesus.
Hoje, ainda não conseguimos fazer a união cabeça-coração. A Filosofia Rosacruz busca eliminar o abismo criado entre a Mente e o Coração, harmonizando e equilibrando as forças do lado místico e do lado ocultista. A união somente ocorrerá quando tivermos atingido o equilíbrio Mente e Coração.
Na parte de baixo da capa, encontramos mais um símbolo, onde a Cruz preta pequena representa o Corpo Denso, o físico. Na cabeça da cruz vemos um coração, simbolizando que Coração e Cabeça se reconciliarão. A consequência pode ser vista no feixe de propagação, no Corpo-Alma resultante.
No centro da capa, vemos o Símbolo Rosacruz, que visto na sua plenitude representa: A evolução passada do ser humano; sua constituição atual e desenvolvimento futuro juntamente com o método de realização.
No centro vemos a cruz branca, onde:
Temos ainda, a estrela dourada, que simboliza o dourado manto nupcial (Corpo-Alma) que nos tornará divinos; as rosas vermelhas que representam o sangue purificado e a rosa branca que é o símbolo do coração do Auxiliar Invisível. Simboliza a quintessência que é o Corpo Vital desabrochado, ou seja, o Corpo-Alma. A estrela contém 5 pontas, representando as 5 Hierarquias Criadoras que já alcançaram o grau de criadores ou a libertação.
Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes.
Os Anjos possuem o corpo com maior densidade de matéria formada dos 4 Éteres da Região Etérica do Mundo Físico, sendo que em sua composição natural, 80% formado pelos Éteres superiores: Éter de Luz e Éter Refletor. Além desse Corpo eles possuem outros Corpos (como nós e quaisquer outro ser em evolução nesse Esquema de Evolução).
Lembra da questão da Árvore do Conhecimento e da Árvore da Vida? Comemos o fruto da Árvore do Conhecimento e, assim, ficamos conhecendo o que é o bem e o que é o mal.
E se comêssemos da Árvore da Vida, o que teria acontecido? A imortalidade!
E por que? Porque saberíamos manter o Corpo Denso eternamente, renovando-o sempre via os Éteres da Região Etérica do Mundo Físico.
Pois bem, os Anjos vivem nessa Região, assim, os Anjos não têm “duração média de vida”. Seus corpos são eternos, pois não estão a mercê da “roda de nascimentos e mortes”, como nós. Passaram por essa fase na metade da quarta Revolução do Globo D do Período Lunar. Agora já estão mais evoluídos que não precisam desse expediente para evoluir.
O mesmo se dá com Arcanjos, Senhores da Mente, Senhores da Forma, Senhores da Sabedoria e Senhores da Individualidade.
É só aprender a sublimar essas características dele, canalizando para o lado construtivo e não se deixar levar pelos desejos, emoções e sentimentos que esse lado sugere e que arrasta para o gosto em mudar constantemente, não tolerar a rotina e em nunca se satisfazer em ter situações novas. E focar na resposta as suas influências para utilizarmos os seus conceitos em assuntos literários, nos dualismos dessa vida, em fraternidade universal, na intelectualidade, na aplicação da lealdade, na facilidade em trabalhos manuais e no uso da versatilidade.
Os nossos irmãos menores animais não têm uma evolução consciente como nós, os seres humanos, nesse momento. A responsabilidade pela sua evolução cabe aos Espíritos-Grupo de cada espécie, que é uma das inúmeras funções da onda de vida dos Arcanjos. Já os maus tratos que sofrem são de responsabilidades de cada ser humano e, como lemos no Conceito Rosacruz do Cosmos, cada ato de mau trato será devidamente pago por cada pessoa que o fez, mormente nas próximas vidas. Lembremos que comer carne (mamífero, ave, peixe, réptil, anfíbio, inseto, etc.) ou utilizar quaisquer coisas, peças, artefatos, produtos feitos de partes desses animais também é um mau trato e, com certeza, muito maior do que “bater em um cachorrinho ou um gatinho”. Agora, da mesma forma que ainda há irmãos e irmãs que maltratam, graças à Deus, há outros que bem-tratam, com carinho e amor. E aqui também há um limite e qual é? Tratar o irmão menor animal como animal, respeitando os direitos de ser do seu reino, o reino animal. Tratá-lo de “filhinho”, “filhinha”, “netinho”, “netinha”, ou seja, como um ser humano também não é correto e está infringindo os direitos de um irmão menor.
