A Pequena Trabalhadora Cansada
– Estou cansada de trabalhar, – disse a Abelhinha de Mel – Vou sair por aí e ver o que posso encontrar.
Assim, com essas palavras, a Abelhinha, que estivera ocupada fabricando mel como as outras abelhas, deixou o agradável trabalho de tirar o doce líquido das flores que a atraíram com perfumes deliciosos e com lindas cores e mergulhou na escuridão do bosque. Debaixo de uma grande folha verde estava um pequeno Botão de Ouro, então, a Abelha parou e bateu um papinho com ele. Com seu rosto redondo e feliz, ele deu as boas vindas a Abelha e perguntou porque ela não estava trabalhando nesse dia tão bonito.
– Oh, estou exausta. Acho que preciso de um descanso – ela respondeu.
– Isto é mau; você deve descansar quando estiver cansada, tudo bem. Mas, não se aventure para muito longe porque há muitas plantas estranhas nesses bosques. Eu ouço, muitas vezes, os insetos falarem sobre seus entes queridos que se perderam. Há uma planta muito grande que parece bela, mas é muito má.
– Como é ela? – perguntou a Abelha.
– É uma espécie de verde amarronzada e tem muitos dentes grandes, afiados, e uma boca e um nariz terrivelmente grande. Parece que nunca, nunca está satisfeita, está sempre com fome. Não tem perfume como as outras plantas, logo se você não perceber nenhum perfume suave, tenha cuidado; pode ser a flor má – avisou o Botão de Ouro.
– Terei cuidado e não irei longe demais. Vou só dar uma volta por aí – disse a Abelha e foi voando.
Primeiro, ela desceu por entre frescas samambaias. Suas folhas frágeis fizeram com que ela pensasse em balançar-se. Sentou-se sobre a samambaia e balançou-se para frente e para trás como fazem as crianças num balanço. A brisa suave tornou-se agradável e fresca, fez com que a planta se movesse de tal maneira que a cansada Abelhinha não precisou fazer esforço algum para balançar-se. Ela sentiu-se tão descansada e feliz que adormeceu noseu balanço.
Dormiu por algum tempo e, quando acordou, a chuva tinha começado a cair e ela procurou, em vão, por suas irmãs abelhas, todas tinham ido embora. Ela sentiu medo, voou para lá e para cá e quando já estava muito cansada de voar, pousou na mais bela e mais suave folha que lhe deu proteção da chuva. Suas asas estavam um pouco úmidas, por isso ela ficou parada ali por um minuto e abanou-as até que ficassem secas.
– Preciso dar uma olhada por aí, até que pare de chover – ela disse –Ora, ora, esta é uma flor divertida. E também não tem um perfume agradável.
Naturalmente, ela havia passado por muitas flores que não tinham um perfume agradável, de maneira que isso não a preocupou. Há muito ela já havia esquecido o conselho do pequeno Botão de Ouro.
– Que dentes longos, afiados ela tem e, meu Deus, como éprofundo sua garganta. Gostaria de saber o que há lá no fundo e acho que vou até lá para ver – disse a Abelha.
Vagarosamente, ela caminhou até a borda da flor onde estavam os longos dentes e novamente deu uma olhada bem lá no fundo. Viu alguma coisa pequenina se movimentando lá e como estava um pouco escuro no bosque, não pode ver, de início, o que era. Ela olhou durante um longo tempo e distinguiu uma Formiga Vermelha que estava tentando dizer alguma coisa, mas ela não a podia ouvir, poissua voz era muito fraca.
– O que você disse? – ela perguntou.
– Mmmm mmmm – era tudo que podia entender.
– Fale mais alto, não ouço você – ela gritou mais uma vez.
Muito debilmente, a voz saiu lá de dentro, por entre os dentes longos e afiados.
– Vá embora. Não chegue mais perto ou você não conseguirá mais sair. Nunca mais estarei ao Sol nem andarei mais com meus irmãos e irmãs. Eu estava cansada de trabalhar, então fugi ontem e vim até aqui para ver o que poderia achar. Agora, não posso mais sair.
– Oh, pobrezinha – disse a Abelha.
Então, de repente, ela percebeu – era a flor grande e má que ia pegá-la e nunca mais a soltaria se ela ultrapassasse os seus dentes. Com um pequeno pulo ela conseguiu alcançar a borda externa, mas estava ainda com muito medo e começou a chorar.
– Por que fui embora? Nunca mais abandonarei minhas irmãs. Preferia estar ocupada. Quando fico preguiçosa, arranjo problemas. Oh! Deus, como gostaria de encontrar a Abelha Rainha – ela lamentou.
Sentou-se lá por um longo tempo até que oSol nasceu novamente e a claridade tomou-se maior. Logo ouviu o zumbido das abelhas enquanto elas carregavam o doce líquido das flores para fazer mel. Ela chamou mais uma vez a pobrezinha Formiga Vermelha, mas ela estava muito quieta e já não podia falar. Então, com uma lágrima de piedade pela formiguinha que, como ela, não quis trabalhar, voltou para sua colmeia. Sentiu-se feliz por poder trabalhar, até que oSol desapareceu por trás das árvores e as flores sussurraram “Boa Noite”.
