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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Aventuras de Rex e Zendah no Zodíaco – A Terra de Virgem

As Aventuras de Rex e Zendah no Zodíaco
A Terra de Virgem

A entrada para a próxima terra se fazia por meio de um pórtico cujos pilares eram inteiramente cobertos por espigas de milho seguras por meio de folhas entre as quais apareciam ramos de frutas e flores. Rex e Zendah lembraram-se do festival da colheita.

 

Na base de cada um dos pilares havia uma bacia com água; em torno de cada bacia havia palavras gravadas.

Numa estava escrito: “Somente com mãos e pés limpos podem entrar nesta terra”. E na outra: “O asseio é quase religiosidade”.

O espaço entre os pilares não era fechado por portão, mas parecia coberto de pés de milho mais altos do que as crianças. Não se via nenhum caminho e quando as crianças tocavam os pés de milho com as mãos sentiam que eles eram duros, não dobravam. Não havia nenhuma passagem entre os pés de milho… Zendah olhou para o rolo que Hermes lhe dera e mostrou a Rex o que lá estava escrito: “Quando chegarem à Terra da Virgem, lavem-se na água das bacias e esvaziem-nas diante dos pés de milho entre os pilares: depois pronunciem a senha”.

Os meninos dirigiram-se para as bacias. Rex lavou as mãos em uma e Zendah na outra.

– “Você acha que nós devemos lavar em ambas as bacias? “, perguntou Rex.

– “É claro, bobinho”, disse Zendah. “Suponho que sejam espécies diferentes de água. Senti isso quando pus minhas mãos dentro delas”. Sentando-se no chão, Zendah pôs os pés nas águas de ambas as bacias.

– “Não vejo necessidade de fazer isso”, resmungou Rex, pensando que estavam perdendo tempo com tanta lavagem. Todavia, Zendah mostrou a Rex que numa das bacias estava escrito sobre limpeza de pés e mãos e Rex concordou que era melhor lavar os pés também. Depois de se lavarem, despejaram a água como estava ordenado. Na areia apareceram as seguintes palavras: PUREZA e SERVIÇO. Essas palavras formaram-se lentamente e logo desapareceram. Uma voz assustou-os – “Sejam bem-vindos meninos”.

Olharam para cima e viram que onde havia pés de milho que não dobravam estava Hermes com os braços estendidos para eles.

– “Vocês se conduziram muito bem até aqui sem mim”, disse Hermes, “mas nunca me afastei de vocês, embora vocês não me percebessem. Era eu quem “soprava” nos seus ouvidos quando vocês não sabiam o que fazer”.
Chamou os meninos para perto de si e afastando os pés de milho com uma das mãos, com a outra apontou para um caminho que havia entre eles.

Caminharam por extensos milharais, por grandes plantações de aveia, cevada, trigo e outras espécies de grãos.

Tudo madurinho, pronto para ser colhido. No fim do caminho encontraram uma bonita cidade onde várias mulheres, vestidas, de amarelo – cor de milho maduro – foram ao seu encontro. Essas mulheres pareciam não ver Hermes, mas falaram com as crianças.

– “Lavaram seus pés? “, perguntou uma.

– “Suas mãos estão limpas? “, perguntou outra.

– “Espero que vocês não tragam a menor partícula de sujeira para a Terra da Virgem”, disse uma terceira.

Rex e Zendah ficaram atarantados e olharam para Hermes para saber o que deviam dizer.

– “Senhoras”, disse ele, “não há necessidade de fazerem tais perguntas. Estariam bem empregadas para muita gente: não para esses meninos que estão usando seu corpo astral que, como sabem, está sempre limpo. Além disso, eles não poderiam entrar nesta terra sem usarem antes a água das bacias do portão”.

As mulheres inclinaram-se solenemente para as crianças que seguiram com Hermes pela cidade ensolarada. Por toda a parte viam-se pequenas casas com jardins, cada um diferente dos outros.

