Arquivo de categoria Vegetarianismo

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Vitamina A no Regime Alimentar Vegetariano

A Vitamina A no Regime Alimentar Vegetariano

Necessita o organismo de substâncias que regulem o aproveitamento dos alimentos. As quantidades necessárias são insignificantes, mas seus efeitos são vultosos. A falta desses nutrimentos ocasiona doenças graves. Num estudo sucinto procuraremos estabelecer as relações das vitaminas com o regime alimentar vegetariano. Acentuemos, desde logo, que o vegetarianismo proporciona ao organismo copioso fornecimento de vitaminas. No regime misto, aqueles que lhes são adeptos se deliciam com muitos pratos de carne, pobres em vitamina e, em geral, desprezam as frutas e as hortaliças que fornecem esses produtos químicos, sem os quais os alimentos não são integrados nos tecidos.

Estaremos nos ocupando, neste estudo, da vitamina “A”, substância protetora dos olhos, dos rins, da pele e das mucosas, promotora do crescimento anti-infeccioso, com influência na dentição das crianças e repercussão sobre a vitalidade orgânica, influenciando, também, a esfera sexual e a do sistema nervoso.

A ação da vitamina “A” sobre a visão é exercida mercê de um mecanismo bioquímico em que essa vitamina proporciona a ressíntese da púrpura visual (rodopsina) que impregna as células em bastonete da retina, à custa da violeta visual (iodopsina) existente nas células em cone, resultante da oxidação das primeiras pela luz forte.

Não ocorrendo esse ciclo, não sendo a luz suficiente, estabelece-se uma cegueira temporária, chamada cegueira noturna ou ambliopia crepuscular. Doença conhecida já no Egito na era da antiga civilização desse país, só nos tempos atuais, com o conhecimento da vitamina “A” foi que se esclareceu a patogenia da moléstia e sua cura pela ingestão dessa vitamina. Cumpre esclarecer que nem em todos os casos em que há deficiência de Vitamina “A”, se observa a cegueira noturna, também chamada nictalopia.

Constituem a chamada xerose epitelial da conjuntiva. É considerada o segundo grau de avitaminose “A”, sendo o primeiro a já descrita hemeralopia ou cegueira noturna. A mucosa bulbar do olho fica espessada, apresentando manchas irregulares, triangulares (manchas de Bitot) que mais tarde se desenvolvem, aumentando de volume, podendo chegar a uma transformação coriácea da conjuntiva (Enrique G. Pongi).

A xerose corneal, muito mais grave, consiste em uma dessecação do epitélio da córnea, com ulceração e agrava-se, chegando a produzir cegueira irreversível.

Tanto a litíase como as infecções do aparelho renal têm íntimas relações com essa vitamina. Mendel e Osborne (Higgins e McCarrisson 1920-1930), em observações clínicas e experimentais, trouxeram dados positivos a esse respeito. A presença de vitamina “A” ou sua provitamina — o caroteno — na alimentação previne a infecção e o aparecimento de cálculos. McCallum (1939) confirma essas afirmações, acrescentando que a escassez de vitamina “A” é a principal causa da formação de cálculos no rim. A administração da vitamina “A”, entretanto, não cura a litíase renal, contribuindo, não obstante, para preveni-la.

Observações de numerosos clínicos e experimentadores em diversos países levaram à conclusão de que a vitamina “A” é protetora da pele. A falta de sua ingestão na alimentação ocasiona pele seca e hiperqueratósica (dura, escamosa e áspera) com prurido. A essas perturbações chamou Nichols “pele de sapo”. Cabelos secos, duros, ásperos e sem brilho são manifestações comuns da hipovitaminose “A”, assim como unhas quebradiças, catarro nasal, bronquites, sinusites, aquilia gástrica (falta de ácido no estômago) diarreia e enterocolite são observados no curso da avitaminose “A”, resultantes da repercussão da avitaminose ou hipovitaminose sobre as mucosas.

A deficiência de vitamina “A” diminui a resistência às infecções (Drumond, 1919). McCollum e Staenbock assinalaram o fato em relação às afecções do aparelho respiratório. Paralelamente essa vitamina tem influência na calcificação dos ossos e dos dentes (Lady Nelhamby e Marshall, Wolbach e Howe, citados por Ruy Coutinho), especialmente no período da formação desses.

