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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Diagrama – Correntes do Corpo de Desejos na pessoa comum, no Clarividente voluntário e no Clarividente involuntário

Durante a vida aqui o nosso Corpo de Desejos não tem a mesma forma que os nossos Corpos Denso e Vital. Somente após a morte ele assume essa forma. Durante a vida tem simplesmente a aparência de um ovoide luminoso que, nas horas de vigília, envolve completamente o Corpo Denso, assim como no ovo a clara envolve a gema. Estende-se em torno de 31 a 41 centímetros além do Corpo Denso.

Nesse Corpo de Desejos existe certo número de centros sensoriais que ainda se encontram em estado latente na maioria dos seres humanos. O despertar destes centros de percepção corresponde ao descerrar dos olhos no cego do nosso exemplo anterior. A matéria do Corpo de Desejos humano permanece em movimento contínuo de incrível rapidez. Nem há nele um lugar estável para qualquer partícula, como no Corpo Denso. A matéria que num determinado momento está na cabeça, encontra-se nos pés ao instante seguinte, para voltar outra vez.

Não há órgão algum no Corpo de Desejos, como nos Corpos Denso e Vital, mas há centros de percepção que ao entrarem em atividade parecem vórtices, sempre permanecendo na mesma posição em relação ao Corpo Denso. A maioria desses vórtices encontra-se em volta da cabeça.

Na maioria das pessoas esses centros não passam de simples remoinhos, sem utilidade como meios de percepção, ou sejam esses centros são inativos.

Podem ser despertados, contudo, ainda que dos métodos usados dependam os resultados conseguidos.

Correntes do Corpo de Desejos no ser humano comum, no Clarividente voluntário e no Clarividente involuntário

No Clarividente involuntário, desenvolvido no sentido negativo e impróprio, estes vórtices giram da direita para a esquerda, ou seja, na direção oposta à dos ponteiros de um relógio.

No Corpo de Desejos do Clarividente voluntário, devidamente desenvolvido, os vórtices giram na mesma direção dos ponteiros de um relógio, fulgurando esplendorosamente e ultrapassam muito a brilhante luminosidade do Corpo de Desejos comum. Estes centros, como meios de percepção das coisas no Mundo do Desejo, permitem ao Clarividente voluntário ver e investigar à vontade, ao passo que as pessoas cujos centros giram da direita para a esquerda são como espelhos que refletem o que se passa em sua frente e, por isso mesmo, incapaz de obter informações reais.

A razão disso, ou seja, das pessoas cujos centros giram da direita para a esquerda não serem capazes de terem controle, ou ainda, o desenvolvimento da mediunidade é muito mais fácil; é simples revivificação da função negativa que possuía o ser humano no antiquíssimo passado (nas Épocas da história da Terra chamadas Lemúrica e Atlante, todos nós éramos Clarividentes involuntários, situação necessária para aquele momento na Evolução), pela qual o mundo externo refletia-se nele e cuja função era retida pela endogamia. Nos atuais médiuns essa faculdade é intermitente. Sem razão alguma aparente, podem “ver” umas vezes e outras não. Ocasionalmente, o intenso desejo do interessado permite ao médium pôr-se em contato com a fonte de informação que procura e nessas ocasiões vê corretamente. Contudo, nem sempre se porta honestamente.

O que ficou dito acima constitui uma das diferenças fundamentais entre um médium e um Clarividente voluntário desenvolvido de modo apropriado.

Note: um Clarividente voluntário possui uma faculdade muito diferente da do médium, geralmente um Clarividente involuntário, isto é, que só pode ver o que se lhe apresenta e que, no melhor dos casos, pouco mais tem além da mera faculdade negativa.

A faculdade em um Clarividente voluntário está sob completo domínio da sua vontade. Não é necessário pôr-se em transe, ou fazer algo anormal para elevar sua consciência até o Mundo do Desejo. Basta-lhe somente querer ver, e vê.