 

Umas coisas tinham esses jardins em comum; não se via nenhuma erva má, e em todos eles havia canteiros de flores e passeios limpos, sem uma pedra fora do lugar. Era tudo tão bem arrumadinho que os meninos chegaram a ter receio de passar por ali.

Passando além desses lugares floridos chegaram à cidade principal que Hermes disse chamar-se cidade da Perfeição.

Lá havia lindas casas limpas que, na maioria, pareciam lojas dos mais variados negócios. Dentro delas, escreventes trabalhavam afanosamente escrevendo em enormes livros, fazendo soma de parcelas com várias ordens de algarismos.

Todas as paredes eram cobertas de prateleiras divididas em centenas de repartições, cheias de papéis e todas rotuladas com nomes diferentes. Pessoas andavam apressadas pondo ou tirando papéis dessas repartições.

Estavam muito atarefadas para poderem explicar aos meninos que também não se mostraram muito interessados até que Hermes lhes explicou que aquilo que ali escreviam era de grande utilidade para outras terras porque lá se escreviam e conservavam guardadas as coisas importantes que aconteciam.

De lá foram ter a um grande quarto na subloja que muito os interessou.

Era o maior laboratório que já haviam visto. Homens e mulheres de aventais brancos, auxiliados por vários rapazes da idade de Rex, estavam agrupados em torno de pequenas chamas azuis de gás, observando vasos de vidro de formas estranhas.

Outros esmagavam coisas em almofarizes. De quando em quando havia explosões nos vidros e todos se juntavam em redor anotando em seus cadernos de apontamento.

Um homem tirava o sumo de várias frutas, enchia vidros com ele e experimentava o efeito de gotas de líquidos coloridos sobre eles. Esses resultados também eram anotados. Rex perguntou: – “Que fazem eles? ”

– “Tentam descobrir quais as coisas que têm maior valor alimentício para as pessoas comerem”. Rex replicou: – “Pensei que os melhores alimentos fossem o de melhor gosto.

Daí eles passaram por um corredor até uma sala verde cheia de plantas e de flores desabrochadas; muitas delas desconhecidas dos meninos.

– “Por que”, perguntou Zendah, depois de andar de uma planta para outra, “elas não se parecem nem um pouco com as que temos em casa? ”

 

O jardineiro-chefe chegava nesse momento e respondeu:

– “Não, não são: aqui as Fadas nos ajudam desenvolver novas espécies de frutas e flores. Vejam: assim é que fazemos, mas primeiramente precisamos ver se as estrelas dizem ser o tempo propício”. Dirigiu-se para um livro pendurado num dos cantos da sala e correu seu dedo por uma página.

– “Bem, em cinco minutos poderemos começar”.

Tirou uma pequena escova de uma caixa e dirigindo-se a uma planta branca semelhante a um lírio que crescia próximo, tirou um pouco de pólen dos seus estames e depositou-o no longo talo verde que crescia no centro de uma magnífica flor vermelha.

– “Agora”, disse, “devemos atá-lo num saquinho de musselina para que ninguém o toque. Quando as sementes amadurecerem, veremos delas nascer um lindo lírio, vermelho com pintas brancas ou então branco com pintas vermelhas. Não podemos afirmar como será porque tudo depende das Fadas”.

Depois, deu aos meninos um pêssego com gosto de abacaxi e uma maçã almiscarada, sem sementes.
Mostrou-lhes uma rosa azul e uma ervilha amarelo-brilhante.

– “Todas essas flores e esses frutos são descobertos aqui, antes de vocês poderem produzi-los na terra”, disse ele.
Zendah segurou em seu braço.

– “Quando poderemos produzir uma rosa azul? “, perguntou. Ele balançou a cabeça misteriosamente.
– “Quando o jardineiro-chefe for morar com vocês”, respondeu.

