Em nossas relações diárias com vizinhos e amigos, somos, às vezes – talvez muitas vezes –, sujeitos a sentimentos negativos como insultos, críticas embaraçosas e desapontamentos.
Consideramos que nossos semelhantes nos feriram de alguma maneira. Podem sempre atribuir motivos contra nós.
Essa centelha de punição ou injúria psicológica alimenta a chama do ressentimento ou acende o fogo da hostilidade aberta.
Na reação, quando percebemos essas injúrias, nós tentamos nos envolver com ideias que parecem nos justificar.
Os argumentos procedem, sem que um ouça o que o outro tem a falar. A ruptura pode ser temporária ou permanente. Pode deixar cicatrizes emocionais que afetam nossa saúde ou, talvez, ferir um espectador inocente.
Se olharmos em nosso íntimo e nos conscientizarmos do que aconteceu, em geral, achamos que existe algo negativo que o nosso “inimigo” em nós despertou. Somos sensíveis demais? Quais são os medos, inseguranças ou debilidades internas que nosso “inimigo” nos expôs? Se nós analisarmos mais tarde, podemos achar a mesma fraqueza em nós do que no “inimigo”.
Perdão é a força curativa da fraternidade. O verdadeiro perdão significa tolerar as fraquezas em ambos: em nós e nos outros. Perdão é o passo positivo para a aliança humana, baseada no reconhecimento de problemas idênticos e da necessidade de solução. Perdão é o produto da força espiritual interna sobre o qual morre a explosão dos sentimentos negativos; uma mentalidade livre de egoísmo que se identifica com outro ser humano em espírito de amor.
Devemos nos exercitar no poder do perdão para que possamos nos iluminar e ser capazes de acender o farol da verdadeira fraternidade espiritual, “que é o bálsamo de Gileade, a única panaceia para os males do mundo”.
(Traduzido da Revista: “Rays from the Rose Cross” e publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – agosto/1984-Fraternidade Rosacruz-SP)