INTRODUÇÃO
Vamos conceituar, primeiro, o que é um Audiobook ou Audiolivro: nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.
Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.
Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).
Para que serve audiolivro?
O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:
O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.
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FIM
Embora Max Heindel não tivesse completado suas investigações sobre os Éteres ao tempo de seu falecimento em janeiro de 1919, deixou uma base substancial e o que ele transmitiu está bem fundamentado, mesmo sob os impactos dos últimos descobrimentos científicos.
Declarou, muitas vezes, que os Irmãos da Rosacruz trabalham através dos cientistas e com a ciência, e não limitam suas atividades a Estudantes e Probacionistas da Fraternidade Rosacruz, ou a qualquer outro grupo específico.
Empenham-se em favor de toda Humanidade, indicando a direção para o real estabelecimento da Fraternidade Universal em nossa Terra.
1. Para fazer download ou imprimir:
A Visão Etérica e o que ela revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz
2.Em formato de audiobook ou audiolivro:
Audiobook – A Visão Etérica e o que ela revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz
3. Para estudar no próprio site:
A VISÃO ETÉRICA E O QUE ELA REVELA
Por
Um Estudante
Fraternidade Rosacruz
Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil
Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82
Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil
Revisado de acordo com:
1ª Edição em Inglês, Etheric View and What It Reveals, editada por The Rosicrucian Fellowship
1ª Edição em Português, editada pela Fraternidade Rosacruz São Paulo – SP – Brasil
Pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil
contato@fraternidaderosacruz.com
fraternidade@fraternidaderosacruz.com
O material deste livro é uma reimpressão (com algumas revisões e adições) das lições mensais enviadas pela Fraternidade Rosacruz aos seus membros, e é um resumo dos estudos e pesquisas realizadas pelos Estudantes do Departamento Esotérico da Fraternidade. As conclusões obtidas, como acontecem muitas vezes em casos de investigações científicas, poderão ser revisadas à luz de futuros conhecimentos e trabalhos.
Embora Max Heindel não tivesse completado suas investigações sobre os Éteres ao tempo de seu falecimento em janeiro de 1919, deixou uma base substancial e o que ele transmitiu está bem fundamentado, mesmo sob os impactos dos últimos descobrimentos científicos. Declarou muitas vezes que os Irmãos da Rosacruz trabalham através dos cientistas e com a ciência, e não limitam suas atividades a Estudantes e Probacionistas da Fraternidade Rosacruz, ou a qualquer outro grupo específico. Empenham-se em favor de toda Humanidade, indicando a direção para o real estabelecimento da Fraternidade Universal em nossa Terra.
Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental foram dados de forma básica por Max Heindel; uma ciência física básica surge depois através de expressões acadêmicas. A Humanidade, consciente ou inconscientemente, está se preparando para a Era de Aquário, quando a ciência será religiosa e a religião científica. Entretanto, cada aspirante deve juntar sua pequena parte há sempre crescente fonte do conhecimento.
Max Heindel indicou que quando a Era Aquariana chegar, mais ou menos daqui a seiscentos anos ou talvez antes disso, um novo Mestre aparecerá, o qual reunirá em si e em seus Ensinamentos, a sabedoria de toda a nossa evolução passada. Este grande Mestre da Era Aquariana, ao qual Max Heindel alude novamente, será o reaparecimento daquele Ego que foi conhecido na Europa como Christian Rosenkreuz e depois como o Conde St. Germain, e, ele acredita ter sido essa uma das suas últimas encarnações públicas.
Além do Mestre da Era de Aquário, um mensageiro é sempre enviado, uma vez em cada século, pelo “Governo Invisível do Mundo”, chamado em ocultismo “A Grande Loja Branca”. Muitos ocultistas concordam que entre o ano 1965 e o ano 2000, ou talvez logo após, um destes mestres aparecerá. Podemos conhecer a direção dos seus ensinamentos pelas tendências do nosso tempo: universalismo na ciência e na religião, preparando a Humanidade para o “Mundo Único”‘ de Aquário, sob a bandeira de Cristo. Haverá o impulso para fora, para o espaço interestelar, a nova aventura cósmica para o Espírito humano, e uma filosofia verdadeiramente cósmica que o acompanhará.
A próxima Utopia do ser humano não será uma simples cidade na superfície da Terra, nem em qualquer país da Terra, mas todo o universo vivente no qual o místico ouve o movimento rápido das Asas de Deus e o incessante Som de Sua Palavra.
Sumário
1 – A Natureza da Visão Etérica.. 6
2 – O Éter Químico no Corpo Humano.. 12
Parte II – O ÉTER DE VIDA.. 23
4 – O Éter de Vida e a Genética.. 23
6 – Magnetismo Orgânico Versus Inorgânico.. 35
7 – O Éter de Vida e o Fogo Cósmico.. 41
Parte III – O ÉTER DE LUZ.. 53
9 – O Éter de Luz e o Sol.. 53
10 – A Visão do Ocultista sobre o Éter de Luz.. 59
11 – Sumário: Os Três Éteres. 65
Parte IV – O ÉTER REFLETOR.. 71
13 – O que o Éter Refletor reflete.. 77
14 – O Éter Refletor e o Registro dos Renascimentos Anteriores 85
15 – O Éter Refletor e a Sua Relação com a Matéria.. 91
16 – O Éter Refletor e as Forças Arquetípicas. 97
Um Estudo do Diagrama 1 do Conceito Rosacruz do Cosmos 97
1 – A Natureza da Visão Etérica
Em 1918 Max Heindel escreveu: “O processo de preparação para a Era Aquariana já começou, e como Aquário é um Signo aéreo, científico e intelectual, é uma conclusão previsível que a nova fé deverá alicerçar-se na razão, sendo capaz de resolver o enigma da vida e da morte de uma forma a satisfazer tanto o intelecto como o instinto religioso”[1]. Como no passado desenvolvemos cinco sentidos através dos quais nós contatamos o presente mundo visível, no futuro ainda distante, desenvolveremos outro sentido que nos capacitará a ver os habitantes da Região Etérica, incluindo aqueles nossos entes queridos que já deixaram o Corpo Denso e habitam o Éter e as Regiões inferiores do Mundo do Desejo durante a primeira etapa de sua jornada nos reinos espirituais.
“Aquário é um Signo aéreo que rege, especialmente, os Éteres”. O dilúvio que submergiu o antigo continente Atlante, que é o Dilúvio de Noé da Bíblia, secou o ar a um certo grau “ao depositar no mar a maior parte da umidade que ele continha. Mas, quando o Sol, por precessão, entrar em Aquário, mais umidade será eliminada e as vibrações visuais, que são mais facilmente transmitidas pela atmosfera etérica seca, far-se-ão mais intensas e, desse modo, as condições serão particularmente propícias para produzir uma ligeira extensão de nossa presente visão, necessária para abrir nossos olhos para a Região Etérica. O surgimento de sensitivos na Califórnia é um exemplo deste efeito de uma atmosfera seca e elétrica, embora, naturalmente, não seja tão seca como a que será na Era de Aquário”.
“Mas é bom compreender que, mediante a aspiração e meditação, aqueles que esperam ansiosamente por esse dia, não devem deixar escapar a oportunidade de desenvolver-se, e podem facilmente passar à frente daqueles companheiros que desconhecem estes fatos. Por outro lado, estes últimos podem retardar o desenvolvimento de sua visão ao julgarem que estão sofrendo de alucinações quando começam a ter os primeiros vislumbres das entidades etéricas, e ficam com medo ante a perspectiva de serem chamados de loucos, caso relatem suas visões aos outros”.
“Portanto, a Fraternidade Rosacruz foi encarregada pelos Irmãos Maiores da missão de promulgar o Evangelho da Era Aquariana e de dirigir uma campanha educativa e iluminadora para que o mundo possa preparar-se para o que lhe está reservado. O mundo deve ser fermentado com as seguintes ideias:
Embora esse desenvolvimento seja maravilhoso, ele vem acompanhado de uma grande responsabilidade. “Os Estudantes devem compreender que uma séria responsabilidade acompanha a posse do conhecimento, porque a quem muito é dado, muito será exigido e se enterramos nosso talento, não devemos esperar uma merecida condenação? A Fraternidade Rosacruz poderá cumprir sua missão somente quando cada membro fizer sua parte, difundindo os Ensinamentos e vivendo a vida. Portanto, esperamos que isto alerte os Estudantes quanto aos seus, deveres individuais”.
Entretanto, esperamos que não haja mal-entendidos em relação à natureza deste dever. Não fomos escolhidos para edificar uma organização poderosa, rica, com prédios imponentes e com milhares de membros pagando suas mensalidades. Nosso dever é simplesmente difundir as verdades pertinentes à Nova Era, da melhor forma ensejada pelas circunstâncias. Não temos que mencionar a palavra “Rosacruz”, nem “Fraternidade Rosacruz”; mas se nos perguntarem qual é a fonte do nosso conhecimento, então, será nosso privilégio, como também é nosso dever, dizer a verdade e mencionar a nossa filiação espiritual. Naturalmente não devemos tratar de impor nossos pontos de vista aos que não nos querem ouvir.
Atualmente, os hospitais de doenças mentais estão repletos de casos das chamadas depressões nervosas e mentais, que são, na realidade, casos de pessoas que sofrem por se terem expostas às forças psíquicas que não compreendem e, como resultado, padecem de enfermidades emocionais e mentais, vivendo sob um medo mortal. Estas condições são causadas por um super-estímulo do grande centro nervoso do plexo solar, antes que os centros superiores do cérebro possam ser postos em movimento suficiente para exercer uma medida de controle.
Referimo-nos a esse assunto somente de passagem, como um sintoma da sensibilização que ocorre à medida que a Era Aquariana se aproxima. Não é só o plexo solar que recebe tal estímulo das forças cósmicas, mas também outros centros nervosos, incluindo o nervo óptico e as áreas do cérebro ligadas à visão, que é, neste caso, a visão ampliada característica da Região Etérica.
A visão etérica depende, comumente, da sensibilidade do nervo óptico, mas, mesmo quando esse nervo está defeituoso, ou foi destruído, é possível que a visão etérica possa ser desenvolvida, mediante o uso de canais nervosos substitutos. Sabemos que a incidência cada vez maior de pessoas com problemas de visão deve-se à crescente densificação dos Éteres, que é parte do poderoso efeito da radiação solar quando o Sol se aproxima de Aquário, por precessão, no Equinócio de Março.
Através da visão etérica é possível ver tudo o que existe na Região Etérica do Mundo Físico. Quando esta visão é desenvolvida, ela revela primeiramente o Éter mais inferior ou Éter Químico, que varia desde o cinza azulado, passando pelo azul, até o violeta ou o azul escuro que é quase preto. Max Heindel fala do “Éter Químico como tesouro, quase preto”. Devido à entre mescla ou mistura dos outros Éteres com o Éter Químico, este também pode ser azul avermelhado, magenta, violeta ou púrpura, de acordo com a densidade dos Éteres.
Quando alguém contempla um objeto com a visão etérica, ele vê através do objeto de uma maneira semelhante ao do Raio X quando penetra substâncias sólidas. Daí ser chamada visão de Raio X, embora essa denominação não seja correta. Ao observar um objeto com a visão etérica, o vidente vê em primeiro lugar a parte externa, depois a parte adjacente próxima e, finalmente, chega à parte mais distante do objeto. Alguém pode ter graus superiores de visão (visão do Mundo do Desejo, do Mundo do Pensamento, etc.) e, não obstante, não possuir ainda visão etérica. Por meio desta visão pode-se ver através de livros, jornais, cartas, paredes ou qualquer outra coisa à curta distância. Na Era Aquariana, quando muitos já tiverem a visão etérica, será extremamente fácil estudar anatomia e descobrir um tumor maligno, uma luxação, ou qualquer condição patológica do corpo, porque com esta visão, o médico poderá estudar diretamente, sem obstáculos, tanto as estruturas anatômicas como os processos fisiológicos.
À medida que a Nova Era avançar, as pessoas desenvolverão a visão etérica e com esse desenvolvimento difundido, será impossível alguém viver uma vida dupla, agindo diferentemente no lar e em público. Se tivéssemos conhecimento, agora, das entidades invisíveis que povoam nossas casas, muitas vezes nos sentiríamos envergonhados das coisas que fazemos e dizemos. As várias espécies de entidades que enchem o ar são atraídas para as pessoas da mesma natureza, quer sejam boas ou más, e estas entidades não podem ser confundidas com nada mais que não sejam elas próprias. É impossível qualquer engano, porque essas entidades estão em nível inferior no caminho da evolução e não têm inteligência para manter um disfarce por muito tempo, e, mais cedo ou mais tarde, revelarão suas verdadeiras qualidades internas.
Quer sejam vistas ou não, as entidades etéricas invisíveis alimentam-se do Éter de Vida da pessoa por quem foram atraídas, caso tenham tido o consentimento de permanecer na sua aura. Em consequência, não apenas influenciam tais pessoas para o mal, mas também enfraquecem seus Corpos Vitais; e isto leva à exaustão nervosa como resultado de uma possessão parcial ou obsessão. É tão impossível livrar a aura da pessoa de tais entidades sem uma limpeza moral e emocional completa, como querer erradicar a malária sem a drenagem dos charcos e pântanos, onde se proliferam os mosquitos transmissores.
A atmosfera que está cheia de tais entidades revela infalivelmente, a condição de impureza psíquica e mental daqueles que as hospedam, e, na Nova Era, quando todos tiverem o poder de vê-las, não haverá maneira de esconder nosso caráter predominante. “Não haverá privacidade que não possa ser revelada por quem desejar ver-nos. De nada adiantará que mandemos o contínuo ou a empregada dizer ao indesejável visitante que ‘não estamos em casa’. Isto quer dizer que na Nova Era a honestidade e a retidão serão as únicas normas convenientes, pois não poderemos cometer erros e escapar da prisão. Haverá pessoas cuja fraqueza de caráter as levará aos caminhos da maldade, tanto no futuro como agora, mas isto será de tal maneira evidente, que serão evitadas”.
Com referência à visão etérica, Max Heindel diz mais adiante: “A experiência tem comprovado que o raio astral adverso vindo de certos pontos já mencionados do zodíaco, interferem nas vibrações sentidas pela retina do olho prejudicando assim a visão física. Se na mesma carta Netuno está focalizado numa dessas posições, o assim chamado “ponto cego” – cego porque não responde às vibrações etéricas de Mercúrio – é sensibilizado pelo raio espiritual de Netuno, e assim pode acontecer que uma pessoa de vista fisicamente míope ou mesmo cega, veja os mundos espirituais ocultos às pessoas cuja visão é focalizada pelas vibrações mercuriais” (nos nervos regidos por Mercúrio)[2].
E novamente: “Nós não vemos os objetos físicos fora do olho: (Descobertas recentes parecem sugerir que a função da retina é mais analítica e seletiva do que se pensava anteriormente, mas isto não afeta a validade do que está escrito acima, com referência à visão etérica) eles são refletidos na retina e nós vemos apenas a sua ‘imagem’ dentro do olho. Como a luz é o agente de reflexão, os objetos que resistem à passagem da luz parecem opacos; outras substâncias, como o vidro, parecem claras porque admitem, prontamente, a entrada dos raios de luz. Quando usamos a visão espiritual, uma luz de superlativa intensidade é gerada dentro do corpo, entre o Corpo Pituitário e a Glândula Pineal. Esta luz é focada ‘através’ do chamado ‘ponto cego’ no olho, diretamente sobre o objeto a ser investigado. O alcance do raio direto é inteiramente diferente do alcance do raio físico refletido. Ele penetra uma parede sem dificuldade”[3].
A Região Etérica que envolve o Planeta Terra é parte e uma parcela da própria Terra física. Não é “espiritual”, a não ser no sentido de que todo universo vivente é a expressão da beleza e sabedoria de Deus. É comumente chamada “a mais inferior” das Regiões do “espírito” invisível, e a visão etérica também é chamada a forma “mais inferior” da visão “espiritual”. Pode ser “a mais inferior”, porém ela revela um mundo que está além da fronteira da visão física, um encanto para aqueles afortunados que podem contemplá-lo.
Há diversas espécies de visões além da física, que pertencem ao olho humano normal. Dissemos que a visão etérica depende, em parte, da sensibilização do nervo óptico. Também depende, até certo ponto, do afrouxamento entre os corpos etérico e físico[4]. Nas raças primitivas, este afrouxamento do corpo etérico resulta que populações inteiras possuem certo grau de visão etérica, de modo que a existência de espíritos e fadas nunca foi contestada, e aí floresce a magia, tanto a branca como a negra. Tais pessoas são tão receptivas às forças psíquicas projetadas sobre elas pelos praticantes do ocultismo, que sabemos que chegam a se deitar e morrer, sem nenhuma causa física aparente. Isto acontece porque o corpo etérico é extraído, totalmente ou em parte, do Corpo Denso, como ocorre, também, no processo da hipnose. Sabemos de um caso em que uma pessoa, segurando a mão de uma jovem pertencente a uma raça mais primitiva, mediante um pequeno esforço de concentração e sem intenção de fazê-lo, retirou o duplo etérico da mão e do braço da jovem, que ficaram frios, úmidos e inertes. Esta era muito sagaz, demonstrando que o afrouxamento do corpo etérico interfere no enfraquecimento do intelecto nessas raças primitivas, que possuem, muitas vezes, mentalidades brilhantes.
O hipnotismo não deve ser confundido com o mesmerismo ou magnetismo; existem correntes reais magnéticas que fluem pelo Corpo Vital, visíveis como irradiantes linhas de força, e que podem ser sentidas como eletricidade na natureza. Concentradas por um esforço de vontade, tornam-se densas e quase que fisicamente tangíveis. Muitas pessoas já viram o que é chamado de “chuva magnética” na atmosfera. Porém, esta queda de força magnética não é a mesma que os “raios cósmicos”[5] da física moderna. É suscetível de ser controlado pela vontade humana – o que não acontece, pelo que atualmente se sabe, com os raios cósmicos – e pode ser dirigida de várias formas. As forças magnéticas têm alguma conexão com o processo da vida biológica; não é meramente eletromagnetismo, embora seja bem capaz de atuar nessa área, conforme demonstrações em laboratórios experimentais, onde as correntes nervosas foram provadas como sendo uma forma de eletricidade.
A Ciência oculta demonstrou – muito antes que a Ciência física entrasse neste campo – que as forças que correm pelo sistema nervoso são eletromagnéticas por natureza, e que a diminuição ou bloqueio dessas forças podem causar a paralisia. É esta aura magnética que a biologia moderna está explorando, dentro da qual cada órgão do corpo tem seu polo positivo e negativo; e alguns, como o coração, possuem mais do que um conjunto de polos. Descobriu-se que o coração tem 12 polos, alternando o negativo e o positivo.
Além disso, é esta aura magnética que liga as moléculas do corpo em seus padrões orgânicos; e o Auxiliar Invisível está, às vezes, consciente das correntes de magnetismo que circulam através dos planos internos, quando ele desperta fora do corpo, à noite.
Muitas pessoas, que desenvolveram um pequeno grau de visão etérica, ficaram admiradas quando observaram, pela primeira vez, chuvas de estrelas, pirâmides, pirâmides duplas, cubos e outras formas geométricas que emanam do corpo. Tais figuras são moléculas rejeitadas das quais o seu corpo é composto, e estão sendo excretadas através da ação da radiação das forças vitais do corpo etérico. Os Estudantes que estão interessados em fazer uma análise destas figuras podem consultar revistas e livros científicos onde está indicada a estrutura molecular da matéria. Assim, poderão saber que cada molécula possui sua própria estrutura atômica característica, que os investigadores ocultistas têm descrito sob diferentes terminologias.
Note que estes cristais microscópicos parecem ter tamanhos e formas reais para a visão etérica. Às vezes eles aparecem em grandes feixes. Por esse motivo, podemos entender porque os videntes, a princípio, não são capazes de explicar o que viram, em termos de laboratório científico. Isto não foi possível até chegarmos ao século XX, com o desenvolvimento das físicas atômica e nuclear.
Na ciência oculta, os Éteres: Químico, de Vida, de Luz e Refletor correspondem aos quatro elementos clássicos: Fogo, Terra, Ar e Água, já mencionados. Não há dúvida que deverá ser elaborada uma nova tabela para acomodar a ciência de nossos dias, mas para o leigo a antiga classificação ainda é válida.
O Éter Químico (que corresponde ao elemento Terra) é o Éter através do qual as forças atuam para manter e nutrir o corpo. Este processo inclui a eliminação do que não é bom e útil para o corpo; a eliminação se realiza por meio das forças que atuam pelo polo negativo do Éter Químico, conforme lemos no Livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”, enquanto as forças que constroem e nutrem, agem por meio do polo positivo. Quando o alimento foi digerido e entrou na corrente sanguínea, torna-se visível à visão etérica como uma massa de Éter que flui ao longo das linhas magnéticas de força. Sem esta contraparte etérica de elementos químicos encontrada na corrente do sangue físico, o alimento que ingerimos não faria bem ao corpo. Existem profundos pontos dentro do corpo onde, para a visão etérica, o sangue parece ser quase totalmente gasoso; mas a ciência biológica, naturalmente, não achou evidência disto até o momento, em parte porque o biólogo não espera encontrar tal condição, e, em parte porque seus instrumentos não estão adequados para esta descoberta. O aspecto gasoso do sangue poderia ser descoberto apenas num corpo vivo, não mutilado. Os Raios-X não podem mostrá-lo, nem quaisquer outros raios atualmente nas mãos dos físicos.
