Arquivo de categoria Relação do Ser Humano com outros Seres

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Sócrates em Breve Perfil

Sócrates em Breve Perfil

“Só sei uma coisa: é que nada sei”. Essa frase, estranha para alguns, hilariante para outros, sem significado para muita gente, notabilizou a Sócrates, o maior de todos os filósofos.

Vez por outra publicamos, nesta revista, a coluna “Filosofia Rosacruz Pelo Método Socrático”. Por esse método, aprende-se perguntando e obtendo respostas.

Profundo conhecedor da alma humana, Sócrates sondava a natureza das pessoas, revelando ideias preconcebidas e pondo em dúvida suas convicções. Se os seres humanos faziam menção à justiça, ele, calmamente, indagava:

— Que é isso? Qual é o significado dessas palavras tão abstratas através das quais vocês pretendem explicar com tanta facilidade o problema da vida e da morte? O que compreendem por “vocês mesmos?”

Esse grego célebre apreciava tratar de questões morais e filosóficas. Em seu diálogo com outras pessoas verdadeiramente cultas ou com pretensos intelectuais, tinha por hábito solicitar-lhes definições precisas e análises acuradas. E como é fácil deduzir, nem todos se sentiam muito à vontade diante dessas situações. Alguns se queixavam, afirmando que ele mais perguntava do que respondia, deixando os espíritos mais confusos ainda.

Em realidade, essa não era sua intenção. Simplesmente mostrava-se avesso à superficialidades. Bem se pode imaginar que dificuldades encontraria se vivesse na época atual. Não lhe faltariam críticos tenazes, a censurar-lhe a mania de querer aprofundar-se em todas as questões. Afinal, em nossos dias exorbita-se a importância da cultura extraída de aguadas apostilas e insossos fascículos. O audiovisual da televisão acomoda letargicamente as pessoas a receber conhecimentos sem assimilá-los. Há, talvez, excesso de informação, mas nenhuma FORMAÇÃO. Isso predispõe a uma distorção de valores. O banal ganha as honras de prioridade. Em contraposição, a busca do essencial em todas as coisas passa a ser encarada como uma atitude bizantina ou mania classicista. O Método Rosacruz de Desenvolvimento, contudo, oferece, aos estudantes, exercícios capazes de ensejar o rompimento do enganoso verniz que envolve as coisas, possibilitando-lhes que penetrem em suas profundezas. Na obra básica CONCEITO ROSACRUZ DO COSMOS encontramos uma clara exposição de tais exercícios.

Mas, voltemos à Grécia antiga.

Como era o grande filósofo? A julgar pelo busto, salvo entre as ruínas da escultura helênica, estava longe de ser belo. Descreve-o Will Durant como sendo calvo, rosto grande e redondo, olhos fundos e arregalados, um nariz largo e túrgido, indicando sua assiduidade em numerosos simpósios. Sua cabeça lembrava antes um trabalhador braçal do que um filósofo. Apresentava aspecto um tanto quanto rude, contrastando com sua bondade e encantadora simplicidade. Ar desajeitado, vestindo sempre a mesma surrada túnica, bem poucos acreditariam que se imortalizasse por suas ideias.

Uma coisa intrigava todo mundo: como vivia Sócrates? Não trabalhava. O dia de amanhã não se lhe constituía motivo de preocupação.

Sua vida conjugal por certo não era nenhum “mar de rosas”. Xantipa, sua esposa, espírito prático, vivia reclamando. Para ela, pouco dada a voos de pensamento, Sócrates não passava de um mandrião imprestável, que dava à sua família mais notoriedade do que pão. Ele, a despeito dessas divergências, reconhecia-lhe os méritos, afirmando que sua visão objetiva da vida mantinha o equilíbrio no lar. Xantipa gostava de falar quase tanto como Sócrates. Os dois juntos deveriam ter travado ásperos e interessantes diálogos. Ela, entretanto, amava-o.

Esse grande pensador exercia um impressionante fascínio sobre os jovens de seu tempo. Cobrava-lhes, a todo momento, a definição dos termos daquilo que afirmavam. Reuniam-se, costumeiramente, no pórtico do templo. Alguns desses moços se notabilizaram. Os ricos, como Platão e Alcebíades, deleitavam-se com sua análise crítica da democracia ateniense. Outros, mais simples, como Antístenes, apreciavam sua pobreza despreocupada. Alguns anarquistas, como Aristipo, sonhavam com um mundo livre de senhores e escravos. Para essa empolgada juventude, a vida sem os debates perder-se-ia na vacuidade. Quem sabe quantas escolas de pensamento tiveram sua origem no seio daquele grupo de idealistas?

A existência de Sócrates não se compôs apenas de filosofia. Houve, também, rasgos de heroísmo. Conta-se ter salvo a vida de Alcebíades em uma batalha. E para quem não acreditasse em sua coragem, ele a revelou de sobejo nos lances dramáticos que antecederam sua morte.

Era um homem sinceramente modesto. Jamais se proclamou sábio ou detentor da sabedoria. Afirmava viver em sua busca. Para quem fizesse questão de mais amplos pormenores, não vacilava em confessar: “sou um amador e não profissional da sabedoria”.

A filosofia, segundo ele, principia quando começam a surgir dúvidas envolvendo nossa crença, seus dogmas e axiomas. A verdadeira filosofia nasce quando o espírito enceta o exame de si próprio. GNOTHI SE AUTON — “Conhece-te a ti mesmo”, disse Sócrates. Essas lapidares palavras foram inscritas no frontispício do templo de Delfos, naquela época, mas sua sombra projeta-se sobre nossos dias. Nunca a necessidade do auto-conhecimento tornou-se tão premente. Por ignorar as multifacetas de sua própria natureza, o ser humano perde-se num imenso cipoal de conflitos. Logrou a proeza de pousar na Lua, desvendando os segredos de um mundo exterior. Por outro lado tem acumulado sucessivos fracassos por não irromper seu deslumbrante universo interior. E a Esfinge, plantada nas areias do deserto do mundo, continua a lançar seu desafio: “Ou me decifras, ou te devoro”.

O ser humano ainda padece de uma incrível indiferença em relação à sua natureza interna. Falta-lhe interesse e força para garimpar o EU. Bem a propósito, Max Heindel considerou o exercício noturno de Retrospecção como sendo o mais importante ensinamento da Escola Rosacruz. É um meio significativo de autoconhecimento.

Precedendo a Sócrates, outros filósofos também se celebrizaram, como por exemplo Tales de Mileto, Parmênides, Heráclito, Empédocles e o notável Pitágoras. Com exceção deste último, os “outros, em sua maioria, procuravam conhecer a PHYSIS, ou natureza das coisas exteriores e as leis vigentes no mundo material. Sócrates não os censurava por isto, mas afirmava haver elementos infinitamente mais dignos de atenção dos filósofos do que árvores e pedras. O espírito do ser humano, por exemplo. “Quem é o ser humano?, perguntava, e, em que poderá tornar-se”?

Sua grande preocupação voltava-se para os jovens atenienses daqueles tempos. Procurou incentivá-los a discutir problemas tais como a virtude e o melhor governo. Proclamava que, aparentemente, não havia motivo para um indivíduo não proceder como bem entendesse, uma vez se mantivesse dentro dos limites traçados pelas leis. Cria numa moral natural e não imposta. “Como desenvolver uma nova moralidade em Atenas, e como salvar o país?”, perguntava. Por responder tais perguntas encontrou a morte.

