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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Poder do Pensamento

O Poder do Pensamento

“Persistência” e “Força de Vontade” – fatores de realização em qualquer área — são apenas expressões outras de “Pensamento Repetido”, que tanto pode estar sob o controle do Eu Superior quanto do eu Inferior humano.

A formação de hábitos se baseia nisso. Ensina a moderna Psicologia que “A repetição do ato produz o hábito; a repetição do hábito faz o vício”. Mas o que é o “ato”? Todos sabemos que é uma expressão do Pensamento, pois o primeiro só pode existir se formulado antecipadamente pelo segundo. Substituindo-se então a palavra “ato” por “pensamento”, podemos dizer, atingindo a raiz invisível do ensino acadêmico: “A repetição do pensamento gera o hábito; a repetição do hábito engendra uma nova natureza”. É que uma vez formado o hábito, aquilo que lhe seja inerente — de bom ou de mau, de superior ou de inferior — caminha decididamente para um estabelecimento poderoso. Em outras palavras: caminha para uma efetiva concretização. E de qualquer ângulo que se o contemple não deixa de ser um “pensamento repetido” se materializando.

Todavia, por que a repetição do pensamento produz tão ponderável efeito? À luz da ciência oculta isso se dá simplesmente porque a repetição do mesmo pensamento atrai maior quantidade de matéria de desejos, suficiente para impregnar nossa aura de um colorido peculiar.

Esse colorido é vibração, e seu tom afina-se com o da natureza da vibração do objetivo colimado. Pela Lei de Atração dos Semelhantes nossa aura total, como se fora um grande imã, passa a atrair cada vez mais fortemente aquele objetivo. E por força dessa atração, se o objetivo não puder vir até nós (caso de um pais estrangeiro, p. ex.) nós vamos até ele. Igualmente, e por efeito da mesma Lei, é que nossos pensamentos inferiores são reanimados por elementais de idêntica natureza.

‘Mas qual o mecanismo? Como funciona isso? Vejamos: a matéria de desejos que se agrega a nossa aura como pensamento-forma impele-nos à ação. De maneira que, quanto mais frequentemente repetimos os mesmos pensamentos mais matéria de desejos atraímos e, portanto, mais disposição sentimos para agir na mesma direção.

E que a dita matéria atua sobre o nosso Corpo de Desejos, que comanda os músculos e por sua vez age sob a dinâmica influência do Planeta Marte.

Por outro lado, a força de repetição do mesmo pensamento, o caráter e a natureza desse pensamento, além de se imprimirem no Átomo-semente do corpo físico, estampam-se também no Éter Refletor do Corpo Vital. E o que quer que se imprima fortemente nesse éter, atua, do mesmo modo (harmoniosa ou desarmoniosamente) sobre os éteres restantes e, consequentemente, reflete-se em todo o corpo físico, uma vez que esse é regulado e controlado pelas glândulas endócrinas – expressões desse corpo etérico. E aí está como o pensamento pode agir também sobre o nosso estado físico de tal modo que, se bons nos produzem saúde, se maus nos acarretam doenças. E eis ainda por que se pensarmos alegremente nas horas das refeições, isto concorre para uma melhor digestão e assimilação.

Essa mudança nos dois veículos físicos reflete-se por sua vez no Corpo de Desejos e fecha a cadeia novamente na Mente.

Formado esse elo – no centro do qual gravita o Ego – fica por conta da vontade desse o reforçar ou enfraquecer tal elo pela repetição dos mesmos pensamentos ou sua substituição por outros.

Por meio de tal experiência o Ego pode sentir-se “rodeado” de luz (aura brilhante) ou de sombras (aura “turva”), dependendo isso da natureza dos pensamentos gerados e alimentados e dos objetivos visados. E como o Ego é Consciência, a mudança em nossa natureza interna atua em nosso consciente, reforçando ou enfraquecendo o domínio do Espirito sobre os seus veículos,

Daí a importância de alimentarmos somente pensamentos superiores, pensamentos puros. Isso também explica esotericamente o contexto do enunciado paulino contido na Carta a Tito (Cap. 1 vers. 15): “Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente quanto a consciência desses últimos estão corrompidas” (consciência aqui é sinônimo de inteligência mercurial)”.

