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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Folha com Aspectos Astrológicos Rosacruz – ABRIL de 2024

Com a Folha Astrológica Rosacruz o Estudante Rosacruz tem uma importante ferramenta que o ajuda a aproveitar as influências astrais benéficas e a se precaver para não cair nas tentações oferecidas pelas influências astrais adversas, no seu dia a dia.

Compreende quais as influências são mais fortes e quais são as mais fracas.

Também sabe quais são os melhores períodos e dias para tratamentos da sua saúde quando da necessidade de se trabalhar em alguma parte do seu Corpo Denso.

E tem o acesso aos dias em que oficia Rituais dos Serviços Devocionais especiais.

Se está fazendo os Cursos de Astrologia Rosacruz, o uso se torna mais eficaz e muito mais abrangente.
Ajuda, inclusive, ao Estudante Rosacruz que está fazendo os Cursos de Astrologia Rosacruz a compreender a dinâmica da Astrologia e a influência dos Astros durante todos os dias.

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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Filosofia da Astrologia Rosacruz

“É assunto de conhecimento comum entre os místicos que o caminhar evolucionário da Humanidade está indissoluvelmente ligado às Hierarquias Divinas que regem os Astros e os Signos do Zodíaco e que a passagem do Sol e dos Planetas através dos doze Signos assinala o progresso do ser humano no espaço e no tempo.”

Max Heindel

Há um prazer mesclado a uma profunda gratidão, em poder citar o que Max Heindel disse em seu Livro “A Mensagem das Estrelas”. Em minha juventude, quando me debatia em meio às dificuldades Religiosas, seus livros estiveram entre aqueles que ofereceram grande conforto, liberdade e iluminação. Todos aqueles que pertencem à nossa geração e que se perturbam com as dúvidas suscitadas pela Religião ortodoxa ou estão sedentos de uma compreensão espiritual que possa satisfazer tanto o coração como o intelecto, todos reconhecem nele uma das luzes direcionais pela contribuição dada à decifração da mensagem celestial e à solução do enigma do universo.

Entre todas as artes e ciências que se propõem a revelar a nós a nossa natureza interna e explicar a nós as Leis da Natureza, não há mais bem qualificada para assim proceder do que a mais velha de todas as Ciências — a Ciência da Astrologia Rosacruz. Seu estudo vem exercendo irresistível atração aos verdadeiros Estudantes Rosacruzes; em todos os tempos, as pessoas que aceitam implicitamente as descobertas e luz reveladora dela têm inspirado inúmeras gerações, desde o mais remoto passado ao presente. Provavelmente, nenhuma outra Ciência no mundo registrou uma história mais completa e interessante do desenvolvimento da Terra e da evolução da Humanidade. A relação dela com todas as grandes Religiões, incluindo a Religião Cristã, é demonstrada não somente pelas alegorias astrológicas e referências feitas nos livros sagrados e na mitologia, mas também por inscrições e ilustrações de símbolos nos antigos Templos. Referências à Lua Nova e Lua Cheia, aos Eclipses Solares e Lunares, aos Solstícios e Equinócios e às Conjunções dos maiores Astros, mostrando sua importante influência sobre nós e sobre a Terra, têm sido registradas pelas grandes civilizações, não importando quando ou onde tenham existido. Os antigos sábios, por repetidas observações, estavam capacitados a descobrir todos aqueles fenômenos naturais e a determinar a influência que os corpos celestes exercem sobre as pessoas. Assim, eles nos deram um sistema filosófico que tem desempenhado importante papel na moral, na Religião, na ciência e na evolução espiritual da Humanidade.

A Astrologia Rosacruz, a sua aplicação por meio da Astrodiagnose e a Filosofia Rosacruz sempre tiveram um lugar no nosso pensamento e nos nossos sentimentos, embora fossem muito obscurecidas em certas épocas. Que assim tenha sido não é de causar surpresa, ao considerarmos que a Astrologia Rosacruz é o maior sistema de pensamentos organizados que já concebido. As interpretações dela sobre a origem do cosmos e sobre a nossa origem são o mais antigo sistema de Filosofia Religiosa. Muito antes do Cristianismo e de outras grandes Religiões, a Astrologia já era conhecida e estudada (infelizmente, ao longo do tempo, muitos a difamaram, deturpando o seu uso). Assim, foi-nos transmitida como Religião e Filosofia. A Astrologia Rosacruz é uma fase da Religião, em virtude da santa e exaltada concepção dos corpos celestes, do Seu Criador, pelo profundo sentimento religioso e pela reverência que vem inspirando em cada Estudante Rosacruz sincero que pesquisa seus segredos. É uma Filosofia, considerando-se que não pretende proporcionar poderes mágicos e conhecimentos sobrenaturais, mas chegar a conclusões por raciocínio, provindo da causa ao efeito.

Desde muito tempo, observamos que o Sol, em seu trajeto anual ao redor dos doze Signos do Zodíaco, determina as estações do ano: primavera, verão, outono, inverno. Observamos o movimento dos Astros e notamos que suas influências estão na dependência de suas naturezas intrínsecas, verificando-se as poderosas tendências que projetam sobre nós, tanto para o bem como para o mal, desde o nascimento até a morte. Por meio da interpretação desses fenômenos podemos explicar as diferenças inerentes em pessoas e, especialmente, a causa das suas doenças e enfermidades nessa vida, resultado das más ações geradas pelas próprias pessoas. Assim, no curso do tempo, nos tornamos aptos a prever, por meio do símbolo dos Astros, o destino que está reservado as pessoas e aos assuntos nos quais estão inseridos.

A Astrologia Rosacruz oferece, de forma completa e viva, maravilhosos e interessantes lampejos de eventos pré-históricos que fizeram a história do nosso Planeta e de seus habitantes.

A Astrologia Rosacruz é uma ciência que proporciona um discernimento sobre a verdade, em sua concepção de realidade universal em todos os aspectos e em todas as particularidades.

Na parte básica da Astrologia Rosacruz aprendemos que em ambos os lados do caminho solar há um número de estrelas fixas que se agrupavam em doze constelações. A partir daí definimos o que chamamos de Signos astrológicos. Para entendermos um pouco sobre esse assunto imaginemos uma faixa circular projetada a partir da Terra e dividida em doze setores iguais. Isso é o que astrologicamente chamamos de Signos Astrológicos ou Zodiacais. Observemos que algumas constelações celestes levam o mesmo nome dos Signos astrológicos e é por isso que muita gente confunde e acha que Signos e constelações são a mesma coisa. Cada Signo exerce influências, tem características similares e peculiaridades expressas por diferentes animais. Ainda observamos que, quando o Sol, a Lua ou os Astros, em seu percurso, entra em um desses Signos, os raios sutis e invisíveis do Signo reagem sobre a vibração astral e se fazia sentir na natureza e em milhares de seres humanos distanciados entre si. Essas projeções dos corpos celestes influenciam o destino de cada um de nós e, dessa forma, de todos os assuntos que fazem parte da vida terrestre. Assim, a arte horoscópica é uma realidade. O horóscopo, originário do instante em que a criança inala a primeira golfada de oxigênio, indica, pela posição dos Astros nos Zodíaco e pelos Aspectos que formam entre si, o caráter da pessoa e o destino dela.