Os venenos que se desenvolvem na corrente sanguínea são visíveis à visão etérica como miasmas pretos que pendem das partes afetadas em forma de caracóis. Para o sentido etérico do tato, este miasma preto parece pesado, e, de fato, o sentido de peso que acompanha a doença é, em parte, devido ao acúmulo de grandes massas de Éter negro no corpo. A água leva consigo muito dessa massa negra, razão porque o banho dá uma sensação de leveza e recuperação; mas, quando o corpo está doente, ele continua a gerar estes Éteres venenosos que depois obstruem a passagem do límpido magnetismo solar ou “Éter solar”, como também é chamado. Isto especificamente acontece no centro da raiz do nariz quando se acha obstruído por urna carga elevada de miasmas, mas, através da cura espiritual e da manipulação etérica do Auxiliar Invisível, esta obstrução é desfeita e a pessoa sente uma melhora imediata. O miasma denso no Corpo Vital também contribui para a obstrução da abertura da visão etérica ao retardar a ação dos centros de força etérica. Coincidindo com a densificação dos Éteres no miasma preto, o resto do Corpo Vital se atenua, porque o Corpo Denso está se nutrindo dele, assim como quando há fome, a gordura armazenada no corpo vai sendo consumida, deixando-o emagrecido. Verdadeiros “buracos” desenvolvem-se, na estrutura etérica, demonstrando que aquela energia não está sendo especializada pelo Corpo Vital.
É evidente que o miasma preto pertence ao Éter Químico, o qual, como dito anteriormente, varia na cor, desde o azul-cinzento, passando pelo azul-violeta até um azul tão escuro que é quase preto, dependendo da densidade dos Éteres.
Várias pessoas têm visto este Éter estendido como uma luva azul sobre a mão, como um envoltório azul no qual o corpo está encerrado, e como chamas azuladas iguais à chama baixa de gás aparecendo ao longo da superfície das paredes. Os físicos têm apresentado fotografias de elétrons livres, e estes têm a aparência de chamas azuis – talvez não exatamente como descritas pelas pessoas que têm visão etérica, mas como algo parecido sugerindo que o Éter Químico, com toda a probabilidade, consiste de partículas atômicas existentes num estado ainda não descoberto pela ciência física; não apenas elétrons, mas um amálgama de partículas. Este Éter Químico seria uma espécie de plasma vital, conforme demonstrado na descrição de Max Heindel sobre a “corrente de alimento” etérica, movendo-se no ou com o sangue[6].
Muitas pessoas veem os “pontos” no ar, que se parecem com poeira dourada ou prateada (ou, às vezes, multicolorida), que se movem diante da visão em grandes massas semelhantes a nuvens. Antigos videntes descreveram estas nuvens, das quais saiam “os espíritos dos antepassados” que se condensavam e se materializavam diante dos olhos físicos. Esta é novamente uma visão do Éter Químico, conforme aparece na materialização de formas etéricas em formas físicas.
Os astrônomos igualmente chamam plasma a uma espécie de nuvem magnética no espaço interplanetário, na qual partículas positivas e negativas estão suspensas, mas a nuvem, como um todo, é neutra em carga.
Sem entrar em discussão sobre a estrutura atômica, a qual exigiria conhecimento especializado, é evidente que uma correlação aproximada pode ser estabelecida entre os quatro Éteres e as várias forças atômicas ora conhecidas. A maior parte da massa do átomo reside no núcleo, que consiste de um complexo de forças ou partículas: os mais pesados são, primeiro, o próton, pesando 1836 vezes mais que o elétron, e depois o nêutron, que como seu nome sugere, não é nem positivo nem negativo. Prótons e nêutrons são ambos chamados de núcleons porque são partes do núcleo. Foram descobertas partículas ainda menores, algumas no núcleo e outras caindo através do espaço. Os cientistas estão pesquisando para descobrir qual é o “liame” do núcleo, o qual, como verificamos, não é totalmente positivo como se acreditava antes, mas consiste de algo mais que o próton de carga positiva.
O primeiro modelo do átomo popularmente aceito, comparado com o Sol e os Planetas, é agora também discutido. De acordo com este primeiro conceito, o próton ficava no lugar do Sol, carregado positivamente, e os elétrons circulavam ao redor do próton como os Planetas ao redor do Sol. Os elétrons tem carga negativa. Agora admite-se como quase possível que, desde que o elétron atue como uma onda tanto quanto uma partícula e é descrito como um feixe de energia, o elétron pode ser realmente uma onda que circunda completamente o núcleo central, com seu complexo de partículas e forças.
Contudo, enquanto houver diversos modelos ou esquemas diagramáticos para representar a estrutura atômica, todos precisam de uma averiguação. Pode ser até que o antigo modelo do Sistema Solar ainda tenha sua utilidade.
Os físicos dizem que a aura de elétrons da Terra estende-se até a Lua, que está, portanto, dentro da atmosfera eletrônica da Terra. Esta é uma reafirmação óbvia da máxima ocultista de que o “corpo etérico” da Terra estende-se até à Lua e a envolve, sendo o canal para a contínua interação magnética entre a Lua e a Terra, especialmente no tocante à influência sobre o crescimento de organismos vivos sobre a Terra.
A visão etérica revela as moléculas, os átomos e as forças contidas dentro dos átomos, como também outras forças e partículas. Cientistas ocultistas descreveram-nas da melhor maneira que puderam, mas o vocabulário deles não é o vocabulário da ciência moderna e, até que um físico nuclear desenvolva a visão etérica ou um cientista ocultista aprenda sobre física nuclear, os Estudantes terão dificuldade em equacionar seus conhecimentos ocultos com os da física e da química modernas. Poucos cientistas admitem a posse da percepção extra-sensorial.
Kekule[7], o descobridor do anel de benzeno, viu a estrutura das moléculas num sonho, ou algo que ele chama de sonho. Diz ele: “Os átomos começaram a fazer movimentos esquisitos diante dos meus olhos… Vi como dois dos menores muitas vezes uniam-se para formar um par, como dois dos maiores prendiam dois dos menores, e como os ainda maiores seguravam três ou mesmo quatro dos menores, e como todos moviam-se em vórtices. Vi como os maiores formavam uma fila, e como os menores eram levados adiante ao lado da corrente. Passei a noite transferindo para o papel alguns esboços de cada um destes quadros oníricos. Assim nasceu a teoria da estrutura… A teoria do benzeno teve origem semelhante…. Novamente os átomos faziam movimentos esquisitos diante dos meus olhos. Grupos pequenos conservavam-se modestamente no fundo. Meus olhos mentais, treinados por visões repetidas de espécie semelhante, distinguiam agora formas maiores de variados aspectos. Filas compridas e unidas tornavam-se bem mais grossas; todas num movimento serpentino e volteante. Agora, o que é aquilo? Uma das serpentes mordeu a sua própria cauda …. Acordei pelo clarão de um relâmpago. Desta vez, também passei o resto da noite resolvendo as consequências da hipótese”.
Max Heindel disse, em muitas ocasiões, que os grandes Hierofantes das Escolas de Mistérios estão trabalhando com os cientistas modernos, e fizeram o mesmo com os cientistas do passado, como por exemplo, com os alquimistas durante a Idade Média. Aqui está um exemplo da ajuda que vem do plano interno a um cientista moderno cuja honestidade seja indiscutível.
Outros cientistas também foram auxiliados no desenvolvimento de sua clarividência. Geralmente, esta é puramente intelectual em sua natureza, mas imensamente esclarecedora. Às vezes acontece que alguém vê, por um rápido instante, com a visão etérica, a estrutura atômica da matéria, mas não ousa divulgar isto.
Qual é a relação das moléculas e átomos com a aura magnética da qual falam os ocultistas, e o que a ciência está atualmente começando a explorar? Aqui ficamos no limiar do segundo dos quatro Éteres: o Éter de Vida.
Porém, antes de prosseguirmos, vamos rever o que nos é ensinado na Filosofia Rosacruz sobre o envoltório etérico do nosso próprio Planeta. O envoltório etérico do organismo humano é, de fato, uma réplica em miniatura do envoltório etérico do globo Terrestre, e é o seu representante da mesma forma que uma gota d’água do mar representa o oceano.
A Terra física está rodeada e penetrada por um globo invisível que se estende para fora, no espaço, a uma grande distância além da atmosfera, tradicionalmente até à Lua, que está incluída dentro do envoltório etérico da Terra. Este é o Corpo Vital da Terra. Este globo é composto de Éter, do qual há quatro graus: o mais denso é chamado Éter Químico e está mais próximo da Terra. O seguinte é o Éter de Vida; depois vem o Éter de Luz e, finalmente, o quarto, o mais rarefeito e mais atenuado, é chamado Éter Refletor. O Éter é substancial, mas não físico, no sentido que a matéria, como a conhecemos, é física. Contudo, para o clarividente treinado ele é tão tangível como os sólidos, líquidos e gases da nossa experiência comum. Nestes Éteres, o clarividente vê as forças vitais que dão alento às formas minerais da planta, do animal e do ser humano. Os corpos etéricos de todos os seres que existem na Terra participam do Corpo Vital da Terra; e eles também participam das forças cósmicas que fluem através do Corpo Vital planetário.
O Corpo Vital, por si só, não tem poder algum; ele é o canal através do qual as forças solares de vida fluem para dentro do Corpo Denso, e também é o canal pelo qual a energia dinâmica do Corpo de Desejos atua sobre o físico para impulsioná-lo à atividade. O Corpo Vital determina a direção na qual uma determinada força é usada, porém, essa força deve ser suprida do exterior, ou de “cima”, caso estejamos pensando em termos de forças superiores espirituais, mentais e psíquicas.
Assim como o envoltório da Terra possui seus polos positivo e negativo em cada revestimento ou camada, desde o Éter Químico até o Éter Refletor, refletidos na camada física como os polos magnéticos do globo terrestre, assim também, cada revestimento ou camada do corpo etérico do ser humano possui o seu polo positivo e negativo, manifestando-se na polaridade oposta nos dois sexos. O Éter Químico é predominantemente positivo na estrutura masculina e negativo na feminina. Os órgãos do Corpo Denso possuem, cada um, o seu próprio campo magnético dentro do corpo etérico, cada um tendo, no mínimo, um par de polos e alguns com mais de um.
Mostramos que o Éter Químico é o meio de manifestação das forças químicas que causam a formação de cristais, poeticamente explicadas como os amores e ódios dos átomos. Outras forças neste Éter promovem a assimilação, a excreção e o crescimento. A cor do Éter Químico é de uma púrpura forte ou índigo; às vezes ametista ou azul-violeta, limpo e transparente no seu estado normal, mas escuro até ao preto quando carrega doenças, e é chamado de miasma. O miasma é tão denso que fica tangível até mesmo às pessoas sem qualquer desenvolvimento oculto particular. Max Heindel descreveu um caso de doença em que o miasma negro envolvia a garganta do paciente como um colar. Também o descreveu como caindo do corpo em cachos, forma que se manifestava dos vórtices atômicos magnéticos do Corpo Vital da pessoa adoentada.
As “forças” que atuam por meio do e no Éter Químico serão descritas numa futura palestra. Contudo, podemos dizer que estas forças incluem inteligências vivas, isto é, uma classe de Espíritos da Natureza geralmente chamados Gnomos na mitologia das Fadas, e outras inteligências superiores que dirigem suas atividades, entre elas os Anjos e os espíritos humanos daqueles que chamamos “mortos”[8].
4 – O Éter de Vida e a Genética
O Éter de Vida é o caminho para a ação das forças que têm, como primeiro objetivo, a perpetuação das espécies e, em termos da Humanidade, a criação de novas formas raciais. A força cósmica que trabalha no Éter de Vida é o terceiro Princípio da Deidade, a Energia Criadora de Deus. As forças menores trabalhando neste Éter são: Jeová, o Deus de Raça Solar-Lunar (que trabalha com Planetas que possuem Luas, embora Seu foco cósmico seja a órbita solar); o Arcangélico Espírito de Raça; a mãe e o pai de cada Ego que renasce; o próprio Ego renascente; os Espíritos da Natureza; os Anjos e os Arcanjos; e os espíritos pertencentes à onda de vida vegetal, incluindo os Espíritos-Grupo das plantas. (Os minerais, geralmente, não possuem o Éter de Vida).
Semelhante aos outros Éteres, o Éter de Vida tem dois polos, o positivo e o negativo. O polo positivo predomina na estrutura feminina e o polo negativo na masculina, isto porque a fêmea requer uma quantidade extra de energia criadora, que vai ser usada pelo corpo infante do Ego que vem a ela para renascer. As forças que trabalham pelo polo positivo são as que trabalham na fêmea durante a gestação, capacitando-a a executar este trabalho positivo e ativo de criar uma nova forma vivente. As forças que trabalham pelo polo negativo do Éter de Vida capacitam o macho a produzir o sêmen, no qual o espermatozoide, contendo o Átomo-semente do Corpo Denso do Ego que renascerá, é depositado pelos Anjos.
Os Anjos são os guardiões e conservadores dos Átomos-semente de propagação da planta, do animal e do ser humano. Quando estão trabalhando com os animais, os Anjos são ajudados pelo Corpo de Desejos da mãe. Trabalhando com o ser humano, são ajudados pelo Corpo de Desejos do próprio Ego renascente.
Quando o Ego está preparado para o renascimento, os Anjos do Destino determinam o sexo do corpo, no qual ele funcionará durante essa particular vida terrena, e o arquétipo é formado de acordo com esse sexo. O fator determinante do sexo é a Lei de Alternação, a menos que esta Lei seja modificada por circunstâncias específicas estabelecidas pelo Ego, em existências terrenas anteriores. Portanto, o sexo é determinado antes que a matriz etérica, feita dos Éteres Químico e de Vida, seja construída.
A lei é a seguinte: quando a matriz do Éter de Vida do Ego que renasce é positiva, atrai Éter Químico e átomos físicos negativos, pela ação das forças que operam ao longo do polo positivo do Éter de Vida, e o Corpo Denso será feminino. Quando a matriz de Éter de Vida é negativa, ela atrairá Éter Químico e átomos físicos positivos, pela ação das forças que operam ao longo do polo negativo do Éter de Vida, e o Corpo Denso será masculino. Este trabalho tem início no útero com o óvulo fertilizado, que é, neste estágio, o próprio corpo.
O Ego renascente fica rondando próximo à sua futura mãe, revestido pela cobertura embrionária da Mente e do Corpo de Desejos, enquanto a matriz é colocada no útero materno pelos Anjos. Depois que o Átomo-semente foi depositado no corpo da mãe, e a concepção se realiza fertilizando o óvulo, o Ego que vai renascer permanece do lado de fora, por um período de dezoito a vinte e um dias, enquanto o Corpo de Desejos da mãe trabalha sozinho sobre o Corpo Denso embrionário.
Para o cientista ocultista, todos os elementos de hereditariedade estão inerentes no Éter de Vida, e são manipulados pelas Inteligências invisíveis, ainda que auxiliados pelo ser humano. As características secundárias do sexo são, também, o produto de forças, que trabalham pelos polos positivo e negativo do Éter de Vida. Deve-se notar que as características do sexo não estão confinadas às funções reprodutivas primárias do corpo, mas que cada célula no corpo mostra uma diferença de sexo. Por exemplo: cada célula no corpo feminino tem vinte e três grupos ou pares de cromossomos, e cada par são como gêmeos idênticos; mas, no corpo masculino, cada célula contém um par que é assimétrico, isto é, diferente. Podemos dizer que o “23º” par de cromossomos são os cromossomos do sexo, que na célula do corpo feminino são idênticos, e descritos como os dois cromossomos X, enquanto que o “23º” par de cromossomos na célula do corpo masculino, consiste de dois cromossomos diferentes, X e Y. É o cromossomo Y que determina a masculinidade do corpo.
Até 1957 acreditava-se que havia 48 cromossomos (24 pares) na célula do corpo humano; porém, naquele ano, um novo tipo de microscópio revelou que haviam, de fato, somente 46 (23 pares).
Repetimos, que o que dissemos aqui tem relação com todas as células do corpo, não apenas com os “gametas” ou “células matrimoniais”. Certas células são reservadas nos órgãos reprodutores, no próprio início do processo do renascimento, com o propósito específico de perpetuar as espécies. Ainda que estas células se dividam, muitas vezes, a atividade é menor do que outras células do corpo, e estão ainda novas quando o trabalho de reprodução começa. Sua maneira de dividir é também diferente daquelas outras células (meiose versus mitose), permitindo a variedade na transmissão, de elementos hereditários desde que sejam retirados de duas pessoas em lugar de uma só, e muitas misturas e associações são possíveis. Quando a célula de reserva se parte em duas, ela forma os “gametas”, que são mais comumente conhecidos como óvulo e espermatozoide, ou ovo e células espermáticas. As células do ovo contêm, cada uma, o cromossomo X; as células do esperma contêm, cada uma, o cromossomo X ou um cromossomo Y. Cada gameta contém apenas uma metade do número de cromossomos da célula normal; mas, quando os dois gametas se unem, a célula resultante (óvulo fertilizado) possui, mais uma vez, o número completo de cromossomos.
Os cromossomos levam formações diminutas chamadas “genes”, as quais são os verdadeiros agentes da hereditariedade. Desde que cada cromossomo possui cerca de 1.000 genes, o Ego renascente dispõe de cerca de 46.000 genes de cada um de seus pais. Assim, o “cunho genético” ou padrão é colocado na célula original, que continua dividindo-se na maneira usual das células do corpo, para formar o novo organismo que é o domicílio de um Espírito Humano. A feminilidade parece ser a condição básica: o cromossomo Y adiciona o elemento masculino (comparar o Diagrama 13, do Livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”, abaixo).
Diagrama 13 – O Princípio e o Fim dos Sexos
Pelo microscópio os genes são vistos dentro das células como pequenas faixas, cruzando os cromossomos filiformes, algumas vezes comparados a gotas. Diz-se que são “moldes da natureza, que fazem uma determinada criatura, de conformidade com o padrão de seus antepassados”.
É de especial interesse, para o Ocultista, a afirmação (Gamow[9]) de que o gene é talvez uma espécie de “elo perdido”, entre a matéria viva e a morta; daí ser também chamado, “a molécula vivente”. Assim, talvez possamos começar a traçar a linha neste ponto entre a molécula comum, que pertence ao campo do Éter Químico, e a molécula vivente, que pertence ao campo do Éter de Vida[10].
O gene é a menor unidade de matéria vivente. Contudo, “possui também características da molécula complexa (semelhante àquelas das proteínas), que estão sujeitas a todas as leis comuns da química” (Gamow). Calcula-se que o gene tem cerca de um milhão de átomos. Os ocultistas dizem que os genes e os cromossomos são depositados por forças que trabalham no Éter de Vida.
Na verdade, os dois Éteres inferiores constituem um Corpo “vital” ou “de vida” que atua como uma matriz, como uma rede ou malha de força, dentro da qual os átomos do corpo são coletados, num padrão vivente ou organismo. Aprendemos que o sangue e as glândulas de secreção interna (endócrinas) são, num sentido especial, o produto mais elevado do Corpo Vital, e, entre as glândulas endócrinas, o Corpo Pituitário[11] localizado na cabeça, é nas palavras dos modernos biofísicos o mais poderoso órgão sexual do corpo. Suas secreções governam os ciclos de fertilidade, tanto no homem como na mulher. É o foco do Espírito de Vida (Cristo Macrocósmico) no ser humano, que é um Fogo (do Livro: Princípios Ocultos de Saúde e Cura – Capítulo X – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz). O Corpo Vital, como um todo, é o “reflexo” ou “emanação” (poderíamos até dizer condensação) do mesmo Princípio (do Livro: O Corpo Vital – Capítulo 1 – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz). Todos os hormônios segregados e libertos na corrente sanguínea pelas glândulas endócrinas são expressões do Éter de Vida, mas aqueles, como o Corpo Pituitário e as gônadas[12] que segregam hormônios sexuais, são mais ainda, porque estes são os participantes ativos, juntamente com os genes e cromossomos, nos ciclos reprodutivos do indivíduo e das raças. Futuramente, a Vida do Cristo Cósmico irá suplantar, inteiramente, o Princípio de Raça Jeovístico.
O número de cromossomos em cada célula difere de uma espécie de vida para outra. Somente o corpo humano contém 46 cromossomos. O completo desenvolvimento, e praticamente todas as propriedades do organismo adulto, estão determinadas pelo conjunto de genes ocultos em cada cromossomo, de cada célula do corpo. Cada animal ou planta “cresce ao redor de seus genes”.
Isto foi comparado ao modo de como é formada uma massa de matéria inorgânica. Por exemplo, certos núcleos atômicos carregando uma carga de seis unidades elétricas positivas, rodear-se-ão com uma envoltura atômica de seis elétrons cada, o que leva os átomos a se acomodarem num padrão hexagonal regular, formando os cristais que chamamos de diamantes. Não é preciso dizer que até mesmo o organismo mais simples é bem mais complexo do que o diamante, “porém, em ambos os casos, temos o típico fenômeno da organização macrocósmica, sendo determinada até ao último detalhe pelos centros microscópicos ou atividade organizada” (Gamow).
5 – A Espiral da Vida
Nas explicações anteriores mostramos o que a ciência física tem a dizer sobre as forças de vida no organismo humano. Gostaríamos de frisar, mais uma vez, que o átomo carbônico é o ponto crucial do processo da vida química, conforme as palavras do cientista: “Visto que a estrutura do universo depende do hidrogênio, a estrutura da vida depende do carbono. O carbono é a ‘pedra angular’ essencial, pelo qual todas as coisas vivas foram construídas. Por que deve ser assim? A vida exige átomos que tenham a habilidade de formar-se dentro de moléculas excepcionalmente grandes… O que dá ao átomo de carbono esta propriedade especial de adesão aos outros átomos numa escala tão grande? Parece ser um átomo comum que se distingue por ter seis elétrons planetários, enquanto que o nitrogênio e o boro, seus vizinhos na tabela atômica, possuem, respectivamente, cinco e sete elétrons, enquanto que o átomo de carbono é quase único. Isto é devido à sua estrutura peculiar. É conhecido como um átomo quadrivalente porque tem uma potência de quatro na formação de combinações de átomos, em comparação com outros que a têm para mais ou para menos. É esta qualidade que dá ao átomo de carbono, sua tremenda potencialidade de criar estruturas mais complexas. Na realidade, o número de componentes possíveis, baseado neste átomo versátil, atinge realmente milhões”[13].
