Eis uma atitude louvável e uma sugestão valiosa, sobretudo na época atual em que predominam, quase sempre, o egoísmo, a indiferença pelo semelhante, a ânsia de obter cada vez mais dinheiro, prestígio, conforto, olvidando a sorte dos menos favorecidos.
Não basta viver e cumprir a contento as tarefas diárias, no lar, no trabalho, na sociedade. É preciso realizar algo mais! Procuremos sempre fazer algum bem, onde quer que seja. Todos nós temos que procurar, dentro de nossas possibilidades, enobrecer a nós mesmos, o Ego, e realizarmos o nosso particular valor. Dediquemos algum tempo a nossos semelhantes. Ainda que pouco, façamos algo por aqueles que têm necessidade de auxílio humano, algo pelo qual não recebemos outra paga que o privilégio de o ter feito. Porque – nos lembremos – nós não vivemos sozinho neste mundo. Nossos irmãos e nossas irmãs se encontram aqui também.
É noção antiga e firmada que não podemos viver isolados, tão intenso é o nosso instinto gregário. E se fazemos parte de um agrupamento (qualquer que seja), tornemos imprescindíveis a nossa colaboração, o nosso sacrifício para o bem-estar dos nossos semelhantes.
Em qualquer agrupamento isso acontece: na família, num clube esportivo ou social, no trabalho, na vida cotidiana …
O altruísmo precisa vencer o egoísmo, aperfeiçoando as nossas virtudes e concorrendo para completa abnegação da Humanidade.
Dar parcelas de nós mesmos – eis outra recomendação proveitosa e que representa fator indiscutível para se alcançar a felicidade.
Notem que lindas essas sugestões escritas por alguém:
“Dá àqueles que você não ama um gesto de simpatia, uma palavra amiga.
Dá um sorriso àqueles que passam indiferentes na sua vida: ao varredor de rua, ao carteiro, ao vendedor de frutas, ao porteiro, às pessoas tidas como “invisíveis”.
Dá uma volta de chave aos pensamentos vãos; às lamentações inúteis, ao ciúme e à inveja.
Dá uma parte do seu tempo àqueles que lhe cercam, mesmo que esteja muito ocupado!
Dá um lugar a sua mesa e um cantinho no seu coração àqueles que vivem na solidão.
Dá pensamentos de amor a todo o mundo”.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – fevereiro/1968 – Fraternidade Rosacruz-SP)
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