Arquivo de categoria Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: As Bombas Atômicas e de Hidrogênio afetam as substâncias mais sutis (suprafísicas)?

Pergunta: As Bombas Atômicas e de Hidrogênio causam devastações no plano físico. Acarretam também danos correspondentes às substâncias mais sutis que compõem o conjunto de veículos da Terra? Qual a vossa opinião sobre o assunto?

Resposta: Os éteres, particularmente os dois inferiores (Químico e de Vida) são compostos de matéria física. Aparentemente seriam afetados peta destruição causada pelas bombas.

Max Heindel, referindo-se aos efeitos perigosos que os estampidos das grandes armas de fogo representam para os seres humanos, assevera-nos (no livro a Teia do Destino) que: “O éter é matéria física, e enquanto os que caíram mortos por armas de fogo de pequeno porte em combates de menor importância, podem ser vistos, algumas vezes, perambulando aturdidos, entretanto conscientes, as aterradoras detonações dos grandes canhões, tão usados nesta guerra (o autor alude-se a primeira conflagração mundial – 1914 a 1918), tem a efeito de transformar inteiramente os átomos etéricos prismáticos e destrocar (não esparramar) a auréola envolvente dos éteres Luminoso e Refletor que formam a base do sentido da percepção e da memória. Até que tudo volte a sua condição normal, o ser humano permanece aturdido, situação que perdura amiúde por semanas a fio”.

“É difícil determinar, exatamente, a extensão dos danos causados ao veículo etérico da Terra pelas explosões das grandes bombas. De qualquer maneira, sentimo-nos suficientemente seguros para afirmar que ela é bem considerável, com possibilidades mesmo de provocar fendas no envoltório etérico do nosso planeta, podendo ainda permitir a entrada de “forças inimigas” na atmosfera terrestre. Quanto tempo levaria para os átomos etéricos serem completamente destruídos ou para retomarem sua posição original, certamente não podemos afirmar. Basta dizer, apenas, que nossa Terra e seus habitantes viveriam bem melhor sem essas explosões”.

(P&R da Revista Serviço Rosacruz jan/72 – Fraternidade Rosacruz SP)

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Pergunta: Qual é a natureza e finalidade do sangue?

Pergunta: Comente sob a óptica (ou prisma) da Filosofia Rosacruz, a natureza e finalidade do sangue, e a inconveniência das transfusões sanguíneas. Podem os atributos básicos, físicos e mentais, e as influências estelares inerentes a uma pessoa, serem revelados em uma análise de seu sangue? Há relação entre os tipos básicos de sangue e os tipos de personalidade?

Resposta: O Ego ou Espírito tem seu assento no sangue, funcionando e controlando seus veículos através dele.

Quando deseja pensar, conduz o sangue, com o calor apropriado, até o cérebro. O calor sanguíneo mantém a vibração das células cerebrais, estimulando por esse meio à ação mental. Maior quantidade de sangue sempre é dirigida à parte do corpo onde naquele momento o Espírito deseja promover uma atividade particular.

Quando circula em regiões mais profundas e internas do organismo o sangue é um gás. A perda de calor na superfície do corpo produz-lhe uma condensação parcial. Nos capilares e pequenos vasos, próximos à superfície, o sangue é inteiramente líquido. O sangue pode ser um gás naquelas áreas do corpo onde os processos da digestão, assimilação, etc. realizam-se, isto porque o Ego não trabalha através de sólidos ou líquidos, mas por intermédio do gás.

Nós acreditamos haver relação entre tipos básicos de sangue e tipos de personalidade. Algumas das características de um Ego particular ligam-se a uma outra individualidade após uma transfusão, havendo, até casos de “mudança de personalidade” (aliás, também visto essa alteração em casos de transplantes de coração).

Quando se perde multo sangue, como consequência de acidentes, enfermidades ou cirurgias o Ego não pode funcionar no corpo, acarretando a chamada morte. Por esta razão fazem-se as transfusões. Se o sangue de uma pessoa é inoculado nas veias de outra, cujo estágio evolutivo é semelhante, ou se possui características razoavelmente afins pode ocorrer algum dano de pequena monta. Se, contudo, um dos indivíduos for altamente evoluído e outro não, provavelmente se manifestará uma desarmonia de ordem espiritual. Ao mesmo tempo, haverá uma incompatibilidade de natureza corporal e os resultados da transfusão não seriam aquilo que poderia se esperar.