Durante séculos, a ciência oculta tem falado do “Corpo de Diamante” do Adepto, ou do próprio Adepto como “O Diamante Vivo”. Atualmente, na moderna bioquímica, uma alusão reveladora evidencia-se, pois, este átomo de carbono, tão importante no processo da vida, é o mesmo que a Natureza utilizou há séculos para formar os diamantes no estrato mineral, do primitivo globo terrestre. O diamante é o símbolo da imortalidade; porém, é mais do que um símbolo. É uma promessa.
Por detrás do diamante está a energia da luz solar, a pressão de massas rochosas, e o calor da ainda jovem Terra. As mesmas forças estão presentes no organismo do ser humano, embora sob outra forma, e delineando o destino final do ser humano.
Na concepção popular, “Fogo” e “Água” são tidos como opostos, porém, na química oculta, são, na realidade, complementares. Não é de causar surpresa descobrir-se que, intimamente conectado com o Éter de Vida, está o “Éter solar incolor” ou “fluido solar”, que flui através do baço do corpo etérico, pois o Éter de Vida é a via particular para a especialização deste fluido solar, conforme declara Max Heindel.
Assim como existe um Fogo Vital universal ou macrocósmico (chamado Espírito de Vida, o qual é o Princípio Crístico), também há um magnetismo macrocósmico visível à visão etérica, como uma espécie de chuva que parece cair em linhas inclinadas, em direção à Terra. Muitas pessoas têm visto esta queda de força cósmica sem compreender o que viram. Não é o mesmo que os “raios cósmicos” da ciência moderna, embora, desde que o Sol é uma estrela e as estrelas são todas sóis, não há razão para supor-se que este “éter solar” não incluiria forças emanadas de estrelas distantes e nebulosas, assim como vindas do nosso Sol. Tanto a matéria como a luz causam fenômenos eletromagnéticos; assim também faz a “vida”, conforme os biólogos estão atualmente descobrindo. A chamada “força sexual” é “gerada” no Éter de Vida, enquanto a força cósmica ou solar precipita-se através do baço.
A chuva cósmica magnética é incolor, como a água; e como a chuva consiste de gotas separadas de água, assim também essa chuva magnética consiste de unidades separadas de força. Além do mais, tem afinidade pela água, e Mesmer[14] descobriu que os oceanos estão carregados com o que ele designou como magnetismo solar, e assim estão também os lagos, rios e correntes. O corpo humano, altamente magnético, revela sua origem nos mares primitivos, pelo fato de que ele é mais do que 80% de água. Mesmer disse, também, que o Sol é um grande magneto – o que está sendo constatado pela moderna astronomia (Livro: Frontiers of Astronomy, de Fred Hoyle).
As plantas são ricas de Éter de Vida, assim como certos produtos de origem animal, em especial o leite fresco de vaca, quando ainda quente da ordenha. Muitas das necessidades humanas são supridas através da ingestão de alimentos vegetais, aos quais é adicionado o magnetismo que flui através do baço. Algum dia a Humanidade não precisará mais de alimentos vegetais, mas tirará seu sustento diretamente do próprio campo de energia cósmica.
O magnetismo universal precipita-se através do baço até ao Átomo-semente do Corpo Vital, localizado no plexo solar; daí desdobra-se por meio do corpo, irradiando-se pelos nervos. Sem essas correntes magnéticas, o corpo não poderia funcionar, mas ficaria inerte e sem movimentos, tal qual uma máquina elétrica com a corrente desligada. A atividade do Corpo Vital, já que ele especializa o fluido solar, é audível a audição etérica como um zumbido constante ou sussurro, e os vórtices de força são claramente sentidos. A nota-chave desta atividade é dada pela “Chama Sonante”, que arde na medula oblongada, a qual, por sua vez, emite a nota-chave do arquétipo. Quando o Ego deseja agir, ele faz o cérebro especializar grande quantidade desta energia, a qual, fluindo para os músculos, compele-os à ação. É a mesma força que o Ego usou no começo quando construiu o corpo no útero materno[15].
Max Heindel descreve as “milhões de bocas” que no Corpo Vital positivo (feminino) sugam a energia solar em quantidade bem maior do que o Corpo Vital negativo (masculino) é capaz de o fazer; e isto, diz ele, é a razão da grande capacidade de recuperação das mulheres. Uma força excedente é acrescentada ao Corpo Vital feminino para suprir as necessidades da maternidade, assim como para as suas atividades diárias.
Às vezes, os Estudantes veem estas “bocas” como “círculos”, e parece que esses círculos são a unidade básica do polo positivo do Éter de Vida, o qual determina a forma de toda a matriz magnética, que é uma espécie de rede ou malha de força. No interior da malha magnética estão inumeráveis redemoinhos (ou espirais de força), grandes e pequenos, alguns girando para a direita e outros para a esquerda. Isto lembra-nos a afirmação de que a luz é energia girando em círculos, correndo livremente, enquanto a matéria é energia “engarrafada”. O Éter Químico é a “garrafa” para a matéria não vivente; os Éteres de Vida e Químico juntos são a “garrafa” para a matéria vivente.
O átomo etérico e o átomo físico estão, como uma regra, fortemente entrelaçados, porém, os Estudantes ocultistas (e alguns outros) muitas vezes, sentem uma sensação como se o átomo etérico estivesse se “desparafusando” do átomo físico. Apenas recentemente a ciência física compreendeu, que na Natureza faz diferença o fato de uma força circular pela direita ou pela esquerda. Antigamente, a “Lei de Paridade” expressava a crença comum de que não faria diferença na Natureza em qual direção as forças corressem. Todo um ramo da ciência revelou, além da descoberta, que definitivamente isso faz diferença, tanto para a estrutura da matéria quanto para o desenvolvimento da vida.
Na natureza encontramos em todos os lugares a Lei da Espiral; desde as nebulosas e galáxias nos céus, até o crescimento espiralado da folha e do broto nas plantas, tanto em baixo, no interior sinuoso dos cromossomos – no qual os genes estão enfileirados como as contas de um rosário – como mais abaixo, até os íons, e também nas bases atômicas das substâncias que vivem, ou que uma vez tiveram vida. Aí descobrimos, novamente, que o átomo de carbono parece ser um agente especial da condição espiralada. Embora existam algumas moléculas sem vida, e alguns íons que demonstram a condição espiralada, esta característica é, frequentemente, o sinal das forças de vida. Citamos: “O que deu origem ao lado direito e ao esquerdo, agora tão vitais para as coisas vivas? Se algum processo de vida deve acompanhar a separação dos materiais da direita dos da esquerda, como pode, então, começar a vida? Se tudo que agora é lado direito fosse, de repente, lado esquerdo, a vida prosseguiria sem interrupção e sem mudança? São estes os problemas estudados profundamente. Algumas conjecturas foram feitas, mas não produziram a resposta completa. As conjecturas se basearam – e a resposta completa ainda virá – no exame das simetrias das forças atuantes na matéria, juntamente com as simetrias da matéria sobre a qual elas agem. Os cristais fornecem um dos mais belos exemplos de ordem e simetria. Pensando bem, descobrir-se-á que, ordem e simetria têm aplicação de longo alcance em todas as ciências naturais. Hoje, os físicos pensam nas simetrias das partículas fundamentais das quais o universo é feito, dos campos de força nos quais aquelas partículas se encontram, e das equações matemáticas que descrevem o comportamento resultante do mundo. Os químicos pensam nas simetrias das moléculas, simples e complicadas, feitas dessas partículas. E os biólogos pensam nessas simetrias – essa regularidade – no esforço que fazem para compreender a origem e o procedimento da própria vida” (Do Livro: Crystal and Crystal Growing, Holden e Singer, pág. 274-275).
6 – Magnetismo Orgânico Versus Inorgânico
Embora possamos falar da chuva magnética como “Éter solar”, ela não é uma propriedade da luz solar. Ela é vista caindo pelo espaço, tanto na densa escuridão, como também na claridade. Eis porque a ciência oculta classifica-a como Éter de Vida; ou, como Max Heindel declara: o Éter de Vida é a via particular para a sua especialização. Seu magnetismo fluídico é a fonte do que é comumente conhecido como “atração sexual”, que a ciência oculta vê como uma atividade dos polos positivo e negativo do Éter de Vida. A polaridade, como tal, não está limitada ao Éter de Vida ou à sexualidade das criaturas organicamente propagadoras; ela é encontrada também nos planos espirituais mais elevados, onde se manifesta de modo diferente.
À medida que a evolução avança, a entidade em renascimento (Ego) é capaz de especializar, cada vez mais, este fluído magnético cósmico; portanto, o ser humano especializa esta energia em quantidades bem maiores do que as plantas e animais. Além disso, as investigações de Max Heindel sugeriram que as forças que penetram pelo baço mostram cores diferentes, conforme o uso que é feito delas pelas diferentes ondas de vida (Ensinamentos de um Iniciado – Capítulo XXIV).
Este Éter incolor é, de fato, a forma original do “magnetismo animal” ou “magnetismo orgânico”, tradicionalmente distribuído a todos os seres viventes, exceto ao reino mineral. O sexo e a hereditariedade são partes da função, mas não a função toda, a qual é, em geral, o desenvolvimento da vida em todo o organismo.
Note-se que existe um magnetismo “mineral”, bem como um magnetismo “animal”. Podemos comparar a diferença entre estes dois tipos de magnetismo àquele existente entre o ferro orgânico e o inorgânico. A planta toma o elemento ferro mineral e o transmuta em ferro orgânico, que é abundante, por exemplo, nas folhas verdes da planta. Não obstante, este ferro orgânico não é, de maneira alguma, externamente igual a uma massa de ferro ou ao minério de ferro, do qual originalmente é derivado.
O campo magnético do Éter de Vida, como já vimos, constrói o embrião no útero, começando com o óvulo fertilizado, e, porque o corpo da criança requer grandes quantidades deste Éter, a aura etérica da criança é maior em proporção ao seu corpo, do que a dos adultos. Este suprimento de reserva de Éter na aura da criança consiste de átomos do Éter Químico, bem como um suprimento de reserva da força de vida cósmica (O “átomo prismático do Éter” consiste, realmente, tanto de Éter Químico como de Éter de Vida).
Até agora, a ciência física nada descobriu sobre o incolor fluído solar, nem sobre o fato de que ele está sujeito à vontade humana; porém, se não estivesse sujeito à vontade humana, não poderia ser verdade o fato de que as formas de vida superiores especializam quantidades cada vez maiores dele. A chuva magnética cósmica, na realidade, responde à vontade humana, a qual, como sabemos, está focada no seio frontal. Muitas vezes, uma sensação de calor acompanha o “aguaceiro” da chuva cósmica. Max Heindel indica que, em épocas anteriores à nossa evolução, esta força cósmica entrava no Corpo Vital pela vontade do ser humano, e que, atualmente, ela entra de maneira diferente da anterior (pelo baço). Podemos, agora, começar a retomar o uso consciente das forças de vida cósmicas.
Quando a força “inorgânica” se direciona através da aura humana magnética, ela se converte no “magnetismo orgânico” que o corpo humano necessita para o crescimento; eis a razão da prática antiga da “imposição das mãos”. O curador magnético constrói, de fato, um útero artificial de força, no qual o corpo do seu paciente é capaz de reconstruir-se. Conta-se o caso de uma criança que nasceu com “botões” no lugar dos dedos em uma das mãos, e, após meses de trabalho de um grupo de dedicados curadores de uma igreja (membros de uma comunidade ortodoxa), esses “botões” (que são encontrados no embrião) abriram-se formando dedos normais, tal como se a criança tivesse sido colocada de volta ao útero materno e o crescimento se processasse a partir do ponto em que havia parado.
Max Heindel comentou ainda que “quando o fluído solar é exalado pelo cérebro, em grande quantidade, ele move os músculos por intermédio dos nervos”. Mas, para o trabalho de construção do corpo – que é o que a cura realmente faz – quantidades ainda maiores de fluido solar são exigidas, e, a menos que sejam atraídas do espaço por meio do seio frontal (vontade humana), e dali dirigidas pelo cérebro, tais milagres, conforme já mencionamos, não podem ocorrer; muitas vezes mais de um curador deve trabalhar no caso. O grupo de curadores, mencionado acima, nada sabia do “modus operandi” das forças cósmicas, contudo, os curadores tiveram êxito por meio da invocação feita via a oração à Divindade, que imaginavam estar no Céu. É digno de nota que a maioria dos curadores eram mulheres, com seus Corpos Vitais positivos.
A ciência chamada “mesmerismo” inclui o uso destas forças cósmicas, mas o mesmerismo não é o mesmo que o hipnotismo moderno, que depende da sugestão. A “sugestão” não podia ter feito os botões embrionários desdobrarem-se em dedos na criança. Nem poderia a “sugestão” retardar a decomposição de um pedaço de carne ou de um vegetal, como a aplicação do magnetismo vivente tem feito, segundo nos tinham relatado.
Já dissemos que essa força magnética está quase sempre ligada a alguma forma de umidade, como a seiva das árvores nas plantas, o sangue dos animais e dos humanos, ou outros fluidos. As árvores cortadas para o Natal sangram vertendo a sua seiva, e, enquanto este sangramento ocorre, o magnetismo vital da árvore precipita-se para fora logo após o corte, como uma verdadeira hemorragia acentuada. Em seguida, vagarosamente, vai diminuindo até que a árvore morre e fica seca.
É doloroso para qualquer pessoa sensível estar num lugar onde uma árvore cortada esteja sangrando até a morte. A maioria dos Estudantes ocultistas prefere ver uma árvore cheia de vida ou, na pior das hipóteses, compreenderiam a retirada de uma árvore pelo serviço florestal para dar lugar a outra mais sadia nos declives montanhosos e prefeririam até uma árvore artificial das quais existem algumas muito bonitas, em lugar de ver uma árvore cortada e ferida.
A força solar fluindo através do baço é uma força cósmica, mas ainda “inorgânica” do ponto de vista humano, e, pela alquimia do Espírito em renascimento, torna-se uma força “orgânica” de magnetismo de vida. O ferro é importante para a criação do magnetismo humano, e há quatro átomos de ferro em cada célula normal de hemoglobina; a presença do ferro no Planeta, sem dúvida, diz respeito ao magnetismo planetário. Há também no espaço interestelar grandes campos magnéticos – as matrizes dos mundos futuros.
Estivemos falando das forças de “vida”, mas a ciência oculta fala também das forças “da morte”, e assim como as forças de vida estão associadas ao Sol, as forças da morte estão associadas à Lua. Max Heindel fala das “forças lunares que tratam da morte” e também das “forças cristalizantes da Lua”. O processo de vida é um equilíbrio entre a reconstrução das forças solares e a destruição das forças lunares. Em algumas antigas escolas de ciência oculta, estas correntes são conhecidas como respirações de “fluxo ascendente” e de “fluxo descendente”.
Os ciclos de crescimento do Corpo Vital são fixados em períodos setenários que derivam das forças lunares cristalizantes. Sete anos é o período de maturação do revestimento etérico, sendo que o Corpo Vital “nasce” do seu revestimento aos sete anos; mais tarde os diversos Éteres maturam-se, separadamente, em ciclos de sete anos; o Éter de Vida aos catorze anos, com o Corpo de Desejos; o Éter de Luz aos vinte e um anos, com a Mente; o Éter Refletor aos vinte e oito anos, com a completa maturação da Mente. Max Heindel também cita uma tradição antiga dos “Seres Lunares”, cuja vida decorrida da infância à velhice é de apenas 7 anos. Tais casos são conhecidos pela ciência médica.
Até aqui falamos da visão e da audição etéricas; devemos também considerar o sentido do tato etérico. O Éter de Vida é SENTIDO, por exemplo, como uma espécie de fluido magnético pesado. Pode-se chamá-lo de viscoso, isto é, se entendermos que o seu magnetismo lhe dá esta consistência. Quando o Auxiliar Invisível mergulha suas mãos no corpo etérico do paciente e depois as retira, o Corpo Vital do paciente parece grudar em suas mãos. É comum o doente não sentir seu próprio magnetismo, mas, neste caso, a aura magnética do Auxiliar está exercendo uma atração exterior. Isto é o “material que une fortemente” de assimilação sobre o qual Max Heindel fala[16]. Note-se que o “material que une fortemente” de assimilação, que pertence ao Éter de Vida, é encontrado SOB o limiar molecular do corpo, enquanto que o “material que une fortemente” do Éter Químico é definitivamente molecular, como foi demonstrado no fato de que as linhas de força do Corpo Vital descarregam estas moléculas que muitos videntes têm descrito. Dissemos que a molécula é a menor porção de uma substância que pode ainda ser chamada de “matéria”. Quando rompemos a molécula, entramos no mundo dos átomos, e, quando rompemos os átomos, entramos no mundo das forças subatômicas. É aqui, na fronteira da matéria, que penetramos nos estados conhecidos da ciência oculta como o Éter de Vida[17].
O Auxiliar Invisível trabalha diretamente dentro e sobre a estrutura molecular do corpo no Éter Químico, embora ele possa materializar a mão física o suficiente para massagear, fazer ajustes quiropráticos ou, até mesmo, efetuar uma cirurgia.
Os bioquímicos, naturalmente, presumem que todo fenômeno eletromagnético do corpo procede da química do corpo. O ocultista alega que o Corpo Vital possui uma existência independente, que ele existe antes do corpo e que é a sua matriz permanente. Não há dúvida de que os bioquímicos, algum dia, pegarão seus instrumentos e testarão um corpo morto e, naturalmente, não encontrarão campo magnético. Eles vão declarar que isto prova que este campo magnético emanava do Corpo Denso e que, por estar morto, não tem campo. Mas, se o ocultista estiver certo, o bioquímico descobrirá o seu campo elétrico, caso ele desenvolva instrumentos sensíveis capazes de explorar o espaço logo acima do cadáver, pois ali descobrirá que, durante alguns dias após a morte, existe um campo magnético flutuando sobre o cadáver. E mais tarde, se olhar com atenção, se souber por onde conduzir seus instrumentos e como colocá-los, ele poderá descobrir um campo magnético com a forma física correspondente ao corpo morto, mas separado dele no espaço e no tempo!
Mas, se a teoria de um campo magnético flutuante parece estranha, podemos lembrar que os astrônomos atualmente admitem que os campos magnéticos existem no espaço interestelar, os quais – se nada mais fazem – lançam os raios cósmicos em seus caminhos, através do universo.
7 – O Éter de Vida e o Fogo Cósmico
Diversas vezes se tem mencionado sobre o “Fogo de Vida” que arde no Éter de Vida. Não é apenas um calor físico, mas um Fogo que demonstra a presença de um espírito vivente. Na assim chamada “Palavras Perdidas de Jesus”, descobertas no Egito em 1904 (e novamente em 1945), aparece a declaração: “Onde houver dois, eles não estão sem Deus, e onde houver um, Eu digo: Eu estou com ele. Levanta a pedra e ali Me encontrarás; quebra a rocha e ali Eu estou”. Há ainda hoje, em certas igrejas, o costume de fazerem uma Cerimônia da Páscoa em que parte do ritual consiste em tirar, pela fricção, faíscas de uma rocha, e acender as velas da Páscoa com a chama dessas faíscas, sugerindo que o Fogo do Cristo Cósmico (Espírito de Vida) está aludido nesses versículos.
Entretanto, o Fogo Universal é “frio” enquanto dorme na rocha e no espaço cósmico; é ainda “frio” no reino vegetal, embora, à visão etérica, tenha a aparência de uma chama delicada, não uma chama que arde e salta, mas um reluzir constante rosa-alaranjado que caracteriza o Éter de Vida no reino vegetal. Nos animais e nos seres humanos adquire uma cor vermelho escuro ou rosado forte, pois, assim como a radiação de energia e partículas atômicas não são visíveis ao olho humano, embora existam, assim também o “calor” dos animais de sangue frio ou das plantas não é perceptível aos sentidos humanos no âmbito geral. A este propósito citamos o Dr. Donald H. Andrews, da Johns Hopkins University, que disse numa palestra: “Se você apagar as luzes e permanecer no escuro, você não ficará brilhando; entretanto, se ficar na frente de uma câmara de televisão infravermelha, em completa escuridão, a tela da televisão mostrará uma forma reluzente brilhando com luz que irradia de você, como resultado das vibrações de seus átomos. Isto é um fato físico estabelecido”.
Há uns dez anos atrás, o professor Dr. Bernard Strehler, da Chicago University, e o Dr. William Arnold, vinculado ao National Laboratory, em Oak Ridge, descobriram que plantas verdes emanam uma luz vermelha esmaecida, igual à luz dos pirilampos, e depois, no laboratório, produziram uma substância que parece ser a mesma que nas plantas emitem o brilho avermelhado. A luz vermelha não pode ser vista a olho nu, declararam eles, mas algo que a produz deve estar lá. E acrescentaram: “Estas descobertas foram possíveis pelo estudo dos pirilampos e de bactérias luminosas. Atualmente julga-se que há uma íntima relação entre a emissão da luz que liberta energia e a fotossíntese, que armazena energia … Mais surpreendente é o fato de que os mesmos compostos químicos, que são responsáveis pela emissão de luz nos pirilampos e nas bactérias luminosas estão envolvidos na fotossíntese”.
Somente nos animais de sangue quente e no gênero humano o Fogo “frio” do espaço provoca calor, que é sentido como tal, no mecanismo sensorial do ser humano.
