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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Mundo do Desejo Inferior

Augusta Foss Heindel

Há, atualmente, na humanidade, um desejo extraordinário em saber algo a respeito da vida nos reinos invisíveis. Muitos ainda são incrédulos e não aceitam a ideia de uma outra existência após deixarem seus Corpos Densos, mas há um desejo crescente de entender e contatar esses reinos invisíveis e isso tem atraído muitos irmãos e irmãs materialistas.

Não podemos mais duvidar de que influências astrais (Sol, Lua e Planetas) são também responsáveis por essa mudança de atitudes no mundo.

Ouvimos com frequência a expressão: “Está no ar”, e até o incrédulo está agora mais propenso a convencer-se.

Estamos em um momento nesse Esquema de Evolução que aqueles que puderem responder às vibrações mais elevadas de Saturno, Netuno e Urano ajudarão no trabalho pioneiro de divulgar os Ensinamentos Cristãos Esotéricos, a Religião do futuro. Os que buscam e aceitam essas verdades avançadas, não mais duvidarão da existência da vida além-túmulo, tampouco temerão o assim chamado sobrenatural.

Aprendemos no livro o “Conceito Rosacruz do Cosmos” que somos um Tríplice Espírito e que funcionamos em um Tríplice Corpo; desses Corpos somente um pode ser visto com os olhos físicos. Diz São Paulo no 15º Capítulo, da Primeira Epístola aos Coríntios, Versículo 40: “Existem também corpos celestiais e corpos terrestres”; no versículo 44, “Existe um corpo natural e existe um corpo espiritual”.

Sem dúvida, aprendemos nos Ensinamentos Rosacruzes que temos mais de um Corpo, e que o Corpo Denso é interpenetrado pelo Corpo Vital, que constrói e restaura durante o sono o que nós, com nossos desejos, destruímos durante o dia, e por um veículo ainda mais delicado conhecido como o Corpo de Desejos. Esse Tríplice Corpo corresponde a diversos Mundos Invisíveis que o cercam, consistindo-se dos mesmos graus de substância. A Região Química e a Região Etérica do Mundo Físico e o Mundo do Desejo, os diversos planos de existência, são de diferentes graus de densidade e se interpenetram mutuamente. Por exemplo, no Mundo do Desejo a densidade da matéria de desejo faz com que ele atue de forma análoga à fumaça, o que é mais pesado mantém-se baixo, próximo à Terra, enquanto o mais puro ou mais leve eleva-se no ar.

Durante a nossa vida no Mundo Físico, estamos constantemente utilizando nossos Corpos invisíveis por meio dos nossos pensamentos, desejos, sentimentos e emoções. Se os nossos desejos nos puxam para baixo, para uma vida de gratificações, de prazeres terrestres, de busca por satisfações mundanas, se o nosso tempo é gasto em prazeres inúteis e autogratificantes, ou se não tem outra aspiração mais elevada senão acumular riquezas materiais, então, nosso Corpo de Desejos poderá ser comparado a uma fumaça negra pesada. Depois que passamos para a vida além-túmulo, iremos, com o nosso Corpo de Desejos gravitar para uma região chamada Purgatório (que se encontra nas três Regiões inferiores do Mundo do Desejo), e que se encontra mais próxima do denso plano físico. Aí, nos purgaremos de todos os desejos, emoções e sentimentos inferiores que colocamos em ação durante a vida recém-finda; deveremos limpar o Corpo de Desejos antes que possamos nos elevar àquela Região mais elevada, que é chamada o Primeiro Céu (localizada nas três Regiões superiores do Mundo do Desejo).