Os meninos não queriam mais sair dali. Afinal, Hermes disse-lhes que se apressassem e levou-os a um jardim cercado por altas paredes de pedras. As paredes eram cobertas por árvores frutíferas. No meio do jardim havia um canteiro hexagonal cheio de lírios brancos. No centro desse canteiro havia uma árvore estranha; suas folhas brilhavam como prata e os frutos cintilavam como joias de diversas cores. No alto do galho mais elevado havia uma maçã dourada que brilhava como o sol.

– “Esta é a coisa mais valiosa desta Terra”, disse Hermes, “a maçã Dourada do conhecimento e da cura. Em todo o universo só existe este exemplar. Algumas das pessoas que vocês acabaram de ver estão tentando fazer nascer outras árvores semelhantes a esta. Conseguiram fazer uma maça prateada que fará muito benefício, mas ainda não descobriram como fazer nascer a maçã vermelha”. Saindo desse pátio, penetraram no palácio. Aí, como em toda parte, tudo estava onde devia estar; nada faltava, embora não fosse tão bonito nem tão confortável quanto o Palácio de Vênus.

 

As paredes eram cobertas de linho amarelo. Pequenas correntes d’água passavam por canais nos corredores de modo que para se entrar nos quartos era preciso passar pela água. Isso era para evitar a entrada de poeira nos quartos.

Na sala maior, bem no fundo, havia um dossel sob o qual estavam sentados cinco homens sábios em torno de uma mesa redonda. Havia uma cadeira vazia na mesa; a diferença entre essa cadeira e as outras estava em ser mais belamente entalhada. Hermes disse que essa era a sua cadeira, mas que sempre estava tão ocupado como mensageiro dos deuses que os cinco homens governavam por ele quando estava ausente.

– “Meu irmão Vulcano também ajuda, mas está tão ocupado em forjar obras de arte que também não tem muito tempo para governar. Pouca gente sabe quando ele aqui aparece”.

Os meninos olhavam para uma oficina ao lado da sala. Lá viram Vulcano martelando folhas de metal. Muitos jovens faziam inúmeras coisas úteis, desde vasos e bacias até pequenos baldes. Era notável a delicadeza dos detalhes e o polimento dado a cada peça. Voltando à sala grande, Hermes apanhou em um prato uma bonita maçã colorida e deu-a a Zendah. Olhando-a surpresa, Zendah verificou que era de metal embora parecesse verdadeira.

– “Esta é uma cópia da maçã da saúde”, disse Hermes, “mas poderá fazer passar a dor de cabeça quando você cheirar, também cura uma porção de outros males”.

Nas mãos de Rex, Hermes depositou um alfinete com feitio de lírio, cuja cabeça era de jaspe, dizendo-lhe para conservá-lo como lembrança da Terra da Virgem.

De um outro prato tirou um grande pedaço de bolo e partindo-o ao meio deu um pedaço a cada um dos meninos.
– “Em parte alguma vocês encontrarão pão que satisfaça tanto como este da Terra da Virgem”, disse.

De fato, depois de terem provado, Rex e Zendah concordaram que jamais provaram pão tão delicioso.

De regresso ao portão de entrada, passavam por todas as casas tão limpinhas e de novo chegaram aos campos de milho. Hermes mostrou-lhes o caminho acenando com a mão.

Os meninos penetraram no caminho mostrado e logo chegaram ao lado de fora da Terra da Virgem, próximo do portão seguinte.

(The Adventures of Rex and Zendah In The Zodiac – por Esme Swainson – publicado pela The Rosicrucian Fellowship – publicado na revista Rays from the Rose Cross nos anos 1960-61; As Aventuras de Rex e Zenda no Zodíaco (as Ilustrações são originais da publicação) –Fraternidade Rosacruz – SP – publicado na revista Serviço Rosacruz de 1980-81)

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Influências Fisionômicas e de Personalidade dos Astros – Vênus

Influências Fisionômicas e de Personalidade dos Astros

(*) Advertência: a descrição aqui apresentada é mais exata quando o Astro é o Regente do horóscopo e bem-aspectado.
(Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – Capítulo XIX – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)

Vênus

O Planeta Vênus leva, aproximadamente, 1 ano terrestre para percorrer todos os Signos do Zodíaco pertencendo, dessa forma, ao conjunto dos Planetas rápidos.