Quanto à questão do melhor governo, propugnava uma posição de destaque para os mais apurados espíritos, pois uma sociedade só consegue tornar-se estável quando guiada pelos mais sábios.

Atenas era um campo onde as ideias se entrechocavam. E numa fase de violência exacerbada, a sorte de Sócrates foi lançada. Acabou encarcerado, sob a acusação de disseminar uma “abominável filosofia aristocrática” e corromper a mocidade. Foi condenado à morte. Sentenciaram-no a beber cicuta.

Amigos fiéis organizaram-lhe uma fuga. Mas ele recusou. Talvez julgasse ser tempo de partir, melhor ocasião de morrer tão utilmente por certo nunca mais se lhe oferecesse. Após ingerir gota por gota o veneno mortal, ainda encontrou forças para dirigir um último apelo a seu amigo Críton: — “Devo um galo a Asclépio, não se esqueça de resgatar essa dívida”.

Críton fechou-lhe as pálpebras. Tinha setenta anos de idade. Corria o ano de 399 A.C.

(de Gilberto A.V. Silos – Publicado na Revista Serviço Rosacruz de junho/1978)

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“Lamento de um Vegetal”

“Lamento de um Vegetal”

Olha o que me fizeste. Com teu machado me cortaste. Hoje, sou um tronco velho e apodrecido. Lembras-te? Um dia fui uma bela árvore. Muitos foram os viajantes que, exaustos, descansaram no frescor de minha sombra.

Muitos foram os pássaros que fizeram seus ninhos em meus galhos. Inúmeras foram as borboletas que bailaram na beleza de minha flor. Por tempos e tempos transformei elementos brutos da terra em alimentos para mim e para ti.

Sem falar no ar que purifiquei. No ventre da Mãe terra fui um fruto, uma flor que o beijo do amor fez com que eu fosse uma árvore que tu cortaste com o teu machado.

Hoje, sou um tronco velho e apodrecido, mas ainda sirvo de abrigo aos insetos. E tu, que fazes, além de cortar árvores?

(Publicada na Revista Serviço Rosacruz – 02/1978)

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O que o Mundo nos ensina: observe-o como se deve

O que o Mundo nos ensina: observe-o como se deve

Quando logramos desviar nossa atenção dos problemas existenciais, para contemplar, por algum tempo, a natureza, constatamos o quanto ela nos tem a ensinar. Mas, para tanto, exige-se aquela disposição interior, característica de uma criança: isenção, desejo de aprender, simplicidade, mente aberta, ausência de ideias preconcebidas, etc. Quando nos deixamos dominar por semelhante estado de espírito, tornamo-nos capazes de penetrar na essência das coisas. Nessas circunstâncias é que recebemos “olhos para ver a luz que já existe”, como afirma a Oração Rosacruz.

Quando observamos o mundo e tudo o que o compõe, com ânimo espiritual, podemos ficar maravilhados com a harmonia existente em meio a tanta heterogeneidade. Partes desiguais formam conjuntos perfeitos. Opostos se completam. A unidade se realiza em torno da diversidade. Há diferenças em todo lugar e em quase todos os níveis. Porém, unidas, deixam transparecer uma ideia de integralidade.

Diferença… sim, as diferenças…

“Até entre as estrelas há diferença de esplendor”, afirmou São Paulo em uma de suas Epístolas. Se atentarmos para o que ocorre ao nosso redor, estabelecendo comparações entre os quatro reinos da natureza (mineral, vegetal, animal e humano), notaremos diferenças, algumas vezes até profundamente contrastantes, entre os seres componentes de cada agrupamento. A evolução encontra-se presente. As leis que a regem são atuantes em cada reino. Promovem uma escala que abrange diversos níveis de adiantamento, desde os seres mais inferiores, mais atrasados, até os pioneiros, os mais avançados.

Uma análise dessas pode resultar numa indagação; afinal, o que determina as diferenças? Por que alguns avançam mais que outros?

Vários fatores seriam respostas corretas. Entretanto, até “entre eles existe diferença de esplendor”. Alguns deles assumem maior importância, como por exemplo, “a prestação de serviço”. O progresso de qualquer ser depende do serviço que possa prestar, isto é, de sua utilidade à economia da natureza, aos componentes de seu grupo e, em uma esfera mais ampla, a todos os reinos. Isso requer e promove simultaneamente um crescente e progressivo desenvolvimento de faculdades e potencialidades. Uma qualidade, por menor que seja, tende a ampliar-se, atingindo dimensões inimagináveis, à medida que for aplicada ao bem comum. Essa disposição determina o estágio evolutivo de cada ser, pertença ele a qualquer reino da natureza.

Dessa forma, observamos, no reino mineral, a existência de terras áridas (atrasadas) e férteis (adiantadas). Entre os vegetais, encontramos plantas superiores (produzindo frutos) e as inferiores (como, por exemplo, as chamadas ervas daninhas).

No reino animal, damos especial ênfase aos mamíferos, dentre esses destacando os animais domésticos, cuja maneira de viver sugere até uma certa inteligência.

Ora, se entre os componentes dos reinos inferiores, onde inexiste a individualidade, pode-se notar esta gradação de adiantamento, utilidade e consciência, entre os seres humanos haverá uma escala “ad infinitum”, profundamente diversificada.

Cada ser humano constitui um degrau diferente na escala evolutiva, uma lei em si mesmo, “um mundo (microcósmico) à parte”.

Entre um Albert Einstein e um pigmeu africano, entre um Átila e um São Francisco de Assis, existem naturezas tão diametralmente opostas, que qualquer tentativa de comparação se torna até irracional.

Por que tais diferenças? A resposta nos é dada pelas leis que regem o próprio universo: em todo o macrocosmo há um estado permanente de atividade (objetiva ou subjetiva), onde tudo se renova e se aperfeiçoa. Se algo não acompanhar esse fluxo contínuo de aperfeiçoamento, entrará em choque com as leis cósmicas, atrasando-se, inevitavelmente, no contexto evolutivo.

A evolução, portanto, é o resultado de esforços persistentes.

Desde os primórdios da raça humana, alguns seres se destacaram dentre a maioria. São os vanguardeiros, os pioneiros, aqueles que sempre aspiram à LUZ, procurando adaptar-se às novas condições impostas pelo processo evolutivo.

Em um passado longínquo, a humanidade recebeu ajuda de seres vindos de Vênus e Mercúrio, na forma dos primeiros rudimentos de civilização e organização social. Cumpriram, os visitantes, essa missão até a época em que alguns seres humanos, mercê de seus esforços, fizeram-se merecedores do privilégio de “condutores de gênero humano”. Foram os primeiros Iniciados. A partir de então, tornaram-se os Guias terrestres da evolução humana. Seu trabalho começou a produzir frutos. A luminosidade da consciência foi gradativamente dissipando as trevas do obscurantismo.

Assim, surgiram as primeiras Escolas de Iniciação, aperfeiçoando-se no decurso dos tempos, cobrindo-se de novas roupagens segundo as necessidades de cada época. Vieram transmitindo novas facetas da verdade, à medida que o ser humano as merecesse e pudesse assimilá-las.

Eis, portanto, em síntese, a razão de tantas diferenças. O avanço ou atraso dependem de esforço em maior ou menor grau. A própria natureza nos ensina isso.

