Resposta: Isto depende da natureza da doença e da inclinação característica ou habitual do paciente ou, ainda, do modo que o paciente responde emocionalmente. Se for um caso de uma perna fraturada, é óbvio que se deve recorrer a um ortopedista que sabe como proceder. Se houver uma perturbação interna e se for possível consultar um profissional de saúde que pratique a medicina oficial ou tradicional e que tenha conhecimento amplo sobre o assunto então, em certos casos, ele é a pessoa certa a recorrer.
Se, por outro lado, um curador mental, um curador da Ciência Cristã ou qualquer outro que tenha uma mentalidade espiritualizada puder ser contatado, ele poderá ajudar uma pessoa que seja forte na fé, pois, da mesma forma que um diapasão de um certo tom responderá quando outro diapasão do mesmo tom for tocado, assim também uma pessoa que é forte na fé responderá de forma receptiva ao ser ajudada por tal tipo de curador. Mas, quando falta a fé no paciente nos métodos adotados, é muito melhor ele procurar um profissional da saúde que pratique a medicina oficial ou tradicional em quem o paciente tenha confiança, pois, a saúde ou a doença dependem quase que exclusivamente do estado e emocional da pessoa em um específico caso e, nas condições da doença ou enfermidade em que a pessoa está debilitada, ela se torna hipersensível e não deve ser contrariada em suas preferências.
Além disso, por melhor que seja qualquer processo de cura, os efeitos sobre uma determinada pessoa serão benéficos ou não, na exata proporção da fé dessa pessoa nesse específico poder de cura.
(Pergunta nº 37 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
Um diapasão somente responderá a uma vibração se houver correspondência vibratória entre ambos (diapasão e vibração). Caso não ocorra essa sintonia, significa que não há suscetibilidade entre o diapasão e a vibração, sendo possível afirmar que aquele som é inexiste para ele. Do mesmo modo, o ser humano necessita de um elo interno para perceber ou sentir as vibrações que o envolve constantemente. “Só podemos entrar em contato com ideias, pessoas e situações com as quais estivermos afinados, ou seja, sintonizados”.
Neste sentido, Max Heindel sugere aos Estudantes Rosacruzes que sempre leve em consideração o nível espiritual, socioeconômico, cultural, ambiental e o contexto de uma pessoa antes de realizar análises de um horóscopo, pois tais características fornecem dicas sobre o “diapasão do irmão ou da irmã”. Sem essas noções básicas, o Astrólogo Rosacruz pode cometer equívocos de interpretação em qualquer mapa astrológico. Na mesma lição, Max Heindel mostra que quanto mais um irmão ou irmã: cuidar menos da sua parte espiritual (ou até não cuidar nada!), está preso a condições jeovísticas de espiritualidade ou somente ao Cristianismo popular (ou exotérico), dar sua razão de vida às coisas materiais e/ou se declara (e insiste em viver como) ateu ou agnóstico, menor será sua suscetibilidade a quantidade de vibrações astrais e maior será sua resposta às mesmas. Por exemplo, os referidos irmãos e irmãs, normalmente, fundamentam seu credo na subsistência e na gratificação dos sentidos. Vivem para comer, beber e se divertir. Sua expressão emocional é claramente forte e impulsiva, além de individualista e bruta.
O único modo pelo qual refreiam seus impulsos é por meio do medo e do temor, quando a ampulheta saturnina lhes revela o tempo de colheita. Ou seja, Saturno instala neles as necessidades físicas (por ser o único meio de ressonância que respondem) que normalmente são expressas como doenças. Desse modo, toda a braveza egoísta e impulsiva se torna branda e obediente. Nesse ponto, as vibrações do Planeta Marte desempenham papel fundamental na promoção da tendência animalesca e individualista desses irmãos e irmãs enquanto Saturno, que emana vibrações que limitam ou restringem, mostra pela dor o caminho de volta ao Pai. Finalmente, a Lua instala, nesse bravo e impulsivo irmão ou irmã, uma Mente infantil colorida pelo medo pelo temor necessário para o fazer suscetível a temer algo superior e intangível.
Por outro lado, irmãos e irmãs que estão na outra ponta da escala evolutiva (estudam e vivem no dia a dia o Cristianismo Esotérico) demonstram maior suscetibilidade à quantidade de Astros e menor resposta aos mesmos. Tal fato ocorre porque as pessoas com maior realização espiritual tendem a demonstrar maior força espiritual (sua força de vontade é focada para tal direção). Essa força os torna capazes de reger seus próprios Astros. Além disso, a sutileza do seu Tríplice Corpo e da Mente permite que percebam maiores quantidades de vibrações astrais, muito além daquelas percebidas pelo irmão ou irmã que pouco caminhou na escala de evolução espiritual. Em outras palavras, o irmão ou irmã que se esforça em seu crescimento espiritual terá maior quantidade de diapasões ou um diapasão com diversas tonalidades capazes de responder a vibrações amplas e, também, uma força espiritual que a torna capaz de trabalhar volitivamente com tais vibrações.
