PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Considerações sobre a fé: como é a sua?

Considerações sobre a fé: como é a sua?

Muitas pessoas que têm meditado seriamente sobre os problemas da vida superior enveredaram, infelizmente, para a prática de métodos primitivos, abandonando a crença nos ensinos da Igreja com respeito à remissão dos pecados, ao poder salvador da fé, à eficácia da oração e dos dogmas. Se bem que o ponto de vista de tais pessoas, que honesta e sinceramente procuram a verdade, possa fazer-lhes ver essas ideias como destituídas de valor real. Trataremos, entretanto, de examiná-las sob outros pontos de vista, para que, então, possam julgar. Vistas sob outras formas, essas ideias religiosas aparecerão iluminadas por uma luz que provavelmente não se havia percebido antes, oferecendo assim um significado novo, maior e mais satisfatório para o coração, e perfeitamente aceitável pelo intelecto. Muitos de nós nos vimos obrigados a afastar-nos das Igrejas por razões de raciocínio, ainda que sentíssemos o coração a sangrar. As concepções intelectuais de Deus e dos objetivos da vida não podiam satisfazer-nos e vimos, assim, a nossa vida limitada por esse lado. Que essa nova luz torne possível que os que sentem esse desejo em seu coração voltem à Igreja e ocupem de novo o seu posto com redobrado zelo de uma compreensão mais profunda das verdades cósmicas e dos ensinos religiosos, e o desejo mais íntimo do autor, cujos motivos apresentaremos nas instruções seguintes.

Um fato evidente para todo o estudante de religião comparada, é que quanto mais retrocedemos no tempo tanto mais primitiva é a raça e tanto mais inferior é a sua religião. Conforme o ser humano progrediu, desenvolveram-se os seus ideais religiosos. Os investigadores materialistas deduzem desse fato que todas as religiões foram “obras do ser humano”, e que toda a concepção de Deus tem suas raízes na imaginação humana. O engano de tal ideia se perceberá facilmente se considerarmos a tendência que tem toda a vida de preservar-se a si mesma. Quando a lei da sobrevivência dos mais aptos é a que domina, como sucede entre os animais, quando o poder é um direito, então não há religião. E até que um poder superior “estranho” se faça sentir, não se pode revogar essa lei, para que venha então ocupar seu lugar a lei da própria abnegação, que venha agir como fator da vida, lei que em maior ou menor grau se encontra até nas religiões mais inferiores. Huxley reconhece esse fato, quando declarou que enquanto a lei da sobrevivência dos mais aptos marcava a linha animal do progresso, a lei do sacrifício era a base do desenvolvimento humano, impulsionando o forte a cuidar do fraco.

A razão dessa anomalia não pode o materialista encontrar, pois, desde o seu ponto de vista há de enfrentar sempre um enigma insolúvel, porém, uma vez que entendamos que o ser humano é um ser composto de Espírito, Alma e Corpo; que o Espírito se manifesta em pensamentos, a Alma em sentimentos e o Corpo em atos, e que esse tríplice indivíduo é uma imagem do Deus Trino compreenderemos facilmente a aparente anomalia, posto que dada a sua constituição, esse ser composto se encontra, especialmente, preparado para responder tanto às vibrações espirituais como aos impactos físicos.

Quando reparamos quão pouco se ocupa a maioria das pessoas com a vida superior em nossos dias, podemos deduzir que houve um tempo em que o ser humano era quase incapaz de ser afetado pelas vibrações espirituais do universo. Sentia vagamente um poder superior na Natureza, e como era parcialmente dotado de clarividência, reconhecia a existência de poderes que agora, não percebemos, se bem que estejam agindo tão poderosamente como antes.

Era necessário guiar o ser humano para o seu bem futuro, dirigi-lo pelo bom caminho e ajudar sua natureza superior a adquirir domínio sobre a inferior, a Personalidade, e esta última foi, então, subjugada pelo Medo. Se lhe fosse dada uma religião de amor, ou fossem experimentadas orientações morais, teria sido absolutamente inútil, quando o Ego humano se encontrava ainda em sua infância, enquanto a natureza animal da personalidade inferior predominava. O Deus que poderia ajudar a essa humanidade deveria ser “um Deus forte”, um Deus que pudesse dominar o raio e o trovão, e fulminar com eles.

Quando o ser humano alcançou um pouco mais de progresso, foi-lhe ensinado a considerar a Deus como o DADOR de todas as coisas, sendo-lhe inculcada a ideia de que se obedecesse às leis desse Deus “obteria prosperidade material”. A desobediência a essas leis produziria, pelo contrário, toda a espécie de calamidades, fomes, guerras e pestes. Com objetivo de fazer progredir o ser humano, um pouco mais, foi-lhe ensinado logo a “lei do sacrifício”, porém, como neste estado o ser humano estimava muito suas posses materiais, foi-lhe prometido que se sacrificasse suas ovelhas e bois, “com fé”, o Senhor lhe devolveria centuplicados; que aquilo que desse aos pobres “emprestaria a Deus”, que lhe pagaria com superabundância. Todavia não lhe prometeram céu algum, porque isso estava ainda longe da capacidade apreciativa do indivíduo. Foi lhe dito enfaticamente que “os Céus eram do Senhor, porém a Terra havia sido dada por Ele aos filhos dos homens” (Sl 115; 16).