(Publicada na Revista Serviço Rosacruz – 01/1978)

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Ajudar Sempre

Ajudar Sempre

Todo Aspirante à Vida Superior deve ter em mira ajudar sempre, sejam quais forem as circunstâncias e ocasiões, mesmo diante de problemas graves e delicados. Esses, de forma alguma o perturbam, pois mantêm, em seu coração, a CONSTÂNCIA de ajudar, pautada pelo salutar espírito de equipe, que significa, entre outras coisas, compreensão e desprendimento, fatores indispensáveis à efetiva colaboração no formoso trabalho iniciado pelos queridos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, em benefício da Humanidade.

O Aspirante à vida superior que procura, realmente, VIVER A VIDA, como nos ensina Max Heindel, jamais busca fuga, seja qual for, visando escapar do trabalho em equipe. Tem, internamente, condições tais que, externamente, nada o surpreende ou causa apreensões. Em outras palavras, sua estrutura interna se tornou sólida.

Sabe, também, que o sublime trabalho iniciado por aqueles compassivos seres, com vista à redenção da Humanidade, não deve sofrer arranhões, oriundos de nossas deficiências ou desequilíbrios. Prefere, portanto, em sua elevada compreensão e amor, ajudar sempre. Só assim conseguirá o Aspirante, em sua peregrinação, superar, de modo seguro e efetivo, as tramas do “eu inferior”, que procura colocar no caminho obstáculos e desentendimento. Na verdade, quanto mais o Aspirante busca se alimentar do bem, maior é o brilho da luz que o Cristo Interno lança para iluminar os caminhos. Numa das lições do Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, a Fraternidade Rosacruz nos alerta no sentido de vermos o bem em tudo. É de alta significação o que essa lição encerra, porém, quando passamos a entendê-la na prática, então, tudo se transforma para melhor, em alto grau. E, só assim, estará o aspirante à vida superior dando cumprimento aos Evangelhos, que representam quatro Iniciações diferentes. E, para ele atingir Iniciações, mesmo as menores, é necessário que procure, com destemor, se libertar de suas imperfeições, mediante o ajudar sempre, pois ninguém se salva sozinho.

(Hélio de Paula Coimbra, Publicado na Revista Serviço Rosacruz de janeiro/1970)

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Nós somos o que pensamos de nós mesmos e não o que os outros pensam de nós!

Nós somos o que pensamos de nós mesmos e não o que os outros pensam de nós!

Um dos grandes mistérios da vida em nossa Terra é a separação entre o Mundo físico e o espiritual. Vivemos em um mundo material, de que nos apercebemos através de nossos sentidos, os quais, não obstante, possuem consciência limitada desse Mundo físico. Por essa razão, a maioria da humanidade não se apercebe dos reinos invisíveis e não parece particularmente interessada em aprender coisas que a eles digam respeito. Isso deve-se em parte, indubitavelmente, ao fato de que os cientistas se têm negado sistematicamente a considerar a existência de qualquer coisa que não possa ser registrada pelos sentidos ou por dispositivos mecânicos inventados para tal fim.

Não obstante, existem atualmente muitos cientistas, psicólogos e pessoas letradas de gabarito, em qualquer campo de atividade, que demonstraram, por meio de seus escritos, terem aceito a premissa de um Espírito imortal no ser humano, que não perece com o corpo. Encontram-se alusões a verdades esotéricas na prosa e na poesia tanto do passado como do presente. O ser humano, atualmente, está se tornando maduro, espiritualmente, e, nas poucas décadas vindouras deste século, essas verdades tornar-se-ão as mais vastamente conhecidas e disseminadas. No crescente interesse quanto à astrologia e à filosofia esotérica em todo o mundo, evidencia-se ter chegado o tempo em que a ciência deverá iniciar sérias investigações nesse domínio.

Quando deixamos nosso corpo físico, por ocasião da morte, nascemos no Mundo do Desejo, a região mais próxima da Terra. O Mundo do Desejo compreende sete Regiões, das quais, as três mais inferiores constituem a área onde está o Purgatório, onde somos purgados de nossos pecados e quedas, quando morremos nessa vida. Há alguns que não deverão despender tempo algum nessa região: dessa maneira, é justo do mesmo modo considerarmos de quando em vez o que lá nos poderia acontecer. A matéria de desejos envolve todas as sete regiões do Mundo do Desejo e serve de material para a encarnação do desejo. O desejo é o grande incentivo da ação e, à medida que o ser humano se esforça em preencher os seus desejos, ganha experiência e conhecimento e, esperançosamente, alguma sabedoria. O desejo não pode ser realizado sem o pensamento e os pensamentos assim engendrados tomam forma e perduram conforme a intensidade do desejo. O Mundo dos Desejo é uma região de luz e cor eternamente mutáveis, na qual as forças dos animais e do ser humano misturam-se com as forças de muitas Hierarquias de seres espirituais.

Do mesmo modo que os nossos corpos físicos se derivam do mundo material em que vivemos, assim também a nossa existência mental e espiritual depende da presença mental e espiritual de outros seres além de nós. Embora não possamos vê-los, nossas proximidades estão repletas de presenças espirituais, boas e más, de acordo com o tipo que atrairmos, em virtude de nossas atitudes perante a vida e nossos semelhantes.

Toda nossa atividade mental é devida aos estímulos que atraímos, tanto do reino espiritual como do físico. E mesmo o que poderíamos considerar como sendo um pensamento único e original, passou a existir em decorrência de sugestão vinda dos mundos invisíveis ou do nosso próprio mundo material. O campo de consciência do ser humano é, em grande parte, uma zona elétrica passiva em torno dele, até que as vibrações nele penetrem graças a algum estímulo externo.

Cada vibração engendrará uma resposta nessa zona e se incorporará às vibrações congêneres, formando, desta maneira, combinações que fazem nascer um pensamento. Desse modo, cada pensamento está sujeito a crescer, como uma planta, à medida que procura afinidades, interna e externamente. Se o ardor e a intensidade do interesse desvanecem, o pensamento debilita-se e morre, por falta de nutrição. Poderá, contudo, deixar nódulos na memória, que poderão tornar a despertar, se alguma ocasião assim o exigir. Muitos pensamentos estão pairando e não são lembrados; mas, quando os nossos pensamentos forem atiçados pelo interesse e pela concentração, tornam-se parte viva da consciência, existindo mesmo após terem sido expelidos da Mente originadora e podem se manifestar novamente, quando invocados, ou afetar algumas outras Mentes receptivas.

Destarte, podemos ver rapidamente como a atenção concentrada de muitas pessoas fortalece as vibrações de uma forma de pensamento, e isso é a base dos desvarios coletivos e da psicologia que influencia a Mente das massas. Uma forma de pensamento viva, embora possa não estar mais ligada ao seu criador, persistirá durante tempo em que ache um campo de atenção. Torna-se uma realidade no Mundo do Desejo, através da atenção concentrada de uma ou mais Mentes. Assim, é impossível ao ser humano impingir no Éter formações de pensamento que possam existir mais ou menos independentemente dele. Essas formações poderão ser poderosas, tanto para o bem como para o mal, na conformidade de seus conteúdos.

Uma vez que os pensamentos similares criados se unem e crescem, e podem tornar-se contínuos e até mesmo permanentes, no Mundo do Desejo, certas ideias implantadas na Mente do ser humano poderão afetar sua evolução e retardar o seu desenvolvimento espiritual, durante algum tempo. Exemplo disso são as crenças religiosas incutidas nas Mentes humanas durante séculos, por parte de um sacerdócio dominador. Uma Religião que não propicia modificações ou aceitações de novas ideias manterá os seus membros unidos doutrinariamente, bem como ligados à Terra. Felizmente, mesmo sob uma crença desorientada, a verdadeira adoração e aspiração espiritual são reconhecidas e obterão uma justa recompensa.

