A cruz é o símbolo oculto da vida humana em sua relação com as correntes vitais. O madeiro vertical superior nos representa, o ser humano, que recebemos a energia solar verticalmente e a Força Crística do interior da Terra. O madeiro horizontal configura o corpo animal, por cuja espinha dorsal perpassa as correntes circulantes pelo nosso Planeta. O madeiro vertical inferior simboliza o Reino vegetal.
A cruz representa o conflito entre as duas naturezas aludidas por S. Pedro quando nos ensinou (IPd 2:1): “Eu vos rogo que vos abstenhais dos desejos carnais que lutam contra a alma”. Sob tal ponto de vista são muito significativas as palavras de Cristo: “Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Lc 9:23).
É comum ouvir falar de sofrimentos, de alguma limitação física ou alguma dura experiência como uma “cruz” que se carrega. Em certo sentido a comparação é exata, se a aflição é causada por outrem. Como exemplo podemos citar o sofrimento do Cristo pela Humanidade, seu confinamento a um mundo de baixa vibração, como o nosso.
Que comparação podemos estabelecer entre essa limitação do Mestre e os nossos pesares, por grandes que sejam? No entanto, recebemos nossa cruz em proporção as nossas forças. Mas, a cruz que tomamos após Cristo é a mesma vida terrestre que lhe dedicamos no serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível) focado na divina essência oculta nos irmãos, nas irmãs e em nós – que é a base da Fraternidade.
A doença ou enfermidade pode nos deixar preocupados, porém, se constitui uma parte de nossa cruz, chega a se converter em benção, até a saúde se refletir no Corpo Denso.
Nestes conturbados dias, quem serão aqueles que tomarão a sua cruz e seguirão o Mestre amado?
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – julho/1976 – Fraternidade Rosacruz – SP)
Mês de Novembro: Senhor Cristo passa pelo Mundo do Desejo – o Corpo de Desejo do Planeta Terra
A força Crística dourada, descendo da fonte do Sol, tocando a partir do lado externo da atmosfera terrestre no Equinócio de Setembro, como antes mencionado, passa pelo Mundo do Desejo durante novembro (Escorpião).
Esse é um tempo propício para que o discípulo trabalhe na purificação da sua natureza inferior e, assim, se torna mais habilitado para auxiliar os Seres Superiores em seus trabalhos de purificação da camada astral (N.T.: o Mundo do Desejo) da Terra. Um esforço suplementar é, então, feito para torna-lo um servidor consciente mais eficiente tanto nos planos internos como nos externos da vida.
Em estágios evolutivos anteriores do desenvolvimento humano a Hierarquia de Escorpião, que preside o mês zodiacal de novembro, auxiliou o despertar do Ego (N.T.: o Espírito Virginal manifestado, nós) no ser humano (N.T.: nos seus Corpos: Denso, Vital e de Desejos) e, fazendo isso lançou o ser humano na estrada da individualização. Durante o presente estágio de evolução humana o discípulo, trabalhando sob a orientação dos Senhores da Individualidade (Libra) e dos Senhores da Forma (Escorpião), está aprendendo a substituir a sua capacidade de fazer valer a própria opinião diante de outras pessoas pela humildade e pelo sacrifício pessoal do “eu” pelo impessoal “nós”; em outras palavras, atualmente vive-se o ideal de O MAIOR BEM PARA O MAIOR NÚMERO.
(Você pode ter mais material para estudos em: Interpretação Mística da Páscoa – Alegorias Astronômicas da Bíblia – Max Heindel; O Maravilhoso Livro das Épocas – Vol. VI – Vol. VII – Vol. X – Corinne Heline)