Depois ensinou o ser humano a “sacrificar-se a si mesmo, por uma recompensa que obteria no céu”. Em vez de efetuar o sacrifício ocasional de ovelhas e touros, que o Senhor logo recompensava, pedia-se agora que sacrificasse os seus maus desejos, que se agisse continuamente bem lhe seriam dados tesouros no céu, que não se preocupasse com posses materiais que os ladrões podiam roubar ou que poderiam perder-se.
Qualquer pessoa pode durante pouco tempo pôr-se num estado de exaltação em que lhe seja fácil fazer um supremo ato de renúncia, pois é comparativamente fácil “morrer pela própria fé”, como os mártires, porém isso não é suficiente, e a Religião Cristã pede-nos o valor de viver nossa fé dia após dia, durante toda a vida, tendo confiança numa recompensa futura, em um céu explicado ainda mui confusamente. Em realidade, os trabalhos de Hércules pareceriam, em comparação, menores do que o esforço que se pede ao cristão, e não devemos nos admirar de que as dúvidas nos assaltem, como a Atlas (NT: Na mitologia grega foi o Titan que levantou o céu), roubando-nos a fé que tenhamos no beneficente e sustentador poder de Deus.

Mas, em verdade, saibamo-lo ou não, vivemos pela fé todos os minutos da nossa vida e em proporção a como vivamos seremos felizes ou desgraçados. À noite nos deitamos com fé que nada perturbará nosso sono e que nos despertaremos no dia seguinte e poderemos prosseguir nossas tarefas. Se não fosse por essa fé, se nos assaltassem dúvidas sobre esses pontos, poderíamos descansar tranquilamente nossa cabeça no travesseiro e dormir? Seguramente não; e em pouco tempo estaríamos prostrados mental e fisicamente, assaltados pelo demônio da dúvida. Quando vamos ao armazém comprar provisões, vamos com fé na probidade dos comerciantes, esperando que nos forneçam bons alimentos e não venenos. Se não tivéssemos essa fé, quão miseráveis seriam as nossas vidas! Em lugar de comer com gosto os nossos alimentos, a dúvida nos tiraria o apetite, de maneira que nos seria impossível preparar a nossa alimentação, porque até os bons alimentos seriam envenenados com o nosso estado mental de dúvida e medo, estado que conhecem muito bem os fisiólogos.

É com fé que saímos de casa pela manhã esperando que a lei de gravidade a conserve no mesmo lugar, certos de que a encontraremos no mesmo lugar quando voltarmos à noite. Muito poucos de nós têm observado a sombra que a Terra projeta sobre a Lua nos eclipses lunares e tem compreendido que essa sombra arredondada é a única prova de que a Terra é redonda. Aceitamos isso pela fé que temos nas afirmações de outras pessoas. Assim acontece com o fato de que estamos girando no espaço a uma velocidade de, aproximadamente, mil e seiscentos quilômetros por hora em virtude do movimento da Terra em redor do seu eixo e o mesmo acontece com outro fato, maravilhoso fato científico, de que ainda que a Terra pareça imóvel, está realmente viajando em sua órbita em redor do Sol a uma velocidade de, aproximadamente, dois milhões e seiscentos mil quilômetros, cada vinte e quatro horas. Esses e outros muitos fatos semelhantes que não podemos investigar por nós mesmos aceitamo-los, vivendo todos os dias chamando-os “conhecimentos” e baseamos nosso bem estar neles, em virtude da fé.

Já dissemos que a fé é a força que põe o ser humano em comunicação com Deus, que nos relaciona com a Sua Vida e Poder. A dúvida, pelo contrário, produz um efeito de confusão e perturbação que impossibilita a percepção das vibrações espirituais. Esses são os efeitos da fé e da dúvida que pode-se ver facilmente examinando suas influências na vida diária. Sabemos que as expressões de fé e de esperança nos animam, ao passo que as manifestações de dúvida dos outros sobre a nossa pessoa nos deprimem. Acontece a mesma coisa, quando tratamos das coisas superiores e espirituais.

Vemos, pois, que a dúvida e o ceticismo têm efeito prejudicial sobre o objeto a que se dirigem, enquanto que a fé abre e expande nossa capacidade mental, assim como a luz solar desenvolve a formosura da flor. Podemos, agora, compreender a necessidade a fé, quando queremos nos aproximar dos ensinos espirituais. Considerados dessa forma podemos perceber neles a sua verdadeira luz, enquanto que a dúvida, a crítica ou a descrença destroem a beleza da concepção espiritual, assim como os ventos gelados destroem as flores. Cristo disse: “Todo aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele” (Mc 10; 15). Nesta sentença se oculta à chave da atitude mental necessária. As pessoas mais velhas quando recebem novos ensinos ou novas ideias repelem-nos desde logo, quando encontram algo que não haviam pensado ainda, ou aceitam-nos sem exame nem discussão, se estão de acordo com as suas teorias.

Convertem seus próprios conhecimentos e pontos de vista em medida absoluta da verdade, com que medem todas as ideias que se apresentam e, por mais ampla que possa ser sua visão ela será sempre curta, desde o ponto de vista cósmico.

