Nos ciclos anuais das passagens do Sol pelos doze Signos, Áries anuncia o início do ano espiritual. As palavras-chave para Áries são pureza e sacrifício, e o símbolo de Áries é um cordeiro ou carneiro.
Uma vez que foi sob a égide de Áries que Cristo veio à Terra, ele é conhecido como o Bom Pastor. Uma representação pictórica bem conhecida mostra o Senhor carregando um cordeiro nos braços.
Durante os primeiros anos da era Cristã o símbolo mais usado não foi o do Cristo crucificado, mas a cruz com um cordeiro repousando em sua base. Não foi senão pelo quarto século de nossa era que o cordeiro foi substituído por uma figura humana pregada na cruz.
Na época da Páscoa, quando o Sol ascende do hemisfério sul para o norte, as forças de Cristo passam dos reinos físicos para os espirituais.
O Corpo físico da Terra é como o Corpo Denso do ser humano (o Corpo Denso do Planeta é a Região Química do Mundo Físico). É interpenetrado pelos veículos mais sutis que se estendem para muito além do Corpo físico do Planeta: o Corpo Vital do Planeta é a Região Etérica do Mundo Físico, o Corpo de Desejos do Planeta é o Mundo do Desejo, o Corpo Mental do Planeta é a Região Concreta do Mundo do Pensamento.
Repetindo, durante os seis meses do ano em que o Sol passa pelos seis Signos abaixo do Equador (Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes) e, pelos seis meses seguintes, quando passa pelos seis Signos acima do Equador (Áries, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem), a força de Cristo interpenetra os mais elevados reinos espirituais da Terra.
Quando o Sol entra em Áries, ele aponta para a Ressurreição gloriosa, iniciando a estação da transmutação do ano. Então as águas brancas de Peixes se fundem com o fogo vermelho de Áries. É, também, para nós a estação de transmutação, a época mais propícia para que arremessemos longe a pedra de nossa vida passada e aflorar no poder total de uma consciência ressuscitada!
Essa é a ocasião em que uma transformação surpreendente pode ocorrer dentro do nosso corpo-templo (Corpo Denso). Uma nova força emana do líquido branco de nossos nervos e se une com uma nova essência nas correntes vermelhas de nosso sangue, uma fusão que produz a luz dourada que infunde e envolve o corpo de um Iluminado.
S. João se referia a essa transformação quando escreveu que algum dia iremos “andar na Luz como Ele está na Luz”.
Vermelho e branco são as cores de Áries e são também as cores da transmutação tanto na Natureza como em nós!
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Dado que é o Signo inicial do Zodíaco, Áries é o lugar de todo começo.
No ciclo anual do passo solar através dos doze Signos, Áries indica o princípio do ano espiritual. Há sido considerado assim incluído pelas nações que começam seu ano civil em outro ponto do círculo zodiacal. Moisés fixou o começo do ano (Ex 12:2) no mês de Abib (março-abril), porque era o mês da brotação do trigo e dos demais cereais. Também foi ordenado à Moisés que o sacrifício do cordeiro pascal ocorresse quando a Lua Nova estivesse em Áries. No momento do passo anual do Equador pelo Sol, esse estava junto à estrela El Natik, palavra que significa: “perfurado, ferido ou assassinado”. A Lua Cheia estava, então, junto à estrela Al Sheraton, palavra que significa, também, “contundido ou ferido”. A cruz do Equador pelo Sol prefigurava a crucifixão de Cristo Jesus, já que os céus proclamam a chegada dos grandes acontecimentos do destino da humanidade.
As palavras-chaves para Áries são pureza e sacrifício, e seu símbolo, o cordeiro ou o carneiro. Como a vinda do Senhor Cristo à Terra ocorreu durante a Dispensação de Áries, Ele foi denominado o Bom Pastor. A representação familiar o mostra com um cordeiro nos braços.
Quando o Sol entra em Áries anuncia a gloriosa ressurreição, começando a estação anual da transmutação. Então, as águas brancas de Peixes se mesclam com os fogos vermelhos de Áries. Também é, para o ser humano, a época da transmutação, a época mais apropriada para seguir empurrando a pedra de sua velha vida e alcançar todo o poder da consciência “ressuscitada”.
E, assim, o Cristo transcende a agonia do Gólgota, por meio da exaltação do amanhecer da Ressurreição, o Discípulo que tem seguido, com fé e persistência, a Cristo, ascendendo atrás d’Ele pelo íngreme e estreita Trilha, obtém sua própria ressurreição por meio do despertar dos poderes crísticos dentro de si mesmo.
É uma época na qual se pode produzir em seu Corpo-templo uma transformação maravilhosa: uma nova força emana do líquido branco de seus nervos e se mistura com uma nova essência nas correntes vermelhas de seu sangue, união que produz a luz dourada que impregna e rodeia o Corpo de um ser iluminado.
São João se referia a uma transformação desse tipo quando escreveu que nós, algum dia, “caminharemos na luz, como Ele na luz está” (IJo 1:7). Vermelho e branco são as cores de Áries e, também, são as cores da transmutação, tanto no ser humano como na natureza.