Tem sido observado, igualmente, que o crescimento é retardado nas regiões em que existe falta de alimentos que contenham vitamina “A” ou sua provitamina.

A vitamina A tem influência nos processos evolutivos do desenvolvimento do organismo e sua falta provoca danosos efeitos sobre a vitalidade. Isso explica a importância da vitamina A no funcionamento do aparelho sexual e em suas múltiplas manifestações com tantas relações de causa e efeito no equilíbrio orgânico.

Vamos às fontes de Vitamina A: retirou da cenoura uma substância à que chamou caroteno, que em experiências de outros investigadores se provou ser a provitamina “A” (Capper, 1930) com o qual se conseguiu curar doenças de carência por avitaminose A.

O caroteno encontra-se em todos os alimentos que contêm substâncias amarelas e vermelhas, e também verdes. O caroteno transforma-se no organismo em vitamina A, de onde sua denominação de provitamina A. As principais fontes são: hortaliças, legumes e frutas verdes e amarelas. As folhas mais verdes são mais ricas do que as esbranquiçadas, da alface, da couve e do repolho, as hortaliças amarelas, quanto mais pigmentadas, mais ricas em caroteno.

No regime alimentar lacto-ovo-vegetariano encontramos fartura de vitamina “A”: no leite, na manteiga, no ovo, nas hortaliças: cenoura, abóbora, alface, agrião, espinafre, batata doce, tomate, couve. Entre as frutas: mamão, manga, pêssego, goiaba, ameixa. Entre os temperos, a salsa é riquíssima.

As dietas pobres em gordura interferem desfavoravelmente na absorção da vitamina “A” que é lipossolúvel, dificultando-a.

Vemos, por esses lados, que o regime alimentar lacto-ovo-vegetariano se recomenda, se tomarmos em consideração a necessidade de vitamina “A” para a conservação da saúde.

A alimentação do brasileiro é pobre em vitamina “A”, pois, em geral, nossos patrícios preferem a carne às verduras e frutas, consumindo pouco leite e pouco ovo.

Sendo lacto-ovo-vegetarianos, encontramos, na alimentação, além da vitamina “A” de tanta importância no equilíbrio funcional orgânico, outras vitaminas e princípios nutritivos de grande importância.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de janeiro/1970)

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Sucos: poderosos e deliciosos

Sucos: poderosos e deliciosos

Além de gostosos, os sucos naturais são aliados perfeitos para desintoxicar o organismo, inclusive ajudam a aumentar a disposição. As frutas possuem não só um grande valor nutritivo, mas também efeito medicinal. Desintoxicam o organismo, dissolvem e expelem os venenos; além de repor as vitaminas necessárias e os sais indispensáveis. Confira o poder de cada um!

Suco de maçã. Os poderes antioxidantes da maçã fazem deste suco um dos mais saudáveis. Isso quer dizer que a fruta ajuda a combater radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento e pela desordem do organismo.

Suco de uva. Poderoso antioxidante, com a vantagem de que ajuda a reduzir o colesterol e melhorar a circulação sanguínea.

Suco de melancia. Ótimo diurético. Se misturado com morango, o suco também ajuda na boa circulação do sangue.

Suco de abacaxi. Santo remédio para má digestão, porque concentra uma grande quantidade de enzimas. Assim como os sucos de figo e gengibre, o de abacaxi ajuda a controlar o colesterol no sangue e contribui para o bom funcionamento da vesícula biliar.

Suco de banana, pera e alface. Esses três ingredientes resultam em um bom antídoto para a insônia. Nessa área, não podemos esquecer o suco de maracujá, ótimo calmante.

Suco de mamão. Por causa das propriedades digestivas, o suco ajuda a manter o intestino funcionando corretamente.

Suco de laranja com couve. É apropriado para quem sofre de anemia (ausência de ferro no sangue). A combinação cria um suco rico em ferro e em vitamina C, que por sua vez ajuda na absorção do mineral.

Suco de abacaxi, maçã, cenoura e gengibre. As enzimas digestivas do abacaxi e do gengibre, em especial, são auxiliares na digestão e evitam que toxinas se acumulem e deem origem à celulite.

(Publicado na revista Saúde e Beleza)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Você: um Vegetariano por Convicção ou Modismo?

Você: um Vegetariano por Convicção ou Modismo?