Naquela noite, em suas preces, ela lembrou-se da Formiguinha Vermelha que não trabalharia nunca mais e disse que voltaria para agradecer ao pequeno Botão de Ouro por tê-la avisado sobre a flor grande e má que prendia abelhas e formigas que não queriam trabalhar ou ajudar seus irmãos e irmãs.
(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. I – por Dorothy V. Baird – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).
CANCER: TENACIDADE
Marsha recuou, sufocou um gemido em sua garganta e sentou-se novamente na cama.
– Dói – disse com uma careta.
– Sim, dói, mas quanto mais você demorar em usar a sua perna, mais difícil será para andar de novo – disse o Dr. Miller, que se mostrou inflexível.
Marsha achou que ele era desumano. Ela tinha sofrido um acidente algumas semanas antes, mas agora estava melhorando rapidamente, menos a perna. Ainda estava inchada, e os ligamentos e músculos afetados protestavam cada vez que ela se mexia. O doutor quis que ela ficasse em pé sobre essa perna nos últimos dias, mas a dor era insuportável e ela continuava se recusando a tentar.
– Não posso Doutor – choramingou Marsha – Dói!
– Muito bem, você é quem sabe – disse o médico – mas você vai ter alta dentro de alguns dias. Nós precisamos desta cama para pacientes que estão realmente doentes. Você acha que sua mãe vai carregar você para lá e para cá quando você voltar para casa?
E com isso ele saiu do quarto .
Marsha começou a chorar baixinho. Aquele médico era tão mau. Era muito fácil ele falar – não doía neIe. E porque ele tinha que falar aquilo sobre a mamãe? Ela também estava no acidente e embora não tivesse ficado ferida, eIaestava muito abalada e preocupada com Marsha, e estas semanas não tinham sido fáceis para ela. E é claro que ela não podia carregar Marsha pra lá e pra cá na casa!
Marshaparou de chorar e ficou deitada, quietinha algum tempo, olhando para o teto e pensando. Depois se sentou.
– Muito bem – disse em voz alta – eu vou mostrar para esse médico!
Cautelosamente, ela deslizou da cama, e gemeu quando se apoiou na perna doente. Doía mesmo, e, por um momento, tudo pareceu escurecer ao seu redor. Ela se agarrou na mesa de cabeceira e esperou passar a tontura. Deu um passo, depois outro, e ainda que a dor não diminuísse, havia um alívio quando levantava a perna ferida e se apoiava na outra.
– Bem – pensou – tudo que preciso fazer é pensar como vai ser bom apoiar no pé esquerdo, depois de levantar o pé direito. De qualquer maneira, já é alguma coisa.
Marsha manquitolou ao redor do quarto por várias vezes e finalmente caiu na cama, extenuada pela dor. Adormeceu quase que imediatamente e só acordou na hora do almoço. À tarde, tentou de novo e, embora a dor não tivesse diminuído ela achou um pouco mais fácil andar. Não falou a ninguém sobre a sua façanha. A mãe não desconfiou que Marsha já pudesse estar andando, e o Dr. Miller, que a examinava por um minuto, não falou mais no assunto.
No dia seguinte, depois do café da manhã, quando a enfermeira tinha saído, Marsha saiu da cama outra vez. A dor era ainda bem forte, mas Marsha raciocinou que era por não ter se apoiado naquela perna durante toda a noite e, então, ela se apoiou nela firmemente. Novamente teve a sensação de “escurecimento”, e novamente Marsha suou frio e aguentou e depois começou o seu passeio ao redor do quarto. Gradualmente a dor pareceu diminuir e ela não ficou tão exausta como no dia anterior. Quando à tarde tornou a experimentar, a dor foi menor e, na manhã seguinte, embora ainda desagradável, Marsha percebeu que andar já era bem mais suportável.
Ela se levantou muitas vezes durante o dia, mas só quando estava sozinha, e achava que ninguém sabia o que ela estava fazendo. Nessa tarde, durante a visita de sua mãe o Dr. Miller chegou.
– Sra. Fulton, vamos dar alta para Marsha amanhã; acho que a senhora vai querer alugar uma cadeira de rodas.
– Sim – suspirou a mãe de Marsha – e também vou ter que transformar o sofá em cama. Vai ser difícil até que Marsha possa andar.
Marsha calmamente levantou o cobertor e ficou de pé.
– Para que você quer uma cadeira de rodas, e por que eu não posso dormir lá em cima na minha cama? – perguntou ela, atravessando o quarto e olhando casualmente pela janela.
– Ela está andando – ela disse ao doutor, sem poder acreditar.
– Sim, está. Ela vem fazendo isso nestes últimos dias e eu sei o quanto doeu no começo.
Marsha voltou-se.
– Como é que soube? – perguntou.
– Minha querida – disse Dr. Miller bondosamente – nós temos que averiguar o que nossos pacientes estão fazendo. Teria sido prejudicial a você andar quando você não deveria fazê-lo. Mas, em determinado momento, você precisava começar, e nós estamos orgulhosos de sua força de vontade. Valeu a pena, não acha?
