SIGNO: Gêmeos, os gêmeos
QUALIDADE: Comum ou flexível no uso da energia, isto é: a consciência dirigida assombrada e experimentalmente para o entendimento e para a integração com novas experiências e possibilidades.
ELEMENTO: Ar, ou a consciência relacionada com os assuntos sociais e intelectuais. Entre outras coisas, o elemento Ar corresponde aos gases, a Mente e ao Mundo do Pensamento.
NATUREZA ESSENCIAL: questionamento
ANALOGIA FÍSICA: respiração, secura e aridez
PLANETA REGENTE: Mercúrio. Devido a ser capaz de expressar as funções de Gêmeos mais facilmente e livremente, comunicá-las aos outros e esforçar-se para obter um maior entendimento intelectual.
CASA CORRESPONDENTE: a 3° Casa corresponde a Gêmeos e representa o desejo de expandir os horizontes: mental e interpessoal.
ANATOMIA ESOTÉRICA: representa a Mente consciente
ANATOMIA EXOTÉRICA: específica: ombros, braços, mãos, clavícula, costelas, traquéia, brônquios, pulmões, sistema circulatório pulmonar, pleura e Glândula Timo.
FISIOLOGIA: Mercúrio, Regente de Gêmeos, governa os processos fisiológicos da respiração, oxigenação do sangue, sensações em geral, mas especialmente a da visão, audição e paladar; funções da tireóide e das glândulas para-tireóides, funções dos órgãos da fala e assimilação dos alimentos no intestino delgado. Mercúrio também tem particular regência sobre as atividades do hemisfério direito do cérebro e da faculdade de equilíbrio e coordenação associados ao mecanismo do ouvido interno.
TABERNÁCULO NO DESERTO: simboliza a consciência desenvolvida no estágio alcançado na Sala Oeste do Tabernáculo. Essa é a consciência da realização de Deus interno e do único objetivo e propósito da vida.
MITOLOGIA GREGA: Hermes, o mensageiro com asas dos deuses e brincalhão cósmico.
CRISTIANIDADE CÓSMICA: A jornada de Cristo em direção ao céu leva-O através do Mundo do Pensamento. Sua influência nesse Mundo revitaliza e purifica essa matéria. Assim, Ele possibilita o ser humano a ter matéria mais pura para construir sua Mente. Nesse tempo de cada ano, Ele ajuda o ser humano perceber e entender o drama cósmico da vida mais claramente e a apreciar mais complementa o papel que cada um desempenha nisso.
LIÇÕES: para um desenvolvimento balanceado, sentimento deve ser casado com uma certa quantidade de seriedade e sinceridade; atividade mental deve ser balanceada com atividade física, e a mente investigadora deve ser guiada por um idealismo elevado e reverenciado por todas as coisas criadas.
INFLUÊNCIA BÁSICA: curiosidade, investigação, capricho e adaptabilidade.
INFLUÊNCIA POSITIVA: as forças manifestam como versatilidade, habilitando-o a entender e idealizar qualquer coisa que pode estar à mão ou que pode ser necessário a ele. A pessoa tende a ser perceptiva e bem-informada em todos os assuntos.
INFLUÊNCIA NEGATIVA: as forças tendem a mudar a versatilidade em superficialidade e desnorteio. Torna-se frívolo e irritado. Difícil ser consistente ou focar sua atenção em um única direção.
(Publicado na Revista: Rays from the Rose Cross – janeiro/1976 e janeiro/1978 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
A Arca da Aliança é importante e repleta de grande significância mística, merecendo nossa atenção, que o aroma do serviço voluntário seja representado como uma doce fragrância perfumada de incenso, enquanto o odor do pecado, do egoísmo e das transgressões da lei, representado pelo sacrifício compulsório no Altar do serviço, é nauseante. Não se precisa, pois, de muita imaginação para compreender que a nuvem de fumaça, que subia continuamente das carcaças queimadas dos animais sacrificados, exalava um cheiro nauseante, forte e muito ruim para mostrar a destacada repugnância disso, enquanto o contínuo incenso oferecido no Altar, antes do segundo véu, por antítese, mostrava a beleza e a sublimidade do serviço altruísta, exortando o Maçom Místico, como um filho da luz, a deliberadamente evitar um e a continuar a acreditar firmemente no outro.