A Astrologia Rosacruz deve ser utilizada com o propósito de auxiliar à cura das doenças e enfermidades (físicas, emocionais, mentais). E para isso qualquer assunto (detalhado pelas Casas astrológicas) pode ser o motivo de se manter uma doença ou enfermidade latente ou de ativá-la e causar o sofrimento, a dor e as tristezas da pessoa nessa vida.

De todas as contribuições para o conhecimento, duas descobertas são de suma importância: a primeira é a correlação das várias partes do Corpo Denso com os vários Astros e Signos; a segunda, a com­preensão adquirida da Precessão dos Equinócios.

A regência das partes do Corpo Denso pelos Astros é uma parte importantíssima no relacionamento da Astrologia Rosacruz com o estudo das doenças e enfer­midades. O horóscopo, levantado por meio da Astrologia Rosacruz mostra as doenças e enfermidades incipientes desde o nascimento até a morte de uma pessoa e, desse modo, ter tempo suficiente para aplicar uma dose de prevenção e, talvez, escapar de uma doença ou enfermidade ou, pelo menos, minimizar sua severidade, quando ela tiver tomado conta da pessoa. A Astrologia Rosacruz indica o dia em que as crises vão se manifestar e, assim avisada, a pessoa pode tomar medidas extras de precaução para superar o ponto crítico. Ela indica quando as influências adversas estão diminuindo, e fortalece a pessoa para que suporte os sofrimentos presentes com a força nascida do conhecimento de que a recuperação é certa em determinado momento. Assim, a Astrologia Rosacruz oferece ajuda e esperança de uma maneira impossível de se obter por outro método, pois seu campo é mais amplo do que o de todos os outros sistemas e penetra na própria alma do Ser.

Todas as influências causadoras de desordens mentais, morais e físicas ou as indicações de como um medicamento deva ser administrado, bem como o tempo favorável para tal, foram investigados e estudados nos tempos de Ptolomeu, Paracelso e, modernamente, por Max Heindel e Augusta Foss Heindel.

Usando como base a Astrologia Rosacruz obtemos por meio da Astrodiagnose – que é a arte de se obter conhecimento científico sobre doenças e suas causas, bem como os meios de superá-las, através de indicações dos Astros. Logicamente, a Astrodiagnose não é uma ciência que despreze as escolas de medicina e diagnose tradicionais, mas sim é um acréscimo às mesmas. É claro que qualquer pessoa com Mente aberta está pronta a aceitar um novo e avançado método de diagnose, desde que a confiabilidade desse seja comprovada.

É um fato que a dependência total de sintomas externos para identificar as doenças ou enfermidades e a confiança unicamente na ação de remédios já custaram e custam a vida de muitas pessoas. Mas conforme nos tornamos mais esclarecidos, com uma mentalidade bastante ampla vamos nos libertando de velhos métodos que provaram, por meio de muitos erros e sacrifícios de muitas vidas, serem inadequados. A ciência médica tradicional, sem dúvida, com seus instrumentos e procedimentos aperfeiçoados, deu grandes passos em direção a melhores métodos de diagnose. Mas não está longe o tempo em que se admitirá, publicamente, que o melhor caminho a seguir é saber, previamente, onde está o elo humano mais fraco para entender, por meio da Astrologia Rosacruz, onde o praticante pode encontrar o problema. Então, os profissionais de saúde poderão chegar mais rápido às causas das doenças e enfermidades (físicas, emocionais e mentais) e, também, poderão conhecer quais os melhores métodos de cura. Quando tais profissionais de saúde forem capazes de usar o horóscopo, levantado por meio da Astrologia Rosacruz, poderão descobrir o tratamento mais adequado que cada pessoa doente ou enferma poderá melhor responder. Ainda mais, tais profissionais de saúde conhecerão o caráter pessoa doente ou enferma; se a vontade dessa é fraca e se é de natureza negativa ou emocional. Então, de acordo com as informações obtidas, tais profissionais de saúde serão guiados em seus métodos de tratamentos. As doenças e enfermidades podem ser classificadas em dois tipos: latentes e ativas. Os “sintomas” fornecem indicação que a doença ou enfermidade está em processo de materialização. As tendências latentes para doenças e enfermidades são mostradas pelos Aspectos adversos (Quadraturas, Oposições e Conjunções adversas) nos Astros, verificadas no horóscopo natal. Em alguns casos, essas tendências são capazes de permanecer latentes por toda a vida, porque a pessoa pode viver de tal modo que nenhuma tensão seja aplicada ao Corpo Denso, tensão essa que daria aos Astros oportunidade de desenvolver suas fraquezas latentes. Pois se há um elo fraco em uma corrente, mas nenhuma pressão se faz sobre este, ela continuará inteira. A mesma coisa ocorre com os Aspectos adversos (Quadraturas, Oposições e Conjunções adversas) entre os Astros: elas continuarão latentes. Mas tão logo a pessoa abuse do Corpo Denso dela, esses pontos fracos poderão se manifestar. Isto nos proporciona a segunda classe de doenças: as do tipo ativas. Quando os Aspectos entre os Astros são ativados e a doença ou enfermidade aparece, as posições dos Astros progredidos fornecem a chave para o diagnóstico. Quando profissionais da saúde, cientistas, pessoas que trilham o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz e Astrólogos Rosacruzes verdadeiros chegarem a um entendimento amigável; quando recentes descobertas e pensamentos mais tolerantes das pessoas deixarem de divergir tanto uns dos outros, então saberemos que o terror e a dor da sala de cirurgias serão coisas do passado. Uma saúde radiante será desfrutada universalmente, pois seremos ensinados a viver de modo que evitaremos sofrimentos. Os profissionais de saúde viverão tão ansiosos por manter as pessoas sadias como estão agora para ajudá-las a se recuperarem de doenças e enfermidades.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de maio/1973-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Serviço de Domingo de Páscoa em Mount Ecclesia

“O Serviço de Páscoa em Mount Ecclesia foi realizado, como de costume, ao nascer do Sol, ao redor da Cruz colocada na estrela de flores douradas, localizada no centro do gramado circular, em frente ao prédio da biblioteca. Em nenhum momento emitimos convites especiais ou nos esforçamos para ter um número específico de pessoas presentes, mas vale ressaltar que, como de costume em todos os eventos importantes, o número de presentes, multiplicado ou somado, fez o número 9, que é o “Número do Homem” e o número de graus dos mistérios menores para os quais a Fraternidade Rosacruz é uma escola preparatória. Nesta ocasião estiveram presentes 33 pessoas.