Nestas conotações propostas, devemos recordar que no sangue de cada indivíduo estão gravadas as cenas de todos os acontecimentos de sua vida presente. Estas impressões, transferidas junto com o sangue no caso de uma transfusão, tenderiam a obscurecer as gravações pertencentes ao segundo Ego, tornando-as pouco claras e, por conseguinte, de pouco valor para o seu possuidor.

A transfusão de sangue de uma entidade superior a uma forma de vida inferior produzirá, fatalmente, a destruição da segunda, pois o Espírito mais evoluído pode escapar às difíceis condições impostas pelo veículo menos desenvolvido.

Enfermidades ou debilidades são efeitos correspondentes a causas passadas. A cura definitiva depende de uma mudança de atitude mental, emocional e física. A transformação ou autorregenerarão deve principiar AGORA.

Não julgamos prudente “fazer experiências” com o sangue ou interferir, de alguma forma, no desenlace de uma pessoa. Julgamos desaconselhável prender um Ego em seu corpo, quando chegou o momento dele partir.

(P&R da Revista Serviço Rosacruz abr/72 – Fraternidade Rosacruz SP)

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Pergunta: Como é o Método Rosacruz de Curar os Enfermos e Doentes?

MÉTODO ROSACRUZ DE CURAR OS ENFERMOS E OS DOENTES

 

Pergunta: Como é o método Rosacruz de curar os enfermos e os doentes?

Resposta: Em cada um dos quatro evangelhos encontramos que Cristo pregou o evangelho da saúde, curou a todos os que o procuraram e enviou os seus discípulos ao mundo com dois mandamentos: pregar o evangelho e curar os enfermos.

Estes dois mandamentos são prescritos também aos Rosacruzes, que são médicos da alma, porque a enfermidade se manifesta primeiro no Corpo Vital, que é o veículo da alma. E a cura se leva a cabo melhor através deste veículo invisível. Durante o sono, quando o ser humano se liberta de seu corpo físico (o Corpo Denso) e funciona no mundo espiritual, a cura é mais rapidamente alcançada. Os estudantes esotéricos são treinados para este trabalho particular. (P&R da Revista Serviço Rosacruz fev/78 – Fraternidade Rosacruz SP)

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Pergunta: Creem os Rosacruzes no Renascimento e na Lei de Consequência? Por que?

RENASCIMENTO E LEI DE CONSEQUÊNCIA

 

Pergunta: Creem os Rosacruzes no renascimento e na Lei de Consequência? Por quê?

Resposta: No capítulo 17 de Mateus, versículos 11, 12 e 13, Cristo Jesus deu a Seus discípulos uma demonstração maravilhosa da realidade do renascimento.

Depois de sua transfiguração, Ele disse claramente que Elias já havia vindo e os discípulos entenderam que houvera feito referência a João Batista. O oitavo capítulo de Jó e na última parte do capitulo 19 nos falam do renascimento.

Os Rosacruzes ensinam que todas as causas postas em ação em uma vida não podem amadurecer em uma só existência e que todas as coisas devem alcançar um estado de frutificação:

“O que o homem semear, isso mesmo colherá”. Este é um dos ensinamentos bíblicos de que o ser humano deve colher suas mesmas segas das sementes de que semeou, sejam boas ou más. Por conseguinte, cada indivíduo passa por um número de vidas terrestres durante as quais constrói o caráter. É neste estado de sua vida que goza dos frutos de sua passada construção, ou sofre resultado de suas más ações.

Cada vida é um dia de escola, na qual o espírito aprende suas lições. É dito no Gênesis que Deus fez o ser humano à Sua própria imagem; se o ser humano foi divinamente concebido, também deve chegar a ser tão sábio como o Pai que o criou. Naturalmente isto não pode realizar-se a cabo de uma vida. Mas é necessário um lento processo de evolução para elevar o ser humano desde uma diminuta chispa de divindade, a ser tão sábio e onisciente como seu Pai Celestial. (P&R da Revista Serviço Rosacruz fev/78 – Fraternidade Rosacruz SP)

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Pergunta: Ensinamentos Rosacruzes: É Pecado Cobrar por Lições ou Curas? Não é o Obreiro Digno de Seu Salário?

COBRAR POR LIÇÕES OU CURAS

 

Pergunta: Entendemos que os Rosacruzes consideram um pecado cobrar por suas lições ou suas curas. Não é o obreiro digno de seu salário?

Resposta: No capítulo 10 de Mateus, Cristo disse a seus discípulos que fossem as ovelhas perdidas de Israel e lhes pregassem o Evangelho e curassem os enfermos. Porém, Ele também lhes ordenou “não levar ouro, nem prata, nem cobre em suas bolsas”, “nem alforja para o caminho”.