Com base em tal mecanismo é que Max Heindel afirma como porta-voz da Ordem Rosacruz: “Todo desenvolvimento oculto começa com o Corpo Vital, sede da memória”. Pela análise acima poderíamos acrescentar de nossa parte e em conclusão que de certo modo esse desenvolvimento se inicia primeiramente na Mente – sede do pensamento. E inegável, que nosso ambiente e circunstâncias (salvo naquilo que por destino é inalterável) são frutos do nosso pensamento. Criamos para nós o que de melhor ou de pior existe pelo simples pensar seguidamente nisso. E é dessa forma que comandamos nosso destino, que dirigimos nosso barco, ou “regemos nossas estrelas”. O barco é nossa vida, o timoneiro é nossa Vontade (atributo do Espírito), e o leme o Pensamento. O Poder do Pensamento.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz dez/76)

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Ser Pai ou Mãe: desafio intrincado da vida

Ser Pai ou Mãe: desafio intrincado da vida

Um dos desafios mais intrincados da vida é aquele de ser pai ou mãe. Esses são, ao mesmo tempo, aqueles que sustentam professores, guias, protetores e ditadores. A ligação com nossos filhos pode ser a fonte de muita compreensão pessoal e de crescimento anímico. Considerações cuidadosas sobre esses muitos papéis e relações aumentarão a visão interior e a perspectiva na educação das crianças, assim, como nos ajudarão em nossa batalha, a sermos mais amorosos e mais cuidadosos.

O relacionamento entre pais e filhos é, muitas vezes, a relação isolada mais importante na vida de um indivíduo. Muito frequentemente lemos sobre abusos e ofensas feitas a uma criança por seus pais, porém, quando ela é tirada deles geralmente chora e quer esses mesmos pais que a maltrataram. Um exemplo típico é o do jovem que se culpa a si mesmo e não aos pais, por ele se sentir “mau”. Acontece, muitas vezes, que adultos saudáveis e normais são “incompletos” ou estão “insatisfeitos” com suas vidas devido a falta de aprovação dos pais. Muito embora a pessoa seja um sucesso, sobre os padrões geralmente aceitos, ela se sente perturbada porque seus pais não reconhecem suas realizações. Um exemplo extremo é a explicação de que o atentado ao presidente Reagan foi parcialmente motivado pela necessidade do pretenso assassino de ser notado pelo pai. Precisamos nos conscientizar da enorme influência e responsabilidade que temos para com aqueles que cuidamos.

Como professores de bebês e crianças, devemos também reconhecer que o ser humano aprende mais pelo exemplo do que pelo estudo. Fique em uma sala ao lado daquela onde seus filhos estejam brincando entre eles ou com seus amigos. Observe a maneira deles falarem as palavras, as expressões, as entonações. Ficará surpresa como eles se parecem com você. Depois do choque inicial e talvez da vergonha, examine seu próprio comportamento. Como você fala das pessoas, dos vizinhos ou de grupos étnicos? É fácil dizer aos jovens para se amarem, mas o que estamos ensinando a eles, quando reclamamos de nosso chefe, chamando-o de tirano? As crianças são como gravadores, repetindo exatamente o que falamos. Quando a gravação não nos agradar deveríamos responsabilizar-nos por ela. Dessa maneira, as crianças são realmente nossos professores. Com amor e interesse, podemos juntos aprender lições necessárias.

Como pais amorosos devemos lembrar também que cada um de nossos filhos é um indivíduo, com sua própria personalidade, destino e lições para aprender. Somos apenas guias para ajudá-los a encontrar o caminho quando eles se perdem. Não podemos viver a vida por eles ou mudar nossas vidas através deles. Parece existir uma tendência entre os pais, especialmente se a criança for do mesmo sexo e parecida fisicamente, de ver na criança um novo começo de vida, como uma segunda oportunidade tentar e até forçar aprimorá-la, erradicando os traços pessoais, nesta nova e jovem miniatura. Frequentemente, porém, os problemas que os pais enfrentaram e que não conseguiram superar não serão tolerados pelos filhos. Não é sempre em nível consciente, mas os pais castigam muitas vezes os filhos motivados por suas próprias imperfeições. Eles vêm a nós para que os ajudemos, não para serem nossos dependentes, portanto, vamos deixar que cada um seja um indivíduo pleno.

Muitos de nós sonhamos em ser santo ou grandes luzes espirituais, ou autor daquele livro que irá transformar o mundo para melhor; mas como estamos encarando a responsabilidade em nossa própria casa? Estamos sendo úteis, bondosos e carinhosos, ou estamos sendo tiranos? Por mais desapontador que possa parecer, devemos servir primeiro no lugar onde fomos chamados. Do mesmo modo que a viúva descrita na Bíblia deu suas duas moedas. Nós devemos dar o que temos dentro e à volta de nós e ajudando nossas crianças a crescerem, estamos nos ajudando também.

