Elman Bacher – Estudos de Astrologia – Volume 5

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Elman Bacher – Estudos de Astrologia – Volume 5

A Astrologia é para o estudante Rosacruz uma fase da religião, basicamente uma ciência espiritual.

Esta ciência, mais do que qualquer outro estudo, revela o ser humano a si mesmo.

Nenhuma outra ciência é tão sublime, tão profunda e tão abarcadora.

Ela revela a relação entre Deus (o Macrocosmo) e o ser humano (o Microcosmo), demonstrando que ambos são fundamentais.

1. Para fazer download ou imprimir:

Elman Bacher – Estudos de Astrologia – Volume 5 – Astrólogo como Cientista – Discussão do Governo – Estudo das Polaridades – Experiência Militar – Dádiva de Presentes – Regra de Ouro – Astrólogo Estadounidense

2. Para estudar no próprio site (para ter as figuras, que tanto ajudam na compreensão, consulte a edição do item 1, acima):

ESTUDOS DE ASTROLOGIA

 

Por

Elman Bacher

Volume 5

Fraternidade Rosacruz

 

Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82

Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil

Traduzido e Revisado de acordo com:

Studies in Astrology

2ª Edição em Inglês, 1951, The Rosicrucian Fellowship

Estudios de Astrología

3ª Edição em Espanhol, 1981, Editorial Kier S. A.

Pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

www.fraternidaderosacruz.com

contato@fraternidaderosacruz.com

fraternidade@fraternidaderosacruz.com

PREFÁCIO

Tantos foram os comentários favoráveis recebidos por nós, aos artigos astrológicos de Elman Bacher publicados em nossa revista “Rays from the Rose Cross”, durante os últimos anos, que estamos certos que haverá uma boa acolhida a esse trabalho, por parte dos Estudantes de Astrologia Espiritual.

Os profundos conhecimentos de Elman Bacher e sua devoção à ciência astral, aliados a uma extraordinária compreensão da natureza humana, permitiram-lhe apresentar temas que indubitavelmente o situam entre os melhores Astrólogos Esotéricos modernos. E como a veracidade e o valor da astrologia tornam-se, a cada dia, mais aceitos de modo geral, seus trabalhos ajudarão cada vez mais os seres humanos a conhecerem-se a si mesmos, e a realizarem seu mais alto destino.

Antes de sua transição, em 1951, Elman Bacher expressou o ardente desejo de que publicássemos seus artigos em forma de livro e, embora lamentemos profundamente não estar ele aqui para ver a concretização desse desejo, sentimos felizes por saber que sua aspiração está sendo realizada agora.

 

ÍNDICE

PREFÁCIO

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I – O ASTRÓLOGO COMO CIENTISTA, ARTISTA E SACERDOTE-PROFESSOR

CAPÍTULO II – A ASTROLOGIA-FILOSOFIA DISCUTE O GOVERNO

CAPÍTULO III – ESTUDO DAS POLARIDADES

CAPÍTULO IV – EXPERIÊNCIA MILITAR INVOLUNTÁRIA

CAPÍTULO V – A DÁDIVA DE PRESENTES

CAPÍTULO VI – A REGRA DE OURO

CAPÍTULO VII – O ASTRÓLOGO ESTADUNIDENSE

 

 

INTRODUÇÃO

A Astrologia é para o Estudante Rosacruz uma fase da religião, basicamente uma ciência espiritual. Esta ciência, mais do que qualquer outro estudo, revela o ser humano a si mesmo.

Nenhuma outra ciência é tão sublime, tão profunda e tão abarcadora. Ela revela a relação entre Deus (o Macrocosmo) e o ser humano (o Microcosmo), demonstrando que ambos são fundamentais.

A ciência oculta, ao investigar as forças mais sutis que afetam o ser humano (o Espírito) e seus veículos, receberam seus efeitos com a mesma precisão que a ciência acadêmica fizeram com as relações do mar e do céu, da planta e do animal, dos raios do Sol e da Lua.

Com esse conhecimento podemos determinar o padrão astrológico de cada indivíduo, e conhecer a potência ou as debilidades relativas das diferentes forças atuantes em cada vida. De acordo com o que tenhamos alcançado deste conhecimento, podemos começar a formação sistemática e cientifica do caráter – caráter é destino!

Observamos os períodos e estações que são cosmicamente vantajosos para o desenvolvimento de qualidades ainda não desenvolvidas, corrigindo rasgos defeituosos e eliminando inclinações destrutivas.

A ciência divina da Astrologia revela causas ocultas que trabalham em nossas vidas. Assessora o adulto com respeito à vocação, os pais na orientação dos filhos, o mestre na orientação dos discípulos, o médico no diagnóstico das enfermidades; prestando-lhes, desta maneira ajuda a todos em qualquer situação em que precisem.

Nenhum outro tema dentro da margem do conhecimento humano, até esta data, parece conter as possibilidades estendidas aos astrólogos para ajudar aos demais na sua própria dignidade como deuses em formação, a um entendimento maior da lei universal, e a verificação de nossa eterna seguridade nos braços acariciadores da Vida Infinita e do Ser Iluminado.


CAPÍTULO I – O ASTRÓLOGO COMO CIENTISTA, ARTISTA E SACERDOTE-PROFESSOR

Os símbolos do círculo, seus quadrantes, os Signos zodiacais, os Astros e seus Aspectos devem ser entendidos como sendo símbolos essenciais da vida, seus objetivos e funções, isso se colocarmos a Astrologia no justo lugar da família das iluminações. A abordagem que considera qualquer coisa descrita na astrologia como essencialmente má torna, relativamente, impossível se realizar adequadamente o trabalho construtivo; e mais, tal abordagem tem quase tanta correspondência com a verdade astrológica como o tem a versão cristã do “inferno-fogo-e-condenação” com os ensinamentos básicos e luminosos de Jesus.

Filosofia significa “Amor à Sabedoria” e são vários os caminhos que se oferecem aos seres humanos para alcançar o conhecimento. Considerando que a Astrologia é um dos principais caminhos por onde a humanidade pode obter a iluminação, dedicamos este trabalho a todos os Estudantes para que possam obter um reconhecimento mais claro dos três caminhos que deveria ser percorrido por eles, em algum grau, se eles estão firmes em realizar seus objetivos como “astro-filósofos”.

A roda do horóscopo e seus “ingredientes vibratórios” contém os segredos essenciais de toda classe dos esquemas humanos em todas as suas formas, níveis e graus. A progressão da roda, do Ascendente à décima segunda Casa, caminhando na ordem inversa à dos ponteiros do relógio, abre à nossa visão o “para frente e acima” do desenvolvimento evolucionário, que se expressa pela canção do “EU SOU”, em seus quatro quadrantes. A “Trindade Cósmica” é fisicamente manifestada no que usualmente chamamos “as três dimensões” de comprimento, largura e altura, mas nenhuma dessas três dimensões pode se manifestar sem as outras duas. Essa tri-unidade de uma dimensão física composta tem sua correspondência astrológica na tri-unidade da divisão de cada quadrante de três Casas; os quatro quadrantes são então vistos para expressar a totalidade da roda em doze Casas – os quatro níveis de consciência e desdobramento tridimensional. Essa é a representação simbólica do “Progresso do Peregrino”.

Já que os esquemas da roda de doze Casas descrevem o progresso essencial de todo o desenvolvimento humano, então, naturalmente, seus símbolos podem ser relacionados às nossas experiências, como astrólogos. Em outras palavras, certas faculdades e qualidades específicas da consciência, abarcam, em conjunto, o aspecto “astrológico” de nosso ser; e por um determinado número de encarnações esse ramo de consciência é empregado de um certo modo, como um fator da nossa evolução. 

Nossa “consciência astrológica”, por causa das suas especializações, pode ser admitida como uma “sub-entidade”, na entidade de nossa consciência composta, do mesmo modo que poderíamos dizer, que o “amarelo” ou o “roxo” são sub-entidades de um conjunto que chamamos “cor”.  Cada sub-entidade tem, naturalmente, suas divisões principais que, por sua vez, têm infinidades de formas de expressão. Assim acontece com a roda e os Signos que se subdividem em decanatos, graus, minutos e segundos.

A “parte astrólogo” da consciência do ser humano é um conjunto de fatores que o torna cientista, artista e sacerdote-professor. Assim como as vibrações cardinais de cores estão ligadas entre si pelas suas gradações, então esses três correlativos humanos se misturam para criar o “espectro” da consciência astrológica. Todos os que trabalham em astrologia tendem, em determinado grau, a se alinhar, essencialmente, com uma dessas três categorias, mas devemos atingir a “síntese de nós mesmos”, com todas as três, se queremos que o nosso desenvolvimento astrológico seja completo e organizado.

Os significados essenciais das três primeiras Casas contêm os segredos dos três quadrantes remanescentes: 2ª, 3ª e 4ª sendo “extensões” do primeiro. Considerando como uma visão de “raio-X” do primeiro quadrante, podemos desbloquear o segredo dessas qualidades e capacidades da consciência humana que, em uma expressão especializada, dão uma definição ao nosso “eu astrológico” – a soma de quais imagens da humanidade como “astro-filósofo”.

A primeira Casa: o Ascendente de cada horóscopo é a primeira declaração de “EU SOU”; o envoltório físico que instrumentaliza a consciência é a ciência do ser e da manifestação física; é a consciência da “existência” de todas as coisas; é a consciência exotérica que identifica a humanidade como fator no Universo manifestado; no início o ser humano      percebe essa manifestação como forma exterior a si; subsequentemente, na crisálida da consciência da primeira Casa, ele percebe a multidimensionalidade da vida, por meio do conhecimento e da realização “esotérica” ou “subjetiva”.

Como expressão da primeira Casa, o astro-filósofo é “astrólogo-como-cientista”. Sua abordagem busca se firmar no seu desejo de compreender a expressão física da vida, sob ângulo diferente do que ele já tinha conhecido antes. Sua atenção está focalizada na forma; ele, naturalmente, presta uma atenção cuidadosa na qualidade e mensuração das coisas.  Ele treina a si mesmo, com meticulosa precisão, em relação aos cálculos matemáticos, porque sabe que eles constituem o esqueleto sobre o qual se desenvolverão suas habilidades interpretativas. Ainda mais, ele procura desvendar os segredos dos símbolos abstratos e na proporção em que eles participam dos processos de manifestação do Mundo Físico. Ele reconhece que as funções da humanidade pelos seus princípios especializados, da mesma forma como uma máquina funciona, segundo seus princípios mecânicos. Estuda os eventos na medida em que surgem, dentro do aspecto formal dos esquemas astrológicos em ação. Estuda seu próprio tema em termos sincronizados de eventos com os Aspectos, isto é, procurando relacionar as influências e experiências que sente com os Aspectos de seu tema. Nos primeiros estágios de desenvolvimento identifica seus Aspectos relacionando-os com as vibrações exteriores.

Uma vez que ele é “expressão da primeira Casa”, o astrólogo-cientista é um pioneiro astrológico. Ele é um desbravador no sentido de que ele “projeta” o conhecimento das verdades astrológicas no seu círculo de convivência e de associações. É um “estimulador” que leva o conhecimento de “um novo assunto” a seu círculo imediato de relacionamento ou ao mundo em geral.

Os desenvolvimentos do astrólogo-cientista são mostrados pela primeira Casa do segundo e terceiro quadrante, isto é, da 4ª e 7ª Casas. É através delas que o astrólogo-cientista começa a desenvolver seus conhecimentos subjetivos, porque, nesses níveis, ele deve se converter seus “olhos de astrólogo-cientista” nos temas daqueles a quem ele é projetado nos padrões de família e dos relacionamentos. A “cientificidade” de sua abordagem é impulsionada, naturalmente, para tentar entender os temas daqueles que lhe são mais queridos e próximos, no relacionamento pessoal. O astrólogo-cientista falhará, nesse ponto, se permitir a influência de sentimentos em relação à pessoa cujo horóscopo esteja interceptado. O objetivo, não emocional, científico da parte dele deve ser treinado e disciplinado para se manter naquilo que é verdade, sem se identificar com sentimentos que ele tem pela pessoa cujo tema ele está estudando. Desse modo, o astrólogo-filósofo provará o valor do trabalho “impessoal” da natureza de desejos; torna possível uma técnica em que a Mente pode ser treinada a “ver claramente”, a despeito das solicitações de sua natureza de desejos; como astrólogo-filósofo, nós devemos adquirir e manter essa atitude impessoal e científica em relação a todos os temas.

Na expressão da décima Casa, o astrólogo-cientista expande seus estudos pela inclusão da compreensão de muitos, senão de todos os padrões de interpretação. Ele estuda a astrologia horária[1]; ele estuda os temas de nações e dos governos, dos grupos, de instituições e dos eventos que afetam a muitas pessoas. Estuda a astrobiologia[2] e astrodiagnose[3]; ele sabe alguma coisa de como um mesmo assunto é encarado por “sistemas diferentes” de análise. Em outras palavras, essa cientificidade se amplia a fim de possuir melhor compreensão das vibrações essenciais de todas as espécies de manifestação da vida objetiva da humanidade. O astro-cientista que mantém seu interesse não comercial no assunto tem a melhor chance de se desenvolver de forma rítmica e natural.

A segunda Casa, abstratamente regida por Vênus, é o correlativo feminino da primeira Casa. Ela é a primeira das Casas Fixas. Sua cúspide é o ponto inicial do símbolo-Trígono, que inicia aqueles níveis de consciência pelos quais o astrólogo-artista nasce. É o único Signo feminino do primeiro quadrante e inicia as duas triplicidades dos Trígonos dos Signos de Terra e de Água que abrangem a simbolização dos recursos e afinidades emocionais da humanidade; o impulso para amar, para transmutar, o impulso para beleza, para dar o aspecto estético das visões, inspirações, aspirações, sonhos e ideais de toda ordem.

O termo “astrólogo-artista” é usado para designar aquela parte de nossa consciência que lança a primeira Casa em termos de identidade com as demais e não meramente a “compreensão das coisas”. A segunda Casa é o centro de amor que toda vocação artística cultiva. Por ela, todo serviço verdadeiro é projetado e todo refinamento realizado. O astrólogo-artista vê na astrologia um canal para a liberação de suas necessidades emocionais; também, por meio do conhecimento acumulado em seu “estágio científico”, ele expressa o desejo de harmonizar e embelezar a vida humana, trazendo para os demais um conhecimento da bondade e das belezas essenciais contidas nos grandes Princípios da Vida, tais como esses são simbolicamente expressos.

A mola mestra da motivação do astrólogo-artista é a simpatia, um atributo básico da consciência feminina (segunda Casa: Touro, regido por Vênus, ponto de exaltação da Lua). Ele quer ajudar, encorajar, consolar, elevar e inspirar. Se ele não estiver firmado nos requisitos do “estágio científico”, seu impulso para ajudar e para expressar seu sentimento de simpatia podem ser, até certo ponto, impedidos, porque ele falhou em treinar a si mesmo nas técnicas sobre o assunto. Em outras palavras, por motivação pessoal intensa, do centro dos sentimentos ele deve desenvolver o “lado da forma” do assunto, a fim de que sua interpretação resulte em figuras precisas. Por seu apego à sinceridade de motivação, o astrólogo-artista evita as armadilhas que possam lhe surgir no caminho, oriundas de todos aqueles cuja afinidade emocional é a nota-chave de suas naturezas. Essas armadilhas poderiam ser a simpatia descontrolada pelo conhecimento; a falsa piedade pela qual ele se arrisca a voltar ao ponto de uma nova direção que foi mostrado no tema e o malogro na percepção de como cada indivíduo pode aprender a se ajudar a si mesmo pela compreensão de sua própria natureza.  O astrólogo-artista “completo” cultiva o desapego e neutralidade para evitar o contágio emocional das pessoas cujo horóscopo examina; ele utiliza seu conhecimento do Princípio de Causa e Efeito na conformidade em que ele se manifeste no horóscopo, vendo como essa Lei age nesse horóscopo. Contudo, seu Coração, sua Mente e suas mãos estão abertos e dispostos para receber e ajudar a todos que necessitem de uma orientação; o astrólogo-artista é fiel à verdade e se exercita naquelas áreas de consciência e faculdades, por meios das quais a inspiração e a intuição brotam, para ajudá-lo gradativamente mais.

A terceira Casa é onde o astrólogo-cientista combina as qualidades da primeira e segunda Casa, lhes adicionando o conhecimento da consciência humana e tornando possível a interpretação dos esquemas astrológicos em suas fases mais profundas e subjetivas. Ele tem habilidade, uma mentalidade treinada e uma técnica perfeita. A todas estas qualidades junta um coração compassivo – uma consciência calorosamente receptiva para com as íntimas necessidades de seus semelhantes. Para isso, acrescenta ao anterior, um completo domínio mental do significado de todos os símbolos astrológicos e esquemas, de conformidade com o que exprimem dos estados de ser de relacionamento e de evolução e não apenas para mostrar os acontecimentos e sofrimentos. Considerando que a terceira Casa é polarizada na nona Casa, vemos que o astrólogo-filósofo do tipo da terceira Casa é cientista, artista e professor. A composição de sua consciência lhe permite que seja designado como sacerdote-professor ou astrólogo-sacerdote. É um “irmão mais velho” para todos os que nele buscam orientação, porque passou pelos estágios de experiência pelos quais passaram os que lhe solicitam ajuda e pode, por isso, compreendê-los muito bem. Compreende os outros por meio de suas próprias experiências.

Conhece o sexo e o casamento, em variadas vivências, porque destilou compreensão de suas encarnações passadas, como homem e como mulher; ele conhece a condição de marido e esposa, paixão e sacrifício, infância e paternidade. Sabe que o exterior é um reflexo do interior e busca, sempre, fazer que os outros se familiarizem com essa verdade. Permanece como intermediário amoroso entre a ignorância do ser humano e sua iluminação; o astrólogo-sacerdote desempenha a mesma função em seu serviço astrológico que qualquer sacerdote sincero cumpre suas tarefas de cerimônia religiosa; como sacerdote, “vê o problema” do vantajoso ponto de vista da sabedoria. O astrólogo-cientista conhece o efeito das forças vibratórias sobre os indivíduos e grupos; e o astrólogo-sacerdote compreende a vida vibratória da humanidade. O cientista é objetivo, o sacerdote é subjetivo; o artista pode ser uma coisa ou outra, pois depende de sua ligação a uma ou a outra, em menor ou maior intensidade. Contudo, a motivação do astrólogo-sacerdote não é científica; embora também inclua aquele aspecto, iluminando e valorizando sua consciência, que abrange os mais elevados e transcendentais níveis da Mente e do Coração.

O desenvolvimento do astrólogo-filósofo como sacerdote-professor é muito interessante porque a última fase de sua “cruz” (os Signos Comuns) é a décima segunda Casa: o “final” da roda. Sendo ele um composto dos dois primeiros tipos e mais alguma coisa, seu desenvolvimento é resultado de experiência e de méritos comparativamente maiores dos que os conquistados pelos outros dois aspectos.

