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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Caminho para a Idade de Aquário

O Caminho para a Idade de Aquário

A Fraternidade Rosacruz publicou tempos atrás o folheto intitulado “A Libertação Através do Trabalho de Grupo”, traduzido do inglês.

Esse trabalho, também publicado na revista Serviço Rosacruz, vem ajudando muitas pessoas a compreender o verdadeiro sentido da ação conjunta, inspirando-as, inclusive, a melhor usar suas potencialidades.

A medida que nos aproximamos da Idade Aquária uma nova mentalidade vai tomando conta dos negócios humanos. Os seres humanos já estão começando a deixar de lado aquele Individualismo egocêntrico, alimentador da personalidade, para assumirem uma postura mais altruísta diante dos problemas que afligem a sociedade.

Nunca as expressões “comunidade” e “comunitário” foram tão empregadas como agora. Há tendência em se estabelecer consenso em torno da ideia expressa nesta frase: “numa sociedade, o que não beneficia a todos, efetivamente não beneficia a ninguém”. Por essa razão os seres humanos estão se congregando para equacionar seus problemas, dispondo-se, com essa atitude, até a sacrificar interesses pessoais.

A expressão sacrifício está muito ligada ao Cristianismo. Etimologicamente provém de “sacro faccio” (fazer as coisas sagradas). Aliás, a doutrina cristã é bem clara a respeito. Fazer um sacrifício é um ato de consagração à Deus. Para o Cristo, mais importante que adorar nas sinagogas era amar e servir ao próximo. Isso tem uma explicação: o hábito de frequentar o templo ou as sinagogas, ocupando seus melhores lugares, dava prestígio na sociedade judaica. Era motivo de apreciação. Por outro lado, a renúncia aos bens materiais, prestígio, autoridade, etc., em benefício de outrem, constituía um penoso sacrifício. Entre os antigos era até sinal de fraqueza.

Voltando aos nossos dias, verificamos como muitos fatores tendem a impedir o ser humano de fazer as coisas sagradas. Uma pessoa por mais sensível que seja ao sofrimento alheio, ver-se-á sempre tentada a não sacrificar seus interesses pessoais, sua comodidade, para prestar ajuda a alguém. A renúncia é um fardo pesado para muita gente.

Contudo, cresce gradativamente o número daqueles capazes de vencer a tentação do egoísmo, dispondo-se a trabalhar em grupo pelo bem comum.

Mas, se existem diversos graus de tentação, o mesmo se pode afirmar da renúncia. Não basta ao indivíduo apenas superar o obstáculo representado pelos interesses pessoais e comodismo. Dentro do labor grupal outras tentações normalmente fustigam a boa vontade do obreiro. Ele terá, muitas vezes, de renunciar pontos-de-vista que talvez lhe sejam muito caros. Ou, então, suportar as idiossincrasias de seus companheiros. Ou, ainda, observar com humildade e compreensão alguém assumir os méritos de alguma realização sua.

Enfim, em nenhuma circunstância o caráter de um ser humano é tão provado como no trabalho de equipe. E, à medida que o indivíduo cresce, essas provas tornam-se mais sutis. Contudo, esse é o caminho. Não há outro capaz de melhor preparar a humanidade para a Idade de Aquário.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 01/86 – SP)

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