Criar filhos é um desafio. Algumas vezes pode parecer opressivo e até mesmo árduo. Precisamos guiar, encorajar e mostrar por meio do exemplo. Precisamos aprender a não forçar demais e, por mais difícil que seja, a relaxar e a saber esperar. As recompensas virão se trabalharmos amorosamente para isso. Com muita oração sincera, esse relacionamento tão importante irá dar os frutos de um considerável crescimento anímico para todos os envolvidos.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 07/85 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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A Unidade na Diversidade

A Unidade na Diversidade

Toda vida emana de uma única fonte: Deus. A vida é a mais significativa expressão da Divindade. É o “sopro” que agita toda essa variedade de formas. A vida se expressa e cresce em consciência através da forma. Esta, quando esgotadas suas possibilidades de ensejar crescimento vem a decompor-se. Retorna às suas condições originais, sendo reaproveitada posteriormente em um novo ciclo.

Quanto mais evoluída é a vida, mais refinada deve ser a forma para expressar-se. Portanto, todas as aparentes diferenças observadas aqui no Mundo Físico espelham níveis de evolução. Essas diferenças não são reais em si mesmas.

Quando a Fraternidade Rosacruz faz a apologia da Fraternidade Universal, isto não significa que as pessoas de grupos étnicos e culturas distintas devam pensar, sentir e agir conforme um só e definido padrão. Não se almeja a uniformidade, mas a harmonia na diversidade. A diversidade não deve encerrar um conflito em potencial, porquanto a essência, o espírito de tudo o que tem existência neste plano é da mesma natureza.

A diversidade existente na família humana é o fator capaz de gerar uma gama muito rica de relacionamentos. Cada grupo “diferenciado”, contribui valiosamente com seus traços peculiares para o progresso da humanidade. Aliás, a raça humana como um todo, é a síntese das conquistas realizadas por todos os povos em todas as épocas.
Observemos um quebra-cabeça. A justa posição de suas peças acaba formando uma figura bem definida. As peças, em quase toda a sua totalidade diferem umas das outras, mas harmonizam-se e encaixam-se perfeitamente.
A unidade se fragmenta numa multiplicidade de formas, mas não perde sua identidade, sua possibilidade de coesão. As partes tendem a agrupar-se para formar conjuntos harmônicos. Por exemplo, os átomos, os elementos constitutivos do Cosmos formam-se conforme este, principalmente tal como as moléculas, células, órgãos, organismo e sociedades.

Partindo do princípio da unidade – não da uniformidade – na diversidade, a ideia de um mundo fraternal não deve situar-se no plano das utopias. Ela é factível, é viável, pois se trata de uma lei através da qual o Cosmos é ordenado.

O grande progresso ocorrido nos campos dos transportes e comunicações nas últimas décadas tornou bem evidente a inter-relação e interdependência nos negócios humanos. O isolamento é uma impossibilidade, pois não se pode fugir ao envolvimento na totalidade das coisas.

Existe uma unidade essencial. Essa visão de mundo ressalta a unidade transcendendo todas as diferenças e nela, a humanidade deve estruturar as bases de uma convivência pacifica.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 07/85 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Pergunta: O ser humano sempre foi uno e não se dividiu ou foi uno e se dividiu em duas partes?

Pergunta: Gostaria que me fosse esclarecida a aparente contradição encontrada no livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas: “O ser humano inicialmente era semelhante aos deuses, feito à sua imagem macho-fêmea, um hermafrodita e, posteriormente, um lado foi-lhe tirado para que ele se dividisse em dois sexos”. “Cada Espírito é completo em si mesmo. Ele assume um corpo masculino ou feminino em épocas diferentes a fim de aprender as lições da vida, e é somente no atual estágio de desenvolvimento que existe uma função tal como a do sexo”. A primeira citação parece afirmar que o ser humano era uno e dividiu-se em duas partes, enquanto a última citação implica que o ser humano sempre foi uno e não se dividiu em duas partes.

Resposta: Ambas as citações estão corretas, mas a primeira refere-se àquilo que consideramos atualmente como o corpo físico. Durante o estágio de cristalização na Época Hiperbórea, quando o ser humano em formação era semelhante aos vegetais, o corpo físico tinha características das várias plantas, pois era capaz de frutificar a si mesmo e criar um novo corpo, mas, posteriormente, na Época Lemúrica, quando se tornou necessário para a evolução do ser humano que ele tivesse um instrumento para pensar, falar e expressar-se, uma metade da força sexual foi desviada com a finalidade- de construir uma laringe e um cérebro. Consequentemente, o corpo físico de um grupo da humanidade retém a polaridade negativa ou feminina para a procriação, enquanto outra parte da humanidade tem o sexo positivo ou masculino desenvolvido no corpo físico.