O aspecto de calor do Éter de Vida no corpo humano é realmente uma propriedade conferida pela atividade de forças que operam no polo positivo do Éter de Luz, do qual trataremos em nossa próxima série de lições. Justamente porque não fomos capazes de separar totalmente o Éter Químico do Éter de Vida, também não podemos separar completamente o Éter de Vida do Éter de Luz. Todos os Éteres reagem e interagem uns com os outros.
Assim como a cor está associada à luz solar, no âmbito geral da visão, também a cor está associada ao magnetismo do corpo, na visão etérica. As cinco cores especializadas pelos Éteres, que estão entre o violeta e o vermelho num círculo cromático, não são encontradas no espectro solar como as conhecidas pela visão comum, não aparecem no arco-íris, o qual é luz solar refratada. Estas são as cores que vão desde o violeta, passando pela cor púrpura média, o magenta ou a cor da flor de pêssego, até abaixo do vermelho. Embora estas cores não sejam encontradas no espectro solar, elas são, na verdade, cores primárias no Mundo do Desejo, e a cor da flor do pêssego é a cor da Força Vital, tal como é vista no Éter de Vida no corpo humano. Max Heindel diz que essa cor não é sempre descrita em termos idênticos por aqueles que a veem. Ele mesmo a denomina de “cor-de-rosa azulada” ou “rosado púrpuro”. É a expressão do Espírito de Vida Universal, conforme foi salientado anteriormente, e desde que é um Éter VIVO, aparece apenas nas plantas, nos animais e no ser humano – não no reino mineral. Comumente, a cor do Corpo Vital é designada como “cor rósea”.
O Éter Químico é caracterizado pelo azul ou índigo, com maior tendência para a púrpura média ou o quase preto.
Outras cores podem também aparecer nestes dois Éteres inferiores, porém, aquelas mencionadas são básicas.
Quando o Éter solar flui através do baço e é refratado no Átomo-semente do Corpo Vital, no plexo solar, ele flui pelo corpo de modo que cada átomo do corpo, tanto físico como etérico, recebe seu estímulo. O excesso de força, então, irradia para fora em linhas de cor rosada. O primeiro pensamento de Max Heindel, quando estudava os Éteres, foi de que esta força adquiria esta cor rosada pela refração através de cada átomo etérico prismático. Mais tarde, determinou que a mudança ocorria no Átomo-semente do plexo solar, e um grupo de átomos o rodeava (no Livro: Conceito Rosacruz do Cosmos – Introdução). Ele não havia completado suas pesquisas quando ocorreu sua súbita morte em janeiro de 1919.
Resumo
Voltamos mais uma vez ao Corpo Vital, tal como é visto por meio da visão etérica do cientista ocultista. Necessariamente o átomo do Corpo Vital é visto em conjunto com o átomo físico, com o qual o átomo etérico está fortemente entrelaçado. Para descrever os átomos físico e etérico do corpo imagine uma cesta de arame na forma de uma pera, tendo paredes de arame encurvadas em espiral que correm obliquamente de polo a polo. Esta é a parte física do átomo. É de formato quase idêntico à nossa Terra, e o átomo prismático do Corpo Vital está inserido no topo, que é o mais largo e corresponde ao polo positivo da Terra. Visto que o prisma vital está inserido no topo, o ponto do prisma estende-se em direção à base da “cesta”, que é denominada de polo negativo. O átomo todo, assim interpenetrado, lembra um pião girando, agitando-se e vibrando, numa nota que é determinada pelo arquétipo e pela Chama Sonante na medula oblongata[18].
Isto sugere que o “prisma” é parte do núcleo atômico (do qual pouco se conhecia durante a vida de Max Heindel), enquanto que a “cesta de arame” seria, talvez, os caminhos em espiral de elétrons passando pelos vórtices magnéticos, determinados pelo Éter de Vida. Note-se que este átomo não tem forma de disco, mas sim de uma pera, como agora se julga ser o globo terrestre, com a sua parte maior no Polo Sul[19].
Os prismas etéricos expandem-se quando a força de vida está passando por eles e contraem-se (“encolhem-se”) quando fatigados e as linhas de força ficam enroladas e encurvadas, forçando o Ego a se retirar através do sono. No Capítulo V, do livro “Os Mistérios Rosacruzes”, Max Heindel comenta: “Por fim, o Corpo Vital sofre um colapso, por assim dizer, os diminutos raios de força que penetram cada átomo parecem que se contraem e o Ego é impelido a abandonar o corpo às forças restauradoras do sono”. Ele menciona, também, certas forças que circundam o átomo e a terra, do polo ao equador (Livro O Corpo Vital – Cap. I).
Para a visão etérica, pontos do prisma etérico são vistos projetando-se para todas as direções. Mas, do mesmo modo que a visão física varia, assim também a visão etérica varia de pessoa para pessoa, e, embora todos vejam em grande parte a mesma coisa, ela é vista em graus variados de intensidade e clareza. Portanto, os Estudantes devem evitar declarações arbitrárias até ficarem seguros de que a sua visão etérica está bem desenvolvida. Para um, o Corpo Vital pode apresentar-se não mais que uma neblina vagamente colorida que se estende cerca de uns 3,8 centímetros do corpo. Para outro, esta névoa apresenta-se dentro de uma multidão de linhas de força rosadas. O Éter Químico pode ser visto junto ao corpo, e para alguns a sua cor azul escura pode ser interpretada como um espaço vazio, à semelhança do centro de uma chama de gás. Muitos têm observado cristais, moléculas e partículas fluindo da superfície do corpo. Faíscas de energia vital que disparam da cabeça, da face e das mãos podem ser vistas, de vez em quando, por quase todos. Também podem ser observadas ao redor das plantas, e uma faísca azulada que voa de uma semente pode assinalar a presença de um Espírito da Natureza que reside nessa semente.
Constatamos, com frequência, que quando Max Heindel diz “Corpo Vital”, ele se refere especificamente ao Éter de Vida, mais do que ao Éter Químico, pois, naturalmente, “Vital” significa que pertence à vida, mas é o Éter Químico que forma o verdadeiro duplo etérico de cada simples molécula no corpo humano. Contudo, cada átomo está também penetrado e envolvido por uma leve aura dos Éteres de Luz e Refletor (Livro: O Corpo Vital – Cap. IV).
A morte do corpo ocorre quando o arquétipo entra em colapso, que é seguido pela ruptura do Átomo-semente no coração e pelo colapso do Corpo Vital (como antes no sono), forçando o Ego a retirar-se dos seus veículos. Vê-se, então, o Corpo Vital elevar-se semelhante a uma coluna de fumaça, que logo toma a forma do indivíduo, assemelhando-se a ele, permanecendo acima do corpo ao qual ainda está ligado pela parte inferior do Cordão Prateado, e com o qual se decompõe sincronicamente. No folclore, este fenômeno é descrito como fogo-fátuo, e, embora seja vista geralmente como uma neblina azul acinzentada mais ou menos brilhante, tem sido observado, em certas ocasiões, na cor verde ou azul-esverdeado, mudando a cor no processo de decomposição.
A morte é, muitas vezes, acompanhada pela sensação de movimento em espiral nos átomos do corpo, mas esta sensação não é necessariamente uma indicação de morte, e o Estudante não necessita sentir-se alarmado se isto acontecer. O trabalho pré-iniciatório “solta” os átomos etéricos de modo seguro, capacitando o Iniciado a sair para fora do corpo, deixando os dois Éteres inferiores com o Corpo Denso. Somente um exercício exato dado pelos verdadeiros mestres ocultistas habilita o indivíduo a fazer a divisão certa dos Éteres, entre os dois inferiores e os dois superiores. Exercícios errados – especialmente aqueles que são dados aos médiuns – podem causar a divisão entre os Éteres Químico e de Vida, ou entre os átomos do Éter Químico e os físicos, e quando isto ocorre, provocam várias doenças, entre elas a tuberculose (Livro: O Corpo Vital – Cap. II). Em qualquer caso, o “movimento em espiral” dos átomos é uma sensação característica.
Deve-se, também, observar aqui que, quando os Éteres Químico e de Vida são dirigidos para fora do Corpo Denso, ocorre uma profunda inconsciência, que não é o sono, e quando a consciência volta sobre os átomos vitais, reentrando em sua contraparte física, uma sensação de picadas e formigamento é sentida. Os fisiologistas dizem que isto é devido à circulação do sangue que está sendo restaurada, pois a mesma sensação acontece quando a circulação cessa em uma parte do corpo, como quando a “mão adormece”. Quando isto é sentido, o ocultista vê a mão etérica caída por baixo da mão física. De modo semelhante, na hipnose, a “cabeça” etérica é pressionada para baixo ao redor dos ombros da pessoa, dividindo-a desde o alto. A circulação do sangue também diminui sob tais condições.
Os átomos do Corpo Denso têm uma vibração muito lenta; o átomo etérico estimula cada átomo físico para ação e vibração (incluindo os átomos do sangue). No corpo humano, a média de vibração do átomo físico é normalmente uma oitava abaixo da vibração do átomo etérico que o anima (Livro: Corpo Vital – Cap. I). A sensação de agulhadas, que é sentida quando o átomo etérico está reentrando no átomo físico, do qual foi retirado, não cessa até que a vibração normal do átomo do corpo, uma oitava abaixo do etérico, tenha sido alcançada. Então, o desconforto cessa, pois, a atividade normal está, uma vez mais, estabilizada.
A ciência oculta ainda não esclareceu o relacionamento existente entre o magnetismo planetário, solar e etérico das coisas vivas na Terra. Horóscopos para as pessoas nascidas no hemisfério sul são tradicionalmente invertidos, de modo que, onde um mapa do norte demonstre o nascimento em Áries, por exemplo, o mapa do sul apontará Libra. Será isto, talvez, o efeito da polaridade planetária? Isto é um dos muitos mistérios para serem ainda solucionados pela ciência ocultista do futuro.
Vimos, num Capítulo anterior, o que a ciência moderna tem a dizer sobre a Espiral. É um fato curioso que a Estrela de cinco pontas, sempre de grande importância para o esoterismo, é também reconhecida como um traço característico de vida neste Planeta, como aprendemos na biologia moderna. Vamos pesquisar um pouco mais o que este símbolo representa no mundo que nos rodeia.
Entre os seis sistemas de cristais conhecidos pela ciência, “não existe forma admissível com um eixo de quíntupla simetria e, portanto, nenhum cristal pode ter tal eixo” (do livro: Crystals and Crystals Growing, Holden and Singer, pág. 163). “É interessante refletir sobre a diferença, neste caso, entre os cristais e organismos vivos. Os ranúnculos e as estrelas do mar, por exemplo, possuem eixos de quíntupla simetria; porém, os cristais não podem tê-los”. Portanto, não há estrela – nem pentagrama – no domínio dos cristais (incluindo a maior parte da crosta sólida da nossa Terra), mas somente no reino de vida. A rosa silvestre de cinco pétalas, ancestral de todas as rosas modernas, também pode ser relacionada com a estrela do mar e com os ranúnculos.
Não há dúvida que os antigos cientistas observaram este simples fato da Natureza, pois em toda a parte a Estrela de cinco pontas é o símbolo do ser humano, como no Cristianismo é o símbolo do Cristo-Menino e indica o nascimento do Cristo em todo ser humano.
Intimamente associada ao esoterismo da Estrela de cinco pontas está a Espiral da Vida, observada por todo o universo. No simbolismo oculto é vista como as serpentes enroladas no Bastão de Mercúrio, o Caduceu e, como tal, é a representação da ascensão do tríplice fogo espiritual-espinhal, comentado nos livros: “Maçonaria e Catolicismo” e “Iniciação Antiga e Moderna”, de Max Heindel.
Os esoteristas compreenderão imediatamente a suprema importância desta combinação de símbolos: a Estrela e a Espiral, intimamente relacionadas com os mais complexos processos de vida.
Tanto no simbolismo Maçônico como nos rituais e mistérios da Rosacruz e do Santo Graal, a Espiral é vista na escada encontrada no Templo de Salomão. Historiadores e arqueólogos não estão de acordo quanto ao tipo de construção do Templo de Salomão. Alguns comparam-no aos templos da antiga Ur na Caldéia, local de nascimento de Abraão, onde o Templo do Deus-Lua coroava o mais elevado dos três grandes andares de alvenaria, semelhante a uma montanha. Outros o comparavam aos zigurates da Babilônia, pirâmides de sete andares com uma pequena cela na cúpula ou santuário, localizada no último piso, onde se dizia que o deus aparecia para os sacerdotes ou sacerdotisas. Podemos considerar essa “sala superior” do Templo Babilônico como o local do Oráculo, onde a vontade do céu fazia-se conhecida.
Haviam dois zigurates, ou pirâmides com degraus, dentro dos muros da Babilônia maior: o Templo de Bel, dentro da área central, e o Templo de Nebo ou Mercúrio, mais para o leste no subúrbio de Borsippa, os dois ligados por um “caminho sagrado” ou rua murada. A Torre de Mercúrio, em Borsippa, era a mais antiga e a mais sagrada, e pode-se até acreditar que, do seu topo, os sacerdotes astrônomos observavam a minúscula “estrela” perto do Sol, que era o Planeta Mercúrio.
As pirâmides em degraus da Caldéia e Babilônia necessariamente possuíam escadas e inclinações que levavam de um piso para outro, até alcançar o pavimento superior. Sem dúvida, também tinham escadas secretas internas em espiral, como atalhos para atingir o topo, que somente eram conhecidas pelos sacerdotes e seus iniciados, como tão bem sugere a Grande Pirâmide de Gizé, no Egito. Contudo, os arqueólogos jamais descobriram qualquer passagem interna nas torres e pirâmides da Babilônia. A Assíria e a Pérsia participavam da civilização da Caldéia e possuíam, igualmente, torres que eram, ao mesmo tempo, observatórios e templos. Também tinham grandes bibliotecas. Talvez mais claramente do que em qualquer outro lugar, a China mostra a verdadeira natureza das pirâmides e torres construídas nos tempos antigos como, por exemplo, o famoso Altar Celestial, em Pequim, com seus três terraços de mármore e nove círculos concêntricos, suas escadas nos quatro pontos cardeais e os numerosos “pagodes” – alguns com até treze pisos – cada um com seu telhado circular, contendo apenas uma escada em espiral para levar ao topo, evidentemente designado para observações de astronomia, bem como para venerar o Céu, em uma nação onde, por milhares de anos antes de Cristo, a religião oficial era puramente astronômica.
Recentemente, os arqueólogos descobriram, nas ruínas de Qumran, a sede dos Essênios, no Mar Morto, vestígios de uma torre, e nela a sugestão de um pilar central ao redor do qual havia uma escada que o serpenteava. Seria apenas um depósito? Uma torre de vigia? Ou um observatório? Talvez tudo isso e algo mais. É sabido que Mercúrio e o dia da semana dedicado a Mercúrio eram importantes para os Essênios. Dizia-se que a Quarta-feira era o seu Sabbath.
Voltando agora à Europa Cristã, encontramos em alguns relatos que o legendário Templo do Graal possuía, também, uma alta torre, em cujo interior havia uma escada em espiral que dava para o nível superior, onde se achava a Capela do Graal e onde os Mistérios do Graal eram celebrados. O que era mostrado nesses Mistérios no topo da torre? Evidentemente a abóbada celestial girando ao redor da Estrela Polar guardada pelo dragão, e, um pouco antes do amanhecer, em certas ocasiões do ano, o Planeta Mercúrio brilhando qual um diamante não distante do Sol nascente. É isto precisamente o que as lendas mais antigas dizem: que o Mistério do Graal está revelado nas estrelas do céu, especialmente no Zodíaco e nos seus decanatos.
Outros registros dizem que os artesãos do Templo pintavam os céus na cúpula principal do Templo, que tinha a forma de arco, com as estrelas e os Planetas movendo-se em suas órbitas. Do mesmo modo, no Templo de Cura em Mount Ecclesia, o teto sugere a abóbada celeste em torno da qual as doze constelações do Zodíaco se alinham, com Leão, o Leão dos Mistérios, sobre o altar, e Aquário, o Filho do Homem (“todo aquele que desejar, poder vir”) sobre a porta da entrada.
Numa época em que a falta de instrução era comum é fácil deduzir como o neófito seria ensinado a visualizar a escada sinuosa e, à medida que seu Corpo Denso relaxava-se num “sono lúcido”, que não é o transe como é comumente definido, a Mente desperta subiria pela escada em espiral até o local dos Mistérios, no cume, virando sempre para o lado direito, E O NEÓFITO DESPERTAVA NOS PLANOS INTERNOS DENTRO DO SANTUÁRIO DO TEMPLO DE INICIAÇÃO, ou no seu limiar, ou nas antessalas, de acordo com seus méritos.
Nos planos internos, o espaço não é considerado. A “saída” existente no topo da escada em espiral leva o neófito, imediatamente, (sem passagem intermediária) ao seu destino. Hoje, a filosofia da ciência reconhece esta condição, que é designada como “o colapso do espaço” e seu correlato, “o colapso do tempo”. É como se todo o espaço existente entre um ponto e outro desaparecesse, e o atravessar “daqui” para “lá” fosse instantâneo.
Às vezes, a meditação proporciona um vislumbre disso, pois, como a Mente torna-se espiritualmente lúcida, o neófito vê como num espaço cristalino, talvez contemplando algum ponto distante na superfície da Terra. Ele não deixou o corpo, nem foi para parte alguma; contudo, sente a realidade da localidade distante e, algumas vezes, é visto e mesmo percebido de maneira tangível, ou sua voz mental é audível por pessoas que ali vivem. Ele sente que pode estender a mão e tocar objetos naquele local distante, visto que ele está “ali” e “aqui” ao mesmo tempo.
Este “colapso do espaço” é o responsável por muitos sonhos estranhos, cujos acontecimentos e locais parecem misturar-se uns aos outros, sem razão ou lógica. Explica, também, porque o mesmo Templo de Mistério foi “descoberto” em muitos lugares diferentes: na floresta densa e escura, no topo de uma montanha, nos brejos e pântanos, nos palácios e nas cortes, na casa do próprio pesquisador.
Quando o neófito experimenta uma sensação como de movimento no espaço interno, isto significa que a sua atenção está esboçando mentalmente a distância interposta e, por assim dizer, está construindo uma trilha mental ou uma ponte sobre a qual parece viajar. Contudo, isto é desnecessário. A viagem pode ser imediata e sem nenhum sentido de transição.
Assim, para o Estudante da Escola de Mistérios, a Estrela e a Espiral, além do seu significado exterior científico e exotérico, revelam algo diferente e único: a ascensão espiral da Mente na torre da consciência, e no seu cume a estrela flamejante, que é o próprio Auxiliar Invisível, brilhando para o mundo.
Pela madrugada, o Auxiliar volta ao seu Corpo Denso, e, à medida que flutua sobre ele, sentindo a atração magnética do Corpo Vital puxando-o para dentro do seu invólucro carnal, torna-se consciente da rotação dos inúmeros vórtices de força em sua aura; e, enquanto estes vórtices giram, ele suavemente instala-se, sem choque ou desconforto algum, no instrumento físico, o Corpo Denso, que repousa no leito. Então, desperta para novamente levantar a cruz do corpo no mundo do tempo e do espaço.
9 – O Éter de Luz e o Sol
Nos Capítulos sobre o Éter de Vida aprendemos algo sobre o que Max Heindel designou como o “éter solar incolor” e o “fluido solar” e notamos que este fluido solar era visível à visão etérica sob vários estados ou condições: como uma espécie de “chuva” de força cósmica que se precipita através do baço etérico para adquirir uma cor rosa no plexo solar. Aprendemos, ainda, que esse fluido solar era magnético, e, como tal, era percebido pelos sentidos etéricos e, embora designado como um éter “solar”, é estudado em conexão com o Éter de Vida em vez de o ser com o Éter de Luz, porque o Éter de Vida é a avenida particular através da qual ele é especializado. Como magnetismo, ele pertence ao espectro “escuro” que existe abaixo e acima da faixa normal de luz visível para o olho humano. Nas criaturas de sangue frio e no reino vegetal, o éter solar mostra-se “incolor” e “frio” aos sentidos etéricos. Podemos traçar um paralelo com essa condição, se pegarmos em nossas mãos um ímã de ferro comum. Esse imã terá um polo norte e um sul ou um polo positivo e um negativo, e atrairá limalhas de ferro, embora, normalmente, não possamos ver luz nem sentir qualquer sensação emanadas do ímã. O ferro é frio e escuro, a despeito de seu campo magnético que é tão facilmente demonstrado.
Somente quando o Éter de Luz está atuando conjuntamente com o Éter de Vida temos a manifestação do magnetismo biológico e do binômio vida-fogo das criaturas de sangue quente. As cores associadas às atividades do Éter de Vida, como observamos, são aquelas que partem do ultravioleta ao infravermelho e de outros raios que ainda não são familiares ao público leigo. Porém, a percepção dessas forças e cores representa alguma coisa a mais.
Quando o Estudante ocultista começa a estudar o Éter de Luz, ele penetra no campo da luz, do calor e da cor, que são perceptíveis aos sentidos normais, porque os assim chamados “cinco sentidos” são os dons das forças que trabalham através do polo negativo deste Éter.
Podemos dizer, além disso, que o Éter de Luz é a fortaleza do cérebro-mente, porque ele é o assento de toda a percepção sensorial tanto interna, quanto abaixo e acima do âmbito dos órgãos dos sentidos. A percepção extra-sensorial pertence a este Éter no seu mais alto alcance, onde atua sobre o Éter Refletor e com o qual se interage.
As forças que trabalham ao longo do polo negativo do Éter de Luz são as que vitalizam e, no início, criam os órgãos dos sentidos, especialmente o olho, dando-lhes o poder de responder e identificar diferentes graus de vibrações, bem como de classificá-los em conformidade com os efeitos produzidos no Ego-percepção. O sistema nervoso é o seu campo especial de atividade. Sabemos que os nervos são, na realidade, parte do mecanismo sensorial do cérebro, o qual é feito da mesma “matéria cinzenta” como os nervos, e a nova biologia sabe que impulsos elétricos percorrem o cérebro e os nervos.