Em seu “primeiro estágio”, o astrólogo-sacerdote é o moralista, sub-expressão da nona Casa. Suas interpretações literais são necessárias porque ele ainda não tem suficiente experiência para dar forma à sua compreensão. Nesse nível, o astrólogo-sacerdote vê o tema como um “desenho do bem contra o mal”. Uma vez que permaneça como ponto de diferenciação desses dois fatores na Mente das pessoas a quem orienta, elas são atraídas a ele pelo poder vibratório da simpatia: sua “consciência moral”, ponto focal de suas interpretações. Muitas vezes, nessa posição, ele não pode perceber a “relatividade” daquilo que chama de “bem e mal” e lê no tema de quem lhe procura seus próprios padrões. Ele pode ter o melhor dos dois primeiros tipos, mas, nesse estágio, a verdade lhe é de certo modo vedada. A polaridade da terceira Casa e da nona Casa resulta do quadrante iniciado pela sétima Casa, realizada pelas transmutações da oitava Casa. A compreensão decorrente está representada pela nona Casa. É o que o astrólogo-filósofo, como astrólogo-professor, se empenha em desenvolver, como a porta para um quarto-quadrante.

A terceira Casa “floresce” na sétima e décima primeira Casas; nesses pontos, o astrólogo-sacerdote encontra o “paralelo” entre ele e todas as pessoas; a medida que seu desenvolvimento progride pelas transcendências de suas experiências, ele realiza o amor-sabedoria. Ele reconhece o humano é a suspensão do cósmico em todas as suas expressões e, em si mesmo, ele encontra aquilo que reflete as soluções dos problemas das pessoas a quem deseja ajudar. Então, entende que o objetivo composto do astrólogo-filósofo é perceber que o pior da pessoa a quem deseja ajudar é o seu pior, em algum momento do passado; o melhor é uma iluminação nos cantos escuros das condições e reações da pessoa a quem deseja ajudar daquelas condições. Sua sabedoria e seu amor se tornam, desse modo, insondáveis, no re-direcionamento dos padrões humanos.

 

CAPÍTULO II – A ASTROLOGIA-FILOSOFIA DISCUTE O GOVERNO

 

Governo é o “funcionamento do Universo em conformidade com os Princípios Cósmicos”. É a Única Diretiva que impele a causa da ação criadora e epigenética no Cosmos, e organiza e harmoniza seus efeitos. Uma vez que é a expressão da Vontade Única, o governo cósmico é uma Autocracia arquetípica; é a raiz-padrão pela qual todo Logos, microcosmicamente, ordena vida de sua manifestação e é aquilo que, em termos humanos, designamos como autoridade. Regência, em qualquer oitava, é um aspecto do Poder Diretivo simbolizado pelo Sol; todos os poderes astrais são derivados dessa Unidade.

O desenho simbólico a que chamamos “Aspecto de Quadratura”- um quadrado assentado sobre sua base horizontal – é o arqui-símbolo da congestão comprimida de potenciais.

É feito de duas expressões da vertical dinâmica e de duas expressões da horizontal receptora; representa a sobreposição de diametrais opostas aparentemente em disputa uma com a outra. Uma congestão tem o efeito de empuxo gravitacional para baixo, inibição, supressão de expressivas possibilidades, retardando a ação expressiva e responsiva. Ela representa uma intensificação da tendência para a inércia que, depois de certo ponto, é a morte da forma como um veículo do Espírito. Isso descreve o “reino do Diabo”, o domínio da expressão pela supressão, a submissão do “avanço para frente e para o alto” ao “retrocesso para trás e para baixo”. O Espírito, Poder Solar, em sua expressão bi-Una de Amor-Sabedoria, busca sempre, na consciência humana, derrotar e desintegrar este “reinado da sombra”.

O símbolo do governo como Ordem Cósmica ou Arquetípica é o diagonal do quadrado.  Esse é o quadrado simetricamente balanceado se apoiando em seu ângulo inferior. Cada uma de suas quatro linhas é uma diagonal simétrica, pelo que cada uma se combina vertical e horizontalmente. Nisso se pode ver a diferença, como símbolo de consciência, entre esse quadrado e o quadrado estático. Por conseguinte, a sequência rítmica é demonstrada pelo percurso em torno de sua circunferência. Quando a cruz dos diâmetros horizontal e vertical é acrescentada a este quadrado, cada uma das duas linhas forma, em uma bissecção, um par de ângulos opostos, ficando assim objetivada a polaridade de cada ponto angular.

Pôr esta quádrupla bissecção de ângulos, o Masculino-Feminino do Macho-Fêmea do Imaturo-Maduro do microcosmo de qualquer arquétipo é externado. Estamos preocupados com os seres humanos como individualizações do arquétipo “Humanidade”, de modo que este quadrado diagonal com sua estrutura transversal, retrata, macrocosmicamente, o governo desse arquétipo e microcosmicamente a “consciência do governo” passiva e ativa do ser humano individual.

Agora vamos transferir este símbolo para a oitava do simbolismo astrológico; ponha o símbolo circular do Sol no centro (na junção das linhas da cruz) e os símbolos de Áries, Capricórnio, Libra e Câncer nos pontos angulares da esquerda, de cima, da direita e de baixo, respectivamente.

O resultado é o Grande Mandala sem seu círculo envolvente – o “esqueleto” da Humanidade como um arquétipo evoluinte – não evoluído – e da pessoa humana como um microcosmo evoluindo epigeneticamente. Discutiremos os “problemas” de “Governo dos humanos pelos humanos” conforme se classifique nos três tipos básicos de “sendo governado”.

Considerando-se a essência dinâmica de Áries-Marte como a “personalidade” do arquétipo humano encarnado, somos sensíveis aos “agentes controladores” representados pelos outros três pontos estruturais, os quais são todos, genericamente falando, mais femininos que Áries. A polaridade feminina do Cosmos é aquela que recebe e molda as essências dinâmicas. Como Áries, através de Marte, “explode suas energias a partir do ponto Ascendente”, Capricórnio-Saturno, Libra-Vênus e Câncer-Lua representam os organizadores e coordenadores das expressões vitais. “Aquilo de que Áries provem” – como a “coisa encarnada” neste mandala – é o parentesco (paternidade-maternidade); pelo parentesco é gerada a forma individualizada, e pôr esse mesmo meio a forma é sustentada, protegida e alimentada. Portanto, Câncer-Capricórnio, como parentesco arquetípico, é o primeiro coordenador-governador da expressão do indivíduo. O primeiro desses, contudo, é Câncer – o símbolo da Matriz e o arqui-símbolo da fonte sementeira. Esta, em termos de grupo, é o governo para a perpetuação e preservação das formas; é a mais primitiva forma de governo de grupo. O ser humano primitivo estava inteiramente submetido ao poder diretivo dos mais velhos da tribo, e seu significado não era o de indivíduos, por si mesmos, mas o de fatores da unidade tribal. Era valorizado pela tribo pela sua capacidade física, sua força, suas proezas, sua habilidade combativa e habilidade reprodutora eram as marcas do seu valor para a vida da tribo. Sua identidade era tribal, sua virtude era a obediência à direção dos mais velhos. Em relação a essa diretiva estreita ele era uma “criança”, e como criança permanecia até que, no devido tempo, começou a se dar conta de uma consciência de si mesmo como indivíduo. Aceitar inquestionavelmente, irrefletidamente, a direção externa era se submeter ao princípio paternal de governo, secular ou religioso. E isso se aplica tanto àqueles que habitavam as selvas há milênios atrás como às pessoas da atualidade.

Os governos que estimulam, em seus súditos, atitudes tais como adesão cega, irracional, em qualquer forma, a conceitos tais como “Mãe Igreja”, patriotismo fanático, dependência da opinião grupal e sentimento grupal para sua guia, preconceito e ódio raciais ou, ainda, aceitação habitual de subvenção do governo para sustento material são aqueles que funcionam como moldes externos de uma consciência muito limitada. Eles têm seu lugar de destino maduro[4] e evolutivo e, COMO TAL ELES SÃO BONS. Mas nenhum governo desse tipo foi, é, ou pode ser um padrão permanente para qualquer grupo porque sua função essencial é coordenar e focalizar um primitivismo coletivo. A evolução serve, para transcender o primitivismo em qualquer oitava. Câncer-Capricórnio é uma estrutura arquetípica; é o símbolo da segurança para o subconsciente da Humanidade. Ele simboliza “aquilo que foi”, e as pessoas primitivas (ignorantes, temerosas) se apegam a um externo estabelecido (pais, lar, igreja, conceito nacionalista, etc.) para se sentirem seguras. Um governo congestionado nessa função desencoraja o esforço e o pensamento individual; e nisso está o caminho para a ditadura, que é o “governo paterno”, à qual foi permitido se converter na ferramenta de uma consciência de poder negativa intensamente concentrada (de um indivíduo, de um grupo de indivíduos afins ou nações). Nos tempos primitivos as pessoas prosperavam e progrediam sob a administração protetora de seres humanos relativamente sábios, mas o mesmo tipo básico de governo nas mãos de pessoas sem princípios e sem coração tornava tirânica a qualidade paternal – pelo que os resíduos coletivos de ódios, a cobiça e as crueldades passavam a se concentrar na ambição de poder do governante que personificava tal nação. Esse tipo de governo se torna DEGENERADO a partir do momento em que o bem-estar das pessoas em geral é desrespeitada, ou quando os atributos da iniciativa e expressão individual são enfraquecidos pela prodigalidade. Demasiada proteção e liberalidade estão em desarmonia com os princípios governamentais, tanto quanto o estão a supressão cruel e o desrespeito aos direitos humanos. Ninguém evolui quando copia, em sua vida pessoal, o exemplo degenerado de maus governantes; essa pessoa simplesmente acrescenta poder negativo ao “poder para o mal” do governante e ao mal coletivo, congestionado, de seus semelhantes. Aceitar subvenção nacional ou governamental, como uma “ajuda oportuna”, e usá-la para seu propósito (“prosseguir novamente”) está de acordo com o princípio do tipo de governo; se habituar a aceitar ajuda do “Governo Pai-Mãe” é macular os incentivos para crescimento, realização e maturidade (Pais – governantes de seus círculos familiares – vocês estimulam em seus filhos a dependência? Ou vocês estimulam o exercício da razão e habilidades para que seus filhos possam desenvolver, ritmicamente, o amadurecimento da confiança própria?). É verdade que alguns adultos são tão condicionados que sentem não terem razão para existir a menos que alguém esteja dependendo deles; preferem “se sentir fortes por comparação” que tentar estimular as habilidades individuais do mais fraco. Subconscientemente, eles tentam compensar um complexo de culpa (responsabilidade não cumprida). Ressentem-se de qualquer tentativa da “pessoa mais fraca” de desenvolver seus próprios potenciais, e são, a este respeito, não muito diferentes de alguns políticos que prometem dar tudo em troca de um voto. Pense sobre isso em termos das condições atuais. Ser proeminente e altamente posicionado, ser chamado maravilhoso, grande, amável, generoso, etc., é o tudo e o fim daquilo que chamam felicidade; e eles são condicionados – e desejados – de dar qualquer coisa em pagamento por este tipo de aprovação. Uma família formada por pais que se assemelham a isso, uma nação dirigida por tal governante, alcançarão quase o mesmo tipo de resultados: um filho parasita, inseguro, por um lado, e cidadãos parasitas, inseguros e irresponsáveis, por outro.

A polarização desse tipo de governo é Capricórnio, a vibração de Saturno, símbolo do tipo de governo aristocrático. Sua palavra-chave é a Hierarquia – é o primeiro tipo ampliado em muito maior difusão de expressão por muitas classes, as quais congestionadas e não regeneradas, resultam em desonra de casta. Uma vez cultivado, ele proporciona a manifestação da cultura e do refinamento (pelo menos externamente), e o exercício da abundância para propósitos artísticos e educativos. O vício deste tipo de governo é visto na ênfase que ele dá às suas superficialidades (ancestrais, antecedentes da família, dinheiro), como padrões pelos quais o indivíduo é valorizado. A política ou lema “Enquanto parece certo é bom” é típica da avaliação superficial desse tipo. A ambição de conseguir um posto na hierarquia toma o lugar da aspiração de realizar o auto melhoramento; o apego aos padrões formais cristalizados de conduta, de pensamento e de crença pode designar a identidade de um “membro de bom nível”, mas dificilmente isso pode ser considerado a identidade de uma pessoa que exercita seus valores e capacidades individuais. Saturno, a condensação da matriz, caracteriza esse tipo através da tendência a resistir, obstinadamente, às mudanças necessárias; a conservação das normas estabelecidas se torna um propósito tão fixo que as melhorias benéficas a todos ou são ignoradas ou desprezadas. A prática da riqueza, por longos períodos de tempo, congestionando-se em pontos específicos da hierarquia estimula a corrupção porque desencoraja o exercício individual.  O “fluido” monetário – sangue vital ou intercâmbio prático – é um meio pelo qual os seres humanos podem conseguir certos benefícios usando sua inteligência e suas faculdades individuais. Quando é legado através de gerações em esfera relativamente limitada, ele se converte em uma prova de destino maduro, para os indivíduos tomá-lo e usá-lo para proveito próprio sem fazerem esforço, e deste modo debilitando-se, ou torna possível uma compensação material, de natureza de destino maduro, para aqueles que estão condicionados a usá-lo sabiamente em melhoramentos, em progresso, e no bem-estar de si mesmos e dos outros. Contudo, um autêntico aristocrata não precisa antecedentes familiares, isso e aquilo de linhagem, de tanta riqueza herdada, e de tal-e-tal “posição” para demonstrar o refinamento de sua natureza e de suas inclinações. Ele honra e embeleza qualquer “posto que Deus ache adequado para ele”; sua influência é a de refinamento sobre todos que o conhecem. O governo aristocrático que usa o público, mas que se esquece de que também tem um padrão de serviço a cumprir para esse público, perverte o melhor de suas qualidades. Ter as vantagens de educação e não as usar para uma maior ampliação do bem; ter acesso a grandes somas de dinheiro e se congestionar de trivialidades; desdenhar do semelhante em razão da diferença de posições não é aristocracia, mas somente uma sombra de sua máscara. E a máscara sorri – cínica e repulsivamente. A aristocracia dá à humanidade a oportunidade de observar sua consciência coletiva de separatividade em ação.

O estudo de governos aristocráticos, através de vários períodos históricos e de diferentes nações, nos revela no final o que acontece quando, por um conceito ilusório, procuramos separar nossos padrões de destino comum dos de nossos semelhantes. Esse conceito, difundido pelo mecanismo das religiões organizadas, Cristãs ou não Cristãs, tem resultado em algumas das mais terríveis causas de destino maduro porque, por sua própria natureza, procura lutar contra a mesma coisa que todas as religiões buscam estabelecer: o sempre claro senso de Unidade (de Deus e da Vida) na consciência humana. O pai, separado em consciência de seu filho como um companheiro humano, diz: “Faça o que eu digo. Sou seu pai”. Não há nada em tal ordem que apele para a razão ou para o coração da criança. A ordem serve para intensificar sua sensação de inferioridade no relacionamento subserviente com seu pai, ao invés de aumentar a fraternidade.

A característica do “EU SOU” de Áries como Ascendente desse mandala descreve a Humanidade como um auto-governante em potencial porque é, por atributo, um agente de expressão individualizado. A grande maioria de nós não tem a consciência de poder para governarmos a nós mesmos, menos ainda para governar aos outros. Mas, em virtude de sermos agentes de expressão, nós influenciamos (uma oitava microcósmica de governo) outros em cada coisa ou tudo que pensamos, sentimos, dizemos e fazemos. Existe apenas um Ascendente, arquetipicamente ou concretamente, e como governança é o estabelecimento da ordem do cosmos podemos melhorar a qualidade de nossa influência sobre outras pessoas. É verdade, e, isso é um ponto interessante, que não podemos governar ou influenciar alguém que seja indiferente a nós ou que seja mais perfeitamente organizado do que somos – somos influenciados por aquelas pessoas muito mais do que influenciamos a elas. Portanto, temos de nos governar melhor se quisermos atrair melhor “influência de governança” dos outros. Aplique isto ao relacionamento dos cidadãos de uma nação com seus governantes hereditários ou eleitos. Veja a história da civilização francesa sob os reinados de Luiz XIV, Luiz XV e Luiz XVI. A corrupção e o cinismo dos dois primeiros representavam, perfeitamente, muito do que estava degenerado nos conceitos gerais de vida das pessoas. A ineficácia de Luiz XVI possibilitou às forças desintegradoras da revolta – ele não podia nem mesmo defender a classe que representava – descristalizar aquela forma particular de governo aristocrático e abrir caminho para a forma mais democrática.

Se nosso propósito de vida necessita que exerçamos poder em funções públicas, então saibamos que temos a oportunidade de nos posicionar como símbolos de boa ou de má influência; simbolizaremos o que quer que concebamos como princípios de governo. Podemos permanecer congestionados em nossa ignorância desses princípios, e assim refletir a ignorância das pessoas que representamos, ou podemos nos ajustar ao aprendizado e assim simbolizar uma qualidade cada vez melhor de vibração de poder.

Na consideração do Grande Mandala, vemos que o diâmetro Câncer-Capricórnio – como “a linha dos pais” – exemplifica o padrão de “governo do povo pelo povo”: os dois tipos de governo representados são o comunitário (Câncer) e o aristocrático (Capricórnio). Agora consideremos o significado de Áries como expressão de regência individual:

A qualidade “EU SOU” desse Signo simboliza o sentido da existência individualizada. Desde que é aquela da qual toda expressão, como individualização pessoal, se torna possível, ela é também aquela pela qual todas as oitavas do governo humano se tornam possíveis. Um governante – de qualquer tipo – nunca pode ser mais que ele é como pessoa – sua expressão de governo é projeta por meio da consciência de si mesmo como uma pessoa. Tenha em mente que governança, no sentido político, é uma extensão da paternidade. As mesmas palavras-chave aplicáveis aos diferentes tipos de governantes se aplicam, também, em sentido mais localizado, aos diferentes tipos de pais. Isso é assim porque a qualidade-matriz do diâmetro Câncer-Capricórnio designa nossa cidadania ao grupo-família e ao grupo-nação em que encarnamos por lei de destino maduro e atração vibratória.

