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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Tratamento e Cura – quando é um, quando é outro – assim, não nos enganamos


Faz-se distinção, na Cura Rosacruz, professada pela Fraternidade Rosacruz, entre tratamento e cura. Tratamento é um processo exclusivamente físico. Cura é um processo tanto espiritual como físico. Em inglês, isso é fácil distinguir, pelas palavras: “curing”, como tratamento e “healing” como cura.

Quando uma pessoa é tratada, significa que se submeteu, passivamente, a um tratamento imposto de fora, em resultado do qual, os sintomas de que se queixava, foram eliminados. Esse tratamento, porém, oferece só um alívio temporário. Quando uma pessoa é curada, isso quer dizer que cooperou ativamente, tanto física como espiritualmente com o curador. Os sintomas de que se queixava são eliminados, mas há mais: ela atingiu a compreensão das causas subjacentes, espirituais, do seu padecimento e deu os passos necessários para adotar procedimentos relevantes e conduzir-se em conformidade com as leis da Natureza. A cura é permanente, na medida em que se mantenha em obediência as leis naturais, que são as Leis de Deus.

Existem três grandes fatores na cura: primeiro, o Poder Curador de nosso Deus Pai (que está em todo lugar pois, “n’Ele vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”); em seguida o curador (selecionado astrologicamente por métodos Rosacruzes de astrodiagnose e astroterapia); terceiro, o paciente (que quer ser curado, cooperativo, participativo e quem tem uma vontade enorme em ajudar aos demais). E nesse paciente que o Poder do Pai age, por meio do curador, de maneira a dissipar todos os males físicos, psíquicos, mentais e emocionais.

Quando as pessoas procuravam Cristo-Jesus para serem curadas, não esperavam tratamento físico, pois sabiam que seus alívios lhes seriam dados através do Poder do Espírito.

Tinham uma fé profunda nos poderes de cura d’Ele, o Deus Filho. Desde que “a fé sem ação, nada vale” esperava-se de cada suplicante uma cooperação ativa com o curador. Quando obedecia a injunção de “estende a tua mão” ou “toma o teu leito e caminha“, só para citar dois exemplos, ele ficava curado. Estas eram simples condições, mas que tinham que ser obedecidas de tal maneira que o Espírito de obediência do paciente pudesse ajudar o trabalho do curador.

A mesma coisa continua sendo verdadeira hoje. É a desobediência às leis naturais (Leis de Deus) que traz a doença. A obediência as leis naturais criam no paciente as condições que permitem ao Poder de Cura trabalhar por intermédio do curador e efetuar uma cura verdadeira e permanente!

(Traduzido da Revista “Rays from the Rose Cross” e Publicado na Revista Serviço Rosacruz – 03/1978 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Folheto: A Diferença entre Curar Definitivamente ou Sarar (remediar)

Curar e “curar”

Como a grande maioria das pessoas não faz distinção entre curar definitivamente e sarar, não será demasiado explicar a diferença que consiste principalmente em haver ou não haver cooperação do paciente. Uma pessoa pode sarar outra com massagens ou drogas. Nesses casos, o paciente se mantém passivo, como o barro nas mãos do oleiro. Não há dúvida de que com tais tratamentos podem desaparecer as afecções e o doente se restabelecer, mas em geral seu restabelecimento é apenas temporário porque não foram levadas em conta as causas reais da enfermidade; o doente não compreendeu que a doença é a consequência da violação das Leis da Natureza, sendo provável, portanto, que continue fazendo as mesmas coisas que fazia e como resultado a doença poderá retornar.

Processo físico e espiritual

Sarar (ou remediar) é um processo físico. Curar definitivamente é radicalmente diferente porque nesse caso se exige que o paciente coopere espiritual e fisicamente com quem.

