A Sombra da Cruz: recebemos nossa cruz em proporção as nossas forças
A cruz é o símbolo oculto da vida humana em sua relação com as correntes vitais. O madeiro vertical superior representa o ser humano, que recebe a energia solar verticalmente e a força Crística do interior da Terra. O madeiro horizontal configura o corpo animal, por cuja espinha dorsal perpassa as correntes circulantes pelo nosso Planeta. O madeiro vertical inferior simboliza o reino vegetal.
A cruz representa o conflito entre as duas naturezas aludidas por São Pedro quando disse (I Pedro 2:1): “Eu vos rogo que vos abstenhais dos desejos carnais que lutam contra a alma”. Sob tal ponto de vista são muito significativas as palavras de Cristo: “Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Lc 9; 23).
É comum ouvir falar de sofrimentos, de alguma limitação física ou alguma dura experiência como uma “cruz” que se carrega. Em certo sentido a comparação é exata, se a aflição é causada por outrem. Como exemplo podemos citar o sofrimento do Cristo pela humanidade, seu confinamento a um mundo de baixa vibração, como o nosso.
Que comparação podemos estabelecer entre essa limitação do Mestre e os nossos pesares, por grandes que sejam? No entanto, recebemos nossa cruz em proporção as nossas forças. Mas, a cruz que tomamos após Cristo, é a mesma vida terrestre que lhe dedicamos no serviço desinteressado aos nossos semelhantes.
A enfermidade pode nos deixar preocupados, porém, se constitui uma parte de nossa cruz, chega a converter-se em benção, até a saúde da alma refletir-se no corpo.
Nestes conturbados dias, quem serão aqueles que tomarão a sua cruz e seguirão o Mestre amado?
(Revista Serviço Rosacruz – 07/76 – Fraternidade Rosacruz – SP)
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