Arquivo de categoria Estudos Bíblicos Rosacruzes em Perguntas e Respostas

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Encontramos na Bíblia, no Livro de Jó, as seguintes palavras: “Podes atar as cadeias das Plêiades ou soltar os atilhos do Orion?” (Jo 38:31). Essas estrelas exercem alguma influência sobre os seres humanos?

Pergunta: Encontramos na Bíblia, no Livro de Jó, as seguintes palavras: “Podes atar as cadeias das Plêiades ou soltar os atilhos do Orion?” (Jo 38:31). Essas estrelas exercem alguma influência sobre os seres humanos?

 

Resposta: Sim, não há dúvida que todas as estrelas no universo exercem alguma influência sobre os seres humanos, e alguns astrólogos marcam as posições de várias estrelas fixas ao levantar um horóscopo. A nosso ver, isso é apenas uma perda de tempo e trabalho, pois a Mente humana tem agora uma prova suficientemente forte para equilibrar as influências interagentes das Casas, Signos e Aspectos dos Astros, de tal maneira que seja possível ler com precisão a mensagem completa das estrelas, como é mostrada por esses fatores elementares. Pode-se afirmar, contudo, no tocante às Plêiades, que são uma das três manchas nebulosas do Zodíaco que, segundo descobriu-se, exercem uma influência perniciosa sobre os olhos em determinadas configurações do horóscopo do Sol ou da Lua com Saturno, Marte, Urano e Netuno.

(Perg. 109 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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Pergunta: No Apocalipse, São João diz: “E já não haverá mar”. O que isso significa?

Pergunta: No Apocalipse, São João diz: “E já não haverá mar”. O que isso significa?

Resposta: Significa exatamente o que é dito, pois a Terra está passando por inúmeros estágios evolutivos que propiciam as condições necessárias para o nosso desenvolvimento. Houve uma era de escuridão, durante a qual o material do nosso planeta achava-se reunido em um estado de fermentação e germinação, os quais produziam calor e, no momento em que foi proferido o fiat criador:

 

“Faça-se a luz”, esse material transformou-se numa névoa de fogo luminosa, girando em torno do seu eixo e aquecendo a atmosfera circundante, a qual logo esfriava ao entrar em contato com o espaço exterior. Assim foi gerada a umidade que caía sobre o planeta incandescente, resultando em vapor que se elevou em direção ao espaço, uma neblina ígnea.

Durante eras, esses processos de evaporação e condensação aconteceram até formar-se uma crosta sólida que cobriu a Terra e se tornou o que chamamos terra firme e seca, da qual se elevava uma espécie de bruma, tal como descrita na Bíblia. Esse vapor esfriava-se, condensava-se e caía sobre a terra em forma de chuva, o que, gradualmente, clareou o ar propiciando-nos às condições atmosféricas prevalecentes até hoje. No passado, possuíamos corpos que nos permitiram viver nos diversos ambientes terrestres; atualmente, nossos veículos são, em sua maior parte, compostos de água, tal como são os corpos dos animais e vegetais. Apesar disso, a Bíblia diz que tanto a carne quanto o sangue não podem herdar o Reino de Deus. Ela também diz que deveremos descartar-nos do corpo físico e elevar-nos no ar. Daí a citação do Apocalipse, 21:1. “E já não haverá mar”. Desse modo, as condições gerais nos sãos apresentados, e há alguns indícios mostrando que, embora essas mudanças estejam ocorrendo lentamente, elas estão realmente surgindo. Os cientistas começam agora a admitir que a Terra está perdendo umidade. Lemos num artigo publicado no “Literary Digest”: “Muitas autoridades reconhecem que a Terra está perdendo lentamente a sua umidade. Isto ocorre como é parcialmente explicado por C. F. von Hermann, em Science (New York), pela ação das descargas elétricas no vapor em decomposição. Um dos gases componentes, o hidrogênio, é muito leve e sobe até as camadas superiores da atmosfera terrestre, de onde é finalmente expelido.

