O Novo Elemento, você sabe qual é?

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Novo Elemento, você sabe qual é?

O Novo Elemento, você sabe qual é?

Nossa Terra nem sempre esteve envolta em ar tal como a conhecemos, porque quando estávamos sem ele, o mundo não era sólido. Em realidade, no Período Solar encontramos as ori­gens do novo elemento: o ar. Quando esse se uniu ao verdadeiro fogo invisível, o Globo de Saturno conver­teu-se em uma esfera resplandecente de neblina ígnea, sob estas palavras de ordem: “Faça-se a Luz” (Gn 1:3). Nós não desenvolvemos os pulmões até fins da Época Atlante do Período Terrestre.

Para o ser humano é demasiado difícil imaginar os vastos períodos de “tem­po” entre a introdução do novo ele­mento e o desenvolvimento de um órgão físico para usá-lo. O cresci­mento evolutivo é um processo muito lento, porque atravessa ciclos a fim de que as imperfeições sejam eliminadas.

Surge, contudo, a necessidade de dar um passo definido para frente e, a me­nos que nos conservemos na vanguar­da e FORMEMOS os veículos re­queridos, retrocederemos, retrogradare­mos, e, assim, os corpos que já são inúteis ao novo desenvolvimento vão cristalizar-se ainda mais.

Como é de conhecimento dos Estudantes ocultistas, os atlantes, embora fossem dotados de órgãos respirató­rios incipientes, eram muito habilido­sos e encontraram meios de se deslo­car em sua densa e aquosa atmosfera. Com o passar do tempo, o desejo de explorar o que estivesse além do seu “horizonte” conhecido ensejou a invenção de naves aéreas. A arca é uma distorci­da reminiscência desse fato. Alcançavam, assim, o novo elemento para o qual estavam construindo pulmões. Nossos astronautas levam consigo uma boa carga de oxigênio para alcançar certa distância além da Terra, pois não podem viver em uma atmosfera mais rarefeita. No momento em que nos falta o ar, o Ego vê-se obrigado a abandonar o Corpo Denso.

O ar contém Éter, o quádruplo canal através do qual trabalham as forças espirituais. O ar atua como um con­dutor dessas correntes de energia. Como Estudantes da Fraternidade Rosacruz es­tamos familiarizados com a ideia de o ar estar impregnado de vibrações planetárias que inicialmente penetram os pulmões quando o bebê dá seu primeiro gemido. Esse momento é o ponto culminante do tra­balho dos Senhores do Destino, cuja cooperação com o plano evolucioná­rio conduziu o Ego ao lugar e tempo específicos para cumprir seu destino com os outros Egos que devam ser seus futuros pais terrestres.

Os Éteres contidos no ar registram cada pensamento, emoção e ato, transmitindo essas impressões aos pul­mões, de onde são injetados no sangue. Esses registros são os árbitros do futuro destino.

A essência do bem praticado converte-se em alma e essa, por sua vez, é incorporada ao espírito. No livro Mistérios Rosacruzes, Max Heindel afirma o seguinte: “Dessa maneira, os registros respiratórios de nossos bons atos constituem a alma que se salva”. O oposto também é verdadeiro: “O registro de nossas más ações também deriva de nossa respiração, no mo­mento em que são cometidas. A dor e o sofrimento que elas provocam obrigam o espírito a eliminar seu registro no Purgatório. A recordação do sofrimento é transformada pelo espírito em consciên­cia moral, para desistirmos da repeti­ção do mesmo mal em vidas posterio­res”.

Nós não compreendemos suficiente­mente que o ar que respiramos depois de estar em íntimo contato com nosso aspecto terrestre ou físico encontra-se carregado da tonalidade do nosso verdadeiro eu. O ar que conduziu os Éteres ao nosso corpo está impregnado com nossas emoções e pen­samentos, sendo logo expelido e lan­çado à atmosfera, já bem carregada. Eis o porquê de algumas pessoas parecerem “exalar” ou irradiar amor; enquanto outras, independentemente da aparência, envenenam o am­biente onde vivem.