As vibrações situadas na faixa de 16 a 32 mil por segundo são identificadas pelo Ego como som. Estas são vibrações no ar, entretanto, há o supersom (vibrações supersônicas) que é audível, também, aos sentidos etéricos. Há outra classe de vibrações que o Ego identifica como sensibilidade (calor e frio, suave e áspero, etc.); outras como a visão, o olfato, o tato, e assim por diante. Todas são simplesmente variações de vibrações identificadas pelo Ego, cuja velocidade produz as diferentes sensações distribuídas para os cinco sentidos ou espécies de receptores. Também há órgãos de recepção interna: receptores que informam ao Ego coisas tais como peso (sensação de peso), calor (sensação de calor), equilíbrio (sensação de equilíbrio), o relacionamento entre as várias partes do corpo (sentido proprioceptivo – essencialmente um sentido muscular), ao passo que o “sentido de proximidade”, como o que é desenvolvido pelas pessoas cegas, proporciona a sensação de algo que está perto e que não pode ser visto ou sentido – a proximidade de um objeto ou de uma presença invisível – a tal ponto que o “sentido e proximidade” diminuem gradualmente e entra no âmbito de percepção extra-sensorial.
Todas estas percepções sensoriais são propriedades do polo negativo do Éter de Luz, conhecidas pela ciência oculta. É de interesse especial para o Estudante esotérico saber que a ciência moderna finalmente localizou o “sentido de calor” num conjunto especial de nervos, centralizados no próprio cordão espinhal, o qual emite longos filamentos (nervos) a regiões da pele, principalmente ao redor do meio do corpo – as nádegas e as costas são mais sensíveis à temperatura (Revista Readers’s Digest, setembro de 1963 – Mistérios dos nossos sextos sentidos).
O centro controlador do calor no corpo foi assinalado na área cerebral do cerebelo ou medula oblongata, onde os ocultistas dizem arder a Chama da Vida.
É esse polo negativo do Éter de Luz que trabalha, juntamente com o Éter de Vida, na produção de seres viventes com uma ampla gama de percepções sensoriais, ou seja, consciência física e etérica. O tálamo, um órgão pequeno perto do centro da cabeça e em frente à Glândula Pineal, julga-se ser o cérebro original ou primitivo, onde os instintos primitivos residem; enquanto que a grande massa do cérebro é o assento da consciência sensorial ou da percepção (O Corpo Pituitário está bem abaixo e mais adiante do tálamo). Talvez sejam estes os assentos das Mentes conscientes e subconscientes definidos pela moderna psicologia analítica. A assim chamada Mente “subconsciente” da psicologia moderna, atualmente, inclui o que o cientista ocultista designa como Mente “superconsciente” e como as forças que operam no Éter Refletor.
Por que a faixa do Éter de Luz é definida em termos de espectro solar? Porque todos os sentidos humanos evoluíram num sistema dominado pelo nosso Sol, cuja maioria de seus raios situam-se neste âmbito particular, do infravermelho ao ultravioleta. A ciência, até pouco tempo atrás, nada tinha a dizer aos ocultistas sobre as atividades dos polos positivo e negativo do Éter de Luz. O que o ocultista viu com a extensão da visão não pôde ser explicado em termos de ciência acadêmica. Entretanto, a situação mudou. Uma correlação agora é possível e também explicável, pois a Teoria do Quantum de Plank é digna de confiança. De acordo com esta teoria, a unidade básica da radiação é o Quantum – um feixe de energia chamado “fóton” – que é criado continuamente no espaço livre pelas colisões de pósitrons e elétrons e são, também, liberados do interior do átomo quando mudanças eletrônicas ocorrem. Nenhuma lei foi ainda descoberta para demonstrar como ou quando essas centelhas de energia são criadas ou passíveis de serem criadas. Há um “princípio de incerteza” na física.
“A radiação é composta de unidades individuais conhecidas como quanta. Quando existe uma quantidade suficiente destas partículas, elas organizam-se em modelos de ondas. Cada modelo possui um comprimento de onda” (Hoyle). Assim, a luz é tanto “partículas” (no sentido de quanta ou feixe de energia) quanto é ondas. Ambas são visíveis, como tais, à visão etérica. Podemos compreender isto melhor se imaginarmos que umas poucas gotas de água não podem formar uma onda; porém, quando há milhões de gotas de água, a onda se torna possível porque apresentaram-se condições certas. Porém, notemos também que cada unidade (“fóton”) é ao mesmo tempo partícula e onda.
“Vale a pena notar”, diz Hoyle, “que, quanto mais curto seja um comprimento de onda, mais energizada se torna o Quanta individual (fótons). Daí a razão pela qual os raios gama, raios X, e mesmo a luz ultravioleta são destrutivos ao tecido animal, ao passo que as ondas de rádio são inofensivas”.
Ele continua: “Um ponto também interessante para considerar é que da vasta faixa de comprimento de ondas, desde as ondas do rádio até aos raios gama, somente uma faixa estreita de quatrocentos milionésimos a oitocentos milionésimos (de um centímetro) pode ser detectado pelos sentidos humanos”. Ele explica: “Isto …, contudo, não é um acidente, porque esta é a faixa correta na qual a maior radiação solar é emitida. É certo que o Sol emite alguns raios ultravioletas e mesmo raios X, porém, a atmosfera da Terra absorve fortemente essas radiações destrutivas, evitando, assim, que atinjam o solo. Por isso, vê-se a razão pela qual as criaturas na Terra não tiveram a oportunidade de desenvolver sentidos receptivos a estes comprimentos de ondas” (Frontiers of Astronomy, de Hoyle). Entretanto, os ocultistas podem e fazem desenvolver sentidos receptivos a estes e outros comprimentos de ondas por meio das forças que operam no polo negativo do Éter de Luz; mas, é o aspecto científico da própria luz que é mais facilmente observado pelo ocultista cientista que está ainda no começo de seu desenvolvimento. Toda percepção sensorial pertence ao aspecto negativo ou passivo do Éter de Luz.
Hoyle continua dizendo que mais do que outros raios, o raio infravermelho é o que mais atinge o solo, devido às gotículas de água no ar (não vapor) que absorvem mais a luz visível do que o infravermelho – este raio não afeta o olho humano. “Evidentemente seria uma grande vantagem possuir olhos sensíveis aos raios infravermelhos, como na verdade eu suspeito que os pássaros possuam. Tal explicação nos levaria mais além, até a elucidação da espantosa visão que os pássaros parecem possuir”.
Os astrônomos dizem que o nosso Sol é uma estrela “amarela” ou “cor laranja”, da classe conhecida como “Laranja” ou “Anões amarelos”, estando entre as mais instáveis das estrelas. Portanto, a luz solar não é realmente “branca”, mas matizada de amarelo ou dourado. O Éter de Luz é também descrito pelo cientista como dourado ou amarelo e, tal como a luz solar, possui uma faixa completa de cores que é visível à vista comum como cor ou como luz; mas visível à vista etérica como vibração e como pontos faiscantes de energia.
10 – A Visão do Ocultista sobre o Éter de Luz
Embora todos os quatro Éteres tenham um trabalho a fazer em todas as partes do organismo vivo, cada Éter tem uma atividade especial a desempenhar. O Éter Químico é a avenida das forças concernentes à formação e nutrição do corpo todo, porém, o seu campo especial de ação é a estrutura óssea ou esqueleto. O Éter de Vida promove as atividades de crescimento e de perpetuação das espécies; sua área especial está no sangue e em outros líquidos do corpo, no sistema gerador e nas glândulas endócrinas. O Éter de Luz é a avenida das forças cósmicas relacionadas com a luz solar, a cor e o calor todos consideravelmente importantes em nossa evolução; entretanto, a sua área especial de ação é o sistema nervoso, tanto o voluntário como o simpático. A Glândula Pineal e o Cérebro, como um todo, são o assento do Espírito Humano (Ego). O Cérebro é a grande central, recebendo e coordenando o centro do sistema nervoso, organizando todas as sensações à medida que são enviadas pelos órgãos dos sentidos através dos nervos. Dissemos, em nosso último Capítulo, que se pensa que o minúsculo corpo talâmico poderia ter sido o Cérebro original, e que os instintos e os poderes psíquicos ainda tenham aí um foco, ao passo que o Cérebro superior governa toda a evolução posterior dos poderes sensoriais.
Novamente verificamos que o Éter de Vida especializa o “fluido solar” que atua como a eletricidade do sistema nervoso. Max Heindel acrescenta que, além disso, o Éter de Luz transmite a força motriz ao longo de vários nervos, o que proporciona ao Ego meios de movimentar o corpo. A força motriz não é a mesma que a energia de vida envolvida no crescimento e na perpetuação das espécies, embora brote da mesma raiz primordial. Notemos que o fluido solar também circula nas plantas, as quais já possuem um sistema nervoso rudimentar e, portanto, um início de percepção sensorial. A física moderna oferece algum esclarecimento a respeito destes tópicos, afirmando que o “fóton”, unidade do espectro eletromagnético, por si próprio “não tem carga”, embora carregue energia eletromagnética. Os fótons comentados nas lições sobre o Éter de Luz pertencem somente àquela faixa do espectro eletromagnético que conhecemos como a nossa luz solar. O espectro eletromagnético estende-se tanto acima como abaixo dessa faixa.
Já mencionamos a operação do Fogo Cósmico no Éter de Luz. O Ego Humano é parte desse Fogo e suas energias atuam por meio do Éter de Luz, não como uma parte do complexo de raça e sim como um Espírito individual, desejoso e pensante, capacitado a elaborar o seu próprio destino. Max Heindel diz que o Ego opera particularmente no calor do sangue.
Afirma-se no “Conceito Rosacruz do Cosmos” o seguinte: “… as forças que atuam pelo polo positivo (isto é, do Éter de Luz) são as que geram o calor do sangue nas espécies mais elevadas dos animais e no ser humano, convertendo-os em fontes individuais de calor” (Essas forças também circulam o sangue). Aos vinte e um anos de idade, quando “a Mente nasce” – despoja-se de seu envoltório – o Ego assume o completo controle de seus corpos, e o calor do sangue que na adolescência era muitas vezes superaquecido, agora mantêm-se ao redor de 98,6 graus Fahrenheit (37 graus centígrados). Este calor do sangue é necessário para manter a consciência do Ego no corpo. Se a temperatura sanguínea baixar muito ou elevar-se além dessa faixa, o Ego vê-se forçado a sair do corpo, ocorrendo os estados que reconhecemos como sono, coma ou morte. O Fogo do Ego é o Fogo do Alquimista que, no seu devido tempo, cria o “corpo de diamante” do Adepto.
Nos animais de sangue frio somente a circulação do sangue é ativada através do polo positivo do Éter de Luz e não há necessidade de calor.
Nas plantas, as forças que atuam pelo polo positivo do Éter de Luz circulam na seiva, e estão mais relacionadas com o calor do Sol do que com a sua luz. Através da investigação moderna, ficou demonstrado que no Solstício de Dezembro, no Hemisfério Norte, mesmo naquelas regiões em que a neve e gelo cobrem a terra, a leve mudança das forças etéricas, ocorrida quando o Sol começa a dirigir-se para o norte após a sua mais longa declinação austral, causa o despertar das árvores e a movimentação da seiva na profundidade de seus troncos e de suas raízes. É o “calor” cósmico, adormecido no polo positivo do Éter de Luz, que impulsiona esse despertar.
“As forças que atuam pelo polo negativo do Éter de Luz são aquelas que operam por meio dos sentidos, manifestando-se como funções passivas da visão, da audição, do tato, do paladar e do olfato. São também as que constroem os olhos e os nutrem” (Conceito Rosacruz do Cosmos).
Para os sentidos etéricos, as várias cores estão, atualmente, tão tangíveis como visíveis, e alguns investigadores ocultos declaram que todas as outras sensações têm uma correlação com a luz e com a cor. Os diferentes comprimentos de onda de cor no raio da luz solar podem ser sentidos, assim como uma diferença de qualidade pode ser percebida. Crianças cegas podem, algumas vezes, diferenciar cores, embora não as possam ver. Alguns físicos falam de uma “visão facial” desenvolvida por estas crianças, mas há mais de quarenta anos atrás, o Dr. Jules Romains[20] demonstrou (relatando em seu livro “Visão sem olhos”; Eyeless Sight – original: La Vision extra-rétinienne et le sens paroptique – 1920, atualmente esgotado) que muitas áreas da pele poderiam ser usadas para a percepção visual. Para ele, áreas como a fronte, as têmporas, as maçãs do rosto, o peito e as mãos eram especialmente sensíveis à luz. Embriologistas também confirmam que quase todas as partes da pele de um embrião podem ser usadas para a formação de olhos. O Dr. Romains explicou isto ao dizer que a pele é guarnecida por pequenas células chamadas ocelli, as quais, realmente, assemelham-se a olhos em miniatura. Os ocultistas afirmam que onde quer que o Éter de Luz esteja presente, qualquer organismo vivente sempre desenvolverá a percepção sensorial, especialmente a percepção da luz, em alguma forma de estrutura ocular.
As forças que operam ao longo do polo negativo do Éter de Luz são aquelas que depositam a clorofila e as cores nas flores. Assim, todas as cores nos reinos da Natureza são “depositadas” por intermédio das forças que operam no polo negativo do Éter de Luz.
Como sabemos agora que a luz não é meramente ondas em um Éter, mas consiste, também, de verdadeiras partículas, como “pacotes” de energia chamados “fótons”, encontramo-nos na posição de ver que existe uma substância definida e real que as Forças da Natureza podem usar e manejar nessa operação de depositar a cor. Estas Forças da Natureza incluem as Fadas, os seres angelicais e o Ego humano.
Como o Éter de Luz é a avenida para as forças que promovem a percepção sensorial, especialmente a dos olhos, é natural que a primeira experiência do Estudante com a visão etérica relacione-se com os fenômenos deste Éter. Em geral, ele percebe primeiro uma espécie de névoa azulada ou teia, que parece preencher o espaço e que ocorre muitíssimas vezes na penumbra de um aposento mais claro, digamos, num corredor. A percepção desta névoa é vista como um violento movimento quando a luz a atinge, movimento este que, em sua rapidez, assemelha-se ao bater das asas de um beija-flor. Posteriormente, ele poderá ver que esse bater de asas (ou teia) de luz está repleto com as cores do arco-íris, entre as quais inúmeros pontos de luz prateada que se arremetem de um lado para o outro. Quanto mais intensa for a luz, mais perceptíveis essas partículas se tornam à visão, e maiores parecem ser. Projetam-se na atmosfera com intensa energia, aparecendo e desaparecendo continuamente, mas elas não descem para o solo. (Nem todas elas são basicamente luz solar – algumas têm outra origem).
Sob uma inspeção mais aguda, essa teia no espaço parece consistir de pequenos flocos transparentes, com um núcleo semelhante a um cometa – que é a centelha primeiramente percebida – então, o floco, como um todo, torna-se transparente e turvo. Os físicos referem-se à luz dizendo que consiste tanto de ondas como de partículas, isto é, o próprio fóton é ambos as coisas. O ocultista, por sua vez, vê este fóton como uma cadeia pertencente à radiação do nosso Sol, tal como já foi descrito. O floco transparente pareceria representar o aspecto-onda do fóton, e a faísca o aspecto-partícula; o ocultista sugere que o primeiro é negativo e o segundo positivo, porém, isto é experimental.
No complexo corpo humano, diz-se que o Éter de Luz é dominantemente positivo nos homens e negativo nas mulheres. Vejamos como isto funciona. Os sentidos e as cores pertencem ao polo negativo, e as reações sensoriais das mulheres são, muitas vezes, mais rápidas do que a dos homens; elas veem as cores com mais clareza e sofrem menos da cegueira da cor. Suas auras etéricas também mostram uma ampla proporção do dourado Éter de Luz, porém, a energia positiva do Éter de Luz é evidente no dinâmico impulso para a ação, característica da encarnação masculina, e a aura masculina muitas vezes cintila densamente com os pontos de energia pertencentes a este Éter. O homem também mostra mais o impulso ígneo.
Desde que a Luz é constituída de fótons e os fótons consistem tanto de ondas como de partículas, ambos são vistos completamente unidos no espaço.
Na tentativa de estudar o Éter de Luz o Estudante não deveria olhar para um objeto, para a parede ou teto, MAS DIRETAMENTE PARA DENTRO DO ESPAÇO.
A observação seguinte merece a nossa atenção: “O Éter de Luz é uma substância de um tipo peculiar que não tem o mosaico-atômico familiar, que normalmente designamos como matéria… Podemos designá-lo como uma SUBSTÂNCIA, mas também como ESPAÇO… mantendo em Mente que… o espaço pode possuir certas características morfológicas ou estruturais que o tornam muito mais complicado que os conceitos da Geometria Euclidiana[21]. Na realidade, na física moderna, a expressão Éter de Luz (despojada das suas alegadas propriedades mecânicas) e o espaço físico são considerados sinônimos” (Gamow: no Livro: One, Two, Three … Infinity[22]).
O Estudante poderá observar esse Éter, pela primeira vez, se estiver reclinado no leito, num quarto bastante iluminado e olhar para o canto do teto. Seus olhos não devem pousar na superfície, mas dentro do espaço em si: então começará a ver ondas e fagulhas do Éter de Luz. Deve ser evitado forçar os olhos.
Antes de discorrermos sobre o Éter Refletor façamos uma revisão das características mais evidentes dos três Éteres inferiores, como são conhecidos pelas ciências física e oculta. Primeiro: a luz pertence ao chamado espectro eletromagnético, do qual somente um pequeno segmento ou faixa é visível à visão humana, pois esta faixa representa a radiação que vem do nosso Sol, em cujo campo nossos sentidos desenvolveram-se. Se a nossa raça tivesse evoluído, por exemplo, num Planeta pertencente a um gigante sol vermelho, nossa visão teria se desenvolvido na faixa do infravermelho. É um fato curioso que quando a visão etérica começa a se desenvolver é o aspecto invisível da luz em nosso próprio espectro solar o que, geralmente, é visto primeiro: as verdadeiras ondas de luz e o núcleo de energia faiscante existente nessas ondas. As ondas do Éter de Luz são realmente constituídas de unidades ou feixes de energia que são, ao mesmo tempo, ondas e partículas. Ambas são visíveis, simultaneamente, à visão etérica. A unidade de energia é chamada “fóton” e não é apenas uma unidade da luz solar, mas é a unidade de todas as ondas eletromagnéticas.
Os fótons, diz o físico, são feixes de energia que correspondem aos átomos e moléculas que são feixes de matéria. Os elétrons, os prótons e as partículas alfa são partículas de eletricidade. Toda energia radiante consiste de fótons. O fóton é definido, apropriadamente, como “pedra angular do campo eletromagnético”. Ele se movimenta à velocidade da luz.
O fóton nunca está em repouso. O elétron, o próton e o nêutron podem descansar, mas o fóton não. Por isso o elétron, o próton e o nêutron são chamados unidades de matéria, e na terminologia oculta designados como “feixes” dos Éteres Químico e de Vida, e descritos por Max Heindel como “Éteres estacionários”. A energia radiante, porém, cuja unidade é o fóton, representa a energia que está continuamente escapando da matéria. Sob o ponto de vista oculto é a unidade do Éter de Luz. O fóton, por si mesmo, não possui carga, mas carrega energia eletromagnética. As partículas subatômicas e os fótons têm uma rotação e, quando carregados, respondem aos campos magnéticos. Os astrônomos dizem que há campos magnéticos no espaço interestelar, onde novas galáxias tendem a se formar; mas o cientista ocultista também vê uma chuva de força cósmica, de natureza elétrica ou magnética, que designa como “o Éter solar incolor”. Não é idêntico, em natureza, às forças cósmicas ou ao magnetismo solar e planetário, mas, de alguma forma, apresenta uma conexão ainda não determinada pela ciência mundana e oculta. O Éter solar incolor está sujeito ao chamado da Mente e da vontade humana.
Assim como os campos magnéticos do espaço são conhecidos porque dão atividade em espiral a certas partículas subatômicas (comumente núcleos), da mesma forma o “magnetismo animal” da ciência oculta parece ser acompanhado de atividade em espiral no Éter de Vida, o qual forma e dirige as atividades do Éter Químico. Os dois Éteres inferiores são considerados, em geral, como um trabalho em unidade, pois é praticamente impossível estudá-los separadamente[23].
Os fótons não são uniformes em grandeza. A quantidade de energia está em proporção à frequência. “Os Raios-X têm frequência mil vezes maior do que a luz visível, assim, quando dão sua energia aos átomos, elétrons, etc., os seus ‘impactos’ são maiores e mais facilmente observáveis”, explica o físico.
A estrutura do corpo é formada nos dois Éteres inferiores, e o Éter de Vida especializa o fluido solar que atua como eletricidade no organismo vivo; o fluido solar é convertido de magnetismo cósmico “inorgânico” em magnetismo “vivo”, conhecido pela ciência oculta e, atualmente, sendo pesquisado pela ciência física.
A energia elétrica do fluido solar energiza os sistemas nervosos do organismo humano, tanto o voluntário como o simpático[24]. “As duas metades complementares que suprem todo o funcionamento do circuito elétrico” foram descobertas pelos biologistas. Mencionamos, de passagem, que na parte posterior da cabeça descobriu-se que há uma carga positiva e na frontal uma negativa, a qual é chamada uma “área silenciosa”, e supõe-se estar associada à percepção extra-sensorial. Na ciência oculta, a nota-chave do Corpo Vital é ouvida zunindo na medula oblongata[25] e sua vibração é sentida, muitas vezes, na parte posterior da cabeça.