Essa perda de hidrogênio significa, na realidade, uma perda de água. A decomposição da umidade da Terra, com o seu desaparecimento final, é causada também por outros agentes, especialmente pelo efeito dos raios luminosos da parte superior do espectro. O Sr. von Hermann cita um escritor em Umschau, Dr. Karl Stoeckel, que disse: “Acredita-se que os raios ultravioletas da luz solar, que incidem sobre o vapor de água em suspensão na camada inferior da atmosfera terrestre, decompõem uma pequena parte desse vapor para produzir o hidrogênio, que se eleva a grandes altitudes”.

A respeito disso, o Sr. von Hermann comenta: “Não creio ter sido verificado antes que a superfície da Terra está continuamente perdendo hidrogênio por meio da decomposição do vapor de água provocada por cada relâmpago”. Pickering e outros já reconheceram as linhas de hidrogênio no espectro de um relâmpago, e estudos mais amplos na meteorologia mencionam que os clarões dos relâmpagos decompõem uma certa quantidade de água. O hidrogênio formado por cada relâmpago, eleva-se rapidamente à atmosfera superior e perde-se no espaço.

(Perg. 80 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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Pergunta: Há algum trecho na Bíblia, seja no Antigo ou no Novo Testamento, onde é dito aos seres humanos, que se casem e vivam depois como irmão e irmã, sob quaisquer circunstâncias? Se isto não consta na Bíblia, por que é ensinado por vocês?

Pergunta: Há algum trecho na Bíblia, seja no Antigo ou no Novo Testamento, onde é dito aos seres humanos, que se casem e vivam depois como irmão e irmã, sob quaisquer circunstâncias? Se isto não consta na Bíblia, por que é ensinado por vocês?

Resposta: Os Semitas Originais foram a quinta das raças Atlantes. Surgiram da Atlântida submersa, como foi contado de várias formas nas histórias de Noé e Moisés. Seu destino era uma Terra Prometida, não a pequena e insignificante Palestina, mas a terra como ela é hoje constituída. Era prometida porque estava passando por mudanças que ocorrem quando, uma nova raça está preparada para tomar posse dela. Inundações haviam destruído a civilização Atlante. No deserto de Gobi, na Ásia Central, vagueava o núcleo das presentes raças Arianas.

Na época em que tal núcleo estava para se tornar uma raça que povoaria o mundo, é natural que a procriação de crianças fosse de importância capital. Era considerado como dever de todos gerar um grande número de filhos e ser fecundo. Atualmente, não estamos vivendo naquela época, o mundo está mais povoado, e os Egos reencarnantes estão mais cautelosos, não se empenhando tanto em conceber. Nós nunca apregoamos o celibato geral, nem dissemos que as pessoas devem casar-se e depois viver como irmãos durante todo o tempo, mas ensinamos que as pessoas casadas devem, de acordo com as circunstâncias, ajudar a perpetuar a raça. Quer dizer, se ambos, marido e mulher, estão física, moral e mentalmente em condições, e possuem um lar onde um Ego encarnante possa ter a oportunidade de renascer e adquirir experiência, eles deverão oferecer-se como um sacrifício vivo no altar da humanidade e fornecer a substância de seus corpos para prover um Ego de um veículo, recebendo-o em seu lar como receberiam um convidado querido, gratos por poder fazer por ele o que outros lhes fizeram. Mas, quando o ato de fecundação tiver sido realizado, eles deverão abster-se de outras relações sexuais, até que se sintam novamente preparados para gerar o corpo de outra criança. É esse o ensinamento dos Rosacruzes a respeito da relação ideal entre marido e mulher. Eles sustentam que a função criadora não deveria ser usada com propósitos sensuais, mas para a perpetuação da raça, como foi, naturalmente, designada. Essa é uma situação ideal e pode estar fora de alcance para a maioria das pessoas no presente momento, como o é a prescrição de amar os nossos inimigos. No entanto, se não tivermos ideais elevados, não faremos progresso algum.

(Perg. 21 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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Por que as cores do véu do Templo e das vestes sacerdotais eram, como foi mencionado no Êxodo, azul, púrpura e escarlate, em lugar de serem as três cores primárias?

