Arquivo de categoria Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual era o trabalho executado realmente pelos alquimistas?

Pergunta: Qual era o trabalho executado realmente pelos alquimistas?

Resposta: Sabiam os alquimistas que a natureza física e moral do ser humano haviam embrutecido, por causa das paixões infundidas pelos espíritos lucíferos e que, em consequência, era necessário um processo de purificação, de refinamento, para eliminar tais características elevando-o as sublimes alturas, onde nunca se eclipsa o fulgor do espírito. Consideravam o corpo como um laboratório e falavam do processo espiritual em termos químicos. Eles observavam que esse processo espiritual começa e tem seu peculiar campo de atividade na espinha dorsal, o elo entre dois órgãos criadores: o cérebro, ou campo de operação dos inteligentes mercurianos, e os genitais, onde têm sua mais vantajosa posição os passionais e luxuriosos espíritos de Lúcifer. A energia criadora, empregada por Deus, para a manifestação de um sistema solar e a energia empregada pelas divinas Hierarquias para construir os veículos físicos dos reinos inferiores, que dirigem como Espíritos Grupo, manifestam-se em forma dual de vontade e imaginação. É a mesma força que, agindo no macho e na fêmea os une para gerar um corpo humano.

Em épocas remotas o ser humano era bissexual. Cada indivíduo podia propagar a espécie, sem a cooperação do outro. Porém, a metade da forca criadora do indivíduo bissexual consumiu-se na construção de um cérebro e de uma laringe, para que fosse capaz de criar mentalmente, de formar pensamentos e de enunciar a palavra de poder, que transformará seus pensamentos em realidade material. Nesta operação, tomaram parte três grandes Hierarquias Criadoras: os Anjos Lunares, os Senhores de Mercúrio e os Espíritos Lucíferos de Marte.

Os alquimistas relacionaram os Anjos Lunares, que governam as marés, com o elemento sal; os Lucíferos Espíritos de Marte com o elemento enxofre e os Senhores de Mercúrio com o metal mercúrio.

Valeram-se desta simbólica representação, porque a intolerância religiosa não permitia outros ensinamentos, além dos sancionados pela igreja daquela época e, também, porque a humanidade não estava apta para compreender as verdades contidas na sua filosofia.

A tripartite coluna vertebral era, para os alquimistas, o crisol da consciência. Sabiam que os Anjos Lunares eram especialmente ativos na secção simpática da espinha dorsal, que rege as funções relacionadas com a conservação e bem-estar do corpo. Designavam a dita secção pelo elemento sal.

Viam, claramente, que os Lucíferos Espíritos marcianos governavam a secção relacionada com os nervos motores, que difundem a energia dinâmica, armazenada no corpo pelos alimentos. Simbolizavam esta secção pelo enxofre.

A terceira secção, que assinala e registra as sensações, transmitidas pelos nervos, recebeu o nome de mercúrio. Diziam estar regida pelos seres espirituais de Mercúrio.

Contrariamente ao que afirmam os anatomistas, o canal formado pelas vértebras não contém, além da medula, um líquido, mas um gás, semelhante ao vapor d’agua, que se condensa, quando exposto à ação atmosférica. Pode ser super aquecido pela atividade vibratória do espírito, até se converter no brilhante e luminoso fogo de regeneração.

Os alquimistas falavam, também, de um quarto elemento, Azoth – nome em que entram a primeira e a última letra do alfabeto, como se quisessem significar a mesma ideia que “alfa e ômega”, ou seja, o que tudo encerra e inclui. Dito elemento referia-se ao que, agora, conhecemos como o raio espiritual de Netuno, a oitava de Mercúrio, a sublimada essência do poder espiritual. Este é o campo onde atuam as grandes Hierarquias Espirituais de Netuno, e é designado Azoth pelos alquimistas. Este fogo espiritual não é o mesmo, nem brilha igualmente, em todos os seres humanos: sua intensidade depende do grau de evolução espiritual do indivíduo.

(P&R da Revista Serviço Rosacruz fev/76 – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Encontramo-nos com os amigos e entes queridos após a morte, mesmo que suas crenças sejam diferentes?

Pergunta: Encontramo-nos com os amigos e entes queridos após a morte, mesmo que suas crenças hajam sido diferentes da nossa, ou ainda que não passassem de ateus?

Resposta: Sim, nós os encontramos e os reconhecemos, porque a morte não encerra poder transformador algum. O ser humano surge ali na mesma forma que o conhecemos aqui, porquanto ele se crê ainda possuidor dessa forma. Mas, o lugar em que poderemos encontrá-los depende de vários fatores.