Se a atividade mental de alguém, na Terra, tiver sido prejudicial ou ignóbil, a própria pessoa se encontrará em uma condição dolorosa quando tiver de deixar o corpo físico. As formas ruins de pensamentos vêm em detrimento, não apenas dos viventes, mas também dos nossos mortos, que devem permanecer durante certo tempo na região contígua à nossa Terra, no Purgatório. Muitos, embora fora do corpo, são tão involuídos, que procuram agir lá do mesmo modo que fizeram no Corpo Denso. Podem avaliar os nossos pensamentos e vibrações etéricas, que se misturarão com as suas, caso se harmonizem. No Mundo do Desejo somos como pensamos, e criamos o nosso próprio céu ou inferno lá, conforme o modo em que pensarmos aqui. Tanto o bem como o mal vivem após a morte, ocorrendo que nosso sofrimento no Purgatório é autoinfligido, porque é resultado de nossa própria criação.

A Atração e a Repulsão são as forças ativas no Mundo do Desejo. A afinidade de pensamento é a única coisa que governa a condição do Espírito quando ele adentra essa região. Ali nenhum pensamento poderá ser ocultado. Uma ideia torna-se visível a todos no momento de seu início. Poderá atrair apenas formas de pensamentos com as quais esteja de acordo; o bem atrairá a sua própria espécie, misturar-se-ão e fortalecerão um ao outro. Os pensamentos maus tentarão unir-se com outros maus pensamentos, mas, sendo auto-afirmativos, têm um efeito oposto e tornam-se mutuamente destrutivos. Desse modo o mal é reprimido. No Purgatório, a força repulsiva é dominante, porém a força de Atração ganhará à medida que o Espírito se limpar. Até mesmo na região mais inferior dos desejos sexuais encontra-se algum bem e os Anjos procuram desenvolvê-la.

Não há modificação na natureza de uma pessoa, após a morte. O mentiroso poderá tentar enganar ainda, mas como nada pode ser ocultado, o seu verdadeiro caráter será revelado. O louco ainda é um louco, o autoindulgente ainda procura gratificar os seus desejos. Um sacerdote cerimoniosamente piedoso procurará criar uma atmosfera de pavor reverente para si próprio, tal como gozou na terra e, desse modo, estultificar realmente o seu próprio progresso, bem como o de seus seguidores. Muitos sacerdotes e pregadores religiosos pertencem a essa categoria. Conforme procurem desempenhar o mesmo papel no Mundo do Desejo, por eles desempenhados na Terra, convocam um seguidor e ensinam a letra da lei entre os perversos, que suportam o seu ministério antes com paciência, do que com agrado. Alguns Espíritos, cujas posições na Terra permitiram-lhes fazer algum bem inadvertidamente, dali colherão pouco benefício, mas sofrerão severamente devido a não terem aproveitado muitas oportunidades de praticar o bem, por eles desprezadas. Os que apregoaram as suas caridades perante o público ou visaram adquirir a boa vontade dos seres humanos, procurarão desesperadamente atingir o final dos seus castigos, fazendo promessas extravagantes a fim de conseguir os seus intentos. Uma vez que suas verdadeiras atitudes não podem ser escondidas, recebem pouca atenção. Todas as emoções negativas que uma pessoa possa abrigar são aqui exibidas.

Todas as invejas e ciúmes, ódios e animosidades serão exibidos e o Espírito sofrerá, em consequência. A pessoa insincera achar-se-á em uma prisão de fadiga e frustração. Destarte, devemos compreender que o nosso modo de pensar e as nossas atitudes secretas em relação a nossos semelhantes devem ter mais influência em nossa situação após a morte do que o fariam nossos bons atos.

Inclinamo-nos a pensar que todos os seres espirituais sejam de uma ordem elevada: existem, porém, muitos seres de variados estágios evolutivos cuja missão é a de servir a seu Deus, ajudando no processo purgativo. As suas tarefas parecem repreensíveis e cruéis, mas tudo é governado por leis divinas. Podem eles fatigar suas vítimas e delas zombar até que elas, em desespero, apelam a uma força mais alta, pedindo auxílio. Os seus trabalhos fazem parte necessária da purga. Os próprios elementais permanecem inocentes e não contaminados por essas atividades. Muitas vezes o alcoólatra, quando sofre o “deliruim tremens”, ou o toxicômano, quando estiver fortemente afetado, veem esses elementais sob estranhas formas; também são vistos por aqueles que procuram os reinos elevados, através da meditação ou de certos exercícios, sem o necessário respaldo de uma vida construtiva.

Somos esclarecidos de que no Mundo do Desejo não há tempo e nem espaço, da forma que conhecemos aqui.  Considerou alguma vez o que isso significa realmente? Lemos essas palavras e talvez as aceitemos como verdades, mas pensamos realmente no que elas desejam exprimir? Ausência de TEMPO significa que nada do passado, presente e do futuro poderá ser trazido, agora, e ausência de ESPAÇO denota que nada poderá se manifestar, de modo algum. Então há de existir alguma força que governa o que deve manifestar-se em um dado lugar, em um certo momento: é o PENSAMENTO. Essa força do pensamento, que é uma atividade constante e contínua do Ego humano, através da Mente, permanece ainda indisciplinada e é utilizada de modo mais descuidado. Cada vez mais ouvimos afirmações como “Os pensamentos são coisas”, “um ser humano é aquilo que pensa em seu coração”. Somente o pensamento poderá controlar a nossa situação no outro lado e, realmente, também no mundo material. Os hábitos de pensamentos que tivermos cultivado durante o nosso período de vida na Terra controlarão a nossa condição após a morte.

Por isso é muitíssimo importante adquirirmos um controle sobre nossos pensamentos negativos. A pessoa amedrontada encontrará, com a maior certeza, elementais que a manterão em servilismo e em sofrimento até que, em desespero, sobrepuje seu temor e descubra que ele desaparece fazendo isso. Se uma pessoa acolhe, continuamente, pensamentos desagradáveis e grosseiros, em relação a seus semelhantes, atrairá outra entidade desagradável para atormentá-lo, até que percebe o que deverá vencer em si própria a fim de livrar-se deles.

Todas as formas de pensamento más aguardarão no purgatório para encarar seu criador, e este deverá viver com elas até que possa desintegrá-las por meio de um arrependimento e regeneração sinceros. Max Heindel se refere a essa região como um lugar de criaturas demoníacas, que se dilaceram e despedaçam de modo terrível.

Somente o espírito de abnegação apresenta um modo de se escapar desses reinos obscuros. Embora caído, um vislumbre de amor e de compaixão trará um anelo interior à procura do “caminho da ascensão”.

A alma caída deverá desenvolver determinações benévolas em seu próprio pensamento. “Semelhante atrai semelhante” é a lei gravitacional que cria a condição do Espírito, em conformidade com suas inclinações na Terra. Assim é realizada a divisão dos aptos e dos inaptos, dos puros e dos impuros e dos santos dos não santos. Porém, eles não ficam separados eternamente, porque pode-se encontrar uma presença, um chamado que trará um novo acréscimo de formas de pensamento, tanto para o santo como para o pecador. É essa abundância de oportunidades, ofertadas por meio do amor de Deus, a esperança do pecador e a mortificação do santo. O ser humano pode aceitar a direção de Anjos ou de demônios e a sua escolha cria seu céu ou inferno.