Às cinco e meia Max Heindel, como de costume no Serviço de Páscoa, tomou seu lugar ao lado da Cruz e dirigiu-se aos presentes. Ele disse, em parte, o seguinte:

‘Se entrássemos em uma igreja ortodoxa ou assistíssemos aos cultos feitos ao ar livre da manhã de Páscoa, realizados em muitos lugares por todo o país, provavelmente ouviríamos a história da ressurreição de um indivíduo chamado Jesus, que morreu por nossos pecados na Sexta-feira Santa e ressuscitou dos mortos no Domingo de Páscoa. Embora a história da vida de Jesus, conforme registrada nos Evangelhos, seja praticamente verdadeira e nós O amemos e veneremos pelo nobre trabalho que Ele fez e está fazendo pela humanidade, olhamos além: para a importância e o significado esotérico da Páscoa’.

‘Se esta fosse simplesmente uma festa para comemorar a morte de um indivíduo, então seria, à primeira vista, uma tolice fazer dela uma festa móvel; não fixamos a morte de Lincoln pelo Sol, como sabemos que é o caso da Páscoa em relação ao Cristo, como comumente se supõe; pois esse evento é sempre determinado pelas Conjunção do Sol e da Lua no Signo de Áries, o carneiro ou cordeiro. Primeiro, o Sol e a Lua devem chegar a uma Conjunção, que é a Lua Nova; depois a Lua deve seguir seu curso no meio do círculo do Zodíaco até que se torne uma Lua Cheia; então, o primeiro domingo seguinte a esse evento é o Domingo de Páscoa”.

‘Isso mostra claramente que não estamos comemorando a morte de um indivíduo, mas que este é um festival solar. No entanto, não adoramos o Sol, a Lua e as Estrelas. Fazer isso seria idolatria. No entanto, sabemos que o Sol é o veículo físico da Divindade, assim como os Planetas são os veículos dos Sete Espíritos diante do Trono. Portanto, percebemos que o Espírito de Cristo que iluminou o corpo de Jesus e entrou na Terra no Gólgota não completou o sacrifício de uma vez por todas, assim como o Sol, ao brilhar sobre a superfície da Terra apenas uma vez não pode fazer as plantas crescerem para sempre nem envolver a Terra com o seu calor continuamente. Mas a cada ano, quando o Sol desce em direção ao nodo ocidental, no Equinócio de Setembro, o raio vitalizante de Cristo entra na superfície da Terra e permeia nosso globo até o centro, que atinge quando o Sol está em seu ponto mais baixo de declinação e quando falamos do nascimento do Salvador, no Natal’.

‘Então, quando o Sol começa a ascender em direção ao Equinócio de Março, essa grande onda vitalizadora de força dinâmica volta a ascender à periferia da Terra, fertilizando os milhões de sementes adormecidas no solo. Ele impulsiona a seiva nas árvores e as faz brotar, de modo que a floresta se torna um abrigo nupcial para o acasalamento de animais e pássaros. Esta força cósmica de Cristo é libertada da escravidão da Terra na Páscoa, quando ela se esgota, depois de dar sua vida pelo mundo’.

‘Assim, há uma inspiração e uma expiração na natureza e o mundo não poderia existir sem essa impregnação anual pela força cósmica do Cristo, assim como não podemos existir sem respirar continuamente o ar oxigenado em que vivemos. Logo, de fato, o Cristo nos dá anualmente o pão da vida; mas não apenas em sentido físico. Há, além disso, uma efusão espiritual durante os meses de junho, julho, agosto e meados de setembro da qual podemos nos beneficiar muito, se estivermos dispostos a nos sintonizar com suas vibrações. Esse é o verdadeiro pão da vida no sentido mais elevado da palavra e sem ele nossas almas morreriam de fome; daí a nossa grande gratidão ao Cristo pelo seu sacrifício anual’.

Naquele momento, quando a borda superior do Sol se tornou visível apenas sobre as montanhas do Leste, Max Heindel solicitou aos reunidos: ‘Vejam o nascer do Sol’, enquanto agradecia silenciosamente e oferecia orações e louvores.

Quando o Sol nasceu completamente e a região circundante, verde e alegre com uma profusão de flores, estava banhada pelo Sol brilhante, Max Heindel proferiu aos reunidos a antiga Saudação de Páscoa, ‘O Senhor ressuscitou’, para a qual a resposta é: ‘Sim, Ele verdadeiramente ressuscitou’.

Isso concluiu os cultos na Cruz e o grupo se dirigiu à Pro-Ecclesia, onde foi realizado o tradicional culto de domingo de manhã.”

(Relato de Augusta Foss Heindel, publicado na Revista Rays from the Rose Cross de maio/1918 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Mistério da Imaculada Conceição ou Concepção

O mistério mais profundo ligado à evolução humana é o da Imaculada Conceição. Sua verdade foi velada, propositadamente, da Mente da Humanidade comum que é inteiramente incapaz de compreendê-la. O Rito da Imaculada Conceição sempre foi uma parte dos Mistérios, mas à medida que o materialismo cresceu, uma a uma, as portas das Escolas de Mistérios foram se fechando, assim também o termo Imaculada Conceição chegou a não ter significado especial.

Como um exercício preparatório durante essa época do ano – a mais Santa – é recomendado ao Estudante Rosacruz estudar sobre a Anunciação no Evangelho de S. Lucas 1:26-38[1]. Ajudará muito abrir a compreensão do Estudante Rosacruz ao significado espiritual do que segue:

A Imaculada Conceição representa a maior conquista da feminilidade. Significa uma conquista tão maravilhosa, misteriosa e sagradamente bela que meras palavras são inadequadas para revelar seu verdadeiro significado. Podemos conhecê-lo plenamente no profundo silêncio da alma.

Maria, a mãe de Jesus, simboliza o Eterno Feminino, o princípio do amor. Eva, a Mãe Universal, em quem a “Queda” deste princípio torna-se Maria, a mãe do imaculadamente concebido, quando este princípio amoroso, que tinha sofrido a “Queda”, é erguido e redimido.

Maria era uma mulher terrena, mas perceba um mistério: “Ela purificou sua natureza de tal modo, que a criança que ela concebeu e a quem ela deu à luz era de tal pureza e perfeição que Ele se tornaria um veículo para o Cristo. A vida e as obras de Maria, de José e de Jesus são proféticas da Nova Era – a Era de Aquário –, quando todo Ego será bem-nascido, tendo seus Corpos gerados em amor por pais puros e castos. Só então um novo tipo de seres humanos, unidos em comunhão e bondade fraterna, desdobrará as asas da imortalidade e manifestará um mundo em que habitarão paz, alegria, saúde e abundância. Isso, verdadeiramente, mostrará a “Santidade ao Senhor”.

A Santíssima Virgem Maria é a mais elevada Iniciada que jamais veio à Terra vestindo um corpo feminino. Há uma dupla razão para isso. Ela veio como um perfeito tipo-padrão para o aperfeiçoamento de todas as mulheres. Ela também veio para dar ao ser humano um dos maiores dons do céu, ou seja, o Santo Mistério da Imaculada Conceição.