Marsha sorriu.
– Sim, valeu. Acho que se alguma coisa vale a pena mesmo, é importante começar e seguir em frente, por mais difícil que seja. Obrigada por ter-me incentivado a fazê-lo, doutor.
A mãe de Marsha, surpresa, perguntou:
– O senhor estava usando uma terapia que eu não conheço, Dr. Miller?
– Sim, estava, e suponho que por um tempo Marsha achou que eu era um bruto insensível e sem coração. Mas, como vocês veem, obtivemos ótimos resultados.
No dia seguinte, devagar, mas sem desanimar, Marsha subiu as escadas até o seu quarto. Ela sabia que maisuma semana, já estaria correndo para cima e para baixo como antes do acidente. Que horror, pensou, se ainda tivesse que dar aqueles primeiros passos dolorosos.
(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).
CÂNCER: AMOR AO LAR
– Divirta-se e não se preocupe – gritou Amy quando sua mãe subiu no avião.Amy esperava poder dirigir a casa enquanto a mãe estivesse fora, por uma semana, visitando oirmão, e achava absurdo que sua mãe tivesse medo de deixá-la tomando conta de tudo na casa.
Eram as férias da primavera, assim Amy estava livre para se dedicar inteiramente ao lar e à família, e para ela isso eratão divertido como se viajasse. Já tinha panejado uma série de jantares elaborados para seu paie seus dois irmãos, e tinha prometido aos garotos fazer panquecas todas as manhãs, se eles quisessem. Iria forrar os armários da cozinha com novo papel de prateleira, preparar uma quantidade de pratos que pudessem ser congelados, assim a mãe não teria que ir para a cozinha logo que chegasse em casa, e talvez até pintasse o seu quarto. Mas, seu grande projeto sobre o qual não tinha falado nada, era fazer cortinas novas para a sala de visitas. As velhas estavam desbotadas, e a mãe já tinha, algumas vezes, falado vagamente em substituí-las.
Na volta do aeroporto, Amy parou para comprar o tecido – uma linda cor bronze-dourada que ia combinar com o tapete e clarear a sala. Ela queria começar a fazê-las imediatamente, mas, como já era tarde, achou melhor começar a preparar o jantar e esperar para começar as cortinas da manhã seguinte.
De manhã, os garotos reclamaram sobre suas panquecas e Amy teve que preparar duas receitas, senão ela ia ficar sem nada. Quando ela estava lavando a louça, seu irmão mais velho avisou que estava lavando um botão na sua camisa e que sua calça precisava ser passada. Recusou-se a seguir a sugestão de Amy para que usasse outra coisa, por isso ela teve que cuidar das suas roupas. Mais tarde, quando estava arrumando as camas, seu irmãozinho se queixou que não conseguia achar luva de beisebol porque a mamãe tinha arrumado o quarto. Amy achou-a dentro do armário, no lugar certo.
Depois, como era sábado, achou melhor limpar a casa antes de começar as cortinas, e mal tinha guardado o aspirador, os rapazes chegaram pedindo o almoço. Aí, ela se lembrou de que ainda não tinha ido fazer as compras, nem mesmo tinha feito à lista. Depois do almoço, preparou os cardápios para a semana, foi fazer compras e voltou para casa carregada de mantimentos e muito cansada. Ela se recostou por meia hora com uma revista e depois, tendo já passado o vestido que ia usar nessa noite e regado às plantas de dentro de casa, achou que era muito tarde para começar o seu grande projeto.
O domingo estava todo preenchido com a ida à igreja, jantar de domingo para o qual os avós tinham sido convidados, um convite à tarde para uma partida de tênis e assim, sendo, na segunda feira, Amy estava ocupada lavando, passando roupa e cozinhando de novo. Tinha prometido tomar conta das crianças do vizinho na terça-feira, e embora conseguisse cumprir a rotina caseira, com duas crianças pequenas no meio do caminho, ainda não tinha conseguido começar as cortinas. Na quarta-feira de manhã, Amy achou melhor arrumar a desordem que se acumulou no quarto de seu irmão menor, uma vez que ele havia ignorado seu pedido para que ele mesmo arrumasse. Conseguiu também, limpar e forrar de novo os armários da cozinha. Na quinta-feira, uma nova pilha de roupa suja já tinha se acumulado e Amy estava no meio dessa operação, quando o super entusiasmado cachorro apareceu coberto de lama na qual ele tinha rolado. Amy achou que não tinha alternativa senão dar-lhe um banho, depois do qual ela estava ensopada. Seu irmão perguntou se dois de seus amigões, com quem estivera brincando, podiam ficar para almoçar, e Amy se viu de repente preparando milk-shakes e outros petiscos favoritos para aqueles garotos de onze anos. Depois seu pai telefonou para dizer que ele tinha elogiado tanto a comida que ela fazia, que o seu chefe praticamente tinha se convidado, mais a esposa, para jantar ese ela se importava. Na realidade Amy não se importava – ela tinha confiança nos seus dotes culinários – mas claro que isso implicava em arrumar a casa e fazer ojantar, verificar se o irmãozinho estava bem limpo e se tinha “lavado atrás das orelhas”.