Pergunta: Por que as cores do véu do Templo e das vestes sacerdotais eram, como foi mencionado no Êxodo, azul, púrpura e escarlate, em lugar de serem as três cores primárias?

Resposta: O Tabernáculo no Deserto foi a primeira igreja que o ser humano erigiu sobre a Terra. Quando a humanidade saiu das bacias terrestres devido à condensação das águas que antes pendiam como uma densa neblina sobre a terra, a visão espiritual que os havia guiado até ali tornou-se um obstáculo para o seu desenvolvimento físico. Consequentemente, ela foi diminuindo, e os sentidos dos seres humanos passaram a focalizar-se no mundo físico.

Essa mudança acarretou uma separação das Hierarquias Divinas que, até aquele momento, haviam guiado o ser humano no caminho da evolução. Elas tornaram-se invisíveis e o indivíduo sentiu a sua falta. Então, despertou em seu coração um desejo de Deus, que ficou satisfeito ao ser-lhe dado o Tabernáculo no Deserto e ao ser-lhe prescritas certas leis divinas no sentido de orientá-lo. Jeová era o Legislador e o Gênio particular dos Semitas Originais, que foram a raça de origem da futura Época Ária, e, atrás d’Ele permanecia o Altíssimo, o Pai. Isto é confirmado em certas passagens como no Deuteronômio, capítulo 32, versículos 8 e 9, onde é dito que o Altíssimo dividiu o povo em nações, reservando uma certa porção do povo ao Senhor, que o guiou e o levou para fora do Egito (terra onde se venerava o Touro), rumo à Era Ária do Arco-íris. Esta foi inaugurada com o uso do sangue do Cordeiro, Áries, no holocausto (Passover) realizado por Noé e pelas leis dadas através de Moisés, as quais foram simbolicamente mostradas no Tabernáculo no Deserto.

A cor do Altíssimo, o Pai, é um azul espiritual. A cor de Jeová é o vermelho (simbolizando o sacrifício sangrento), e a mistura destas duas cores produz a púrpura. Por essa razão, estas duas cores fizeram-se presentes no véu do Templo, além da cor branca indicando, de forma simbólica, a falta de alguma coisa. Sob o regime de Jeová era necessário aplicar o lema: “olho por olho e dente por dente”. Era uma exigência da lei ditada por Ele e transmitida a Moisés. Essa Lei reinou até Cristo, que nos trouxe, então, a graça e a verdade, rasgando assim, o véu do Templo.

Sob essa lei antiga, os sacrifícios de animais eram obrigatórios, pois a humanidade ainda não aprendera a fazer sacrifícios de si mesma.

Quando Cristo mostrou o caminho da verdade e da vida, oferecendo-Se em sacrifício, o véu do Templo rasgou-se, estava abolido o antigo sistema, e um novo caminho foi aberto para a salvação “de todo aquele que o desejar”.

Na nova dispensação não há véu sobre o qual possa ser colocada a cor do Iniciador. Encontrou-se uma forma melhor de marcar individualmente com Sua cor dourada aqueles que são de Cristo. Na verdade, todos os que seguem o caminho do serviço e do auto sacrifício desenvolvem em sua própria aura a cor dourada de Cristo, a terceira das cores primarias. Essa aura é a veste sacerdotal da nova dispensação, sem a qual ninguém pode penetrar no Reino, e nenhuma veste pode ser conseguida por meio de pseudo-iniciações, não importa qual tenha sido o preço pago.

(Perg. 82 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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Por que as cores do véu no Tabernáculo eram púrpura, escarlate e branca? Por que as três cores primárias, azul, vermelho e amarelo não foram representadas?

Pergunta: Por que as cores do véu no Tabernáculo eram púrpura, escarlate e branca? Por que as três cores primárias, azul, vermelho e amarelo não foram representadas?

