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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Enciclopédia Filosófica de Astrologia-P.1

Em ordem alfabética, a definição de vários conceitos e termos utilizados na Astrologia Rosacruz que auxilia em muito uma consulta rápida, a retirada de dúvidas e a consolidação do conhecimento

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Alguns Aforismos sobre Astrologia Rosacruz

    1. A Astrologia Rosacruz é, na realidade, uma fase da Religião, dela não se podendo separar, e por isso nós, os Estudantes de Filosofia Rosacruz, a consideramos como “SAGRADA”, não a desvirtuando fazendo dela passatempo, nem meio divinatório.
    2. A Lua tem maior influência sobre a saúde da mulher, enquanto o Sol influencia mais a saúde do homem.
    3. Da Lua Nova para a Lua Cheia, os estimulantes produzem maior efeito, e os sedativos, menor; reduza, pois, a dose de um e aumente a do outro.
    4. Quando a Lua Crescente (período da Lua Nova para a Lua Cheia) está com Aspecto benéfico com Júpiter ou Vênus radicais, os estímulos cardíacos produzem resultados mais duradouros. As palpitações são tratadas de modo mais eficiente quando a Lua está minguando (período da Lua Cheia para a Lua Nova) e formando Aspectos benéficos com os Astros citados acima. Administrem-se com o máximo cuidado estimulantes do coração quando a Lua estiver em Aspecto adverso com esses Astros, em especial se estiver na fase minguante ou ser Lua Nova.
    5. Uma aflição entre o Sol e Saturno, ou uma Quadratura entre a Lua e o Sol, proporcionam baixa vitalidade.
    6. Quando o Sol ou a Lua radicais estão na órbita de influência dos 29° de Touro (Plêiades), 6° de Leão (Ascelli) ou 8° de Sagitário (Antares) são indícios de problemas com os olhos; especialmente se Saturno, Marte ou Urano, também, se encontrarem em quaisquer um desses pontos.
    7. Se a Lua formar uma Conjunção com Saturno no começo da doença ou enfermidade, pode-se esperar que a doença ou enfermidade seja de longa duração.
    8. Doença ou enfermidade relacionada à Lua é de natureza aguda e podem se alterar dentro de 28 dias, porém quando a doença ou enfermidade está relacionada com o Sol sua natureza é crônica e, provavelmente, de maior duração; os tratamentos são mais persistentes e resistentes.
    9. A Lua pode ser considerada a doadora e acolhedora da vida; isto é, ela atua como um meio de transporte das forças vitais do Sol para a Terra e para o ser humano, mas suas forças, também, eventualmente produzem a morte.
    10. Os Aspectos do Ascendente e do Meio-do-céu nem sempre são confiáveis, a menos que se tenha absoluta certeza do minuto do nascimento. Uma vez que os relógios estão quase sempre desregulados e que existe muita confusão sobre os diferentes tipos de hora, estes dois pontos devem ser considerados com muita reserva.
    11. Quando a Lua está Cheia, as marés são mais altas, os ossos têm mais medula e as ostras ficam mais cheias do que em qualquer outra ocasião. A temperatura das febres também é mais elevada.
    12. Durante a primeira metade da vida, a Lua exerce sua mais forte influência, particularmente na infância; e durante a segunda metade da vida o Sol tem a mais forte influência.
    13. A Lua exerce grande influência sobre as pessoas insanas – isto é, os lunáticos – bem como sobre os pacientes histéricos, epiléticos e que sofrem dos nervos. Esses pacientes sentem as mudanças da Lua muito intensamente; quando então ficam muito inquietos durante a Lua Cheia. Eles nunca deveriam dormir sob a luz direta da Lua.
    14. Na Lua Nova as forças materiais são mais fracas. O período da Lua Minguante – o período entre a Lua Cheia e a Nova – é mais propício para o trabalho espiritual, pois as influências do Sol são mais fortes.
    15. Não efetue cirurgias quando a Lua está no Signo que governa a parte do corpo que será submetida a cirurgia. Ptolomeu disse: “Não se façam incisões com instrumentos de ferro naquela parte do corpo governada pelo Signo em que de fato se encontre a Lua”.
    16. Cirurgias efetuadas no exato momento da mudança da Lua raramente são bem-sucedidas. Escolha o momento para uma cirurgia quando a Lua esteja crescendo ou, conforme se diz comumente, à luz da Lua. Não se deve efetuar cirurgias quando o Sol esteja transitando pelo Signo que governa a parte do corpo a ser cortada.
    17. A Lua percorre o Zodíaco em, aproximadamente, 28 dias. As doença ou enfermidades alcançam um ponto crítico a cada sete dias. Partindo da posição que Lua se encontrava no início da doença ou enfermidade, pode-se esperar uma mudança nos próximos 7 dias (Quadratura), nos próximos 14 dias (Oposição) e nos próximos 21 dias (outra Quadratura).
    18. A Lua rege as doenças ou enfermidades agudas. O Sol rege as doenças ou enfermidades crônicas.
    19. É bom observar as Quadraturas e Oposições da Lua com Sol, Marte e Saturno em trânsitos, quando se tenha que efetuar uma cirurgia.
    20. Nosso Sol visível não é mais que o espelho em que são refletidos os Raios de energia do Sol Espiritual. O verdadeiro Sol é tão invisível quanto o verdadeiro ser humano.
    21. O Zodíaco e os Astros (Sol, Lua e Planetas) são como um livro, no qual podemos ler a história da humanidade durante eras passadas, dando-nos ademais uma chave para o futuro que nos aguarda.
    22. Quando os seres de um Planeta já evoluíram a um grau suficiente, esse Planeta torna-se um Sol, o centro fixo de um Sistema Solar. Quando os seres ali evoluem para um grau ainda maior e, consequentemente, o Astro alcança seu brilho máximo, então ele se fragmenta em um Zodíaco e se torna, por assim dizer, a matriz de um novo Sistema Solar.
    23. “Quem esquadrinha os céus com só o intento de salvar a própria alma poderá mentalmente apossar-se dos princípios e regras da astrologia, mas não lhe alcançará a essência, em que residem seus reais objetivos”.
    24. Aquele que tem bons intentos e age com amor poderá errar algumas vezes. Mas Deus, por diversos meios, orientá-lo-á à Mansão dos bem-aventurados.
    25. Quando entregamos ao astrólogo a data de nosso nascimento, estamos lhe entregando no ato a chave do mais íntimo da nossa alma, pois então não haverá segredo que ele não possa desvendar.
    26. Para um profissional de saúde a Astrologia Rosacruz é de valor inestimável no diagnóstico de doenças ou enfermidades e na prescrição de remédios, pois ela revela a causa oculta de todos as doenças ou enfermidades.
    27. Para os pais ou responsáveis, o horóscopo poderá ajudar a identificar um mal latente em seus filhos, ensinando-os a aplicar medidas preventivas.
    28. Se você estuda a Astrologia Rosacruz com a seriedade e compromisso que se deve, você poderá conseguir um conhecimento mais profundo das causas que atuam em sua vida do que aquele que qualquer astrólogo profissional possa oferecer.
    29. A Astrologia Rosacruz é simultaneamente Ciência, Filosofia e Religião. É ocultismo metafísico e prático. Seus fundamentos e cálculos podem ser assimilados por qualquer pessoa capaz de somar e subtrair. Estes elementos contêm suficiente exatidão para demonstrar sua verdade intrínseca, além de todo e qualquer ceticismo. Uma simples aplicação de seus princípios, sejam compreendidos em sua totalidade ou não, é suficiente para comprovar sua validade em nossa vida diária.
    30. “Bom” e “Adverso” – esse último comumente confundido com “mau” – são termos que vemos aplicados muitas vezes nos horóscopos, Aspectos e Astros, portanto nos parece necessário enfatizar que na realidade tudo é BOM. No Reino do Pai, o Universo, não pode haver nada permanentemente “mau”, e aquilo a que assim chamamos é de fato o “bem em formação” ou o “bem em gestação”.
    31. Um horóscopo não é necessariamente bom por serem os Aspectos Trígonos e Sextis. Às vezes é o oposto, pois é lutando na vida que desenvolvemos a fortaleza. Bem poucos são suficientemente fortes para suportar a prosperidade.
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    A Astrologia ao Longo do nosso Tempo aqui – Parte 2: As Constelações e Signos do Zodíaco