Atualmente Vênus rege 2 Signos: Touro e Libra.

Vênus proporciona um corpo bonito e fofinho.

Os cabelos tendem a ser loiros e cacheados.

O corpo tem muitas covinhas e com tendência à corpulência. Vênus rege o amor ao nível pessoal, limitando-se à família e amigos.

Vênus tende a fazer as pessoas graciosas e civilizadas, às vezes vacilantes e, no horóscopo de um homem, produz o tipo amável e com gostos refinados; proporciona a tendência a se preferir a bijuteria e ao uso destas; gosta de artes e moda. Vênus rege: os rins, a garganta, a circulação venosa e a glândula Timo.

Tradução feita pelos irmãos e irmãs da  Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil, do original: ASTROLOGISCHE TYPELOGIE – Hans Stein – Fishe-tekst – Fraternidade Rosacruz – Alemanha

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As Aventuras de Rex e Zendah no Zodíaco – A Terra do Touro

As Aventuras de Rex e Zendah no Zodíaco

A Terra do Touro

 

Uma muralha de pedra, sólida e preta apareceu aos olhos de Rex e Zendah quando se aproximaram da terra do touro. Levantava-se reta e lisa; não se via uma falha. Mais ou menos a seis pés de altura do chão havia muitas esculturas; rostos pequenos, pássaros e animais semelhantes aos que fossem descobertos nas escavações feitas nos desertos do Egito. Os rostos eram esculpidos, sobressaindo ligeiramente da superfície da muralha e o conjunto escultural tinha por fundo linda pedra azul para fazer com que as esculturas sobressaíssem.

Defronte da muralha o chão era arenoso; tão seco que a cada passo que se dava erguia-se uma nuvem de poeira. Os meninos sabiam que era difícil encontrar o Portão do touro, pois estava escondido, e por isso eles começaram a examinar cuidadosamente toda muralha. De súbito, Zendah tropeçou em alguma coisa no chão. Afastou a areia com as mãos e encontrou um alçapão de pedra, quadrado, tendo no meio uma argola de cobre que repousava num cavado feito de pedra. Rex pegou a argola e deu-lhe um puxão, mas a argola não se moveu. Zendah também tentou, mas nada conseguiu.

Súbito, lembraram-se: ‘temos de botar no cavado em que está a argola, o pó azul que Hermes nos deu, e colocar as joais que ganhamos na Terra do Escorpião-Águia e na do Homem do Jarro, uma de cada lado, e a joia do Leão por baixo. Depois disso vamos esperar para ver o que sucede”.

Olharam para as instruções que Hermes lhes dera para se certificarem se era isso que deveriam fazer. Era isso mesmo. Zendah ajoelhou-se e pôs o pó no cavado e arrumou as joais da maneira ordenada. Um minuto depois, subiu uma espiral de fumaça do pó e a terra tremeu tão forte que Rex e Zendah caíram um de cada lado do alçapão.

Ao se levantarem constataram estar ao lado de uma abertura feita no chão. O alçapão estava suspenso de um lado como uma tampa de caixa. As joias enfileiradas adiante, prontas para eles apanharem-nas de novo. A abertura do alçapão era o princípio de uma escada de pedra. Os meninos pensaram que ali estava a entrada da Terra do Touro. Desceram a escada até o fundo onde viram uma arcada com uma porta de pedra na qual havia uma aldrava para bater, em forma de cabeça de touro. Rex deu duas pancadas e ouviu-se uma voz:

– “Quem é?”

– “Rex e Zendah”.

– “A senha?” perguntou de novo a voz.

– “Força”.

A porta caiu para trás e eles tiveram de subir por ela para poderem entrar. O Guardião do portão era uma pessoa alta e estava com um capacete semelhante a cabeça de um touro. Que figura esquisita!