Também é bom deixar bem claro que o serviço não consiste, somente, em realizar grandes feitos. Alguns que são chamados de heróis foram, em suas vidas cotidianas, bons e simples, e se destacavam apenas nas ocasiões em que era necessário. Os mártires foram inseridos no calendário dos santos porque morreram por uma causa; entretanto, o maior heroísmo, o grande martírio é, às vezes, fazer as pequenas coisas que ninguém nota e se sacrificar no serviço simples aos outros.
Vimos, anteriormente, que o véu na entrada do pátio exterior e o véu em frente à Sala Leste do Tabernáculo eram confeccionados em quatro cores – azul, vermelho, púrpura e branca. Porém, o segundo véu, que dividia a Sala Leste do Tabernáculo da Sala Oeste, diferia em relação à caracterização dos outros dois. Foi forjado com as figuras dos Querubins. Porém, não consideraremos o significado desse fato até que abordemos o assunto da Lua Nova e da Iniciação, mas agora examinaremos o segundo recinto do Tabernáculo, a sala ocidental, chamado de Santíssimo ou Santo dos Santos. Atrás do segundo véu, nessa segunda sala, nenhum mortal poderia passar a não ser o Sumo Sacerdote e, mesmo assim, era permitido a ele entrar somente uma vez por ano, a saber, no Yom Kippur, no Dia da Expiação, e somente após a mais solene preparação e com o maior reverente cuidado. O Santo dos Santos era revestido com a solenidade de outro mundo; estava repleto de uma grandeza sobrenatural. O Tabernáculo inteiro era o santuário de Deus, mas, aqui nesse local estava a certeza absoluta da Sua presença, a morada especial da Glória Shekinah, e qualquer ser mortal tremia ao se apresentar dentro desses recintos sagrados, como deveria acontecer com o Sumo Sacerdote, no Dia da Expiação.
No Livro do Êxodo, na Bíblia, em 25:10-22 e 37:1-9 lemos: “Fareis uma arca de madeira de acácia; seu comprimento será de dois côvados e meio, sua largura de um côvado e meio, e sua altura de um côvado e meio. Tu a recobrirás de ouro puro por dentro, e farás por fora, em volta dela, uma bordadura de ouro. Fundirás para a arca quatro argolas de ouro, que porás nos seus quatro pés, duas de um lado e duas de outro. Farás dois varais de madeira de acácia, revestidos de ouro, que passarás nas argolas fixadas dos lados da arca, para se poder transportá-la. Uma vez passados os varais nas argolas, delas não serão mais removidos. Porás na arca o testemunho que eu te der.
Farás também uma tampa de ouro puro, cujo comprimento será de dois côvados e meio, e a largura de um côvado e meio. Farás dois querubins de ouro; e os farás de ouro batido, nas duas extremidades da tampa, um de um lado e outro de outro, fixando-os de modo a formar uma só peça com as extremidades da tampa. Terão esses querubins suas asas estendidas para o alto, e protegerão com elas a tampa, sobre a qual terão a face inclinada. Colocarás a tampa sobre a arca e porás dentro da arca o testemunho que eu te der. Ali virei ter contigo, e é de cima da tampa, do meio dos querubins que estão sobre a arca da aliança, que te darei todas as minhas ordens para os israelitas.”
A Arca da Aliança ficava na parte mais ocidental da Sala Oeste (o Sanctum Sanctorum), extremo oeste de todo o Tabernáculo. Era um receptáculo vazio que continha o Pote de Ouro do Maná, a Vara de Aarão que floresceu e as Tábuas da Lei, que foram dadas a Moisés. Enquanto essa Arca da Aliança permanecia no Tabernáculo no Deserto, as duas varas ficavam colocadas sempre dentro dos quatro anéis da Arca, para que ela pudesse ser levantada e transportada a qualquer momento. Mas, quando a Arca finalmente foi transportada para o Templo de Salomão, as varas foram retiradas. Isso tem um significado simbólico de grande importância. Sobre a Arca pairavam os Querubins, e entre eles habitava a não criada glória de Deus.