Os investigadores científicos dizem que há três eixos de força magnética, aos quais, o ser humano está sujeito, e eles estão testando vários pacientes em hospitais, para ver se emissões de raios cósmicos, tormentas magnéticas no Sol e outros fenômenos desta espécie têm algum efeito no estado nervoso do ser humano. Há séculos a ciência oculta vem ensinando que tais condições cósmicas (o macrocosmo) têm efeito sobre o organismo humano (o microcosmo). Atualmente, a ciência moderna aplica as expressões “macrocosmo” e “microcosmo” tão abertamente como a ciência oculta o fazia na antiguidade; porém, o “microcosmo” da física moderna tende a ser o interior dos átomos e das moléculas e não simplesmente o organismo humano como um todo – sendo o infinitamente grande, o macrocosmo e o infinitamente pequeno, o microcosmo.
Uma compreensão cada vez maior do Éter de Luz produzirá uma nova e importante ciência no que se refere ao uso da cor, tanto para a cura como para o desenvolvimento de plantas e de animais. A terapia da cor já está em grande progresso, não somente entre os ocultistas, mas também no mundo da física, da química e da medicina. É compreensível, agora, quando se tem o conhecimento de que a natureza da luz consiste tanto de partículas como de ondas, e que a cor pode ter um efeito físico bem claro e definido. Até mesmo doenças orgânicas muito sérias foram submetidas à cromoterapia por mãos de especialistas; não somente doenças nervosas e mentais, mas distúrbios físicos comprovados.
Os terapeutas da cor creem que um raio de cor representa uma verdadeira substância, e que as vitaminas e outros elementos contêm essas substâncias e, dessa forma, num sentido muito real e como exemplo, é o raio vermelho que fornece o ferro necessário ao sangue, e assim por diante.
Mas, nenhum destes depósitos de cores poderia ser feito nas plantas sem uma nota-chave ou atividade-padrão do Éter de Vida, conforme já indicamos. Na linha divisória dos Éteres de Vida e de Luz, as singulares substâncias vitais chamadas enzimas executam o trabalho deles. Descobriu-se que “em plantas tão diversas como nas macieiras e nas alfaces, lá estão as delicadas e sensitivas enzimas regulando o seu crescimento, em todos os estágios, desde a germinação até o amadurecimento da fruta”. Estações Experimentais do Governo (por ex. o Departamento Americano de Pesquisas Agrícolas em Beltsville, Md) já isolaram parcialmente a substância, que é efetiva em quantidades mínimas, e reproduziram em tubos de ensaio aquilo que parece ser a sua reação crítica. A enzima existe em duas formas e transforma-se reversivamente, de uma forma para outra, quando exposta ao comprimento apropriado das ondas de luz. Uma forma absorve a luz na faixa do alaranjado ao vermelho, a outra absorve o vermelho extremo da luz, próximo ao limite do espectro visível. A primeira forma causa um efeito como o do avermelhamento das maçãs e a germinação das sementes da alface; a outra forma promove o florescimento e regula o crescimento.
“A forma predominante da enzima na planta depende da cor da luz à qual a planta está exposta. Ambas as formas estão presentes em quantidades quase iguais depois de expostas à luz na linha mediana da faixa do vermelho. A reação de uma extensão maior de onda favorece a forma que absorve o vermelho-alaranjado, enquanto que a ação de uma onda mais curta (em direção ao amarelo) estimula a produção da forma que absorve o vermelho intenso. Na planta viva, a intensidade, bem como o comprimento da onda de luz, influencia a função da enzima. Os investigadores verificaram que a planta da soja florescerá se exposta, durante a noite, a um período extremamente curto à luz vermelha intensa, mas não florescerá se a intensidade da luz for aumentada 100 vezes mais. A exposição a uma baixa intensidade da mesma extensão de onda estimula a germinação da semente da alface, reduzindo a sua germinação a zero quando exposta a uma intensidade alta”.
A ciência oculta divide o espectro da luz em áreas positiva, negativa e neutra; as cores abaixo do verde são chamadas “quentes” ou positivas, e as cores acima do verde são chamadas “frias”, elétricas ou negativas. O verde é neutro, porém nenhuma cor é mais importante do que essa, pois ela é a cor da clorofila. Na cromoterapia, as cores positivas ou “quentes” são aquelas que, segundo dizem, correm para cima, como se saíssem da Terra, ao passo que as negativas ou “cores frias” são aquelas que correm para baixo, como se saíssem dos céus, enquanto que o verde, a cor neutra, projeta suas forças horizontalmente. O verde, conforme provado pela nova ciência das cores, é uma cor primária.
Tudo o que pode ser dito dos efeitos da cor no ser humano como sendo puramente psicológicos, não se pode dizer das influências da luz colorida na vegetação, pois algumas espécies de luz provocam o crescimento das raízes, outras dos caules, das folhas e flores; outras, a germinação das sementes, e assim por diante; enquanto a enzima, delicada e sensível à luz, dá provas de ser, no tecido das plantas, um elo importante no processo vital.
A ciência atingiu profundamente os limites do vermelho intenso do espectro, porém não se defrontou ainda com a cor da “flor de pessegueiro”, conhecida pelos ocultistas.
A extensão de ondas de cor algum dia será usada para abrir as faculdades espirituais, porque, conforme temos demonstrado estas também pertencem às forças do Éter de Luz. A percepção supra sensorial, assim como a percepção sensorial comum, são dependentes deste Éter, no que se refere à consciência do corpo.
Por mais antigos que sejam os registros que lemos, sempre encontramos referências a “reflexos” e “imagens” para ilustrar a forma pela qual as Ideias criadoras de Deus objetivaram-se no espaço e no tempo. Ao olharmos uma poça d’água límpida – o primeiro espelho do ser humano – vemos que o céu, que está mais distante e acima de nós, é a parte mais profunda refletida na água; ao passo que outros objetos, inclusive nós mesmos, ocupam posições intermediárias ENTRE DOIS CÉUS.
Em nosso estudo do Éter Refletor vamos manter essa imagem na Mente, tal como os neófitos das Escolas de Mistérios o fazem há milhares de anos.
No Capítulo I do Livro “O Conceito Rosacruz do Cosmos”, Max Heindel escreveu: “Por mais de uma razão o Éter Refletor é assim denominado, pois as imagens nele encontradas são apenas reflexos da Memória da Natureza. A verdadeira Memória da Natureza encontra-se em reino muito mais elevado. Nenhum clarividente muito desenvolvido preocupa-se em ler esse Éter, que apresenta imagens nebulosas e vagas comparadas com as do reino superior. Neste Éter Refletor leem os que não têm escolha, na realidade, os que não sabem o que estão lendo ou vendo. Como de regra, os psicômetras e os médiuns obtêm suas informações neste Éter. O Estudante das escolas ocultistas, nos primeiros estágios do seu desenvolvimento, também investiga neste Éter Refletor, mas é prevenido pelo seu professor da insuficiência deste Éter como meio de adquirir informações corretas, o que evita que ele venha a tirar conclusões erradas”.
“Este Éter é também o meio pelo qual o pensamento impressiona o cérebro humano. Está intimamente relacionado com a quarta subdivisão do Mundo do Pensamento, a mais elevada das quatro subdivisões contidas na Região do Pensamento Concreto – a pátria da Mente humana. Ali se encontra uma versão muito mais clara da Memória da Natureza do que no Éter Refletor”.
Max Heindel ainda afirma que o aspecto “memória” desse Éter reside no polo negativo, enquanto que os processos de pensar fazem a sua impressão no cérebro por intermédio do polo positivo. Entretanto, ele não diz que esses polos são polos magnéticos. O Éter Refletor não é nem elétrico e nem magnético; seu polo “positivo” é dominante na parte frontal do cérebro, na área onde o “Vigilante Silencioso” (o Espírito Divino) tem o seu assento.
Ensina-nos, mais adiante, que o Éter Refletor é o menos denso dos quatro Éteres; que no ciclo de crescimento ele amadurece aproximadamente aos vinte e oito anos; que é negativo nos homens e positivo nas mulheres; que, como o Éter de Luz, é volátil e migratório; que, na realidade, é um hiperéter, tanto astral como etérico e mesmo mental (já que é intimamente penetrado pelas matérias de desejos e mental), e que, enquanto à primeira vista parece estar vazio, esconde dentro de seus translúcidos invólucros muitos segredos em forma de registro de quadros, que não somente reproduzem formas físicas, mas também sentimentos e emoções. Consequentemente, quando o Estudante-vidente aprende a ler nesse Éter, ele pode surpreender-se ao descobrir que não somente vê movimentação de quadros de sua vida passada, como também, algumas vezes, vê formações áuricas e pensamentos-formas que os acompanharam, embora ele não tivesse clarividência ao tempo em que os eventos ocorreram.
Outra particularidade do Éter Refletor, que torna difícil avaliar a importância do que ali é visto, é familiar a muitos Estudantes, pois Max Heindel mencionou-a muitas vezes. É o meio pelo qual o fluxo do tempo no Éter Refletor parece mover-se para trás, de maneira que se quisermos investigar um evento, digamos do ano 500, é necessário observar, primeiramente, o ano 600 e depois deixar o registro desenrolar-se para trás, até o ano 500. Entretanto, não se deve supor que esse fluir para trás possa ser comparado ao desenrolar de um filme, no qual, por exemplo, a galinha volta a ser pintinho e daí entra novamente no ovo e a casca do ovo se fecha ao seu redor. Esse desenrolar para trás é mais comparável a um movimento de pulsações de tempo, que volta para trás até um determinado ponto e, então, move-se para frente em conformidade com uma lei ainda não definida que governa as imagens-tempo. É um conhecimento comum entre os Estudantes ocultistas que os quadros de vidas passadas parecem desenrolar-se de forma regular e normal, a menos que um intervalo aconteça. O exercício de Retrospecção é recomendado para desenvolver a visão do fluxo-tempo, com o poder de regular o fluir das imagens.
O Éter Refletor algumas vezes inverte os números e um número lido como 235, na realidade pode ser 532. Entretanto, a analogia não deve ser levada assim tão longe e não seria correto dizer que os números refletidos no Éter Refletor estejam invertidos, tais como os números refletidos num espelho o estão e como também acontece com a caligrafia. Livros e documentos vistos na “biblioteca” do Éter Refletor são normalmente lidos diretamente, tal como acontece no Mundo Físico; porém, em muitos casos, o leitor verifica que, repentinamente, ao invés de estar lendo o escrito, vê-se de repente mergulhado no centro da história ou registro que ele observa como um expectador onipresente, mas invisível.
Note-se, entretanto, que os poderes suprassensoriais variam bastante de acordo com a tendência e temperamento individuais, pois, assim como o olho físico não pode ver um objeto se a sua pálpebra estiver cobrindo-o, da mesma forma a clarividência nada poderá mostrar ao vidente a menos que ele definitiva e conscientemente enfoque sua atenção numa direção determinada. Os Santos da Igreja, em muitos casos, demonstram possuir a clarividência, porém, nada viam no Mundo do Desejo a não ser os pensamentos-formas do céu e do inferno construídos pela sua própria comunidade de fé.
Os Estudantes ocultistas desenvolveram a faculdade de ver espíritos desencarnados, as Forças da Natureza e as Hierarquias celestiais, sem jamais terem descoberto as forças nucleares conhecidas pelos físicos modernos, e isto porque não pensaram em procurá-las.
Os quadros no Éter Refletor geralmente se desvanecem em alguns milhares de anos, deixando “buracos” onde o vidente nada encontra. Entretanto, nas áreas confiadas aos Templos de Mistérios, os Irmãos Maiores e seus Iniciados leem uma versão muito clara da Memória da Natureza, a qual, na quarta ou região arquetípica do Mundo do Pensamento, traz em si todos os registros pertencentes ao nosso atual Período Terrestre, e como esses registros são revisados e vivificados na Mente de cada Iniciado, o registro correspondente no Éter Refletor é, por assim dizer, reforçado e continua a ser acessível, mesmo para a deficiente visão do clarividente comum ou Estudante principiante da escola de ocultismo. Os Mestres, nos planos internos, muitas vezes, projetam no Éter Refletor quadros que eles desejam que o neófito veja e venha a recordá-los. Assim, o neófito vê os registros que, de outra forma, não lhe estariam acessíveis.
Max Heindel mostrou-nos que os Éteres de Luz e Refletor estão intimamente associados não somente ao Dourado Manto Nupcial, mas também às funções específicas do organismo corporal. O Estudante poderá achar a proximidade de funções desses dois Éteres uma fonte de confusão quando observadas pela primeira vez.
Quando o Estudante-vidente começa a ver a agitação do Éter de Luz, com seus movimentos semelhantes a asas e com seus arrojados cometas de energia como numa película, passa a reconhecer que o espaço está pulsando como as vagas do oceano – em grandes e lentas ondas. À medida que ele investiga esses espaços-ondas azulados, começa a ver o que pode parecer-lhe, à primeira vista, formas transparentes incolores, algumas vezes formas geométricas, mas, muitas vezes, formas semelhantes a folhas que se movem no mar de Éter como plantas aquáticas. Então, continuando atento e focalizando a sua atenção nessas profundas marés de luz, o Estudante poderá, repentinamente, compreender que ele está realmente contemplando o Éter Refletor, já que por detrás do movimento ondulante de luz, seu olhar pousa naquilo que parece ser um mundo de espelhos, um mundo com quadros tão nítidos e claros como as imagens num espelho. Aí não existe nenhuma ondulação, nenhum movimento.
À primeira vista, os registros no Éter Refletor não são fáceis de ler, mas, uma vez que o Éter parece estar repleto deles, todos podem ser vistos inteiramente, de modo que é necessário prática para separá-los, antes que cada um possa ser lido. Isto é feito pelo poder da vontade em manter a atenção focalizada sobre uma imagem, não permitindo imagens colaterais que distraiam a atenção. Há uma tendência em todos os videntes não desenvolvidos em simplesmente relaxar e permitir que esses quadros fluam ou se movam além da visão mental, sem nenhuma tentativa de controlá-los ou analisá-los. A pessoa comum pode, na verdade, nunca compreender que seja possível controlar o fluxo de imagens, e pode até se vangloriar do fato de que não pode “desligar” os quadros que se precipitam ante seus olhos. Este é o segredo do desenvolvimento negativo que pode conduzir à obsessão; se não à obsessão completa, pelo menos à mediunidade ou, talvez, à falta de controle mental e emocional, os quais a ciência médica designa como “desequilíbrios” ou “distúrbios”.
O Estudante deve, portanto, exercitar a discriminação em relação ao fluxo de imagens que vê. Pode parecer-lhe que essas imagens são irresistivelmente auto impelidas, mas não é assim, pois elas respondem à sua vontade, como logo descobrirá quando fizer um esforço para controlá-las.
Notemos que nem todas estas imagens são “registros”. Elas incluem, algumas vezes, cenas atuais e pessoas reais vivendo na Terra; e, também podem incluir faces e formas daqueles que já passaram para o “além”, bem como cenas dos mundos internos. Este Éter pode assemelhar-se a um espelho de duas faces, como Max Heindel diz, refletindo o universo exterior de um lado e os mundos internos e espirituais de outro.
13 – O que o Éter Refletor reflete
Frequentemente é dito que cada observador colore (por meio de sua própria tendência mental) suas observações do mundo, tal como estas existem tanto fora como dentro de si mesmo. Não há argumentos quanto a isto. Naturalmente, nós vemos o mundo e recebemos dele experiências através daquilo que somos. Não pode ser de outra maneira. Porém, o filósofo da ciência moderna vai, além disto, quando diz que não são somente aquelas impressões do mundo exterior que dependem de sua atitude mental, ou a sensibilidade individual situado no cérebro, mas que O MUNDO EXTERIOR OU OBJETIVO É REAL E LITERALMENTE ALTERADO PELO ATO DA OBSERVAÇÃO E DA EXPERIMENTAÇÃO, através da interação de forças físicas e da pressão de forças geradas mentalmente como na telecinésia. Como isso pode ocorrer?
A resposta para o ocultista encontra-se no Éter Refletor, com as suas estranhas qualidades parecidas com as do espelho.
É a força Arquetípica do Ego, “refletindo” ou “projetando-se” na grande raiz-substância da Natureza, a Mente subconsciente do cosmos, que assim afeta seu mundo. O Éter Refletor, como Max Heindel demonstrou, estende-se através do Primeiro Céu e mesmo através do Segundo Céu, pois ele contém o princípio da memória, e tem uma conexão especial com a Região das Forças Arquetípicas. Podemos designá-lo como o assoalho dos dois Céus inferiores. Quando o filósofo da ciência observa que não é mais necessário separar o sujeito do objeto, o observador do observado, ele está expressando a realidade espiritual das Forças Arquetípicas, como são conhecidas pela ciência oculta. O espaço e o tempo entram em “colapso” no reino do Éter Refletor, porém o Espírito Virginal, como Ego-consciência, permanece.
Para o cientista material, as características exteriores do Éter Refletor são de fundamental interesse. Ele pensa em mundos e universos de matéria que são explicados pelas leis inerentes (ou refletidas) nesse plano sutil. Porém, para o ocultista, o mais importante é o UNIVERSO INTERNO, que se reflete no Éter Refletor. O que entra em colapso aqui é a “sensação de barreira”, a sensação de separação entre a Humanidade e o Universo Vivente, com suas inumeráveis Hierarquias que vão desde as forças elementais até ao Ser Supremo Uno, em quem toda a criação vive, move-se e tem sua perene existência.
Assim, a afirmação de Max Heindel de que esse hiperéter é um espelho que reflete um duplo reflexo – o universo superior ou interno e também o universo descendente ou externo – recebe uma nova aplicação na ciência moderna.
Lembramos que Max Heindel designou ambos os Éteres, o de Luz e o Refletor, como sendo “migratórios” e “voláteis”. O Éter Refletor, como o Éter de Luz, é luminoso e flui, condição que, em certo ponto, dificulta o vidente quando pretende dizer onde um cessa e outro começa.
Mostrou-se que, uma vez que o Estudante aprendeu a ver as ondas do Éter de Luz e pratica sua visão observando essas ondas na meia obscuridade quando o ar parece repleto de correntes pulsantes de luz ou de neblina azulada, sua visão fixa-se sobre formas que parecem folhas que flutuam e circulam nesse Éter aquoso como plantas subaquáticas. Aqui, ele poderá ver, no inverno, os desenhos familiares das geadas nas vidraças, com suas ramificações ondulando no constante fluir, e depois de algum tempo, ele poderá ficar consciente da presença da cor e da vida movendo-se entre aquelas formas. Pode ainda ocorrer que ele veja uma pequena árvore com aparência de cristal movendo-se suavemente em ondas de luz; e um pequeno enxame de formas aladas como se fossem borboletas de cristal pousadas em seus galhos. Verificará que quando ele fixa sua atenção nessas formas, elas repentinamente parecem mover-se em sua direção como se aumentassem de tamanho, e suas cores e detalhes de estrutura podem ser estudadas como se estivessem ampliadas. Porém, se a atenção se desvia tudo desaparece.
Embora designado como “migratório” e “volátil”, o Éter Refletor apresenta quadros tão vivos e nítidos como aqueles vistos no espelho, dando ao Estudante a impressão de estar andando “através do espelho” quando tem sua primeira experiência com este Éter.
Olhando para as ondas-espaço movendo-se na quase obscuridade, o Estudante tem a impressão de estar no fundo de um oceano com uma luz azulada opaca, e as grandes vagas pulsando ao seu redor revelam-lhe incessantemente formas novas, todas elas movendo-se lentamente como objetos levados pelas marés.
Algumas vezes, o Estudante fica convencido que pode ver realmente com sua visão física nessa luz azulada e pode fixar seus olhos sobre alguma coisa existente no quadro, digamos um quadro que ele sabe estar pendurado em determinado lugar. Por um momento, parece que ele está realmente vendo o quadro; depois, percebe que, ao invés disto, está vendo as mesmas onipresentes formas vegetais brilhando translúcidas e cristalinas no Éter. O espaço está pleno de padrões: “Deus geometriza”[26]. Nesta altura, a visão do Estudante-vidente passa, sem ele perceber, do polo negativo do Éter de Luz para a visão do polo negativo do Éter Refletor. É virtualmente impossível dizer quando ou em que lugar a fronteira foi atravessada.
Note que esses “padrões” que nadam no Éter de Luz indicam que são os padrões-guias para as forças elementais que constroem as formas terrestres. Os padrões geométricos e também os intrincados padrões dos vegetais de toda espécie, juntamente com as formas de vida que trabalham através e com eles, como observados aqui, pertencem não somente aos registros do passado, mas, diretamente, ao mundo atual.
É na fronteira existente entre esses dois Éteres que as Forças Arquetípicas cruzam misteriosamente sobre e para o contínuo espaço-tempo. Aqui está o ponto em que a chamada subjetividade torna-se objetiva e o pensamento-forma paira no limite da quimicalização.
O registro inscrito no Átomo-semente do coração e no polo negativo do Éter Refletor é somente uma manifestação das forças existentes no Éter Refletor; é o registro especializado pertencente a um indivíduo. O Éter Refletor do Planeta é a “memória” do globo inteiro, recebendo reflexos da própria envoltura mental do Planeta, onde os registros – memórias do Espírito vivo da Terra são mantidos inviolados e imutáveis.
Alguns quadros no Éter Refletor pertencem inteiramente ao que chamamos passado, quer estejam contidos na Mente subconsciente de nossa presente encarnação, ou registrados no subconsciente da raça, inscritos no Átomo-semente situado no ápice do coração, que levamos conosco vida após vida. Todo o passado situa-se nessa parte do Éter Refletor que designamos como “subconsciente”, tanto no ser humano como na Natureza – o que poderá ser provado através de técnica adequada.