 O Livro “Conceito Rosacruz do Cosmos” oferece-nos, em suas páginas, preciosos conhecimentos sobre a “Ciência da Nutrição” e “Lei da Assimilação”. Abordando esses temas de um ângulo eminentemente científico, Max Heindel demonstra como o corpo humano, habitualmente, passa por um processo de decaimento precoce. Esse processo tem como causa uma alimentação inadequada, incapaz de manter a boa qualidade do fluido sanguíneo, além da flexibilidade e desobstrução do sistema circulatório.

No tópico intitulado “Vivei e Deixai Viver”, o fundador da Fraternidade Rosacruz analisa o problema de um ponto-de-vista exclusivamente moral. É uma das mais belas páginas da literatura Rosacruz. Não há como duvidar de que a humanidade viveria em condições mais saudáveis e felizes se observasse estes princípios enunciados no Conceito: “A primeira lei da Ciência Oculta é ‘não matarás’. O Aspirante à vida superior deve ter isto muito em conta. Não podendo criar sequer uma partícula de barro, não temos o direito de destruir nem a forma mais insignificante. Todas as formas são expressões da Vida Una, da Vida de Deus. Não temos o direito de destruir a forma pela qual a Vida está adquirindo experiência, e obrigá-la a construir um novo veículo”.

Quando esses ensinamentos foram publicados, no início do século XX, pouco se conhecia a respeito da importância da alimentação como fator de equilíbrio físico-orgânico. A alimentação vegetariana era outra ilustre desconhecida. Só mesmo pessoas ligadas a escolas esotéricas é que a adotavam.

Com o decorrer do tempo, os seres humanos passaram a compreender que seus problemas de saúde são, na maioria das vezes, criados por vícios ou dieta alimentar errada. Compreendem, mas não se aprofundam na questão. E quando se aprofundam, quase sempre lhes falta coragem e determinação para mudar. Consequentemente, veem-se obrigados a carregar um rosário de enfermidades pela vida afora.

No que diz respeito ao ser humano comum, esse quadro não é de espantar. O que nos deixa pasmos é saber que espiritualistas, não obstante o conhecimento que têm, enfrentam esses problemas.

O Estudante da ciência esotérica sabe perfeitamente que o ser humano, essencialmente, é um Espírito. Que o seu veículo físico é um meio de expressar-se, aprender, adquirir experiências e expandir sua consciência. O corpo, portanto, é um templo divino e como tal deve ser preservado. A vida evolui através da forma. Quanto mais sensível a forma, maiores serão as possibilidades da vida expressar sua natureza divina.

É desejável, à luz dessa Verdade, viver o maior número de anos possível, com boa saúde, lucidez e disposição para trabalhar e aprender. É a única maneira de tornar uma encarnação proveitosa.

Certos conhecimentos básicos sobre alimentação são imprescindíveis, além de rudimentos de anatomia e fisiologia.

O organismo humano requer, para o seu perfeito desenvolvimento e funcionamento, uma variedade balanceada de alimentos, diariamente. Sua estrutura deve ser, por conseguinte, reparada constantemente.

Um automóvel, mesmo tendo o seu tanque cheio de combustível, não poderá percorrer grandes distâncias se faltar-lhe óleo. Mesmo que suficientemente abastecido de óleo, gasolina ou álcool, se o radiador não contiver água, o motorista poderá ter uma surpresa desagradável.

Podemos, por analogia, comparar o corpo humano a um automóvel. A máquina humana resistirá por algum tempo desprovida de vitaminas ou de sais minerais, mas essa carência não poderá manter-se indefinidamente. Cedo ou tarde os resultados de uma dieta insuficiente ou desequilibrada surgirão em forma de enfermidade. Não é de se estranhar, portanto, que o item “saúde” absorva dotações cada vez maiores nos orçamentos das nações.

O fator determinante de uma alimentação saudável é, sem dúvida alguma, seu teor qualitativo. O organismo não necessita de grandes quantidades de alimentos, mas de dietas balanceadas. Uma das causas da morte prematura é a alimentação irracional. Em geral, as pessoas que gozam de boa situação socioeconômica comem em demasia, mas não sabem escolher os alimentos. Acabam obesas e doentes.