E na visão dos Rosacruzes e clarividentes, qual é o mais recomendado: a cremação ou o sepultamento?
Aprendemos na Filosofia Rosacruz que para se ter toda a segurança de que nenhuma lição foi perdida nessa vida, após a morte, devemos guardar o corpo (sem ninguém mexer e nada dele for retirado) durante 3 dias e meio. Após esse período ele poderá ser mexido, bem como cremado, que é o modo mais higiênico e que mais ajuda o irmão ou irmã que acabou de desencarnar.
Todas elas têm a mesma origem: falta de autocontrole. Algumas vezes, soma-se a isso a falta de fé em Deus ou, ainda, uma fé infantil que entende que Deus é um dador de tudo (sem a contrapartida da pessoa). Quem, de fato, é um Estudante de uma Escola Esotérica, como a Fraternidade Rosacruz, nunca terá esse tipo de problema. Se tem, então é melhor rever a situação de Estudante Rosacruz. Também quem é, de fato, um Cristão autêntico também nunca terá. Se tem, então é melhor rever a situação de ser Cristão. Somente com a compreensão da Lei de Causa e Efeito (Lei da Consequência) já se pode evitar que tais problemas se manifestem na vida, né?
Os remédios atualmente utilizados cumprem a sua função: remediam, mas não curam. Sua função é criar um ambiente a partir do qual a pessoa sofredora possa tomar as suas decisões e buscar a cura. Infelizmente a grande maioria prefere se estacionar nos remédios e assim viver, ora com, ora sem crises.
Sobre o destino maduro, há 2 causas claras ensinadas pela Fraternidade Rosacruz:
1) Pecados cometidos em vidas passadas que não podem ser expiados (via a doutrina do Perdão dos Pecados). Um exemplo desse pecado: o pecado contra o Espírito Santo (gasto absurdo, constante e desgastante da força sexual criadora para gratificação dos sentidos, um erotomano, um pedófilo, um (a) prostituto (a) – “profissional do sexo”). E nessa vida o Ego, corajosamente, escolhe no seu Panorama da vida, ainda no Terceiro Céu, uma vida para purgar esse destino maduro, por meio do sofrimento, da limitação, da dor e das obstruções.
2) Aprendemos na Astrologia Rosacruz como se processa as oportunidades na nossa vida, seja para manifestar os nossos bons hábitos, qualidades positivas e virtudes, seja para sublimar os nossos maus hábitos, qualidades negativas e vícios. A Progressão astrológica bem como os Trânsitos mostram, na vida, quando as oportunidades se apresentarão para tal e, também, quando elas terminarão de se apresentarem. Acontece que algumas vezes jogamos fora ou nem percebemos ou desviamos ou fugimos ou não damos a menor bola quando aparecem as oportunidades para sublimar um determinado mau hábito, uma qualidade negativa ou um vício. Vamos postergando, procrastinando essa transmutação que temos que fazer do mau hábito para o bom, da qualidade negativa para a positiva, do vício para a virtude. Isso pode se tornar tão arraigado no nosso ser, que mesmo passando pelo Purgatório e sofrendo dores atrozes que deixam marcas profundas na nossa consciência, ainda assim, vida após vida, continuamos a postergar, a procrastinar. E isso com as limitações, obstruções, as cristalizações, os bloqueios e as dificuldades que são escolhidas por nós mesmos no Terceiro Céu para que, aqui renascido, lembremos do sofrimento e do objetivo de sublimar tais deficiências. O estrago que fazemos é tão grande na teia do destino (ou seja, na vida de tantas pessoas!) que chega um momento que não há mais como postergar ou procrastinar: temos que pagar via destino maduro! Agora o mais importante: NÓS escolhemos isso. Nós mesmos é que selecionamos o gatilho para que, quando renascidos aqui, insistirmos em não nos corrigir, que tenhamos o sofrimento, a limitação, a dor e a limitação que nos fará corrigir. Com certeza, muitas das qualidades positivas, bons hábitos e virtudes que temos devemos as essas escolhas de pagar via destino maduro, sem poder utilizar o Perdão dos Pecados.
Lembre-se: tanto em 1) como em 2): nós escolhemos!!