Resposta: Azul é a cor do Pai que reina continuamente sobre todo o universo, desde o início até o fim da manifestação, onipresente em tudo o que vive, respira e tem existência própria. Vermelho ou escarlate é a cor do Espírito Santo que gera as criaturas vivas. Quando a vida apresenta uma expressão errada, esta se vê restringida por um código de leis, e o Espírito Santo, nesse caso, torna-se Jeová, o Legislador. Amarelo é a cor de Cristo, o Senhor do Amor que, por meio desse Princípio divino, invalida a lei e leva-nos novamente de volta, em contato direto com a harmonia do Pai.

Portanto, podemos ver que, sob o antigo regime, era impossível incluir o amarelo e fazer das três cores primárias o símbolo do Templo, pois, naquela época, o Pai e Jeová reinavam o azul e o escarlate, suas cores, figuravam no Templo, e a púrpura, que é a cor resultante da fusão das duas cores primárias citadas antes, também lá estavam, mostrando não apenas sua existência separada como também a sua unidade. Por último, havia o espaço branco simbolizando fato de que um aspecto permanecia sem se manifestar, e essa era a terceira cor, a amarela.

Desde o tempo de Cristo, a verdadeira Escola de Mistérios Ocidentais, a dos Rosacruzes, teve como seu emblema as Rosas Vermelhas, simbolizando a purificação de natureza de desejos, a estrela dourada, mostrando que Cristo nasceu dentro do discípulo e irradia de suas cinco pontas, que representam a cabeça e os quatro membros. Isto se reflete sobre o fundo azul que simboliza o Pai. Mostra, assim, que a manifestação de Deus, a unidade na trindade, realizou-se.

Muitas vezes pensei que faltava alguma coisa na literatura da Fraternidade Rosacruz, ou seja, um livro de devoção, e acredito que milhares dos nossos estudantes provavelmente sentiram o mesmo. Para suprir esta lacuna, muitos adotaram livros de origem oriental, o que é uma prática desaconselhável. Há muitas vidas atrás quando nós, do Mundo Ocidental, estávamos em corpos orientais numa época em que não havia o Mundo Ocidental tal como é conhecido hoje, essa espécie de coisas se adequavam a nós, mas atualmente já avançamos muito além, e deveríamos considerar a vida de nossos santos cristãos para guiar-nos no Caminho da Devoção. Meu livro de cabeceira tem sido A Imitação de Cristo de Thomas de Kempis1. É realmente um livro maravilhoso. Não há uma só situação na vida que não encontre nele alguma referência adequada, e quanto mais o lemos, mais o admiramos.

Provavelmente os estudantes sabem que os residentes em Mount Ecclesia se revezam, em ordem alfabética, nas leituras durante os ofícios da manhã e da noite. Ao chegar a minha vez, sempre pego o livro de Thomas de Kempis e leio um capítulo, do começo ao fim, repetindo-o algumas vezes. Não há um único trecho cansativo em todo o livro, e será muito proveitoso que os estudantes desejosos de desenvolver este aspecto devoto de sua natureza, adotem este livrinho como literatura diária. Acredito que ele possa ser adquirido na maioria das livrarias do mundo.

(Perg. 81 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

 

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[1] N.R.: Imitação de Cristo – Tomás de Kempis – publicado em português pela Editora Vozes

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Se “Deus fez o homem um pouco inferior aos Anjos”, como é possível que ele se torne, no final, superior a eles no Mundo Espiritual?

Pergunta: Se “Deus fez o homem um pouco inferior aos Anjos”, como é possível que ele se torne, no final, superior a eles no Mundo Espiritual?

Resposta: Essa pergunta revela um equívoco. Isso nunca foi declarado nos Ensinamentos Rosacruzes, mas foi dito algo que pode ter gerado uma interpretação errada. A evolução move-se numa espiral e nunca se repete na mesma condição. Os Anjos representam uma corrente evolutiva mais antiga; eram humanos num período anterior da Terra, chamado de Período Lunar entre os Rosacruzes. Os Arcanjos eram a humanidade do Período Solar, e os Senhores da Mente, chamados por Paulo os “Poderes das Trevas”, eram a humanidade do sombrio Período de Saturno. Nós somos a humanidade do quarto período do presente esquema de manifestação, o Período Terrestre. Como todos os seres do universo estão evoluindo, a humanidade dos períodos anteriores também evoluiu, de forma que hoje encontram-se num estágio mais elevado daquele em que estavam quando eram humanos – eles são sobre-humanos. Portanto, é verídico que Deus fez o homem um pouco inferior aos Anjos. Mas, como tudo está num estado de progressão espiralar, também é verdade que a nossa atual humanidade é superior e mais evoluída do que os Anjos o foram; e que os Anjos foram uma categoria mais elevada da humanidade do que os Arcanjos quando eram humanos. Na próxima etapa atingiremos algo semelhante ao atual estágio dos Anjos, mas seremos superiores ao que eles são agora.