Se levássemos uma pessoa refinada, sensível, que tenha vivido uma vida pura e limpa, a um lugar sujo e promíscuo de uma grande cidade e a forçássemos a viver nesse ambiente, ela iria sofrer, ficar doente e, na primeira oportunidade, iria voltar ao seu meio. Da mesma forma, se tomarmos uma pessoa rude e degradada, que tenha sempre vivido em ambientes de vício, entre a imundice e a desonestidade e a colocarmos em um lugar refinado no meio de gente culta, ela irá se sentir muito desconfortável e na primeira oportunidade voltará aos seus antigos lugares. Condições semelhantes existem no Mundo do Desejo. A pessoa que tenha vivido uma vida limpa e espiritual, após falecer, permanecerá um curto período na parte inferior do Mundo do Desejo. Assim que se liberte de seu Corpo Denso, ascenderá rapidamente às Regiões mais elevadas do Mundo do Desejo. Mas, a pessoa que nunca soube o que significa uma vida pura, que nunca pensou na vida além-túmulo, é como a fumaça espessa e negra, e paira próximo ao plano físico. Prefere se apegar ao seu antigo ambiente, especialmente se guardar algum rancor contra alguém no plano terrestre e quiser se vingar, então, permanecerá apegado à Terra até que tenha conseguido concretizar sua vingança contra aquela pessoa ou até que tal vontade morra por inanição. Pairará em lugares onde se pratica a incorporação de espíritos desencarnados ou no local em que viva seu inimigo, até que consiga influenciar alguma pessoa fraca ou negativa para executar seu plano de vingança. Com frequência tomamos conhecimento que um assassino ou ladrão declarou em juízo que, de repente, sentiu algo contra o qual não pôde resistir e que o levou a cometer o crime, alguma força obrigou-o a fazê-lo.

O pobre e fraco bêbado também é usado por espíritos desencarnados e, com frequência, é obrigado a beber, pois dessa maneira o degenerado no Mundo do Desejo obtém alguma satisfação.

No filme intitulado “Apegados à Terra” (Earthbound) de 1940, baseado na história de autoria de Basil King, um espírito apegado à Terra é retratado de forma maravilhosa, mostrando como ele influenciou seus amigos e parentes depois de ter sido alvejado por um amigo ciumento, com cuja esposa estava prestes a fugir. Imediatamente após o tiro e antes que seus parentes tomassem conhecimento da tragédia, sua filhinha, que brincava com o seu cachorro de estimação, viu o espectro do corpo de seu pai atravessando a sala. A criança correu para a mãe dizendo: “Papai esteve aqui há pouco, mas ele estava diferente!”. A mãe acusou a criança de estar mentindo. Infelizmente, é isso que frequentemente acontece com os pais, alegam que seus filhos têm imaginação fértil ou que faltam com a verdade, enquanto a criança é simplesmente clarividente e consegue ver o que o pai ou a mãe não veem.

Há alguns anos, uma senhora idosa faleceu aqui e era uma velha conhecida da autora. Tinha alcançado uma idade avançada e sua vida havia sido pura, altruísta; por causa de um corpo frágil, tinha passado muitos anos sentada tranquilamente em meditação.

Quando veio a falecer poderia ser comparada a um fruto muito maduro, que não pôde mais manter-se preso à árvore; portanto, o rompimento do Cordão Prateado, que comumente leva três dias e meio, no seu caso, levou menos de três horas.

Durante sua última doença e no seu delírio, ela pedia uma bengala que tinha pertencido a seu marido, o qual já havia passado a uma vida mais elevada vinte anos antes, e que ela se habituara a usar desde então. Morreu com a bengala, segurando-a firmemente com ambas as mãos e os parentes ficaram relutantes em separá-la de algo que tanto tinha amado em vida, de tal modo que a bengala foi cremada com seu corpo. Pouco tempo após seu desaparecimento, ela voltou para uma visita à autora; vê-la, foi, na verdade, uma visão magnífica. Seu Corpo de Desejos consistia somente dos braços, mãos e a cabeça e ela segurava a bengala (que tinha o aspecto tão natural como qualquer bengala de madeira poderia ter) com ambas as mãos. Ela parecia uma leve pena branca tentando levantar voo, porém, presa por uma pedra. Era tão leve que, se não fosse pela bengala que segurava firme com as duas mãos e que era como um peso a retê-la, teria passado Purgatório no Mundo do Desejo em poucos dias. Quando pedimos a ela que largasse a bengala, segurou-a com força, dizendo: “Não, eu preciso ficar mais um pouco”. A tristeza de uma de suas filhas mantinha-a presa à Terra. Ela queria muito consolar a filha, mas depois de cerca de seis semanas tornou-se impossível para ela continuar.