Primeiro vamos alinhar o conhecimento: em seu tratado de arquitetura, Vitrúvio expôs suas teorias sobre as proporções humanas, que afirma que a proporção ideal de uma figura humana deve entrar em um círculo e em um quadrado.
“Se um homem fica de costas, com as mãos e pés estendidos e um par de compassos centrados em seu umbigo, os dedos de seus dois pés e das mãos tocarão a circunferência do círculo desenhado”, disse Vitrúvio.
“E assim como o corpo humano produz um contorno circular, também será possível encontrar uma figura quadrada a partir dele.”
Da Vinci, no entanto, acomodou cientificamente o ponto central do círculo fora do umbigo para assegurar que a teoria funcionasse.
Vitrúvio já havia tentado encaixar as proporções do corpo humano dentro da figura de um quadrado e um círculo, mas suas tentativas ficaram imperfeitas. Foi apenas com Leonardo que o encaixe saiu corretamente perfeito dentro dos padrões matemáticos esperados.
É interessante observar que a área total do círculo é idêntica à área total do quadrado (quadratura do círculo) e este desenho pode ser considerado um algoritmo matemático para calcular o valor do número irracional phi (aproximadamente 1,618).
O que é o número Phi ou número áureo? Este número está envolvido com a natureza do crescimento e está associado ao significado da perfeição, que pode ser encontrado em vários exemplos de seres vivos: crescimento de plantas, população de abelhas, escamas de peixes, presas de elefantes, flor de girassol, entre outros. E em espirais de galáxias. Na matemática, o número Phi é encontrado de várias formas: Figuras Geométricas, Retângulo Dourado, Série de Frações, Série de Raízes e a Série de Fibonacci.
O número áureo pode ser aproximado pela divisão do enésimo termo da Série de Fibonacci (0, 1,1,2,3,5,8,13,21,34,55,89,…, na qual cada número é a soma dos dois números imediatamente anteriores na própria série) pelo termo anterior. Essa divisão converge para o número áureo conforme tomamos cada vez maior. Podemos ver um exemplo dessa convergência a seguir, em que a série de Fibonacci está escrita até seu oitavo termo [0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13]: 2/1 = 2 …. 3/2 = 1,5 …. 5/3 = 1,666…… 8/5 = 1,6 …… 13/8 = 1,625 – Muitos estudos e muitas pesquisas já se fizeram e continuarão a ser feitos desvendando os mistérios do número Phi. Repare: a descrição se restringe somente às “medidas ideais” e suas diversas proporcionalidades quando comparadas partes por partes. Nesse sentido, sem dúvida alguma, essas seria as medidas de um Corpo Denso, o físico, perfeitas que deveríamos nos ater quando estamos construindo o arquétipo do nosso próximo Corpo Denso, nos Mundos suprafísicos, no intervalo entre 2 mortes aqui na Região Química do Mundo Físico, como parte para o renascimento seguinte. Se nos medirmos, repararemos quanto nos falta ainda! Por outro lado, como parte do nosso desenvolvimento espiritual é importantíssimo sabermos disso, pois esse conhecimento levamos conosco e podemos utilizar quando dos preparativos para um próximo renascimento (logicamente, se além do conhecimento, tivermos alcançado, meritoriamente, a competência em utilizá-lo na construção do arquétipo).
Por 2 motivos: sendo ele um veículo que evolui por meio da repetição, temos aqui um meio inesgotável de tentativas para um dia aprendermos as lições que devemos para dominar nossa natureza inferior (conquistando o domínio do Coração – vide Coração é uma Anomalia); segundo motivo: porque a próxima Região que temos que aprender a viver CONSCIENTEMENTE é a Região Etérica do Mundo Físico – da mesma forma que HOJE vivemos na Região Química do Mundo Físico – e nessa Região só conseguimos funcionar com o Corpo Vital (se não o dominarmos e aprendermos a viver conscientemente por meio dele, jamais daremos o próximo passo ainda aqui no Período Terrestre).
Artigos Publicados nas redes sociais no mês de Junho:
– A importância da Adaptabilidade
Nessa única palavra: “Adaptabilidade”, temos o grande segredo do atraso ou do progresso de qualquer um de nós!
Todo adiantamento depende da nossa flexibilidade e adaptabilidade para evoluir, de ser capaz de nos acomodarmos, por nós mesmos, a novas condições ou estacionar e nos cristalizar, nos tornando incapaz de toda transformação.