Um menino não levanta obstáculos não se limita a conhecimentos anteriores; sua Mente está aberta a toda a verdade, e recebe qualquer ensino com fé e sem vacilação. O tempo lhe demonstrará se esses fatos são certos ou não, e essa é a única prova concludente. O discípulo das escolas Ocultistas desenvolve essa atitude mental infantil, pondo de lado tudo quanto já conhece, quando examina um ensinamento novo ou investiga um fenômeno que antes não havia percebido, a fim de desembaraçar a sua Mente de todo obstáculo. Por suposto, não aceita simplesmente que o branco seja preto; porém está sempre pronto a admitir, quando se lhe faz a proposição, que pode existir um ponto de vista do qual não tinha conhecimento, desde o qual o objeto branco possa apresentar-se realmente negro ou vice-versa. Essa é uma atitude mental sumamente vantajosa porque o ser humano que a cultiva é capaz de aprender e de aumentar os seus conhecimentos, da mesma forma como a criança que escuta mais do que argumenta. Desta sorte a atitude mental da criança conduz realmente à obtenção do conhecimento, do qual se fala simbolicamente como o “Reino de Deus” em oposição ao reino da ignorância do atual estado humano. Compreenda-se que a fé requerida não é uma fé “cega”, nem uma fé irracional que se adere a uma crença ou dogma contrários à razão, mas sim a um estado mental aberto e tranquilo, sem prejuízos ou preconceitos, disposto a examinar qualquer proposição até que a investigação completa tenha demonstrado que é insustentável. Dissemos anteriormente que toda Oração era a chave do comutador que permitiria fluir a corrente da Vida e da Luz divina, dentro de nós mesmos. A fé na oração é a força que abre essa “chave”. Sem força muscular não se poderia abrir a chave para obter-se a luz física, e sem fé não se poderá orar, devidamente, para obter a iluminação espiritual.

(Revista Serviço Rosacruz – 06/67 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Sobre a origem dos Ensinamentos da Fraternidade Rosacruz

Sobre a origem dos Ensinamentos da Fraternidade Rosacruz

Embora a palavra “Rosacruz” seja usada por diversas organizações, a Fraternidade Rosacruz não tem nenhuma ligação com quaisquer delas.

Nos anos 1907-08, após ser provado na sinceridade de seus propósitos e desprendimento no desejo de ajudar ao próximo, Max Heindel foi escolhido, pelos Irmãos Maiores da Rosacruz, para difundir publicamente os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, ajudando, deste modo, a preparar a humanidade para a Era da Fraternidade Universal que se aproxima (NT: Era Aquariana). E por meio de intensa autodisciplina e devoção ao serviço, ele alcançou a condição de Irmão Leigo (Iniciado) na exaltada Ordem Rosacruz.
Sob a direção dos Irmãos Maiores da Rosacruz, gigantes espirituais da raça humana, Max Heindel escreveu “O Conceito Rosacruz do Cosmos”, um livro que, tendo marcado época, converteu-se no que é agora o manual-guia de ocultismo do Mundo Ocidental. Pelo seu próprio desenvolvimento espiritual ele era capaz de verificar por si mesmo muito daquilo de que fala “O Conceito Rosacruz do Cosmo”, bem como adquirir conhecimento adicional, que mais tarde incorporou às suas numerosas obras.

Uma das condições básicas para que os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental fossem transmitidos a Max Heindel era a de que nenhum preço lhes fosse estipulado. Esta condição foi por ele fielmente observada até ao fim de sua vida, e continua sendo-o cuidadosamente por aqueles que dirigem os trabalhos da Fraternidade Rosacruz.

Assim, embora os livros desta Entidade sejam vendidos, os cursos por correspondência e os serviços do Departamento de Cura continuam sendo mantidos na base de ofertas voluntárias. Seus membros não pagam taxas.

(Revista Serviço Rosacruz – 04/84 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Uma Divina Criança quer nascer

Uma Criança Divina Quer Nascer

“Entre quedas, desistências, covardias e grandezas, somos deuses. Há uma criança divina em nós, que a cada dia quer nascer”. Esta frase do escritor e psicanalista Helio Pellegrino foi publicada, recentemente, na imprensa paulistana.

Não é a beleza da sentença, em si mesma, é a sua profundidade que comove, mas o fato dela aparecer como uma semente lançada em época muito oportuna.

Esta fase de trânsito entre uma idade pré-agonizante e outra, cujos lampejos aos mais avançados é dado entrever, transmite uma incrível sensação de insegurança aos seres humanos. Isso tem produzido uma espécie de fobia generalizada de perda. As pessoas temem perder o emprego, a saúde, a posição social, os entes queridos e a própria vida.

Esse clima de instabilidade é doloroso, não resta dúvida. Entretanto, pelo menos para quem tem olhos de ver encerra alguns aspectos altamente positivos, isto é, oferece valiosíssimas lições morais e espirituais. Dentre elas destacamos:

1. Fazer ver que o materialismo não oferece segurança alguma. A transitoriedade e a relatividade são elementos característicos do mundo material. Não há outra segurança a não ser aquela emanada do Deus Interno. Ou encontramo-nos seguros internamente e encaramos calma e confiantemente as dificuldades do dia a dia, ou ficaremos à deriva.

2. As conquistas no plano material, por empolgantes que sejam, não constituem um fim em si mesmas, são meios para se alcançar um desenvolvimento superior.

3. Muitas das atuais estruturas e instituições do mundo civilizado estão cristalizadas. Já se exauriram suas possibilidades de desenvolvimento, e, como acontece no processo evolutivo, serão substituídas por estruturas novas, compatíveis com as necessidades de crescimento da humanidade. É de se esperar o surgimento de novos modelos religiosos, econômicos, políticos e sociais regendo a vida dos povos.

4. Agora, mais do que nunca, a capacidade epigenética de cada um deve ser exercitada. As crises estão aí e caminharão fatalmente para um impasse se o ser humano persistir em tentar equacioná-las através de meios estritamente convencionais. É preciso usar de criatividade, procurando novas alternativas para solucionar os problemas.