No 10º capítulo da primeira Epístola aos Coríntios, Paulo também mantém esta idéia: pregar o Evangelho de graça.

Os Rosacruzes tem seguido esta prática desde o princípio e nunca cobram seus ensinamentos. Nenhum verdadeiro crente neste elevado ensinamento cobrará pelas lições nem solicitará quotas mensais.

Se o fizer, este ato simplesmente o denuncia como um impostor. Se temos fé e trabalhamos sem egoísmo, Deus terá cuidado sempre conosco e as manifestações de Amor serão suficientes para satisfazer o aspirante em suas necessidades.

Podia ser argumentado que tal atitude animaria alguns a tomar tudo e não dar nada ou estimularia o egoísmo em outros, afinal, continuando o argumento, há uma lei da natureza de que não podemos obter nada de graça. Sem dúvida muitos frequentam as igrejas, conferências e escolas sem deixar cair nunca um centavo na bolsa de arrecadação, crendo que isto desnecessário, a menos que os cerquem e, naturalmente, assim lhes tomariam tudo ou não dariam nada.

Contudo, eles não pensam no assunto do ponto de vista da lei de Deus, as quais operam silenciosamente por meio da Lei de Causa e Efeito. Em algum momento e lugar, estas dívidas serão cobradas da alma que pensa que está escorregando pela vida, defraudando, tomando tudo e não dando nada em troca.

“Eu te darei o pagamento”, disse o Senhor.

(P&R da Revista Serviço Rosacruz fev/78 – Fraternidade Rosacruz SP)

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Pergunta: Creem os Rosacruzes em uma Vida Depois da Morte? Por quê?

Pergunta: Creem os Rosacruzes em uma vida depois da morte? Por quê?

Resposta: Sim. Os ensinamentos Rosacruzes “tiram” da morte, o aguilhão da dor, porque eles preparam o aspirante para o que deve esperar na vida futura.

Uma viagem para países estrangeiros torna-se agradável quando estamos preparados e sabemos algo do país ao qual nos dirigimos. De modo semelhante, conforta muito conhecer as condições existentes naquelas paragens que se nos apresentam tão misteriosas, devido à sombra negra que tem pesado sobre os homens idosos.

O conhecimento da vida além da tumba conforta mais ainda aqueles que perderam seus entes queridos.

Os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, com seu conhecimento superior dos mundos espirituais, nos trazem a prova de uma existência destes sublimes mundos. Muitos estudantes avançados também têm recebido provas positivas de uma vida depois da morte. Para eles, tal vida já não consiste apenas em uma teoria, mas sim uma verdade.

É possível, com um desenvolvimento de um sentido mais sutil, experimentar e ver realmente as condições que existem nessa invisível terra dos mortos que vivem. Ela interpenetra nosso mundo físico, denso, embora não seja vista pelos que tem unicamente desenvolvido o sentido da vista física.

John Mc Creery em seu belo poema diz:

“Eles não estão mortos.

Eles apenas passaram além da névoa que aqui nos cega,

para uma vida nova e maior,

naquela esfera mais serena”.

A morte é, para os Rosacruzes, somente uma mudança de consciência. É tirar um vestido usado (o corpo físico) para ocupar aquele corpo espiritual de que nos fala São Paulo no capitulo 15 da primeira Epístola aos Coríntios.

(P&R da Revista Serviço Rosacruz fev/78 – Fraternidade Rosacruz SP)

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Pergunta: Qual é a causa da má formação nas Plantas?

Pergunta: Qual é o motivo para as más formações que, algumas vezes, encontramos na vida vegetal, já que essa onda de vida é composta por um reino que não tem a vontade própria?

 

Resposta: A construção das formas físicas do reino vegetal é de responsabilidade dos Espíritos da Natureza e que, por sua vez, estão sob a direção dos Anjos. Esses seres também estão evoluindo, como nós. O fato de que eles estão evoluindo mostra que eles, também, são imperfeitos e, portanto, sujeitos a cometer erros. Más formações das plantas são os resultados desses erros. Conforme os Espíritos da Natureza vão se tornando mais competentes, vão cometendo menos erros nas formações físicas dos seres da onda de vida vegetal. (P&R da Revista Rays from the Rose Cross nov/75 – The Rosicrucian Fellowship)

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Pergunta: Quem foram os Maniqueus e Santo Agostinho foi um deles?

Resposta: Mani ou Manes ou, ainda, Maniqueus nasceu próximo a Otesiphon na Mesopotâmia, mais ou menos pelo ano 227 da Era Cristã, morrendo por volta de 277. Com referência a seu pai, supõe-se ter sido membro da seita dos “Batistas”. Os ortodoxos negam seu sentimento Cristão, entretanto, cremos que fosse Cristão gnóstico.