Na sexta-feira de manhã, Amy anunciou, desesperadamente, àsua família espantada, que ela ia passar odia todo costurando cortinas, que os garotos teriam que arrumar suas camas e se arrumar na hora do almoço, e que nesse dia, tudo que ela ia fazer para eles era preparar o jantar. O pai deixou a mesa do café da manhã sorrindo e os garotos resmungando, mas quando eles voltaram para casa nessa tarde, as cortinas novas estavam penduradas, e até os garotos elogiaram muito.
Sábado foi dedicado à limpeza da casa para a mamãe ficar contente. Amy ficou acordada até tarde no sábado e dormiu até mais tarde no domingo e teve que correr com seu trabalho da casa. Depois da igreja, eles foram buscar a mamãe no aeroporto e no caminho a mãe perguntou:
– Bem, Amy, que tal tomar conta de uma casa?
– Eu gosto – eu realmente gosto tanto quanto imaginei que ia gostar. Mas, como é que você acha tempo para fazer todasas coisas que você faz?
A mãe riu da cara perplexa de Amy.
– Isso vem com a prática, meu bem. Você foi muito bem esta semana, e você será uma ótima dona de casa, algum dia.
(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).
Influências Fisionômicas e de Personalidade quando no Ascendente
(*) Advertência: a descrição aqui apresentada é mais exata conforme a cúspide da 1ª Casa esteja mais próximo do ou no segundo decanato do Signo (10º grau até 20º grau). Quando os 3 últimos graus de um Signo estão ascendendo, ou quando os 3 primeiros graus ascendem no momento do nascimento, diz-se que a pessoa nasceu “na cúspide” entre dois Signos, e, então, a natureza básica dos Signos envolvidos são mescladas no corpo dela. Astros nas Casas:
Em tais casos o Estudante dever usar seu conhecimento do caráter dos Astros em conjunto com a descrição do Signo. (Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – O Signo Ascendente – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)
Câncer
O canceriano tem uma estatura pequena a normal; a pele tem uma sensação fofa. A cor da pele é clara.
A cabeça é redonda e convexa, que é acentuada pelas maçãs do rosto pendentes. Eles têm cabelos loiros ou castanhos cacheados.
Os olhos, que são normalmente azuis ou claros, estão distanciados um do outro e tem olhar meigo e aquoso. Muitas vezes tem olheiras.
As sobrancelhas são arredondadas.
O nariz que é normal, até curto, é curvado para dentro no meio, enquanto na ponta normalmente forma uma protuberância.
A boca é pequena e os lábios são moles. As bochechas são caídas como, por exemplo, num hamster. As orelhas são grandes.
O rosto, que na juventude tem um formato agradável, envelhece rápido, fica gordo e cheio, com poucas rugas.
É típico terem um ou mais queixos duplos, daquelas dobras no pescoço; os seios são volumosos e quadris largos. As pernas parecem não acompanhar esta tendência e permanecem finas; com isto parece o corpo de um caranguejo; é pesado formando um andar vacilante.
Quando sentados muitas vezes colocam as mãos no colo.
Típico deste tipo melancólico é sua grande sensibilidade e emocionalidade. Isto faz com que sejam joguete de suas emoções.
Eles mantêm uma ligação forte e próxima com a família e são as autênticas mãezonas, também se tratando dos homens.
São muito caseiros e adoram receber visitas. Infelizmente gostam de falar dos outros (fofocas) e se ofendem muito facilmente. Reclamam muito, mas isto parece mais um hábito, do que realmente gostam disto.
O canceriano gosta de atuar; mas perante estranhos são tímidos e distantes. Em suas atuações eles são cuidadosos e recatados.
Sua vontade é maior que sua habilidade. Eles são muito mutáveis. Eles gostam de aconchego, preparar comida gostosa e consumir, principalmente, massas.
Sua grande sensibilidade os fazem preocupados, empáticos e psicologicamente muito sensitivos.
Os cancerianos são poucos preparados para a luta da sobrevivência, para isto eles tem pouca resistência.
Câncer rege, entre outros, os seios, o útero e o estômago enquanto a doença câncer (como proliferação do crescimento celular) é regido por este signo.
Os cancerianos, normalmente, têm um estômago sensível, e facilmente sofrem de azia.
Tradução feita pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil, do original: ASTROLOGISCHE TYPELOGIE – Hans Stein – Fishe-tekst – Fraternidade Rosacruz – Alemanha fornece o poder da concentração e aprofundamento: sóbrio e recluso.
Influências Fisionômicas e de Personalidade quando no Ascendente
(*) Advertência: a descrição aqui apresentada é mais exata conforme a cúspide da 1ª Casa esteja mais próximo do ou no segundo decanato do Signo (10º grau até 20º grau). Quando os 3 últimos graus de um Signo estão ascendendo, ou quando os 3 primeiros graus ascendem no momento do nascimento, diz-se que a pessoa nasceu “na cúspide” entre dois Signos, e, então, a natureza básica dos Signos envolvidos são mescladas no corpo dela. Astros nas Casas:
Em tais casos o Estudante dever usar seu conhecimento do caráter dos Astros em conjunto com a descrição do Signo. (Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – O Signo Ascendente – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)
Gêmeos
O geminiano tem um porte mediano a alto e magro. Comparando com o corpo, os braços e pernas são muito compridos.