Vivemos hoje em sociedades cada vez mais sofisticadas pelo aprimoramento tecnológico. Isso nos é benéfico à medida que nos traz conforto, racionalização de tempo, rapidez de comunicação e transporte, aquisição de conhecimentos, etc.; contudo, esse processo avassalador de modernização também pode gerar distorções se não for suficientemente compreendido. E essas distorções se evidenciam também na área alimentar.

Toda essa imensa gama de produtos alimentícios comercializados nos supermercados, geralmente representam danos à saúde humana. A despeito das reiteradas advertências feitas por médicos e nutricionistas conscienciosos, é alarmante o consumo de refrigerantes, carnes, alimentos enlatados (principalmente derivados de carne), refinados (açúcar, por exemplo), corantes, margarinas, alimentos ditos beneficiados (trigo e arroz brancos), estimulantes (chás, café), bebidas alcoólicas, etc. Tudo isso, em maior ou menor grau, é prejudicial à saúde, mas é importante destacar a nocividade da carne, tanto orgânica como espiritualmente.

O ser humano não é um ser naturalmente carnívoro, e isso já foi comprovado, anatômica e fisiologicamente. Não dispõe de garras e presas como alguns espécimes animais, para matar e esquartejar, nem seu aparelho digestivo permite digerir a carne com facilidade, eliminando rapidamente as toxinas.

Os animais que se alimentam de carne preferem-na ao natural, sem qualquer preocupação com seu sabor e odor. Já o ser humano procura dissimulá-la com temperos para evitar a repugnância que causa.

O fato da carne ser uma grande fonte de proteínas não quer dizer que seja imprescindível numa dieta alimentar. Há outras fontes mais puras e baratas, cujo valor proteico nada lhe fica a dever.

A carne é muito mais excitante do que nutritiva. Quem ingere carne diariamente, em quantidade não moderada, e suprimi-la bruscamente um dia, mesmo que a substitua por alimentos mais saudáveis, padecerá nesse dia de uma sensação profunda de debilidade, como se estivesse em jejum prolongado. Essa sensação de fraqueza, entretanto, não é provocada por insuficiência alimentar, mas pela supressão do excitante. Fenômeno idêntico ocorre com outros excitantes, tais como o fumo e o álcool.

A carne também é tóxica. Alguns venenos que ela contém são ensejados pela sua toxidez e outros porque são ácidos. E esse quadro se agrava quando a carne é obtida de animais doentes ou fatigados. E tem mais: No momento do abate quando o animal se desespera ao perceber seu fim, seu organismo segrega várias substâncias que impregnam a carne, conferindo-lhe nocividade.

Felizmente, os princípios da alimentação vegetariana, natural, encontram receptividade cada vez maior, principalmente entre os jovens. Cresce, notavelmente, o número de publicações defendendo essa dieta alimentar. Em qualquer cidade de porte médio é comum encontrarmos pelo menos um restaurante vegetariano. O vegetarianismo deixou de ser sinônimo de excentricidade. Os vegetarianos, hoje, são pessoas respeitadas e admiradas.

A alimentação vegetariana além de purificar e fortalecer o organismo, plasma um caráter mais elevado. Se tomarmos como amostragem um grupo de pessoas convictamente vegetarianas, verificaremos, com raríssimas exceções, que:

  1. Não são dominadas por vícios, isto é, não bebem, não fumam, não usam drogas. Algumas talvez ainda não tenham se libertado do café, outras tomam refrigerantes, mas estão conscientes de que isso é prejudicial à saúde;
  2. Raramente se enfermam. Conservam permanentemente boa disposição para o trabalho, para a prática de esportes e exercício de atividades intelectuais;
  3. São pessoas dotadas de grande acuidade mental. São muito sensíveis, apreciadoras de música erudita, de artes plásticas, de literatura, de poesia, de teatro e de outras formas elevadas de expressão do espírito;
  4. Entre os vegetarianos encontramos grande número de espiritualistas, das mais variadas correntes, todos preocupados com o autoaperfeiçoamento e com os destinos da humanidade;
  5. São pessoas calmas, equilibradas, pacíficas e pacifistas (Gandhi era vegetariano). Gostam da natureza e da vida ao ar livre. Quando os jornais noticiam a descoberta de pessoas extremamente longevas, centenárias, habitualmente evidenciam-se como causas dessa sobrevivência uma vida tranquila, alimentação natural, isenta de carnes.

