Qual é a visão que devemos escrever em letras grandes para que uma pessoa possa correr enquanto a lê e como devemos escrever o que vemos? Tenho a certeza de que, em um sentido menor, também recebemos a visão de nosso líder — a visão de um mundo redimido — uma visão na qual Mt. Ecclesia é o foco: Mt. Ecclesia, o lugar de encontros de almas ardentes com o desejo ansioso de fazer o serviço de Deus — almas que podem dizer como os Discípulos do passado: “Eis que deixamos tudo para seguir-Te, pois Cristo é nosso Modelo e Cristo é o nosso Guia”.
Isso não significa que negligenciamos nosso trabalho doméstico e dever dados por Deus, mas que ouvimos em nossa Vigília, enquanto estávamos na Torre Alta, a Voz que diz agora como então: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com todas as tuas forças, e amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Estamos alcançando aquela consciência Crística que verdadeiramente dirá: “Eis minha mãe e meus irmãos!”.
De Mt. Ecclesia vemos o movimento maior, os fluxos de poder e utilidade sempre crescentes, movendo-se incessantemente para a frente, dividindo-se e subdividindo, levando saúde, força e poder dados por Deus. Veremos o Cristo em cada indivíduo, por mais humilde ou aparentemente depravado, assim como Cristo viu o apóstolo no desprezado Mateus sentado no recebimento da alfândega; o esperançoso Zaqueu no mesquinho cobrador de impostos; as possibilidades divinas do amor na errante Madalena; no vacilante Simão Pedro, a rocha sobre a qual a igreja deveria ser construída; nos filhos de Zebedeu, os filhos do Trovão, que teriam feito seu Mestre invocar fogo do céu para consumir seus adversários, os apóstolos da não-resistência, os apóstolos do amor que não pensam mal do seu próximo.
Não posso fazer melhor do que citar novamente as palavras de William Penn, adaptando-as ao Mt. Ecclesia. “E tu”, Mt. Ecclesia, “nomeado antes de nasceres, que amor, que cuidado, que serviço e que trabalho houve para te dar à luz e para te preservar. Minha alma ora a Deus por ti, para que possas resistir no dia da provação, para que teus filhos sejam abençoados pelo Senhor e teu povo seja salvo por Seu poder.”.
(Publicado no Echoes de Mount Ecclesia de abril de 1914 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)