Afinal, no Mundo do Desejo as formas mudam da maneira mais fugaz e instável. Isto é manancial de confusões sem conta para o Clarividente involuntário.

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Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Auxiliares Invisíveis e Médiuns

Auxiliares Invisíveis e Médiuns

Há duas classes de pessoas no mundo. Uma delas possui os Corpos Denso e Vital tão for­temente conectados que seus Éteres não podem ser extraídos em nenhuma circunstância, permanecendo sem­pre com o Corpo Denso, em todas as condições, desde o nascimento até a morte. Tais pessoas são in­sensíveis a qualquer manifestação supersensitiva da visão ou audi­ção e, por isso, geralmente são ex­cessivamente céticas, não acredi­tando que exista algo além daqui­lo que possam ver.

Há outra classe de pessoas, nas quais a conexão entre os Corpos Denso e Vital é frouxa, em menor ou maior intensidade, de forma que o Éter dos seus Corpos Vitais vibra a uma velocidade maior do que no primeiro grupo mencionado. Essas pessoas, portan­to, são sensitivas em maior ou me­nor grau para o mundo espiritual.

Podemos dividir novamente essa classe de sensitivos. Alguns são caracteres débeis, dominados pela vontade dos outros de forma passiva, tais como os médiuns que são presas de espíritos desen­carnados e desejosos de obter um Corpo Denso, depois que perderam seus próprios Corpos pela morte.

A outra classe de sensitivos são caracteres fortes, ativos, que agem unicamente por seu foro ín­timo, de acordo com sua própria vontade. Eles podem se desenvolver e tornar-se clarividen­tes práticos, sendo seus próprios senhores, em vez de escravos de um espírito desencarnado. De al­guns sensitivos de ambas as classes é possível extrair uma parte do Éter que forma o Corpo Vital. Quando um espírito sem Corpo Denso obtém um paciente dessa natureza, desenvol­ve-o como “médium de materializa­ção”. O ser humano capaz de sair com o seu próprio Corpo Vital por um ato de vontade converte-se em um ci­dadão de dois mundos, independen­te e livre. Esse é conhecido frequentemente como “Auxiliar Invisível”. Há outras condições anormais nas quais o Corpo Vital é separado, total ou parcialmente, do Corpo Denso, como por exemplo quando coloca­mos uma perna em posição incômo­da, de maneira a obstar a circula­ção do sangue. Nesse caso, podemos ver a perna etérica pendurada embaixo do membro visível, como uma meia. Quando a circulação se restabelece e o membro etérico procura voltar à sua posição, notamos uma intensa sensação de formigamento; isso ocorre de­vido ao fato de as pequenas correntes de força, que todos os áto­mos irradiam através do Éter, ten­tarem interpenetrar as moléculas da perna e estimulá-las novamente à vibração. Quando uma pessoa está se afogando, o Corpo Vital também se separa do Denso e a do­lorosa, a intensa sensação do formi­gamento causada pelo reavivamento também é devida à causa antes men­cionada.

Enquanto estamos em estado de vigília, continuando nosso trabalho no Mundo Físico, o Corpo de Desejos e a Mente interpenetram am­bos: o Corpo Denso e o Corpo Vital, estabelecendo-se uma luta constan­te entre a natureza de desejos e o Corpo Vital. O Corpo Vital está continuamente ocupado na construção do organismo humano, enquanto os impulsos do Corpo de Desejos tendem a cansar e desgastar os tecidos físicos. Gradualmente, no decorrer do dia, o Corpo Vital perde terreno diante dos ataques do Corpo de Desejos. Pouco a pouco, acumulam-se os venenos da deterioração e o fluxo da força Vital se torna cada vez mais vagaroso, até que, por fim, somos incapazes de mover os músculos. Então o Corpo sente-se pesado e exausto. Afinal, o Corpo Vital sofre um colapso, por assim dizer: as diminutas correntes de força que penetram cada átomo parecem se encolher e o Ego é for­çado a abandonar seu Corpo às for­ças restauradoras do sono.