Mani chamou a si mesmo “Eu, Mani, o Apóstolo de Jesus Cristo”; afirmando que vinha para dar cumprimento à profecia de Cristo. Reuniu os ensinamentos de Zoroastro com as de Buda e, provavelmente com os princípios do Taoísmo com os do Novo Testamento. Uma vez que o Maniqueísmo relacionava-se pouco com o Velho Testamento, Mani, sendo persa, considerou desnecessário integrar-se primeiramente no Judaísmo, para depois converter-se ao Cristianismo.

A ortodoxia recusa aceitar como Cristão quem não aceite o Velho Testamento conjuntamente com o Novo. Evidentemente, Mani julgou haver solucionado o problema do Bem e do Mal, bem como da realidade da natureza, o que se conclui, após um estudo do que se encontra em seu sistema básico, idêntico ao que está exposto no Evangelho da Verdade, descoberto há alguns anos em Nag Hamadi, no Egito.

O aramaico foi o idioma oficial do Império Persa Ocidental, bem como foi o dialeto oriental, assim como o hebreu é o dialeto do ocidente. Em outras palavras, os persas tinham as mesmas palavras sagradas tal como os hebreus, mas em aramaico que foi o idioma falado por Jesus. Mani escreveu em siríaco e persa e em “código” ou cifrado. Muitos livros maniqueus foram descobertos em 1930.

A lenda dos Duendes Luminosos e dos Duendes Sombrios mencionada no Conceito Rosacruz do Cosmos, demonstra que os Maniqueus atribuíram a si a prerrogativa de solucionar o problema da conquista do Mal, da mesma forma que Max Heindel descreve. Entretanto os chamados escritos Maniqueus sobre a natureza da Verdade e da Realidade não pertencem à época de Mani, pois, como já foi dito, eles foram encontrados no Evangelho da Verdade, escrito em algum lugar por volta da metade do segundo século, ao passe que Mani viveu no terceiro século da Era Cristã.

A Angeologia Zoroastriana é, naturalmente, uma parte real do Cristianismo e do Judaísmo Esotérico. Não há dúvida, que, durante o exílio, profetas hebreus e mestres zoroástricos trabalharam em conjunto, o que até a Bíblia demonstra.

Os maniqueus exotéricos, contudo, não formam a Escola Interna de Mistério, a respeito da qual Max Heindel fala, a qual trabalha atualmente para a solução do problema primordial do Período de Júpiter.

Tal como a Fraternidade Rosacruz é uma escola preparatória exotérica, para a Ordem da Rosacruz, assim o movimento maniqueu, incluindo os cataristas e albigensis do sul da França, são a representação externa da Grande Escola de Mistérios nos Planos Internos.

Porém, todos os conceitos básicos espirituais do Maniqueísmo são, também, encontrados no Rosacrucianismo, porque são, naturalmente, universais, construídos sobre verdades eternas. Onde quer que haja mentes abertas à verdade, esses conceitos estarão em evidência, pois somente o fanatismo e a intolerância vivem divorciados dos mesmos.

Até certo ponto a Cosmogonia maniquena é um tema da ciência, parcialmente baseada na “Revelação” (lida na Memória da Natureza) e parcialmente nas descobertas científicas externas. Os cientistas modernos estão reelaborando a sua Cosmogonia, modificando a Hipótese Nebular, descobrindo novos aspectos da evolução, da natureza, da matéria, etc. e todas essas mudanças serão, eventualmente, incorporadas à Religião da Era de Aquário, a qual terá uma nova Cosmogonia.

Santo Agostinho foi um membro, sem, contudo ingressar na escola esotérica. No maniqueísmo existia um conjunto de ensinamentos internos, aos quais Agostinho não teve acesso, atendo-se exclusivamente à escola externa. Sua mãe, Mônica foi uma devota católica, orando continuamente para que ele se reintegrasse ao catolicismo.

Em virtude de tenaz perseguição que sofreu – perseguição essa vinda de todos os lados – a Ordem exotérica de Mani foi impelida a se esconder. Entretanto, os maniqueus se disfarçaram e começaram a trabalhar de dentro dos agrupamentos de seus inimigos.

Mani foi crucificado pelo sacerdotismo pérsico, pelos fanáticos e perseguidores que não admitiam seu Cristianismo. A Ordem de Mani existiu na Europa e na Ásia, podendo ser restaurada de alguma forma dentro de alguns séculos.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz março/1967 – Fraternidade Rosacruz SP)

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