Não obstante, devemos também compreender que teria sido impossível dividir a humanidade em sexos, mesmo por pouco tempo, se a energia criadora do Espírito não fosse bipolar. Essa força dual criadora é usada em todo o seu poder mágico, e expressa-se como Vontade e Imaginação, masculino e feminino, positivo e negativo. Seja ela ativada por Deus, o Arquiteto de todo o universo solar, ou por um Iniciado de qualquer grau, o processo é o mesmo. Ele requer, primeiro, o exercício da qualidade feminina da imaginação, com a qual o elemento a ser criado é imaginado e moldado na matéria mental em seus mínimos detalhes para formar o arquétipo do elemento a ser criado; segundo, quando esta tarefa tiver sido realizada, é necessário um esforço poderoso da força criadora masculina, a vontade concentrada, para reunir e construir nesse arquétipo criado pela imaginação, o material necessário à sua manifestação no mundo ao qual pertence e no qual deverá atuar.

O mesmo processo ocorre quando um Iniciado deve moldar um veículo no qual possa atuar e materializar-se, ou quando um mágico de ordem inferior deseja criar uma flor ou um objeto similar para uma demonstração.
Cada um deve ser capaz de exercer a função feminina da imaginação a fim de moldar, no mundo invisível, o objeto a ser concretizado. O aroma e tudo que se relaciona a ele deve ser completo – cor, nuance, etc. Em seguida, o esforço poderoso da vontade ordena os átomos físicos na matriz e o objeto manifesta-se no Mundo Físico.

Um processo similar ocorre também na criação de um novo corpo no sistema atual. A potente imaginação feminina da mãe é necessária para moldar o embrião numa forma humana durante o período de gestação, e é a vontade concentrada do pai durante o momento da cópula que fornece tanto o impulso necessário como a força motriz até que o Ego seja capaz de executar o seu próprio trabalho.

Não devemos esquecer que a humanidade é ainda bissexual no que se refere ao corpo físico, pois embora um órgão sexual esteja completamente desenvolvido, o outro permanece latente e, por assim dizer, em estado embrionário. Sendo assim, não há contradição entre as duas citações, pois uma refere-se particularmente ao corpo físico e a outra ao Espírito.

(Perg. 84 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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Pergunta: Em sua explicação esotérica da ópera TANNHAUSER, o senhor diz que o homem deve encontrar a mulher dentro de si. O que isso significa?

Pergunta: Em sua explicação esotérica da ópera TANNHAUSER, o senhor diz que o homem deve encontrar a mulher dentro de si. O que isso significa?

Resposta: É ensinado tanto na Bíblia como esotericamente, que houve um tempo em que a humanidade era macho-fêmea, hermafrodita ou bissexual. Naquela época, cada um era capaz de perpetuar a espécie sem o auxílio de ninguém mais. O homem era, então, uma unidade completa em si, capaz de autofecundação. Não obstante, para que o corpo se tornasse um perfeito veículo para o Espírito, era necessário que se desenvolvesse um cérebro e uma laringe para que o ser humano pudesse pensar e expressar-se através da palavra. Para esse fim, dirigiu-se a metade da força criadora para cima para construir esses órgãos, capacitando o ser humano a voltar a sua consciência criadora para fora, povoando o mundo com criações de sua fantasia tais como podemos ver manifestadas sob a forma de navios, casas, ferrovias, telefones, e todas as outras coisas elaboradas pela mão do ser humano, e que foram primeiro concebidas em pensamento e, em seguida, concretizadas neste mundo físico.

O ser humano tornou-se, assim, um criador em dois planos, o físico e o mental, mas todos nós sabemos que não é possível fazer um circuito elétrico com um fio só. Temos que ter dois de polaridades opostas, e quando metade da força criadora foi desviada para o cérebro, só a outra metade permaneceu disponível para a procriação. Desse modo, o ser humano cessou de ser uma unidade criadora completa e dependeu de alguém mais para suprir a parte da força que lhe faltava, fosse ela positiva ou negativa, masculina ou feminina. Desde então, a dor, o pecado e a amargura invadiram o mundo e ficamos sob o domínio da morte. Não obstante, com o tempo, a humanidade aprenderá a enviar a outra metade da força criadora para cima através da medula espinhal em direção ao cérebro, que se tornará, então, bipolar.

Nessa época, usaremos ambos os hemisférios do nosso cérebro e não apenas um, como acontece atualmente.