(Perg. 2 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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Pergunta: O ensinamento do Novo Testamento mostrando o Espírito Santo, o Consolador, tão delicado e misericordioso, torna difícil identificá-Lo com o vingativo Jeová do Antigo Testamento. Como podemos conciliar isso?

Pergunta: O ensinamento do Novo Testamento mostrando o Espírito Santo, o Consolador, tão delicado e misericordioso, torna difícil identificá-Lo com o vingativo Jeová do Antigo Testamento. Como podemos conciliar isso?

Resposta: Era missão de Jeová e dos seus Anjos multiplicar o que existisse sobre a terra. Em outras palavras, Ele era o doador de filhos. Consideremos o anúncio do anjo à Maria: “O Espírito Santo baixará sobre ti e conceberás”.

Temos já aí um elo; mas como há sempre dois aspectos em toda questão, também há dois aspectos no que se refere ao Espírito Santo. Uma fase do Seu trabalho é feita partindo de fora, como um dador de leis, e a lei, quando aplicada de fora, é como um feitor que nos obriga a fazer isto ou aquilo ou nos proíbe de fazer outras coisas. Ela exige olho por olho e dente por dente. Eis aí Jeová, o criador da lei. Mas, quando chega a época em que recebemos a lei dentro de nós não somos mais impelidos por meios externos, o feitor torna-se o Consolador. Todo universo é regido por leis. Tudo no mundo baseia-se na lei, e ela é tanto nossa proteção como nosso feitor.

Pela manhã, deixamos os nossos lares sem nos preocuparmos, confiantes na lei de gravidade que manterá tudo nos seus devidos lugares durante a nossa ausência.

Sabemos que, ao retornar, encontraremos tudo como deixamos, embora o nosso Planeta esteja rodando em sua órbita a uma velocidade em torno de 105 mil quilômetros por hora.

Confiamos na expansão dos gases para obtermos força motriz. De fato, tudo na natureza está baseado em leis, e quer o saibamos ou não, somos sujeitos a elas até que, mediante o conhecimento, aprendamos a usá-las, a cooperar com elas, e fazê-las executar as nossas ordens e poupar-nos trabalho.

O mesmo ocorre com as leis morais dadas por Jeová no Monte Sinai. Elas destinaram-se a conduzir-nos a Cristo, e quando Cristo nasce dentro de nós, a lei do Espírito Santo também penetrará. O ser humano é, então, simbolizado pela arca que ficava no Sanctum Sanctorum e que tinha dentro de si as tábuas da lei. Notamos que o Consolador que veio para os homens de outrora não foi um Consolador externo, mas operava internamente, entrava neles e tornava-se uma parte deles. Quando o Espírito da Lei, o Espírito Santo, entra em nós, Ele é o Consolador, porque passamos a fazer de boa vontade as coisas que são impulsionadas por esse estímulo interno, enquanto que ficávamos ressentidos e relutantes às ordens do feitor externo.

(Perg. 72 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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Pergunta: Como podem acreditar na teoria da reencarnação que afirma que voltamos para cá no corpo de um animal? Não é muito mais gratificante acreditar na doutrina Cristã, segundo a qual vamos para o Céu com Deus e os Anjos?

Pergunta: Como podem acreditar na teoria da reencarnação que afirma que voltamos para cá no corpo de um animal? Não é muito mais gratificante acreditar na doutrina Cristã, segundo a qual vamos para o Céu com Deus e os Anjos?