A oitava vibratória mais inferior de Marte é notada em sua função como liberador das compressões Plutão-Escorpião. Esse é o governante como ditador autocrático. Seu “EU SOU” e “Eu sou um símbolo personalizado de toda ignorância repleta de ódios e cobiças dos meus governados”. O czar russo Ivan, o Terrível, foi um exemplo perfeito desse tipo de governante; seu povo era uma massa bárbara, ignorante, brutal, e a subserviência desse povo ao seu infame governo despótico foi a síntese da escravidão. A oitava seguinte – sincronizando com as necessidades evolutivas do povo russo – foi exemplificada em Pedro, o Grande. Exatamente tão despótico como foi “o terrível”, este homem funcionou em uma oitava mais alta de percepção e propósito. Sua vontade, intensamente concentrada, serviu para coordenar seu povo, e ele lutou durante anos para desenvolver e expandir o poder econômico de sua nação e para introduzir nela pelo menos vestígios da cultura da Europa ocidental. Nesse tipo de governante as características de insensibilidade, brutalidade impetuosa, egotismo e falta de compaixão são fortemente pronunciadas. Seu egotismo, contudo, serve a um propósito dos mais importantes – o de consolidar a nação em uma identidade e unidade coerentes. O adormecido “Eu sou” da vibração grupal da nação é despertado pelo poder do “Eu sou” pessoal do governante autocrático. O “Eu sou” de um governante aristocrático degenerado é exemplificado pelo caráter e personalidade de Luiz XV, rei de França. A presunção e o cinismo desse homem, regente-símbolo de um dos mais degenerados e corruptos períodos da história dessa nação, retratava perfeitamente os negativos cristalizados desse tipo de governo – o da hierarquia – a forma que provê pontos de concentração de poder dentro do palácio da nação. Um exemplo regenerado desse tipo de governo – e ela foi um exemplo notável – foi o da grande Rainha Elizabeth da Inglaterra. Culta, de enorme erudição, devotada ao progresso e bem-estar de seu país com todas as fibras do seu ser, essa brilhante e intrépida mulher simbolizou as aspirações culturais e econômicas de seu povo vigoroso e empreendedor. Ela estava definitivamente em um nível mais elevado do que muitos desses governantes de sociedades com consciência de classe em que seu intenso amor patriótico a fazia aborrecer a guerra e a destruição; ela é considerada a mais humanamente motivada e iluminada regente de sua época e uma das soberanas de maior projeção na história da humanidade. A uniformidade do seu país como uma potência mundial, sob uma motivação de um intenso orgulho nacional, enfatizou a qualidade capricorniana de superioridade que caracteriza essa nação – um exemplo interessante de peculiaridade de personalidade nacional. Outras degenerações de conceito hierárquico – e isso na forma mais cristalizada – são vistos no velho conceito de casta da Índia, só recentemente descristalizado. Esse conceito (derivado de como o se humano imagina a Hierarquia Cósmica) provocou a escravidão cármica para milhões de seres humanos por muito tempo.

Há diversos exemplos notáveis de governo de Câncer. Esse é o tipo de governo que se concentra na perpetuidade do bem-estar, material ou espiritual. A corrupção desse padrão é vista na dádiva do dinheiro, alimento, da diversão, etc., para a massa por indivíduos tais como os governantes romanos Nero e Calígula. Um gesto ostensivo de preocupação pelo público mascarava, nesses casos, um horrendo medo e terrível cobiça. Eles exemplificaram, com sua política de dar, os piores aspectos desse padrão governamental. Regenerado, nós vemos no governo da religião humanística dos Quakers, um dos melhores exemplos desse tipo, na atualidade. Sua política de pacifismo universal é, naturalmente, uma motivação espiritual de tremendo poder para o bem no mundo. Sua contribuição para o bem-estar humano tem sido patente. A administração do Exército da Salvação é outro exemplo. O serviço de ensino e cura realizado por certas ordens religiosas representa um belo aspecto de conceito de governo. Mesmo aqueles que funcionam inteiramente no que é chamado “ordem contemplativa” dão, se suficientemente evoluídos, uma notável contribuição redentora por meio de seu trabalho nos planos internos; esse serviço não é percebido ou observado pelo mundo externo – é uma alimentação vibratória baseada na renúncia da consciência de personalidade. Com efeito, podemos considerar que a vibração de Júpiter, como significador da 9ª Casa abstrata, se mistura com a vibração Lua-Câncer para indicar a essência do governo pela organização da autoridade religiosa. É possível que você aprecie um estudo biográfico de governantes – desde o iluminado Faraó Aquenáton[5], através dos tempos, e chegar a uma mais clara compreensão de como os governantes, como seres humanos individuais, personificam o inconsciente coletivo, a ignorância e congestão coletivas, e as necessidades evolutivas coletivas da massa. É um estudo fascinante, e é algo que todo Estudante de ocultismo e filosofia deve empregar algum tempo e atenção.

Agora vamos nos incumbir de estudar os princípios de governo quando são simbolicamente indicados quando os Astros estão em seus Signos de Exaltação. Estes representam o governo pela maestria relativo – a expressão, como regência, do poder solar por seres humanos altamente evoluídos (regiamente) a qual tem, como propósito, a iluminação da consciência humana. Esta abordagem à regência revela os atributos espirituais inerentes a cada tipo, assim como as obrigações espirituais concomitantes a essa forma de serviço.

A primeira dessas é a Exaltação do próprio Sol no Signo de Áries. A identidade é “Eu Sou um Filho (ou Filha) Gerado do Pai-Mãe Deus”. Essa é a identidade do nascimento espiritual e da consciência de possuir atributos divinos. A regência indicada por esta vibração é autodomínio, que é a fonte da qual derivam todos os demais governos espirituais e da qual emanam todas as expressões de amor e sabedoria transcendentes. Os sacerdotes-reis do antigo Egito, formosamente descritos por Joan Grant[6] em seu belo livro “O Faraó Alado”, exemplifica esse tipo. Esses grandes regentes eram provados espiritualmente por suas qualificações para servirem como governantes de seus povos naquela que foi uma das épocas espirituais mais notáveis de projeção da história humana. Posto que as especializações emanam do Uno, este ponto de Exaltação do Sol respalda qualquer tipo de governo espiritual. O Regente de Áries, Marte, está exaltado em Capricórnio. Nesse estudo Capricórnio simboliza o conceito hierárquico do governo aristocrático; a especialização de “classes” reflete (o que deveria ser) as graduações da evolução espiritual. Originariamente a religião bramânica[7] da Índia se baseava nesse conceito; Platão falou de “a regulamentação pelo eleito filosófico”. A Exaltação de Marte em Capricórnio, em termos genéticos, é a maturidade do princípio masculino no cumprimento da responsabilidade. Vê-se, dessa maneira, a qualificação espiritual que designa os verdadeiros regentes em um governo hierárquico: a responsabilidade de manter vivo o “Eu Sou” espiritual de tal maneira que a função de governar os menos evoluídos possa ser exercida com positivismo, coragem e senso de amor paternal como a motivação de amor protetor. Dar vida é atributo dos pais; manter princípios de governo que contribuam para o bem-estar e progresso gerais (material, intelectual e culturalmente): é esta a vida que o verdadeiro governante aristocrático dá para o seu povo. Seu atributo marciano lhe possibilita defender a si e, consequentemente, ao seu povo das cristalizações de preconceito, da congestão de casta, e das avaliações superficiais. Mantém vivo em sua consciência – porque Marte é a vibração ultra masculina, como um derivativo do Sol – o senso de se valorizar e se apreciar como um trabalhador no mundo. O vigor, a virilidade e o positivismo de Marte regenerado proporcionam saúde em seus efeitos; o exercício desses atributos neutraliza os perigos de congestão na indolência, no luxo, e no parasitismo que se infiltra numa sociedade fundamentada no princípio do dinheiro, da posição e dos valores herdados. Marte em Capricórnio é vitalização do senso de amor paterno; seu exercício exige autodisciplina e trabalho.

A Exaltação da Lua em Touro, segundo Signo de Terra, desperta o instinto alimentar e proteger o imaturo dentro da consciência de conservação. Os fracos se tornarão fortes. Os imaturos se tornarão maduros. O negativo da vibração de Câncer é superproteger e superalimentar aqueles que são dependentes até certo ponto. A manutenção do desenvolvimento do fraco e imaturo é a oitava exaltada do poder da Lua. Proteger o desenvolvimento é uma contribuição ao progresso evolutivo; fomentar a fraqueza é contribuir para o atraso. A grande Elizabeth da Inglaterra[8] tinha a Lua em Touro, na 4ª Casa, e certamente nenhum governante em nenhuma época foi mais respeitosamente atento e sensível ao vigoroso potencial evolutivo da nação regida. Um fator psicológico mais significativo é visto nessa posição: Touro é o Signo da 11ª Casa da Lua; como tal se relaciona a Câncer-Lua assim como Aquário-Urano se relaciona a Áries. Essa posição da Lua (relação de um Signo da 11ª Casa com a sua Dignificação) impõe, aos espiritualmente maduros, a necessidade de descristalizar a sensação de possuir aos imaturos e fracos. Procurar maternalmente (de uma maneira lunar) possuir a outra pessoa é identificar Touro como a polarização de Escorpião; os dois juntos formam o diâmetro desejo-poder. Qualquer indivíduo ou governante com a responsabilidade de alimentar através da posição da Lua em Touro, é prevenido a se abster de considerar a pessoa mais fraca e imatura como uma posse pessoal. A nação e a riqueza da nação não são posses da função governante. Um governante recebe recompensa por seu trabalho como qualquer outro trabalhador; esta recompensa deve ser uma expressão de troca entre o povo da nação e seu governante, um pagamento pelos serviços deste como guardião coordenador. A “influência protetora” de Urano que se deve encontrar nesse padrão é a descristalização da congestão criada pelo desejo-possessividade na manutenção do crescimento e desenvolvimento, pelo respeito aos potenciais do indivíduo para crescer e se realizar. Aplique essa instrução de modo pessoal ou nacional – o padrão é arquetípico. A aspiração evolutiva do Próprio Logos Solar torna possível a ação epigenética no microcosmos – desse modo é representado o respeito do Pai-Mãe Deus por seus filhos. O poder solar liberado através dos princípios lunares diz: “Deixe o microcosmo gerado crescer, se desenvolver, se expressar e realizar seus potenciais: ajudá-lo, guiá-lo, instruí-lo, alimentá-lo, nutri-lo, protegê-lo, mas deixai o meu poder fluir por ele com força sempre crescente; não o protejam em excesso contra seu ingresso no meu Estímulo Criativo. Encoraje-o sempre a constante expansiva radiação de amor pelo microcosmo; não coloque barreiras a essa expressão por possessividade congestiva”.

A Exaltação de Saturno em Libra de Vênus é a fusão espiritual alquímica da justiça com a misericórdia. É a dissolução da severidade excessiva e da cristalização de conceito pelo exercício dos impulsos humanos. É também (porque Libra, neste mandala, simboliza o conceito de governo democrático) o equilíbrio da autoexpressão na governança por uma consciência de responsabilidade mútua dos cidadãos por meio de sua identidade fraternal como nacionalidades iguais. A Exaltação de Saturno nesse Signo é o símbolo astrológico do conceito de justiça para todos – uma lei se aplica ao pobre e ao rico, ao instruído e ao ignorante, e significa que as verdadeiras leis são cópias das leis divinas no sentido de que ninguém está isento delas. As leis que protegem um às custas de outro representam as características degeneradas da corrupta aristocracia de Saturno – a ilusão de superioridade de casta e as injustiças das avaliações pela posse de riqueza. Nesse sentido, a administração de um certo governo religioso de âmbito mundial parece ser, no que tem de melhor, um devoto dessa lei de justiça para todos. Suas portas ficam abertas para todos, suas medidas corretivas se aplicam a todos, a despeito de posições ou posses mundanas. No que tem de pior, o símbolo de Saturno em Libra contrabalança erros com pagamento material. Nas sociedades em que a posse financeira é considerada o padrão de avaliação, uma transgressão espiritual contra o indivíduo, um grupo ou contra a própria nação é considerada resgatada se uma certa transação financeira for efetuada. Essa congestão de ignorância tem desempenhado um papel infame na história humana – é uma das ações mais blasfemas de que o ser humano é capaz. É uma congestão de tal escuridão que pode ser necessário um destino maduro de uma vida inteira para o governante, a fim de descristalizar e regular o desequilíbrio. Na consciência humana, isto é, na consciência dos indivíduos que governam, essa posição de Saturno no mandala destaca a Luz Branca de Saturno, quando o governante reconhece sua fraternidade – como um concidadão – com seus governados. Essa é a justiça balanceada e o equilíbrio do relacionamento governante-cidadão. Que nenhum governo esqueça esse princípio; dele depende o recurso de valor espiritual do serviço governamental.

Libra, como um significador do princípio de governo democrático, é a fusão dos princípios do matrimônio com os princípios do autodomínio contributivo. Em uma democracia, homens e mulheres têm o privilégio de se expressarem, e esse conceito governamental é um dos quais, provavelmente mais que qualquer outro padrão grupal, tem melhor servido para descristalizar a ilusão de superioridade e inferioridade dos sexos, em relação um ao outro. O matrimônio é uma cidadania de dois pontos de intercâmbio recíproco, o desenvolvimento mútuo e o cumprimento mútuo. A democracia é uma cidadania de muitos pontos de intercâmbio mútuo, de desenvolvimento mútuo e de cumprimento mútuo. Um casal é um microcosmo de todos os homens e mulheres de uma nação em particular; a polaridade da nação é a extensão da polaridade do casal. Encarnar sob um governo democrático é realizar um resultado de muitas encarnações de esforço regenerador como indivíduo; assim como com o Aspecto Trígono, tal conquista impõe a responsabilidade (Saturno) de contribuir para o bem mútuo e para a justiça de todos.

A Exaltação de Vênus (como regente de Libra) em Peixes é a conscientização dos poderes espirituais como instrumentos governantes dos assuntos da humanidade. Perceber as verdades que estão por trás da posição de governantes, as experiências das nações e a alquimia espiritual que atua continuamente para concretizar o ideal da Humanidade que torna possível a realização da fraternidade externa entre a humanidade e outra vida terrena.

A natureza essencial da Cidadania é a “Fraternidade localizada”. Como habitantes desse Sistema Solar, nossa primeira identidade de cidadania é a (que chamaremos) de “solarianos”. Essa identidade é derivada do fato de que todas as expressões de vida desse Planeta e de todas as expressões de vida nos outros Astros deste Sistema são microcosmos de uma fonte comum: nosso Logos Solar. Se houvesse algum modo de identificar nosso Sistema em seu relacionamento com os outros Sistemas Solares de nossa galáxia, poderíamos qualificar nossa identidade como “cidadãos galácticos”, depois “cidadãos arqui-galáticos”, até a identidade final que temos com todas as outras expressões de vida, como “Universarianos” ou “Cosmosianos”. Contudo, nossa localização imediata no Cosmos é pela identidade com a nossa Fonte Criadora imediata, o Manifestador e Governador desse Sistema. Poderíamos designar esta Fonte por um nome personalizado, por exemplo: “Hélios”. Isso poderia especificar a identidade de nossa Fonte na fraternidade externa de outros Logos Solares de nossa galáxia. Então a nossa identidade de cidadania poderia ser, como membros desse Sistema. “Heliosolarianos” para diferençar nossa condição de cidadãos de outros “Solarianos” de nossa galáxia. Como um cidadão americano de antepassado espanhol é um “hispano-americano” (a procedência – derivativa – qualifica a identidade localizada), do mesmo modo seríamos designados como “Heliosolarianos Terrestres” para especificar nossa cidadania imediata no Planeta Terra do Sistema Solar de “Hélios”. Em nossos horóscopos, o tradicional símbolo circular do Sol colocado no centro da roda é o símbolo Astrológico de “Hélios” como nossa Fonte Criadora; o símbolo sugerido do “semicírculo na linha horizontal” (representação simbólica do Sol nascente) é nossa consciência personalizada da existência e natureza de “Hélios”; nós designamos esse símbolo simplesmente como “Sol” porque ele representa uma compreensão relativa da natureza de “Hélios”.

O símbolo Astrológico arquetípico de cidadania democrática (como princípio da fraternidade se manifestando em uma forma de governo) é o Signo de Libra, Signo da 7ª Casa do Grande Mandala e iniciador Cardeal da triplicidade de Ar, da qual todas as especificações de fraternidade são derivadas. Em virtude de os quatro Signos Cardeais indicarem as especificações básicas de nosso Ser polárico-genérico, o mandala com Libra no Ascendente será, agora, considerado como a raiz de nossa consciência de cidadania democrática.

Como “Cosmosianos” o mandala de Libra configura nosso atributo como “Reatores e Refletores” – nós reagimos aos estímulos das expressões de outras pessoas. O mistério oculto do aspecto positivo do poder vibratório de Vênus, como Regente de um Signo Cardeal, é observado no fato de que a ação que expressamos subsequente à reação a uma expressão negativa de outra pessoa pode ser uma expressão de alquimia que transmuta; podemos reagir com dor, mas não temos que projetar novamente de acordo com a reação de dor; podemos projetar de novo de tal maneira que o atrito, a desarmonia ou a condição negativa em geral seja neutralizada. Por conseguinte, nesse mandala, Libra (um dos Signos que é focalizado por Vênus) é o que expressa, mas sua expressão, devido a Libra é a polaridade reflexiva de Áries, é de alquimia contrária ou transmutativa. Nesse mandala, as “transcendências” dos Signos de Libra através de Peixes focalizam os elementos de consciência anímica naqueles capítulos de experiência arquetípicas que geralmente pertencem à consciência do “eu separativo”. Reagir e expressar pela alquimia transmutadora é elevar a consciência do eu separativo a um grau da oitava do “eu inclusivo”. Na medida em que a ação regenerada segue a reação, as forças vibratórias combinadas de duas ou mais pessoas magnetizadas na relação serão transmutadas.

Em termos físicos, esse mandala retrata a mulher como aquela que expressa, e o homem como aquele que reage; retrata, em sentido mais abstrato, a expressividade da consciência anímica e a reatividade da própria consciência. Expressões dinâmicas de egoísmo negativo são coisas que sabotam a receptividade da vibração de Vênus; a expressão reativa de Vênus é para neutralizar o elemento destrutivo e, assim, estabelecer um maior grau de bem unificado. Na fraternidade democrática do matrimônio, esse Ascendente Libra configura não somente a mulher; configura também a composição alma-consciência de ambas as pessoas; simboliza as belezas e perfeições que cada pessoa vê na outra; simboliza as belezas e perfeições de cada uma e que são incendiadas na consciência pela essência dinâmica da outra. Isso é “se elevar no amor” (não “se apaixonar”) pelo qual dois seres humanos, cidadãos no mundo de um relacionamento intensamente concentrado, se capacitam em perceber seus elementos anímicos por meio da ignição mútua de idealidades. A alquimia transmutadora que tem lugar num relacionamento amoroso (e todo relacionamento amoroso é matrimônio nos reinos da consciência) é Libra como iniciador de uma nova consciência de vida e como um originador de um novo mundo de experiência. Esposo e esposa – duplas manifestações de amante-e-amada – são cidadãos fraternos no “país democrático da união que eles estabelecem”; o desenvolvimento epigenético de cada um, por meio da fusão mútua física, mental, emocional e vibratória é o propósito da união; a expressão individualizada de ambos, o respeito mútuo às individualidades e a ação colaboradora no serviço amoroso de gerar e criar filhos constituem as qualidades democráticas da verdadeira união amorosa. Consequentemente, vemos que um governo baseado em princípios democráticos é, entre todos os governos, o mais altamente carregado com a essência da consciência amorosa. Somente pessoas que haviam desenvolvido um alto grau de percepção da unidade do poder do amor foram qualificadas para promulgar princípios de governos democráticos. Eram pessoas que haviam entendido, até certo ponto, o ideal de fraternidade externa dos seres humanos como terráqueos e como cidadãos de um grupo nacional localizado. O respeito aos direitos individuais de homens e mulheres e a criação de oportunidades para a expressão individual configuram os princípios do amor espiritual no matrimônio transpostos para a oitava ampliada da convivência de homens e mulheres nesse Planeta ou num tipo racial específico ou numa forma nacional particular. O ser humano individual, na localização de sua vida familiar pessoal, demonstra o tipo de sua consciência de governo; como ele é em sua consciência é também com sua família e nas suas relações com seus concidadãos.

