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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Fome por Abundância

Por paradoxal que seja, a verdade é que há muita gente desnutrida e faminta em meio à abundância. Segundo os nutricionistas e os profissionais que estudam o assunto, isso se deve, principalmente, ao excesso de alimentação, bem como ao consumo de alimentos inapropriados.

Afinal, o Corpo Denso se nutre somente de substâncias capazes de ser digeridas e assimiladas. Os elementos inaproveitáveis se convertem em venenos dentro do organismo.

As pessoas consomem, em excesso, uma gama variada de alimentos desvitalizados, antinaturais, nocivos, malsãos.

Como resultado veem sua saúde em progressiva decadência. As enfermidades e doenças, especialmente as de natureza degenerativa, alcançam proporções aterradoras. Os indivíduos mesmo aparentemente saudáveis, ou quando se crê que o são, ao passarem por um exame médico, revelam sofrer de uma ou outra doença ou enfermidade. Mais dia menos dia acabarão num leito de hospital, numa mesa de cirurgia ou no túmulo (ou em um crematório).

Frequentemente ouve-se dizer que algum amigo, alguma amiga ou conhecido ou conhecida, repentinamente se viu acometido de diabetes, asma, trombose coronária, infarto, acidente vascular, câncer, ou algum outro mal degenerativo. Os órgãos de comunicação também noticiam casos de pessoas que foram internadas em um hospital ou morreram vitimadas por um ataque cardíaco fulminante, um acidente vascular cerebral fatal, na flor da idade.

A alimentação adequada não constitui apenas um medicamento efetivo para as doenças ou enfermidades físicas, como também para as mentais. As deficiências do processo metabólico, o qual consiste em converter os alimentos em energia, tecidos e secreções no corpo humano, se originam de dietas pobres, com açúcar e farinhas brancas em demasia e escassez de frutas, verduras, legumes e hortaliças.

São sérios e bem conhecidos os transtornos devidos ao consumo exagerado de gorduras. Para evitá-las recomenda-se não ingerir alimentos gordurosos ou frituras, tomar diariamente alguns copos de água não muito gelada e comer frutas, no mínimo, três vezes ao dia.

O suco de frutas não deve ser conservado durante muito tempo após sua extração, pois dez ou quinze minutos após perderá a maior parte de suas enzimas, ou seja, essas partículas que conduzem a atividade vital ao corpo. O suco de vegetais cultivados em solos tratados com adubo orgânico é incomparavelmente mais rico em enzimas que os procedentes de solos adubados quimicamente. Os agricultores deveriam levar em conta esse fato e, graças à Deus, há muitos que já levam!

A desnutrição campeia entre pessoas habituadas a uma dieta composta de “alimentos incompletos ou de enganoso poder nutritivo, como batatas fritas, doces, chocolate, refrescos e afins. O pior de tudo é que o dano produzido é muito sério, afetando quem se habitua a tão equivocada dieta, como também a seus descendentes.

Uma alimentação à base de gorduras animais é a causa do crescente registro de enfermidades e doenças cardiovasculares. O excesso de gorduras conduz a uma degeneração prematura do fígado, do coração, do pâncreas, dos rins e das artérias. E como os efeitos prejudiciais dos maus hábitos alimentares não se notam de imediato, atribui-se a outras causas as doenças e enfermidades que provocam.

São poucos os indivíduos capazes de atribuir os resfriados, a asma, a artrite, os males cardíacos e desvios mentais às condições tóxicas do organismo. Encontramos no estômago a origem de muitas enfermidades e doenças.

Dá-se pouca importância ao verdadeiro valor nutritivo dos alimentos que, ao invés de recomendar-se consumi-los em seu estado natural – frescos e crus – considera-se um avanço econômico e tecnológico, o funcionamento de indústrias voltadas a enlatar, desidratar e conservar por meios químicos produtos tais como o leite, frutas, verduras, legumes, ovos e outras substâncias. Tal consumo equivale a forrar o estômago com pedras ou algo parecido. “Que homem há entre vós a quem, se seu filho pedir pão, dar-lhe-á pedra? E se lhe pedir peixe, dar-lhe-á uma serpente?” (Mt 7:9-10).

 (Traduzido de texto do Departamento de Cura da The Rosicrucian Fellowship e Publicado na Revista Serviço Rosacruz de junho/1978)

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