Os primeiros alquimistas pronunciaram uma verdade profunda quando declararam que a Pedra Viva (Corpo da Nova Era) seria formada pela união do Sol e da Lua. É dentro das duas joias da coroa que adornam a cabeça (a Glândula Pineal e a Glândula Pituitária) que este trabalho divino é principalmente consumado. Um verdadeiro princípio de luz, uma semente solar, forma-se na Glândula Pineal de cada ser humano. É uma parte de sua herança Cristã. No entanto, essa semente de luz permanece adormecida – permanece latente – até que uma pessoa seja sábia o suficiente para entender como usá-la. À medida que o Aspirante à vida superior se torna suficientemente dedicado e espiritualizado, cada ano, imediatamente após o Solstício de Junho, essa semente solar inicia um circuito anual através do corpo, simulando o caminho do Sol em seu curso pelos céus (as correntes da vida no ser humano e na natureza estão sempre de acordo, a menos que o próprio ser humano perturbe essa harmonia). Pelo Equinócio de Setembro, a semente solar chega ao centro do coração, e no Solstício de Dezembro, quando o Sol chega à sua declinação mais ao sul, toca o Plexo Celíaco (ou Plexo Solar). É por esta razão que nos antigos Mistérios o centro do Plexo Celíaco foi denominado o “Padroeiro do templo do corpo humano”. Após a ascensão do Sol, o princípio de luz novamente toca o centro do coração no momento do Equinócio de Março, e no Solstício de Junho é levado para sua casa na Glândula Pineal quando, mais uma vez, o Sol atinge sua posição mais setentrional.

Durante este circuito anual da semente do Sol, o Corpo é eletrificado com nova vida, novo esplendor e os poderes que fazem para a eterna juventude; daqui aqueles que percorrem o caminho para o conhecimento direto são iluminados sempre com uma luz de brilho muito raro. Eles se tornaram um com a glória daquela luz interior que nunca se encontra na terra ou no mar.

Enquanto isso, concomitante ao ciclo solar, a cada mês na Lua Nova forma na Glândula Pituitária um princípio lunar.

Esta semente lunar segue o caminho da Lua. Até a Lua Cheia a semente chega ao centro da geração. A Lua Cheia, portanto, marca o momento crucial do mês. No Corpo de uma pessoa que vive a vida ordinária do mundo, o princípio lunar é dissipado e seus poderes de vida perdidos. No Aspirante à vida superior consagrado, entretanto, o princípio lunar é conservado e erguido, outra vez, do seu repouso na Glândula Pituitária à altura da Lua Nova, onde suas forças se fundem com as do princípio lunar recém-formado. Agora, no Solstício de Junho, para quem percorre o caminho da santidade, uma verdadeira Missa de Cristo é celebrada no templo-Corpo purificado, pois é então que os doze princípios lunares, conservados ao longo do ano, se unem ao princípio solar. Seu lugar de fusão é o terceiro ventrículo, que é a ponte entre a Glândula Pineal e a Glândula Pituitária.

O terceiro ventrículo torna-se, assim, o leito matrimonial sobre o qual a “Criança” Sagrada (união das sementes Solar e Lunar) é concebida e nascida. É também chamado de “manjedoura”, sendo a Glândula Pineal e a Glândula Pituitária os “santos Pais” que participam na união alquímica.

Assim, isso é um breve esboço do processo oculto fundamental que está subjacente ao Rito da Imaculada Conceição.

(Traduzido do livro: The Life and Mission of the Blessed Virgin – Corinne Heline, pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)


[1] N.T.: 26No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. 28Entrando onde ela estava, disse-lhe: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”. 29Ela ficou intrigada com essa palavra e pôs-se a pensar qual seria o significado da saudação. 30O Anjo, porém, acrescentou: “Não temas, Maria! Encontraste graça junto de Deus. 31Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e tu o chamarás com o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; 33ele reinará na casa de Jacó para sempre, e o seu reinado não terá fim”. 34Maria, porém, disse ao Anjo: “Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum?”.35O Anjo lhe respondeu: “O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice, e este é o sexto mês para aquela que chamavam de estéril.37Para Deus, com efeito, nada é impossível”. 38Disse, então, Maria: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!”. E o Anjo a deixou.

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A Aventura da Vida

Parte Um

Ah, o meu coração é jovem e o mundo é feliz. Os portais da vida são amplos.

A juventude eleva-se grandiosa, pensativa. As asas são brilhantes e todas estão aquecidas com sonhos brancos que não são mais do que sombras perfumadas que se afastaram do seu lar eterno.

As flores florescem de saudades e os ventos carregam-se de carícias.

Há uma nova luz no céu e uma profundidade nas estrelas. Porque o Romance é o rei do Mundo.

Tremendo de beleza mística, como um sonho de prata que se perdeu em infinitos céus, a jovem Lua paira baixa; um crescente sombrio, patenteada com mistérios que ainda não foram totalmente expostos.

Ah, o meu coração é jovem e o mundo está feliz. Mas a alma é velha e por baixo da música e do charme soam vozes estranhas do passado que contam significados escondidos nas maravilhas do dia.

Ah, o coração é jovem e o mundo está feliz.

Mas a alma é velha e, no reino dos tons pronunciados, ouve vozes que não têm som. Conhece uma luz que é escuridão para o mundo das coisas finitas.

Parte Dois

A Lua está Cheia e a vida está transbordando. Envolvo o meu coração na regra de ouro do serviço, apaixonado por sua plenitude.

A minha casa parece cheia até transbordar. Quando, de repente, uma nova luz a inunda. Uma luz tão maravilhosa que as cascas das coisas se desfazem. E, no Coração, tudo é divino. Os dias cinzentos vibram com uma estranha beleza.

O sacrifício é glorificado. Com perguntas ansiosas: — Eu encontro sobre uma colina distante o Deus do Amor, que está passando. Enquanto a glória da Sua presença inunda o meu limiar.

Com saudade, sobre o Altar da minha casa, eu junto os seus tesouros. O nascimento da alegria e o mistério da vida.

A profunda alegria de servir. A maravilha de dar.

Os segredos mais íntimos do coração e a beleza do momento em que a alma encontra o que é seu.

Ele parou por um instante e não se demorou: no entanto, a glória da sua vinda não desapareceu da minha casa.

A Lua está Cheia e a vida transborda.

Envolvo o meu coração na regra de ouro do serviço, enamorado da sua plenitude.

E, no entanto, eu me pergunto o que teria acontecido, se o Amor tivesse entrado pela minha porta.

Parte Três

Meio a contragosto, todos os meus barcos de fantasia soltaram as amarras e, silenciosa e ternamente, como a passagem de uma alma, foram engolidos pelo vasto mar do Ser.

Os sinos de vésperas da vida estão tocando suavemente.

Com o cabelo como o hálito prateado das amendoeiras em flor, estou sobre a ponte do Tempo. As lágrimas das dores antigas repousam sobre o meu coração como nuvens roxas no céu da noite.

Enquanto os fios das coisas estão desfeitos — muitos fios ansiosos estão rasgados. Eles devem se fundir no Eterno — sem forma, infinito, ininterrupto.