5. Max Heindel afirmou que a adaptabilidade é a nota-chave do progresso. Portanto, quem não se adaptar às características desta fase de transição, por certo muito sofrerá e verá retardar-se sua evolução.

6. Os sofrimentos atuais devem despertar o sentimento de solidariedade entre a humanidade, unindo-os no sentido de procurarem superar as crises. Somente uma fraternal conjugação de esforços poderá fazer frente às dificuldades atuais. Esse tipo de cooperação constitui a antítese do egoísmo e individualismo. Deverá criar formas superiores de relacionamento humano, sepultando o tradicional conceito de liderança.

7. Todo e qualquer tipo de preconceito, pensamento ou sentimento exclusivista deve desaparecer. O apego à raça, nacionalidade, dogmas religiosos e ideologias políticas entrava o equacionamento dos problemas humanos e impede a realização da Fraternidade Universal. A realidade que vivemos demonstra como isso é verdade. Tudo deve ser conduzido no sentido de unir a grande família humana.

Estes são alguns aspectos da questão. Existem outros não menos importantes. Na verdade, o ser humano, a despeito das circunstâncias nas quais está envolvido, procura algo superior, o que já não deixa de ser um passo considerável. Mas, procura fora de si mesmo. Quando admitir-se como um ente superior, um ESPÍRITO, parte integrante do corpo macrocósmico de Deus, terá se desvencilhado das crises e desequilíbrios deste mundo – essas incríveis ilusões. Nascerá, então, de um longo e doloroso parto, a Divina Criança em cada um de nós.

(Revista Serviço Rosacruz – 05/84 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

RECEITA – Rocambole de Legumes

Rocambole de LEGUMES

  • 1/2 quilo de farinha de trigo
  • 1/2 xícara de óleo
  • sal
  • 1 colher (chá) de açúcar
  • 1 tablete de fermento
  • leite o suficiente para amassar.

 

  • Peneire a farinha
  • Dissolva o fermento em um pouco de leite
  • junte os outros ingredientes e amasse bem, cubra e deixe crescer.

 

RECHEIO:

  • 200 g. de cenouras
  • 200 g. de vagens
  • 1 palmito pequeno
  • 1 cebola grande
  • 1/2 xícara de cheiro verde picadinho
  • 3 ovos cozidos
  • 100 g. de azeitonas verdes picadinhas
  • 1 colher de manteiga
  • sal
  • 1 ou 2 tomates sem pele e sem sementes
  • temperos a gosto

 

  • Limpe as cenouras e as vagens, pique bem miúdo e cozinhe em pouca água e sal.
  • Cozinhe o palmito em água, sal e um pouco ele limão para não escurecer.
  • Refogue a cebola bem picadinha na manteiga e quando estiver murcha junte os legumes cozidos, os tomates picados e deixe refogar tudo junto.
  • Tempere a gosto, junte os ovos cozidos, as azeitonas e o cheiro verde.
  • Abra a massa já crescida sobre a toalha polvilhada com farinha de trigo
  • Pincele a massa com manteiga derretida
  • Despeje o recheio, espalhe sobre a massa
  • Enrole com o auxílio da toalha, aperte as pontas e forme uma rosca.
  • Pincele com gema batida com um pouco de leite.
  • Unte uma assadeira com óleo e leve ao forno por 45 minutos.
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Que significa a elevação do eleito no ar para ir ao encontro do Senhor? Isso se refere a uma ascensão física?

Pergunta: Que significa a elevação do eleito no ar para ir ao encontro do Senhor? Isso se refere a uma ascensão física?

Resposta: Esta passagem consta na 1ª Epístola de São Paulo aos Tessalonicenses cap. 4; 16 e na mesma Epístola cap. 5; 23, onde lemos. “E o mesmo Deus de paz nos santifique em tudo, para que todo o vosso espírito e alma, e o corpo sejam conservados sem culpa para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Portanto, São Paulo reconhece que o ser humano é um ser composto, constituído de três partes: espírito, alma e corpo. No capítulo 15; 50 da 1ª Epístola aos Coríntios lemos: “A carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus”. Mais adiante, a respeito do mesmo mistério, ele diz: “Eis que vos revela um mistério: todos certamente ressuscitaremos, mas nem todos seremos mudados num momento, num abrir e fechar de olhos”, e no versículo 44, que foi mal traduzido, ele afirma que existe um corpo espiritual e um Corpo-Alma: soma psuchicon.