O eterno ajustamento da vontade do ser humano à vontade de Deus é ativo em todas as fases do ser, a física, a emocional, a mental e a espiritual. O sacrifício ou expiação, por meio do Corpo de Desejos através da dor e no qual o ser humano pode sobrepujar o seu sofrimento, está agindo sempre. Não há descanso ou escapatória. Há ministros amorosos no Mundo do Desejo, aguardando poderem ajudar ao ligado às coisas terrenas, àqueles que ainda se encontram na Terra. Tão logo uma pessoa se inteire de seu Eu espiritual e realize o seu “status”, seja na Terra ou no Purgatório, recebe oportunidade de progredir. A interatividade de um Espírito avançado com outro menos avançado melhorará os pensamentos criados pelo último. Foi-nos dito que há um ministério de Anjos para auxiliar esse esforço. Aqui na Terra, atraímos os visitantes angélicos em todos os nossos momentos de esforços espirituais.

No Mundo do Desejo não há uma pessoa segregada de outra: todas são uma só, cada uma dentro da aura da presença da outra e são vistas ou deixam de sê-lo de acordo com a sensitividade de cada um. Somente o nosso desenvolvimento espiritual separa-nos dos seres dessa região. Devemos imaginar o Espírito individual como um sol em torno do qual giram os pensamentos criados por ele próprio. O Espírito é o criador de cada pensamento e está sujeito ao seu comando. O pensamento está separado de seu criador, porém a ele está ligado pela Lei de Atração. Em nosso cosmos de pensamentos desempenhamos o mesmo papel de Deus em relação à Sua criação. Está à nossa escolha se nossa atividade mental nos torna colaboradores ou não do plano de Deus.

Um Deus de Amor não pune por vingança; desse modo, está ao nosso alcance mitigar ou eliminar a experiência purgatorial, mediante o exercício da Retrospecção e do arrependimento e da reforma sinceras. A citação “Ame teu próximo como a ti mesmo” é mais do que uma simples máxima: trata-se de uma lei científica e obedecê-la deve ser o primeiro mandamento nos assuntos relativos a nossas vidas.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de janeiro/1970)

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O Vigilante Cuidado do Pai

O Vigilante Cuidado do Pai

Luisinha vivia nos longínquos tempos em que se fundavam muitas cidades novas pelo interior. Naqueles sítios ermos, não era raro ouvir-se, então, o miar selvagem da onça.

Certa manhã, depois de terem matado a maior onça encontrada naquelas paragens, a mãe de Luisinha pediu-lhe que fosse a um dos vizinhos, um quilômetro distante, a fim de buscar um balde de leite. Luisinha era uma menina destemida; nem sequer sonhava que alguma coisa lhe pudesse fazer mal. Assim, concordou imediatamente de ir, embora tivesse de passar por alguns caminhos em que não faltavam animais selvagens.

Pôs o chapéu de sol cor-de-rosa e partiu, balançando o balde vazio. Chegando ao lugar em que mataram a onça, penetrou na mata, sem se importar com a outra fera viva que fora vista nas proximidades.  Afinal, encontrou o animal morto sob uma grande árvore, exatamente como o irmão o tinha descrito. Olhando-o tristemente, afastou-se e prosseguiu o caminho com semblante muito grave, pois tinha pena do pobre gatinho selvagem das matas.

Chegou sã e salva à casa do vizinho, que lhe deu o balde de leite, embora não tencionasse deixá-la regressar sozinha.

Mas quem, pensam vocês, a seguira por todo o caminho? — Seu pai, sem ser visto por ela, lhe tinha vigiado cada passo.

Só depois de moça, soube Luisinha que não fizera sozinha aquela arriscada viagem.

Isso bem pode ilustrar o cuidado do Pai celestial por nós. Às vezes precisa mandar-nos trabalhar por Ele em lugares perigosos; e, noutras, nós mesmos enfrentamos ousadamente o perigo.

Através de Seu Filho, nosso Salvador, a muitos tem sido dispensado, de maneira admirável, o amoroso cuidado divino que os preservou de grandes males e perigos, até mesmo quando não reconheciam Sua excelsa bondade.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1966)

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Nosso Serviço para com os Animais

Nosso Serviço para com os Animais

Como sabemos, os animais agem sob a direção de seus Espíritos-Grupo e não estão individualizados no sentido dos seres humanos.

Para muitos de nós é óbvio, contudo, que os animais domésticos parecem ser capazes de “pensamentos” e “atividade inteligente” num grau além do que seu presente estágio evolutivo pareceria indicar.

Esta capacidade de aparente “pensamento” — este passo na direção da individualização dos animais domésticos — é devido ao fato destes animais terem estado em tão íntimo contato com os humanos, tendo, por muitas encarnações, sido treinados e influenciados por humanos na direção de seu presente estágio de desenvolvimento. Estes animais estão à vanguarda da onda de vida animal e serão os escolhidos como ensinantes e guias para os animais menos desenvolvidos durante o próximo Dia de Manifestação, quando terão se tornado realmente individualizados.

É bem sabido pelos Estudantes da Filosofia Rosacruz que, durante o Período de evolução de Júpiter que está se aproximando, a raça humana servirá de ajuda e estará a serviço do reino animal, ajudando-os a tirarem o máximo proveito de suas experiências naquele Período de Manifestação. Nós, então, trabalharemos para os animais bem, do mesmo jeito, como os Anjos estão nos servindo e conosco trabalhando atualmente. Sabemos que, pelo menos em parte, nosso serviço representará reembolso do tremendo débito em que estamos incorrendo como resultado da tortura e matança que neles infligimos agora.

Talvez, todavia, nós não estejamos tão-conscientes, ou alertados, do fato que os que entre nós temos animais domésticos e estamos agora mesmo ajudando-os em sua evolução e, talvez ainda mais importante, em formá-los e influenciá-los a serem futuros guias de sua onda de vida. Pois, é certamente verdadeiro que tais animais como gatos, cachorros e cavalos são os membros mais avançados da sua onda de vida e, como tais, serão os mestres e guias do inteiro reino animal, quando se tornarem individualizados e alcançarem o estágio de evolução “humano”. Dar-nos conta da responsabilidade que sobre nós incumbe como ensinamentos de tais guias futuros é certamente um pensamento maravilhoso, mas ao mesmo tempo profundamente solene.

De fato, quantos de nós já tentamos trabalhar, brincar, treinar, ou simplesmente afagar nosso cachorro ou gato com a clara consciência de seu potencial como possível pioneiro e mestre? O que quer que façamos para nossos bichinhos agora, e como quer que os tratemos, é certo que se insinuará em sua consciência e terá efeito sobre suas futuras personalidades. Treiná-los numa atmosfera de bondade e carinho agora ajudará a encorajar características semelhantes num animal ao chegar um indivíduo de sua maneira. Semelhantemente, um ambiente de aspereza e indiferença teriam seus efeitos negativos.

É verdade, naturalmente, que a consciência, conscientização e personalidade do animal se formarão dentro do contexto de muitas prévias encarnações, e não é provável que qualquer uma encarnação individual como animal seria uma determinante final com relação a suas qualidades futuras em seu próximo passo evolucionário importante. Dado o tremendo poder do amor, bondade e pensamento positivo, contudo, parece evidente que o que quer que possamos fazer para um animal doméstico (ou qualquer animal, por sinal) que esteja baseado nestas forças positivas, ajudará a dar-lhe uma receptividade e correspondência a elas e estimulará sua própria habilidade, quando o tempo chegar, em fazer uso delas em seu trabalho como guia de sua onda de vida.