Agora, considere a “infância da conquista”. Nós nos referimos ao Signo de Gêmeos no Grande Mandala como a imaturidade da consciência de cidadania da Humanidade. Esse é o Signo da 3ª Casa; como um Signo-raiz é o Signo da 12ª Casa do Signo-matriz Câncer – é aquele que “está por trás de toda expressão dos pais”. A esse respeito, o relacionamento de Gêmeos com Câncer (e sua polaridade, Capricórnio) é aquilo que impele à paternidade/maternidade; são os filhos e filhas físicos para um casal específico de marido e mulher; significa filhos e filhas frutos de destino maduro, nascidos por uma polarização específica de base ancestral nacional. Câncer-Capricórnio, em relação a Áries-Libra, é “aquilo de onde se deriva a Forma (manifestação)”. Nós não herdamos traços nacionais; somos atraídos a pais de ancestralidade específica pela qualidade da nossa consciência. “Traço nacional” é apenas outra maneira de se dizer “qualidade vibratória concentrada em um grande número de pessoas”. Usamos palavras como “escandinavo”, “espanhol”, “polonês”, etc., para designar a cidadania do nosso nascimento físico ou do antecedente nacional de nossos pais, mas existem muitas pessoas que não se assemelham a seus pais em qualidade nacionalista; de fato, elas podem não ter afinidade com as tradições e com a ótica nacionalista de seus pais. Essas pessoas provam que, na consciência, são cidadãos de idealismo diferente – elas encontram suas afinidades com pessoas, cujo interesses, ideais e aspirações coincidem com os seus. No entanto, nascidas na área conhecida como “Estados Unidos da América”, todas as crianças, por atração de destino maduro, entram em contato com os ideais e aspirações expressos pelos fundadores com inclinação espiritual dessa nação; a essência da cidadania democrática é a pedra angular do edifício nacional que eles construíram. Como Gêmeos, então, nossos filhos são “americanos jovens, imaturos, em crescimento”.

Pode-se dizer seguramente, nesse ponto, que a encarnação como “cidadão americano” significa que toda criança (não importando seu fundo de destino maduro ou ancestral) é programada para aprender mais sobre o ideal espiritual da vida democrática. Muitos grandes seres humanos com inclinação democrática têm passado pela história humana. Democracia não significa “partidarismo político”; é um estado de consciência espiritual. O imortal Akhenaton, Faraó do Egito, há quase seis mil anos atrás, foi chamado de primeiro governante democrático da história humana; como soberano de seu povo ele visava estabelecer os princípios da liberdade religiosa, igualdade legal dos sexos e a educação espiritual como partes integrantes da vida de seus súditos. Considerando as transcendentes qualidades de sua Mente, seu Coração e Espírito ele foi um verdadeiro “Filho de Hélios”: seus conceitos de regência incluíam seu senso de fraternidade básica com seus súditos e a de seus súditos entre si. Se a educação moderna nesse país puder ensinar, ou vitalizar, uma consciência de fraternidade nas Mentes das crianças de hoje, então ela terá cumprido seu propósito esotérico. Se a educação moderna puder ensinar a Lei de Causa e Efeito terá cumprido seu principal propósito exotérico, pois a compreensão dessa lei é a raiz de toda educação. A educação do intelecto concreto é importante, naturalmente, mas os intelectos brilhantemente dotados podem, e alguns o fazem, viver em um mundo que interpretam como caótico, incoerente, confuso e incompreensível, porque eles próprios são caóticos, incoerentes, confusos e incompreensíveis em seus relacionamentos com eles mesmos e com as demais pessoas. Não sabem que eles próprios causam as condições que se registram como efeitos em suas vidas. Os nativos de Gêmeos, então, como crianças nascidas de pais específicos em um local específico, são cidadãos do mundo do aprendizado, o mundo do lar e da escola. Em uma administração governamental democrática, o reconhecimento é dado pelo direito de toda criança aprender, organizar e coordenar suas faculdades mentais, ampliar seu conhecimento (trazido de encarnações passadas) do mundo objetivo, desenvolver seus talentos e potencialidades para o trabalho e serviço e se tornar mais espiritualmente informado. Esse reconhecimento é dado em virtude do respeito pela existência individualizada da criança nesse Planeta e do respeito pelo bem que ela, potencialmente, pode fazer quando adulta. A essência genérica de Gêmeos, em tal designação, é feminina; o menino e da menina Estudantes funcionam, através dos anos de experiência de estudo, como receptores; funcionam com receptores do e reatores ao estímulo educativo projetado pela essência dinâmica da polaridade planetária de Gêmeos, que é Júpiter (Regente de Sagitário). A polarização jupteriana de Gêmeos de Mercúrio estabelece que toda verdadeira educação é espiritual – o conhecimento dos princípios é o macrocosmo para o conhecimento dos efeitos; o conhecimento da causa-e-efeito clareia os canais para todos os outros conhecimentos. O instinto evolutivo para espiritualizar o conceito de serviço na vida é mostrado pelo diâmetro vertical Virgem-Peixes do mandala de Gêmeos; o ideal de serviço pessoal e impessoal perfeito é aquele que “gesta” a aspiração de aprender. O conhecimento (ou compreensão) que não é usado para o melhoramento contributivo da vida humana é, relativamente, “material morto”. Por conseguinte, como membros de grupo de família e de grupo de escola, as crianças são cidadãos no estado de amadurecimento mental. O princípio administrativo dessa identidade é o diâmetro Câncer-Capricórnio nas cúspides segunda e oitava Casas – a “posse da cidadania de grupo, nação ou família” é para ser transposta para a oitava Casa de administração do grupo humano pelo exercício daquilo que é aprendido intelectual e espiritualmente. Enquanto encarnamos no arquétipo humano, nós teremos cidadania somente como “Terráqueos”; se congestionar na posse da cidadania americana é inibir e restringir o sentido de identidade como cidadania terrestre. O arquétipo humano é nossa família, é a “sociedade” à qual pertencemos, é a especificação de nossa identidade em relação ao nosso “logos solar”, “Hélios”, de cujo poder nós somos a mais alta manifestação epigenética nesse Planeta. Gêmeos é o Signo da 9ª Casa do mandala de Libra – o senso de fraternidade destilado de encarnações passadas representa o aspecto sabedoria de nossa consciência de relação concentrada complementariamente na presente encarnação. Geralmente, injustiças de ponto de vista concernentes a princípios de polaridade no relacionamento humano servem para congestionar o florescimento da relação amorosa, da experiência marital e da cidadania fraternal com compatriotas e colegas de estudo.

Aquário, Signo Fixo e de Ar, é o Signo da 11ª Casa do Grande Mandala e o Signo da 5ª Casa do mandala de Libra. Como o último, ele é a essência transcendente do poder do amor nos relacionamentos humanos. É o “amor pessoal que não conhece barreiras qualificadas como externas”; é o amor que percebe o valor interno e a realidade íntima da individualidade humana. Ele é a descristalização dos aspectos congestionados e egoísticos do amor pessoal de Leão e é amor como “aspecto-coração” da consciência de maestria.

O mandala de Aquário mostra Capricórnio na cúspide da 12ª Casa; o que deve ser redimido é a cristalização do conceito de identidade de grupo humano e separativa. As nações separadas e diferentes umas das outras, competitivas entre si, temerosas e inseguras, hão de ser, pela vibração de Urano, como Regente de Aquário, identificadas novamente como pontos estruturais no edifício da sociedade humana como um todo. Esse mandala, e o posicionamento de Capricórnio-Câncer, retrata definitivamente a influência dos Mestres como aqueles que servem recarregando os conceitos cristalizados de “famílias de nações separadas” pela esfera de ação e poder de suas percepções de amor à realização mais clara de uma só nação e uma só família. A colocação nacional de um Mestre – ou de alguém que tenha o mesmo grau de amor de um Mestre – é a forma vibratória na qual ele encarna para cumprir seu serviço espiritual. Joana d’Arc para França, rainha Elizabeth para a Inglaterra, Khalil Gibran para o povo da Síria, etc.: em todos esses casos, um serviço de inspirada regeneração foi realizado para grupos humanos específicos, mas a raça inteira, no fim, foi beneficiada por aqueles serviços. Se, por exemplo, Gibran pensasse de si mesmo somente como um sírio, e de maneira congestionada, o poder de sua poesia e de sua pintura teria se debilitado. Ele era um sírio apenas pela identidade nacional localizada; ele era, e sabia disso, na realidade um Terráqueo e um “Solariano”. A cidadania fraterna simbolizada por Aquário é a imagem mais completa do princípio democrático em ação, porque a esfera de ação do seu poder e influência inclui todos os humanos, a despeito de aspectos externos, linhagem ou parentesco. Aquário, como Signo da 9ª Casa de Gêmeos, é a fraternidade universalizada; como Signo da 5ª Casa de Libra é a radiação de amor impessoal e intercâmbio amoroso espiritualizado. Todos os que aprendem são concidadãos e todos os que amam são membros da democracia do coração.

 

CAPÍTULO III – ESTUDO DAS POLARIDADES

O horóscopo é, dentre muitas outras coisas, um mandala da sexualidade. A vida de todas as manifestações é o intercâmbio efetuado pelas Forças Cósmicas quando elas expressam as polaridades dinâmica e receptiva. Nós nos referimos as polaridades “positiva”, “ativa”, “masculina” como dinâmico, que designa “aquilo que impregna ou estimula”. Na manifestação física da vida gera organismos que chamamos de “sexo masculino”. Aquilo que é receptivo é aquele sobre o qual se atua; é “passivo”, “resultante”, “aquele que recebe a impregnação ou a estimulação e nutre a nova vida para expressão ativa”. Em termos físicos chamamos a esta expressão de polaridade de “sexo feminino”. As pessoas estão familiarizadas com os termos “sexo masculino” e “sexo feminino”, porque os impulsos geradores são um fator vital em suas próprias experiências e são evidenciados nas experiências da vida de outras formas, tais como a da vida animal e da vida vegetal, percebidas por toda parte.

No entanto, a palavra “sexo” é muito mais extensa em seu significado. É a vida em ação e movimento; o eterno intercâmbio de potências vibratórias, e seus efeitos entre si é o que faz da manifestação aquilo que ela é. E isso se aplica a todos os planos, desde o nível de manifestação material mais denso, de vibração mais lenta, até a verdadeira essência da própria Fonte Criadora. Cada momento da nossa existência é uma expressão da sexualidade cósmica; isso podemos ver se considerarmos umas poucas coisas que demonstram nossa habilidade para estimularmos e sermos estimulados.

Fazemos uma pergunta; somos receptivos à informação dada a nós pela pessoa que responde. Falamos; tomamos fôlego como um pábulo para nossas palavras e projetamos o pensamento que encarnamos em símbolos sonoros chamados palavras. Nossas percepções sensoriais são agentes de receptividade; por seu exercício recebemos impressões pelas quais identificamos o mundo fora de nós mesmos. Fazemo-nos perceptíveis aos outros por nossa ação em movimento e som. Alguém se projeta em nossa consciência; reagimos à sua expressão consoante ao nosso estado vibratório de consciência.

Essas simples ilustrações do cotidiano são apenas um pouco do muito que poderia ser considerado; entretanto, elas são suficientes para mostrar que nós, como expressões de vida, somos expressões compostas da Polaridade Cósmica. Somos de tal modo constituídos que demonstramos por meio de nossas vidas, de uma maneira ou de outra, nossa bipolaridade essencial. Entender “sexo” significando somente os atributos de geração física é manter nosso entendimento em águas turvas. O filósofo compreende mentalmente que um princípio – seja sexual ou de qualquer outra coisa – é onipotente.

A bipolaridade essencial do organismo humano é maravilhosamente ilustrada na atividade criadora. O artista, em sua inspirada reparação, abre sua consciência para as percepções dos padrões perfeitos existentes nos planos internos; ele lança, por assim dizer, a força estimulante que torna possível, para ele, conceber o padrão ideal em termos de sua modalidade artística particular. Pela meditação concentrada ele molda essa concepção em forma, nos planos mentais. Então, por meio de sua técnica física altamente desenvolvida, ele dá à luz a essa versão particular do padrão ideal. Em suma, ele projeta esse conceito manifestado no Mundo Físico, o qual, por sua vez, é percebido por outras pessoas que extraem dele um estímulo para seu próprio idealismo e sua própria inspiração. Deste modo, o artista criativo exercita tanto a polaridade receptiva quanto a polaridade dinâmica; ele funde sua própria “masculinidade e feminilidade” em um só ato criador intensamente concentrado. Aliás, isso é astrologicamente ilustrado pelo Planeta Urano, que está Exaltado em Escorpião; Urano é a fusão de Marte com Vênus – a sincronização dos símbolos essenciais dos Planetas, cujos pontos de regência iniciam nos dois hemisférios horizontais – consciência de si e consciência da alma.

Os alunos – enquanto crianças – estão no processo de integração de suas faculdades por meio de funções envolvidas no “crescimento”. Eles recebem um estímulo do professor e absorvem o efeito desses estímulos; cedo ou tarde dão vida aos seus conhecimentos ao pô-los em ação em seu trabalho como adultos. O professor, que, em relação aos seus alunos, atua como “estimulador”, tem sido por sua vez estimulado por aqueles que lhe transmitiram ensinamentos. Todos somos elos dinâmicos e receptivos na eterna cadeia do vir a ser.

“Masculino e macho” e “feminina e fêmea” são expressões personalizadas da Polaridade Cósmica. A abstração última desses termos – o composto de sua verdade essencial – resume-se na simples frase: CAUSA e EFEITO.

Assim como a masculinidade sexual essencial do organismo humano atua na feminilidade física essencial, do mesmo modo a fonte criadora atua na – e por meio da – manifestação material para o prosseguimento de sua Vida total. A dimensão material – em toda a sua imensidão de expressão espacial – é a fêmea para o macho cósmico. A matéria é definida como o “Polo negativo do Espírito”, “Mãe Terra”, e muitas outras tais expressões feminilizadas, ou figuras de linguagem. Nenhum dos dois polos existe – ou pode existir – sem o outro; o essencial de cada um é inerente a cada expressão de vida. O horóscopo confirma isso de modo simples e belo:

Use três círculos em branco como ilustração; no primeiro ponha um ponto no centro. Isso é análogo à fonte criadora manifestando um universo, uma galáxia, um sistema solar ou um ser humano individual. A “Vida” da roda não é mostrada; exceto pelo ponto, sua área está inteiramente em branco. Medite sobre essa roda, enquanto ela representante de uma expressão de vida específica.

No segundo círculo ponha um ponto no centro e em seguida acrescente o diâmetro vertical; agora o círculo tem “Vida” – sua área é diferenciada na maneira mais simples possível: divisão em dois hemisférios por uma linha.

Essa linha vertical é o símbolo abstrato da polaridade dinâmica do cosmos; é o símbolo essencial do ato sexual gerador; é o símbolo-raiz da causa. Aplique-o a qualquer horóscopo humano e reconheça que essa vertical se compõe de cúspides da 4ª Casa e da 10ª Casa – as “Casas dos pais”. Nossos pais são o “primeiro passo”, os “agentes iniciadores”, a causa de nossa manifestação no plano físico como seres humanos. Mas, note isso claramente: como nossos pais, temos um composto sexual de macho e fêmea; um se concentra na polaridade masculina como sua expressão física e outro se concentra fisicamente na polaridade feminina. Os dois juntos geram nosso veículo físico.

Agora, no terceiro círculo adicione o ponto central e o diâmetro horizontal.

Essa é a representação daquilo sobre o qual atua o agente gerador – o aspecto subjetivo da vida, aquilo que foi gerado e é resultado da geração. A vertical é a causa, a horizontal é o efeito. O terceiro círculo, com o diâmetro horizontal, também é diferenciado em duas metades, mas, como se acham “concentradas horizontalmente”, elas aparecem como “contrapartes” das metades verticais. Esse diâmetro horizontal é, astrologicamente, o composto das cúspides do Ascendentes (1ª Casa) e do Descendente (7ª Casa). A pessoa representada pela Carta – o nativo – está no Ascendente, sua consciência envolvida pela sua indumentária física; ela “olha através da roda” e, no ponto mais afastado, oposto ao seu, vê (do mesmo modo que vemos nosso reflexo num espelho) sua contraparte, seu “outro Eu”, seus necessários cumprimentos, resumindo: sua companheira.

A espantosa e emocionante maravilha da simbologia astrológica em nenhum lugar é mais evidente que no composto das quatro metades de um círculo. Acrescente às segunda e terceira rodas o diâmetro complementar; o resultado apresenta os quatro quadrantes do horóscopo individual, mas, de maneira simples, ele descreve a bipolaridade daquilo que gera e daquilo que é gerado.

Você é um homem; sua 7ª Casa é uma mulher; um de seus pais é um homem e a outra é uma mulher. Agora a linha vertical dos pais representa a bipolaridade da essência dinâmica da vida; a horizontal representa a bipolaridade da essência receptiva. Continuando essa abordagem de modo mais amplo, vemos que cada fator da roda astrológica é um composto das polaridades dinâmica e receptiva. Qualquer macho ou qualquer fêmea pode ter quaisquer dos Signos em quaisquer cúspides; o Regente da Carta, o Sol e a Lua, ou quaisquer das posições planetárias podem ser encontradas em quaisquer dos Signos zodiacais, não importando se os Signos envolvidos sejam considerados “masculinos “ou “femininos”.

Portanto, podemos reconhecer que, se os nossos Corpos são especializações da polaridade para o sexo gerador masculino ou feminino, nossa consciência é um composto vibratório de ambas as polaridades. Entender o relacionamento humano é realmente entender a sexualidade vibratória da consciência humana. O astro-filósofo deve cultivar essa compreensão para poder desvendar os mais profundos segredos dos padrões astrológicos.

O astro-filósofo que seja pai ou mãe começa a compreender as Cartas de seus filhos quando começa a compreender sua própria Carta. Na medida em que “se afaste” de qualquer coisa em sua própria imagem vibratória, ele será deficiente na interpretação da de seu rebento. Sua 8ª Casa é a sua vida geradora, particularmente em relação à sua companheira ou companheiro, mas sua 5ª Casa é a área da consciência de amor, pela qual ele oferece um “convite à vida” a outros Egos que virão como seus filhos.  Todos os pais expressam, em certa medida, o potencial de amor da 5ª Casa, mas os pais astro-filósofos combinam os poderes da 5ª Casa com os de sua polaridade espiritualizada: a 11ª Casa. Eles não são apenas pais, mas são amigos; não são só nutridores do Corpo, mas são também nutridores da Mente e do Espírito; não são simplesmente “o velho “ou a “minha mamãe”, mas são o irmão e a irmã mais velhos que se oferecem para compartilhar sua compreensão da vida com aqueles que chegam através deles. E, como astro-filósofos, eles oferecem aos seus irmãos mais jovens um ponto de vista baseado na compreensão dos princípios mais o calor e consolo de um coração amoroso. Ele, o pai, buscará compreender a constituição vibratória bipolar de cada filho e, contritamente, buscará orientação para lhe clarear a percepção dos padrões das Cartas dos filhos, conforme representem potenciais para desenvolvimento. Ele deve compreender os princípios de vida conforme eles são representados no padrão da 5ª Casa de sua própria Carta e alinhar sua consciência, cada vez mais, com o significado essencial de paternidade como um fator na experiência da Vida.