Este é um ponto muito importante. Não o encontraremos em nenhum outro lugar, a não ser na literatura Rosacruz. Todos os outros passaram por cima ou não notaram esta tradução incorreta, e leram o texto como corpo “natural” ao invés de Corpo “Alma”. Este Corpo-Alma é composto de Éter e é capaz de levitação. Sem esta faculdade ser-nos-ia impossível encontrar o Senhor no ar, ou tomar-nos cidadãos do Reino dos Céus, anunciado pelo Cristo Jesus e Seus apóstolos. Deixemos bem claro que a humanidade sempre caminhou em direção ao exterior partindo do centro da Terra em sua evolução. Adão, o homem primitivo, foi feito da terra vermelha (quente), pois naquela época o nosso globo ainda estava passando por uma fase de esfriamento, ardendo devido à chama vermelha da crosta em formação. Em seguida, é-nos dito que uma névoa subia do solo em processo de esfriamento, e a humanidade daquela época vivia como “filhos da névoa” nos vales da Terra. Posteriormente, quando a névoa se condensou em água, a qual caía enchendo as bacias da Terra, o ser humano mudou-se para as terras altas, onde habita até hoje acima das águas, e quando se despojar do Corpo Denso (terreno) que, segundo Paulo, não pode herdar o Reino de Deus, eIe elevar-se-á no ar, em seu glorioso soma psuchicon ou Corpo-Alma, para empreender uma nova fase evolutiva. Lá, não lidaremos com elementos concretos como o fazemos agora, mas aprenderemos a trabalhar com a vida em lugar de coisas mortas. Portanto, seremos elevados no ar num piscar de olhos, tal como consta na Bíblia, e o que nos foi transmitido para que nos preparemos para ser habitantes da Nova Jerusalém, que “surgirá dos céus” ou se tornará visível. Devemos entender, também, que este reino está sendo atualmente preparado, embora seja invisível para a maioria das pessoas. Contudo, está em período de construção, aguardando o tempo em que tenhamos aprendido as lições da existência concreta, e estejamos capacitados para as atividades distintas que, então, deveremos aprender.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. II – pergunta 86 – Max Heindel)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Pintarroxos e o Abeto – Parte III – Palavra-chave: Equilíbrio

Os Pintarroxos e o Abeto

Parte III

Palavra-chave: Equilíbrio

Nossa última história mostrou como os Espíritos do ar, da água e do fogo causaram uma tempestade tão forte, que o lindo abeto do parque foi totalmente arrancado e derrubado no chão. E ali ficou durante uma semana, antes de ser removido. João foi lá todo o dia para sentar-se sobre os galhos e não sob eles.

Gostaria de ter enterrado os filhotinhos, mas não pôde pegá-los, pois havia muitos galhos pelo meio. Logo depois, percebeu que os pais pintarroxos tinham desistido de procurar seus bebês e começaram a construir um novo lar, em um galho grosso de uma trepadeira que subia em um muro.

Um dia, o Espírito do Ar apareceu, subitamente, à frente de João e sorrindo tristemente disse:

– Irmãozinho, todos nós erramos, não é? É assim que aprendemos nossas lições. Eu não sabia que as salamandras iriam lutar tanto e isso fez com que nós, sílfides, ficássemos tão ofendidas, que sopramos e sopramos com todas as forças que tínhamos. As ondinas também exageraram e encharcaram a terra.

Então, em vez de ajudarmos nosso amigo abeto, nós só pioramos as coisas, nós o matamos; ele não pôde aguentar. Mas eu serei bem mais cuidadoso de agora em diante.

– Talvez tenha chegado a hora da sua amiga abeto morrer, disse João. Sabe que ela pressentiu que algo ia acontecer. Lembra-se de como ela avisou os pintarroxos para não construírem o ninho em seus galhos?

Acho que queria ir, achava que já tinha feito todos os serviços de amor que veio para fazer.

– Pode ser João, mas eu aprendi uma lição e não repetirei o erro. Não deveria ter perdido a calma e ficado zangado com as salamandras, disse o Espirito do Ar.

– Mas veja como os pintarroxos esqueceram depressa os seus filhotes, disse João.

– Você sabe por quê? – perguntou o Espírito do Ar.

– Não. Diga-me, por favor.

– É porque mamãe pintarroxo está esperando mais bebês e eu ouvi dizer que eles são os mesmos bebês que voltaram para a mesma mãe e o mesmo pai. Eles morreram muito cedo!

– Oh, que bom! É por isso que eles parecem tão felizes. Gostaria muito de encontrá-lo novamente, concluiu João.

– Claro que me encontrará. Nós, Sílfides, nunca estamos longe de meninos como você, que sempre procuram auxiliar os outros.

João comentou:

– Mamãe disse que a tempestade fez grandes estragos: os bueiros ficaram entupidos, a água entrou nas casas e nas lojas, estragando muita coisa. Foi muito difícil para os pobres que não têm muito dinheiro.

– Meu Deus, disse o Espírito do Ar, eu direi isso à nossa líder sílfide na próxima reunião. E prometo que seremos mais cuidadosos, não deixando que isso aconteça novamente.

– E eu tomei uma decisão, disse João. Ouvirei sempre os mais velhos; jamais agirei como os pintarroxos, que construíram seu ninho no abeto e perderam o seu lar e a família.

Enquanto eles conversavam; os jardineiros chegaram com machados para cortar os galhos do abeto antes de removê-lo. Era muito difícil para o Espírito do Ar ver seu amigo ser cortado e seus olhos encheram-se de lágrimas. Disse adeus a João e prometeu que o veria de novo. Então, acenou com a varinha de condão sobre sua cabeça e foi embora, voando.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Razões da Falência Amorosa: examine as razões dessa falência e passe a estudar a significação do amor

Razões da Falência Amorosa: examine as razões dessa falência e passe a estudar a significação do amor

Embora sejamos em realidade espíritos, nossa atual condição humana de seres separados pela insensibilidade de corpos cristalizados pelas transgressões à Lei natural não nos permite manter contato consciente e direto com nossa real natureza. Sentimos uma profunda necessidade de superar essa separação e anular a angústia que ela nos provoca.

A solução é o Amor, o verdadeiro amor, que nos une aos semelhantes, à Criação e a Deus.
As almas amadurecidas buscam o amor e não o encontram no exterior. É quando a religião não se satisfaz mais com as fórmulas simples das religiões populares.