As ilusões do mundo dispersam-se como brumas azuis perante o limiar branco da Esperança.

Uma voz de silêncio chama enquanto uma quietude mais profunda responde.

Estendo as minhas mãos para erguer as formas dos mundos e encontro por baixo o coração pulsante do som.

Ao longo do céu escuro da meia-noite, o disco branco da Lua está minguando. Inúmeras palavras, em sinais de chama, invocam os Reinos celestiais.

Pelas minhas próprias mãos cansadas, os elos seculares do destino são cortados.

Finalmente, a minha alma está livre para quebrar as suas amarras e se fundir no sem forma, não tendo vontade alguma a não ser a orientação Infinita.

O amor pode abranger.

Nunca mais a dor do desejo ou as agonias da separação.

Absolvendo toda mudança no santuário do Imutável.

Na música das harmonias eternas, eu me entrego ao Vasto para sempre da Vida.

Sob a Sua sombra encontra-se o Coração da Paz.

(de Corinne S. Dunklee – Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de fevereiro de 1919 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

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Como se utiliza a Astrologia no dia a dia e como há charlatões que tentam desvirtuá-la

Apesar desta revista destinar-se aos filiados à Fraternidade Rosacruz que já conhecem o valor da Astrologia, queremos nos dirigir àqueles que, não participando ainda dos nossos ideais, venham a se espantar pelo fato de aparecer, numa Revista que se diz destinada a difundir a sublime Filosofia Rosacruz, uma seção destinada à Astrologia Rosacruz.

Até certo ponto, esses amigos céticos têm razão; a Astrologia, atualmente e para muitas pessoas, é tida como algo para adivinhar, como charlatanismo. Porém, quem fez da Astrologia charlatanismo? Naturalmente que ela, por si mesma, não o foi; foram, portanto, os próprios charlatães que, com a falsa capa de astrólogos, deturparam essa ciência sagrada. Pelo fato de haver médicos inescrupulosos ou pessoas que exerçam a falsa medicina, não concluímos daí que essa utilíssima ciência seja charlatanismo, não é verdade? Muito pelo contrário, chamamos de charlatães aos que desvirtuam tão nobre ciência; mas, a Medicina continua no seu pedestal, continua a ter crédito e a ser de utilidade para a humanidade.

Esse mesmo princípio, esse mesmo raciocínio deveria ser empregado com relação à Astrologia. Por que deveremos tachar a Astrologia de charlatanismo? Pelo fato de haver charlatães que deturpam e desvirtuam os seus ensinamentos? Não, Amigos. Já vimos que esse não é motivo que faça a Astrologia descer das alturas em que deve ser mantida. Combatamos o charlatanismo e não a Astrologia.

A pessoa que se utiliza do calendário, não faz outra coisa do que utilizar-se da Astrologia. Dizer que “estamos em 22 de dezembro”, é o mesmo que dizer: “o Sol entrou no Signo de Capricórnio”. Dizer: “em 21 de setembro começa a primavera”, significa, na verdade, que o Sol acaba de entrar no Signo de Libra. E, em verdade, não é exatamente em 21 de setembro que começa a primavera, mas em 23. Cada grau que o Sol percorre no Zodíaco, assinala um dia no calendário. O fato de que o Zodíaco tenha 360 graus e o ano 365 dias é porque o Sol não percorre exatamente um grau por dia. O cômodo calendário, a simples folhinha, não é, pois, outra coisa do que uma simples e imperfeita interpretação do ciclo solar anual, já utilizado pelos antigos “caldeus”.

É claro que a referência é feita ao movimento “aparente” do Sol, pois em verdade quem perfaz o ciclo é a Terra.

O agricultor que realiza sua sementeira em épocas determinadas, de acordo com as fases da Lua, é um astrólogo que ignora que o é, mas sabe que depois da Conjunção Lua-Sol (Lua Nova) tudo cresce, e que depois da Oposição dos luminares (Lua Cheia), as forças criadoras da natureza decrescem. Astrologia pura, como se vê.

Qualquer marinheiro do mundo sabe que para entrar em portos de pouca profundidade de água, deverá chegar quando se produza a Oposição ou a Conjunção da Lua com o Sol, porque do contrário faltará água para o calado do seu navio. E que as marés altas se produzem nesses períodos. O marinheiro talvez não saiba, mas isso é Astrologia pura.

Finalmente, quando na linguagem do povo se diz: “Um lunático”, faz-se Astrologia. Porque um lunático sempre tem forte influência de Câncer, que é um Signo Zodiacal.

É nosso propósito mostrar e demonstrar a veracidade da Astrologia Rosacruz. É nossa intenção procurar despertar o interesse do Amigo leitor para que se dedique ao estudo dessa ciência tão menosprezada.

Procuremos demonstrar a universalidade do uso da Astrologia Rosacruz. Nós a usamos constantemente sem repararmos que, apesar de todo o nosso ceticismo, estamos praticando a Astrologia Rosacruz.

Vamos ver algumas experiências materiais que atestam a influência astrológica no nosso dia a dia:

Já em outra ordem de ideias, estritamente científicas, isto é, dentro de um método apoiado em rigorosas demonstrações positivas, comprovou-se a influência dos Astros sobre os metais e sobre os Corpos simples. Isso não é obra dos astrólogos, mas dos físicos e dos químicos.

Assim, servindo-se de papel mata-borrão impregnado em uma solução de sais de prata e de ferro, o casal Kolisko demonstrou a influência da Lua e de Marte sobre esses sais. No momento da Conjunção desses Astros, formaram-se no papel mata-borrão uma série de “linhas de força” que terminavam em pontas de flecha de cor pardacenta, as quais se iam apagando à medida que a Lua se afastava de Marte.

Léon Mercier, físico francês contemporâneo, demonstrou, apoiando-se em experiências que realizou durante 15 anos, que os raios da Lua corroem com muito maior rapidez o mármore, ou seja, o carbonato de cálcio, do que os raios do Sol, apesar de que a luz emitida pela Lua é 465.000 vezes menos potente do que a do Sol. Isso vem demonstrar que a Lua emite um comprimento de onda que lhe é próprio e, em certos sentidos, mais poderoso do que o Sol.

Citamos essas experiências para deixar bem patenteada a seguinte verdade: os Astros influem sobre os metais e sobre os corpos simples – como prova a influência lunar sobre o crescimento dos vegetais – em virtude de que princípio lógico poderia alguém de boa-fé negar a influência dos Astros sobre o Corpo humano, constituindo em sua essência molecular por esses mesmos corpos simples? Na realidade, como alguém já disse, é mais fácil provar a verdade, a legitimidade da Astrologia do que a de qualquer outra ciência.

Provada essa influência dos Astros sobre o Corpo Denso, e como todos sabemos que o intelectual, o mental e o espiritual são inseparáveis do Corpo Denso, fica de fato demonstrada a influência dos Astros sobre o caráter, a inteligência, a saúde, as predisposições, em uma palavra, sobre o destino total do ser humano.