Os ombros são caídos, o peito é estreito e nas mulheres os seios são pouco desenvolvidos. O pescoço é fino e aparenta ser longo.
Os pés são finos e longos como os dedos, que sempre estão em movimento.
A cabeça parece de camundongo.
O cabelo é fino, loiro escuro até castanho e liso; em idade avançada com entradas acima dos olhos.
A testa é longa e sobrancelhas finas.
Os olhos são castanhos ou azuis e de movimento intenso e muito atentos.
O nariz é comprido e pontudo. Os lábios finos, claros e muitas vezes cerrados.
Os dentes são brancos e os dois incisivos superiores, às vezes, bem grandes.
O queixo é afundado e, às vezes, tem uma linha vertical no meio.
O tamanho da orelha é normal; o lóbulo da orelha é pequeno ou, às vezes, falta.
Por ter o físico pouco desenvolvido o geminiano mantém, por muito tempo, a aparência jovem.
O geminiano anda com passos pequenos enquanto os braços se agitam com os cotovelos virados para fora e os ombros aparentemente fazem um movimento de balanço e por isto os homens tem um andar efeminado.
Eles são muito nervosos e impacientes; as mãos estão em movimento constante e precisam estar sempre brincando com alguma coisa. Muitas vezes colocam os fósforos, canetas, etc. “emprestados” nos seus próprios bolsos.
É o tipo que tem tendência a cleptomania e uma ampla visão de meu e seu.
Eles falam rápido, com muitas palavras e tem um dom natural para línguas.
São muito curiosos (adoram enfiar seu nariz comprido nos assuntos alheios) e adoram conversar.
Muitas vezes conhecem de todos os assuntos um pouco e normalmente estão atualizados das últimas novidades, mas por isto tem um conhecimento mais amplo do que profundo.
O tipo mais baixo é o jornal ambulante que busca e espalha as novidades; o fofoqueiro que sabe tudo melhor e se mete em todos os assuntos.
O tipo mais alto é o cientista, o escritor e o orador.
Eles são muito estudiosos e adoram ler.
O geminiano é um tipo intelectual com uma grande consciência. Eles não são materialistas, mas tem uma excelente visão de negócios. Normalmente são jornalistas, representantes comerciais, carteiros ou tradutores.
De preferência eles se envolvem em muitos assuntos ao mesmo tempo.
Suas paixões não são profundas e mesmo que sejam provocados muito raramente serão culpados de um ato de violência.
Tradução feita pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil, do original: ASTROLOGISCHE TYPELOGIE – Hans Stein – Fishe-tekst – Fraternidade Rosacruz – Alemanha fornece o poder da concentração e aprofundamento: sóbrio e recluso.
NOSSOS ANJOS AUXILIARES
-“Mamãe, será que alguma vez teremos asascomo os Anjos?” – perguntou pensativamente Jennie, de sete anos, enquanto ela e seu irmão gêmeo, Bennie, viravam as páginas de um novo livro de histórias que ganharam em um recente aniversário.
– Os Anjos na realidade não têm asas, querida, respondeu mamãe, que estava sentada no grande sofá, costurando. Muitos desenhos mostram os Anjos com asas, talvez porque os confundam com outros seres dos mundos invisíveis que temasas como parte deles, mas aqueles que já viram os Anjos dizem que eles se parecem muito conosco.
– Como eles se movem pelos ares se eles não têm asas? – insistiu Jennie.
– Eles são feitos de material mais leve do que nós, respondeu sua mãe, e podem ir onde quiserem, simplesmente pelo poder do pensamento.
– Eles vivem e age como nós, Mamãe? – perguntou Jennie, com um brilho de interesse em seus olhos espertos.
-Sim, dizem que eles usam roupas, vivem em casas, tem jardins e se ocupam com vários assuntos, exatamente como nós. Alguns são mais bonitos e inteligentes do que outros, exatamente como são as pessoas, há alguns tão brilhantes e tão belos que ofuscam nossos olhos.
– É por isso que não podemos vê-los, Mamãe? – perguntou Jennie.
– Não, não exatamente. Eles são feitos de matéria muito mais leve e mais fina do que nós e, assim, não causam impressão aos nossos olhos. Algum dia, entretanto, quando nos tornarmos mais espiritualizados e tivermos desenvolvido o que chamamos de visão etérica, veremos muitas coisas feitas de éter, que agora não vemos.
– Mas os Anjos moram aqui onde estamos? – perguntou Bennie, de olhos arregalados.
– O lar deles é na Lua, respondeu mamãe, mas eles nos visitam aqui na Terra e nos ajudam de varias maneiras. Eles, com a ajuda dos Espíritos da Natureza, ajudam as plantas a crescer e desenvolver suas lindas flores e frutos, e são particularmente úteis para as criançasporque estão sempre perto, guiando e protegendo vocês.