Tem havido um bocado de especulação entre alguns estudantes ocultistas de que os animais, após a morte, podem e de fato voltam para seus donos em encarnações subsequentes. Os animais mortos, naturalmente, juntam-se a seus Espíritos-Grupo novamente, e seus períodos, entre encarnações físicas, são muito menores que os dos humanos. Muitos donos estão seguros de reconhecer num novo bichinho, o amado gato ou cão perdido algum tempo antes. Embora não tenha sido comprovado (para satisfação da Mente materialista) que os animais voltam assim, é razoável e lógico imaginar que poderiam e o fazem. Certamente parece provável que o Espírito-Grupo, sempre vigilante pelo bem-estar e progresso dos seus, julgue vantajoso devolver um animal ao antigo dono que o amou e estimulou seu desenvolvimento, de forma que possa novamente beneficiar-se de tal trato e tal ambiente benéficos. Pareceria também que a Lei de Associação aqui operaria. Portanto, os entre nós donos de animais, podemos por vezes ter o privilégio — e a responsabilidade — de amar, treinar, e trabalhar com o mesmo animal mais de uma vez.

De qualquer maneira, não importa quão frequente — ou infrequentemente estejamos envolvidos com determinado animal, poderemos ter certeza que, de uma maneira ou outra, estamos deixando nossa impressão permanente nele. Seja para bem ou para mal, isto é, inteiramente conosco. Se nos concentrarmos um momento nos magníficos esforços que os Anjos — na verdade, todas as Hierarquias Criadoras — têm feito em nosso benefício, nos parecerá que o menos que podemos fazer, agora que nos tornamos indivíduos de Mente e consciência despertas sobre o significado da evolução e progresso, será contribuir na maneira que for possível para o desenvolvimento de outras ondas de vida avançando por trás de nós. Naturalmente nossos esforços serão amadorísticos se comparados com o que pode ser conseguido por Inteligências Criadoras mais avançadas. Assim mesmo, só o bem pode vir do bem. Se lidarmos com os nossos animais no pleno conhecimento que o que fazemos influirá diretamente sobre sua evolução e sobre a maneira na qual eles, em troca, influenciarão outros membros de sua onda de vida, chegando o tempo, poderemos dar uma marcada e extremamente benéfica contribuição a seu progresso evolucionário.

Poderia não estar fora de lugar considerarmos por instantes as complicações pelas quais nossa própria onda de vida passou pela influência dos Espíritos Lucíferos, iniciada num tempo om que éramos mentalmente mais débeis que agora e provavelmente sem um poder efetivo para dela nos guardarmos, mesmo que já soubéssemos bastante para querer passar por ela. Evidentemente, os animais hoje estão ainda mais desamparados com relação ao mal que o ser humano lhes inflige. Já foi bastante repetido que tremenda dívida estamos contraindo por causa disto, mas bem aparte disto, não é assustador pensar que tanto mal esteja sendo praticado a uma onda de vida inteira apenas para satisfazer nossos próprios desejos? Naturalmente, a maioria dos humanos não vê a coisa assim, ignorando ainda abençoadamente as grandes complicações e ramificações ligadas a nosso tratamento errado dos animais. É, portanto, particularmente incumbente sobre os estudantes dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental o de fazermos tudo que seja possível para amenizar esta situação no ambiente em que nos movermos. Nós, pelo menos, podemos lidar com os bichinhos, os animais em geral cientes do efeito que nosso tratamento terá sobre seu desenvolvimento posterior. Isto é ainda mais importante quando considerado na luz do fato que os animais que estamos agora ajudando a influenciar terão, por sua vez, muito provavelmente como um dever de liderança o de ajudar seus contemporâneos a superar os efeitos dos mesmos males que hoje o ser humano pratica neles.

Uma palavra de cautela se faz, porém, necessária. Bondade amoroso em nosso trato com os animais domésticos não deveria ser confundida com fazer-lhes todas as vontades. O gato que desperdiça seu tempo espreguiçando-se na almofada sempre dentro de casa e o cãozinho do colo que sempre lá está de casa para o carro com “passeios” limitados a andar de coleira pelo quarteirão, não aprenderá as lições de independência, coragem, e iniciativa que outros animais, não importa quanto dura sua sina, estão aprendendo. Semelhantemente, como na criação de crianças, o tipo de “amor” sufocante, superprotetor dado aos animais é apenas uma manifestação de egoísta sentido de posse por parte do dono, e nada de bom faz aos animais tanto quanto diga respeito ao desenvolvimento de seus futuros caracteres. Amemos nossos animais, certamente, mas lembrando que eles têm lições a aprender e consciência para cultivar, e que isto só pode dar-se se forem deixados livres para participarem de atividades nas quais tais coisas podem ser realizadas. Tal não acontecerá se forem forçados a viver na indolência, totalmente sufocados por afeto e personalidade humanos.

(Traduzido de Rays from the Rose Cross – publicado na revista ‘Serviço Rosacruz’ – 05-06/87 – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Fotossíntese da Vida: cuide do jardim da sua vida

A Fotossíntese da Vida: cuide do jardim da sua vida

Esta é a ocasião anual em que toda a natureza leva a efeito o prodigioso e inspirador ciclo do crescimento. Como por um passe de mágica, o arbusto torto, a parreira e a árvore erguem-se em majestosa vida sob o comando silencioso do Mestre Construtor. O drama interior dos elementos manifesta-se agora diante de nós em incontáveis multiplicações de cor, de tonalidade, de botões e de flores. A alma sente que aquilo que os olhos veem — ainda que em toda sua resplendente glória, é apenas uma parte infinitesimal de uma alquimia de vida maior, mais profunda.

Regozijamo-nos com a visão e o odor das flores, das árvores e dos arbustos, embora saibamos que isto é apenas uma pequena parte do invisível processo de vida que tem lugar na flora e com o qual ficamos maravilhados.

De onde veio esse súbito e irresistível impulso de vida na planta? Como pode essa força construir um produto infinitamente perfeito e soberbamente desenhado que excita a humilde admiração e a grosseira imitação dos maiores artesões e arquitetos?

Como em todas as coisas no universo, devemos contentar-nos em ver somente os efeitos de um vasto oceano de sabedoria cósmica e de vida-força. Isto é, enquanto virmos e sentirmos apenas com os olhos e as mãos físicas. Por meio dos nossos sentidos físicos podemos observar e examinar, friamente, praticamente tudo o que existe sobre esta terra; mas é necessário possuir um coração, uma alma e uma visão espiritual para sentir profundamente e misticamente e gozar a verdadeira essência das coisas que vemos. Por trás da manifestação física há uma fonte maior, mais exuberante.

A natureza visível é ainda o nosso melhor instrutor. Sabemos que para termos farta colheita no fim do ano devemos ser cuidadosos com nossa plantação. Vemos os ciclos de vida e de morte nas flores e nas sementes — o maior, mais simples e sublime exemplo da imortalidade da vida para todos, adultos e crianças. Vemos a Lei de Causa e Efeito ensinar-nos quando observamos a reação que existe entre os cuidados que nossas plantas recebem e os resultados obtidos em crescimento e em beleza.

Quando Cristo Jesus eloquentemente nos aconselhava a “observarmos os lírios, como eles crescem”, Ele fazia um apelo ao coração casto que mora dentro de nós.