Quando esse dia chegar, o homem terá encontrado a mulher dentro de si, e a mulher terá encontrado o homem dentro de si. Não será mais necessário encontrar um companheiro a fim de perpetuar os nossos corpos, pois seremos capazes de conceber em nosso cérebro um veículo adequado à nossa forma de expressão e concretizá-lo, da mesma maneira como agora damos forma física às nossas ideias. É por meio desse poder que os Adeptos perpetuam sua existência física e criam um novo corpo antes de abandonar o antigo, mas eles têm duas medulas espinhais e usam ambos os hemisférios do cérebro.

(Perg. 83 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel –Fraternidade Rosacruz SP)

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Responsabilidade dos Pais

Responsabilidade dos Pais

O dever e responsabilidade de todos que entendem da missão de paternidade é muito grande. Corpos puros, sensíveis, refinados e saudáveis são necessários para Egos avançados que vão comandar e guiar a humanidade na construção de uma nova civilização. Tais corpos somente podem ser produzidos por pais que reconhecem sua responsabilidade na raça. Os pais das crianças da Nova Era devem ser inspirados pelos mais velhos e pelos mais elevados ideais espirituais e devem também reconhecer que o poder do ser humano para procriar é um atributo divino.

Casamento e paternidade são realmente sacramentos, em sua natureza. Maternidade é sagrada e como tal deve ser reverenciada. Crianças devem nascer de uniões inspiradas pelo amor mais profundo e altruísta e ideal espirituais o mais elevado possível, porque assim e somente assim, pode a promessa de uma mais nobre humanidade ser cumprida e as crianças de uma nova raça nascer.

Nossos sistemas educacionais são deploravelmente deficientes em não prover para a juventude instrução suficiente que possa ajudá-los a assumir a maior responsabilidade da vida – ser pai ou mãe.

O maior poder conquistado do universo é o Amor e um elemento poderoso pode produzir este poder e força – a maternidade. O amor de mãe poderá algum dia, reger o mundo. Então, guerras e brigas não mais haverá.

Quando nós reconhecermos esta gloriosa missão de produzir crianças que criarão um estado de harmonia, paz, boa vontade e amor fraternal, isto nos fará compreender a resposta à prece: “O reino vem, Ele será feito na terra tanto como no céu”. Então entenderemos verdadeiramente “Paz na terra e a boa vontade entre os homens”.

(Traduzido do “Rays from the Rose Cross” e publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 06/85 – Fraternidade Rosacruz –SP)

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O Aspirante e a Solidão

O Aspirante e a Solidão

A maioria das pessoas, pouco interesse sente de saber das Verdades ligadas a Realidade espiritual. Assim, em sua busca da Verdade, o aspirante deverá, às vezes, separar-se dos que praticam “vidas normais”, isto é, de acordo com os modismos de seu tempo, ou das congregações seguindo essa ou aquela interpretação religiosa e prosseguir o seu caminho rumo a Verdade, sozinho. O ser humano comum não está disposto ainda a esquecer-se de si mesmo, erguer voluntariamente a sua cruz e seguir a Cristo (Mt 16:20); não interessa, tão pouco, “entrar pela porta estreita” já que “é difícil o caminho que leva à Vida”. Assim, “são poucos que o acham” (Mt 7:13-14). Portanto, o aspirante deve estar preparado, se realmente quiser seguir a Cristo, trilhar o Caminho da Iniciação sem companhia, sozinho.

A Separação daquilo que é socialmente aceito, em nível de crença, ou de comportamento, trará problemas. Disse Max Heindel: “Meninos passam indiferentes, por uma árvore sem fruto, porém, se estiver carregada ricamente, jogarão pedras para despojá-la das frutas. Assim é também com os seres humanos: enquanto ocos, andando com a turba, não há problemas. Quando, porém, atitudes conscientes são tomadas, as mesmas serão sentidas como o caminho certo pela integridade interna das outras pessoas e o aspirante se torna, sem querer, censura viva, mesmo se os seus lábios não proferirem uma palavra de censura sequer. Para efeito de auto justificação, a sociedade costuma unir-se na cobrança das “excentricidades”, daquele que não reza pela sua cartilha. As lideranças, religiosas ou não, também se sentem ameaçadas em suas posições de poder por seres com foro íntimo independente, e pressões serão exercidas aos que não se encaixam devidamente com os seus ditames, que, afinal, podem, ou não representar a verdade. As críticas e as chacotas recebidas, após ousar a separação do que é tradicional, trarão sem dúvida, um ardente desejo de se afastar do mundo que não o compreende, a fim de ingressar no primeiro monastério que lhe permitisse continuar a sua vida espiritual em paz. Porém, adverte o Sr. Max Heindel, “o prêmio do vencedor é ganho quando se vence o mundo e não quando se foge dele”. “o meio ambiente em que fomos colocados pelos Anjos do Destino, foi de nossa própria escolha, quando no ponto de retorno a Terra, do Terceiro Céu, em estado de espírito puro, sem o empecilho da cegueira produzida pela matéria”.