Há alguns anos, uma entidade britânica, a London Vegetarian Association, realizou uma interessante experiência: submeteu 10.000 crianças ao regime vegetariano simultaneamente, outra organização, a London Country Council, manteve outras 10.000 crianças no carnivorismo, regime alimentar do qual a carne é um dos componentes. Decorridos seis meses as 20.000 crianças passaram por rigorosos exames médicos. Constatou-se que o estado geral de saúde dos vegetarianos era bem melhor. Adquiriram peso maior e músculos mais fortes.

London Vegetarian Association ficou incumbida, então, pelo Conselho Municipal de Londres, de alimentar igual número de crianças pobres daquela cidade, às expensas da Prefeitura.

Apesar de grandes avanços e mais amplas informações sobre a alimentação vegetariana, ainda predominam preconceitos intensamente arraigados numa sociedade tradicionalista como a nossa. Muita gente rejeita a alimentação vegetariana imputando-lhe falta de sabor. Outros afirmam que é “fraca”, desprovida de elementos nutritivos, tornando as pessoas igualmente “fracas” e desnutridas. Isso é puro preconceito e desinformação. Ora, todo alimento cárneo deve ser bem condimentado, pois na realidade o que não tem sabor algum é a carne em seu estado natural, ou seja, crua.

Para tornarmos um vegetal saboroso basta adicionarmos-lhe um tempero leve, isto quando se trata de legumes e verduras. Eis porque os carnívoros acham os vegetais insonsos. A diferença está na condimentação.

Quanto ao argumento de que o vegetarianismo enfraquece as pessoas, nada é mais irreal. São muitos os exemplos de esportistas consagrados, campeões, verdadeiros mitos que adotavam ou adotam uma dieta vegetariana. São igualmente numerosos os casos de pessoas longevas que atribuem seu excelente estado de saúde a uma dieta à base de vegetais.

Para ilustrar essas considerações, vamos a mais um exemplo concreto.

Numa daquelas regiões quase inacessíveis do Himalaia, vive um povo meio primitivo chamado hunza. Em 1947, um médico e fisiólogo inglês, Sir Robert McCarrison, esteve naquelas paragens, designado que foi pelo Serviço Sanitário da Índia Britânica, para verificar o estado geral de saúde daquela gente. Qual não foi seu espanto ao constatar a longevidade daquelas pessoas e a quase inexistência de enfermidades em seu meio.

Meticulosos estudos realizados pelo Dr. McCarrison, abrangendo condições climáticas, ambientais, hereditárias, culturais, alimentares, levaram-no a concluir que a dieta comum àquele povo continha o segredo da longevidade.

Os hunza alimentavam-se de cereais, frutas, legumes, leite, queijo e outros produtos naturais. Não conheciam as maravilhas da sociedade de consumo, tais como o açúcar refinado, o café, refrigerantes, bebidas alcoólicas, conservas e carne.

Além de todos esses dados registrados pelo Dr. McCarrison, algo mais despertou-lhe a atenção: a relação entre os hábitos alimentares, o caráter e a vida moral daquele povo. Os hunza são sóbrios em tudo, ativos, resistentes à fadiga, alegres, pacíficos, tolerantes e fraternais.

Poderíamos ainda enriquecer este nosso trabalho com grande e variado número de exemplos, capazes de comprovar as excelências da alimentação vegetariana. Preferimos, entretanto, não o fazer por razões de ordem prática, além do que outros aspectos da questão merecem ser abordados.

A Fraternidade Rosacruz, divulgadora autorizada dos ensinamentos Rosacruzes, afirma convictamente que o regime alimentar ideal é o vegetariano, sob todos os aspectos. Respaldando essas afirmações encontramos ensinamentos nas obras de Max Heindel, nas revistas Rays From The Rose Cross, Serviço Rosacruz e outras publicações editadas pelos Grupos e Centros Rosacruzes do mundo. Os Estudantes brasileiros, particularmente, foram beneficiados com o lançamento em português da obra “Cozinha Vegetariana”. Há, ainda a mencionar, a facilidade crescente na aquisição de produtos naturais, pois além das lojas especializadas na comercialização desses artigos, podemos encontrá-los também nos supermercados.

