Um Sonho de Rosas

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Um Sonho de Rosas

Aquela Sonhadora que tem Mercúrio e Vênus em Aquário sonhou, e em seu sonho viu, estendendo-se por todos os lados até o horizonte, um vasto deserto, inteiramente coberto de pedras; pedras que não eram raras nem preciosas, nem mesmo pitorescas, mas disformes, feias, incrustadas de terra e poeira — uma visão cansativa. E a voz que fala sem palavras disse a ela: “Essas pedras são as almas do mundo”. Então, a Sonhadora voltou seus olhos para o céu e viu mais beleza do que o mundo das almas das pessoas sonhava, pois na abóbada azul surgiu uma grande cruz, branca e luminosa, e suas extremidades pareciam desabrochar em flores.

Do seu centro irradiavam-se cinco correntes de raios dourados e, pendendo sobre a cruz, parecia haver uma coroa de flores. Mas, a Sonhadora mal prestou atenção a isso, absorta na maravilha da estrela de cinco pontas, porque seus raios eram mais dourados do que o ouro mais fino e cada um, embora em número incontável, era claro e individual como um cabelo brilhante. Dos dois fluxos estelares inferiores os raios caíam nas pedras e ela viu que um raio ia para cada pedra. E eis que não eram mais pedras: cada uma delas havia se tornado uma rosa. E a voz que fala sem palavras disse: “Veja como cheiram estas rosas”. E a Sonhadora riu ao pensar que o perfume pudesse ser visto.

O mundo estava agora completamente coberto de rosas, e ela viu como cada rosa (que fora uma pedra), em resposta aos raios da estrela, enviou um raio de resposta, mas não um puro brilho dourado como aqueles lançados pela estrela; no entanto, belos raios cheios de cor e matiz, extrema e infinitamente variados. Pois cada rosa enviava seu próprio raio responsivo e não havia duas iguais, já que todas as cores da Terra dos Sonhos estavam lá, incomparáveis em beleza e variedade, muito além de qualquer uma vista por aqueles que pensam que estão acordados!

Os raios das rosas refletiam em sua fonte e caíam na coroa de rosas que estava pendurada na cruz. Assim, como os raios da Cruz haviam transformado as pedras em rosas, agora os raios das rosas operavam uma transformação maravilhosa, pois ao tocá-las a Sonhadora não viu uma coroa de rosas, mas um halo formado de seres celestiais como fogo brilhante que rodopiava e girava como roda, tão brilhantemente luminoso que com grande alegria a Sonhadora acordou.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de novembro de 1915 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

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