Assim, o nosso ambiente contém lições preciosíssimas, e cometeríamos um grave engano evadir do mesmo por completo. Da mesma forma, a comunidade oferece oportunidades de serviço, que não poderão ser encontradas em monastérios ou em topos de montanha. É bom lembrar também que o serviço é um componente importante na Senda da Iniciação”.

Quando estamos à procura da Verdade através do caminho iniciático, encontramos também forças que nos se opõem, das quais também não devemos fugir. Como então, nos fortificar para essas batalhas com as quais devemos contar? Para resistir à crítica, devemos aprender a efetuar a nossa autocrítica, o julgamento de nós mesmos. Quando soubermos, sem sombra de dúvida que estamos certos, não deveremos permitir o ingresso, em nosso pensamento, do corrosivo da crítica alheia. Disse até Abraham Lincoln: “É difícil à tarefa de derrubar uma pessoa quando ela se sente digna e apoiada no parentesco com o Grande Deus que a criou”. Quanto a resistir às pressões daqueles que desejam nos tornar espelhos deles mesmos, nos armaremos com a Verdade e tentaremos diferenciar claramente, em nossas mentes, o certo do errado, nos capacitando, então, a uma explicação coerente dos motivos que impulsionam as nossas ações. São Paulo exortou os seguidores de Cristo assim: “Vistam toda a armadura de Deus… para que possam resistir no dia ruim, e tendo feito tudo fiquem de pé. Estais, pois, firmes, tendo cingido os vossos lombos com a verdade e vestido a couraça da justiça e calçados os pés com o zelo do evangelho da paz (Ef 6:10-15). É também alentador saber seguramente que no meio da tribulação Deus está presente e se “Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rom 8:31).

Cristo-Jesus sabia que os Seus seguidores seriam perseguidos por causa da sua fé e assim mesmo os encorajou a permanecerem firmes porque também sabia que o ganho espiritual pesaria muito mais do que o sofrimento causado pelas tribulações na Terra. No Sermão da Montanha Cristo-Jesus disse: “Bem-aventurados os que sofrem perseguições por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus”. Bem-aventurados sóis vós quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus, porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mt 5:10-11). São Paulo ainda disse: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” (II Cor 4-17). Sustentando aquilo que achamos ser a Verdade e o Certo abaixo de todas as circunstâncias, desenvolvemos uma força interna que tornará possível a nossa ajuda no trabalho de erguer a humanidade das trevas espirituais e do sofrimento em que se encontra, já que no final o certo e a Verdade vencerão.

Quando caminhamos sozinhos, quando deixamos de colocar a nossa confiança em convenções, regulamentos ou indivíduos para nos mostrar o caminho certo, deveremos ser os nossos próprios guias e para isso, deveremos desenvolver a Luz interna. São Paulo conhecia as tentações que aparecem nesse ponto, porque escreveu: “Porque vós, irmãos, fostes chamados a liberdade, só não useis essa liberdade para dar ocasião a carne, mas servi-vos uns aos outros pelo Amor. Porque toda a Lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”…. “Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos” (GaI 5:13 e 6:10). Também Max Heindel advertiu: “o maior perigo que ameaça o aspirante nesse caminho é que fique preso na rede do egoísmo, e a sua única salvaguarda é o cultivo da fé, devoção e irradiação de amor sem restrições”.

O Cristo disse aos Seus discípulos quando os enviou ao serviço: “Eis que vos envio como ovelhas no meio de lobos; portanto sedes prudentes como as serpentes e inocentes como as pombas” (Mt 10:16). Em nosso andar nos passos de Cristo-Jesus e para sustentar o que é Verdadeiro e Justo, poderemos ganhar forças através desse pensamento-chave: “Se és Cristo, ajuda-te a ti mesmo”.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 08/84 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático: Qual o exercício que se segue após a Concentração?


Qual o Exercício que se segue após o Exercício Esotérico da Concentração?

Pergunta: Sabemos que o primeiro exercício a ser praticado tendo como finalidade a organização dos veículos internos é a Concentração. Qual o exercício que se segue após a Concentração?