A propósito disso Max Heindel diz: “George du Maurier[27] escreveu uma história intitulada Peter Ibbetson, na qual esta teoria da memória subconsciente é claramente mostrada. Peter Ibbetson, prisioneiro numa penitenciária inglesa, aprendeu como ‘sonhar verdadeiramente’, isto é, colocando o seu corpo numa certa posição, ele APRENDEU COMO PRENDER DENTRO DE SI AS CORRENTES DE ÉTER, podendo assim, à noite, entrar em contato com qualquer cena de sua vida passada, conforme sua vontade. Podia ver-se como um espectador (na qualidade de indivíduo adulto) entre seus pais e companheiros de brinquedos no mesmo ambiente da época dos acontecimentos. Podia ver todas as cenas mais detalhadamente do que quando aconteceram no mundo material …. Quanto ao futuro, era-lhe absolutamente impossível obter qualquer informação, ao passo que o passado estava inscrito na placa do seu coração e era, portanto, acessível sob condições adequadas (Do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Vol. I, pergunta nº 54).
Note que o vidente não precisa “ir” à Região Etérica para ler os registros contidos no Éter Refletor. Não tem que deixar seu corpo ou “ir” a algum lugar. Simplesmente lê no Éter Refletor que permeia o ar que respira, o qual tem uma conexão especial com a corrente sanguínea e com o Átomo-semente no coração. No entanto, Max Heindel disse que, em sua opinião, é necessário ser capaz de deixar o corpo conscientemente para poder ler na Memória da Natureza situada na quarta Região do Mundo do Pensamento, porque esse registro existe elevado na atmosfera mental do Planeta.
Embora o Éter Refletor esteja largamente confinado ao passado e ao presente imediato, também é uma realidade que os “eventos vindouros projetam suas sombras antecipadamente”, mas quando estas “sombras” estão sendo projetadas no Éter Refletor, estão no limiar da materialização. Clarividentes, muitas vezes, veem essas sombras do futuro refletidas em seu próprio Éter Refletor e também no de outras pessoas, mas eles não veem as forças arquetípicas que pertencem ao nível superior do Mundo do Pensamento e que podem mudar essas “sombras” quase no mesmo instante em que são percebidas. O Estudante-vidente deveria notar que ele mesmo, o Ego, sendo ativo como um ser pensante, e laborioso Ser no mundo mental, pode alterar ou cancelar qualquer quadro visto no Éter Refletor; porém, fará isto não atacando o ambiente material, mas ajustando-o por meio da força espiritual e da compreensão da Ideia Criadora ATRÁS do quadro, a qual pertence ao Mundo do Pensamento (Abstrato), o mundo-lar do Espírito Humano.
Há muitas histórias interessantes de pessoas que tiveram sonhos, lampejos de quadros de eventos futuros, geralmente aqueles que estão prestes a ocorrer. Algumas vezes, como um aviso de perigo e atuando para salvar a vida do vidente. Porém, na maioria das vezes, esses quadros não são bastante claros ou completos para que o vidente seja capaz de planejar o rumo a ser tomado; e, frequentemente, eles mostram circunstâncias sobre as quais a pessoa não tem controle. Em tais casos é bom lembrar que o LUGAR VERDADEIRO DO CONTROLE ESTÁ NO MUNDO ARQUETÍPICO DO PENSAMENTO, de onde o Ego trabalha com as forças sutis da Natureza e controla cada situação em harmonia com a lei cósmica.
O Ego pode e realmente controla os eventos que estão a ponto de materialização, e que são, portanto, visíveis como quadros no Éter Refletor, uma vez que é através do polo positivo desse Éter que o pensamento faz sua impressão sobre o cérebro. Entretanto, que ninguém fique perturbado por profecias daqueles que leem a sorte ou por seus próprios sonhos ou quadros repentinos, porque esses pertencem somente ao Éter Refletor e podem ser reportados às forças espirituais do mundo-lar do próprio Ego, onde ele segura as rédeas do poder.
Então, como é feito o registro? Max Heindel diz (no Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas Vol. I, pergunta 54): “Há três tipos de memória. Em primeiro lugar o registro produzido pelos nossos sentidos . . . essas impressões são gravadas sobre as células do cérebro e somos capazes de, conscientemente, trazê-las de volta – embora nem sempre … pois esta memória é extremamente falível e caprichosa e se esse fosse o único método de obter um registro de nossas vidas, a Lei de Causa e Efeito seria invalidada – nossa vida futura não seria uma sequência daquilo que fizemos ou deixamos de fazer no passado”.
“Deve haver outra memória, e essa é o que os cientistas chamam de Mente Subconsciente. Assim como o Éter leva para a câmara do fotógrafo um registro da paisagem circundante e imprime-a sobre a placa sensível nos mínimos detalhes, assim também, o mesmo Éter que transporta o quadro aos nossos olhos, imprime-o em nossa retina, e leva para os nossos pulmões um quadro semelhante que é, então, absorvido pelo sangue e, à medida que o sangue passa através do coração, este registro fica indelevelmente inscrito sobre o sensitivo Átomo-semente que está localizado no ventrículo esquerdo do coração, próximo ao ápice. As forças (“a alma”) desse Átomo-semente são retiradas pelo Espírito no momento da morte e contêm o registro da vida toda nos mínimos detalhes, de modo que, independente de nós termos observados ou não os fatos de uma certa cena, eles estão registrados aí”.
(Podemos acrescentar que a terceira espécie de memória é a Memória Supra Consciente, situada no Mundo do Espírito de Vida, o qual é a Consciência de Cristo) (do Livro O Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. III).
Max Heindel disse que cada átomo do corpo tem uma película dos Éteres de Luz e Refletor, o que nos leva a admitir que isto deve formar, coletivamente, um envoltório ou aura. À medida que o Ego desenvolve maior espiritualidade, ele projeta-se mais profundamente sobre os Éteres cósmicos de Luz e Refletor e a película que envolve os átomos cresce e expande-se até o ponto de envolver todo o corpo numa ampla aura munida de poderes e propriedades especiais: o “Dourado Manto Nupcial” do Iniciado.
O registro permanente do Átomo-semente vai com o Ego, vida após vida; mas a película do Éter Refletor leva em cada átomo um registro pertencente a presente vida, momento por momento, até a morte e tudo fica gravado no registro permanente do Átomo-semente que é levado vida após vida.
Há uma pequena quantidade dos dois Éteres superiores no organismo humano comum que se encontram principalmente no sangue, no cérebro e no sistema nervoso. É precisamente o aumento da aura dos Éteres de Luz e Refletor que proporcionam uma memória mais ampla, mais forte e uma focalização melhor dos quadros que vêm da Memória da Natureza planetária, bem como as que vêm do Átomo-semente do coração.
Os filósofos medievais fizeram a surpreendente dedução que a memória não era uma parte da Mente, do mesmo modo que, atualmente, nós dizemos que ela pertence ao subconsciente, seja qualificada como voluntária ou involuntária.
Ou ainda, como Max Heindel afirmou em sua analogia com a máquina fotográfica, que os quadros do Éter de Luz são focalizados sobre a película, que é o Éter Refletor e o registro permanente do Átomo-semente.
Uma vez que o Éter de Luz e o Espaço são “quase sinônimos”, vemos que os “quadros” no “espaço” imprimem suas imagens sobre a película do Éter Refletor, fluindo em duas direções: uma em direção ao passado e outra em direção ao futuro.
14 – O Éter Refletor e o Registro dos Renascimentos Anteriores
O Éter Refletor não só contém os registros pertencentes à vida diária, mas também o registro das horas que dormimos, as quais, para o ocultista, são momentos de grande atividade. Poucos Estudantes lembram-se das atividades durante a noite quando, como Auxiliares Invisíveis, trabalham ou estudam nos mundos espirituais. Os Auxiliares Invisíveis têm preferência de ação, e, enquanto a maioria mostra interesse no Serviço de Cura, alguns têm outros campos de atividade. Frequentam aulas e têm oportunidade de visitar as regiões do Purgatório e do Primeiro Céu para observar as condições ali existentes. Algumas fases desse aprendizado são recordadas, porém, uma boa parte é esquecida. Mesmo depois da Primeira Iniciação, diz Max Heindel, sua memória ainda não estava suficientemente perfeita, carecendo de treinamento adicional.
Psicólogos referem-se a pessoas que possuem “memória visual”, “memória-auditiva” ou, “abstracionistas” (como poderíamos designar o terceiro grupo) que relembrariam cenas, mesmo sem imagens de qualquer natureza. Inacreditável, como poderá parecer para muitas pessoas, há os que podem descrever pormenorizadamente o que comeram no café da manhã, descrevendo tudo o que havia sobre a mesa, ainda que afirmem que não “veem” qualquer imagem de tudo isso. Possivelmente esse tipo de recordações sem imagens pertence à Mente matemática, comum às pessoas que raciocinam sem imagens, excetuando fórmulas matemáticas. O Estudante ocultista, que está começando a despertar nos planos internos, mostra diferenças semelhantes de memória e recordação, as quais, indubitavelmente, são devidas às diferenças de temperamento e de hábitos mentais. Alguns dirão a si mesmos: “Eu estive em tal e tal lugar ontem à noite e falei com fulano e sicrano”. Se pedirmos a eles que descrevam o lugar ou a pessoa, não poderão fazê-lo, não possuindo nenhuma imagem em sua Mente relativa àquela situação. Talvez na vida diária de um Estudante ocorra a mesma coisa, isto é, a ausência de lembranças com imagens. Para melhorar a memória, ele deverá construir imagens mentais, tal como lhe é ensinado no exercício de concentração que deve realizar todas as manhãs ao despertar.
Se o Estudante é portador de “memória auditiva”, e se tiver faculdade auditiva aguda, terá recordações mais definidas das palavras e conversações do que das imagens. Se ele possui “memória visual” e sua reação visual for de excelente qualidade, ele se lembrará de cenas, objetos e pessoas. Obviamente, os artistas plásticos são portadores de “memória visual”; músicos e oradores da “memória auditiva”. Porém, mesmo aqueles que dizem recordar experiências sem imagens, seja auditiva ou visual, não deixam de registrar essa forma de memória.
Recentes experiências psicológicas, realizadas em várias universidades, sugeriram que a ocorrência de esquecimento acontece em virtude da interferência de vários sistemas de memória, cujas imagens e detalhes são intimamente similares. Isto contraria a crença popular de que as recordações são mais facilmente lembradas quanto mais similares forem. No caso de recordações dos planos internos, os eventos incomuns são os mais facilmente lembrados, enquanto a vida de trabalho e os estudos contínuos, noite após noite, são esquecidos, porque assemelham-se, de várias formas, às nossas atividades diárias.
Paralelamente à habilidade de recordar as experiências dos planos internos, onde o Espírito funciona durante o sono do corpo (levando-se em consideração que tenha algum interesse superior àqueles do corpo) surge à habilidade de ver os quadros no polo negativo do Éter Refletor, relativos aos renascimentos passados. Sabemos que esses registros, ainda não definidos em termos científicos, são impressos no átomo-semente do coração e levados vida após vida. Esses registros do átomo-semente estão entre aqueles que, refletidos no polo negativo do Éter Refletor, o Estudante vê, frequentemente, antes de adormecer e antes de despertar pela manhã. Psicólogos designam-no como visões “hipnagógicas”, visões que são projetadas do subconsciente na ocasião do sonho ou nas proximidades do adormecer. Uma vez que elas surgem durante o sono, como sonhos, o Estudante não é capaz de exercer controle algum sobre elas, mas, à medida que a consciência-anímica do Estudante se amplia, o controle será adquirido. A maioria das visões de “transe” pertencem à área das visões hipnagógicas. Entretanto, na fase superior da clarividência, a pessoa encontra-se plenamente desperta, relaxando-se em completa tranquilidade por um ato de vontade e, então, vê as chamadas visões “hipnagógicas” em plena consciência de vigília e aprende a controlá-las e dirigi-las.
Devido à necessidade de completo relaxamento é que inúmeras escolas de ocultismo, no passado, situavam-se em lugares retirados, no topo das montanhas, no interior das florestas e lugares desertos onde o ar era puro e onde somente se ouviam os sons da Natureza. Obviamente, quando Estudantes instruídos na quietude de tais lugares são levados a viver nas barulhentas ruas das cidades, tendem a perder seus poderes tão arduamente conquistados e têm de aprender a concentrar-se no meio do ruído e da confusão.
A Escola de Mistérios Ocidentais Rosacruzes compreendeu e enfrentou esse problema. Desenvolveu um treinamento destinado a ser usado pelo habitante das cidades e, embora possa parecer a este Estudante que o seu progresso é lento, ele verificará que o seu progresso é maior do que se tivesse feito um retiro em algum ambiente espiritual afastado. Verá que adquiriu mais força do que imaginava e que leva uma vantagem em relação aos Estudantes que foram treinados num lugar solitário.
Não devemos pensar que a visão “sonolenta” leva a um estado de vigília. O que queremos dizer é que o estado de sono se torna gradualmente mais claro ou torna-se permeado pela consciência de vigília, a qual cobre tanto as horas de vigília como as horas de sono, bem como as zonas intermediárias onde ocorrem as visões “hipnagógicas”.
Nesse estado clarificado ou “claro”, o Estudante-vidente lê no polo negativo do Éter Refletor e, às vezes, nesse Éter verá quadros de seus próprios renascimentos passados, assim como os de outros.
Há certos pontos importantes para serem observados em relação à essas visões no Éter Refletor. Primeiro, a conhecida característica deste Éter de inverter algumas imagens, como foi o caso de Mme. Blavatsky[28] que lia o número de uma página às avessas. A analogia com o espelho não deve levar-nos muito longe porque, além de tudo, o Éter Refletor não é um espelho de material físico: ele é um espelho quadridimensional, onde as três dimensões do espaço são experimentadas pela consciência como uma reflexão.
Isso significa que, ao contrário da imagem refletida no espelho a qual nunca é confundida com nosso próprio físico, mas permanece à parte, nós mesmos parecemos ser levados para o fluxo do Éter Refletor, de modo que permanecemos no próprio centro dos acontecimentos que ali são mostrados. É somente no começo que os quadros se lançam para o passado, parecendo-nos um filme familiar. O Estudante, em algum ponto, ver-se-á como personagem na cena, e ele admite isto como sendo um quadro de seu próprio renascimento passado. Em geral isso é verdadeiro. As primeiras cenas vistas são geralmente aquelas que pertencem aos nossos próprios renascimentos passados. Contudo, pode ser que nós não nos reconheçamos numa cena onde muitas pessoas são mostradas e onde o nosso interesse dirige-se a alguma determinada personagem. Inevitavelmente, o Estudante-vidente identificar-se-á com quem sentir mais forte simpatia, porque ele, em razão do poder “refletivo” do Éter, penetrou no padrão emocional da pessoa que ele vê. É por essa razão que muitas mulheres escreveram a Arthur Weigall[29], o Egiptólogo, agradecendo-lhe o modo delicado que adotou ao descrever a história de Cleópatra – pois diziam que tinham sido Cleópatra em renascimentos passados! Como essas várias mulheres puderam crer que tinham sido Cleópatra? Obviamente tiveram visões do Egito com Cleópatra como personagem central, sentindo uma forte identidade emocional com a infortunada rainha.
Podemos admitir que as videntes foram pessoas que, realmente, viveram no Egito e conheceram Cleópatra. Poderiam ter sido servas, damas da corte ou amigas da rainha e até mesmo francas inimigas dela, envolvidas em sua queda e morte, e, quando no Purgatório, entre renascimentos, identificaram-se com o seu sofrimento e aprenderam a arrepender-se do mal praticado. Agora, no renascimento, onde serão levadas ao Caminho da Iniciação, o passado abriu suas portas mostrando-lhes onde tinham criado tal destino. Elas não se encontravam apenas no meio das cenas dos tempos de Cleópatra, mas estavam também no meio das ondas emocionais originadas na corte, onde ela era o pivô e o centro dos acontecimentos. Cada uma das mulheres videntes, obviamente, devido à vaidade pessoal e, talvez, ansiosas por projeções pessoais, admitiram que eram a própria Cleópatra renascida.
Dessa maneira, vemos que há uma memória de emoção, bem como a memória do pensamento e da ação, e isto também é alcançado pela clarividência no Éter Refletor; embora esta memória-emoção seja, para muitas pessoas, mais raramente experimentada do que as outras. Contudo, quando a imagem do passado não é simplesmente vista, mas ocorre uma identificação com a mesma, tal como já foi descrito, a memória-emoção manifesta-se. Assim, desde que muitos de nós identificamo-nos com nossas emoções e sentimentos em maior ou menor grau do que com as sensações corporais e com o pensamento, é natural que, sentindo uma forte emoção emanada de uma pessoa imaginada, assumamos uma identificação com aquilo que realmente não somos. Dessa maneira, situações ridículas surgem, tais como as das várias mulheres que pensaram ter sido Cleópatra.
15 – O Éter Refletor e a Sua Relação com a Matéria
Note que todo objeto existente no universo exterior tem sua réplica, clara e inconfundível, no Éter Refletor. Não é somente o Corpo-Alma, o Dourado Manto Nupcial, que se encontra lá. Tudo no universo tem seu reflexo neste Éter. Porém, as leis de reflexão no hiperÉter não são simplesmente uma imagem refletida no espelho, embora esta analogia sirva de base para as explicações dos professores. Consideramos que as teorias científicas mais recentes sobre a matéria e antimatéria têm seu pivô nesse Éter e, assim como a antimatéria tem antigravidade, podemos ler aqui uma explicação admissível para o velho ditado que a levitação é realizada por intermédio da luz astral. Uma teoria atual diz que, no princípio, a matéria e a antimatéria existiam juntas numa espécie de “ovo cósmico”, e, posteriormente, foram separadas pela ação de alguma força repulsiva ainda desconhecida. Max Heindel disse que a levitação é efetuada pela reversão da polaridade dos átomos.
A proposição que o polo negativo do Éter Refletor possa constituir-se de uma “grande massa negativa”, que é o fundamento do contínuo Espaço-Tempo do qual a ciência moderna começa a levar em consideração, poderá causar espanto a Estudantes que ainda não compreenderam, quão próxima está a Física da Metafísica.
Max Heindel refere-se, inúmeras vezes, aos “Éteres interplanetários” cujos principais são os Éteres de Luz e Refletor. Ele associa o interplanetário Éter de Luz ao Cristo Cósmico ou Logos Solar. Assim como a matéria se estende através do universo nos espaços interplanetários e interestelares – existem átomos de matéria em cada centímetro cúbico do espaço cósmico; o espaço não é vazio – assim também fazem os Éteres e cada Planeta especializa seu próprio campo no qual a evolução prossegue para a onda de vida pertencente àquele Planeta.
Muitas das assim chamadas ilusões da matéria devem-se, indiretamente, às propriedades do Éter Refletor, o qual é chamado o Espelho dos Deuses.
Todos os três Éteres inferiores são ativos dentro dos limites do Éter Refletor. Em verdade, podemos dizer que cada Éter, começando do superior, está incluindo, envolvendo (e interpenetrando) os que lhe são inferiores. Assim, o Éter Refletor “contém” os Éteres de Luz, de Vida e Químico. O Éter de Luz “contém” os Éteres de Vida e o Químico; e o Éter de Vida “contém” o Éter Químico, o qual podemos acrescentar, “contém” o organismo físico.
Exemplificando: o Ego imprime o pensamento sobre o cérebro por intermédio do polo positivo do Éter Refletor. Sabemos que os processos de pensar e memorizar do Ego renascido tem não só correlações eletromagnéticas com os Éteres de Luz e de Vida, como também correlações puramente químicas com o Éter Químico. Há uma química de memória e uma química de pensamento, assim como há um padrão eletromagnético e forças no cérebro e nos nervos que transmitem impulsos de pensamento ao corpo e que levam impressões sensoriais do corpo ao cérebro.
Certas forças no Éter de Luz fluem em resposta ao impulso do pensamento focalizado pelo Ego no polo positivo do Éter Refletor, onde o pensamento-forma move-se para fora em direção à quimicalização, passando no plano inferior (que está por fora) por meio do espectro eletromagnético e do Éter de Luz. Alguns biólogos formularam a teoria ele que correntes elétricas no sistema nervoso voluntário realmente projetam-se do cérebro, onde são geradas. O ocultista diz que o Ego tem seu assento no cérebro. Max Heindel fala de grandes ondas de energia que se projetam do cérebro, quando o Ego quer agir no corpo.
Por isso, o biólogo diz que há “uma intrincada base química para explicar como as pessoas se lembram ou porque esquecem”. Experiências têm demonstrado que o ato de aprender reflete-se em mudanças nas células produtoras do RNA (Ácido Ribonucleico), porém, ainda se ignora como o RNA é alterado. Sabe-se, entretanto, que o processo de aprendizagem é acompanhado por mudanças básicas na composição desse complexo químico. Desde que as moléculas do RNA comunicam às células que proteínas fazer, as mudanças na estrutura do RNA resultarão em mudanças na produção de proteínas. Essas proteínas, aparentemente, “formam a base química do pensamento”.
Novamente um escritor científico comenta: “A enormidade da tarefa de mecanização e eletrificação do poder cerebral ilustra-se pelo fato dele conter ao redor de 10.000.000.000 de células nervosas. Não sabemos como se opera o translado de impulsos nervosos em visão, audição e tato ou como ele armazena e retém tão enorme quantidade de conhecimento”. O ocultista situa o “poder cerebral” e os impulsos nervosos no Éter de Luz, bem como o armazenamento e retenção de conhecimentos, no Éter Refletor. O Éter de Vida supre a força de vida que mantém os tecidos e as células vivas em crescimento, e o Éter Químico é o campo no qual os átomos e moléculas são cimentados magneticamente dentro dos padrões de evolução. Max Heindel diz que o fluido vital emanado do Sol “carrega” os Éteres Químico e de Vida e que, “assim carregados, os Éteres Químico e de Vida são as avenidas da assimilação que preservam o indivíduo, e da fecundação que perpetuam a raça” (Veja mais detalhes no Livro: A Teia do Destino).