Em primeiro lugar, se vivemos uma vida devota e pura, não necessitaremos de existência purgatorial, sendo insignificante nossa passagem pelo Primeiro Céu. Se nosso ente querido, pelo contrário, expressará rasgos de natureza inferior, tendo de permanecer largo tempo no Mundo do Desejo só nos encontrará no Segundo Céu. Se desencarnarmos logo após nosso amigo, o encontro talvez não tivesse lugar antes de decorridos, pelo menos, uns vinte anos. Isso, porém, é de menos importância, porque nas referidas regiões há completa inconsciência do tempo.

O amigo materialista se viveu uma existência moralmente sã, como pode acontecer, permaneceria na quarta região do Mundo do Desejo durante certo número de anos, de acordo com o tempo vivido no plano físico. Posteriormente passaria ao Segundo Céu, apesar de não manter ali, uma consciência tão ampla e clara como a pessoa devotada às realidades do espírito.

Nós o veremos, reconhecendo-o e associando-nos a ele durante séculos inteiros, na obra de engendrar o futuro ambiente, pois então já não será absolutamente materialista, porque ao atingir essa elevada região, o espírito não se encontra dominado pelas ilusões que muitas vezes o envolveram no mundo material.

Todos e cada um se reconhecem como seres espirituais, lembrando-se desta vida terrestre da forma como recordamos algum pesadelo. O espírito, ao penetrar nesse elevado plano, sente a sua verdadeira natureza.

(P&R da Revista Serviço Rosacruz abr/75 – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Por que tanta violência?

Pergunta: Há uma razão de ordem oculta para essa terrível onda de violência que agita os tempos atuais? Ate quando perdurará tal estado de coisas?

Resposta: Talvez uma razão fundamental para tanto distúrbio e violência entre os seres humanos, seja o fato de que nós estamos atravessando um período em que forças antagônicas lutam por dominar a consciência do ser humano e o mundo que o cerca.

A Filosofia Oculta afirma “O caminho evolucionário da humanidade está indissoluvelmente ligado as Divinas Hierarquias que regem os estelares e são os signos do zodíaco”.

A passagem do Sol e dos estelares através dos doze signos zodiacais, assinala o progresso do ser humano no tempo e no espaço. “Presentemente, o Sol, por precessão, percorre o signo de Peixes, encerrando uma idade de superstição e escravidão intelectual. Estamos já penetrando na órbita de influência de Aquário, um signo intelectual, científico e altruísta. Desta forma sofremos a ação de vibrações estelares diferentes em nossa consciência e ao nosso redor”.

Os menos evoluídos são incapazes de manter-se num ponto de equilíbrio desejável para um progresso mais seguro.

Outro ponto a considerar: os separatistas Espíritos de Raça, engendrando diferentes religiões, costumes, idiomas, etc., influenciam grande parte da humanidade, promovendo atritos e guerras de conquista. Somente com o unificante poder do Cristo, pode-se eliminar a força dos Espíritos de Raça, removendo assim a causa principal da violência.

Cristo encontra-se além dos outros Arcanjos. Seu veiculo inferior é o Espírito de Vida, não usando outro mais denso. O Mundo do Espírito de Vida é o primeiro mundo cósmico. Unicamente pelo poder do Espirito de Vida é que o sentimento extremado de nacionalidade pode ser superado e a Fraternidade Universal tornar-se uma realidade.

Deve também ser lembrado que ao final de ciclos evolutivos renascem muitos Egos poucos evoluídos, os quais recebem assim sua oportunidade final de avançar suficientemente a ponto de não se perderem de seu grupo evolucionário. É desnecessário dizer que os Egos menos evoluídos são provocadores das ondas de violência, desejando atingir seus objetivos.

Outro fator a ser considerado diz respeito às dívidas de destino maduro (aquelas que só podem ser resgatadas através da expiação) geradas no passado por indivíduos e nações. Desde os tempos em que o ser humano começou a fazer uso de seu livre arbítrio, o egoísmo e a crueldade compuseram parte do cenário terrestre. Debaixo da Lei de Causa e Efeito toda maldade deve ser resgatada com sofrimento ou algo parecido. Se vivemos pela espada, morreremos pela espada. Se não acontecer em uma existência, sobrevirá na outra. Somos livres para decidir por um curso de ação, porém, esta liberdade nos traz a consequente responsabilidade. (P&R da Revista Serviço Rosacruz jun/72 – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Cada Nascimento é uma Nova Vida? Que acontece com a vida dessa forma?