Resposta: Praticando o exercício de Concentração o Aspirante à vida superior habituar-se-á a focalizar a Mente em um determinado objeto, construindo uma forma de pensamento vivente por meio de faculdade de imaginação. Aprenderá tudo a respeito do Objeto enfocado, por meio da Meditação.

Pergunta: Qual o objeto mais indicado para a prática da Meditação?

Resposta: Suponhamos que o Aspirante à vida superior tenha por intermédio da Concentração fixado sua Mente na figura de Cristo. Torna-se fácil a Meditação, relembrando os incidentes de Sua vida, Seus sofrimentos, Sua ressurreição etc., porém, a Meditação levará o Aspirante à vida superior a alcançar conhecimentos jamais imaginados, inundando sua alma, com inefável luz. Mesmo algo que não desperte muito interesse ou suscite quadros maravilhosos poderá ser objeto de Meditação. Pode-se escolher, por exemplo, uma mesa comum.

Pergunta: O que poderá alguém imaginar a respeito de uma mesa?

Resposta: Inicialmente devemos formar uma imagem clara de uma mesa. Depois pensemos na espécie de madeira de que é feita e de onde veio. Volvamos até ao tempo em que, como pequena e delicada semente, caiu na terra do bosque, desenvolvendo depois a árvore de cuja madeira a mesa foi construída. Observe-se a arvorezinha, ano após ano, coberta pelas neves do inverno ou acalentada pelo Sol estival, crescendo continuamente, enquanto as raízes constantemente penetram na terra. No princípio era um tenro broto. Depois tornou-se um arbusto, crescendo gradativamente, dirigindo sua copa ao ar e aos raios do Sol. Com o passar dos anos a fronde e o tronco tornam-se cada vez maiores. Por fim chega o lenhador e a derruba com seu machado.

Pergunta: Quais os detalhes a serem evidenciados e desenvolvidos?

Resposta: A nossa árvore encontra-se tombada e despojada de sua ramagem. Tendo sido descarregada de um caminho, foi arrastada até a margem do rio, a fim de aguardar a primavera e o consequente degelo das correntes fluviais. Então nossa árvore, juntamente com outras que se encontram à margem do rio, será transformada em uma grande balsa e a correnteza levá-la-á ao seu destino.

Pergunta: Como reconheceremos a nossa árvore?

Resposta: Conhecedores de todas as suas pequenas particularidades, reconhecê-la-emos imediatamente entre milhares de outras. Temos a observado tão clara e minuciosamente, seguimos o curso da balsa pela corrente, observamos as paisagens e familiarizamo-nos com os homens que cuidam da balsa ou jangada e dormem dentro de pequenas cabanas construída sobre a carga flutuante.

Finalmente chegamos à serraria. Uma a uma as toras são retiradas da água, e encaminhadas à grandes serras circulares.

Pergunta: Devemos apenas observar em tais circunstâncias ou também “ouvir”?

Resposta: Sim, devemos “ouvir” também o chiar da serra sobre a madeira. A imagem deve ser vivente em todos os seus detalhes.

Pergunta: Os detalhes alusivos à fabricação devem ser considerados?

Resposta: Exatamente. Observemos os dentes penetrando na madeira, dividindo-a em tábuas e pranchas. As melhores são enviadas a uma fábrica de móveis onde são cortadas e aplainadas. Pedaços de diversos tamanhos são colados para formar os tabuleiros das mesas, sendo as pernas feitas com os restos mais finos. Todo o móvel é lixado, envernizado e polido. Assim acabada em todos os seus pormenores, a mesa é enviada à loja para ser vendida.

Dessa maneira, por meio da Meditação familiarizamo-nos com os vários ramos da indústria que convertem uma árvore do bosque em uma peça de mobiliário.

Observamos todas as máquinas, os homens e as peculiaridades dos diferentes lugares visitados. Vimos também o processo da vida que fez surgir a árvore da delicada semente, e aprendemos que atrás de toda aparência, por simples que seja, há sempre uma história do mais alto interesse.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 10/68 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Preparação para o Casamento

Preparação para o Casamento

Os Essênios, que viviam em suas próprias comunidades privadas no Egito e na Terra Santa, deram ensinamentos superiores como parte do seu trabalho no Templo. Antes de entrarem no casamento, homens e mulheres, igualmente, seguiam certas práticas de purificação e por um ano todos comiam comidas especiais prescritas pelos mais velhos. Outras prescrições eram dadas para as mulheres no estado de gravidez. A abençoada Maria, mãe de Jesus de Nazareth e Elizabeth, a mãe de João Batista, eram duas mulheres que receberam essa educação e elas deram à luz as mais maravilhosas e desenvolvidas crianças que o mundo conheceu. Elas não tinham dúvidas quanto à escolha de se tornarem os instrumentos para as vidas de dois seres que desempenharam um papel tão importante na história do mundo, por causa da pureza de pensamentos e treinamento espiritual delas.