– Eles realmente nos protegem? – indagou a deliciada Jennie. Gostaria de poder vê-los.
– Quando você estava no mundo celeste, continuou mamãe, eles a ajudaram a encontrar papai e a mim, de maneira que você pode vir viver conosco e crescer no ambiente que fosse melhor para você.
– Aposto que encontraria você de qualquer forma, Mamãe, disse Bennie, abraçando-a com entusiasmo.
Mamãe sorriu, e pegando o livro de histórias mostrou uma figura e continuou:
– Essa figura que você vê aqui é a do Anjo Gabriel dizendo àMaria, a Mãe de Jesus, que dela nasceria um filhinho que se tornaria um homem maravilhoso.
– E ele se tornou, não é? – perguntou Jennie muito interessada.
– Sim, respondeu sua mãe, e quando ele nasceu os Anjos avisaram os pastores das proximidades e, como você vê nesse desenho, os pastores foram visitar o menino Jesus.
– E eles o encontraram num estábulo, não é? – lembrou Bennie. .
– Sim, assim foi, respondeu mamãe, e lá também havia Anjos como você vê no desenho.
– E oque eles estão fazendo nessa gravura? – perguntou Bennie, àvista de uma linda gravura colorida na página seguinte.
– Esta gravura mostra os Anjos ensinando o meninoJesus quando ele cresceu, explicou mamãe. Você vê, eles dispensavam uma atenção toda especial ao menino porque ele tinha um trabalho importante a fazer.
– E o que o Anjo está fazendo para esse homem? – perguntou a pequena gêmea.
– É um Anjo confortando Cristo-Jesus, já homem feito, quando Ele estava muito triste, respondeu mamãe. Você vê, os Anjos são muito abnegados. Eles são mais puros e mais sábios do que nós somos, porque eles permaneceram mais tempo no Reino de Deus do que nós e foram mais obedientes a Ele – eles adoram confortar e ajudar os outros. Todas as pessoas tornam-se mais fortes e melhores ajudando os outros e é parte do plano de Deus que todos os Seus filhos sirvam seus irmãos e irmãs, particularmente aos mais jovens e aos menos desenvolvidos.
– Mas os Anjos não são nossos irmãos e irmãs, Mamãe? – perguntou Bennie.
– Não exatamente como você e Jennie são irmão e irmã, explicou mamãe, mas os Anjos, os Espíritos da Natureza, os seres humanos e todas as outras criaturas São filhos de Deus e, nesse sentido, somos todos irmãos e irmãs. Chamamos os animais nossos irmãos mais jovens porque eles não estiveram nesta parte do reino de Deus ao tempo que nós estamos.
– E meu gatinho é meu irmãozinho, então? Exclamou Jennie deliciada.
– Sim, ele é, replicou sua mãe, e sendo boazinha para ele, alimentando-o e tomando bem conta dele, você estará ajudando-o a crescer de acordo com os planos de Deus, da mesma forma que os Anjos nos ajudam.
– Os Anjos cantam Mamãe? – perguntou Bennie, olhando outra ilustração no livro de história.
– Sim, mamãe assegurou-lhe. Sabemos que no tempo da Páscoa, quando o Espírito Cristo se liberta da Terra, uma hoste de Anjos vai ao Seu encontro, cantando as mais belas canções de louvor e gratidão. Esse desenho ilustra isso, como o artista o imaginou.
– Oh, gostaria de ouvi-los, exclamou Jennie.
– Talvez algum dia você os ouça, sorriu sua mãe. Se vivermos como Deus quer que vivamos, seremos capazes de fazer muitas coisas no futuro, que não podemos fazer agora.
– Posso rezar para os Anjos esta noite, quando fizer as minhas preces, Mamãe? – perguntou a garotinha.
– Sim, você pode, concordou sua mãe. E agora é hora das crianças irem para a cama, por isso vamos logo.
– Espero sonhar com os Anjos, disse Jennie, enquanto seguia sua mãe para oquarto.
(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. I – por Perl Amelia Williams – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).
GÊMEOS: RACIOCÍNIO
– O problema, Dennis, não é que você não possa, mas que você não quer – estava dizendo o Sr. Norton – Não tem motivo para você não poder resolver esses problemas tão bem como qualquer um na aula de física, se você se propuser a parar e tentar resolvê-los. Segundo as leis da física, determinadas causas sempre produzem determinados efeitos, e, se você sabe quais são essas leis, não é difícil raciocinar como elas vão proceder sob condições específicas. Ouvi dizer que você e campeão de esqui e também surfista, não é?
– Hum, bem, sim, acho que sim – Dennis concordou surpreso.
– Bem, para esquiar e fazer surfe não há certas regras de movimentos que você deve conhecer bem? Você não tem que estar preparado para ondas que quebram de diferentes maneiras, sobre correntes submarinas, sobre o grau de inclinação do declive de uma montanha, da velocidade que você desenvolve, e a que ângulo e como tomar uma curva, e muitas outras considerações dessa espécie?