Uma das filhas dessa mesma senhora faleceu cerca de um ano após a morte de sua mãe. Estava em perfeita saúde e na plenitude de sua vida, vindo a falecer depois de alguns dias de doença. O marido que não acreditava em cremação, enviou o corpo para o agente funerário e foi usado um líquido para embalsamento. Cerca de três semanas após, ela nos visitou e estava em grande aflição, implorou para que disséssemos ao marido e aos filhos que jamais enviassem alguém novamente aos agentes funerários e, com grande angústia, declarou que eles a tinham cortado como em um açougue. Disse: “Oh, como sofri quando cortaram meu corpo! Procurei pedir-lhes que parassem, mas não consegui que me ouvissem ou percebessem”. Perguntou também por que não conseguia encontrar a mãe. Disse-me: “Eu a tenho procurado por toda a parte, porque é que o Sr. S. que morreu vinte e cinco anos antes de minha mãe ainda está aqui e eu não consigo encontrá-la?”. Disseram-lhe que sua mãe, devido à sua vida pura e altruísta, já havia passado para os planos mais elevados. No entanto, o Sr. S. estava preso à Terra por conta de muitas maldades que tinha feito à sua família durante sua vida terrena e não podia passar para Regiões mais elevadas enquanto aqueles a quem causou tanto mal, não estivessem também livres do corpo, para que ele pudesse, então, ter uma oportunidade de reparar parte das ofensas. Ela foi aconselhada a permanecer afastada de assuntos terrenos e trabalhar com o objetivo de passar a planos mais elevados onde poderia, finalmente, juntar-se a seu pai e à sua mãe.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Espíritos Obsessores da Onda de Vida Humana

Espíritos Obsessores da Onda de Vida Humana

Hoje trataremos do tema “Obsessão”. Apesar de ser um assunto complexo, é fundamental abordá-lo para que possamos nos proteger contra esses espíritos obsessores.

Vamos focar aqui nos espíritos obsessores oriundos da nossa onda de vida: a humana. Ou seja, de irmãos e irmãs que em momentos da sua evolução, infelizmente, se tornam tal classe de seres.

Inicialmente, seria bom esclarecer a relação entre inferno e purgatório. O “inferno” é tido popularmente como o lugar em que ficaremos sofrendo depois da morte, se praticarmos o mal nesta vida. Nos Ensinamentos Rosacruzes, o chamado inferno nada mais é do que o Purgatório.

O Purgatório ocupa as três regiões inferiores do Mundo do Desejo, para onde vamos logo após a morte. Aqui os registros gravados de nossas ações errôneas na vida terrena provocam uma reação da força de repulsão e esses sofrimentos são três vezes mais curtos e três vezes mais intensos; pois não temos o Corpo Denso para amenizar essa dor.

Nesse processo ocorrido no Purgatório desenvolvemos, por meio da dor, a consciência, aquela voz interna que nos permite discernir entre o bem e o mal, quando despertos neste Mundo Físico.

No “Conceito Rosacruz do Cosmos”, Max Heindel nos mostra que trabalhamos, atualmente, por meio de três Corpos – o Tríplice Corpo. Resultado da nossa manifestação tríplice – um Espírito Tríplice – exatamente como Deus, em manifestação, que nos criou. Porém, somente o Corpo Denso é visível aos nossos olhos físicos.

Na Primeira Epístola aos Coríntios, Capítulo 15 e versículos de 40 a 44, São Paulo diz o seguinte: “Há corpos celestes e corpos terrestres… e há corpo animal e há corpo espiritual”.

O Corpo Denso está interpenetrado pelo chamado Corpo Vital (cópia fidedigna daquele) e que mantém a saúde do Corpo Denso, uma vez que esse é, constante e diariamente, destruído pelos desejos inferiores que nós mesmos geramos no nosso dia a dia.

Durante a nossa vida no Mundo Físico temos a chance de desenvolver nossos Corpos invisíveis e superiores por meio de: bons hábitos (Corpo Vital), pensamentos superiores (Mente), desejos, sentimentos e emoções superiores (Corpo de Desejos). Contudo, quando os nossos desejos deixam de ser direcionados para a construção dos veículos superiores e nos negligenciamos desses desejos, sentimentos e emoções superiores e insistimos a praticar maus hábitos, acabamos sendo atraídos, após a nossa morte, até ao Purgatório e lá deveremos nos purgar desses desejos, sentimentos e emoções inferiores e dos maus hábitos. Agora, se não nos apegamos somente a essa existência terrestre, se fazemos fiel e cotidianamente o exercício de Retrospecção e se vivemos para desenvolver o nosso lado espiritual por meio do serviço amoroso e desinteressado para com os nossos irmãos, seguimos o nosso caminho rumo às Regiões superiores do Mundo do Desejo e ao Mundo do Pensamento.