    Sobre as constelações, deve-se lembrar que no âmbito astronômico trata-se de grupos de estrelas localizadas em nossa galáxia que se chama Via Láctea.

    Nossa galáxia compreende entre 200 e 400 bilhões de estrelas e se estende por mais de cem mil anos-luz (um ano-luz equivale a viajar 9.500 bilhões de km).

    Ela recebe esse nome de Via Láctea porque sua protuberância central aparece como uma longa trilha esbranquiçada no céu noturno devido ao empilhamento de bilhões de estrelas.

    Até o início do século 20, os astrônomos concordavam que objetos celestes chamados “nebulosas” faziam parte da Via Láctea. A partir de 1924, Edwin Hubble (1889-1953) demonstrou que certas nebulosas eram, de fato, outras galáxias distantes da nossa por vários milhões a vários bilhões de anos-luz (a mais próxima é Andrômeda, de 140 mil anos-luz de diâmetro, localizada a 2,5 milhões de anos-luz da Via Láctea – estima-se que existam 1.000 bilhões de estrelas).

    Acrescentemos que, graças ao telescópio espacial Hubble, em 2017, o número de galáxias em nosso universo observável é estimado em 2.000 bilhões.

    Mas, voltando às constelações. As estrelas que formam as constelações estão bem “próximas” de nós: de algumas dezenas a algumas centenas de anos-luz.

    Por exemplo:

    • Antares que, dada a Precessão dos Equinócios, está atualmente a 10° no Signo de Sagitário, na verdade faz parte da constelação de Escorpião e está a 360 anos-luz do nosso Sistema Solar;

    • Regulus está na constelação de Leão, a 56 anos-luz de nós;

    • Aldebaran está na constelação de Touro, a 57 anos-luz de nós.