Dentre todos os mistérios relativos à vida das plantas, o processo da fotossíntese é sem dúvida, o maior. A fotossíntese, mesmo à luz da ciência moderna, é um processo alquímico pouco conhecido, por meio do qual a clorofila — principalmente nas folhas das plantas — utiliza o gás carbônico, a umidade e os raios solares vermelho e violeta para crescer e renovar-se, no mesmo sentido em que nós lançamos alimento no interior do nosso próprio sistema para suster e ajudar o corpo físico a desenvolver-se.

De coisas tão etéricas como a luz, o gás e a umidade, esta humilde vida vegetal compõe carboidratos e outros elementos em estado intermediário — e como se isso não fosse bastante, lança à atmosfera o oxigênio, gás tão necessário à vida. Bastante surpreendentemente, somente cerca de 10% do crescimento da árvore vem, realmente, do solo. Isto significa que 90% do seu crescimento provém da atmosfera.

Às vezes o ser humano sente que recebe toda a sua vida do alimento que consome. No afã de ter uma vida confortável, com televisão esportes e muitas outras atividades, ele se perde no mundo dos efeitos. Hoje, mais do que em qualquer outra ocasião, o ser humano precisa arranjar, diariamente, tempo para criar, para compreender que sua verdadeira vida vem de uma fonte de vida invisível e que aquilo que ele faz por meio da alimentação é, apenas, simples fração daquilo que sustenta seus atributos físicos. Nem mesmo o seu alimento é tão físico quanto ele supõe, pois, também está sobrecarregado com vida etérica e esta é quem verdadeiramente constrói o templo que é o seu corpo. No sentido literal, dentro de cada pessoa tem lugar uma grande fotossíntese de vida. A Luz do Pai, o alimento da Terra, os pensamentos da mente, até mesmo cada elemento que entra em sua vida diária à transmutado naquilo que você é fisicamente, mentalmente, moralmente e espiritualmente.

A mensagem de saúde que nós lhe enviamos este mês é que você deverá cuidar do jardim de sua vida com o mesmo cuidado e amor que você tem por suas flores; regue o ser humano “interior” com a água da fonte perene da oração e do serviço; converta a Luz do Pai em alegria; cultive uma mente serena, cheia de pensamentos de devoção, sabedoria e de estudos e; dê graças, sempre, porque sua única fonte de vida é Deus e sempre que você se ponha em harmonia com ela e com Suas Leis, sua saúde e sua alegria estarão asseguradas.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1978)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Nada há de mais sagrado do que o estudo da Terra e do Universo

Nada há de mais sagrado do que o estudo da Terra e do Universo

É-nos grato observar o grande grau de cooperação entre os vários grupos de cientistas de todas as nações do mundo. Está sendo feita uma poderosa concentração de esforços para estudar e correlacionar fatos que contribuam para o estudo do Universo: a formação da Terra e sua atmosfera, o espaço estelar e até as estrelas são objeto de cuidadosa observação. As expedições ao polo Norte e ao polo Sul bem como as equipes de geofísicos nos diferentes países estão relatando o resultado de suas pesquisas. Todo o fenômeno natural; os vulcões, os tremores de terra, a crosta terrestre e suas regiões mais profundas, os temporais e a ionosfera também estão sendo examinados, num esforço para arrancar da Mãe Natureza todos os seus segredos.

Para os Rosacruzes nada há de mais sagrado do que o estudo da Terra e do Universo, pois aí encontramos as manifestações visíveis do Deus Único, e quanto mais aprendemos sobre Sua obra, mais reverenciamos toda vida. O ser humano também é um universo — em miniatura — criado e mantido pelo mesmo Criador que formou o Universo, e todos os Rosacruzes endossam este grande esforço para maior conhecimento do Universo que redundará em maior conhecimento sobre o próprio ser humano. Esperamos sejam feitas muitas revelações que consubstanciarão muitos dos ensinamentos contidos no “Conceito Rosacruz do Cosmos” especialmente no que se refere à formação do nosso Sistema Solar e ao aparecimento da própria Terra.

Se você, leitor Amigo, estivesse entre os primeiros a fazer um fantástico voo do foguete pelo espaço para pousar na Lua, lá chegando, devido à falta de atmosfera, você veria claramente a esfera terrestre, seus oceanos, seus grandes lagos, suas cadeias de montanhas, os continentes e os vários rios que, como artérias, alimentam a terra rica.

Tudo isso você veria a “olho nu” e se você olhasse atentamente para a fronteira entre a China e a Mongólia, poderia ver o contorno de uma estrutura gigantesca que permanece como testemunho imortal da fragilidade da consciência humana.

O seu conhecimento de História lhe dirá que você está vendo — talvez pela primeira vez — a Grande Muralha da China, a única construção humana visível do seu observatório na Lua. Com renovado interesse você, sem dúvida, se lembraria que esta muralha, agora com 2.000 anos de idade, e que levou séculos para ser construída, tem 1.900 quilômetros de comprimento, 6 a 9 metros de altura e 5 a 8 metros de largura.

Você se lembrará que esta grande muralha foi construída pelos chineses para se protegerem contra os bárbaros Mongóis do norte. Nessa muralha existem vários portões que estavam sempre guarnecidos com soldados chineses, o seu conhecimento de História lhe dirá que os chineses, com essa proteção, sentiam-se seguros dentro dos limites do seu próprio país — pois, que inimigo poderia assaltar essa grande muralha sem se arriscar a fracasso certo? No entanto, essa grande barreira foi impotente para bloquear as hordas invasoras do norte. “

Na verdade, os chineses haviam construído uma muralha externa de defesa inexpugnável, mas foram negligentes na constituição de defesa contra a subversão e a traição interiores. Um dos guardas de um dos portões foi subornado com sucesso pelo inimigo e dessa maneira a muralha pôde ser atravessada e a China tornou-se presa fácil para a pilhagem do invasor.

Afastado dos cuidados do mundo e ainda permanecendo na superfície da Lua, seus pensamentos filosóficos poderão conduzi-lo a pensar que embora isto tenha acontecido séculos atrás, talvez ainda envolva uma lição para o presente. Durante a vida, erigimos em torno de nós uma barreira humana destinada a proteger-nos contra os perigos da vida. Protegemos o corpo com vestimentas, com habitações e com alimento. Lutamos para conseguir um lar, um trabalho, saúde e felicidade. Em poucas palavras, da mesma maneira que os chineses usaram pedras e barro da terra para construir essa grande Muralha, também nós tomamos as substâncias terrestres e, com os nossos pensamentos e esforços, erigimos uma muralha ao nosso redor:

Mas, estaremos nós, ao mesmo tempo, cuidando de fortificar o ser humano interior com as qualidades de alma que nos fortalecerão quando vier a adversidade ou quando chegar a ocasião de lutar, ou estaremos cultivando falhas de caráter para sabotar todo o trabalho de nossas mentes e de nossas mãos? Os compêndios de História estão cheios de casos de grandes personagens que construíram impérios poderosos por meio de grandes sacrifícios e de esforços nobres, porém que, falhas aparentemente insignificantes causaram suas quedas e a subsequente destruição de tudo o que fizeram.

Você poderá ter a filosofia mais inspiradora da alma existente no mundo; poderá subscrever os maiores conceitos sobre a vida; poderá ser intelectualmente versado nos maiores segredos da Natureza, e, apesar disso, ter ainda uma falta, uma deficiência, um desenvolvimento mesquinho do caráter que anulará todos os serviços prestados no seu esforço de ser humano. Quando o céu está limpo, ensolarado, quando tudo vem ao nosso encontro, achamos fácil conduzir o barco da fortuna, mas, permaneceremos de pé quando chegarem a adversidade, o fracasso e as perdas?