Porém, existem alguns irmãos nossos que, durante a vida aqui, são apegados aos seus bens terrestres – alguns chegando até a conclusão de que nada mais existe -, não dão a mínima para o seu próprio desenvolvimento espiritual e adoram ser servidos, muito mais do que servir – se é que isso lhe passa pela cabeça – e, então, após a morte continuam se apegando à vida terrena e não deixam seus veículos espirituais aprenderem novas lições. E, em razão disso, os chamamos de “espíritos apegados à Terra”. Como o livre arbítrio é sempre respeitado, pode ficar nessa condição por um tempo que quiserem, até que se esgote nele a disposição em se manter nessa situação.

E como não possuem um Corpo Denso para se manifestar ficam perambulando na atmosfera da Terra, próximos a superfície, utilizando os Corpos Densos e Vital de outros irmãos que entram em sintonia ou vibração com esses espíritos apegados à Terra. Sabe-se que ao nosso redor existem muitos desses “espíritos sem luz”, pobres irmãos apegados à sua última vida terrestre. Sim, é um grande fator de atraso na evolução deles!

Chamamos de “espíritos sem luz” porque após a morte não seguiram seu caminho de aceitação aos Mundos superiores, onde a luz é permanente.

E por não aceitarem a separação do Corpo Denso e de tudo o que aqui deixaram, ficam presos à atmosfera tentando satisfazer seus prazeres mundanos. Quando esses espíritos desencarnados desejam influenciar seres aqui renascidos, precisam de um veículo da mesma densidade de vibração da sua para atingir os centros cerebrais. Max Heindel, no “Conceito Rosacruz do Cosmos”, diz que as Regiões inferiores do Mundo do Desejo estão cheias de “espíritos apegados à Terra” ou espíritos potencialmente obsessores que estão em contato com o Mundo Físico. Quando deixam esse Mundo Físico – quando morrem -cheios de inconformismo, ódio, raiva, inveja, ciúmes, cobiça, desejo de vingança, sentimento de abstinência a um vício, desejo de sentir o mesmo prazer que sentia e outros desejos, emoções e/ou sentimentos inferiores, se encontram despreparados para viver nos planos invisíveis.

Nessas Região inferiores do Mundo do Desejo encontramos: os viciados em drogas, alcoólatras, suicidas, assassinos, muitos que morreram em guerras, pessoas que nutrem ódio, rancor, desejo de vingança, pessoas apegadas à bens materiais como casas, terras, finanças, posses, pessoas, etc. Esses últimos espíritos – os apegados à bens materiais – são os que mais existem nos dias de hoje.

Exemplifiquemos o caso do assassino que cumpre sua pena perante a sociedade na prisão. Poderá ocorrer que o remorso, pelo seu ato cometido, o leve mediante a oração e o íntimo arrependimento a apagar o ódio nutrido à sua vítima.

E quando seu Espírito estiver livre no Mundo do Desejo poderá caminhar feliz e, quem sabe, numa vida futura procurará ajudar aquelas pessoas a quem maltratou na vida anterior. Contudo, se a sociedade quiser se vingar do criminoso e levá-lo à pena de morte pelo crime cometido, ele, achando que foi injustiçado, permanecerá por muito tempo entre os aqui estão vivendo renascidos, incitando outras pessoas a cometerem semelhante crime. E toda vez que isso acontece, quando a vítima cai nas garras da justiça, esses espíritos, aqui se tornando, obsessores conseguem se realizar e deixam a pessoa para ir atrás de outras. Se isso sempre acontecer, certamente teremos uma epidemia de assassinatos espalhados em comunidades!

Para entender como isso ocorre, vamos falar de clarividência. Podemos classificar a clarividência em duas classes:

  1. A de caráter positivo, onde a pessoa se torna um clarividente voluntário, treinado, um Auxiliar Invisível: aqui os vórtices do Corpo de Desejos giram na direção dos ponteiros de um relógio e;
  2. A de temperamento negativo, onde a pessoa se torna um clarividente involuntário: aqui os vórtices do Corpo de Desejos giram na direção contrária aos ponteiros de um relógio. Esse é um dos meios de se reconhecer os que são de uma ou da outra classe.