Quando um edifício foi mal con­servado, tendo que sofrer uma se­vera reparação, os inquilinos devem mudar-se para permitir que os operários tenham o campo livre. O mesmo ocorre quando o edifício de um espírito se tornou impróprio para seu uso ulterior: deve-se sair dele. Como foi o Corpo de Desejos que produziu os danos, é lógico concluir que ele também deva se retirar. Todas as noites, depois que nosso Corpo ficou cansado, os veículos supe­riores se retiram, ficando sobre o leito unicamente o Corpo Denso e o Corpo Vital. Começa então o pro­cesso de restauração, que dura mais tempo ou menos, de acordo com as circunstâncias.

Há ocasiões, não obstante, nas quais o predomínio do Corpo de De­sejos sobre nossos veículos mais densos é tão forte que ele se recusa a abandoná-los. Ficou tão interes­sado nos acontecimentos do dia que continua ruminando sobre eles de­pois do colapso do Corpo Denso, re­tirando-se apenas parcialmente. Nesse caso, pode transmitir visões e sons do Mundo do Desejo ao cérebro; contudo, como as ligações nessas condições estão naturalmente desa­justadas, disso resultam os sonhos mais confusos. Além disso, como o Corpo de Desejos impele à ação, o Corpo Denso é muito possivelmente sacudido quando o Corpo de Dese­jos não se retira por completo. Daí os sonos sobressaltados que geral­mente acompanham os sonhos de natureza confusa.

Existem realmente ocasiões nas quais os sonhos são proféticos e se realizam; mas surgem apenas de­pois de uma completa retirada do Corpo de Desejos, sob circunstân­cias especiais em que o espírito tenha, por exemplo, notado algum perigo em vias de se manifestar e, então, impri­me o fato no cérebro, “no momento do despertar”.

Pode também acontecer que o espírito se afaste num voo anímico e se esqueça de realizar o trabalho de restauração que lhe compete. Então o Corpo não estará em condições de ser ocupado pela manhã, continuando assim adormecido. O espírito pode ficar ao seu redor du­rante vários dias, ou até semanas, antes de penetrá-lo novamente e assumir a rotina nor­mal entre a vigília e o sono. Essa condição é chamada de transe e o espírito, ao regressar, pode se lembrar do que viu e ouviu nos Pla­nos suprafísicos, podendo também esquecê-lo, conforme o seu estado de desenvolvimento e a profundidade do estado de transe. Quando o tran­se é muito leve, o espírito geralmente permanece durante todo o tempo no quarto onde seu Corpo descansa e, ao voltar, pode contar aos seus familiares tudo o que disseram ou fizeram enquanto seu Corpo permanecia inconsciente. Quando é mais profundo, ao voltar o espírito geralmente está incons­ciente do que ocorreu ao redor do seu Corpo, mas pode relatar ex­periências obtidas no Mundo invisí­vel.

Há alguns anos, uma menina cha­mada Florence Bennett, de Kankakee, Estado de Ilinois, caiu num transe dessa espécie. Voltava ao seu Corpo depois de alguns dias, mas permanecia somente por poucas horas. O fenômeno durou aproximadamente três semanas. Du­rante as voltas ao Corpo, ela dizia aos seus parentes que em sua ausência ela parecia estar em um lugar ha­bitado por todas as pessoas que morreram. No entanto, afirmava que ne­nhuma delas falava sobre ter morrido e nenhuma parecia estar ciente de estar morta. Entre as pessoas que via estava um maquinista de trem, morto em um acidente. Seu Corpo ha­via sido mutilado no acidente. A menina o via lá, andando sem os braços e com lesões na cabeça. Tudo isso está de acordo com os fatos obser­vados pelos investigadores místicos. Pessoas feridas em acidentes con­tinuam aparentemente na mesma si­tuação até aprenderem que com um simples desejo de voltar a ter seu Corpo completo poderão obter um novo braço ou perna, pois a substância de desejos é rapidamente modelada pelo pensamento.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de junho/1975)

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