Os exemplos na vida do Cristo: a fé

Para esclarecer esse assunto, nada melhor do que estudar a vida e as obras do nosso Mestre, o Cristo. Quando as pessoas iam a Ele para serem curadas definitivamente, não esperavam ser submetidas a nenhum tratamento físico porque sabiam que iriam ser curadas pelo poder do Espírito. Elas tinham confiança ilimitada n’Ele, o que era absolutamente essencial, como podemos observar nos incidentes registrados no Capítulo XIII do Evangelho segundo São Mateus, onde se diz que o Cristo foi para o meio das pessoas entre as quais Jesus, o possuidor original do Corpo, havia morado em sua juventude. Tais pessoas não viam mais do que o ser humano exterior e diziam: “Não é este Jesus o filho de José? Não estão conosco seus irmãos?”. Elas acreditavam que nada de grandioso poderia sair de Nazaré e as coisas foram feitas de acordo com a sua fé, pois lemos que “ali não fez grandes obras devido à falta de fé”.

A sem obras é morta Mas a fé sem obras é morta e em todos os casos em que Cristo curou alguém, essa pessoa tinha que fazer alguma coisa: tinha

que cooperar com o Grande Médico, antes que a sua cura se efetuasse. Dizia Ele: “Estende a tua mão”, e quando a pessoa assim fazia, sua mão ficava curada. Dizia a outro: “Toma o teu leito e anda”, e quando isso era feito, desaparecia a enfermidade. Ao cego mandou: “Vai e banha-te no lago de Siloé”, ao leproso: “Vai ao sacerdote e oferece o teu donativo”, etc.

A parte que cabe ao Paciente

Em todos os casos havia necessidade da cooperação ativa da parte daquele que desejava ser curado. Eram simples pedidos, mas tais como eram, tinham que ser atendidos e a obediência auxiliava o trabalho do curador. Quando Naamã foi a Eliseu, acreditando que o profeta iria fazer um grande passe de mágica e cerimônias para livrá-lo das suas manchas de lepra, ficou decepcionado. E quando o profeta lhe disse: “Vai e banha-te sete vezes no Rio Jordão”, ficou irritado até o ponto de gritar: “Não temos grandes rios na Assíria? Por que tenho que me lavar no Jordão? Que tolice!”. Faltava-lhe o espírito de submissão, absolutamente necessário para que o serviço pudesse ser feito e

podemos afirmar que se persistisse, jamais teria ficado curado, pelo Cristo, da sua enfermidade. Tampouco seriam curados pelo Cristo os enfermos, se não obedecessem e fizessem o que lhes ordenava. Essa é uma Lei da Natureza absolutamente certa. A desobediência produz a enfermidade. A obediência, envolva ela o lavar-se no Jordão ou o estender a mão, mostrará a mudança de ânimo e a pessoa ficará em situação de receber o bálsamo que pode vir por intermédio do Cristo ou por intermédio de outra pessoa, conforme o caso. Em primeiro lugar, em todos os casos, as forças curadoras provêm do Pai que está nos Céus, que é o Grande Médico.

Os três fatores para alcançar a Cura

Existem três fatores no processo de curar definitivamente:

1º) o poder do nosso Pai Celestial;

2º) o curador;

3º) o ânimo obediente do paciente sobre o qual possa agir o poder do Pai por intermédio da pessoa que cura, de tal forma

que dissipe todas as enfermidades corporais.

A composição dos dois primeiros fatores para alcançar a cura

Compreendamos que todo o Universo está impregnado pelo Poder do Pai, sempre à nossa disposição para curar todas as doenças e enfermidades, de qualquer natureza que sejam: isto é absolutamente certo.

O curador é o foco, o veículo por cujo intermédio se infunde a energia no Corpo do paciente.

Se for um instrumento adequado, consagrado, harmonioso, real e bem harmonizado com o Infinito, não há limites para as obras maravilhosas que o Pai realizará por seu intermédio, quando a oportunidade se apresentar a um paciente suficientemente receptivo e de Mente obediente.

É assim que se procede na Cura Rosacruz.

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