Isso evidencia uma das razões pelas quais os Estudantes ocultistas deveriam selecionar, na medida do possível, os locais que frequentam, pois, a “má atmosfera” atrai forças negativas que dela se alimentam, aumentando o estímulo da natureza inferior. Algumas vezes é difícil compreender quão infimamente relacio­nados estão os departamentos e funções da nossa vida.

“Através” do ar, Jeová e seus Anjos puderam auxiliar o ser humano em certo período do seu desenvolvimento. Diz-se que “Jeová soprou um alento nas narinas do ser humano”. Essa é uma forma alegórica de afirmar que os Espíritos de Raça foram designados para ajudar o débil e inexperiente Ego humano a utilizar seus pulmões. É muito interessante o fato de que os Espíritos de Raça, funcionando no ar, limitem as tendências cristalizantes do Corpo de Desejos.

Está sob a responsabilidade de Jeová a geração de Corpos Densos e Seus Anjos regem Suas Leis nesse particular. Efetua-se esse trabalho mediante o Éter de Vida, acessível ao corpo humano por meio do ar inala­do. A habilidade dos Anjos em administrar as Leis da procriação torna-se mais clara ao recordarmos que o Cor­po Vital seja seu veículo mais inferior. Assim como nós manipulamos, dando o contorno desejado, madeira, metais e tantas outras coisas, de maneira análoga os Anjos, que nunca se subtraíram à Guia Divina, como aconteceu com a humanidade, operam o Plano Divino com maior facilidade do que o ser humano, quando esse trabalha com o mineral.

Os Espíritos raciais ou tribais, uma das funções dos Arcanjos, mantêm seu controle so­bre uma nação ou tribo mediante o ar inspirado pelo seu povo e a única for­ma de nos libertar, em alguma extensão, dessa potestade jeovista, é desenvolver as virtudes cristãs. Enquanto usarmos corpos físicos, ne­cessitaremos dos serviços de Jeová, permitindo-nos renascer até che­garmos ao Adeptado, condição em que poderemos criar novos corpos por meio de nossa vontade divinamente inspirada.

Na Época Lemúrica, vivíamos pró­ximos ao ígneo centro da Terra. Os atlantes habitavam as concavidades, pouco mais longe do centro. A raça ariana foi impelida pelos dilúvios a procurar as regiões elevadas onde agora vive. Os cidadãos da próxima Época habitarão no ar. Assim como os atlantes aprenderam a desenvolver pulmões, estamos lentamente forman­do um Corpo-Alma, o Dourado Vesti­do de Bodas, no qual funcionaremos nas condições etéricas da Nova Galileia. A união das duas correntes de evolução espiritual, a Igreja e o Estado, marcará o princípio da Nova Galileia.

O simples processo de respirar tem importantes implicações: podemos funcionar em um Corpo Denso pelo Éter Químico; propagar nossa espécie pelo Éter de Vida; construir um Corpo-Alma pelo Éter Luminoso e registrar pensamentos, emoções e atos, desde o instante do nosso nascimento, pelo Éter Refletor. A capacidade da Na­tureza de economizar eficazmente é fabulosa, demonstrando a sabedoria do Criador.

No presente, a inter-relação do nosso Corpo Denso com a ação recíproca e a função espiritual é um mistério que algum dia será revelado.

Em um artigo escrito por Max Heindel, em fevereiro de 1918, em Rays from the Rose Cross, abordou-se os perigos de se queimar incenso. É certo que os ingredientes devem ser selecionados por sua co­nhecida afinidade para atrair entida­des desencarnadas e elementais; contudo, “se o incenso foi elaborado por uma pessoa ignorante ou egoísta, constitui um veículo para espíritos de natureza similar, que se revestem com a fumaça e o odor, pe­netrando nos corpos presentes no lu­gar onde se processa a queima”. Pode nosso ar contaminado ser uma porta de entrada para espíritos inferiores? Isso pelo menos nos fa­z compreender a necessidade de purificarmos nossos pensamentos e começarmos a trabalhar em harmonia com as Potestades Divinas, exercitando nosso potencial divino e nosso aprendizado na Vinha do Senhor.

Somos afortunados em conhecer os ensinamentos da Fraternidade Rosacruz, porque nos indicam a for­ma de nos preparar para o uso mais perfeito do Éter, o elemento da Nova Era.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1975)

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