Durante todos os séculos que antecederam, a experiência dos astrólogos foram se acumulando e dados foram sendo compilados; tais dados foram submetidos a rigorosas comprovações, por meio de rigorosas estatísticas e por outros processos de observação direta. Desses dados, que outra coisa não são do que posições planetárias comuns a determinados temperamentos e inteligência, concluíram-se LEIS que permitem saber com exatidão, como é um ser humano, física e moralmente, da mesma maneira que o médico diagnostica uma enfermidade pela repetição dos sintomas já observados em outros casos dessa mesma enfermidade. E tudo isso os verdadeiros astrólogos conseguem sem outros dados além da data, hora e lugar do nascimento, dados esses que permitem estabelecer o “diagnóstico astral”, isto é, representar a posição dos Astros nesse ponto da Terra e nessa hora determinada até o minuto.

É muito certo que, da influência dos Astros, a maioria dos astrólogos só conhece os efeitos; porém, nós, que consideramos a Astrologia Rosacruz como sagrada, não podemos separá-la da Religião e, por isso, vamos mais longe, partindo dos efeitos para conhecer as causas. Isso, porém, não constitui descrédito à Astrologia Rosacruz, pois o mesmo ocorre com a eletricidade da qual apenas conhecemos os efeitos, e parece-me ainda não ocorreu a ninguém negar a existência da eletricidade.

O fato é que, no instante do nascimento, as forças astrais “sensibilizam” o ser para toda a vida, assim como um raio de luz, ao passar através da câmera escura, fixa para sempre a imagem na chapa fotográfica. Tudo o que um homem ou mulher traz potencialmente ao nascer, sua “predisposição” inata para alguma coisa está escrita no seu céu de nascimento. E o cálculo das probabilidades aplicado à estatística, demonstrou, pela frequência das semelhanças humanas que correspondem a posições planetárias também semelhantes, que os antigos estavam com razão.

A Astrologia Rosacruz é, pois, uma ciência experimental, como a física, a medicina ou a química, e a ela, nos domínios da saúde, da vocação, da descoberta de nós mesmos, e em infinitos campos impossíveis sequer de esboçar neste pequeno espaço, a humanidade deverá as mais formosas e inesperadas descobertas em um futuro não longínquo. Chegamos, pois, a uma evidência que nenhum ser humano de boa-fé, que se aproxime desta ciência com os olhos abertos, tem direito de duvidar e muito menos de negar a Astrologia Rosacruz.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – março/1979- Fraternidade Rosacruz-SP)      

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Astrologia e a Páscoa

A Páscoa é sempre calculada da mesma forma[1], conforme é requerida pela tradição oculta, para apropriadamente simbolizar a significância cósmica do evento, e a esse respeito, ambos o Sol e a Lua são fatores necessários, já que a Páscoa não é, meramente, um festival solar. Não é somente a passagem do Sol pela linha do Equador, como ocorre todos os anos no Equinócio de Março que conta aqui, mas a Lua Cheia deve ter ocorrido após o Equinócio de Março. Então, o próximo domingo será a Páscoa, o dia da Ressurreição.

A luz do Sol de março deve ser refletida pela Lua Cheia, antes que o dia amanheça na Terra, e nisso há um profundo significado sobre esse método de determinar a Páscoa, como foi dito acima; e esse é o significado oculto: a humanidade não estava suficientemente evoluída para receber a Religião do Sol, a Religião Cristã de Fraternidade Universal, até que essa mesma humanidade fosse, completamente, preparada por meio das Religiões da Lua, as quais segregam e separam a humanidade em grupos, nações e raças. Isso tudo é simbolizado pela elevação anual do Espírito do Sol na Páscoa que vai sendo adiado até que a Lua Jeovística tenha trazido de volta e completamente refletido a luz do Sol da Páscoa.

Todos os fundadores das Religiões de Raça: Hermes, Buda, Moisés, etc. foram Iniciados nos Mistérios Jeovísticos. Eles eram Filhos de Seth. Nessas Iniciações eles se tornaram repletos de alma pelos seus respectivos Espíritos de Raça, e de cada um desses Espíritos de Raça falando através da boca de tais Iniciados forneceu as Leis ao seu povo, como por exemplo: o Decálogo de Moisés, as Leis de Manu, as verdades nobres de Buda, etc. Essas Leis manifestaram o pecado, porque o povo não as cumpria e não poderia guardá-las naquele estágio de evolução. Como consequência, esses povos produziram uma quantidade de Dívidas de Destino. O Iniciado e humano fundador da Religião de Raça tinha tomado para si mesmo essas Dívidas de Destino coletivo e, por isso, ele tinha que renascer de tempos em tempos para ajudar seu povo. Então Buda renasceu como Shankaracharya e teve outros inúmeros renascimentos. Moisés renasceu como Elias e, depois, como João Batista, mas Cristo, por outro lado, não precisou nascer, nem mesmo a primeira vez. Ele fez isso por Sua livre vontade para ajudar a humanidade, para revogar a lei, que traz o pecado, e emancipar a humanidade da Lei do pecado e da morte.

As Religiões de Raça do Deus lunar, Jeová, transmitem a vontade de Deus para a humanidade de um modo indireto por meio de videntes e profetas que foram instrumentos imperfeitos, assim como os raios lunares refletem a luz do Sol.

A missão dessas Religiões foi preparar a humanidade para a Religião universal do Espírito Solar, Cristo, que se manifestou entre nós sem um intermediário, como a luz que vem diretamente do Sol e “nós vimos Sua glória como o único primogênito do Pai[2], quando Ele ensinou o Evangelho do amor. A Religião Cristã não fornece Leis, mas prega o amor como um complemento da Lei. Portanto, nenhuma Dívida de Destino é gerada sob ela, e Cristo – que de antemão não tinha a necessidade de nascer – não será levado ao renascimento sob a Lei de Consequência, como foram os fundadores das Religiões de Raça lunares, que devem suportar, de tempos em tempos, os pecados de seus seguidores. Quando Ele aparecer será em um Corpo formado dos dois Éteres Superiores: o de Luz e o Refletor, o Dourado Manto Nupcial ou Corpo-Alma, chamado de Soma Psuchicon, por São Paulo que era muito enfático em sua asserção quando disse: “a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus[3]. Ele afirma que nós devemos nos transformar e ser como Cristo, e se nós não podemos entrar no Reino em um corpo carnal, seria absurdo supor que o Rei da Glória usaria tal vestimenta, pesada e grosseira.