Na pessoa que se tornou um clarividente involuntário sempre há o grande risco de ser obsidiado pelos chamados “guias espirituais” e que agem como espíritos de controle em busca de sua satisfação. Para se manifestarem no Mundo Físico podem retirar o Corpo Vital da pessoa por meio do baço e usar temporariamente o Éter, do qual é composto, a fim de se materializar, devolvendo o Éter à pessoa após terminadas as ações que ele deseja fazer. Transforma suas vítimas no que conhecemos como “médiuns de transe” ou em “médiuns de materialização”. O espírito obsessor, tomando posse do corpo de sua vítima, utiliza-o à mercê de sua vontade, e mesmo que a pessoa tente, não conseguirá deter a influência dele, pois houve a permissão para a posse. Um clarividente voluntário jamais permitirá isso, sendo que a direção dos vórtices do Corpo de Desejos também é uma grande barreira para quaisquer tentativas de espíritos que queiram obsidiar.

Nesse ponto, é importantíssimo lembrar que o nosso Corpo Denso é o bem mais precioso que temos nessa vida terrestre. É o Corpo que está mais próximo de alcançar a perfeição. Está no seu quarto estágio de evolução. Os outros Corpos estão, ainda, bem atrás. É por meio do nosso Corpo Denso que conseguimos evoluir, aprender as lições, desenvolver o Corpo-Alma e seguir o plano de Cristo, aqui e agora. A Fraternidade Rosacruz nos orienta a tratar muito bem do nosso Corpo Denso, tão via alimentação, como nos seus cuidados de sempre estar de posse consciente dele.

Sabemos que existem famílias inteiras a mercê desses espíritos obsessores. Por isso que Max Heindel nos orienta para não assistir reuniões, encontros ou demonstrações onde haja atividades que evocam “os espíritos dos mortos”, que “dão passe”, que estimulam a possessão de parte ou de todo o Corpo Denso da pessoa, que haja demonstrações hipnóticas, que façam sessões de uso de bola de cristal, que queimam incensos, defumadores, e outros “tipos de fumaça” com o objetivo de “chamar os espíritos, etc.

Normalmente, toda vez que a pessoa frequenta tais ambientes, os chamados “guias” a convocam para desenvolver a clarividência involuntária, muitas vezes chamadas de mediunidade dela, só que de forma negativa. Essa é a maneira de estarem formando sua grande falange de controle.

É evidente que a maioria dos clarividentes involuntários não compreende o grande perigo que os aguarda após a morte.

E mesmo nesta vida não sabem o perigo que está por vir, pois enquanto fazem tudo que seus obsessores ordenam, esses são dóceis e compassivos. Contudo, se algum deles tentar recusar a ceder seu corpo ao desencarnado, logo sentirá a espada do obsessor.

Todos nascemos com a clarividência. Se quisermos desenvolvê-la, façamos de maneira voluntária, positiva, por meio dos exercícios dados pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz. Existe um método seguro, onde a pessoa está sempre de posse dos seus Corpos, consciente do que está fazendo e com total controle.

Sabemos que existem pessoas que em determinados momentos de sua vida se deixam arrastar por pensamentos, desejos, sentimentos e emoções negativos, chegando a ficarem perturbados, irritados e, às vezes, desequilibrados emocionalmente e, muitas vezes, não encontram o caminho de volta à razão. É bom lembrar que essa crise foi gerada pela própria pessoa, e é nesse momento que damos abertura ou permissão para a invasão de espíritos obsessores. Tornamo-nos assim joguete desses espíritos perturbadores e essas entidades jamais vão se preocupar com a reputação daqueles cujos corpos violaram. Isso acontece diariamente e, muitas vezes, não sabemos se aquela pessoa está obsidiada ou não. Todavia, existe uma forma infalível de descobrirmos se uma pessoa está possuída: por meio do diagnóstico dos olhos. Max Heindel nos diz que “os olhos são as janelas da alma”, pois somente o verdadeiro dono do corpo é capaz de contrair e dilatar a íris. Naquele que estiver possuído, notaremos que a íris de seus olhos não se dilatará quando penetrar em um quarto escuro ou quando fixar um objeto distante ou, ainda, quando fixar em uma fonte de luz brilhante (uma lanterna ou em um ambiente bem claro), a pupila não se contrairá. Isto é, a íris não responde nem à luz nem à distância.