Pelo uso da lógica, podemos perceber que no horóscopo daqueles irmãos e irmãs que vivem para beber, comer e gratificar seus sentidos podem ser facilmente interpretados pela análise de Marte, Lua e Saturno. Já no horóscopo dos irmãos e irmãs com sensibilidades espirituais mais apuradas devem ser interpretados levando em consideração muitos outros Astros do nosso Sistema Solar. E mesmo que essa interpretação seja realizada com grande fidelidade, a força de vontade do irmão ou da irmã pode mudar completamente seu destino e suas tendências.
É possível aprimorarmos nosso diapasão interno à medida que aprendamos a utilizar nossos pensamentos, imaginação e faculdades criadoras para entrarmos em contato com conceitos espirituais, atualmente considerados como ideais, por meio do Cristianismo Esotérico, como preconizado, por exemplo, pela Fraternidade Rosacruz. Essa prática permite criar os pontos de contato necessários para que as vibrações desses conceitos sejam ressoadas dentro de nós. Assim, não mais passarão como invisíveis para nós, mas realizarão seu efeito em nossas vidas. Há pobreza geral, na maior parte dos irmãos e irmãs, sobre o que significa conceitos espirituais. Eles são, de certo modo, sutis ou abstratos demais para serem expressos com as referências materiais que temos a disposição ou que nossa Mente mineral pode processar.
Se o Aspirante a vida superior empregar sua força de vontade (por meio do estudo, da aplicação no seu dia a dia do que estudou, da meditação e da imaginação), e se esforçar por entrar em contato com os significados dos conceitos espirituais, poderá gradativamente criar correspondência vibratória interna para responder aos mesmos. Uma vez compreendido os significados dos conceitos que escolheu estudar, praticar e entrar em contato, poderá imaginá-los como parte de si; como podem ser expressos por outros irmãos e irmãs e por ele próprio; estabelecendo uma pintura mental viva desses conceitos manifestados em sua vida e em plenitude.
Sabemos que é mais eficiente navegar para o norte quando o vento também “sopra” para o norte. Também sabemos que é mais eficiente nadar grandes distâncias a favor da correnteza, quando a maré está cheia. Do mesmo modo, quando o Sol transita por um Signo zodiacal ou quando um Astro está forte, se focalizarmos nossa energia espiritual para visualizarmos e entrarmos em contato com os conceitos espirituais relacionados aos mesmos, alcançaremos maior eficiência e com maior facilidade. Um exemplo dessa prática cotidiana foi maravilhosamente descrito por Corinne Heline, em sua obra “Os doze dias Santos”. Nessa obra, Corinne Heline nos mostra a melhor época e como podemos meditar sobre os conceitos dos Signos que são derramados sobre nós com maior intensidade, quando o Sol transita por eles. Outra maneira de realizar esse exercício é pelo estudo das palavras-chave dos Signos e dos Astros.
Com essa prática, o Aspirante à vida superior, gradativamente, passará a notar a manifestação real desses conceitos, não apenas em seu ambiente, mas também na natureza e nos irmãos e irmãs que também já aprenderam a manifestá-los. Com o tempo, conceitos que eram abstratos para ele passam a ser concretos. Nessa condição poderá trabalhar com essa nova vibração que, agora, se tornou realidade em sua vida.
Note que antes da mencionada prática, todos esses conceitos estavam invisíveis para o Aspirante à vida superior, assim como uma vibração diferente do tom de um diapasão é inexistente para ele. Essa será a maior evidência de que está sintonizado com as vibrações astrais que antes não respondia, e, desse modo, tornou seus veículos suscetíveis a maiores e mais elevadas vibrações. Se desenvolvermos o hábito de praticarmos tais exercícios como conteúdo de estudos e meditações, gradativamente aumentaremos a sensibilidade de nosso diapasão e teremos, a nossa disposição, muito materiais novos para transformar nosso caráter e, consequentemente, nosso destino.
Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz
Pergunta: Às vezes é afirmado que temos o direito de pensar o que quisermos e que não somos responsáveis pelos nossos pensamentos. Isso é verdade do ponto de vista oculto?