Resposta: O autor nunca advogou as opiniões que lhe são atribuídas pelo estudante que, evidentemente, não estudou a questão. Há uma doutrina entre algumas das tribos mais ignorantes do Oriente que apregoa a teoria da transmigração, segundo a qual o espírito humano pode reencarnar nos corpos de animais. Contudo, isso é bem diferente da doutrina da reencarnação, que sustenta que o ser humano é um ser em evolução, progredindo através da escola da vida por meio de repetidos renascimentos em corpos de textura gradualmente aprimorada. O Cristo disse aos seus Discípulos: “Sede, portanto, perfeitos como o Pai que está no céu é perfeito”. Isso foi uma ordem explícita, e Cristo jamais a teria dado se fosse inatingível. Todos estamos cientes que não podemos alcançar essa meta num curto período de vida. Tendo o tempo necessário e as oportunidades proporcionadas pelos repetidos renascimentos e mudanças do meio-ambiente, conseguiremos realizar, algum dia, o trabalho do nosso próprio aperfeiçoamento.

Não existe qualquer referência nas escrituras sagradas do Oriente sobre a crença da transmigração. O único indício a esse respeito é encontrado no “Kathopanishad”, Capítulo 5, Versículo 9, que diz que algumas almas, de acordo com as suas ações, voltam para o útero para renascer, mas outras entram na imobilidade. O que significa, na opinião de alguns, que podem reencarnar em formas de vida até tão inferiores quanto o reino mineral. A palavra Sânscrita usada para isso é “sthanu”, que também significa um pilar. Lida assim, dá a mesma ideia encontrada numa passagem do Apocalipse: “Ao que vencer, fá-lo-ei um pilar no templo do meu Deus, e dele jamais sairá”. Quando a humanidade alcançar a perfeição, chegará o momento em que não estará mais atada à roda dos nascimentos e mortes, mas permanecerá nos Mundos Invisíveis para trabalhar na elevação espiritual de outros seres. Na realidade, a transmigração é uma impossibilidade na Natureza, pois há em cada corpo humano um espírito interno individual, enquanto cada categoria de animais é regida por um espírito comum, o Espírito-Grupo, do qual todos animais formam uma parte. Nenhum Ego autoconsciente pode entrar num corpo governado por outro. O estudante pergunta se não é muito mais gratificante acreditar num céu habitado por Deus e por Anjos? Pode até ser, mas não estamos preocupados com o que possa agradar à nossa ilusão passageira, mas sim com a procura da Verdade. A doutrina do renascimento é, às vezes, escarnecida pelos eruditos e considerada impossível, ao mesmo tempo que a classificam de doutrina pagã. Na verdade, não é questão para considerá-la pagã ou não. Quando lidamos com um problema matemático, não nos preocupamos em saber quem o resolveu primeiro. Tudo quanto nos interessa é: será que foi adequadamente resolvido? Da mesma maneira com essa doutrina, não importa quem a formulou primeiro, mas é a única que resolverá todos os problemas da vida de uma forma racional. A teoria segundo a qual uma pessoa, que talvez jamais tenha demonstrado interesse pela música e nunca teve noção dos fundamentos da harmonia, desenvolverá imediatamente após a sua morte uma insaciável paixão por essa arte e ficará feliz em tocar uma trombeta ou de dedilhar uma harpa por toda a eternidade, é um tanto ridícula.

(Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 72 – Max Heindel)

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Pergunta: Como sabem que o Ego permanece consciente após a morte?

Pergunta: Como sabem que o Ego permanece consciente após a morte? A esse respeito lemos em Jo 14:12: “Assim o homem, quando dormir, não ressuscitará; até que o céu seja consumido, não despertará, nem se levantará do seu sono”?