– Sim, claro- disse Dennis -mas eu nunca pensei sobre todas essas coisas como leis da física.
– O que mais poderia ser? – Perguntou sorrindo o Sr. Norton.
– Bem, divertimento…quero dizer…puxa – gaguejou Dennis – eu não paro para pensar em tudo isso todas às vezes. Acho que apenas sinto.
– Claro. Já se tornou automático em você. Se você tivesse que parar e resolver isso cada vez, você não iria muito longe com os esquis ou na prancha de surfe. Mas, quando você estava aprendendo, você tinha que estar muito mais atento sobre todas as possibilidades e muito mais consciente de que cada passo que você desse poderia trazer tal ou qual resultado. Você não passava horas com seu instrutor de esqui, sem esquiar, mas estudando com ele todas essas coisas, matematicamente, na ponta do lápis?
– Sim, e eu também não gostava muito disso – Dennis fez uma careta.
– Não, Dennis, não acho que você gostasse, do mesmo modo que você não gosta de sentar aqui na classe e resolver os problemas de física. Você éum jovem ativo, e quer estar sempre se movimentando. Mas, chegou a hora de você aprender a usar sua cabeça, da mesma maneira que você usa seus talentos para o atletismo. Essas sessões de teoria com o instrutor não foram valiosas?
– Acho que sim – concordou Dennis – acho que eu não teria progredido tanto sem elas.
– É isso mesmo. Há muitos esquiadores amadores que nunca tiveram essas aulas, mas sem elas você não teria chegado ao grau de campeão. Acredite ou não, a física, ou qualquer outra matéria que ensine a praticar suas possibilidades de raciocínio, valem a pena, muito mesmo. Não tenho dúvida de que você tem uma boa cabeça – continuou o Sr. Norton – mas a mente precisa ser exercitada, da mesma maneira que o corpo. Bem, quero que você pegue esta folha de problemas e tente resolvê-los neste fim de semana. Aplique o que você aprendeu em classe e, se você não aprendeu tudo que foi dado, que eu acho que é o caso, torne a ler olivro de texto. Vamos ver se segunda-feira você traz os problemas resolvidos da melhor maneira possível.
Na manhã seguinte, de má vontade, Dennis atacou os problemas. Sua maior dificuldade era concentrar-se, e teve que tentar recomeçar várias vezes durante o dia ate conseguir trabalhar seriamente, bem no fim da tarde. Contudo, quando conseguiu fixar sua mente notrabalho, achou,como dissera o Sr. Norton, que as respostas se adaptavam, mais ou menos, nos lugares certos se ele tentasse resolvê-las com lógica. Certas causas sempre tinham certos efeitos e, quando encaradas com uma série de fatores, nilo era muito difícil, usandoo raciocínio e o processo de dedução, determinar o efeito composto que poderia resultar.
No domingo, quando ele atacou a última parte da sua tarefa, Dennis descobriu que estava ansioso pelo desafio – que era divertido tentar resolver os problemas com raciocínio. Sorriu quando se lembrou das palavras do Sr. Norton sobre exercitar a mente. De certo modo, eslava sendo tão agradável quanto exercitar seus músculos nas rampas de esquis. Ele sabia que não podia ficar sentado quieto por muito tempo – como o Sr. Norton havia dito, ele era agitado – mas se ele dedicasse curtos períodos de tempo para “exercitar a mente”, e pudesse concentrar-se nisso, apenas nisso, nesse espaço de tempo, talvez ele conseguisse tornar também a sua mente em um instrumento de campeonato. Certamente, não era tão difícil resolver os problemas sozinhos.
No dia seguinte, Dennis sorria ao entregar o trabalho ao Sr. Norton.
– Não sei se eu deveria admitir isto, disse, mas eu me diverti fazendo esses problemas quando finalmente consegui entendê-los.
– Eu pensei que isso ia acontecer – sorriu o Sr. Norton – Desafios mentais, a seu modo, são tão satisfatórios quanto os desafios físicos, e quanto mais você desenvolver o seu poder de raciocínio, mais oportunidades você terá de vencer toda espéciede obstáculos que venha a enfrentar durante toda a sua vida.
– Acho que o senhor pensou que eu era um desses atletas musculosos que mal sabem escrever seu próprio nome – sorriu Dennis.
– Tolice – disse o Sr. Norton – se eu pensasse assim não teria me preocupado em falar com você como fiz ou ter-lhe dado àqueles problemas. Eu sempre soube que você tinha capacidade de raciocinar, se você conseguisse sentar e tentar. Na verdade, muita gente tem boa capacidade de raciocínio, mas este talento é como qualquer outro: tem que ser cultivado.
(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).
GÊMEOS: VERSATILIDADE
– Eu vou tentar, disse Gwen. Não deve ser difícil.
Gwen, nunca havia trabalhado como balconista ou feito troco antes, mas quando Jean ficou doente, alguém tinha que tomar conta da barraca das Bandeirantes no bazar, e Gwen se ofereceu como voluntária.