Chegamos a um ponto em nossa abordagem à natureza humana em que não mais somos os homens em pacotes rotulados de “só qualidades masculinas” e as mulheres com idênticas denominações de “só qualidades femininas”. Essa abordagem obsoleta tem provado estar em desacordo com o espírito da pesquisa verdadeira. Os homens podem manifestar, e às vezes manifestam, uma acentuada tendência para elementos da personalidade feminina, sendo a recíproca verdadeira em muitas mulheres. O astro-filósofo que é pai sabe – e sabe com sua profunda compreensão – que seus filhos e filhas são compostos de polaridades vibratórias, e que seus propósitos na vida e o propósito dele de nutri-los e guiá-los não é para virem a ser “totalmente homem ou totalmente mulher”, mas sim o de lhes cultivar o poder de expressarem o melhor de ambos de acordo com os requisitos essenciais indicados nas Cartas. Aqui vai um ponto significativo, apresentado como básico para um pai determinar seu efeito vibratório na consciência de um filho: compare sua Carta com a da criança, e se você tem um Astro em Conjunção com o Ascendente dela saiba, então, que você estimula acentuadamente a vibração desse Astro na Carta dela. Esse é um exemplo básico do Princípio de Vibração Simpática – o “princípio do diapasão”. Se você, sendo homem, tem seu Marte ou o Sol no Ascendente de sua filha, como astro-filósofo, você está prestes a cultivar as expressões mais construtivas daquele Astro em seu próprio viver. Você é a primeira “imagem viva de homem” que sua filha tem, e na medida em que possa representar o Sol ou Marte regenerados, conforme o caso, você concorre de forma notável para ajudá-la a “registrar” uma reação favorável ao sexo oposto. Outros Astros atuam do mesmo modo, mas o Sol e Marte são usados nesse exemplo porque eles são, no composto, o “padrão masculino de consciência” básico ou essencial. A não regeneração de sua parte, em relação a ela, poderá estimulá-la (sendo criança e impressionável, ela é muito sensível à sua vibração) a intensificar qualquer “imagem masculina “ não regenerada que a Carta dela possa registrar e, correspondentemente, tornar difícil para ela, quando crescer, “clarear suas imagens “do sexo oposto.

O mesmo princípio se aplica a seu efeito sobre seus filhos, o de sua esposa sobre os mesmos, e os das crianças entre si. Esse “Astro no Ascendente “ é um laço vibratório vital, devendo ser estudado com grande cuidado – e os resultados do estudo aplicados conscienciosamente no viver diário. Mais estudos podem ser feitos sobre qualquer inter-relação entre os Astros e Cartas; observe especialmente aquelas mudanças em que os Astros dinâmicos dos meninos formam Conjunções com os Astros das meninas; isto é uma variação do padrão “Astro no Ascendente”. Se uma menina tem um padrão vibratório “mais masculino” e um menino tem um “mais feminino”, e eles parecem ser fortemente atraídos um para o outro enquanto crescem juntos, então estude o Urano de cada um em sua relação recíproca. Urano, conforme já dito, é um “composto masculino e feminino”. Nos relacionamentos entre pessoas ele indica atrações espirituais de grande profundidade e intensidade, e a criança que tem Urano afetando a Carta de outra de modo acentuado pode ser uma “iluminadora” em potencial da outra. Ajude seus filhos a se compreenderem como expressões da Bondade e da Beleza da Vida – que na verdade ele são – e faça de si mesmo um “mediador” – por meio de seu entendimento astro-filosófico – entre aquilo que eles tendem ser instintivamente e aquilo que suas Cartas indicam que podem vir a ser.

Se um dos pais é astro-filósofo, o outro deve tentar aprender alguma coisa sobre o assunto para que possa encontrar um certo grau de mutualidade de compreensão e abordagem como base de treinamento e guia daqueles a quem foi dada a encarnação. Toda criança tem, congenitamente, uma imagem singular de “pai-mãe”: talvez exista um laço de destino maduro profundo e difícil entre um dos filhos e um dos pais, ou entre dois dos filhos. A mutualidade de compreensão astro-filosófica pode ser uma maravilhosa redenção para os pais em seu serviço cooperador como pais. Esses laços devem ser entendidos por ambos os pais como manifestações da Lei da Causa e Efeito – e serem percebidos como padrões de energia no processo de cumprimento regenerado por meio do Amor. Eles não devem ser postos de lado, evitados ou “desprezados”.

A astro-filosofia provê um maravilhoso canal pelo qual os pais que se inclinam a viver excessivamente em seus centros de resposta sentimental e emocional podem obter perspectiva em sua busca para entender seus filhos; além disso ela dá aos pais um maravilhoso “passatempo a dois” – algo que eles podem usar para ajudar a outros pais e desfrutar enquanto viverem. Através disso eles podem se dar conta da verdade de que o matrimônio é fraternidade, sua vida é mutualidade, seu florescimento é a amizade verdadeira.

 

CAPÍTULO IV – EXPERIÊNCIA MILITAR INVOLUNTÁRIA

Desde o começo de nossa experiência como encarnados, o conflito, em qualquer nível ou envolvendo qualquer quantidade de pessoas, não é nada mais do que a dramatização do esforço vigoroso do indivíduo para resistir em evoluir. A destruição, a dor e o sofrimento que a humanidade tem infligido a si mesma nunca foi nada mais do que uma expressão de ação ignorante dos princípios da vida. Essa ignorância sempre foi – e como poderia ser de outro modo? – uma questão individual.

Até que certas diretrizes, para si própria, tenham sido estabelecidas, a humanidade funciona, primeiramente, na base de estímulos do pensamento coletivo, instinto coletivo ou sentimento coletivo subconsciente. Nesse modo, a Natureza proporciona recursos para que um destino maduro possa ser experimentado coletivamente. Um grupo de indivíduos – tribo, nação ou um grupo de nações – ficam sujeitos a enfrentar todos em conjunto, ao invés de individualmente, um padrão de retorno de destino maduro. Todas as pessoas, em determinada situação, afinadas com um negativo vibratório particular – tal como o frenesi sádico dos grupos de linchamento – respondem, por simpatia, e se expressam “em massa”. Desde que nós, como indivíduos, carecemos de expressão ideal, estamos “amarrados”, até certo ponto, a determinados padrões de descumprimento. Isso se deve à nossa ignorância dos princípios e ao havermos expresso a ignorância em ação nas encarnações passadas. A expressão – causa – implica em seu próprio efeito. Um dos efeitos mais fenomenais nos tempos modernos tem sido o âmbito global da guerra, tal como temos visto desde 1914. A Oposição entre Urano, em Capricórnio, e Netuno, em Câncer, precedendo a deflagração da Primeira Guerra Mundial, foi a condição vibratória pela qual os seres humanos em grupos nacionais enfrentaram o retorno de destino maduro coletivo por meio da experiência da guerra. Essa Oposição foi o “padrão de Lua Cheia” da Conjunção de Urano e Netuno em Sagitário-Capricórnio durante os últimos anos do século dezoito e primeiros anos do século dezenove. Foi a contagem de tempo para a descristalização universal, isso para que pudesse haver o progresso universal. Poucos momentos de reflexão é tudo o que se precisa para entender que a humanidade inteira foi afetada de maneira drástica por essa Conjunção e sua resultante Oposição. Novas oitavas de Poder e Sabedoria foram liberadas através das encarnações de muitas pessoas que, durante o passado século e meio, tinham a função de “placas de advertência” para a superação das coisas que não eram mais necessárias. Os poderes expressos por essas grandes pessoas afetaram nossas experiências em todos os planos – intelectual, religioso, filosófico, científico e artístico.

Uma “onda de vida” de encarnações ocorreu nos primeiros anos desse século, quando a Oposição de Urano e Netuno não estava em si mesma incandescente, mas formou Quadratura pela Oposição de Saturno em Áries e Júpiter em Libra. Essa onda de vida – focalizando a Quadratura de Saturno com Urano e Netuno – chegou em um dos momentos mais precários. Esse padrão vibratório foi, na opinião do autor, o desafio máximo da cristalização ao progresso. Talvez o mais importante fator isolado na experiência de vida desses povos fosse o de escolher, em consciência, se apegar ao velho ou seguir o progresso por meio do desenvolvimento individualizado. Um ponto evolutivo crítico, de fato! A deflagração da Rebelião dos Boxers[9] e o estabelecimento do governo republicano na China durante esta era representou aquele padrão planetário aplicando-se ao status evolutivo de uma grande civilização – um exemplo interessante do tremendo significado daqueles anos – e daquele aspecto.

Temos uma história registrada de muitos séculos de experiência, de um estudo do qual podemos encontrar – do mesmo modo como nós podemos encontrar nas nossas experiências atuais – os princípios subjacentes no relacionamento entre as causas individuais e coletivas e seus efeitos. Nos dias atuais as pessoas perguntam: “Depois de duas guerras mundiais em menos de meio século, temos que ter uma outra?”. A resposta: “Se tivermos, será porque nós não temos nos aplicado suficientemente para aprender das experiências anteriores sobre os princípios concernentes ao bem mútuo entre os grupos das nações”. Em suma, o efeito – como sempre o faz – poderá descrever e identificar sua própria causa.

Considere o fundamento do Grande Mandala Astrológico: um círculo com um ponto no centro; uma linha horizontal emana do centro para a esquerda, tocando a circunferência: nesse ponto o símbolo do Signo de Áries na parte externa do círculo.

Esse ponto do Mandala é a imagem essencial dos potenciais de cada ser humano que aparece no corpo infantil na aurora da encarnação. Nesse raio estão implicados todos os outros modos possíveis de se expressar o EU SOU individual durante a vida que se segue. Agora acrescente o seguinte, com um lápis de ponta fina: a vertical superior – Capricórnio; a horizontal à direita – Libra; a vertical inferior – Câncer. Do centro do raio esquerdo a linha de Áries trace três quartos de um círculo no sentido dos ponteiros do relógio (sentido horário), passando por Capricórnio e Libra e terminando no centro do raio de Câncer.

Isso é uma “película cinematográfica” invertida – do nascimento à concepção – os nove meses da gestação humana. Todos os outros quatro pontos genéricos estão incluídos nesse filme: movendo-se para frente, de Câncer até Áries – através dos três quadrantes – vemos um resumo das qualidades genéricas destiladas do passado para o presente. Essa é a maneira mais simples que temos de “reunir” os resíduos de destino maduro de encarnações passadas para redenção na presente, porque os pontos estruturais da encarnação – os Signos Cardeais – são todos representados em sequência, do mais feminino ao mais masculino, e cada Cardeal combina o Fixo e o Comum de seu Elemento genérico particular.

Uma vez que nossa experiência é dual: dinamicamente masculina – uma projeção de nossa consciência genérica – e reflexivamente feminina – uma percepção pela nossa consciência genérica – temos nesse simples mandala a soma total essencial “EU SOU” do indivíduo quando ele veio a essa encarnação particular. Isto significa que sua “qualidade EU SOU” de inconsciência, medo, ódio e ignorância, bem como sua “qualidade EU SOU” de poder, amor, sabedoria – os resíduos e as conquistas espirituais, respectivamente, de suas encarnações passadas como homem e como mulher. Sua atração magnética para seus pais revela fatores muito significativos de sua consciência genérica de relacionamento; sua afinidade com sua raça e com sua nacionalidade revela muito de seus resíduos de destino maduro coletivos. Nessa última se encontra a razão por que ele foi – ou pode ser – convocado para o serviço militar durante essa época de mutação universal; em suma, é um resíduo de serviço não prestado e da compreensão de princípios não cumpridos.

Agora, acrescente ao mandala o raio que representa a cúspide da 12ª Casa – ponha o símbolo de Peixes na cúspide. Conecte os raios de Peixes e Áries por uma linha reta com uma ponta de seta apontando para baixo e tocando a cúspide de Áries.

Esse é o modo mais simples que temos, em Astrologia, de representar a emanação do passado ao presente. Como todo raio de uma roda astrológica é uma emanação do raio único, isso mostra que o “EU SOU” de agora é uma emanação do “EU SOU” do passado. A cúspide da 2ª Casa simbolizaria, em relação à 1ª Casa, o “EU SOU” do futuro a emanação do presente. Portanto, a essência dinâmica do raio de Áries – o “EU SOU AGORA” – simboliza o potencial, a impulsão e necessidade de pôr em ação, nessa encarnação, a soma total de nossos “EU SOU” do passado. Isso significa ação como expressão da ignorância dos princípios assim como da compreensão dos princípios; tal ação, de um ou de outro nível, emana efeitos para o futuro.

Agora falando sobre as seguintes perguntas nas Mentes da maioria das pessoas dos dias atuais: até quando vamos continuar, individual e coletivamente, a pôr em ação causas que terão a guerra como seus efeitos objetivados? Quanto tempo vamos levar – individual e coletivamente – para reconhecer que certas ações – causas – se objetivam em guerra, crime, sofrimento e desintegração? Essas perguntas – e suas respostas – não têm nada a ver com qualquer nação em particular, ideologia política ou forma de governo. Essas perguntas são feitas, cedo ou tarde, por todo ser humano. Suas respostas e suas compreensões são derivadas de cada indivíduo como um resultado de seu desenvolvimento evolutivo. Troque a qualidade das causas aprendendo pela experiência e entre em ação partindo da base da nova sabedoria.

Uma vez que todo raio, numa roda horoscópica, é o único fato de um padrão de polaridade dupla, prolonguemos agora o raio de Peixes, no mandala acima, para completar um diâmetro; o prolongamento deste raio ao ponto oposto forma o diâmetro Peixes-Virgem – cúspides das 12ª e 6ª Casas.

Um diâmetro é a imagem desdobradas dos potenciais de um raio, uma vez que mostra ambas as polaridades. Assim, com o diâmetro Peixes-Virgem temos os Signos femininos da cruz Comum. Virgem (Terra) é masculino; Peixes (Água) é feminina. Com referência ao nosso assunto, esses dois Signos retratam simbolicamente os dois tipos de pessoas que fazem o serviço militar:

  • Aqueles que se alistam – servem voluntariamente – expressam um serviço consciente a partir do nível dinâmico – ou genericamente masculino; essa qualidade é representada por Virgem que, em essência, é serviço amoroso.
  • Aqueles que são recrutados – servem obrigatoriamente – são mobilizados para o serviço militar por forças externas; em outras palavras, eles são empurrados pelas forças do destino maduro que são objetivadas pelos representantes do governo e autoridades militares. Esse tipo de experiência representa a polaridade genericamente feminina do diâmetro do serviço; não somente é passivo, mas a falta de autogoverno implicada faz, dessa classe de experiência, uma possível fonte de grande sofrimento para o indivíduo a menos que, repito: ele faça um ajuste da situação em sua consciência e a aceite em seu íntimo, se movimente com as forças de destino maduro e cumpra suas responsabilidades ao máximo a cada passo do caminho.

Vamos considerar uma prova desse padrão conforme se objetivou em experiências recentes de muitas pessoas.

A convocação para essa recente guerra foi um “ponto de mutação” na vida de todos os que foram afetados por ela; do mesmo modo como, numa escala mais universal, aqueles que encarnam sob as vibrações de certos aspectos astrais mais fortes “se amarram” aos pontos de retrocesso evolutivo. Como a humanidade tende, basicamente, para a inércia – preferindo se apegar àquilo que está estabelecido como um símbolo de segurança – a maioria das pessoas precisa ser movida por forças do destino maduro, a fim de flexibilizar suas abordagens às experiências e abrir novos níveis de consciência de qualidades e capacidades. As autoridades encarregadas da última organização de recrutamento fizeram muito para tentar determinar as qualificações dos indivíduos para o serviço apropriado. O fato de que muitos homens foram designados para trabalho que eram inteiramente novos para eles revelou os meios de destino maduro atuantes em suas vidas. Suas profundas necessidades íntimas de flexibilização de consciência os atraíram para organizações específicas, ramos específicos de serviço e localidades específicas para cumprirem padrões de responsabilidade que podem ter sido, do ponto de vista do tempo, os de velhos tempos. Uma coisa é certa: a oportunidade de serviço obrigatório imposta a cada um foi efeito direto de faltas causadas por ele próprio no passado. Encarnar implica em assumir, voluntariamente ou não, servir a vida melhorando a qualidade da potência vibratória e da resposta; jamais podemos melhorar o que quer que seja a menos que alcancemos uma compreensão maior e mais clara de nossas realidades. Uma de nossas realidades básicas é alcançar o domínio do destino individual; isso se prova na posse de nossa faculdade de escolha. Podemos escolher fazer de qualquer experiência um “ponto de mutação” convergindo para cima ou convergindo para baixo, dependendo isso da qualidade de nossa reação a uma dada situação e nossa atuação na mesma. Podemos aprender a fazer melhores escolhas ao ponto em que nos tornemos, sem emoção, conscientes da qualidade de seus efeitos.

Se no passado deixamos – e todos nós deixamos – de servir consoante o princípio, então temos de reconhecer que a vida, através da consciência, provê a oportunidade de redimirmos a qualidade do serviço deficiente ao nos sintonizar com a experiência de grupo, de tal modo que a consciência combinada do grupo possa acrescentar poder ao esforço regenerador e cada pessoa, que esteja condicionada construtivamente, sirva então a todas as demais que estejam similarmente condicionadas ao estímulo do progresso. O serviço militar é um dos mais importantes exemplos, em períodos de “estresse global”, pelo qual a vida torna possível essa oportunidade, sendo, portanto, cada pessoa colocada onde e com quem seu destino maduro (destino autogerado) decrete.

Seu horóscopo é uma variação do Grande Mandala, mas suas 12ª e 6ª Casa estão no mesmo lugar que as de todas as outras pessoas. Estude os Signos nas cúspides de suas Casas Comuns – terceira/nona, Sexta/décima-segunda – como a cruz vibratória que, em sua Carta, corresponde à Cruz Mutável do Grande Mandala. Concentre sua atenção nos regentes planetários – suas posições, Aspectos e qualidades genéricas – das duas Casas: a 12ª e a 6ª. Estude com muito cuidado todas as Quadraturas e Oposições que envolvam sua 12ª Casa e o Regente dela. O Regente de sua 12ª Casa lhe dá a chave para se sintonizar com as forças de destino maduro; seus Aspectos regenerados representarão suas profundas fortalezas espirituais supraconscientes para enfrentar e transcender as “duras experiências”, representadas por seus Aspectos não regenerados. Em tal experiência você poderá “se embaraçar” com o tanto que representa o astral negativo na consciência humana – as negativas condições vibratórias de sua 12ª Casa descrevem sua atração por pessoas assim representadas, as quais servirão como desafios ao seu profundo desejo de ação e expressão redentoras. Informe-se sobre o princípio desse Astro e de todos os Astros que formem Aspecto com ele; porque você precisa disso e você será provado poderosamente nesse ponto. Lembre-se de que os “Astros são seres”. Sua Carta, em cada assunto, será revelada formosamente ou de outra maneira pelas pessoas com quem você terá de se associar nesse período de “serviço redentor”.

Em momentos de conflito astral o indivíduo pode decidir por uma destas quatro opções:

  • Uma descompromissada abstenção de qualquer forma de participação;
  • Abster-se de combater, mas com boa vontade de servir de outro modo;
  • Alistar-se voluntariamente, como um gesto “auto impelido” de serviço
  • Deixar-se recrutar e fazer o que lhe for ordenado.