Como a percepção visual através do Éter Refletor não está na dependência do nervo óptico, o fisicamente cego pode aprender a ver nesse Éter, não só os acontecimentos do plano interno, como também imagens do plano físico. Embora essa percepção possa parecer um pobre substituto da visão física, consideremos que normalmente ninguém pode ver externa e diretamente o mundo físico. Comumente vê-se só a imagem que atinge a retina, a qual é transformada em impulsos nervosos que, por sua vez, vão passando internamente ao centro óptico do cérebro, onde, de alguma forma, os impulsos nervosos retornam como imagens, as quais são interpretadas pelo Ego. Onde se opera essa transformação? Onde, a não ser no Éter Refletor que interpenetra o cérebro?
“Há um mecanismo construído dentro de cada indivíduo, ainda não descoberto, que permite ao homem evoluir. O DNA (Ácido Desoxirribonucleico) que incorpora esse mecanismo – o código genético de todos os organismos viventes (exceto o sangue e vários vírus) – é composto de quatro elementos químicos básicos: a adenina, a guanina, a citosina e a timina. São as diferentes combinações desses quatro elementos químicos que fornecem as informações específicas usadas pelas células na construção de proteínas. É esse DNA que é modelado pela evolução. Nessas combinações há uma permanente competição pela sobrevivência e, dessa maneira, o organismo lentamente enriquece-se com experiências que facilitam essa sobrevivência. Ainda não foi descoberta a sequência básica dessas diferentes combinações destinadas a um simples gene e lembremo-nos que cada célula contém milhares de genes. Estamos agora fora do campo das generalidades da Epigênese e da Filosofia, situando-nos no laboratório dos velhos alquimistas que, com seus quatro elementos básicos, sentiam-se perfeitamente em casa” (Revista: Rays from the Rose Cross, novembro de 1963, pág. 516).
Sem o Éter Refletor, o Ego não poderia expressar consciência no Corpo Denso, isto é, não podia ser consciente no mundo físico. Segundo sugere um filósofo da moderna ciência, Erwin Schrodinger, a consciência aparece no papel de um tutor. Ela “supervisiona nossa educação e introduz-nos em novas experiências, mas permite-nos continuar na nossa velha rotina na forma de “hábitos” – o que nos relaciona com o polo negativo do Éter Refletor. Por estar intimamente relacionado com tudo o que é novo, a consciência também o está com o processo de aprendizagem, isto é, com novas experiências, com a criatividade, com a Epigênese, com as forças que operam no polo positivo, em suma, com o futuro.
Os ocultistas há muito reconheceram que o fósforo é muito importante para o processo do pensamento. Max Heindel diz: “O fósforo é o elemento particular que permite ao Ego expressar o pensamento e influenciar o Corpo Denso: … O grau de consciência e de inteligência é proporcional ao montante de fósforo contido no cérebro”. “O desenvolvimento anímico capacita o cérebro a assimilar uma quantidade crescente de fósforo” (o qual é um veneno químico).
A expressão “Luz Astral” não é de origem oriental (como comumente é apresentada), mas foi adotada antigamente pelos Mestres Ocidentais em virtude de sua semelhança com o brilho estelar do Corpo-Alma e de sua aura. Paracelso[30] refere-se a ela como “luz sideral”. As palavras do grande Paracelso são muito significativas: “As coisas ocultas da alma, que não podem ser percebidas pelos sentidos físicos, poderão ser encontradas através do corpo sideral, através de cujo organismo podemos olhar dentro da Natureza, da mesma forma que o Sol brilha através do vidro. A natureza interna de todas as coisas pode, portanto, ser conhecida pela magia em geral e através dos poderes da interna ou segunda visão”. Na Filosofia Rosacruz o termo descritivo é “Éter Refletor”, ao invés de “Luz Astral”, incluindo este último termo tanto o Éter de Luz como o Éter Refletor.
Cremos importante assinalar que tanto os ocultistas medievais europeus como os orientais afirmaram que corpos pesados podem levitar pela ação da Luz Astral, além de apontarem sua função para promover a manifestação de outros poderes supra sensoriais. Podemos estudar as várias propriedades químicas e eletromagnéticas e os processos de um corpo único ou formas coletivas, porém, a raiz do mistério só se encontra no Éter Refletor, no polo negativo, que é o Refletor Cósmico, e no polo positivo, que projeta a imagem arquetípica trabalhando criativamente e que representa o futuro.
16 – O Éter Refletor e as Forças Arquetípicas
Um Estudo do Diagrama 1 do Conceito Rosacruz do Cosmos
Neste Capítulo final sobre o Éter Refletor voltamos, novamente, à afirmação de Max Heindel de que “este Éter é o meio através do qual o pensamento impressiona o cérebro humano. Está intimamente ligado à quarta subdivisão do Mundo do Pensamento. Esta é a mais elevada das quatro subdivisões contidas na Região do Pensamento Concreto e é o mundo-lar da Mente humana. Lá se encontra uma versão muito mais clara da Memória da Natureza”.
A quarta subdivisão da Região do Pensamento Concreto é denominada a Região das Forças Arquetípicas (ver Livro: “Conceito Rosacruz do Cosmos” – cap. I). Vamos nos aprofundar mais no que diz respeito a esta região, para que possamos ter uma compreensão mais clara do Éter Refletor, pois é o registro nesta região que está refletido “abaixo”, no Éter Refletor, e a relação cósmica existente entre o Mundo do Pensamento e o Éter Refletor tem a sua réplica microcósmica dentro da aura do ser humano que renasceu.
Os registros da Memória da Natureza estão contidos no polo negativo do Éter Refletor e o mesmo acontece com a memória individual. Mas, o Ego dirige a sua força de pensamento positivo para dentro do cérebro através do polo positivo do Éter Refletor. Esta força de pensamento positivo, que trabalha através do polo positivo do Éter Refletor no cérebro e no sistema nervoso (a Mente realmente trabalha em toda parte em que esteja presente a “matéria cinzenta” no corpo), é criadora; não é passivamente receptiva. O polo negativo é o receptor e, portanto, contém a memória, sendo o depósito de todas as imagens, como se descreveu até aqui.
Max Heindel escreve a respeito da Região das Forças Arquetípicas: “É a região central e mais importante dos cinco Mundos onde se efetua a evolução do ser humano. De um lado desta região estão às três Regiões Superiores do Mundo do Pensamento, mais o Mundo do Espírito de Vida e o Mundo do Espírito Divino. Do lado oposto dessa Região das Forças Arquetípicas estão às três Regiões Inferiores do Mundo do Pensamento, e dos Mundos: do Desejo e Físico. Portanto, esta região torna-se uma espécie de “cruz”, limitada de um lado pelos Reinos do Espírito, e do outro pelos mundos da forma. É o ponto focal, por onde o Espírito se reflete na matéria” (Livro: “Conceito Rosacruz do Cosmos” – cap. I).
Em outro lugar, Max Heindel assinala que, sob outro ponto de vista, o Mundo do Espírito, propriamente dito, começa unicamente com o Mundo do Espírito de Vida, ao qual ele chama o primeiro mundo universal e que, num sentido mais amplo, o universo material começa com a Região do Pensamento Abstrato e tudo o que está acima é Espírito “puro”. O Mundo do Pensamento Abstrato é “caos, a sementeira do Cosmos”, onde as “ideias germinais” – os germes de toda a causa, e, portanto, da evolução – são criadas nesse mundo por inteligências espirituais.
Diagrama 1 – O Mundo Material um reflexo reverso dos Mundos Espirituais
No Livro: “Conceito Rosacruz do Cosmos”, Diagrama 1, é-nos mostrado um desenho esquemático para compreender melhor a “relativa permanência dos mundos visível e invisíveis”, por meio de uma analogia com a lanterna mágica e suas imagens projetadas.
O Diagrama é desenhado sob o ponto de vista do ESPÍRITO VIRGINAL, cuja Vontade corresponde ao operador da máquina estereotipa, a qual concebe, no Mundo do Espírito de Vida, um conceito por intermédio da divina imaginação criadora. Este conceito toma a forma de uma ideia na Região do Pensamento Abstrato e a ideia é posta diante da Lente da Mente, na quarta subdivisão do Mundo do Pensamento. Unicamente esta quarta divisão é apropriada e cientificamente designada “A Mente”. A Mente é a lente, mas a luz emana do Espírito de Vida, enquanto que o “slide” representa a ideia permanente criada pelo Espírito Virginal na Região do Pensamento Abstrato. Isto é, esta Ideia Permanente é a “Ideia Germinal”, assim chamada porque é a “semente” da qual brotam os objetos do mundo exterior. A luz do Espírito de Vida projeta a ideia vivente e permanente através da Mente, que existe especificamente na Região das Forças Arquetípicas e, portanto, são estas Forças Arquetípicas que, desse ponto em diante, são representadas pelos raios de luz que emanam do Mundo do Espírito de Vida. As Forças Arquetípicas irradiam para baixo, através da Região do Pensamento Concreto e do Mundo do Desejo, despertando a força impulsionadora do desejo, e a imagem (raios de luz) é objetivada no mundo exterior, correspondendo à imagem reproduzida na tela pela estereotipa projetora. O que são as Forças Arquetípicas? São todos os seres viventes que trabalham sobre os Arquétipos no Segundo Céu, e Arquétipos são formas de pensamento. Incluem seres humanos entre renascimentos, Forças da Natureza e as Hierarquias Celestiais, tais como os Senhores da Mente, os Arcanjos, os Anjos, membros avançados da nossa própria onda de vida (Mercurianos, Venusianos) etc., e os Adeptos da nossa própria Humanidade.
Quando chegamos ao Mundo Físico, em que a imagem é objetivada, aparecem sete subdivisões, das quais as quatro superiores são os Éteres, que constituem o tema destas lições; e, destes quatro Éteres, o Éter Refletor é o superior. É, diz Max Heindel, um hiperéter. Este Éter é a tela sobre a qual a imagem é projetada da Mente. Mas as forças do Mundo do Desejo estão presentes com a imagem, assim como o calor, a luz e a eletricidade da máquina estereotipa estão incluídas na projeção da imagem impressa na lâmina de vidro para a tela ou, em outra analogia, o quadro em movimento projetado desde o dispositivo.
Mas, a imagem, projetada da máquina estereotipa ou projetor cinematográfico, é plana e bidimensional. A imagem projetada, contida dentro (não sobre) o Éter Refletor é tridimensional. É projetada em profundidade, e com vida e força. A Memória da Natureza e da Mente humana é comparável, nesta analogia, às galerias de arte e aos jornais que têm quadros e símbolos, mas estes são apenas uma parte do próprio Mundo Físico completo, o assim chamado espaço-tempo contínuo da moderna ciência física.
O espaço-tempo contínuo, como um todo, relaciona-se com o Éter Refletor e, portanto, os cientistas modernos falam de “viajar no tempo” ou “aniquilação ou colapso do espaço”, e do “colapso do tempo”. Enquanto o ocultista diz que lê na Memória da Natureza” – particularmente no Éter Refletor – o cientista diz que “viaja no tempo”. E muitas ficções científicas apresentam esta viagem no tempo como se fosse possível a uma pessoa que vive no século XX voltar, efetivamente, a um tempo e forma de vida antigos, retendo, como apresentado, a personalidade e o conhecimento do presente. O ocultista questiona tal inversão da corrente do tempo. Realmente, ele viaja para trás, conscientemente, durante as suas Iniciações, nas quais revê e recorda as suas existências anteriores – não somente os seus renascimentos como ser humano no Período Terrestre, mas também as suas existências anteriores, análogas aos seres animal, vegetal e até mineral, nos primeiros períodos da evolução.
Mas, se bem que aqueles períodos tenham sido experimentados sem consciência própria, o Iniciado agora os contempla e entra neles com satisfação (ou com empatia, empaticamente), em plena consciência própria despertada e, ao fazê-lo, torna-se capaz de usar voluntariamente as forças que, àquela altura, usou involuntariamente – passiva ou negativamente – sob a orientação de seres espirituais superiores.
Assim como o Corpo Denso do ser humano está rodeado pelo mundo à sua volta e deriva deste; assim também o Espírito Divino e o Espírito de Vida estão rodeados pelos seus correspondentes mundos macrocósmicos do Espírito e deles derivam. O Espírito Humano também é diferenciado dentro do Mundo do Pensamento Abstrato, e a Mente e o Corpo de Desejos dentro dos seus correspondentes Mundos; enquanto o Corpo Vital consiste de Éteres que o rodeiam por todos os lados, o Corpo Denso é feito de substâncias físicas.
Mas, sob outro ponto de vista, podemos dizer que o universo consiste unicamente de Espírito: o Espírito Divino que é “refletido” ou condensado dentro do Corpo Denso, como seu representante; o Espírito de Vida, que é “refletido” ou condensado dentro do Corpo Vital, como seu representante; o Espírito Humano que é “refletido” ou condensado dentro do Corpo de Desejos e na Mente Concreta como seu duplo representante. Mas – conforme vemos como resultado de um processo de eliminação – é a própria Mente que é o foco, condensação ou reflexo do Espírito Virginal puro. E o Éter Refletor é, por assim dizer, uma espécie de polaridade inferior ou oitava da Mente; a Mente subconsciente ocupa um plano abaixo da verdadeira Mente.
Chamar o Éter Refletor a “oitava inferior” da Mente é, naturalmente, uma analogia musical, mas tal analogia tem um alto grau de exatidão em relação ao Mundo do Pensamento, porque esse mundo é o grande mundo cósmico do tom ou som. Cada modelo de som cósmico criado na Substância-Raiz-Cósmica por uma Ideia Criadora é enviado pelo Tríplice Espírito, conforme mostra o Diagrama 1 do Livro: “Conceito Rosacruz do Cosmos”.
O Mundo-Arquétipo canta um canto emanado do Logos Solar e do Grande Espírito diante do Seu Trono, que é o Logos Planetário; e o Ser Humano, como Espírito Virginal, é parte deste canto, e ele canta também em companhia dos inumeráveis espíritos das Hierarquias celestiais.
Os músicos sabem – assim como os físicos que esboçaram uma ciência do som – que quando certa nota é tocada num piano, outras notas que estejam em harmonia com ela vibrarão também em harmonia, criando tons, semitons, acordes e oitavas, conforme seja o caso (veja mais detalhes no Livro: “Conceito Rosacruz do Cosmos”). Assim, a harmonia do Tríplice Espírito soa, e ao soar cria modelos de tons no Mundo do Pensamento Concreto, que se traduzem em forma e substância no Mundo Físico. É por esta razão que se diz que o Éter Refletor é a “oitava inferior” da quarta região ou Região Arquetípica do Mundo do Pensamento e, portanto, reflete ou ressoa com os quadros da Memória da Natureza, e com todas as outras forças que pertencem a esse reino superior.
FIM
[1] N.T.: Os Textos a seguir entre parênteses são do Cap. VII – Livro: Ensinamentos de um Iniciado
[2] N.T.: Livro: Mensagem das Estrelas – Indicações sutis da Visão Espiritual
[3] N.T.: Livro: Cartas aos Estudantes – carta nº 32
[4] N.T.: Corpo Vital e Corpo Denso, respectivamente.
[5] N.T.: Raios cósmicos são partículas extremamente penetrantes, dotadas de alta energia, que se deslocam a velocidades próximas à da luz no espaço sideral. Portanto, raios cósmicos não são raios, mas partículas.
[6] A palavra “plasma” tem diversas definições na ciência atual:
As definições 2 e 3 se aproximam do que o ocultista se refere como condições etéricas.
[7] N.T.: Friedrich August Kekulé (1829-1896) foi um químico alemão. Inovou o emprego de fórmulas desenvolvidas em química orgânica, criou em 1857, a Teoria da Tetracovalência do carbono, criou hipótese das ligações múltiplas e propôs, em 1865, após um sonho que teve, a fórmula hexagonal do benzeno.
[8] N.T.: Em linguagem comum é frequente falar do “magnetismo”, quando o que se quer realmente mencionar é o Éter do Corpo Vital. Os curadores magnéticos falam em “despojos magnéticos” para indicar que os Éteres doentes são retirados do Corpo Vital do paciente e “arremessados” ao chão. Isto não é cientificamente correto, como os estudantes compreenderão através da nossa exposição sobre os dois Éteres inferiores; mas isto é uma expressão comum e deve ser entendida no seu sentido popular.
Por isso, Max Heindel diz que este miasma, quando retirado do corpo do paciente, está sujeito à gravidade, podendo ser queimado ou levado pela água. “Para a visão espiritual é como um fluído escuro, semelhante a uma geleia negra que fica se agitando e tremendo no solo. Se o doente se levantar aliviado e passar sobre o lugar onde este magnetismo foi jogado, o miasma reentrará no seu corpo e a pessoa ficará em condições piores que as de antes”.
[9] N.T.: George Anthony Gamov (1904-1968) foi um físico e divulgador científico norte-americano nascido na Ucrânia. Gamow tornou-se cidadão estadunidense em 1940. Propôs a existência de um código genético inscrito no DNA.
[10] N.T.: Diz-se, corretamente, que as leis de hereditariedade demonstram uma simplicidade matemática e uma clareza que sugerem que “nós estamos tratando com um dos fenômenos fundamentais da vida”.
[11] N.T.: também denominada hipófise ou glândula pituitária.
[12] N.T.: gónadas ou gônadas são órgãos onde os organismos multicelulares (ou metazoários) produzem as células sexuais (Gametas).
[13] N.T.: do Livro: The inhabited universe: an inquiry staged on the frontiers of knowledge, pág. 28 e 29 – 1958 – de Kenneth William Gatland e Derek D. Dempster
[14] N.T.: Franz Anton Mesmer, Friedrich Mesmer, porém, mais conhecido por Franz Mesmer (1734-1815) foi um médico suábio, linguista, advogado, músico e fundador da teoria do magnetismo animal chamada Mesmerismo.
[15] N.T.: A maioria dos físicos concorda que uma carga elétrica em movimento gera um campo magnético. Mas, uma minoria está pesquisando a possibilidade de que o magnetismo e a eletricidade não são, de fato, a mesma coisa, e postulam a existência de “monopolos”, que são para o magnetismo, o que o elétron é para a eletricidade. De acordo com esta teoria, existem tanto os “monopolos” positivos e negativos, como os elétrons positivos e negativos. O estudante ocultista fala do ponto de vista da experiência etérica e, portanto, fala tanto da eletricidade quanto do magnetismo do corpo, em conexão com os dois Éteres inferiores; porém, deve-se observar que as “forças elétricas” são muitíssimas vezes referidas em conexão com o Éter Químico, e as “forças magnéticas” com o Éter de Vida.
[16] Livro: O Corpo Vital, Capítulo II.
[17] N.T.: Todas as reações, incluindo as da matéria vivente, são ligadas ao núcleo (1964-1965)
[18] N.T.: Bulbo raquidiano, bolbo raquidiano, medula oblonga, ou simplesmente bulbo é a porção inferior do tronco encefálico. Juntamente com outros órgãos como o mesencéfalo e a ponte, que estabelece comunicação entre o cérebro e a medula espinhal. A forma do bulbo lembra um cone cortado, no qual a substância branca é externa e a cinzenta interna. É um órgão condutor de impulsos nervosos.
[19] N.T.: Max Heindel, especificamente, designa isto como o átomo físico comum; mas escritores ocultistas modernos acham que talvez não seja o átomo de hidrogênio, mas um átomo “etérico”, que é realmente subatômico. Do que se costuma chamar “o derradeiro átomo físico” Max Heindel diz: “Se alcançarmos um desenvolvimento tal que nos permita deixar nosso Corpo Denso e sair para um voo anímico pelo espaço interplanetário, veremos que o derradeiro átomo do Corpo Denso tem forma esférica, como a nossa Terra, isto é, apresenta-se como um globo” (Os Mistérios Rosacruzes – Cap. I)
Físicos do século XIX sustentaram que os átomos possuíam várias formas, daí este comentário de que o verdadeiro átomo é redondo. Físicos modernos dizem que os átomos da matéria são energia em movimento circular.
[20] N.T.: Nome verdadeiro: Louis Henri Jean Farigoule (1885-1972) foi um poeta e escritor francês.
[21] N.T: é a geometria, em duas e três dimensões, baseada nos postulados de Euclides de Alexandria.
[22] N.T.: One Two Three… Infinity: Facts and Speculations of Science é um livro popular de ciências pelo físico teórico George Gamow (1ª edição de 1947), explorando alguns conceitos fundamentais de matemática e ciências, mas escrito a um nível entendível por estudantes de cursos do ensino médio.
[23] N.T.: A ciência fala de “bioeletroquímica” e “bioeletromagnetismo”
[24] N.T.: Sistema nervoso periférico voluntário, também chamado de sistema nervoso periférico somático. Sistema nervoso periférico involuntário, conhecido também como sistema nervoso periférico autônomo ou sistema nervoso periférico visceral.
[25] N.T.: Também chamada de Bulbo raquidiano, bolbo raquidiano, medula oblonga, ou simplesmente bulbo é a porção inferior do tronco encefálico
[26] N.T.: disse Platão
[27] N.T.: George du Maurier (1834-1896) – cartunista e autor franco-britânico
[28] N.T.: Elena Petrovna Blavatskaya (1831-1891), mais conhecida como Helena Blavatsky ou Madame (Mme.) Blavatsky, foi uma prolífica escritora russa, responsável pela sistematização da moderna Teosofia e co-fundadora da Sociedade Teosófica.
[29] N.T.: Arthur Edward Pearse Brome Weigall (1880-1934) egiptologista, designer, jornalista e autor.
[30] N.T.: ou Paracelsus – Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim (1493-1521) – físico, botânico, alquimista, astrólogo e ocultista suíço-germânico