Páscoa: o Amanhecer de um Alegre Dia

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Páscoa: o Amanhecer de um Alegre Dia

Páscoa: o Amanhecer de um Alegre Dia

Encontramo-nos de passagem sobre a Terra. Somos apenas peregrinos. E justamente esta peregrinação, com suas lições a experiências, constitui o fator de nossa libertação, o meio através do qual um dia não mais renasceremos no plano físico.

O verdadeiro lar do espírito é o mundo celestial. Nossos esforços devem ser dirigidos a um retorno a esse mundo, tão rápido quanto seja possível, pois o propósito da vida é a experiência e a finalidade desta é o crescimento.

A vida ensina-nos lições definidas e quanto mais rapidamente as aprendermos, mais rápido será nosso crescimento anímico, apressando assim a chegada do dia da libertação.

A nossa liberdade determina também a libertação final do Cristo de sua “prisão terrestre”. Nesta época do ano as Igrejas cristãs enfatizam os sofrimentos do Calvário, e o sacrifício do Cordeiro de Deus em benefício do gênero humano. Todos os sermões e liturgias convergem para o tema da “Paixão de Cristo”, revestindo-o da atmosfera intensamente emocional.

Analisando o fato ocorrido há dois mil anos à luz da ciência esotérica, chega-se à conclusão de que aquelas horas de intenso sofrimento nada foram, se comparadas com o que o Cristo suporta presentemente.

Carregar aquela cruz de madeira na agitada Jerusalém de vinte séculos atrás, sob a chacota judaica e o chicote romano, era até suportável para um ser humano. Pior é carregar a cruz da humanidade, esse madeiro gigantesco, impregnado de todas as mazelas do ser humano. Muito mais torturante para um Ser da estatura do Cristo, é permanecer ligado a um Planeta como o nosso, de vibrações baixíssimas, uma somatória do que realmente somos.

O grande Arcanjo só bradará o “consumatum est” definitivo, quando todos nós nos elevarmos espiritualmente e o liberarmos de sua missão terrestre. Na qualidade de Aspirantes, nossa responsabilidade é imensa. Cumpre-nos viver nossas vidas tão altruisticamente quanto seja possível, evitando qualquer pensamento ou ação capaz de tornar a Terra um local mais insuportável do que é atualmente.

É verdade que na qualidade de seres humanos estamos sujeitos a quedas. Mas nosso dever é evitá-las, mantendo diuturna autovigilância. Se cairmos, que não nos falte forças para o reerguimento e ajustamento a apropriados canais de conduta.

Se a ocasião é propícia para meditarmos como aliviar os sofrimentos de Cristo, também é justo participarmos das alegrias da Páscoa. Regozijemo-nos não só pela ajuda recebida, mas principalmente por estarmos conscientes de que, preciosas oportunidades de serviço nos serão oferecidas na medida do nosso merecimento. Alegremo-nos por não sermos meros expectadores, mas partícipes de todo esse processo de libertação.

A Páscoa assinala a vitória da vida sobre a morte, do espírito sobre a matéria, e essa ideia inspirou Max Heindel a escrever estas formosas linhas: “Para os iluminados a Páscoa simboliza o amanhecer de um alegre dia, em que toda a humanidade e o Cristo se libertarão permanentemente das limitações da materialidade, e ascenderão aos reinos celestiais para converter-se em colunas do templo de Deus e dali nunca mais sairão”.

(Publicada na revista Serviço Rosacruz de março e abril/87)

Sobre o autor

Fraternidade Rosacruz de Campinas administrator

Deixe uma resposta

Idiomas