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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Parece-me perfeitamente lógico que deve haver um Corpo mais sutil tal como você chama de Corpo Vital, mas há algum modo que alguém possa provar isso a um amigo que é muito cético e argumentador?

Resposta: “Um homem persuadido contra sua vontade continua, dentro de si, com a mesma opinião”[1], diz um provérbio antigo, e isso é verdade. Enquanto seu amigo estiver propenso a discutir e não inclinado a examinar as provas com uma Mente aberta, será uma perda de tempo tentar fazê-lo mudar de opinião. Sugeriríamos que você pare de discutir; ele poderá, então, ficar ansioso e propenso a descobrir algo mais. Quando isso acontecer, haverá várias maneiras de provar a existência e realidade do Corpo Vital. Podemos citar algumas.

Em primeiro lugar, há a máquina fotográfica. Talvez você possa encontrá-la em sua cidade, entre os espiritualistas, alguém que esteja capacitado a tirar “fotografias de espíritos”. Embora haja truques bem conhecidos pelos fotógrafos, que permitem a composição de tais fotografias, no entanto, em determinadas condições, foram tiradas fotos de pessoas que passaram para o além sem que houvesse nisso qualquer vislumbre de fraude. Essas pessoas se revestiram de Éter, material com o qual o Corpo Vital é formado, e que é visível às lentes fotográficas. O próprio escritor já foi apanhado por uma câmara ao viajar, em seu Corpo Vital, de Los Angeles a San Pedro para ver um amigo a bordo de um navio a vapor. Isso aconteceu porque me coloquei entre esse amigo e a câmara de outro amigo que estava justamente tirando uma foto instantânea do navio, e a semelhança foi tão boa que fui reconhecido por várias pessoas.

Temos, também, o fenômeno dos cachorros seguindo a trilha de certas pessoas por meio do odor obtido das roupas que elas usaram. Essas roupas ficam impregnadas pelo Éter do Corpo Vital, Corpo esse que se expande cerca de uns quatro centímetros além da periferia do Corpo Denso. Assim, a cada passo que damos, a Terra é penetrada por esse fluido invisível e radiante. Entretanto, verificou-se certa vez, que cães de caça da raça sabujo seguindo o rastro de um criminoso fugitivo falharam e perderam a pista, porque o fugitivo usava patins, evadindo-se através do gelo. Isso lhe permitiu ficar acima do solo, de forma que o Corpo Vital, que se estendia além de seus pés, não impregnou o gelo e, por conseguinte, não havia odor pelo qual os cães sabujos pudessem segui-lo. Resultados similares foram obtidos por uma pessoa que andou sobre “pernas de pau” no local do crime cometido por ela.

Há também o caso do curador magnético que retira do seu paciente as partes doentes do Corpo Vital, as quais são substituídas por Éteres novos que permitem às forças vitais circularem através do órgão físico afetado e, desse modo, realizar a cura. Se o curador magnético não tiver o cuidado de se livrar do fluido etérico negro, de consistência gelatinosa, miasmático, que ele atraiu para seu próprio Corpo, ele cairá doente, e se não existisse tal fluido invisível do qual falamos, o fenômeno da recuperação do paciente e a posterior doença do curador magnético não poderia acontecer.

Finalmente, podemos dizer que se você puder achar as condições e ir ao fundo da questão, há uma maneira e uma condição que permitem a muitas pessoas ver o Corpo Vital com os próprios olhos. Isso pode ser realizado mais facilmente em lugares onde os mortos são enterrados rapidamente logo após a morte. Escolha um período tão próximo quanto possível da Lua Cheia. Então, procure nos noticiários (jornais, internet, etc.) as notícias sobre falecimentos nas últimas vinte e quatro horas e vá ao cemitério na noite seguinte ao enterro da pessoa. Provavelmente, você poderá ver por cima do túmulo recém-fechado, flutuando ao luar, a forma tênue do Corpo Vital que permanece ali e que se decompõe sincronicamente com o Corpo Denso que jaz no túmulo. Isso pode ser observado em qualquer ocasião por um Clarividente, mas só se torna suficientemente denso e visível para a pessoa comum na primeira noite após o funeral. Se não puder vê-lo a princípio, ande ao redor do túmulo e olhe firmemente em sua direção a partir de ângulos diferentes. Terá, então, a mais convincente prova ocular que poderá ser fornecida a seu amigo.