Para dar mais amplo e racional entendimento do amor e da fé surgiu a Fraternidade Rosacruz. Ela preconiza o desenvolvimento paralelo da Mente e do Coração e mostra como isto é possível. O estudo da Filosofia Rosacruz nos previne contra os perigos do intelectualismo frio e pretencioso e nos revela, igualmente, as inconveniências do amor cego.

Em realidade, o amor é algo que deve ser cultivado. Um estudo dos aspectos teóricos e práticos do amor iluminará, em muitos de nós, pontos obscuros e dúbios e ressaltará erros na maneira de pensar e agir, acerca desse fundamental problema.

O amor é uma arte. Porém, a maioria das pessoas tem a convicção de que é uma sensação agradável que se experimenta por acaso, algo em que se “cai” quando se tem sorte.

Vemos que todos o perseguem. Ele é o tema constante dos romances, das canções, dos filmes e das novelas. Está sempre em voga. Mas quase ninguém pensa haver alguma coisa, a respeito do amor, que deva ser aprendida. Por que o povo pensa assim? Se atentarmos bem, há três premissas com que, consciente ou inconscientemente, isoladas ou combinadas buscam sustentar esse sofisma, origem de tantas desilusões.

A primeira premissa é esta: a maioria das pessoas pensa que o amor é mais uma questão de reunirmos recursos pessoais de atração, isto é, sermos requisitados, amáveis, admirados e não propriamente que devamos amar.

Na busca desse alvo, os seres humanos procuram o poder, a fama, a riqueza como meios de atração exterior e transitório. As mulheres buscam tornam-se atraentes. Ambos os sexos cultivam maneiras agradáveis, conversações interessantes, prestativas, modéstia, inofensiva, etc. Bem analisados, tais meios são os mesmos que hoje se empregam para “conquistar amigos e influenciar pessoas”. Isso que a maioria de nossa cultura considera ser amável é, essencialmente, uma mistura de ser popular e despertar atração física. Nada mais.

A segunda premissa, por trás dessa atitude de que nada há a aprender a respeito do amor, é a ideia de que o amor é mais uma questão de termos sorte de achar o ser ideal que nos ame e pelo qual sejamos amados. Não é, pois, uma faculdade que devamos desenvolver em nós. Tal atitude tem muitas razões enraizadas no desenvolvimento da sociedade moderna. Uma dessas razões é a grande mudança ocorrida no século XX, com relação à escolha do “objeto do amor” (o futuro esposo ou esposa). Na época vitoriana, como em muitas culturas tradicionais, o amor não era uma experiência pessoal e espontânea. O casamento era contratado por convenção, pelas famílias respectivas ou por um agente matrimonial. Julgava-se que o amor se desenvolveria depois de efetuado o matrimônio. Nas últimas poucas gerações o amor romântico se tornou quase universal. Grande número de pessoas anda a procura do “amor romântico”, da experiência pessoal de amor que acabe levando ao matrimônio. Mas esse novo conceito de liberdade no amor, na verdade, acentua a importância do “objeto do amor” em detrimento da importância da função, ou seja, da faculdade do verdadeiro amor que se deve cultivar. Os divórcios e desquites aí estão a atestá-lo. Ainda neste parágrafo convém ressaltar outro aspecto da cultura contemporânea: a ideia de um contrato em que se faz uma troca mutuamente favorável. Cada um, em vez de amar, procura tirar um “lucro” na transação matrimonial, ou seja, uma boa soma de qualidades que sejam populares e muito procuradas no mercador da personalidade. O que torna especificamente uma pessoa atraente depende da moda da época, quer física, quer mentalmente. Numa cultura em que prevalece a orientação mercantil, e em que o êxito material é o valor predominante, pouca razão há para surpresa no fato de seguirem as relações de amor humano os mesmos padrões de troca que governam os mercados de utilidades e de trabalho.

A terceira e última premissa que leva a ideia de nada haver para ser aprendido a respeito do amor, consiste na confusão entre a experiência inicial de cair enamorado e o permanecer no amor. Diz bem o provérbio: “a felicidade é facilmente conquistada, o difícil é conservá-la”. Se duas pessoas estranhas uma à outra, como todos somos, subitamente derrubam os muros que as separam e se sentem próximas, se sentem uma só, esse momento de unidade é uma das mais jubilosas e excitantes experiências da vida, para quem tem estado isolado, fechado em si, sem amor. Mas raramente é duradoura. As duas pessoas se tornam bem conhecidas, sua intimidade perde cada vez mais o caráter miraculoso e seu antagonismo, suas decepções, seu mútuo fastio acabam por matar tudo quanto restava da excitação inicial.

Essa atitude – a de que nada é mais fácil do que amar – tem continuado a ser a ideia predominante a respeito do amor, apesar da esmagadora prova em contrário. Dificilmente haverá outra atividade humana que comece com tão tremendas esperanças e expectativas e que, contudo, fracasse com tanta regularidade, quanto o amor. Se isso se desse com qualquer outra atividade, principalmente as que envolvem dinheiro, todos estariam ansiosos para saber das razões do fracasso, por aprender como se poderia fazer melhor. No caso do amor parece haver apenas um meio adequado de superar a falência amorosa: examinar as razões dessa falência e passar a estudar a significação do amor.

(Revista Serviço Rosacruz – 03/67 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Um caso de mendigos que decidiram mudar seus destinos

Um caso de mendigos que decidiram mudar seus destinos

Na Bíblia, lemos as seguintes palavras de sabedoria: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal”- II Cor 5;10.
Os Auxiliares Invisíveis precisam de conhecimento, pois é necessário se relacionar com vários tipos de pessoas, e por isso ser capazes de lidar com todo tipo de situação, quando são enviados em missões (serviço). A eles são dados os meios de levar adiante o trabalho a ser executado. Por meio da Consciência Jupiteriana, que é algo semelhante às cenas passadas em imagens, o Auxiliar Invisível mostra às pessoas, que irão ajudar, de que maneira devem proceder.