Há casos de Estudantes da ciência esotérica que, tendo adotado a dieta vegetariana, tempos após, retornam à dieta carnívora, alegando sentirem-se debilitados e enfermos. Dois aspectos na questão merecem uma análise acurada:

  1. O Estudante pode não ter efetuado a transição de uma dieta para outra de uma forma racional e equilibrada. Talvez tenha passado de uma forma repentina para o regime vegetariano, sem balancear devidamente sua ração alimentar diária. Não esqueçamos um ensinamento elementar: A natureza não dá saltos. Não admite processos repentinos. A carne deve ser abandonada aos poucos.

A afirmação, muito comum por sinal, de que a carne deve ser “substituída” encerra uma visão equivocada do problema. Para “substituir” a carne há quem ingira quantidades exageradas de alimentos ricos em proteínas, tais como soja, ovos, laticínios. O organismo humano requer uma certa quantidade diária de proteínas, mas não um superprovimento. O superprovimento gerará problemas, sem dúvida alguma.

A carne não deve ser “substituída”. Deve ser abolida gradativamente. O Estudante simplesmente deve adotar uma dieta equilibrada, provendo-se de dosagens corretas de sais minerais, vitaminas, hidratos de carbono, proteínas e calorias adequadas ao tipo de atividade que exerce;

  1. Este é o aspecto mais delicado do tema. De início queremos propor uma questão: Que razões devem realmente levar o Estudante a adotar a alimentação vegetariana?

Alguns o fazem pela necessidade de gozar boa saúde.

Outros inspiram-se em considerações de ordem ética ou princípios relativos ao respeito à vida.

Na realidade, as duas razões são importantes, mas a segunda é fundamental e mais relevante.

Devemos ser vegetarianos por amor, por respeito à vida de outros seres. Não temos o direito de contribuir, direta ou indiretamente, para a matança de indefesos animais.

A compaixão, acima de tudo, deve nortear nossos passos na decisão de mudar nosso regime alimentar.

Do Estudante da ciência esotérica não se pode esperar atitudes dúbias ou pusilânimes. A firmeza de convicções é fator importante no crescimento anímico.

Se esses argumentos ainda não são convincentes, que o Estudante tome a iniciativa de visitar um matadouro. Seguramente ficará estarrecido com o que lhe será dado a observar. As más vibrações, o odor nauseabundo, as cenas de horror que por certo notará naquela casa da morte deverão incomodá-lo bastante. Mas, se tudo isso ainda não for suficiente, então que assista ao abate. Impossível a uma pessoa dotada de um mínimo de sensibilidade não ficar chocada com o desespero, a dor e agonia do animal na hora da morte. Há quem diga que os olhos de um carneiro chegam a verter lágrimas ao perceber o que o aguarda.

Não! Absolutamente não! Não podemos concordar com essa violência. Essa agressão às leis da vida só pode implicar sofrimento para o ser humano.

A evolução é fundamentalmente uma questão de consciência. Nosso estado de consciência determina o que somos e manifestamos, nossa sensibilidade e pensamentos. Determina principalmente nosso estado de saúde.

Se, em nossa consciência, admitimos a necessidade de conservar limpos e puros nossos corpos; se, intransigentemente, defendemos o direito à vida e a não-violência, podemos estar certos de que tudo isso repercutirá positivamente no corpo físico. Nossa consciência projetará equilíbrio e harmonia sobre nosso organismo, em forma de boa saúde.

Portanto, se o Estudante se tornar vegetariano por convicção não haverá o que temer. E o que é mais importante: sua atitude constituirá um sólido exemplo para outros. A redenção da raça humana começa por aí.

(De Gilberto Silos, Publicado na revista Serviço Rosacruz – 09/88)

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RECEITA – Bolo de Batata-doce

BOLO DE BATATA-DOCE


INGREDIENTES:
  • 2 xícaras (chá) de batata-doce ralada sem a casca
  • 2 xícaras  (chá) de farelo de aveia
  • 3 ovos
  • 1 xícara (chá) de leite de coco
  • 3 colheres de manteiga
  • 1 e 1/2 xícara (chá) de uvas passas (ou adoçante)
  • 1 colher (sopa) de Chia
  • 1 colher (sopa) de fermento em pó
***Para ver se o fermento está bom, coloque em um copo com água, se ferver, está bom)
Modo de preparo:
 
