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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Li um artigo publicado em dezembro de 1947 no “Saturday Evening Post” sobre o trabalho do Sr. Stanley Jones em unir todas as Igrejas Cristãs. O que pensa a Fraternidade Rosacruz a respeito desse movimento?

Resposta: A missão do Cristo é unificadora, promovendo o sentimento de fraternidade entre todos nós, portanto, todos os esforços dispendidos para dissolver barreiras de Raça, Religião, etc., realizando uma justa união de toda a Humanidade são profundamente elogiáveis.

Analisando-se racionalmente o problema das querelas existentes entre os credos Cristãos, observa-se certa incoerência ou um contraste aos ensinamentos básicos do Cristianismo. Cristianismo, em essência, é amor e não conflitos.

Hoje, quando a unificante força de Cristo se manifesta em cada fase da realização humana, não nos é estranho que pessoas como o Stanley Jones, expoente da Religião Cristã Protestante, promovam movimentos de unificação. Há premência de trabalhos dessa natureza num período crítico de transição, como este pelo qual passamos.

Com referência ao tema de unificação das Igrejas Cristãs é mister recordarmos certas afirmações de Max Heindel num artigo que escreveu, aludindo-se à importância de se oficiar os Rituais: “cada uma das Religiões Cristãs Protestantes luta atualmente para resolver o problema da vida segundo suas próprias concepções. Em cada uma delas soa uma nota diferente. Falham, portanto, ao passo que a Religião Católica ainda mantém forte ascendência sobre seus seguidores, em virtude do ajustado poder do Ritual[1].

Sem dúvida alguma há certa união no seio do Catolicismo, porquanto não se cogita de empreender disputas inúteis em relação a detalhes. Os fatores “livre arbítrio e predestinação” não constituem motivos de dissidência entre os católicos. As palavras de Abraham Lincoln: “Na essencial unidade, e não na essencial liberdade, devem ser observadas antes de qualquer iniciativa visando à união das Igrejas” [1].

“O emprego do ritual nas Igrejas Cristãs Protestantes poderia ser observado sob dois ou talvez três aspectos. Poderia consistir na leitura de certos trechos bíblicos, dispostos de maneira a se tornarem um serviço conectado e consecutivo. Alguns Rituais poderiam ser elaborados de modo a se adaptarem a determinadas festividades, ao passo que outro poderia ser utilizado nas práticas mais corriqueiras. As cerimonias da Igreja Protestante Episcopal poderiam ser adaptadas em sua forma atual ou em outra modificada. Poder-se-ia utilizar um ritual elaborado especialmente por um ocultista com possibilidades de manter-se em contato com as fontes cósmicas de conhecimento. Esse talvez seja o mais eficiente para a realização do fim colimado, porém, antevemos uma série de dificuldades quanto a sua aplicação. Antes de qualquer ritual produzir o efeito sobre um grupo de pessoas, estas deverão se sintonizar com ele. Esta ação diz respeito ao trabalho sobre seus Corpos Vitais”.

“O Corpo Vital é o veículo da memória. O ritual católico afeta diretamente o Corpo Vital de seus seguidores. As orações repetidas, o tempo e a tonalidade dos vários cantos e o incenso exercem uma influência toda especial no veículo etérico, gravador por excelência. Eis porque os sacerdotes católicos concentram seus esforços de uma maneira bem acentuada sobre as crianças. ‘Dai-nos uma criança até aos sete anos e ela será nossa para sempre’. Através da repetição imprimem suas ideias nos Corpo Vitais dos infantes, extraordinariamente maleáveis. Não importa que seja o ritual oficiado em língua desconhecida para os assistentes, pois essa mensagem vibratória é um canto divino e colorido, intangível por todos os Espíritos”.

“Os ministros protestantes operam com a natureza emocional (via Corpo de Desejos), demonstrando não compreenderem a inutilidade de seus esforços, pois estão lidando com um veículo que impulsiona o ser humano, despertando emoções e sentimentos dos mais variados, induzindo os membros das igrejas a buscarem algo novo e sensacional. Eis a razão do número inconstante de fiéis nas seitas protestantes” [1].

“Alguns católicos postam-se contra sua igreja de origem. Alguns chegam mesmo a combatê-las, porém, subconscientemente permanecem católicos até o derradeiro dia de suas existências. O Corpo Vital é difícil de ser mudado. As linhas de força nele produzidas durante o seu período gestatório são mais fortes do que qualquer esforço individual” [4].

“Se desejamos mudar as tendências do mundo, impelindo os seres humanos à busca de ideias superiores devemos antes de qualquer coisa iniciar o trabalho pelas crianças. Se as reunirmos diante de um altar, ensinando-lhes a amar a Casa de Deus e imprimirmos em seus Corpos Vitais as vibrações de determinadas preces, formaremos belos caráteres, estreitamente ligados ao ideal. Construiremos gradativamente ao redor da estrutura de pedra, um templo invisível de luz e da vida, tal como descreve Manson no “The Servant in The House” [1].

 (Publicado na Revista Serviço Rosacruz – outubro/1968 – Fraternidade Rosacruz-SP)


[1] N.R.: da Pergunta nº 161 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” Volume II -Fraternidade Rosacruz – Max Heindel.

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