Dessas quatro escolhas, a última requer o máximo de adaptabilidade às diretrizes das forças de destino maduro, já que é simbolizada pelo ponto de Peixes do diâmetro Peixes-Virgem. O cumprimento consciente de “tudo o que for ordenado” é a palavra-chave a se ter em mente para se neutralizar das resistências e ressentimentos – porque naquela atitude de cumprimento, o serviço será feito – e é aquele o propósito por trás da coisa toda. Por meio de um expansivo exercício de inteligência e da expressão de habilidades conforme sejam requeridas, a pessoa se verá crescendo de modo surpreendente, porque será obrigada a considerar muitos problemas e situações com os quais nunca lidou antes. A vibração de Peixes simboliza a carência e a necessidade do recrutado se manter em sintonia com o melhor de si mesmo e dos outros; ele deve “alertar” sua idealidade, procurar perceber os melhores potenciais de todos e reconhecer toda oportunidade de projetar o melhor de si; de encorajar e animar quando preciso for; de flexibilizar sua apreciação do valor de cada fato na experiência como uma oportunidade para aprender.

Estudantes, é mais que fútil se congestionar em ressentimento se tal experiência se apresenta a você. Sua vida continua através dela – embora por meios que você jamais pode ter planejado ou esperado conscientemente. Ninguém pode levá-lo a desperdiçar seu tempo, se você faz uso de seu tempo material. Ninguém pode levá-lo a desperdiçar seus talentos, se você exercita suas habilidades e se torna consciente dos mais profundos recursos de fortaleza física, mental e espiritual.

Os “por quês” e os “para quês” dessa experiência são descritos em seu horóscopo. De modos que você nem sequer pode imaginar; você pode, se você deve e quer – se tornar mais cônscio de quem é, o que você realmente é para o melhoramento de sua encarnação inteira e para o seu relacionamento com as pessoas no futuro.

 

CAPÍTULO V – A DÁDIVA DE PRESENTES

Usamos a palavra aniversário para designar uma ocasião para expressarmos nossa apreciação pela vida. Não damos presentes àqueles que amamos, admiramos e respeitamos simplesmente porque conseguiram viver um certo número de anos, pois é natural para cada um permanecer nesse plano tanto tempo quanto possa. Damos presentes nos momentos festivos para expressar nosso apreço àqueles que amamos (cujas qualidades vibratórias representam nossos ideais) por permanecerem aqui conosco. Amamos, admiramos e respeitamos certas pessoas porque sua qualidade vibratória é de tal sorte que estimula algo de mais refinado e regenerado que existe em nossa consciência; o contato com essas pessoas “desperta” nossa percepção da Luz que habita em cada um de nós e da qual somos as expressões manifestadas nesse plano.

Todas as cerimônias pertinentes ao período de experiência humana se originam no impulso primitivo de reconhecer os princípios da vida em sua expressão rítmica durante nossos anos aqui. Como a humanidade tende a objetivar a consciência, os festivais e cerimônias simbólicas são usados para interpretar a percepção do ser humano dos processos da vida. Pode-se observar que todos os povos têm os seus próprios e particulares modos de apresentar suas interpretações de vida; algumas são alegres e extravagantemente emocionais em qualidade, outras são majestosas e solenes. Cerimônias e festivais são dramatizações das reações emocionais do ser humano ao fenômeno da vida, e suas dádivas são expressões de seus apreços e/ou de suas simpatias.

Na festa de Páscoa a humanidade, conforme o lugar e o tempo, celebra sua alegria de viver a resposta primordial à consciência de seu avanço como uma manifestação física; sua gratidão à Terra como uma expressão física de beleza em seu florescimento, fragrância e promessa de fruição. Essa é a ocasião em que a humanidade celebra o Ascendente do horóscopo – a renovação da consciência de EU SOU, a olhadela para o alto, o impulso para a frente. A referência ao Ascendente do horóscopo diz respeito à qualidade dinâmica e energizante do Signo de Áries, o Signo Ascendente do horóscopo abstrato da entidade humanidade. A festa de Páscoa, não importa a variedade de suas formas e rituais, é a “canção de confiança na Vida” da humanidade, a fé indestrutível no bem universal que torna possível sua igualmente indestrutível determinação para progredir. A cada ano a Páscoa é a época de recarregarmos nossa própria consciência – e a dos outros – com renovada vitalidade, renovada coragem, renovada percepção do Potencial Divino e renovado júbilo nas liberações e expressões desse potencial. A história da Ressurreição é o drama da libertação; o dar presentes nessa estação é a nossa gratidão ao agenciamento libertador do Espírito ao se manifestar por meio daqueles que amamos, e a libertação que o amor e o encorajamento destes têm significado em nossas vidas. Páscoa é a “descristalizante” função do Espírito; no horóscopo ela é simbolizada pela vibração e ação do Planeta Urano e pela função do Aspecto Sextil entre dois Astros para descristalizar uma congestão produzida por qualquer dos dois ou por ambos a outros Astros. A transmutação da qualidade de um – ou de ambos – Astros em Quadratura ou Oposição permite uma redistribuição das energias astrais para expressões mais construtivas. Isso é a “Ressurreição” na vida de cada ser humano que progride espiritualmente. Nosso “presente de Páscoa”, como Astro-filósofos, é nossa contribuição à introspecção para desfazer as congestões de nossos companheiros e ajudá-los a se reorientarem para níveis mais elevados de consciência e expressão.

A comemoração do aniversário de um indivíduo é uma valorização – daqueles a quem ama e dos seus amigos – ao modo como ele expressa o Regente de seu Ascendente. Esse Astro, qualquer que seja e onde quer que esteja na Carta, é o símbolo de autoconsciência e potencial da personalidade. Nossa dádiva de presentes em tal data é nossa expressão de apreço pela Luz que aquela pessoa representa em nossas vidas – como uma “centelha de Luz Divina”. Devemos ser gratos pelos esforços que fazem aqueles próximos a nós para melhorar suas qualidades vibratórias e expressões; seus progressos nos ajudam a alcançar os nossos, uma vez que o melhor neles estimula o melhor em nós. Nós objetivamos nosso apreço por uma retribuição material – alguma coisa que poderá elevar ainda mais a consciência da pessoa apreciada.

O autor desconhece se outros povos comemoram datas tais como o “Dia das Mães” e o “Dia dos Pais” ou se essas datas são comemoradas exclusivamente pelos americanos. Contudo, em conjunto, elas são as “festividades da quarta e da décima Casas” – o diâmetro vertical do horóscopo, a Essência dinâmica do universo. No apreço às pessoas que elas comemoram, significamos nossa reverente consciência de radiação de Amor, Sacrifício, Nutrição e Proteção, que são inerentes “bases” regeneradas dos princípios da paternidade/maternidade. Damos amorosamente um presente à Mamãe e ao Papai em “seu dia” para expressar nossa gratidão a eles como indivíduos que, no serviço amoroso, proporcionaram nossa encarnação, nos protegeram e nos guiaram em nossos anos de crescimento. Mas apreciamos algo do qual Mamãe e Papai são expressões humanas individuais: as forças nutrientes e protetoras da própria Vida. As Mães e os Pais que são verdadeiramente amados e respeitados por seus filhos o são porque, em si mesmos, eles simbolizam a obrigadora proteção das Forças Divinas; seu serviço de Amor sacrificado é uma contraparte humana de tudo o que se dá para a perpetuação e progresso da vida humana.

Quando, de fato, a Humanidade não celebrou, como ritual, a união de duas pessoas que se amam? A festa de casamento é a dramatização do diâmetro horizontal do horóscopo, as cúspides das primeira e sétima Casas. O enlevo e beleza inspiradora da união amorosa é o meio pelo qual o ser humano é mais intensamente alertado para a existência de seu próprio ideal – despertado em sua consciência pelas virtudes e graças da pessoa que representa seu complemento. O coração humano reage com alegria absoluta à “beleza que é o Amor”, e aquelas pessoas que vivem essa beleza no relacionamento conjugal se erguem como símbolos, em forma humana, da eternidade da própria beleza. Nós reagimos com uma sensação de profundo arrebatamento à vibração exaltada de uma cerimônia nupcial – e a radiante felicidade da nova esposa e do novo marido despertam os nossos mais sinceros desejos de que a experiência deles, juntos, seja feliz e bem-sucedida em todos os sentidos. Em virtude da qualidade de espírito que eles revelam, nós admiramos casais que têm êxito no casamento porque eles vivem a verdade de amor, e somos gratos a eles pelo que representam. O Astro-filósofo “comemora o diâmetro horizontal” sempre que ele aprenda algo do melhor de outras pessoas e incorpore aquelas qualidades ao seu próprio viver. A outra pessoa representa a sétima Casa – o complemento; ele é o Ascendente – o EU SOU; a fusão do melhor do complemento na consciência do EU SOU é o que a cerimônia do casamento simboliza realmente – o melhoramento da consciência pessoal em um todo mais completo e perfeito. Como esposas e maridos, os Astro-filósofos revivem o amor que os unia sempre que buscam emular as virtudes e qualidades regeneradas de seus parceiros; e usam o modelo simbólico de seus horóscopos para esclarecer o significado íntimo de sua união e obterem perspectivas de como cada um pode ajudar, ensinar e guiar o outro.

Embora não seja considerada na esfera de significado implicada pela Páscoa e pelo Natal, a festa do Dia de São Valentino[10] é uma bela razão para se celebrar a quinta Casa do horóscopo e o Signo de Leão. Essa é a “canção do jovem de coração”, o “brilho da estrela do amor”, o impulso caloroso e afável do coração humano de apreciar as belezas e virtudes do sexo oposto, o reconhecimento da aurora da realização emocional. Àqueles que representam nosso ideal de graça e simpatia oferecemos flores e doces como expressões dos “sentimentos de doçura” em nossos corações. A radiante qualidade implicada no Signo de Leão é aquela pela qual nossa consciência de Amor aquece e abençoa as vidas daqueles que nós temos apreço – a tais pessoas expressamos nosso reconhecimento pelo ideal que representam para nós. A moça que é amada ou o moço que é amado é um símbolo humano da beleza da Vida aos olhos do que ama, e a mensagem apresentada pelo Signo de Leão é: “viva por amor”; “mantenha seu coração renovado e refrescado pelos ardentes impulsos do afeto”; “mantenha viva sua percepção da beleza amando o que há de mais lindo na outra pessoa”. O presente diário dos mais delicados impulsos do nosso coração para uma vida bela em relacionamento, o encanto de uma convivência harmoniosa, e a inspiração da sempre renovada consciência da Luz que é inerente à consciência do ser amado, é a verdadeira comemoração do Dia de São Valentino – o presente anual de flores (ou coisas do gênero) é simplesmente a expressão externa daquilo que o coração humano deve expressar continuamente para a pessoa amada; é nosso apreço por aquilo que a pessoa representa para nós como um ideal de nossos corações.

A festividade do “Dia das Bruxas”[11], no Signo de Escorpião – 31 de outubro, e a celebração do Dia de Todos os Santos – 1º de novembro – combinadas têm uma implicação muito mais solene; é a “Celebração do Ocultista”.

O “Dia das Bruxas” se converteu em uma festa de “disfarces e macaquices” – uma pálida imagem do profundo significado espiritual que tinha originariamente. Sua perpetuação através da história tem sido uma expressão da percepção humana de vida nos planos internos, e seu padrão astrológico, através do Signo de Escorpião, é a 8ª Casa – a regeneração do mal em Bem – o arqui-símbolo dos Poderes do Ocultista Branco. O “Dia das Bruxas”, de acordo com as antigas tradições, é aquela noite do ano em que é dada aos mortos uma folga de sua escravidão aos túmulos e a liberdade para perambular pelas casas dos vivos. A representação de feiticeiros, demônios, esqueletos, e toda sorte de criaturas sobrenaturais são dramatizações da imaginação do ser humano, de sua percepção do preso à terra e condenado; elas simbolizam seu medo do desconhecido – desconhecido porque não compreendido. A sequência do “Dia das Bruxas” com o Dia de Todos os Santos completa o sentido dessa festividade e dessa celebração: a subjugação das forças das trevas (medo e ignorância) pelas Forças da Luz (Virtude e Verdade). Com relação a isso, e nesse ponto, uma palavra do mais profundo apreço a:

Sr. Walt Disney, cujo trabalho no cinema tem provado ser ele um dos maiores agentes de inspiração para o coração da humanidade no mundo de hoje. Nas duas últimas partes de sua monumental produção “Fantasia” – “Uma Noite no Monte Calvo”[12] e “Ave Maria”[13] – o Sr. Walt Disney e seus auxiliares apresentaram esse “Festival Escorpiônico” de forma magnificamente dramática. Vemos as sombras de Egos que, enquanto na Terra, acumularam qualidades negativas de orgulho, luxúria, ganância, crueldade, ira e inveja. Nesse filme “Fantasia”, os personagens que servem para representar essas qualidades vivem em um mundo onde tudo é escuro, enfumaçado, fétido, doloroso e angustiante. Esses níveis de consciência, em qualquer ser humano, são verdadeiramente as regiões do inferno, e em tais regiões nós estamos perdidos sob o poder do Príncipe das Trevas, sem esperança e sem auto orientação. A luminosa música “Ave Maria” introduz o advento da aurora, que é a Luz da Verdade, da Pureza e da Virtude, dissipando as condições e poderes pervertidos e sombrios do “Anjo Negro”. O ocultista, ou Astro-filósofo, que enfrenta sua experiência pessoal com coragem e fortaleza, cumpre-a com o melhor de sua habilidade e por meio da regeneração de seus impulsos negativos purifica suas intuições e ilumina seu Conhecimento Interno, condicionando-se para ser um “lançador de Luz” nas áreas sombrias da consciência de do outro. Podemos dar festas e desfrutar de jogos e divertimentos no “Dia das Bruxas” e ir à igreja em tributo de reverência a nossos santos na manhã seguinte, mas como filósofos nós celebramos essa ocasião em nosso viver diário quando nós regeneramos e qualificamos a nós próprios para sermos doadores de Luz à humanidade. Todo Astro-filósofo tem uma condição astral particular como agente governante de sua 8ª Casa – e esse Astro lhe dá a chave quanto aos principais requisitos de suas experiências regeneradoras. Cada esforço nessa direção contribui para iluminar mais o corpo vibratório coletivo da humanidade – e isso é o grande presente espiritual com o qual a parte contribui para o bem-estar do todo.

A grande festa de Natal é a mais “Composta” de todas as nossas comemorações atuais. Ela é a dramatização das mais profundas realizações, esperanças, ideais e aspirações espirituais da humanidade – o ponto focal para expressão do amor ao semelhante.

É marcante que o relato do primeiro Natal envolva, em sua apresentação, a vida nesse plano, desde os “animais humildes” até as hostes angelicais – o âmbito completo das expressões de vida, da mais humilde à mais exaltada. Reis e sábios, humildes pastores, vozes angelicais, os pais humanos transfigurados – todos agrupados em volta da representação do Espírito Divino incorporado na pureza da criança recém-nascida. Essa festa é a dramatização da 11ª Casa 11 e 12ª Casa do Horóscopo Abstrato como o impulso por trás da manifestação da cruz Cardeal; o símbolo formado pelos diâmetros vertical e horizontal da roda é o Poderoso Símbolo da Encarnação.

A 11ª Casa é a consciência de Amor universal espiritualizada – a polarização, ou oitava superior – da 5ª Casa. Sua regência abstrata por Urano é Amor por todos, Amor que não reconhece limitações ou obstáculos, Amor que descristaliza e transforma todas as condições limitadas. A 12ª Casa é a voz da redenção – o impulso (e necessidade) de reencarnar para novo cumprimento por meio dos processos evolutivos e das experiências. O que seja manifestado pelos poderes dessas duas Casas é expressão, na dimensão material, do veículo bipolar por meio do qual a Deidade latente é revelada.  “…e Ele assumiu a semelhança de um homem…” é o que declara o Espírito manifestado, e diz respeito ao aparecimento de toda expressão de Vida nesse plano.

Na consciência da humanidade, o símbolo de uma criança sempre representou a inocência de um novo começo; na adoração da Criança que estava para ser Cristificada vemos a dramatização de um olhar da humanidade à sua própria pureza esquecida. Nossos corações ficam profundamente sensibilizados pelo poder vibratório dessa festividade porque, no mundo inteiro, a alegria e o bem-estar das crianças e, em geral, de todas as pessoas que são dependentes, são pontos focais de nossa atenção emocional. Procuramos manifestar o poder da benevolência para melhorar as condições dos outros.

Uma vez que as encarnações acontecem diariamente em todo o mundo, damo-nos conta de que o espírito em manifestação é um processo sem fim e que o Princípio de Luz, encarnada, está implicado em todo nascimento nesse plano. O darmos presentes nessa época do ano é a nossa dramatização da homenagem ao Divino, que se manifesta através de miríades de formas pelo ciclo inteiro de evolução, e nossas expressões de amizade e boa-vontade para com nossos irmãos e irmãs constitui nosso reconhecimento de que eles são expressões da luz divina e do amor divino.

A realidade do Natal só pode ser perpetuada se funcionamos diariamente nessa consciência – nunca perder de vista a luz essencial em todos os outros seres humanos. A contínua expressão de tal consciência torna cada vez mais evidente o sentido subjacente do que foi dito: “Ele veio para que o Reino da Paz e da Justiça fosse estabelecido na Terra”. Como com o Mestre, assim também conosco; todos somos agentes desse poder iluminador e transfigurante; nossa reverência pela Criança, por Seus pais humanos e pelas Hostes Angelicais é nossa reverência ao amor e à luz que nos envolve a todos.

 

CAPÍTULO VI – A REGRA DE OURO

 “Façais aos outros o que quereis que eles vos façam”

Esse Grande Mandamento foi dado como uma diretriz para conduta a fim de que a humanidade pudesse se conscientizar da ação da Lei universal da Causa e Efeito em suas experiências, seus relacionamentos e negócios. Aderindo-se a ele, apela-se de tal modo para o instinto de conservação que a consideração ao bem-estar, à felicidade e ao sucesso de outra pessoa é estimulada, e os desejos naturais, normais, de realização do indivíduo são estendidos à oitava superior de realização do eu e do “outro eu” – que significa “todas as pessoas”.

Na consideração do “eu e o outro eu”, vamos reescrever, rapidamente, esse Mandamento: “Eu faço aos outros; assim eles fazem a mim” e combine essa frase com o seguinte mandala simples: um círculo com o diâmetro horizontal; o símbolo do Signo de Áries no ponto que corresponde ao Ascendente; o símbolo do Signo de Libra no ponto correspondente à sétima cúspide.

Coloque a ponta de um lápis na cúspide de Áries enquanto você diz “Eu faço”; enquanto diz “aos”, corra com a ponta do lápis em volta da circunferência da roda passando (pelo que seriam) as cúspides das 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª Casas, chegando à cúspide da 7ª Casa,  quando você disser “outros”; permanecer aí enquanto você diz “assim eles fazem”; corra, com a ponta do lápis, o semicírculo superior – as cúspides das 8ª, 9ª, 10ª, 11ª e 12ª Casas, enquanto você diz “a” e alcance outra vez o Ascendente, quando você disser “mim”.