O que podemos fazer para nos proteger contra a obsessão? Simplesmente manter uma atitude positiva da Mente, pois temer alguma coisa é atraí-la. Devemos construir uma aura protetora e invulnerável contra qualquer classe de ataque ou influência negativa.

Max Heindel expressa que “ao vivermos existências de pureza, quando os nossos dias estão preenchidos com serviços a Deus e a nossos semelhantes, com atos e pensamentos da mais elevada nobreza, então construímos o ‘manto dourado nupcial’, que é uma força radiante do bem. Nenhum mal é capaz de penetrar por essa armadura e então ele é refletido em direção àquele que o emitiu”.

É sempre oportuno recordar uma frase de São Paulo que diz: “Orai e vigiai para não cair em tentação”.

Lembremos o seguinte: “Não temos mestres. Os Irmãos Maiores são nossos amigos e nossos instrutores. Nunca ordenam, nem exigem obediência a nenhuma de suas sugestões, seja em que condição for. O mais que fazem é aconselhar, deixando-nos livres para seguirmos as suas sugestões ou não”.

E dentre os preceitos para o Estudante Rosacruz temos:

“Sendo a confiança em si mesmo a virtude cardeal para o Aspirante espiritual, fará o possível para praticá-la tanto em seus pensamentos como em seus atos.”.

“Conhecendo que o Interno é o único tribunal real da Verdade, se esforçará por estabelecê-lo, submetendo-lhe todos os assuntos para a sua final decisão”.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Por que dizem que algumas pessoas, mesmo depois de terem morrido, ainda estão apegadas à Terra?

Pergunta: Por que dizem que algumas pessoas, mesmo depois de terem morrido, ainda estão apegadas à Terra? Há alguma coisa que se possa fazer aqui para que tal situação seja evitada futuramente?

Resposta: Sim, com certeza! As pessoas apegadas à Terra acumularam seus tesouros nela, ao invés de os acumular no Céu. Todas deixaram alguma coisa para trás. Nem sempre é dinheiro. Podem ter outros vínculos na Terra como, por exemplo, alguém que consideram sua propriedade — esposa, marido, filhos. Julgam que, pelo fato de amar uma pessoa, tenham autoridade total sobre ela. Não concebem que a pessoa amada possa ter qualquer direito. Mais tarde, quando morrem, essa relação continua, pois empenham-se em pressionar seus bem-amados, ficando perto deles e os acompanhando o quanto possível. As pessoas que possuem casas, terras e bens são as piores, porque são muito apegadas às coisas materiais. Às vezes, vemos tais pessoas vigiando um cofre contendo valores e ações. Então, os herdeiros chegam e levam tudo, rindo-se do velho tolo que viveu acumulando seu dinheiro. Às vezes, são pessoas que viveram só em função de valores sociais. Têm joias, roupas e outras coisas que ainda amam e não conseguem separar-se delas. Portanto, ficarão apegadas à Terra enquanto mantiverem esse sentimento.

O melhor caminho é distribuir esses pertences. É evidente que devemos ter cuidado para não nos colocar em uma situação em que as pessoas a quem demos esses valores não nos possam colocar na rua, deixando-nos completamente desamparados em nossa velhice. Contudo, se fizermos uma avaliação, se constatarmos que já vivemos e desfrutamos utilmente desses bens, poderemos perguntar-nos: aqui estão objetos que já não me servem mais e como sei que estou chegando ao fim, onde eles serão mais úteis?; quem precisará mais deles?; ou então, quem poderei ajudar a se estabelecer em um negócio para que se torne independente? Ou poderemos achar outras modalidades semelhantes para dispor desses bens. Quanto às afeições, deveríamos conter-nos para não amar de forma desmedida — por exemplo, transformando alguém em ídolo ou o colocando acima de qualquer outra coisa. Se conseguirmos nos libertar de todas as ligações terrestres, nós nos sentiremos livres para partir, semelhantes aos grãos maduros que se despregam da espiga.

Se estivermos desligados de quaisquer amarras terrenas, sejam de ordem financeira, pessoal ou outro tipo, não ficaremos apegados à Terra. No entanto, quem cometeu algum crime ficará inevitavelmente apegado à Terra, por associação ao lugar onde o crime foi praticado, porque ele deverá desfazer o mal que causou.

(Pergunta nº 4 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. II – Max Heindel)

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