“Aqui”, disse Ele a Moisés, “Eu virei a ti, e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel.”[1].
A glória do Senhor, vista acima do Propiciatório, tinha a aparência de uma nuvem. O Senhor disse a Moisés: “Fala a Aarão teu irmão: que ele não entre em momento algum no santuário, além do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca. Poderá morrer, pois apareço sobre o propiciatório, em uma nuvem”[2].
Essa manifestação da divina presença foi chamada entre os judeus de Glória Shekinah. Sem dúvida, sua aparência era de uma maravilhosa glória espiritual, da qual é impossível formar qualquer concepção adequada.
Fora dessa nuvem, a voz de Deus era ouvida com uma profunda solenidade quando Ele era consultado em prol do povo.
Quando o Aspirante tinha se qualificado para entrar nesse local, atrás do segundo véu, ele encontrava tudo escuro (aos olhos físicos), e era preciso que ele tivesse outra luz, interior. Quando ele chegou pela primeira vez ao portão oriental do Templo, estava “pobre, nu e cego”, pedindo LUZ. Então, lhe foi mostrada a luz fraca que surgia na fumaça acima do Altar do Sacrifício, e lhe disseram que ele deveria desenvolver, para avançar, dentro de si mesmo essa chama, resultado do remorso pelas transgressões à Lei. Mais tarde, ele recebeu a luz mais brilhante na Sala Leste do Tabernáculo, que procedia do Candelabro de Sete Braços; em outras palavras, ele recebeu a luz do conhecimento e da razão para que por ela pudesse avançar, ainda mais, no caminho. Contudo, era necessário que ele desenvolvesse, dentro de si e ao seu redor, pelo serviço, outra luz, o “Traje de Bodas” dourado, que também é a luz do Cristo do Corpo-Alma. Por meio de vidas dedicadas ao serviço, essa gloriosa essência da alma penetrava, gradualmente, em toda a sua aura até ficar envolta por uma luz dourada. Só quando tivesse desenvolvido essa luz interna, ele poderia entrar nos recintos sombrios do segundo Tabernáculo, como às vezes é chamado, o Santo dos Santos.
“Deus é luz; se andarmos na luz como Ele está na luz, seremos fraternais uns com os outros.” Isso geralmente é usado para indicar apenas a Fraternidade dos Santos, mas, de fato, se aplica também à Fraternidade que temos com Deus. Quando o Discípulo entra no segundo Tabernáculo, a LUZ dentro de si vibra com a LUZ da Glória Shekinah entre os Querubins, e ele realiza a Fraternidade com o Fogo do Pai.
Assim como os Querubins e o Fogo do Pai, que pairavam sobre a arca, representam as Hierarquias Divinas que guiavam a humanidade durante sua peregrinação pelo deserto, assim também a Arca que era encontrada ali representava o ser humano em seu desenvolvimento mais elevado. Havia, como já foi dito, três coisas dentro da Arca: o Pote de Ouro do Maná, o Bastão que floriu e as Tábuas da Lei.
Quando o Aspirante estava no portão oriental como filho do pecado, a lei estava fora dele, como orientador para trazê-lo a Cristo. Exigia com severidade implacável um “olho por olho e dente por dente”. Cada transgressão trazia uma recompensa justa, e o ser humano estava circunscrito por todos os lados por leis que o ordenavam a fazer certas coisas e a não fazer outras. Contudo quando, por meio de sacrifício e serviço, ele finalmente chegou ao estágio de evolução representado pela Arca na sala ocidental do Tabernáculo, as Tábuas da lei estavam dentro dele. Então, ele se emancipou de toda a interferência externa em suas ações – não que ele infringisse alguma lei, mas porque ele trabalhava com elas. Assim como aprendemos a respeitar o direito de propriedade dos outros e, portanto, nos tornamos emancipados do mandamento “Não furtarás”, também aquele que guarda todas as leis, porque deseja fazê-lo, não precisa mais de um orientador externo, mas de bom grado obedece em todas as coisas, porque ele é um servo da lei e trabalha com ela, por escolha e não por necessidade.