(retirado dos escritos de Max Heindel, Publicada na Revista Rays from the Rose Cross, de Março de 1978 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)


[1] N.T.: (Ref.: Inst. Inf. UFRS) Para calcular o dia da Páscoa (Domingo), usa-se a fórmula abaixo (Fórmula de Gauss em 1750), onde o ANO deve ser introduzido com 4 dígitos. O Operador MOD é o resto da divisão. A fórmula vale para anos entre 1901 e 2099. A fórmula pode ser estendida para outros anos, alterando X e Y conforme a tabela a seguir (criada por Gauss até 1999 e estendida pelo autor até 2299):

faixa de anosXY
15821599222
16001699222
17001799233
18001899244
19002019245
20202099245
21002199246
22002299257

Para anos entre 1901 e 2099:
X=24
Y=5
a = ANO MOD 19
b= ANO MOD 4
c = ANO MOD 7
d = (19 * a + X) MOD 30
e = (2 * b + 4 * c + 6 * d + Y) MOD 7

Se (d + e) > 9 então DIA = (d + e – 9) e MES = Abril
senão DIA = (d + e + 22) e MES = Março

Há dois casos particulares que ocorrem duas vezes por século:

  • Quando o domingo de Páscoa cair em Abril e o dia for 26, corrige-se para uma semana antes, ou seja, vai para dia 19;
  • Quando o domingo de Páscoa cair em Abril e o dia for 25 e o termo “d” for igual a 28, simultaneamente com “a” maior que 10, então o dia é corrigido para 18.

Neste século estes dois casos particulares só acontecerão em 2049 e 2076.

[2] N.T.: Jo 1:14

[3] N.T.: ICor 15; 50

[1] N.T.: Jo 1:14

[2] N.T.: ICor 15; 50

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Forte Aperto da Pata do Leão

Um correspondente deseja saber o que determina a época da Páscoa a cada ano e, sendo maçom, também deseja saber qual a conexão entre a ressurreição de Cristo na Páscoa e a ressurreição de Hiram Abiff na simbologia maçônica.

Terminada a nossa série sobre a Iniciação Cristã Mística, continuaremos o assunto com outro artigo que trata da Iniciação e se chama “Maçonaria e Catolicismo”. Nesses artigos, o assunto mencionado por nosso correspondente será amplamente debatido. Enquanto isso, esboçaremos brevemente a lenda maçônica que é necessário conhecer para compreender o assunto a que se refere.

A lenda maçônica diz que no início Iahweh criou Eva e o espírito de Lúcifer, Samael, uniu-se a ela; dessa união nasceu Caim. Então Samael deixou Eva e ela se tornou virtualmente uma viúva; assim, Caim era filho de uma viúva e dele descenderam todos os artesãos do mundo, incluindo Hiram Abiff, o grande mestre-de-obras do templo de Salomão, a quem Iahweh revelou o projeto para o Seu templo; mas, Salomão foi incapaz de executar o projeto e, portanto, compelido a contratar Hiram Abiff, um artesão exímio, filho de Caim e, portanto, filho de uma viúva.

Os elevados maçons místicos reconhecem o fato de que, do ponto de vista cósmico, Hiram Abiff é simbolizado pelo Sol. Enquanto o Sol (Hiram) está nos Signos do norte — Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem — ele está entre amigos e seguidores fiéis, mas quando, no decorrer do ano, ele entra nos Signos do sul — Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes — ele é atacado pelos três conspiradores, conforme registrado na lenda maçônica, e finalmente morto no Solstício de Dezembro, para ser novamente ressuscitado enquanto sobe em direção ao equador, que ele cruza no Equinócio de Março.

A lenda maçônica relata que a Rainha de Sabá viajou de longe para ver o sábio Salomão de quem ela tanto ouvira falar. Ela também viu o belo templo e quis ver o exímio artesão, o mestre-de-obras e seus operários, que haviam forjado tal maravilha. Mas, sempre houve inimizade entre os filhos de Caim e os filhos de Seth. Mesmo quando eles cooperaram, nunca confiaram totalmente um no outro e Salomão temia que sua bela noiva pudesse se apaixonar por Hiram Abiff; portanto, ele se esforçou para chamar os trabalhadores pessoalmente, mas nenhum respondeu. Eles “conheciam a voz do seu pastor”, Hiram Abiff (o Sol em Áries, o Signo do cordeiro). Eles foram treinados para obedecer ao seu chamado e não atenderiam a outra voz. Portanto, Salomão foi finalmente forçado a mandar chamar Hiram Abiff e pedir que ele chamasse seus artesãos; no momento em que ergueu o seu martelo (1 grau de Áries, que é o Signo de sua autoridade e exaltação), eles vieram em uma multidão que não poderia ser contada, cada um ansioso para fazer a sua vontade.

Em meados de março o Sol (Hiram) ingressa em Áries a 1 grau, Signo de sua Exaltação. Esse Signo tem a forma do martelo que Hiram ergueu e todos os trabalhadores do templo (o Universo) correm para cumprir suas ordens e continuar seu trabalho, quando ele ascender ao trono de sua dignidade e autoridade nos céus do Norte. Ele é o seu pastor porque no Equinócio de Março ele entra no 1° grau de Áries, o Signo do carneiro ou cordeiro. Eles o ouvem, mas essas forças da natureza assumem o comando de ninguém menos que o Sol em Áries, o Sol da Páscoa.

Essa é a interpretação cósmica, mas de acordo com a Lei da Analogia, Hiram, o filho de Caim, também deve ser elevado a um grau superior de Iniciação e somente o Espírito-Sol, prestes a subir aos céus, poderia realizar a façanha. Portanto, Hiram renasceu como Lázaro e foi levantado pelo forte aperto da pata do Leão. Ele havia sido um líder dos artífices durante o regime de Iahweh e Seu filho Salomão. Por essa Iniciação ele foi elevado com o propósito de ser um líder no Reino de Cristo e ajudar as mesmas pessoas em uma fase superior de sua evolução. Portanto, ele se tornou Cristão, encarregado de explicar os mistérios da Cruz e como símbolo desse mistério a Rosa foi adicionada a ele; essa missão foi incorporada em seu nome simbólico, Christian Rosenkreuz.

Em geral, a rosa é chamada de emblema do mistério; mas, a maioria das pessoas não sabe que essa adição da rosa à cruz foi a origem desse significado simbólico. A rosa é o emblema do mistério da cruz porque explica o caminho da castidade, a transmutação do sangue da paixão em amor. Lázaro, portanto, tornou-se Cristão Rosa-Cruz e os Rosacruzes são os mensageiros especiais de Cristo para os filhos de Caim, como Jesus é para os filhos de Abel.

Os fariseus sabiam muito sobre a origem oculta dessas duas classes da humanidade e, portanto, o milagre de Lázaro foi para eles o grande crime do Cristo. Eles ficaram seriamente alarmados com o fato de que sua Religião nacional seria substituída por outra, se mais sinais fossem realizados, pois eles sentiram que fosse uma Iniciação de natureza mais elevada do que eles conheciam e um presságio da entrada em um ciclo superior. Antes de Cristo, todas as Religiões eram Religiões de Raça, adequadas às pessoas a quem foram dadas e apenas a elas. Todas essas Religiões eram Religiões de Iahweh, pois assim como o Pai foi o mais elevado Iniciado do Período de Saturno e Cristo, o Filho, foi o mais elevado Iniciado do Período Solar, Iahweh, o Espírito Santo, foi o mais elevado Iniciado do Período Lunar. De Iahweh, então, vêm as Religiões de Raça, que se empenham em preparar a humanidade no caminho da evolução por meio da lei. Essas Religiões de Raça serão substituídas pela Religião universal do Espírito-Sol Cristo, que unirá todos os seres humanos em uma fraternidade. A mudança de uma para outra e o fato de que a Religião do Deus lunar Iahweh deve preceder a Religião do Espírito-Sol Cristo é simbolizada pela maneira como a Páscoa é determinada.