 (Pergunta nº 131 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: de Mary Wollstonecraft (1759-1797), escritora, filósofa, e defensora dos direitos da mulher, inglesa.

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Pergunta: Durante o período de tratamento de um paciente, podemos eliminar as vibrações da enfermidade de modo que elas não voltem depois do término desse tratamento?

Resposta: Supomos que esta pergunta se refere ao tratamento magnético da doença, e podemos dizer que este método de cura consiste inteiramente na remoção das vibrações doentias pela absorção destas no corpo do curador, que deve ter suficiente vitalidade para lançá-las fora de si, caso contrário, ele também ficará doente. A questão já foi explicada anteriormente em nossa literatura, mas, se for analisada sob outro ângulo, poderá tornar-se interessante ou instrutiva.
Quando alguém observa com a visão espiritual uma pessoa doente, o corpo vital do paciente parecerá delgado e macilento na proporção dos estragos causados pela doença. Não haverá linhas radiantes saindo dele como quando seu corpo está são, mas veremos uma emanação doentia em forma de redemoinhos e espirais suspensos junto ao Corpo Denso. Ao invés da cor púrpura rosada, geralmente observamos uma cor cinza-escura em várias partes, e o lugar particularmente atingido encontra-se envolto em algo parecido a uma massa gelatinosa preta.
Reconhecemos isto como vibrações da enfermidade, e quando a pessoa é submetida a um tratamento de cura magnético, é esta massa preta venenosa que é absorvida pelas mãos do curador. Quando ele a joga fora por um movimento vigoroso dos braços, ela cai no chão. Se o paciente estiver perto dessa massa caída, ele a reabsorverá. Portanto, o autor costuma sempre lançar estas emanações para fora da janela ou numa lareira onde elas possam ser queimadas. Assim, não causarão mais danos.
Enquanto estamos abordando este assunto, será útil expor outro aspecto da questão, assim como o método de cura. Quando um órgão está doente, ele gera uma substância tóxica que o envolve impedindo que as correntes do Corpo Vital passem através dele. A função do curador magnético é simplesmente limpar o órgão desses miasmas, abrindo assim o caminho para o influxo das correntes vitalizadoras que favorecem a saúde. Geralmente, o alívio é temporário, pois o órgão fraco e doente continua a produzir esses miasmas, o que leva o curador magnético a ter que agir novamente. Esse tratamento prossegue até que as correntes vitais se tornem suficientemente fortes para elas próprias neutralizarem e expulsarem essa substância tóxica, limpando assim o órgão. Então, a saúde é restabelecida.
O médico osteopata enfoca o assunto do ângulo oposto, manipulando os nervos, que são as avenidas para as correntes vitais. Isto fortalece essas correntes que começam a dispersar o miasma que está na parte afetada do corpo. No entanto, isto requer uma série de tratamentos para que a saúde se restabeleça, pois, o miasma tóxico bloqueia novamente os nervos logo após o médico interromper as suas manipulações. Por conseguinte, parece ao autor, embora nunca tenha tentado isto, que uma combinação dos dois métodos, a abertura das correntes nervosas fortalecendo-as por meio dos tratamentos osteopáticos e, ao mesmo tempo, a remoção do miasma tóxico pela cura magnética, tendo o cuidado de queimá-lo ou eliminá-lo, facilitaria maravilhosamente o tratamento da doença.

(Perg. 43 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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Pergunta: Durante uma fase de tratamento, podemos destruir as vibrações da enfermidade para que elas não voltem depois desse tratamento ter terminado?