Repita essa operação várias vezes para alertar sua consciência a uma maior compreensão do funcionamento contínuo e rítmico da Lei de Causa e Efeito na evolução humana; resumindo, você está representando, como um filme, a Regra de Ouro.

O diâmetro horizontal da roda o horóscopo é uma das mais importantes fases da simbologia astrológica, porque ele é o “arqui-símbolo” de coisas tais como: a essência oculta do Aspecto Oposição; a representação do “eu” e dos outros “eu’s”; a ilustração da ação e reação , a força e a contraforça; o casamento como uma fusão das qualidades e expressões masculinas e femininas do relacionamento amoroso; o casamento como a atração magnética entre os indivíduos e qualquer ou todo modelo de relacionamento, quer sejam individuais ou coletivos; o desafio ao eu separativo  pelas forças vibratórias que buscam descristalizar a separatividade em prol da Vida e Consciência mais amplos por meio da união, do intercâmbio e da miscigenação; o reflexo da imagem do indivíduo por meio de sua reação sentimental àqueles que o complementam, quer não regenerada quer regenerada; é a representação astrológica da Lei física cujo enunciado começa assim: a toda ação corresponde uma reação e em sentido contrário ; em termos físicos, essa é a maneira da Vida estabelecer equilíbrios nas pressões e tensões.

Uma vez que os Astros são os focos ativos dos princípios, e as posições e Aspectos astrais descrevem a nossa consciência individual dos princípios, então fica demonstrado claramente que todo foco astral tem sua contraparte no grau zodiacal oposto à sua posição no horóscopo natal. Preste muita atenção: isto lhe ajudará a entender muito mais claramente por que certas pessoas que não podem ser identificadas especificamente pelos padrões de sua 7ª Casa podem aparecer – e em suas reações sentimentais – como suas contrapartes. Algo em suas Cartas pode estar oposto a um ponto em suas configurações astrais. Em outras palavras, o Astro da outra pessoa pode servir para refletir a contraparte de alguma coisa em sua própria Carta. Ela é então, em parte, um reflexo de você mesmo, quer para puxá-lo mais para baixo em suas congestões – por reações de tentação, fricção e inimizade – quer pelas qualidades regeneradoras dela, para erguê-lo de suas congestões ao amor e idealismo.

Desde que EU SOU e EU FAÇO compreende a “canção do eu individualizado”, conforme ilustrado pelo Ascendente do horóscopo abstrato, a Regra de Ouro se refere especificamente ao “ser e fazer” da humanidade. É o começo do percurso em volta da roda pelos padrões de experiência e níveis de desenvolvimento. A Regra diz, de fato: a vida é para ser vivida; vou lhe mostrar como ela pode ser vivida em termos da neutralização de atritos internos e do estabelecimento de harmonias e integrações a cada passo do caminho. Vejamos como o mandala pode ser ampliado para ilustrar a Regra através da roda.

Acrescente os outros diâmetros, formando assim as doze Casas. Acrescente os símbolos dos Signos às cúspides das respectivas Casas (de Áries a Peixes).

Execute o “ritual” de recitar a Regra – conforme o fizemos com o diâmetro Áries-Libra – começando com cada cúspide, uma vez. Por exemplo, quando você “começa o filme” em Touro está impressionando sua consciência com o valor da Regra como uma base subjacente de conduta em todas suas experiências pertinentes à administração material e intercâmbio financeiro e para com todas as pessoas envolvidas em sua vida por meio dessas experiências. E assim com todas as outras Casas e Signos; a Regra dirige sua conduta no relacionamento com todas as pessoas que figuram como “expressões vibratórias” em seus padrões de experiência – passados, presentes e futuros.

Como cada ponto zodiacal nos seis primeiros Signos do horóscopo abstrato tem sua contraparte no ponto oposto, sugere-se o seguinte como exercício para que você fique mais familiarizado com o “padrão de oposição”. Ponha a ponta do lápis na cúspide da 1ª Casa e percorra com ela o diâmetro horizontal dizendo: “Áries é a contraparte de Libra”; gire, então, a roda de modo que Libra fique no Ascendente e percorra novamente o diâmetro dizendo: “Libra é a contraparte de Áries”. Continue esse procedimento com cada par de Signos opostos até que cada par se estabeleça em sua mente como “as duas partes da mesma coisa” ao invés de “duas coisas diferentes”.

Cada um dos doze Signos é, então, visto como um ponto de partida em potencial para uma jornada em volta da roda. As cúspides das doze Casas – quando o horóscopo é construído – formam o que parece ser seis diâmetros; realmente a ação cíclica da “vida dentro da roda” indica doze diâmetros representando a ação de polaridade do horóscopo como uma imagem da Lei de Causa e Efeito em ação através da evolução humana. Esses diâmetros não são completos em si mesmos até que o retorno seja feito, já que cada um é simplesmente um atalho entre um ponto zodiacal e seu oposto; os dois opostos formam um segmento estrutural sobre o qual o círculo completo é construído. Portanto, de Áries a Libra e de volta a Áries – via diâmetro – é a representação do atalho da viagem em volta da roda desde Áries até Libra e desde Libra até Áries, pela circunferência do horóscopo. A ação cíclica está implicada em ambos os percursos.

Em virtude de pormos o conhecimento astrológico a serviço de uma iluminação específica ou do objetivo de regeneração, devemos aprender como aplicar ao horóscopo individual essas representações dos “pontos zodiacais e suas contrapartes”. Em outras palavras, devemos procurar sempre tornar práticas nossas conclusões filosóficas – na interpretação astrológica ou no viver.

Devemos aprender a reconhecer nossos padrões de consciência identificando nossas reações a outras pessoas e sincronizando essas conclusões com os quadros em nossos horóscopos. Quando isso é alcançado – se o for – temos aplicado nosso conhecimento astrológico no uso construtivo e prático para transcender as reações de inveja, ódio, ciúme, medo, etc. de nossas Mentes e Corações. Não podemos amar ao nosso próximo (a humanidade) enquanto tais qualidades permanecerem em nosso “interior”. Não amar (a Luz interna) nosso próximo significa não cumprir. Sua Luz também é a luz dele, e as sombrias congestões da reação degradante devem ser dissipadas, se a Luz em você mesmo e nele se converter numa realidade vivente em sua consciência. Portanto, vamos estudar nossas Cartas natais a partir desta base de “contraparte” e chegar a uma compreensão mais clara do fato de que nossas reações aos outros formam o barômetro vibratório de nossa Consciência; abordaremos este estudo renovando a nossa percepção de que os Astros são expressões dos princípios; portanto eles são a “benevolência da Vida em ação”; o propósito de nossa vida é aprender como viver esses princípios como desenvolvimento de potenciais divinos.

A vida nos dá muitas oportunidades para lidar com cada padrão astral, e essas oportunidades nos são apresentadas por meio de nosso contato com outras pessoas cujas configurações astrais se sincronizam com as nossas diferentes maneiras. Agora nos interessa os “problemas”, portanto vamos tratar de “contraparte” do Aspecto Oposição.

Até o momento de você reconhecer que a sua Luz e a Luz da humanidade são uma só, você tende a “classificar” as outras pessoas principalmente de três maneiras:

  • a má – aquela que estimula suas não regenerações;
  • a má-boa – aquela que estimula tanto as suas não regenerações quanto suas regenerações;
  • a boa – aquela que você ama porque estimula somente o melhor de sua consciência.

O “envoltório” não importa – relacionamento, sexo, idade, nós estamos considerando agora o “outro indivíduo” apenas como um mecanismo vibratório, expressando-se na encarnação humana, como um fator em sua experiência vibratória.

Reconheça que todo Aspecto Oposição entre Astros em sua Carta forma um padrão de polaridade ativo; até que esses elementos na consciência sejam harmonizados por cada fator regenerador prevalecerá uma condição de cabo de guerra. Qualquer pessoa que entre em sua vida de modo significativo, e cujo Regente – Astro Regente do Signo Ascendente – esteja em Conjunção com um dos seus Astros em Oposição, é pessoalmente identificada por essa vibração astral em sua consciência e se ajusta a sua vida em uma das três classes acima mencionadas. Qualquer pessoa que tenha qualquer outro Astro que não seja o regente da Carta em Conjunção com um de seus Astros em Oposição pode ser tida como uma identificação secundária ou variação daquela vibração. Não importa como a outra pessoa seja identificada, ela está em sua vida para lhe dar uma oportunidade de regenerar sua expressão dos dois Astros em Oposição; estimulação de um, automaticamente, estimula o outro. Se o Astro dela está não regenerado na qualidade, então a lição é clara: você deve usar o princípio espiritual representado por aquele Astro com o objetivo de harmonizar e realizar com êxito o relacionamento. Se o Astro dela é “adverso/bom”, em qualidade, então você deve expressar o melhor de ambos os seus Astros em Oposição – em outras palavras, você deve fundir os melhores elementos de ambos os Astros para estabelecer maior harmonia com todas as condições astrais dela, condições essas representadas por aquele Astro em particular. Se o Astro dela está inteiramente regenerado, então ela é um “agente” para fazê-lo cônscio do melhor do Astro especial em seu padrão com o qual ela se identifica e ajudá-la a expressar o melhor do outro Astro de sua Oposição. Se o Astro dela estiver regenerado, ela será sua “amiga”, pois sua qualidade estimula você a expressar sua Luz; se for o contrário ela será seu “tentador”.

Por conseguinte, uma vez que o Aspecto Oposição parece antagonizar os dois Astros entre si, a solução é não “manipular um Astro às custas do outro”. A solução se encontra em transladar ou transpor para uma oitava mais elevada a qualidade da expressão astral, se redimindo, assim, a fraqueza significada pela congestão, e o atrito da ignorância para uma maior expressão de Luz. Isso pode ser feito por diferentes abordagens:

  • usando-se a qualidade regenerada de um terceiro Astro que faça Aspecto benéfico – por Trígono ou Sextil – com os dois Astros em Oposição;
  • usando-se as qualidades regeneradoras dos Astros que dispositam[14] – regem os Signos em que se situam os dois Astros em Oposição;
  • translado direto – pela aplicação da Regra de Ouro – das qualidades dos dois Astros em Oposição.

Isso é uma disciplina filosófica direta, uma vez que as qualidades dos dois Astros são projetadas dinamicamente do seu “centro de Luz”.

Na ilustração acima, o Astro de auxílio que ajuda a Oposição pode estar congestionado por um aspecto de Quadratura dado por um quarto Astro. Se o caso é este, preste muita atenção ao ponto zodiacal que é oposto ao Astro de auxílio. Qualquer pessoa em sua vida cujo Regente esteja dentro da órbita desse ponto será como, por meio de suas qualidades regeneradas, um símbolo vivo do “Eu superior” do Astro de auxílio. Estude cuidadosamente esta pessoa. Por que você a ama? Como ela elevará você? Por que você sente que precisa dela? A resposta é claramente mostrada pela astrologia e pode ser percebida no relacionamento pessoal; o melhor desta pessoa é o eu superior do Astro que torna possível uma regeneração dos seus dois Astros em Oposição. Esta pessoa é pessoalmente identificada como uma de suas “indicadoras da Luz” nessa encarnação. Não perca um só momento do seu tempo invejando tal pessoa; procure imitar o bem que existe nela, tanto quanto for possível. Assim fazendo, você estará aprendendo do seu próprio eu superior. Cultive, assiduamente, em sua própria natureza toda qualidade que inspire naquela pessoa sentimentos de amor e respeito por você; deste modo, a Luz dela se mistura com a sua Luz em um “matrimônio do plano interno” e as luzes fundidas de ambos é acrescentada à expressão de Luz da humanidade.

A pessoa cujo Astro primário (Regente da Carta), ou secundário, forma Quadratura com seus Astros em Oposição é também sua professora, mas em um “nível” diferente. Se a qualidade astral dela é negativa, seu efeito em você é acender ou friccionar a qualidade negativa de seus Astros em Oposição. Tal pessoa proporciona a você um exame rigoroso de sua habilidade para regenerar sua Oposição; os negativos dela tendem a “pegar nas mãos dos seus Astros em Oposição e arrastá-los consigo em direção à sua própria descida”; como os Astros dessa pessoa podem formar Quadraturas com a sua Oposição a partir de dois pontos – os Signos que forma Quadratura com a sua Oposição – não é factível que os Astros em sua própria Carta e que regem os Signos da Quadratura possam ser o poder vibratório pelo qual você pode se livrar do “efeito” da influência degradante dessa pessoa sobre você? Em outras palavras, pelo uso das expressões regeneradas desses dois Astros em sua própria Carta você se livra dos padrões dela e estabelece sua própria contraparte regenerada. Assim ela não mais aparece como sua inimiga, porque você elevou a uma oitava superior de expressão a qualidade vibratória que tem em comum com ela, e assim fazendo você faz de você mesmo – se o padrão de relacionamento é de intimidade – uma “Luz” para regeneração do Astro dela. Você estabelece um “soerguimento” para si próprio, mas também estende o soerguimento ao próximo e o processo regenerador resulta na formação de um “círculo completo” – que a inclui – simplesmente não se detendo na sua regeneração. A pessoa cujo Regente ou Astro descongestionado forma Quadratura com a sua Oposição tem o efeito de “freios” sobre você; a qualidade vibratória dela serve para protegê-lo de continuar em seu caminho fricativo ou degradante. Consciente ou inconscientemente ela serve para lhe mostrar o erro de seus passos. Como vocês são duas pessoas, este Astro em sua própria Carta expresso, regenerativamente, é a maneira da sua Luz “dar as mãos à Luz dela”. Em outras palavras, a vibração astral retira a aflição dela e alerta você para aquilo que em sua própria natureza contrabalança, regenerativamente, sua Oposição. Torne-se receptivo, em consciência, ao bem que existe nesta pessoa; ela é sua amiga, sua professora, sua guia, sua indicadora de caminho; ela não é – conforme você pode tender a sentir subconscientemente – sua inimiga ou antagonista. Dê as mãos a essa pessoa num gesto de boa vontade para aprender dela, assim o poder dela será visto como um meio de elevar seus Astros em Oposição a uma oitava superior de expressão.

Outra forma de “contraparte” é observada quando você contata uma pessoa que tem dois Astros em Trígono, os quais você os tem em Quadratura ou Oposição. Isso pode ser chamado de “contraparte da qualidade do Aspecto”; ela “complementa” você ao representar um cumprimento regenerado de algo em sua consciência que precisa de regeneração. Essa pessoa, então, prenuncia o cumprimento que você, cedo ou tarde, há de efetuar. Se, de modo particular, um dos Astros dela em Trígono estiver em Oposição a um dos seus em Quadratura, ela representará uma personificação do seu próprio Eu Superior; então, por qualidade do Aspecto e padrão de polaridade, ela faz sua contraparte em um nível mais elevado de expressão. Se ela tem qualquer Astro em Trígono dando Oposição a um Astro sob Quadratura em sua Carta, aquele Astro, em sua qualidade regenerada, é contraparte de seu Aspecto. Atente para aquele Astro em sua própria Carta e providencie, do interior de sua própria Carta e de sua própria consciência, a redenção e regeneração de sua Quadratura.

Meditemos mais e mais sobre o grande princípio da polaridade, não sob o ponto de vista de nós mesmos “versus” todos os demais, mas sob o de que todos somos reflexos uns dos outros. O pior e o melhor de cada um são complementado pelo melhor e pelo pior dos outros; o reconhecimento estabelecido, na consciência, de nossa participação conjunta na LUZ BRANCA única é o objetivo de todos.

 

CAPÍTULO VII – O ASTRÓLOGO ESTADUNIDENSE

O horóscopo dos Estados Unidos da América:

10ª Casa – Aquário, 14º;

11ª Casa – Peixes, 13º;

12ª Casa – Áries, 23º;

Ascendente – Gêmeos, 7º;

2ª Casa – Câncer, 1º;

3ª Casa – Câncer, 21º.

Astros:

Urano – Gêmeos, 9º;

Marte – Gêmeos, 21º;

Vênus – Câncer, 3º;

Júpiter – Câncer, 6º;

Sol – Câncer, 13º;

Mercúrio – Câncer, 24º;

Cabeça do Dragão – Leão, 7º;

Netuno – Virgem, 24º;

Saturno – Libra, 15º;

Plutão – Capricórnio, 27º;

Lua – Aquário, 18º.

Mercúrio em Câncer é o Regente da Carta, e o poder numérico cinco (a soma dos algarismos representados por 4 de julho de 1776) é o número de Mercúrio. Os três principais poderes astrais são, em ordem de valor relativo:

1) Lua em Aquário;

2) Mercúrio em Câncer;

3) Urano em Gêmeos.

Todos os outros Astros, por disponente[15], estão relacionados à Lua (Vênus, Júpiter e Sol em Câncer, Saturno em Libra, Plutão em Capricórnio, nenhum Astro em Touro, Sagitário ou Leão) e a Mercúrio (Marte em Gêmeos, Netuno em Virgem; nenhum Astro em Áries ou Peixes).

A “regência pessoal” por Mercúrio designa essa nação como uma “mensageira dos deuses”, no sentido de que os Estados Unidos da América têm, como propósito evolutivo, a fusão de raças, nacionalidades e religiões para a gestação da Era de Aquário. Nós encarnamos aqui nesse tempo – durante os últimos 174 anos – para aprender mais sobre os princípios da vida em termos de nossa natureza arquetípica como humanos. Somos, em virtude de nosso Ascendente em Gêmeos e Mercúrio na 3ª Casa, um composto de Estudantes da vida, uma síntese nacional de relações de irmandade entre seres humanos. O Regente da Carta focaliza a identidade do Ascendente no Signo da 3ª Casa, Câncer; a terceira cúspide é, portanto, o Ascendente vibratório; seu Regente, a Lua em Aquário, é o regente vibratório, Câncer é a “matriz”, “semente”, o “ninho”, “mãe”, “envoltura”, “proteção do imaturo, do embrionário e daquele em crescimento”. O diâmetro Câncer- Capricórnio é o diâmetro vibratório dos pais, e nessa Carta seus Regentes, a Lua em Aquário e Saturno em Libra (Exaltado), Signos Fixo e Cardeal da triplicidade de Ar, estão em Trígono entre si. Aquilo que está em gestação – a Raça da Nova Era – amadurecerá na aristocracia espiritual da democracia verdadeira e viva se, repito se, certas realizações vitais forem executadas por cada indivíduo progressista. O padrão da Lua em Trígono com Saturno é ampliado por Urano em Gêmeos (Conjunção com o Ascendente), Trígono com Saturno e por Marte em Gêmeos, Trígono com Saturno e Lua. Temos aqui um grande Trígono formado por quatro Astros e o Ascendente nos Signos das três oitavas da fraternidade, como o “paralelismo em relacionamento humano”.

Em virtude da Carta ter um grande Trígono como seu padrão astral básico, fica demonstrado que essa nação está provida de um pábulo espiritual, destilado a ser usado em progressivas – e necessárias – regenerações para cumprir seu propósito evolutivo especializado. O “pábulo” é o resíduo da consciência de cada indivíduo que encarna como um cidadão americano, ou quem, por qualificação evolutiva, se torna um cidadão americano por meio da naturalização.