  • Bata no liquidificador os 6 primeiros ingredientes.
  • Desligue o liquidificador e acrescente a chia e o fermento.
  • Mexa delicadamente.
  • Coloque numa forma untada e enfarinhada.
  • Asse em forno médio por mais ou menos 30 minutos.
É muito nutritivo !!!
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RECEITA – Homus de Beterraba

HOMUS DE BETERRABA

 
Ingredientes:
  • 1 beterraba grande com casca
  • 1/2 xícara (chá) de grão de bico cozido
  • 1/4 xícara (chá) de água
  • Sal
  • Pimenta do reino e
  • Azeite a gosto 
 
Modo de preparo:
 
  • Lave bem a beterraba com uma escova e corte em pedaços.
  • Coloque todos os ingredientes no liquidificador ou processador e bata até virar um creme (não deve ficar mole demais).
  • Sirva com hambúrguer, torradas ou bolacha integral.
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RECEITA – Ricota de Tofu

RICOTA DE TOFU

INGREDIENTES:

  • 200 g. de TOFU
  • 1/2 cebola picada
  • 1/2 maço de salsa picada
  • 2 colheres (chá) de orégano
  • 4 colheres (sopa) de azeite de oliva extra virgem
  • suco de 1 limão
  • sal marinho
  • pimenta do reino (opcional) / 1 pitada

MODO DE PREPARO:

  • Deixe o tofu escorrendo sob um pano de prato ou papel toalha.
  • Amasse o tofu com um garfo até ficar bem esfarelado. Misture o tofu com todos os outros ingredientes.

Fica ótimo para comer com torradas, bolachas de água e sal, sob rodelas de cenoura cruas ou mesmo com saladas.

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RECEITA – Suco Verde

SUCO VERDE

Ingredientes:

 

  • 1/2 copo de agrião picado com os talos
  • 1/2 maçã cortada em cubos
  • 1 colher (chá) de mel
  • 1 copo de água gelada
  • 1/2 limão sem a casca

 

Modo de fazer:

 

  • Bata tudo no liquidificador e tome logo em seguida.

 

Notas:

a) O suco verde é uma ótima escolha para começar o dia de modo saudável.

b) Além de ajudar a manter o pH do sangue alcalino, essencial para o bom funcionamento do organismo, ajuda a oxigenar o sangue.

c) Você pode variar as folhas usando: Folhas da beterraba, de brócolis, couve, rúcula ou salsa.

 

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Nutrição e Saúde: Regime Vegetariano

Nutrição e Saúde: Regime Vegetariano

Umas das maiores preocupações da esposa, marido e mãe e pai, enfim de qualquer pessoa que está no caminho espiritual, principalmente, é preparar uma refeição forte, saborosa e nutritiva para ela, para a sua família e para os seus. Ou seja, aliar nutrição e saúde.

Escolhidas as receitas, é importante que a mesa também seja arrumada com carinho. Não há necessidade de que as toalhas e os talheres sejam artigos de luxo. O essencial é que estejam muito bem limpos, e se possível, que haja um pequeno arranjo no centro da mesa, capaz de valorizar qualquer refeição, por mais simples que seja.

Do cardápio, devem constar alguns alimentos crus, a fim de serem aproveitadas certas substâncias indispensáveis ao bom funcionamento orgânico: as vitaminas.

O regime vegetariano, preconizado pela Fraternidade Rosacruz, é o que melhor corresponde ao desenvolvimento físico, moral e intelectual do ser humano. Reduz a quantidade de toxinas no organismo, não sobrecarregando o fígado e os rins.

Muitas pessoas acreditam que pelo fato de não poderem incluir carne na alimentação, terão dificuldades para variar o cardápio. Estão enganadas. Existem milhares de ótimas receitas, sem carne.

Uma sugestão: substitua a carne pela soja. Esta tem duas vezes mais proteínas e custa bem menos.

Por falar em preço, vocês já repararam no preço da came ultimamente? Compararam com o da soja?

Para preparar-se o feijão de soja, usa-se o mesmo sistema do feijão comum. Deve-se deixá-la de molho durante uma noite. Nesse período ela perde sua forma arredondada, ficando parecido com o feijão comum. Então, basta esfregá-la com as mãos, debaixo de água corrente, que as casquinhas se soltarão facilmente, tornando mais rápido o cozimento (leva mais ou menos 45 minutos em panela de pressão).

Para que a soja fique bem saborosa, é importante que seja bem temperada. Seu uso pode ser variado, em salada, bolo, biscoitinho, suflê etc.