É bom e é justo que queiramos melhorar o nosso quinhão na vida, mas quando fizermos isso, estejamos sempre certos de que estamos também construindo as qualidades interiores, da alma, que são as únicas que permanecerão quando todos os bens terrestres e todos os amigos tenham desaparecido.

Apresenta-se então a fórmula: enquanto você estiver atarefado neste mundo, construindo para si uma vida boa e metódica, não se esqueça de fortificar seu “eu interior” com aspirações de crescimentos moral e espiritual. Deixe que desapareçam suas faltas menores, deixando de alimentá-las e pense que você não está apenas crescendo interiormente, mas também está se fortalecendo para prestar maiores serviços no mundo exterior.

Sim, os cientistas atuais estão com seus olhos voltados para o céu e sabem que se quiserem ter sucesso em suas experiências nos longínquos espaços estelares deverão obedecer rigorosamente às leis conhecidas da matemática e da mecânica. A mais ligeira imperfeição neste satélite redundará em fracasso e todos os meses de trabalho e de estudos terão sido inúteis; mas se forem cuidadosos no seu trabalho e construírem a esfera com perfeição, tanto a parte externa como a interna, e se ele for lançado convenientemente, este satélite, por lei natural, circulará o globo terrestre sem esforço posterior, fornecendo à humanidade valiosas informações sobre este inexplorado mundo do espaço.

Aqueles de nós que estamos interessados na verdadeira realização e desenvolvimento espiritual sabemos que também somos cientistas — cientistas da alma — e que o que é verdade para o cientista material também o é para nós. Quando um cientista resolve fazer o lançamento de um satélite, fixa sua Mente em coisas mais elevadas, que requerem os mais altos conceitos de matemática, de tempo e de espaço. Em última análise, nós não podemos consentir pequenas imperfeições na consciência humana porque elas impedirão a alma de atingir a perfeição que lhe é destinada. E isso, em verdade, não é difícil, porque afinal é preciso tão pouco poder de vontade e tão pouco esforço para corrigirmos as falhas de caráter e os defeitos que nos cercam.

E quando nos sobrepusermos a essas faltas, nossa visão espiritual revelará maiores campos de ação, até que, finalmente, sem esforço aparente, como o satélite da Terra, mover-nos-emos dentro do Corpo de Deus e melhor serviremos à humanidade. Seja essa nossa única meta enquanto subimos a escada estrelada que nos conduz ao Pai.

“O céu não é atingido com um só pulo; Construímos a escada pela qual subimos. Da vil Terra aos céus abobadados. E atingimos o zênite passo a passo.”

(Holland)

 (Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1978)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

12 Princípios de Ação para um Estudante de uma Escola Aquariana como é a Fraternidade Rosacruz

12 Princípios de Ação para um Estudante de uma Escola Aquariana como é a Fraternidade Rosacruz

 

POSITIVOS

NEGATIVOS

1. Seja assíduo. Considere que a repetição forma o hábito e constitui a chave do Corpo Vital; 1. Deixe de assistir ao maior número possível de reuniões, palestras, seminários e de participar da oficiação dos Rituais. Também busque não ler, estudar e não faça os cursos;
2. Não se limite a assistir às reuniões, palestras, seminários e participar da oficiação dos Rituais. Se verificou ter afinidade com a Filosofia Rosacruz, busque ler, estudar e fazer os cursos (esses são todos gratuitos e o ajudarão muito!). Lembre-se sempre: a Fraternidade Rosacruz é uma Escola; 2. Limite-se a ouvir. É mais cômodo. Assim não terá compromisso e sobrará tempo para outras coisas;
3. Não se apegue a pessoas. É natural que tenha mais simpatia por este ou aquele. Mas se notar alguma falha em um ou em outro, compreenda que ele é humano e que apenas o IDEAL Rosacruz é que deve lhe servir de líder; 3. A Fraternidade Rosacruz é seus dirigentes, oradores e Estudantes. Se notar alguma falha neles retire-se de lá e passe a dizer a seus conhecidos que a Fraternidade não é o que se espera;
4. Seja pontual. A disciplina ser-lhe-á benéfica; 4. Quando for assistir às reuniões, palestras, seminários e oficiações dos Rituais chegue atrasado. É uma boa maneira de ser notado;
5. Não permita que o mau tempo, a televisão, a internet, as redes sociais (essas três últimas, sim, ferramentas aquarianas que devemos utilizar como exercício até de Discernimento) ou outra solicitação mundana qualquer o desviem da regular frequência às atividades da Fraternidade Rosacruz ou tomem o tempo que você tem para ler, estudar e fazer os cursos. Quem não vence as pequenas provas, jamais vencerá as maiores; 5. Se o tempo não estiver bom ou a reunião, palestra, seminário e oficiação dos Rituais coincidir com coisas mais interessantes na televisão ou na internet, ou ainda, em um show, entrevista, espetáculo, exposição, não vá à Fraternidade. A distração é mais importante;
6. Siga a regra de ouro: buscar o bem em todas as pessoas, seja quem seja; 6. Preste atenção nas palestras para ver os defeitos que pode descobrir. Quanto aos outros trabalhos, procure notar as falhas;
7. Não se esquive ao dever de cooperação (hoje, graças à proximidade da Era de Aquário podemos colaborar local ou remotamente, de onde você estiver). Não espere que lha venham pedir. Não podemos receber sem primeiro dar; 7. Não aceite se comprometer na colaboração para as atividades, tarefas e necessidades. É mais fácil criticar do que fazer as coisas. Que outros trabalhem;
8. Servir ao ideal Rosacruz, na Fraternidade Rosacruz, não depende de cargos, nem de ser ou não um orador, muito menos de posição social, econômica, financeira ou profissional. E qualquer trabalho é digno. Com ou sem cargo, com ou sem posição especial, seja um exemplo de colaboração, tolerância e entusiasmo; 8. Aborreça-se quando não for aceito em sua opinião, palpite ou colaboração. Se resolver assumir uma posição de destaque, faça o mínimo possível e falte às reuniões. Afinal posição de destaque ou cargo é direito de distinção;
9. Seja leal e sincero. Dê sua opinião impessoal, tendo em vista o interesse coletivo. O que não serve para todos não serve para nenhum; 9. Se alguém da Fraternidade Rosacruz lhe pedir opinião, diga-lhe que não tem nenhuma. Depois diga aos outros o que deveria ser feito;
10. Respeite a decisão da maioria, ainda que a sua pareça melhor e colabore sem mágoas com os companheiros; 10. Manifeste seu descontentamento e omita sua colaboração quando sua opinião não for aceita pela maioria;
11. Faça o que puder pela disseminação do ideal Rosacruz, na Fraternidade Rosacruz. O ideal Rosacruz é digno, edificante e desinteressado. Tenha convicção disso. Fale sobre ele quando houver oportunidade. Sobretudo, exemplifique coerentemente, colocando tais Ensinamentos no seu dia a dia, na sua vida, na sua rotina diária; 11. Não propague o ideal. Que outros o façam. Isso pode comprometer amizades nos meios mundanos. Ademais, você terá a responsabilidade maior de dar exemplo sobre o que diz;
12. Colabore como puder financeiramente. Afinal estamos atuando na Região Química do Mundo Físico, lidando com materiais dessa Região. A manutenção e expansão da obra dependem de todos. Siga esse dever de consciência. 12. Não colabore. É espontâneo, ninguém fiscaliza, ninguém estipula. Que outros o façam. Ou então, dê o mínimo possível.
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