Pergunta: Cada nascimento é uma nova vida? Que acontece com a vida dessa forma? Não há resposta para esses mistérios ou segredos? Quais as pessoas aptas a conhecer esses mistérios? São necessários dons especiais?

Resposta: Cada coisa ou ser que nasce parece uma vida nova desabrochando entre nós. Vemos como cresce e vive a pequena forma, convertendo-se pouco a pouco em um fator de nossas vidas durante dias, meses e anos. Chega por fim um momento em que a forma definha, morre e se decompõe.

A vida que vem não se sabe de onde, passou ao invisível além e com tristeza perguntamos: De onde veio? Por que esteve aqui? Para onde foi?

A forma esquelética da morte projeta horrenda sombra sobre todos os umbrais. Velhos ou jovens, sãos ou enfermos, ricos ou pobres, todos, todos nós devemos passar através dessa sombra e em todas as idades paira a pergunta angustiosa sobre o segredo da vida, isto é, o segredo da morte.

Para a grande maioria da humanidade, as três grandes perguntas: “De onde viemos? Para que estamos aqui? Para onde vamos?” permanecem sem respostas.

Infelizmente formou-se a opinião, aceita pela maioria, de que nada podemos conhecer definitivamente, sobre assuntos tão obscuros. Nada mais errôneo do que semelhante ideia.

Todos, sem exceção, podem tornar-se aptos para obter informações diretas e definidas sobre o assunto. Todos podem investigar o estado do espírito humano antes do nascimento e depois da morte.

Não há favoritismo nem se exige dons especiais. Todos possuem inerente, a faculdade de conhecer tudo isso, mas há um fator importante e muito notável. Essa faculdade está em todos, apesar de que na maioria em estado latente. É necessário, para despertá-la, um esforço persistente e isto parece assim como um poderoso “dissuasivo” se nos permitam a expressão. São muito poucos por certo, os que se prestam a viver a vida, condição básica para despertar essa faculdade. Não se pode comprá-las e para alcançá-las não há caminhos fáceis.

O primeiro requisito, fundamental, é que todo o aspirante ao conhecimento oculto deve possuir um desejo ardente, uma sede abrasadora de conhecimento oculto. Mas deve ser com um intenso desejo de ajudar a humanidade, um esquecimento completo de si próprio, para servir ao próximo. É perigoso o estudo do ocultismo se a ele não se e levado por este motivo.

Porque se não se possuem estas qualidades, especialmente a última (pelo menos em parte), qualquer tentativa para seguir o caminho árduo do ocultismo é perigosa.

(P&R da Revista Serviço Rosacruz abr/72 – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual a relação entre a força criadora e o cérebro e o efeito do celibato?

Pergunta: Qual a relação entre a força criadora e o cérebro e o efeito do celibato?

 

Resposta: O pervertido maníaco sexual é uma prova da asserção dos ocultistas de que urna parte da força sexual destina-se a formação do cérebro. Tal pessoa torna-se um idiota ou incapaz de pensar porque normalmente a energia sexual destinada a procriação e à manutenção e criação do cérebro é utilizada no seu aspecto positivo ou negativo, de acordo com a condição do indivíduo – homem ou mulher.

Se uma pessoa é dada a pensamentos de ordem espiritual, a tendência de usar a força sexual para a propagação é diminuta e aquela parte não usada para esse fim, poderá ser transmutada em força espiritual.

O Iniciado, em certo estágio de desenvolvimento, faz o voto do celibato. Não é um voto de fácil admissão e nem pode ser adotado levianamente por alguém desejoso de desenvolvimento espiritual.

Muitas pessoas ainda imaturas para vivência superior, ignorantemente, ingressam numa vida de ascetismo. Essas são tão perigosas a comunidade e a si mesmas como o são os maníacos sexuais.

No presente estágio da evolução humana a função sexual é o meio pelo qual os Espíritos poderão ganhar experiência.

Uma vez que o renascimento depende da união sexual, consideremos o caso das pessoas que são muito prolíficas e que por isso são levadas ao ato sexual desordenadamente. Elas pertencem a classes inferiores. Assim há dificuldades para as entidades prestes a renascer encontrarem veículos adequados e ambientes propícios ao desenvolvimento de suas faculdades, de tal forma, a beneficiarem a si mesmas e a humanidade. Sob outro aspecto os indivíduos de classes mais abastadas, que poderiam criar condições mais favoráveis ao renascimento, têm poucos filhos ou mesmo nenhum. Infortunadamente, não é porque vivam uma vida de pureza. Trata-se de razões puramente egoísticas. Razões para uma maior gratificação sexual, sem um aumento da carga familiar. Dessa forma o ser humano vale-se de sua prerrogativa divina para levar a desordem na Natureza.