Como a “horizontal vibratória” (terceira e nona cúspides) da Carta é o diâmetro da educação (terceira – aprendizado, nona – ensino), fica demonstrado que somos um composto de Estudantes da vida e professores da vida.

Esse diâmetro está focalizado pela Oposição de Mercúrio em Câncer a Plutão em Capricórnio, e o significado dessa Oposição – como um “padrão de consciência” – é revelar o tempo para regenerar a “mente prática” a uma oitava de “espiritualidade prática”.

Essa Oposição é “canalizada” por Netuno em Virgem, uma vez que Netuno forma um Sextil com Mercúrio e um Trígono com Plutão. Netuno não é apenas Regente da 11ª Casa, mas está no Signo e Casa de sua própria polaridade, Virgem, 5ª Casa. O autor entende que essa posição de Netuno, em virtude da 5ª Casa estar no semicírculo inferior da roda, é um dos fatores mais significativos em toda a roda. Está “dispositado” pelo Regente da Carta e em Sextil (o “mecanismo da alquimia”) com ele. É o ideal de fraternidade que deve ser realizado, mais cedo ou mais tarde, por cada americano, individualmente, e expresso como um fator daquilo que está implicado em “ser um americano”. O posicionamento de Netuno na 5ª Casa é irradiação pessoal do poder do amor, e, provavelmente, em nenhuma outra nação o ideal de fraternidade é mais enfatizado no padrão de vida familiar. Democraticamente, os americanos estão inclinados a reconhecerem e respeitarem a individualidade dos filhos e a relação fraternal entre membros dos grupos de famílias é, definitivamente, uma transcendência da “velha imagem” da rígida hierarquia de família, em que os filhos não eram companheiros dos pais de família, mas sim subordinados deles. Devido a Mercúrio reger a 5ª Casa e também o Ascendente, reconhecemos que como pais os americanos dão uma contribuição dinâmica à evolução espiritual do nosso plano nacional ao quererem aprender das experiências de seus ancestrais, que seus filhos estudem e estudar com seus filhos. A onda de interesse pela psicologia infantil nesse país é a evidência desse Aspecto planetário em ação – e são os pais com propensão democrática que constituem a vanguarda dessa atividade. Que os pais e filhos americanos sejam companheiros e amigos entre si – como uma expressão do Poder do Amor – é uma antecipação daquilo que vai ser estabelecido na Nova Era.

Por meio dos ensinamentos ocultos, temos informações de que os americanos progressistas dessa era seguem o curso de sua descendência evolutiva desde antigas encarnações no Egito. Uma característica dessa antiga civilização iluminada era que os sacerdotes-iniciados e os reis-sacerdotes não foram “apenas regentes” de seus súditos – eles foram pais espirituais. O ensino espiritual aos cidadãos estava disponível a todos – a qualquer hora. Somente o valor espiritual qualificava um homem ou uma mulher para funcionar como um guia espiritual naqueles tempos – todos os aspirantes eram provados ao máximo para demonstrar suas qualificações como professores, videntes, curadores, “vigilantes”, “guerreiros nos planos internos”, etc. Todos eram fraternais a esse respeito, não importando o plano de desenvolvimento; todos eram “Estudantes da vida”, que tinham de se qualificar por meio de exames para cumprir os padrões de serviço espiritual. Portanto, a fraternidade de pais e professores americanos com os filhos e Estudantes é a canalização, por Netuno, do posicionamento de Mercúrio em Oposição a Plutão da terceira para a nona Casa. Os pais focalizados nesse ideal de relacionamento são aqueles que mais claramente se qualificam para fornecer a encarnação das personalidades da Nova Era.

O astrólogo, como um fator contributivo na vida espiritual dessa nação, está basicamente mais no “raio da filosofia” do que no da “religião devocional”. Ele pode ser protestante, hebreu, católico, ou seguidor de qualquer outra forma de devoção, no que diga respeito ao seu “molde religioso” imediato, mas seu foco de atenção é o estudo dos princípios da vida através de símbolos. O Planeta Urano, Regente do Signo de Ar e Fixo Aquário, é o significador planetário daqueles elementos da consciência que capacitam um ser humano a “se tornar um astrólogo”. Como um Signo Fixo, Aquário é um dos pontos estruturais do quadrado de recursos; como Signo de Ar, ele é um dos pontos estruturais do triângulo da consciência fraternal. Sua quadruplicidade se inicia por sua própria polaridade, Leão (Signo de Fogo), princípio do Poder irradiante do Amor; sua triplicidade se inicia pelo Signo Cardeal de Ar Libra, arqui-princípio da complementação reflexiva.

Dinamicamente, Aquário é o potencial de amor liberado para expressão universal; reflexivamente ele é a percepção do potencial de amor de todas as pessoas, o que chamamos de “espiritualização da fraternidade”. A “parte de Leão em você” o alerta para seus atributos como uma expressão do amor divino; a “parte de Aquário em você” o alerta para sua capacidade de expressar ilimitadamente esse potencial, e percebê-lo eternamente como um atributo de todo ser humano. A “Psicologia” (que também é designada por Urano) é o “estudo da alma”, ou o “estudo das leis da alma”. O que é a alma senão a destilação de passadas expressões de amor? A “Psiquiatria” é o estudo dos efeitos da congestão de poderes anímicos nas oitavas do desejo – uma função semelhante à de Gêmeos, de estudar uma especialização da Lei de Causa e Efeito. O psicólogo lida com a “parte Leão-Aquário em você”; o psiquiatra com a “parte Touro-Escorpião em você”.

É interessante notar que na Carta dos Estados Unidos não há Astros em Touro-Escorpião; esse diâmetro está interceptado na 12ª Casa e 6ª Casa. A Carta contém, contudo, uma ênfase muito pronunciada nos padrões da 2ª Casa: o Regente, Mercúrio, no Signo da sua própria 2ª Casa; Vênus, Júpiter e Sol na 2ª Casa; Vênus dignificado, por posição; a horizontal vibratória (terceira e nona cúspides) está duplicada nas segunda e oitava cúspides, e a Lua, como Regente vibratório da Carta, é o principal significador astral; os outros dois significadores astrais são, em ordem de significação, Mercúrio e Urano. Vênus “disposita” Saturno em Libra, que forma Quadraturas com Júpiter e Sol na 2ª Casa. As violações do Princípio da Administração de materiais e dinheiro é um dos destacados fatores que originam a condição psiquiátrica dos indivíduos americanos. A intensa compressão de atenção na avaliação por critérios financeiros com seus consequentes complexos, tensões, ansiedades e neuroses sexuais (a consciência sexual está atada de pés e mãos pela consciência de posse, porque o diâmetro Escorpião-Touro é a polaridade), resulta no elevado índice atual da população de hospitais psiquiátricos. Tais pessoas aflitas trazem à presente encarnação, resíduos congestionados de muitas encarnações passadas, de avaliação materialista da vida. Contudo, a encarnação americana é indicativa de um tempo para evoluir dessa avaliação ilusória, se preparando para a avaliação de fraternidade da Nova Era. Está nas mãos dos astrólogos americanos alertar as pessoas para o significado da administração de coisas materiais e intercâmbio equilibrado como princípios de vida. Sempre que uma pessoa procura orientação de um intérprete ou analista astrológico sobre “dinheiro, lucros, propriedades e investimentos” ela está, em suas mais altas motivações, procurando realmente uma compreensão mais clara do princípio do equilíbrio por trás dessas coisas. Que todo astrólogo praticante que leia essa matéria refresque sua percepção dessa verdade. Não ousamos contribuir para a fraqueza dos outros, lhes satisfazendo o desejo de informações a respeito de “dias bons e maus para negócios financeiros”. Aspiramos mais contribuir para o fortalecimento deles alertando-os para os princípios da vida quimicamente expressos por meio do intercâmbio, do sistema monetário, da permuta, do investimento, etc. Todos os dias são bons para a expressão do princípio; quando o Princípio do Equilíbrio está compreendido, o exercício financeiro se torna um canal dador de vida para o bem da sociedade, da nação e da raça de um modo geral.

Em virtude de os cidadãos americanos, como crianças, desfrutarem do intercâmbio e crescimento mútuos com crianças originárias de muitas nações, reconhecemos que o poder de Aquário na Carta dos Estados Unidos, indica cada astrólogo americano como um “ponto de estrutura” no edifício do entendimento internacional. O astrólogo que funciona com a consciência iluminada de Branco, sabe que os “traços nacionalistas” são especializações coletivas temporárias da personalidade humana. Devido a que tanta gente vive congestionada em padrões de destino maduro de medos, animosidades e atritos nacionalistas e raciais, é privilégio do astrólogo, que também é um cidadão americano, alertar a consciência de seus irmãos e irmãs para o fato de que a identidade de ninguém é “nacional”, mas sim “vibracional”. Interessante exemplo de alquimia é mostrado na Carta dos Estados Unidos da seguinte maneira: Netuno, Regente da 11ª Casa, está em Quadratura com Marte em Gêmeos, mas em Sextil com o Regente da Carta, Mercúrio, que “disposita” a ambos os Astros. Quando nossas simpatias internacionais são tocadas, abrimos nossos lares, nossas carteiras e nossos recursos àqueles que precisam. Quando nossos preconceitos nacionais localizados são tocados, tendemos a esquecer que todos os americanos são concidadãos, e então expressamos animosidades baseadas em diferenças externas (Marte, Regente de Áries, Signo da 12ª Casa) de “cor, superioridade, inferioridade”, etc. Uma vez que o Regente do Ascendente e da quinta cúspide é o agente alquímico para a Quadratura Marte-Netuno, cabe, individualmente, a cada cidadão americano descristalizar os resíduos de preconceitos e ódios nacionalistas e de casta. Cada um deve fazer para si próprio a este respeito, em virtude mesmo do fato de que a democracia – no sentido espiritual da palavra – reconhece o direito do indivíduo de exercitar seus potenciais, de cometer seus próprios erros e de aprender com os resultados desses erros. A Lua em Aquário, como Regente vibratório da Carta, nos diz que uma profunda compreensão de nossa identidade exotérica, como “Terráqueos”, é a chave que devemos usar para desintegrar aqueles traços negativos de orgulho nacionalista, rivalidade destrutiva, violação dos princípios de intercâmbio e princípios da administração, etc., para que os requisitos uranianos do Meio-do-Céu possam ser cumpridos. A qualidade de “cadinho” da cidadania e civilização americanas é a identidade microcósmica terráquea em gestação. O astrólogo americano, a quem em seu serviço é o poder de Urano em ação, muito pode fazer para ajudar aos outros a esclarecerem suas consciências sobre o significado da “nacionalidade” como um “mecanismo modelador” evolutivo.

Em outras palavras, devido ao fato do Regente da Carta reger também a 5ª Casa e o Signo de Leão estar na quarta cúspide (a “base psicológica”), as posições de Mercúrio e Sol, em Câncer, identificam o princípio de nutrição da vibração do amor como o impulso esotérico por trás dessa gestação de “identidade” terráquea. Aquário, devido a Urano estar em Trígono com Saturno (regente da 8ª e 9ª Casas) é o objetivo esotérico a ser cumprido. O Sol está em Quadratura com Saturno nessa Carta; cegueira, quanto aos valores filosóficos, impele a um excesso de atenção para os valores monetários como compensação. Pense sobre isso à luz dos fatos históricos. Orgulhamo-nos de ser a nação mais rica do mundo, mas com toda justiça não podemos sentir outra coisa a não ser vergonha pelo modo com que temos administrado mal os nossos vastos recursos. Inversamente, contudo, a adesão aos princípios de administração inteligente e previdente seria uma demonstração de verdadeiro poder, porque então a Luz Branca do Sol combinaria com a Luz Branca de Saturno como cumprimento do “poder da responsabilidade de administração”.

Outro fator dos mais importantes nessa Carta é o Signo de Libra na sexta cúspide; Vênus, seu focalizador, está na 2ª Casa, em Conjunção com Júpiter, o qual, com o Sol, recebe uma Quadratura de Saturno. Libra é o arqui-símbolo do Princípio do Intercâmbio por cooperação, então vemos que a cooperação como um fator de nosso padrão de trabalho nacional é um “dever” se nós percebemos o ideal da verdadeira abundância. Vênus é um resultado, a destilação das qualidades da expressão de energia; quando a cooperação entre os iniciadores do trabalho (empregadores) e os instrumentos do trabalho (empregados) não se apoiam numa base de bem mútuo, então o poder de Vênus é desmagnetizado, com o consequente enfraquecimento do poder de Saturno. Júpiter, como Regente da 7ª Casa, em Conjunção com o Sol e ambos em Quadratura com Saturno, se converte no “oponente” – as satisfações ilusórias da cobiça material. Júpiter negativo é “ganância”, como um foco intenso sobre compensações ilusórias para as perdas reais. Isto se converte no estabelecimento de uma falsa segurança por meio da abundância ilusória. Individual ou coletivamente nós não possuímos qualquer coisa material – exercitamos sim nossos intelectos e consciência como trabalhadores administradores.

Além disso, Netuno em Virgem, está em Quadratura com Marte e retrata os defeitos de consciência, tanto dos empregadores quanto dos empregados no que tange aos princípios de serviço. Quando Netuno, como Regente da 11ª Casa, é contaminado por um Marte negativo, o objetivo Aquariano do Meio-do-Céu é impedido de cumprimento. Enquanto o lema “Capital versus Trabalho” for interpretado como uma realidade, essa Quadratura – como uma congestão na consciência nacional – há de prevalecer. O Sextil de Mercúrio, Regente da Carta, a Netuno, mais Libra na sexta cúspide, ordena que todo trabalhador cidadão americano, quer empregador quer empregado, seja encarregado evolutivamente de exercitar o princípio do serviço amoroso cooperativo em trocas equilibradas. O empregador que se baseia negativamente, por ignorância, na exploração se desqualifica como identidade criadora de “empresário”; o empregado que se baseia na “falta de princípio” do não melhoramento se desqualifica para promoções – ele adia o tempo de se qualificar como um funcionário criativo ou administrativo.

Nesse país, o astrólogo que se focaliza no contínuo esclarecimento de sua consciência quanto aos princípios da vida, tem um serviço evolutivo especializado para contribuir com a raça nesse tempo “modulador, de gestação”. Nos Estados Unidos ele pode lidar com quase todo tipo de camada social evolutiva, todo tipo de padrão de retorno de destino maduro e, em virtude da re-polarização do arquétipo durante o século passado, ser capaz de contribuir para o esclarecimento dos princípios de relacionamento por meio da compreensão ampliada dos princípios pertinentes à nossa natureza sexual e genérica. Ele próprio – mediante seus atributos como uma “identidade Uraniana” – representa uma identidade Terráquea microcósmica, não apenas porque é um habitante desse Planeta, mas porque a impessoalidade de seu ponto de vista, de sua esfera de percepção, da radioatividade do poder de amor de Urano, o qualifica, em certa medida, para personificar o Ser Humano da Nova Era.

[1] N.T.: Veja mais sobre astrologia horária no Livro Astrologia Científica e Simplificada – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz.

[2] N.T.: É o estudo das origens, evolução, distribuição e futuro da vida em um contexto cósmico.

[3] N.T.: Veja mais sobre astrodiagnose no Livro Astrodiagnose – Um Guia para a Cura – Max Heindel e Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz.

[4] N.T.: Refere-se à consequência que necessariamente deverão ser vivenciadas pela pessoa. No entanto, a Filosofia Rosacruz, uma Escola de Mistérios Ocidentais, ensina-nos que sempre há certa margem para a pessoa colocar coisas novas em movimento. Em outras palavras, é possível modular a intensidade de um destino maduro, desde que a lição que se deve aprender tenha sido aprendida e o reequilíbrio com as forças da natureza, tenha sido reestruturado.

[5] N.T.: conhecido antes do quinto ano de seu reinado como Amenófis IV ou em egípcio antigo Amenhotep IV, foi Faraó da XVIII dinastia do Egito que reinou por dezessete anos e morreu em 1336 ou 1334 a.C.

[6] N.T.: Joan Marshall Grant Kelsey (1907-1989) foi uma autora inglesa de romances históricos e uma reencarnacionista.

[7] N.T.: Ou bramanismo ou brahmanismo é a antiga filosofia religiosa indiana que formou a espinha dorsal da cultura daquela civilização por milênios. Se estende de meados do segundo milênio a.C. até o início da era Cristã. Persiste de forma modificada, sendo atualmente chamada de hinduísmo.

[8] N.T.: Rainha Elizabeth I (1533-1603) ficou conhecida como “Isabel, A Rainha Virgem” por nunca ter se casado e não ter deixado herdeiros. Sob seu reinado a Inglaterra se tornou a maior potência econômica, política e cultural da Europa: “Era de Ouro” inglesa.

[9] N.T.: O Levante, Rebelião ou Guerra dos boxers (1899-1900), chamado também de Movimento Yijetuan, foi um movimento popular antiocidental e anticristão na China.

[10] N.T.: Valentine’s Day – o Dia dos Namorados

[11] N.T.: Halloween – conhecido como Dia das Bruxas – é uma celebração popular de culto aos mortos.

A popularidade do Halloween é maior em alguns países de língua anglo-saxônica (especialmente nos EUA), cujo significado se refere à noite sagrada de 31 de outubro, véspera do feriado religioso do Dia de Todos os Santos. Antigamente, no dia 31 de outubro, acontecia uma vigília de preparação denominada “All Hallow’s Eve” (Véspera de Todos os Santos). Após transformações, a expressão permaneceu na sua forma atual.

[12] Segmento de Modest Mussorgsky; é ilustrado pelo demônio Chernabog que vive no alto de uma montanha, e que na noite de Halloween vem atormentar as almas de um vilarejo.

[13] Segmento de Franz Schubert; o segmento apresenta uma procissão religiosa que segue até uma capela gótica; é a continuação do segmento anterior: “Uma Noite no Monte Calvo”.

[14] N.T.: Disponente ocorre quando dois ou mais Astros são ligados pelo regimento que forma frequentemente uma corrente. Um exemplo é Sol em Áries / Marte em Gêmeos / Mercúrio em Peixes / Netuno em Sagitário / Júpiter em Sagitário. Nesta cadeia o Sol dispõe de Marte que dispõe de Mercúrio, que dispõe de Netuno que dispõe de Júpiter. Não pode ir mais longe porque Júpiter está em seu próprio Signo. Todos os cinco desses Astros trabalham juntos e devem ser interpretados dessa maneira. A configuração de disponentes pode-se trabalhar em um tema pessoal ou entre duas ou mais pessoas.

[15] N.T.: Disponente ocorre quando dois ou mais Astros são ligados pelo regimento que forma frequentemente uma corrente. Um exemplo é Sol em Áries / Marte em Gêmeos / Mercúrio em Peixes / Netuno em Sagitário / Júpiter em Sagitário. Nesta cadeia o Sol dispõe de Marte que dispõe de Mercúrio, que dispõe de Netuno que dispõe de Júpiter. Não pode ir mais longe porque Júpiter está em seu próprio Signo. Todos os cinco desses Astros trabalham juntos e devem ser interpretados dessa maneira. A configuração de disponentes pode-se trabalhar em um tema pessoal ou entre duas ou mais pessoas.

Sobre o autor

Fraternidade Rosacruz de Campinas administrator

Deixe uma resposta

Idiomas