À entrada estava parada uma robusta mulher usando vestido branco com cinto azul. Seus ombros estavam encobertos completamente por um colar chato, de pedras azuis. Uma cinta de cobre mantinha seus cabelos castanhos-escuros em ordem. Na frente da cinta havia um ornamento feito de chifre.

– “Sejam bem-vindos à Terra do Touro”, disse ela. “Possa nossa amizade durar tanto quanto são fortes e duradouros os nossos alicerces”. Afastando-se para um lado, conduziu os meninos para dentro onde estava parado um carro puxado por dois bois brancos com uma coroa de flores nos chifres. Depois dos meninos subirem para o carro, ela subiu na frente e dirigiu a carruagem.

As estradas eram largas e lisas, muito bem conservadas. Não viajaram muito, mas assim mesmo tiveram tempo para olhar os arredores. A primeira parte da terra por que passaram era campo; por toda parte viram homens e mulheres atarefados em arar e plantar. Todos pareciam saudáveis e vigorosos. A maioria possuía esplêndida cabeleira castanho escuros e grandes olhos também dessa cor. Todos cantavam enquanto trabalhavam. Onde havia muitos juntos, podia-se ouvir quase que um concerto. Em alguns lugares as sementes já germinavam.

Parecia não haver lugar que não fosse cultivado.

Pouco adiante viram homens abrindo novas estradas e fazendo as fundações de edifícios. Os edifícios eram fortes e bem feitos. As paredes muito grossas e feitas de pesados blocos de pedra. Parecia que durariam para sempre depois de prontos.

Nas casas já habitadas, os meninos verificaram que cada uma tinha um pequeno campo onde um touro ou uma vaca pastava ou estava deitado, aquecendo-se ao sol. De fato, havia, tanto gado nessa terra quanto cavalos na Terra do Arqueiro.

Logo chegaram à Cidade do Touro. Era um quadrado perfeito, tendo aos lados altas e maciças paredes nas quais havia entradas frente ao norte, ao sul, a leste e a oeste. A carruagem parou no portão norte e eles seguiram seu guia a pé pela cidade. As ruas estavam cheias de pessoas; e como trabalhavam. Parecia que tinham tudo que você possa imaginar para vender. Havia mercadores de todas as parte do mundo tentando vender suas mercadorias dos donos de lojas.

Em algumas lojas havia nas vitrines toda a sorte de coisas boas para comer. Só de olhá-las, ficava-se com fome.

Os meninos pararam a entrada de uma joalheria pois nunca viram, em parte alguma, tanta joia de ouro, nem pedras tão bonitas. Zendah quis comprar algumas para levar para casa, mas… não encontrou dinheiro nos bolsos de sua “roupa estelar”.

Estava difícil afastá-los dali porque havia muitas coisas bonitas para se ver; mas afinal, foram para a parte central do mercado, onde se erguia o edifício principal da terra. Havia uma fonte em cada canto, surgindo das costas de quatro touros de mármore, pois este grande edifício, como toda a cidade, era um quadrado perfeito. O portão de entrada estava guardado por homens com capacetes semelhantes ao que usava o Guardião da entrada da Terra.

Suas túnicas curtas eram azuis e seus escudos brancos, com um touro preto como ornamento.

Rex e Zendah estavam certos de que esse palácio não poderia sair dali; era tão sólido e tão estável quanto era móvel e aéreo o palácio de Hermes. Já no seu interior, os meninos ficaram embasbacados; estavam na parte mais bonita do edifício; cada parede, soalho ou corredor era de desenho diferente feito de pedra de várias cores e feitios.

Para poderem entrar na sala principal tiveram de afastar as cortinas de cor azul celeste. O teto da sala estava pintando de forma a parecer o céu estrelado. Ao redor havia grandes pilares com figuras pintadas semelhantes àquelas da entrada da terra.

O trono tinha por braços touros entalhados e em cima, na parede que ficava por trás, havia grande janela em forma de crescente lunar.