A regra em uso atual para determinar o tempo da Páscoa é que ela aconteça no primeiro domingo após a Lua Cheia pascal. Isso foi adotado pelos primeiros Cristãos, que tinham conhecimento e consideração pelo significado oculto, mas logo pessoas ignorantes começaram cismas e fixaram-na em diferentes épocas. Isso ocasionou grande controvérsia. No segundo século surgiu uma disputa sobre esse ponto entre as Igrejas orientais e ocidentais. Os Cristãos orientais celebravam a Páscoa no 14º dia do primeiro mês ou Lua judaica, considerando-a equivalente à Páscoa judaica. Os Cristãos ocidentais celebravam no domingo, após o 14º dia, sustentando que fosse a comemoração da ressurreição de Jesus.

O Primeiro Concílio de Nicéia, 325 d.C., decidiu a favor do uso ocidental, marcando a prática oriental com o nome de heresia. Isso, no entanto, apenas estabeleceu a norma de que a Páscoa não deveria ser celebrada em um determinado dia do mês ou da Lua, mas em um domingo. O ciclo astronômico adequado para calcular a ocorrência da Lua da Páscoa ainda não tinha sido determinado, mas eles finalmente adotaram o antigo método de fixar o festival pela Lua e, assim, o antigo costume original foi finalmente revivido. Dessa forma, a Páscoa, agora, é celebrada no mesmo dia exigido pela tradição oculta e necessária para simbolizar adequadamente o significado cósmico do evento. A esse respeito, tanto o Sol quanto a Lua são fatores necessários, porque a Páscoa não é meramente uma festa solar. O Sol não deve apenas ultrapassar o Equador, como acontece em 21 de março, mas também a Lua Cheia após o Equinócio de Março, e então o domingo seguinte é a Páscoa, o dia da Ressurreição. A luz do Sol de Março ou Abril deve ser refletida por uma Lua Cheia antes que esse dia possa raiar na Terra e há, como foi dito, um profundo significado oculto por trás desse método de determinar a Páscoa; a saber, que a humanidade não está suficientemente evoluída para ter a Religião do Sol, a Religião Cristã da fraternidade universal, até que ela tenha sido totalmente preparada através das Religiões da Lua, que segregaram e separaram a humanidade em grupos, nações e raças; isso é simbolizado pela ascensão anual do Espírito do Sol na Páscoa, sendo adiada até que a Lua Jeovística tenha refletido completamente a luz do Sol da Páscoa.

Todos os fundadores das Religiões de Raça — Hermes, Buda, Moisés, etc. — foram Iniciados nos mistérios jeovistas. Eles eram Filhos de Seth. Em sua Iniciação, eles foram animados por seu Espírito de Raça particular e Ele, falando pela boca de tal Iniciado, deu leis a seu povo, como, por exemplo, o Decálogo de Moisés, as leis de Manu ou as nobres verdades de Buda. Essas leis manifestavam pecado porque o povo não as guardava e não podia mantê-las em seu estágio de evolução. Em consequência disso os povos fizeram uma certa dívida de destino. Esse destino, o Iniciado humano fundador da Religião teve que assumir e então precisou nascer de novo e de novo para ajudar seu povo. Assim, Buda nasceu como Shankaracharya e teve vários outros renascimentos. Moisés renasceu como Elias e João Batista; mas Cristo, por outro lado, não precisava nascer, em primeiro lugar. Ele o fez de livre e espontânea vontade para ajudar a humanidade, para revogar a lei que traz o pecado e emancipar a humanidade da lei do pecado e da morte.

As Religiões de Raça do Deus lunar Iahweh transmitiam a vontade de Deus à humanidade de maneira indireta por meio de videntes e profetas, que eram apenas instrumentos imperfeitos como os raios lunares que refletem a luz do Sol. A missão dessas Religiões é preparar a humanidade para a Religião universal do Cristo Sol-Espírito, que Se manifestou entre nós sem intermediário, como a luz que vem direto do Sol, e “vimos a Sua glória como o unigênito do Pai”, quando ensinou o Evangelho do Amor. A Religião Cristã não oferece leis, mas prega o Amor como o cumprimento da lei; portanto, nenhuma dívida de destino é gerada sob ela e assim, o Cristo, que não teve necessidade de nascer, não será atraído para o renascimento sob a Lei de Consequência, como foram os fundadores das Religiões lunares da Raça, que devem carregar de vez em quando os pecados de seus seguidores. Quando Ele aparecer, será em um corpo feito dos dois Éteres superiores — o Éter de Luz e o Éter Refletor — o Dourado Manto Nupcial, chamado de soma psuchicon ou Corpo-Alma por São Paulo, que é muito enfático em sua afirmação de que “carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus”. Ele afirma que seremos transformados e seremos semelhantes a Cristo; ora, se não podemos entrar no Reino em um corpo carnal, seria absurdo supor que o Rei da Glória usaria uma roupa tão grosseira e pesada!

O Sacerdócio, do qual Iahweh tirou Seus representantes, os profetas, os fundadores de Religiões e os construtores de templos espirituais, são os Filhos de Seth. Os Filhos de Caim ainda sentem no peito a natureza divina do seu ancestral; eles repudiam o método indireto de salvação pela fé da Igreja e insistem em encontrar a luz da Sabedoria eles mesmos pelos métodos diretos do trabalho, aperfeiçoando-se nas artes e ofícios e construindo o templo da civilização material pela indústria e estadismo, de acordo com o plano de Deus, o Grande Arquiteto do Universo, sendo Cristo “a principal Pedra Angular” e cada maçom místico uma “pedra viva”.

Com o tempo, porém, essas duas grandes correntes dos Filhos de Seth e dos Filhos de Caim devem se unir para alcançar os portais do Reino de Cristo. Antes do Seu tempo, não havia como tal amálgama ocorrer, mas quando Cristo, o grande Espírito do Sol, veio, Salomão renasceu como Jesus, em quem o Cristo-Espírito entrou no Batismo e Hiram Abiff renasceu como Lázaro. Quando Lázaro foi levantado pelo forte aperto da pata do Leão de Judá, Hiram e Salomão, os antigos antagonistas, apagaram suas diferenças, conforme solicitado pelo Espírito de Cristo, e ambos estão trabalhando agora para o estabelecimento do Reino de Cristo. Foi isso que os fariseus, de alguma forma, sentiram ou presumiram e daí seus temores de que esse Jesus iniciaria muitas pessoas e as retiraria da Religião de Raça com a qual eles (os fariseus) estavam fiéis seguidores.

(por Max Heindel – Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de maio/1917 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

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