Resposta: Quando lemos um livro, não interpretamos tudo literalmente se o seu estilo é poético. Percebemos o absurdo dessa interpretação literal da Bíblia quando deparamos com passagens que dizem que as árvores cantam ou que as colinas dançam, pois todos sabemos que, na verdade, as colinas não dançam nem as árvores cantam ou riem. Captamos o sentimento do poeta e descontamos tais expressões como termos poéticos, que não devem ser interpretados literalmente. O mesmo acontece com outras declarações que são contrárias ao que sabemos ser realmente os fatos. Quando alguém desenvolveu a visão espiritual, torna-se-lhe um fato óbvio que a consciência não começa com o nascimento nem termina com a morte. Na realidade, a consciência lúcida do mundo físico, que consideramos tão elevada e importante durante a vida, é realmente muito limitada quando comparada à consciência espiritual. Somos mais conscientes antes do nascimento e depois da morte, porque estamos mais próximos da Fonte espiritual do nosso ser, no qual está toda a consciência.

Os Espiritualistas e a Sociedade de Pesquisas Psíquicas deram um grande passo no sentido de apresentar ao público uma prova positiva de que há uma continuidade da consciência depois que saímos do corpo. Embora tenham ocorrido muitas fraudes nessas demonstrações, houve também uma grande parte de verdade revelada, sob condições que impossibilitaram qualquer engano ou fraudes. Mensagens foram recebidas de pessoas que deixaram esta vida e mostraram que uma condição como a descrita na passagem de Jó, não é absolutamente verdadeira. Se lerem na nossa literatura: “O Enigma da Vida e da Morte” e “Onde Estão os Mortos?” encontrarão a questão do renascimento explicado de uma forma bem abrangente.

Exemplos bíblicos e históricos, tais como o de Joana d’Arc, a libertadora francesa, que era uma camponesa ignorante, mas que, guiada por vozes Espirituais, expulsou inteligentemente os generais ingleses e trouxe a vitória aos exércitos franceses, provando, com isso, que aqueles que deixam esta vida não estão num estado de inconsciência, nem perdem um grau de sua inteligência.

Além disso, não é necessário confiar nos Espíritos que ultrapassaram o véu da morte para comunicar-nos os fatos sobre a existência no além. Cada um de nós possui dentro de si um sexto sentido latente, o qual, quando desenvolvido, permite-nos penetrar conscientemente nesse campo para ver, saber, e atuar nesse plano de vida e de existência juntamente com aqueles Espíritos que já deixaram a presente vida. Podemos, então, falar, andar com eles e, em todos os aspectos, penetrar em suas vidas, de maneira que ficamos sabendo, sem depender de ninguém, que a consciência que possuímos durante a vida aumenta ao descartarmo-nos deste revestimento mortal.

No entanto, é necessário treinamento e esforço para despertar essa faculdade espiritual, e usar esse sentido da mesma forma que se requer tempo, esforço e aplicação para aprender a arte de tocar piano ou fabricar um relógio. Todos temos a faculdade latente dentro de nós e podemos desenvolvê-la se assim o desejarmos.

No decorrer do tempo, todo ser humano terá essa faculdade em adição aos cinco sentidos atuais. É esse o significado do Livro das Revelações ao dizer que no Novo Céu e na Nova Terra não haverá morte. Jó fala do corpo e dos céus atuais. Esses passarão, mas a Revelação fala a respeito de um Novo Céu e de uma Nova Terra onde habitará a retidão. O último inimigo a ser conquistado será a morte. Quando tivermos desenvolvido essa faculdade espiritual de maneira a ser possível, a qualquer momento, focalizar a nossa visão nesse plano de existência onde aqueles que chamamos “mortos” estão vivendo agora, vê-los-emos com a mesma aparência que tinham antes, e saberemos que, na realidade, a morte não existe. Essa será a melhor prova.

(Do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Perg. Nº 103 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Pergunta: Para onde foi o homem Jesus depois que o Cristo se apoderou dos seus veículos inferiores? Estaria ele presente, mas inativo, durante todo o ministério de Cristo?

Pergunta: Para onde foi o homem Jesus depois que o Cristo se apoderou dos seus veículos inferiores? Estaria ele presente, mas inativo, durante todo o ministério de Cristo?

Resposta: Jesus ficou nos Mundos invisíveis, de onde tem trabalhado, desde então, com as igrejas.

(Do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Perg. Nº 101 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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