Uma mulher que estava sentada no trono sorriu para os meninos e pouco depois viram que ela era a Rainha Vênus, embora parecesse algo diferente, o que fez com que não a reconhecessem imediatamente. Seu vestido estava todo dobrado ao seu redor, em tantas dobras que ela estava quase escondida, mas seu pescoço e seus braços estavam nus. Usava magnífico colar de esmalte azul com correntes de esmeraldas pendentes e em sua cabeça tinha uma coroa feita de estreita tira de cobre os quais brilhava com círculo de prata.

Já era tarde porque a noite começara a cair enquanto eles iam para o palácio. A lua cheia apareceu brilhando através da janela bem por cima da cabeça da Rainha. Nesse preciso instante um órgão, no fundo do salão, começou a tocar suavemente e vozes em coro cantaram uma canção de agradecimento que, em constante crescente, terminou fortíssimo.

No momento de silêncio que se seguiu, Rex e Zendah viram a figura do quarto grande Anjo, com uma estrela na fronte, muito semelhante aos outros Anjos que haviam visto, com a única diferença que este possuía asas azuis.

Abriram-se as cortinas e uma procissão de pagens apareceu conduzindo bandejas de cobre. Era o festival das Ofertas da Terra. Essas ofertas consistiam em sedas, sementes, buquês de violetas, ornamentos de ouro e de prata, tudo tão bonito! No fim de tudo apareciam vasilhas cheias de moedas de ouro e de prata.

Mercadores de todas as cores e raças davam suas graças. Arquitetos trouxeram seus planos. Durante todo o tempo que durou a procissão de dádivas, o coro entoou a canção da Abundância da Terra.

Cada pagem, à medida que entrava, ocupava determinado lugar a direita ou à esquerda do trono. Depois de terem entrado todos os pagens, Rex e Zendah viram que estavam esperando por eles, para se apresentarem diante do trono.

Ficaram muito encabulados pois nada tinham para oferecer.

A Rainha Vênus sorriu e disse:

– “Não esperamos que nossas visitas nos façam ofertas; ao contrário, somos nós que lhes damos algo, para levarem consigo. Por certo já perceberam que nesta terra há abundância de tudo o que proporciona conforto e bem estar. Eis aqui a bolsa mágica que nunca se esvazia desde que você dê um pouco do seu conteúdo a outro que dele precise ou toda vez que você gastar algum dinheiro com você. Ela lhe dará riqueza, Rex, mas use-a com sabedoria. A você Zendah, concedo o Dom da voz, Dom mais precioso do que o ouro”.

Tendo tocado a garganta da menina com sua varinha ornada com violetas, Vênus colocou-lhe em torno do pescoço um colar de esmeraldas. Zendah sentiu vontade de cantar.

Vênus acenou com a cabeça, dando sinal aos músicos, e antes que pudesse perceber o que fazia, Zendah estava cantando sozinha.

Rex ficou admirado, pois nunca ouvira a irmã cantar, antes. Quando Zendah terminou a canção, a Rainha Vênus acenou aos meninos e ambos subiram os degraus do trono. Vênus abraçou-os e beijou-os.

– “Agora, sentem-se aí defronte, nessas almofadas, para vocês serem transportados ao portão da próxima Terra”.

O órgão tocou um acorde lento e de novo as vozes do coro entoaram algumas palavras que os meninos não compreenderam. Ao final, a própria Rainha Vênus juntou-se ao coro.
As luzes como que se apagaram e eles foram descendo, descendo, como se estivessem penetrando na terra e, de repente… um súbito barulho como se fechasse uma porta… e mais uma vez, com o quarto terremoto, estavam do lado de fora do Portão do Touro.

(The Adventures of Rex and Zendah In The Zodiac – por Esme Swainson – publicado pela The Rosicrucian Fellowship – publicado na revista Rays from the Rose Cross nos anos 1960-61; As Aventuras de Rex e Zenda no Zodíaco (as Ilustrações são originais da publicação) –Fraternidade Rosacruz – SP – publicado na revista Serviço Rosacruz de 1980-81)

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