O Ego renascente deve aproveitar as oportunidades oferecidas algumas vezes em condições desfavoráveis. Outros que não podem assim proceder devem aguardar até que se lhes apresente ocasião favorável. Assim afetamos uns aos outros por meio das nossas ações e da mesma forma os pecados dos pais recaem sobre os filhos.

Como o Espírito Santo é a energia criadora na natureza, a energia sexual é o seu reflexo no ser humano. Portanto, o abuso desse poder é o pecado que não pode ser perdoado, mas deve ser resgatado por meio de uma deficiência a fim de nos conscientizar da santidade da força criadora.

(P&R da Revista Serviço Rosacruz mar/72 – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Depois de Max Heindel, a Ordem Rosacruz acaso fez nova revelação ao Mundo?

Pergunta: Depois de Max Heindel, a Ordem Rosacruz acaso fez nova revelação ao Mundo?

Resposta: Muitos Evangelhos foram escritos. Dentre todos os escritos, a Igreja Cristã escolheu quatro (de Marcos, Mateus, Lucas e de João Evangelista) considerando os outros apócrifos ou não inspirados. Desses quatro que compõem parte do Novo Testamento três são chamados sinóticos (os três primeiros) porque são semelhantes. Depois que foram escritos, ninguém escreveu mais Evangelhos, porque não havia necessidade. Sabemos que eles são FÓRMULAS DE INICIAÇÕES, com chaves ocultas e muito simbolismo sob a roupagem da Vida de Jesus-Cristo. A prova de que ainda não foram devidamente compreendidos é que os seres humanos se dividiram em credos e seitas cada um explicando os evangelhos à sua maneira. É compreensível e estava previsto pela evolução. Mas a ciência, a arte e a religião passam por gradativa evolução, paralelamente ao descerrar da consciência humana, devendo atingir sua re-UNIÃO quando tivermos alcançado o casamento místico mencionado no comentário do Apocalipse. Só então havendo alcançado a unidade interna, veremos seu reflexo exteriormente na identidade com todas as coisas criadas, concebendo, então, fielmente, que tudo é UNO e ao mesmo tempo VERDADEIRO, BELO E BOM.

Mas, o que tem a ver isto com a Fraternidade Rosacruz?

Tem e muito. Constituímos o Cristianismo Esotérico ou Oculto e nosso fim, longe de somar mais uma facção no movimento cristão, é justamente o de propiciar aos seres humanos mais evoluídos a oportunidade de alcançar essa unidade ou universalidade mencionada acima. Veio através de Max Heindel, o Mensageiro autorizado dos Irmãos Maiores da Rosacruz, que fundou a Fraternidade Rosacruz.

A Ordem já existia e trabalhava ocultamente desde sua fundação, no século XIII. A Fraternidade foi a oficialização de seus ensinamentos elementares no Mundo Ocidental, no século XX, porque já havíamos atingido condições mentais para compreender mais profundamente o que Paulo chama de Mistérios Cristãos. Todavia ainda constituímos pequena e bem expressiva minoria. Os arianos são os mais visados por tais ensinamentos e secundariamente os ramos latinos e outros. Perceberam os leitores como a grande parte de nossa gente ainda prefere, negativamente, entregar a terceiros a salvação de suas almas, interessando-se pelo ocultismo apenas de forma curiosa, buscando as “provas” e “manifestações”?

Agora nós é que perguntamos: Estamos em condições de receber novas revelações públicas da Ordem Rosacruz, se tão pequena minoria ainda sequer atingiu a plena compreensão e vivência dos elementares princípios expostos em “O Conceito Rosacruz do Cosmos”?

Individualmente podemos e recebemos ensinamentos mais altos. Isso já é questão sabida por todos que conhecem um pouco da nossa Filosofia. Depois de certo ponto do desenvolvimento individual (pois a formação é estritamente individual) pode o Aspirante receber algo mais. Como disse Paulo: “Às criancinhas espirituais damos leite e aos adultos, alimento mais sólido”. É logico. Quando o discípulo está preparado, o mestre aparece!