Existem algumas pessoas que são tão preguiçosas e negligentes como crianças malvadas e crescem para se tornarem preguiçosos incapazes. Você tem visto muitas destas pessoas (membros) na família humanidade. Sem dúvida, você tem se perguntado por que eles não se esforçam por elaborar melhores condições de vida para si mesmo. Eles tentam resistir a todos os esforços para serem melhores e seguirem a linha de menor resistência, que é mendigar ou furtar àqueles que lhes convém.

Aqui está uma história que mostra como algumas pessoas foram ajudadas numa noite, e como alguns mendigos decidiram dar uma mãozinha na construção de seus destinos. Os mendigos aproximaram de uma casa e planejaram roubar as pessoas que ali viviam. Um deles foi até à porta de uma casa para pedir comida. Caminhou até a porta, enquanto os demais permaneceram no quintal. O homem esperava entrar na casa, e assim, observar o que havia lá dentro, para que em seguida os demais pudessem aproveitar e roubar a família.

Aconteceu que dois Auxiliares Invisíveis estavam dentro da casa socorrendo uma pessoa enferma. Quando ouviram uma forte batida na porta os Auxiliares Invisíveis olharam para fora e viram o mendigo na porta e os demais no quintal.

“Irei até a porta”, disse a Auxiliar Invisível, pois sabia que as pessoas estavam nervosas e com medo.
“O que quer? “, a Auxiliar Invisível perguntou ao mendigo, após abrir a porta.

O mendigo pediu algo para comer. A Auxiliar Invisível, cuidadosamente, fechou a porta e foi pegar um pouco de pão e manteiga.

Ela entregou a comida ao mendigo, que parecida muito bravo, porque estava descontente. A Auxiliar Invisível, então, viu mais quarto mendigos próximos com olhares maldosos em seus rostos. A Auxiliar Invisível sabia que os mendigos estavam intencionados em roubar as pessoas e, então, resolveu impedir que isto acontecesse, se fosse possível. Ela foi até onde eles estavam e lhes falou.

“O que posso fazer por vocês? “, ela perguntou.

Os homens murmuraram algo sobre sua má sorte e a Auxiliar Invisível começou, imediatamente, a reprová-los por serem descuidados e preguiçosos. Ela lhes disse que a culpa era de cada um por serem pessoas difíceis e por isso não teria mais ninguém a quem culpar. A senhora Auxiliar conversou com cada um por vez, e disse a data e onde nasceu. E falou dos principais acontecimentos em cada uma de suas vidas.

Os mendigos ficaram tão surpresos que não sabiam o que fazer. Um dos homens chegou a afirmar que ela estava certa no que disse a seu respeito.

“Sim, é verdade”, disse outro homem.

A Auxiliar Invisível lhes contou de sua vida e de seus esforços para fazer o bem e ter êxito no seu trabalho e como ela trabalhou com o seu dinheiro para que fosse possível aproveitá-lo por mais tempo. Os homens a olharam com surpresa e admiração. O Auxiliar Invisível disse a ela que os tirasse de sua aura expandida. Quando a fez, os homens ficaram assustados.

“Senhora, os Anjos trabalham no céu? ” – perguntou um dos homens.

“Sim, eles trabalham no Céu” – a Auxiliar Invisível respondeu. “Os seres Humanos, Anjos e Arcanjos trabalham em toda parte do Universo. Todas as pessoas, tanto boas ou más, necessitam trabalhar nesta onda de vida”. Ela reafirmou que havia deixado bem claro a todos os mendigos que todo ser humano deve trabalhar pelo seu destino e que colhemos aquilo que semeamos.

Os cinco mendigos se viraram e foram embora calmamente, porém, muito mais instruídos do que quando chegaram. Eles acabaram mudando de opinião sobre o que iam fazer e decidiram que, a partir de agora, seriam pessoas melhores no futuro.

(IH – de Amber M. Tuttle)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Conceito de Liderança na Fraternidade Rosacruz: servo de todos

Conceito de Liderança na Fraternidade Rosacruz: servo de todos

O método Rosacruz de desenvolvimento evidencia-se de todos aqueles propugnados pelas demais Escolas filosóficas, em um aspecto primordial: liberta o estudante de toda influência externa. Embora seus membros constituam uma comunidade trabalhando em conjunto por um ideal comum, reconhecem que não há dois indivíduos iguais, e, por conseguinte, o trabalho evolutivo processa-se individualmente.

A própria Iniciação, tão apregoada por outras Escolas, e o que é pior, erroneamente conceituada por muitos como sendo uma mera cerimônia externa, oficializando a admissão de um novo membro, mediante certo preço, é encarada de um modo diametralmente oposto pelas verdadeiras Irmandades Ocultas. Nestas, o requisito indispensável e essencial à Iniciação é o desenvolvimento interno obtido por meio de esforços persistentes. Cada passo dado pelo estudante, mediante suas próprias forças, representa uma conquista inalienável. Ninguém evolui senão pelo próprio denodo. O crescimento espiritual processa-se de dentro para fora, pela “edificação do Templo sem ruídos de martelo”, e qualquer ensino ministrado fora desses princípios proporcionará um pseudodesenvolvimento.