O espiritual é a compreensão do amor onipotente e onipresente, que está dentro de cada Espírito vivente. Quanto mais a mãe envolver o Ego que está para vir com amor, mais a criança será capaz de vibrar em uníssono com o mais Alto.

Assim, através da mãe, os mais elevados tipos da humanidade podem ser incorporados e ela deve estar absolutamente consciente disso. Honestidade e bondade devem começar em casa, onde toda a verdadeira reforma começa. Deve começar com a própria pessoa, nesse caso a mãe, e seu desejo deve ser o de trazer para o mundo físico O mais elevado ser humano.

Os pais não estão isentos de responsabilidade. A condição mental da mãe depende muito do tratamento que seu marido der a ela durante o período de gestação. É dever do ser humano, nessa fase especial, provir a mulher de todas as necessidades e conforto da vida que estão ao seu alcance e demonstrar-lhe a maior ternura e carinho. Ele deve procurar desenvolver suas mais nobres qualidades da Mente e do coração, pois a impressão que ele marca na mãe durante esse período será, em última análise, o que ele imprimirá sobre a criança, através da mãe.

A vida e a obra de Maria, José e Jesus são proféticas da Nova Era, quando todo Ego será bem nascido, concebido em Amor pelos pais que são puros e castos. Somente então haverá uma raça de novos seres unidos em amizade e amorosa fraternidade que farão manifestar um mundo novo, onde habitarão a paz, a alegria, a saúde e a abundância. Será verdadeiramente mostrado no futuro “santidade perante o Senhor”.

Nós reconhecemos que somos de natureza Tríplice – física, mental e espiritual – e que essas 3 partes de nosso ser devem ser desenvolvidas juntas e equilibradas. Devemos considerar isto também quando pensamos nas influências pré-natais, devemos tentar equilibrar o desenvolvimento espiritual com o mental. Quando pensamos sobre tais manifestações da vida, como nós as vemos no fenômeno do nascimento de uma criança e nas influências pré-natais, devemos considerar isto ao lado dos fatores físicos e materiais que a ciência descobriu por meio de longos e pacientes estudos. Há também verdades espirituais e mentais que têm igual importância e que devem ser consideradas. Se cada um pudesse saber sob que condições pré-natais ele nasceria, estaria mais habilitado a explicar muitas coisas a seu próprio respeito.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 06/85 – Fraternidade Rosacruz –SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Ciclo: o fim não existe, somente um contínuo eterno, uma existência eterna

O Ciclo: o fim não existe, somente um contínuo eterno, uma existência eterna

Deus emite o Som! Harmonia total que atrai do absoluto todos os componentes pertencentes a Ele. Os diferentes sons agrupam-se em formas diferentes. Não existe matéria morta, todos são carregados com a vida do Absoluto.
O Som mantém sua vibração ritmada e sua duração é o tempo da vida do Universo.

O Som potente desperta a vida no ser inconsciente. Responde, mas a sua consciência não é plena, sua resposta não é o som absoluto. Desafina. Assim a vibração muda e diferencia. As formas já não são perfeitas, a dissonância cria defeitos e na luz absoluta aparecem as sombras. Criam oposições. Positivo-negativo, luz e sombras, bem e o mal, harmonia-dissonância. A luta começa. Respira-expira, recolhe o erro e devolve restaurado.

A harmonia ressoa e a criação com mais consciência tenta vibrar em uníssono, mas seu tom é lento e pesado. Submerge pelo peso e cria novas camadas na sua involução. Cria dor e sofrimento, erros, doenças que aguilhoam para despertar e descobrir sua origem divina.

Uns aumentam sua vibração atinando o som. A luz deles aumenta. Não está tudo feito nem aprendido, mas o ciclo termina. O som extingue, o arquétipo tem seu colapso. O Absoluto absorve o bem, o mal, as lutas, os fracassos e os êxitos. Para preparar o próximo dia da criação, uma nova luta, uma nova oportunidade.

O fim não existe, somente um contínuo eterno, uma existência eterna. A consciência humana não atinge a razão da criação. Ainda não. Agora somente podem existir confiança e fé na Vida Eterna, onde nós vivemos, movemos e temos o nosso ser.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 11/84 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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