Gwen sempre estava disposta a experimentar qualquer coisa nova e sempre com sucesso. Podia-se contar com ela para intervir e ajudar em qualquer emergência, e se lhe pedissem para fazer alguma coisa que ela desconhecesse, ela se esforçava até aprender. Ela sabia cozinhar e fazia suas roupas, fazia parte do clube de teatro era secretária de sua classe, tirava boas notas, gostava de crianças e, frequentemente, bancava a babá.
– De fato- dizia sua irmã Jô, mal humorada – Gwen sabe fazer de tudo. Tem gente que tem muita sorte.
– Na verdade não é somente sorte- a mãe tentou dizer-lhe muitas vezes – Gwen decide que vai conseguir o que quer que se proponha, e trabalha até conseguir. Ela não tem medo de tentar.
Contudo, Jô nunca quis aceitar essa explicação e continuou a insistir que as habilidades de Gwen eram pura sorte.
– –Como é que vai indo? – Perguntou Jô, parando na barraca das Bandeirantes.
– Bem – disse Gwen – Tenho tido muitos fregueses, é bem divertido. Escute Jô, você pode tomar conta um pouquinho? Já passou muito da hora do almoço e eu estou morrendo de fome.
– Eu não sei o preço das coisas, não sei nada – protestou Jô – e eu vou ficar toda enrolada fazendo troco. Eu trago um sanduiche para você, se você quiser.
– Oh! Por favor, Jô. Eu queria sair um pouquinho daqui. Os preços estão todos marcados e fazer troco não étão difícil, se você contar. Por favor?
Jô concordou, relutante, em assumir a barraca por uma hora, e a primeira freguesa apareceu assim que Gwen virou as costas. Atrapalhada, Jôprocurou os preços nas mercadorias e embaralhou tudo fazendo o troco. A cliente parecia aborrecida e Jô se surpreendeu por ela ter comprado alguma coisa.
– Eu preciso melhorar – suspirou consigo mesma – Como e que eu fui me meter nisto?
Vários outros clientes se aproximaram. Desta vez, Jôrespirou fundo e disse:
– Desculpem se eu for um pouco lenta. Eu comecei agora mesmo e estou ainda tateando. Bem, o que é que vocês querem ver?
Os clientes se mostraram pacientes, Jô percebeu a sua boa vontade e, sentindo-se mais tranquila, concluiu as vendas com mais segurança. À medida que outros clientes foram chegando, Jô descobriu que ela aprendera a maioria dos preços e percebeu que fazer troco era bem simples se ela prestasse atenção.
Quando Gwen voltou, encontrou Jô elogiando uma mercadoria para uma freguesa, e se comportando como se tivesse trabalhado numa barraca toda a vida.
– Já de volta? – Perguntou Jô – Por que você não descansa mais um pouco ou faz qualquer coisa? Estou me divertindo tanto.
– Então fique aqui me ajudando, riu Gwen. Parece que hoje tem muita gente aqui e vamos precisar de duas pessoas.
Muitos clientes vieram nessa tarde e Gwen achou muito bom ter a ajuda inesperada de sua irmã. A mercadoria foi vendida rapidamente e em um dado momento, Jô comentou:
– Gostaria que houvesse mais coisas em estoque. No próximo ano já sabemos que deveremos ter um maior sortimento.
Gwen sorriu, lembrando o quanto Jô relutou em se meter com o bazar, quanto mais de trabalhar como vendedora. Será que Jô se tornaria uma das grandes colaboradoras para o bazar do próximo ano?
Algumas horas depois, a mãe delas ficou surpresa por veias juntas na barraca, Jô trabalhando com tanta segurança e jeito como Gwen. Ficou observando de longe e depois, sem ser percebida pelas meninas, seguiu seu caminho.
Nessa tarde, Gwen colocou na fazenda o molde para seu vestido novo e começou a cortar. Jô observava criticamente.
– Não parece muito difícil – disse – Aposto que eu posso fazer isso.
– Claro que pode – disse Gwen – Tudo que você tem a fazer é ler a indicação esegui-Ias.
– Acho que vou comprar um tecido amanhã e experimentar – murmurou Jô – Sabe, émuito divertido tentar fazer coisas novas. Se alguém me tivesse dito hoje de manhã que eu estaria conduzindo uma barraca, e que acabaria gostando, acho que teria voltado imediatamente para a cama! Mas, eu consegui fazer tudo sem dificuldade depois daqueles primeiros erros e, acredite ou não, fiquei triste quando chegou a hora de ir embora.
A mãe aproximou-se com um prato de doces de chocolate.
– Bem, Jô, vejo que você também teve sorte hoje – sorriu ela.
– Hein? – Jô olhou-a, confusa – Oh! Isso! Bem – ela explicou para a mãe – Não foi realmente sorte, sabe. Eu resolvi que ia fazer o que me propus e batalhei até conseguir. Eu posso fazer qualquer coisa. Entendeu?
– Entendi – riu a mãe – e também percebi que tenho em minhas mãos duas garotas versáteis. Acho que vou ter que me esforçar muito para me igualar a vocês. Que tal isto como começo?
Ela apresentou o prato e as duas garotas avançaram nos doces de chocolate.
(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).