Resposta: Se lêssemos nas entrelinhas, sentiríamos nesta pergunta duas dificuldades muito comuns na prática da Osteopatia e aos métodos afins de tratamento pela imposição das mãos. Nesse processo há duas operações distintas. Uma, é a de retirar do paciente uma substância venenosa e prejudicial, provocadora da doença; a outra, consiste numa emissão de energia vital realizada pelo próprio médico. Todos que já realizaram esse tipo de trabalho sabem disto, porque foi e é sentido pelos que obtiveram sucesso por essa forma. No entanto, a menos que o médico ou curador estejam transbordando saúde, duas coisas são passíveis de acontecer: ou o miasma humano retirado do paciente poderá afligi-lo de modo que, para usar uma expressão comum, “eles passam a assumir o estado” do paciente ou, ao transmitirem uma quantidade expressiva da sua própria energia vital, ficarão completamente exauridos. Ambas as condições podem combinar-se e, então, chega o dia em que o médico ou o curador fica completamente esgotado e é forçado a repousar.
Curadores magnéticos, considerados não científicos, escapam frequentemente da primeira condição citada “livrando-se do magnetismo”, como dizem, mas estão todos sujeitos a um esgotamento. Isso é algo que ninguém consegue escapar, salvo aquele que pode ver o eflúvio etérico que extrai e o fluido vital que transmite. A maioria das pessoas atuam como vampiros quando doentes, e quanto mais fortes e robustas elas normalmente são, pior se tornam quando a doença as derruba na cama.
Nunca me senti tão doente como depois de ter tratado um gigante que, ao sofrer de uma intensa inflamação dos rins, ficou acamado por mais de duas semanas. Assistir à sua agonia foi terrível, e dei-me inteiramente a ele, chegando a um estado de esgotamento total. O paciente, no entanto, levantou-se no dia seguinte melhor do que nunca. Tinha-lhe transferido a minha vitalidade, e eu absorvi a sua doença ou, pelo menos, os eflúvios dela, dos quais só consegui me livrar após três dias. Isso aconteceu, claro, antes de _eu ter adquirido a visão espiritual.
Desde então, adquiri um conhecimento considerável neste campo, e o consulente achará a seguinte indicação valiosa por evitar essas condições indesejáveis: Primeiro, fixe o seu pensamento firmemente de maneira a não permitir que o eflúvio miasmático que deixa o corpo do paciente penetre em seu corpo além do cotovelo.
Segundo, ao ministrar o tratamento deixe o paciente de vez em quando e lave as suas mãos, se possível, com água corrente, mas, de qualquer maneira, lave-as sempre e troque a água tantas vezes quanto possível. A água tem um efeito duplo. Em primeiro lugar, o miasma saindo do corpo do paciente tem uma afinidade com a água. Em segundo lugar, a umidade que fica em suas mãos capacita-o a retirar o miasma do paciente numa medida que, de outra forma, ser-lhe-ia difícil.
O princípio que rege este processo é o mesmo quando pegamos os eletrodos de um acumulador elétrico e colocamo-los na água. Assim, descobrimos que o efeito da eletricidade se intensifica muitas vezes mais se tentarmos tocar a água.
Da mesma forma conosco: seríamos o acumulador elétrico no caso, e nossas mãos estando úmidas iriam atrair o miasma para nós numa intensidade muito maior do que de outra forma. Se as condições não permitirem a obtenção de água, devemos tentar livrar-nos do magnetismo, mas será necessário sermos cautelosos, porque quando lançamos o magnetismo para fora, ele é atraído para a terra por estar sujeito à gravidade. Para a visão espiritual, é um fluido escuro, um tanto preto, semelhante a uma gelatina. Ele fica no solo tremeluzindo e ondulando. Mas, se o paciente aliviado levantar-se da cama onde o tratamento foi feito e for para o local onde este magnetismo foi jogado, o miasma entrará novamente no seu corpo e ele ficará em piores condições do que antes de ter iniciado o tratamento. Portanto, o melhor procedimento é lançar esse miasma para fora da janela, ou ainda melhor, colocá-lo numa lareira e queima-lo.
Segundo o que foi dito, torna-se evidente que a imposição das mãos é algo que não deveria ser praticado indiscriminadamente por qualquer um que não tenha passado por um período de treinamento numa das várias escolas adequadamente equipadas de Osteopatia, Quiroprática, etc. Na escola Rosacruz, os Probacionistas que levam vidas dignas são treinados sob a orientação especial dos Irmãos Maiores.

(Perg. 42 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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