    Existem atualmente 88 constelações, incluindo as vistas pelo hemisfério norte e hemisfério sul da Terra.

    Em 1930, a União Astronômica Internacional aceitou a delimitação, que guarda certa arbitrariedade, dessas 88 constelações, escolhidas pelo astrônomo Eugène Delporte (1882-1952).

    As constelações que nos interessam na Astrologia estão localizadas nas proximidades do curso aparente do Sol que é representado por um grande círculo da esfera celeste chamado de eclíptica (do ponto de vista geocêntrico).

    Elas são chamadas: constelações do Zodíaco. “Zodíaco” vem da palavra grega “zodiakos” que significa “roda de seres vivos”, “zodiaion” sendo um diminutivo de “zoon” que significa “animal”.

    Essas constelações são em número de 12, a saber: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário, Peixes.

    Agora, como veremos com mais precisão, as constelações não devem ser confundidas com os Signos astrológicos de mesmo nome.

    Primeira diferença entre os Signos e constelações do Zodíaco:

    • Os Signos são todos de 30° e têm como ponto de partida um dos dois pontos de intersecção da Eclíptica com o Equador Celeste, denominado ponto vernal (ou ponto gama). Esse é o ponto onde o Sol está, todos os anos, no primeiro dia da primavera no Hemisfério Norte, e corresponde ao 0° do Signo de Áries.

    • As constelações do Zodíaco não são exatamente 30°. Por exemplo, com o fatiamento de Delporte, a constelação de Virgem cobre 46°, enquanto a de Libra cobre 18° (esses são os casos extremos).

    Segunda diferença: algumas constelações se sobrepõem parcialmente (por exemplo, as constelações de Aquário e Capricórnio têm cerca de dez graus “em comum” na eclíptica).

    Outra diferença fundamental: pelo efeito combinado da atração do Sol, da Lua e dos Planetas, a Terra tem um movimento semelhante ao de um pião que faz com que o ponto vernal (e, consequentemente, todos os Signos) se movam em relação às constelações do Zodíaco em 1° em 72 anos, ou seja, aproximadamente 25.800 anos para completar uma “volta completa” na direção: Áries, Peixes, Aquário etc.

    Esse movimento é chamado de Precessão dos Equinócios. Devido à extensão variável das constelações do Zodíaco, essa coincidência é apenas muito aproximada e válida apenas alguns anos a cada 25.800 anos.

    Quando o ponto vernal se move de uma constelação para outra, há uma mudança de Era zodiacal. A relativa arbitrariedade na delimitação das constelações não facilita a datação.

    Max Heindel nos diz que a coincidência entre os dois Zodíacos ocorreu pela última vez em 498 d.C. (então entramos, nessa data, na Era de Peixes) e que a Era de Aquário começará por volta de 2600, mas já estamos em sua Órbita de Influência.

    É sobretudo por causa desse fenômeno de Precessão dos Equinócios que o Zodíaco tropical (ou intelectual) formado pelos Signos é geralmente usado na Astrologia e não o Zodíaco sideral (ou natural) formado pelas constelações.

    Acontece que esse fenômeno de Precessão dos Equinócios continua sendo o primeiro embate dos adversários da Astrologia (o outro é o sistema heliocêntrico).

    E ainda nos oferece, ao contrário, uma grande prova, entre outras, da validade da Astrologia, com a consideração das diferentes Eras: Touro, Áries, Peixes, Aquário, etc. com elementos históricos relacionados com a natureza dos Signos correspondentes.

    Sobre as constelações, podemos notar que praticamente nada de objetivo na disposição das estrelas que as constituem permite ver um carneiro, um touro etc.

    Provavelmente são as faculdades de Clarividência dos descendentes atlantes que estiveram no ponto de partida da Astrologia.

    Isso constitui uma explicação mais plausível do que a transmissão do “boca a boca” no que diz respeito às semelhanças das mitologias na Mesopotâmia, na Grécia, nos países nórdicos e celtas, na civilização pré-colombiana, mesmo no Extremo-Leste.

    Os astrólogos que, por uma razão ou outra, querem ignorar o esoterismo, afirmam que séculos de observação mostraram que o planeta Marte corresponde ao espírito guerreiro, Vênus à beleza e ao amor, etc., e que seria o mesmo para o simbolismo dos Signos.

    Um meio-termo satisfatório pode ser alcançado, reconhecendo que o conhecimento astrológico que se desenvolveu ao longo dos séculos não se deve apenas à Clarividência, mas que também houve pesquisas com “tentativa e erro”, bem como transmissão de geração em geração.

    Isso é confirmado por Max Heindel, em resposta a uma pergunta sobre Astrologia heliocêntrica:

    “Aqueles que basearam suas pesquisas na Astrologia geocêntrica registraram durante séculos suas observações sobre as influências astrais desse ponto de vista” (Pergunta nº 160 do Livro Filosofia da Rosacruz em Perguntas e Respostas – Volume 1 – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz).

    (de: Introduction: L’astrologie Selon Les Enseignements Rosicruciens : L’Astrologie Rosicrucien, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix – Traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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