Para concluir nosso artigo sobre culinária vegetariana, algumas receitas fáceis e saborosas:

 

SALADA DE SOJA

  • 2 xícaras de feijão de soja cozido e temperado
  • 1 lata de ervilha
  • 1 xícara de cenoura cozida e cortada em quadradinhos
  • 1 xícara de maçã picada
  • Folhas de alface
  • Rodelas de tomate
  • Maionese

 

  • Escorra o feijão e a ervilha. Misture com a cenoura e maçã e umedeça com maionese.
  • Sirva com folhas de alface e decore com tomates cortados.

 

SOJA COM MILHO VERDE

  • 2 xícaras de feijão soja cozido
  • 2 xícaras de milho verde escorrido
  • 1 xícara de queijo mineiro cortado em pedacinhos
  • 4 tomates descascados e picados
  • 3 ovos cozidos picados
  • 1 xícara de azeitona
  • 1 colher (de sopa) de salsinha picada
  • sal a gosto (ou molho de soja)

 

  • Coloque camadas alternadas de feijão de soja, milho, queijo, tomate, ovos, azeitonas numa forma refratária.
  • Tempere o caldo que escorreu dos tomates com azeite, sal e despeje por cima. Salpique a salsinha e um pouco de farinha de rosca e leve ao forno moderado por uns 30 minutos.

 

FOLHAS DE REPOLHO RECHEADAS

  • 1 xícara de feijão soja cozido e picado
  • 1 colher (sopa) de óleo de soja
  • sal
  • 1 colher de cebolinha verde picada
  • 1 colher (sopa) de molho de soja
  • 1/2 xícara de azeitonas pretas picada
  • folhas de repolho aferventadas
  • suco de tomate
  • Misture o feijão, o óleo, os temperos, o molho de soja e as azeitonas. Coloque numa forma refratária rasa, untada, e acrescente um pouco de suco de tomate.
  • Asse em forno moderado durante uns 15 minutos.
  • Sirva quente.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1978)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

RECEITA – Bolinhos de Arroz Chiques

BOLINHOS DE ARROZ CHIQUES
INGREDIENTES:
  • 3 xícaras (chá) arroz cozido (pode ser amanhecido))
  • 1 batata grande cozida e amassada
  • 1 ovo
  • Sal a gosto
  • cebolinha
  • 4 colheres (sopa) de queijo ralado
  • 1 colher (sopa) de manteiga
  • Queijo (branco ou muzzarela) em cubinhos
  • 1 colher (sopa / rasa) de fermento em pó
MODO DE PREPARO:
  • Numa vasilha bata ovo e acrescente: o arroz, a batata, a cebolinha, o queijo ralado, o sal e a manteiga.
  • Mexa bem.
  • Acrescente o fermento e mexa delicadamente.
  • Faça bolinhos com as mãos e no meio  de cada um, coloque um cubinho de queijo, feche e coloque para assar numa assadeira levemente untada, ou frite-os.
Se fizer pequenos, servem como aperitivos.
Ficam uma delícia !!!
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

RECEITA – Leite Condensado de Arroz

LEITE CONDENSADO DE ARROZ
 
INGREDIENTES:
  • 1 xícara (chá) de arroz integral (ou branco, se preferir) cozido
  • 1 xícara (chá) de açúcar demerara
  • 1/2 xícara (chá) de água fervente
MODO DE PREPARO:
  • Bata a água fervente com o açúcar no liquidificador por 2 minutos, ou até formar uma massa homogênea um pouco escurecida.
  • Adicione o arroz integral cozido e bata por mais uns 5 minutos, ou até formar uma pasta amarelada bem homogênea.
  • Coloque numa travessa bonita e leve à geladeira por 8 horas.
  • Pronto !!!  Fica muito bom!!!
Pode ser usado para fazer BRIGADEIROS:
  • Para fazer brigadeiros, leve ao fogo 1 xícara desse leite condensado com 1 colher de sopa de cacau em pó 100% ou um bom chocolate // 1 colher de sopa de araruta e 1 colher de sopa de óleo de coco.
  • Mexa até dar o ponto de brigadeiro.
  • Transfira para um prato e deixe esfriar.
  • Faça bolinhas, coma de colher ou use no recheio de bolos.
  • Rendimento: 10 brigadeiros.
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