Resposta: Não, não é verdade. Pelo contrário, precisamos recorrer ao que é geralmente chamado de ocultismo para encontrarmos essa ideia expressa por Cristo no Sermão da Montanha, onde Ele nos diz: “O homem que olhou para uma mulher e a desejou já cometeu adultério”. Somente quando nos conscientizarmos de que o ser humano é o resultado do que pensa em seu coração, é que teremos uma concepção de vida muito mais clara do que se levarmos em consideração apenas os atos dos indivíduos, pois cada ato é o resultado de um pensamento prévio. Contudo, esses pensamentos nem sempre são só os nossos.
Quando tocamos um diapasão, se houver outro do mesmo tom por perto, não somente aquele irá soar, mas o outro também começará a fazê-lo, por afinidade. Da mesma forma, quando emitimos um pensamento e outra pessoa ao nosso redor tem um semelhante, estes se fundem e se fortalecem para o bem ou para o mal, de acordo com a natureza do pensamento. Não é mera fantasia quando na peça intitulada “A Hora Enfeitiçada”, o protagonista procura ajudar um criminoso a escapar do Estado de Kentucky, onde o último está sendo procurado pelo assassinato do Governador. O protagonista, um homem cujo poder de pensamento é considerável, acredita ter, provavelmente, incitado o criminoso. Ele revela a sua irmã que antes da hora do crime pensou que o assassino cometeria esse delito exatamente da maneira como foi consumado. Ele tem a impressão que o seu pensamento pode ter sido captado pelo cérebro do assassino e pode ter-lhe mostrado a forma de agir.
Quando participamos de uma banca de jurados e vemos o criminoso à nossa frente, observamos apenas o seu ato; não temos conhecimento do pensamento que o impulsionou. Se temos o hábito de gerar pensamentos maldosos sobre as pessoas em geral, eles poderão ser atraídos por um criminoso. Baseados no princípio de que quando temos à nossa frente uma solução saturada de sal, basta adicionar um único cristal para que esta solução salina se solidifique, assim, se um ser humano tiver saturado a sua Mente com pensamentos homicidas, o pensamento emitido por nós pode ser a última gota que fará o cálice transbordar, destruindo assim a última barreira que o impediria de cometer o ato.
Os nossos pensamentos são muito mais importantes do que os nossos atos, e se pensarmos sempre de forma correta, agiremos sempre corretamente. Nenhum ser humano pode pensar em amar os seus semelhantes, planejar como ajudá-los e socorrê-los espiritual, mental ou fisicamente, sem também concretizar esses pensamentos em algum momento da sua vida. Se nós cultivarmos sempre tais pensamentos, logo veremos o brilho do sol irradiando-se à nossa volta. Veremos que as pessoas virão ao nosso encontro com o mesmo espírito que manifestamos e, se pudermos compreender que o Corpo de Desejos (que circunda cada um de nós e se estende cerca de quarenta e um a quarenta e seis centímetros além da periferia do Corpo Denso) contém todas essas sensações e emoções, observaremos as pessoas diferentemente, pois entenderemos que tudo é visto através da atmosfera que criamos ao nosso redor e que cobre tudo o que visualizamos nos outros. No entanto, se virmos maldade e mesquinhez nas pessoas que encontramos, será bom olhar para dentro de nós para verificarmos se não é a atmosfera, através da qual olhamos, que nos faz ver dessa forma. Verifiquemos se não temos esses atributos indesejáveis dentro de nós, e depois procuremos expulsar esses nossos defeitos internos. O ser humano que é mal e mesquinho irradia essas características, e quem quer que ele encontre, parecer-lhe-á também maldoso, pois evocará nos outros exatamente as peculiaridades manifestadas em si, isso baseado no princípio de que a vibração de um diapasão tocado em certo tom fará vibrar outro de tom idêntico. Por outro lado, se cultivarmos uma atitude serena, livre de cobiça e que seja francamente honesta e prestativa, faremos com que as outras pessoas exteriorizem o melhor que há dentro delas. Portanto, conscientizemo-nos que só quando tivermos cultivado as melhores qualidades dentro de nós, é que poderemos esperar encontrá-las nos outros. Somos responsáveis pelos nossos pensamentos e somos, de fato, os protetores de nossos irmãos, pois de acordo com o que pensamos quando os encontramos, assim parecemos a eles e, em consequência, eles refletem a nossa atitude. Aplicando o princípio precedente, se quisermos conseguir ajuda para cultivar essas qualidades superiores, procuremos a companhia de pessoas que são realmente boas, pois seu estado mental será de grande auxílio ao suscitar-nos qualidades mais puras.
(Perg. 16 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)