[1] N.T.: Ex 25:22
[2] N.t.: Lv 16-2
(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel)
Que as rosas floresçam em vossa cruz
O Tabernáculo no Deserto, o que foi e para que serve hoje: um resumo
O Pai nos fala na linguagem simbólica que ao mesmo tempo encobre e revela as verdades espirituais que devemos entender antes de voltarmos a Ele.
O Tabernáculo no Deserto foi dado para que pudéssemos encontrar Deus quando nos qualificássemos pelo serviço e tivessem subjugado a natureza inferior pelo “eu superior”.
Foi a nossa primeira igreja, quando o “caminho de volta para Deus” tinha que ser começado a ser trilhado por nós (fim da Involução e início da Evolução).
Sua localização estava relacionada aos pontos cardeais, e foi colocada na direção leste para oeste (o caminho da evolução espiritual) – leste a sua entrada e oeste onde estava o lugar mais sagrado do Tabernáculo: o lugar da Arca da Aliança.
A natureza ambulante do Tabernáculo no Deserto é a representação simbólica da nossa natureza migratória, já que somos um eterno peregrino passando sempre do limite do tempo para a eternidade para voltar novamente (ciclo de nascimentos e mortes).
Sob a aparência material e terrena, estava esquematizada uma representação de fatos celestiais e espirituais que continham instruções a todos os candidatos à Iniciação daquela época
Antes que o símbolo do Tabernáculo no Deserto possa, hoje, realmente nos ajudar, devemos transferi-lo do espaço do deserto para o lar em nosso coração. Assim teremos alcançado o verdadeiro significado da espiritualidade. E aqui já vemos que não é o Cristo externo que nos salva, mas o Cristo Interno.
Vamos a um resumo do mobiliário do Tabernáculo no Deserto:
Vamos detalhar algumas peças e mobiliários do Tabernáculo no Deserto:
Tendo percorrido os dois primeiros passos no caminho do Tabernáculo no Deserto, o Aspirante tinha acesso à Sala Leste, em cuja entrada pendia um Véu ou cortina nas cores azul (cor do Pai), vermelho (cor do Espírito Santo), púrpura (resultado do azul + vermelho) e o branco (que contém todas as cores). O amarelo (cor de Cristo) não estava presente de forma manifestada, mas oculto na composição da cor branca, mostrando-nos, assim, a realidade espiritual da humanidade da época.
Se visualizarmos em nossa Mente a disposição dos objetos no interior do Tabernáculo, nitidamente perceberemos a sombra da cruz. Começando pelo Portão Oriental, havia o Altar dos Sacrifícios; um pouco além, em direção ao Tabernáculo mesmo, encontramos o Lavabo de Bronze, no qual os sacerdotes se lavavam logo depois de entrarem na Sala Leste do Tabernáculo no Deserto.
Encontramos no extremo esquerdo o Candelabro de Sete Braços; e no extremo direito a Mesa dos Pães da Proposição, os dois formando uma cruz no caminho que estamos seguindo ao longo e dentro do Tabernáculo. No centro, em frente ao segundo véu, encontramos o Altar de Incenso que forma o centro da cruz, enquanto a Arca da Aliança, colocada na parte mais ocidental (o Sanctum Sanctorum), representa a parte superior da cruz.
Desse modo, o símbolo do desenvolvimento espiritual, que é o nosso mais elevado ideal nos dias de hoje, já estava delineado no antigo templo de Mistérios.
São Paulo em sua Epístola aos Hebreus (8:5), nos fala do tabernáculo como “… uma sombra das coisas celestiais …”
“Se visualizarmos em nossa Mente a disposição dos objetos no interior do Tabernáculo, perceberemos nitidamente a sombra da cruz.” (veja mais detalhes no Livro Iniciação Antiga e Moderna).
Que as rosas floresçam em vossa cruz