A adaptação é a qualidade que faz progredir, estejamos em grau superior ou inferior de evolução.
A falta de adaptação é a causa de atraso para nós e de retrocesso para a forma que criamos.
Isso se aplica ao passado, ao presente e ao futuro, e a qualificação ou desqualificação é feita exata e impessoalmente, com toda justiça, pela Lei de Consequência! Nunca houve nem haverá uma distinção arbitrária entre as “ovelhas” e as “cabras” como lemos, se bem-entendemos, em Mt 25:31-46.
– A Nossa Felicidade no Céu
Quando morremos atestamos um fato muito importante que é que a nossa felicidade no “céu” (na nossa vida post-mortem) depende da felicidade que tenhamos proporcionado a outros, e do valor que demos àquilo que outros fizeram por nós, aqui durante essa nossa vida, no nosso dia a dia.
Deste modo vemos a importância de apreciar os favores com que outros nos cumularam, porque a gratidão produz crescimento anímico, o crescimento da alma.
Deve-se sempre recordar que o poder de dar não pertence exclusivamente ao ser humano rico.
Dar dinheiro sem discernimento pode ser até um mal!
É um bem dar dinheiro para um propósito que consideremos benéfico, porém um serviço prestado vale mil vezes mais.
Um olhar carinhoso, expressões de confiança, uma simpática e amorosa ajuda são coisas que todos podem dar, seja qual for a fortuna de cada um.
Todavia devemos ajudar o necessitado de maneira que ele possa ajudar a si próprio, seja física, financeira, moral ou mentalmente, para que não dependa mais de nós nem dos outros.
– Exercício Esotérico da Retrospecção
Pela fiel execução do Exercício Esotérico da Retrospecção apagamos, dia após dia, as ocorrências indesejáveis da nossa memória subconsciente, de modo que nossos pecados, que podem ser submetidos à doutrina cristã do Perdão dos Pecados, são apagados!
Esse exercício noturno é mais valioso do que qualquer outro método para adiantar o aspirante no caminho da realização.
Seu efeito é tão profundo que capacita a quem o pratica a aprender presentemente, não apenas as lições desta vida, mas também lições que normalmente estar-lhe-iam reservadas para vidas futuras.
Após deitar-se, à noite, relaxe o corpo. Em seguida comece a rever as cenas do dia em ordem inversa, iniciando com os acontecimentos da noite, passando às ocorrências da tarde, e depois às da manhã. Procure rever as cenas com a maior fidelidade possível: reproduza diante do seu olhar mental tudo o que aconteceu em cada cena, sob revisão, com o propósito de julgar suas ações, de certificar-se se suas palavras transmitiram o significado pretendido ou se deram uma falsa impressão, ou se exagerou ou atenuou as experiências relatadas aos outros. Reveja sua atitude moral em relação a cada cena. Durante as refeições, comeu para viver, ou viveu para comer, para agradar ao paladar? Julgue-se a si mesmo, censure-se onde houver culpa, e louve-se onde houver mérito.
Algumas pessoas não conseguem permanecer acordadas até o fim do exercício. Em tais casos é permitido sentar-se no leito, até ser possível seguir-se o método regular.
O valor da Retrospecção é enorme – ultrapassa a imaginação.
Em primeiro lugar, efetuamos o trabalho de restauração da harmonia conscientemente, e em menor tempo do que é necessário ao Corpo de Desejos para realizá-lo durante o sono. Fica, assim, uma maior parte da noite disponível para o trabalho externo, o que não seria possível de outra maneira.
Em segundo lugar, vivemos o nosso Purgatório e o Primeiro Céu todas as noites, introduzindo assim no Espírito, como sentimento correto, a essência das experiências diárias. Por conseguinte, escapamos do Purgatório após a morte e também economizamos o tempo de permanência no Primeiro Céu.
Por último, mas não menos importante, tendo extraído diariamente a essência das experiências que dão crescimento anímico, e tendo-as amalgamado ao espírito, passamos a vivenciar realmente uma atitude mental e a nos desenvolver por linhas que ordinariamente nos estariam reservadas para vidas futuras.
SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Emblema Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO E CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.
Datas de Cura:
Agosto: 1, 8, 15, 22, 28
Ele enviou a sua palavra e os curou,e os livrou da morte.
palavra e os curou,e os livrou da morte. (Sl 107:20)