Sujeitar-se incondicionalmente a alguém visando o crescimento anímico é dar um passo assaz temerário, via de regra findando em desilusão. Isto tem sido comprovado frequentemente, o que fundamenta nossa afirmação no sentido de que cada um deve construir o seu próprio alicerce espiritual.

Como fator que ratifica a emancipação de seus estudantes surge o fato de que na Fraternidade tudo é feito espontaneamente, com isenção absoluta de coação. Roga-se apenas que sejam respeitados os regulamentos. Todos os trabalhos executados bem como os donativos ofertados, o são voluntariamente, sem qualquer ação coercitiva. Certas atividades inclusive são até deficitárias, sendo mantidas com certo sacrifício para que os estudantes encontrem meios que concorram para o seu desenvolvimento. O próprio Max Heindel mantinha-se dentro de um caráter de espontaneidade, sendo contrário a tudo que parecesse padronização rígida, a fim de que tal não viesse limitar as atividades individuais. A consciência de cada um deve determinar como contribuir.

Eis, portanto, porque a Fraternidade Rosacruz não incentiva a formação de líderes em seu próprio meio. A liderança pode anular o caráter de espontaneidade que se evidencia numa Obra. Mas, dos males advindo este seria o menor. O mais grave é a sujeição da maior parte a uma minoria ou a um só indivíduo, no que concerne ao lado puramente espiritual. Isso pode ser constatado em algumas organizações, onde o líder inculca suas ideias em estudantes que a ele se subordinam cegamente, num flagrante desrespeito ao seu livre arbítrio. O líder debilita e restringe a ação e o desenvolvimento dos demais, cujas energias aplicam a seu bel prazer.

Líder no sentido comum da palavra é aquele que mercê de algumas qualidades o destacam na comunidade, coloca-se em posição de abjeta ascendência sobre os demais, agrilhoando-lhes a consciência, não raro chegando mesmo à prepotência.

Líder à luz dos mais elevados ensinamentos espirituais, embora num sentido teórico, é aquele que tendo avançado mais do que os outros, emprega seus talentos única e exclusivamente com o propósito de servi-los, jamais tolhendo-lhes a liberdade, e permanecendo, às vezes, quase que no anonimato. Seu caráter, seu trabalho, seu entusiasmo pelo ideal evidenciam-no como um exemplo a ser seguido.

Então, através desse prisma, o líder é o servo de todos!

(Revista Serviço Rosacruz – 08/67 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual é a essência ou ensinamento particular do verdadeiro Cristianismo?

Pergunta: Qual é a essência ou ensinamento particular do verdadeiro Cristianismo?

Resposta: Nos capítulos iniciais da Bíblia encontramos uma ordem dada à humanidade nascente, à qual foi concedida a liberdade de desfrutar do Jardim do Éden em estado de bem-aventurança. Foi-lhe imposta apenas uma restrição, a saber, “Não comas o fruto da Árvore do Conhecimento”. Se analisarmos esta ordem à luz de outras passagens, como: “Adão conheceu a sua mulher Eva, a qual concebeu e deu à luz a Caim”; “Adão conheceu Eva e ela deu à luz a Seth”; e a pergunta de Maria, “Como se fará isso, pois eu não conheço varão?” entenderemos facilmente que não era permitido à humanidade satisfazer sua natureza passional. O ensinamento esotérico proporciona-nos um conhecimento adicional de que esta função era exercida apenas em certas épocas do ano, sob a orientação dos Anjos, quando as linhas de força interplanetárias eram propícias e, consequentemente, o parto era indolor.

À vista deste conhecimento, podemos, também, entender melhor a suposta maldição: “parirás teus filhos em dor”- (Gn 3;16). A verdadeira razão é que o ato procriador é realizado quando as vibrações astrológicas não são favoráveis para esse fim. Portanto, o pecado ou a transgressão da lei cósmica instalou-se no mundo, causando sofrimentos incalculáveis. A Religião de Jeová foi dada ao mundo para corrigir esse estado de coisas. Esta é a religião da lei, prescrevendo penalidades por transgressões e antepondo o temor da lei aos desejos da carne. Aprendemos que a lei era o mestre que conduziria a humanidade a Cristo. Não obstante, o ser humano rebelou-se contra ela o tempo todo, sendo necessário lhe infligir castigos severos para mantê-lo dentro da conduta moral desejada. Sob o regime de Jeová, a humanidade dividiu-se em nações, que costumavam punir-se, mutuamente, por suas transgressões através das guerras e da peste. Recorriam-se às guerras para garantir a obediência, e o Antigo Testamento conclui prometendo as nações batidas que sangravam: “Nascerá o Sol da justiça e estará à salvação sob as suas asas” (Malaquias 4;2). Em seguida surge a Religião de Cristo e a mensagem angélica que anunciou o Seu nascimento: “Paz na Terra e boa vontade entre os homens” (Lc 2;14). Este é a inicio do Novo Testamento. No fim há uma visão da consumação, quando todas as nações se reunirem numa cidade celestial, onde não haverá lugar para a luxúria e a paixão – onde não haverá casamento porque a morte terminará tornando desnecessário novos nascimentos de corpos, onde a paz e o verdadeiro amor reinarão, onde o perfeito amor introduzido pela Religião de Cristo expulsará todo o medo gerado sob a Religião de Jeová. Assim, a essência do ensinamento Cristão consiste na suplantação das leis do pecado e da morte pelo amor, que restaurará a imortalidade.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. II – pergunta 89 – Max Heindel)

Idiomas