Publicamente ainda temos de esperar bom tempo. A contribuição valiosa da Filosofia Rosacruz ao mundo tem a vigência de alguns séculos, segundo nosso entender.

Aconselhamos nossos perguntantes a estudarem mais a Filosofia Rosacruz para compreenderem isto. E depois compreenderão, também que o argumento usado por certas escolas de ocultismo, algumas das quais se denominam também rosacruzes, de que estamos antiquados, saudosistas e vivemos de estudos ultrapassados, é muito inconsistente e ingênuo.

A lógica está ao dispor de todos os que estão em condições de usá-la.

A questão não é de arranjar novas roupagens, mas de aprofundar, assimilar e apropriar-se do conteúdo.

“A letra mata; o espírito vivifica”.

(P&R da Revista Serviço Rosacruz fev/72 – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O que Significa “Espaço” para a Filosofia Rosacruz?

Pergunta: Encontramo-nos agora na ”ERA ESPACIAL“, fase em que se explora a aparentemente vazia região situada além da Terra. O que significa “espaço” para a Filosofia Rosacruz? Qual é a sua constituição e sua finalidade?

Resposta: Segundo os ensinamentos da Sabedoria Ocidental, neste período de materialismo, perdemos, lamentavelmente, a ideia de tudo o que se oculta por detrás da palavra “ESPAÇO”. Habituamo-nos a falar do espaço vazio ou do grande vácuo de tal maneira a desconhecermos o significado real de tais palavras. Somos, desta maneira, incapazes de sentir a reverência que a ideia de Espaço e Caos deveria inspirar-nos interiormente.

Para as estudantes de ocultismo, ”não há vácuo ou espaço vazio“. Espaço é Espírito em forma refinada ou sutil. O Espírito é dual em sua manifestação. Aquilo que observamos e conceituamos como sendo Forma, é a manifestação do polo negativo do Espírito, cristalizada e inerte. O polo positivo se expressa como vida, transformando a FORMA em AÇÃO. Ambas, porém, Vida e Forma foram emanadas do Espírito, Espaço, Caos!

“… O Espírito encontra-se em permanente atividade em um aspecto durante a Manifestação, e em outra durante o Caos”.

“A Vida pode existir independentemente da Forma Concreta. Pode haver Formas imperceptíveis aos nossos limitados sentidos físicos e inclusive, não sujeitas a nenhuma das leis que vigoram no presente estado concreto de matéria”.

“… A nebulosa ígnea (da Teoria Nebular) é Espírito… a atmosfera ao nosso redor, o espaço entre os mundos é “ESPÍRITO” e … há uma constante permuta: Forma dissolvendo-se em Espaço, e Espaço cristalizando-se em Forma”.

Caos não é o estado daquilo que tendo existido no passado, encontra-se, agora, totalmente desaparecido. Encontra-se, isto sim, ao nosso redor presentemente! Não constitui aquelas velhas formas que, tendo sobrevivido à sua utilidade, retornam, constantemente, ao Caos. Esta continuamente dando origem a novas formas, sem a que não haveria progresso. O trabalho da evolução cessaria e a estagnação impediria toda possibilidade de desenvolvimento.

É axiomático: “quanto mais amiúde morremos, melhor nos vivemos”. Goethe, o poeta iniciado escreveu:

“Quem não passou por isto,

Alguma vez, moribundo, retornando à origem

Sempre permanecerá miserável e pesaroso,

Nesta terra sombria”.

E São Paulo apóstolo afirmou: “Eu morro todos os dias”.

O Caos é a base de todo progresso. Nessa vida durante esta fase decorre de nossa existência quando do dia de Manifestação e vice-versa. A habilidade para progredir resulta da permanência temporária no Caos. O intervalo entre os Períodos e Revoluções é, em realidade, muito mais importante para o avanço do Espírito do que a existência concreta, ainda que a última seja a base da anterior e, por conseguinte, possa ser dispensada. A importância do intervalo (no Caos) é de natureza transcendental, pois durante aquele período de desenvolvimento os seres encontram-se estreitamente unidos e são realmente UM. Consequentemente, os menos desenvolvidos durante a manifestação estão em mais íntimo contato com os mais altamente evoluídos. Assim, adquirem experiência e se beneficiam com uma vibração mais elevada.

Quando a consciência do ser humano enfocar-se mais na região das causas, ele compreenderá o significado da palavra “ESPAÇO” no seu legítimo sentido.

(P&R da Revista Serviço Rosacruz mar/72 – Fraternidade Rosacruz SP)

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